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Atrofia Muscular Espinhal Atrofia Muscular Espinhal (AME) Decorrente da degeneração de neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal e nos núcleos de nervos cranianos Doença autossômica recessiva ligada ao cromossomo 5 Relacionada ao gene da proteína de sobrevivência do neurônio motor (SMN) Epidemiologia AME tipo I 1:10 000 nascimentos vivos AME tipo II e III 1:24 000 AME tipo IV 1:100.000 Frequência de indivíduos portadores (heterozigotos) da doença 1:40 a 1:60 indivíduos. É a segunda desordem autossômica recessiva mais frequente Base genética da AME Deleção ou mutação do gene de sobrevivência do motoneurônio - SMN1 Gene localizado na região telomérica do cromossomo 5q13.3 Um gene semelhante a ele (SMN2), está localizado na região centromérica do cromossomo 5q11.2 e é o principal determinante da severidade da doença O gene SMN1 é responsável pela síntese completa da proteína SMN O gene SMN2 não é capaz de sintetizá-la totalmente, sendo responsável por parte de sua produção. SMN2 produz 10 a 25% da proteína funcional, enquanto os outros 90% dão origem a uma proteína truncada e instável (SMN∆7), que é rapidamente degradada Gene SMN Dividido em 9 éxons: 1, 2a, 2b, 3 a 8 As duas cópias homólogas diferenciam-se em apenas cinco trocas de bases na região 3’ e apesar de uma das trocas estar dentro da região codificadora, nenhuma altera o aminoácido codificado A ausência de SMN2 não tem consequências clínicas e é encontrada em 5% dos indivíduos normais 98% : Deleção homozigótica 2%: Mutação de novo Gene SMN A proteína SMN Formada por 294 aminoácidos Expressa em todos os tecidos somáticos Montagem, regulação e estabilidade de uma classe específica de complexos RNA-proteína, as ribonucleoproteínas nucleares pequenas (snRNP) As snRNP são componentes essenciais do spliceossomo A proteína SMN Desempenha uma função necessária para todas as células, entretanto, o fato dela ocasionar, especificamente a degeneração de neurônios motores ainda não é explicado Está presente em dendritos e axônios o que sugere um papel no transporte do RNA através dos axônios motores A instabilidade da proteína truncada produzida pelo gene SMN2 pode ser explicada pelo fato que o éxon 7 da proteína SMN codifica domínios que são importantes para a oligomerização e que a excisão ou mutação deste éxon produz uma proteína sem a capacidade de oligomerizar-se, tornando-se alvo de degradação 8 O Splicing alternativo Splicing alternativos em genes humanos são estimados a ocorrerem na frequência de 40% a 60%, tornando assim este evento mais propriamente uma regra do que exceção A troca de uma C por uma T no éxon 7 é responsável por um splicing alternativo, específico para o gene SMN2, que resulta na inibição da inclusão do éxon 7 no transcrito É produzida uma proteína truncada não funcional Dois modelos explicam o efeito inibitório da troca C>T na inclusão do éxon 7 em transcritos do gene SMN2 1º modelo 2º modelo x x x x A proteína SMN Tipos de AME Os critérios para essa classificação estão baseados na idade de início da manifestação dos sintomas, no curso da doença e na expectativa de vida dos pacientes AME tipo I (severa, doença de Werdnig-Hoffmann ou AME aguda) AME tipo II (crônica ou intermediária) AME tipo III (juvenil ou doença de Kugelberg-Welander) AME tipo IV (adulta) *O prejuízo motor é suave com início após os 10 anos Afetados e não-afetados Casos de indivíduos com ausência completa da proteína SMN, isto é, pacientes com AME e que apresentam também ausência do gene SMN2, nunca foram reportados. Isto porque, provavelmente, esse genótipo seja incompatível com a vida Manifestações Clínicas Tônus muscular diminuído (hipotonia) Atrofia muscular de distribuição simétrica Fasciculações (pequenas contrações localizadas) melhor observadas na língua Deformidades músculo-esqueléticas Paralisia e paresia Arreflexia Os neurônios sensoriais permanecem intactos e o nível de inteligência é normal ou acima da média Diagnóstico Eletroneuromiografia (ENMG) – consiste na eletroneurografia e eletromiografia. O desconforto causado é mínimo Biópsia muscular – imprecisa, invasiva e com o avanço da investigação genética, pode ser evitada Investigação genética – precisa e poderia até mesmo ser o único exame realizado. Com ele detecta-se a ausência completa do éxon 7 A creatinofosfoquinase (CPK) pode estar normal ou reduzida em até cinco vezes Tratamento Não há, atualmente, nenhuma cura para esta doença Terapia de suporte Cuidados respiratórios Cuidados nutricionais Cuidados ortopédicos Especulações sobre a cura Referências bibliográficas http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2005000100026&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572010000400004 http://www.atrofiaespinhal.org/genetica.php http://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0034-98872011000200009&script=sci_arttext&tlng=e http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/cp087536.pdf http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/24687
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