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violencia contra criança

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MACRODESAFIO 
VIOLENCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE 
HELIO ZANINI 
 
Você, como enfermeiro, é convidado a palestrar sobre o tema exposto 
acima. Considere o atendimento prestado a uma criança/adolescente 
supostamente vítima de violência no âmbito familiar e siga as 
orientações nos tópicos orientadores. 
TÓPICOS ORIENTADORES: 
1) Aborde a temática do diagnóstico como um primeiro passo na 
atenção às crianças vítimas de violência familiar. 
O 18 de maio foi instituido como: 
Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e 
Adolescentes. Esse dia foi escolhido em homenagem a Araceli Cabrera 
Sanches, uma menina de 8 anos que foi sequestrada, drogada, espancada, 
estuprada e morta. O corpo dela foi encontrado desfigurado por ácido 
seis dias depois do sequestro. A polícia descobriu que a menina foi 
morta por membros de uma tradicional família de Vitória (ES), em 18 de 
maio de 1973. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como 
uso de força física ou poder, cuja finalidade representa ameaça 
ou prática, contra si, ou contra grupo ou comunidade, ao qual 
possa resultar no sofrimento, lesão, morte, dano psicológico, 
deficiência de desenvolvimento ou privação. 
Segundo dados Unicef (2016), 15.707 denuncias contra crianças e 
adolescents foram registrasdas, desses 31 sao assassinados por dia, 
desde 2012 adolescentes sao mais vitimas do que a populaçao em geral, 
meninos tem 12 x mais chances de ser assassinados em relação as 
meninas, ja a população negra tem 3x mais chaces do que as brancas. 
Esses sao dados reais e alarmantes que a sociedade presencia 
anualmente, politicas publicas voltadas a amparar e proteger essas 
crianças tem que ser mais efetivas, pois o estatutdo da criança e do 
adolescente -- ECA, preconize: dispõe no art. 1º sobre a proteção 
integral à criança e ao adolescente [...] É dever da família, da 
comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, 
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à 
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária. (Lei Federal 
8.069/1990) 
Com base no texto supracitado acima é dever do enfermeiro, 
em sua consulta de enfermagem sob sua responsabilidade os 
profissionais de saúde notificarem casos de violência contra 
crianças e adolescentes de acordo com seus códigos de ética, 
olhar pela criança vulnerável sobre suspeita ou vitima de 
violência, tanto sexual, física ou psicológica. 
As vitimas de abusos de violência tentam sinalizar de 
maneira diversificada, quase sempre não verbal, quando estão 
vivenciando alguma situação de violência. Portanto, cabe não 
somente ao profissional de saúde, mas também, a família, a 
escola, a comunidade e demais profissionais que lidam com 
crianças e adolescentes devem estar atentos na observação desses 
indicativos 
 
 
Discuta sobre a responsabilidade do profissional de saúde na 
notificação dos casos de violência contra crianças e adolescentes de 
acordo com seus códigos de ética. 
De forma geral, os profissionais denunciariam maus tratos 
ao Conselho Tutelar e ao Juizado da Infância e Adolescência, são 
poucas visto que muitos profissionais não querem si meter em 
assuntos alheio, é sabido que a omissão cabe-lhe devida punição . 
Contudo, observa-se ainda a necessidade de esclarecimento sobre a 
responsabilidade ética e legal do enfermeiro enquanto atuante em 
seu dever diante desses casos envolvendo crianças e adolescentes 
sob violências. 
Essa negligencia pode levar a fenômenos que poderão assumir 
maneiras mais violentas, sendo caracterizada por agressão física, 
abuso sexual e negligência, além de outras originadas em 
comunidades, podendo levar ao óbito do menor, geralmente o 
praticante é um conhecido ou parente próximo da vitima. 
Cabe ao enfermeiro comunicar autoridades competentes sempre 
que se tratar de menores de 14 anos e em alguns casos de 
adolescentes vitimas de violência, entretanto, poucos 
profissionais realizaram a notificação, mesmo sendo atribuição 
legal e ética. Caso este faça a notificação e denuncia, baseada 
em evidências, o paciente deve ser informado da possibilidade de 
exame pericial no Instituto Médico Legal, capaz de realizar 
avaliação mais criteriosa. 
O que nos profissionais da área de saúde deve atentar-se 
aos sinais físicos durante a consulta ou visita domiciliar como: 
Roupas rasgadas ou manchas de sangue; Hemorragia/secreção 
vaginal ou retal; Dificuldade para caminhar; Hematomas, edemas 
e escoriações na região genital, anal e mamária; 
Infeções/doenças sexualmente transmissíveis ou gravidez precoce 
Bem como a mudança de comportamento como: Mudanças 
extremas abruptas inexplicáveis de comportamentos e humor; 
Regressão a comportamentos infantis como por exemplo chupar 
dedos, enurese (incontinência de urina), choro excessivo sem 
causa aparente; Mudança de hábito alimentar perda de 
apetite (anorexia) ou excesso de alimentação (obesidade); 
Envolvimento com drogas; Aversão ao contato físico; 
Outros indicativos são comportamento sexual inadequados a 
sua faixa etária como: interesse precoce por brincadeiras sexuais 
e/ou erotizadas; masturbação compulsiva; relatos de agressões 
sexuais; desenhos de órgãos genitais com detalhes e conduta 
sedutora. E ainda defcit. 
Desta forma sabendo identificar os sinais, notificação é 
parte integrante e fundamental do atendimento à vítima de 
violência. E, para que seja adequada, é necessário que esse 
profissional esteja apto a identificar caso suspeito ou 
confirmado e a notificá-lo. (Oliveira et al, 2018). 
 
 
Referencias 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm 
https://www.unicef.org/brazil/protecao 
Campanha de Prevenção à Violência Sexual contra Crianças e 
Adolescentes -- Cartilha Educativa. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA TERRA 
DOS HOMENS -- ABTH. Secretaria dos direitos Humanos, Governo 
Federal. Disponivel em: 
http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/sedh/cartilha_e
ducativa.pdf. Acessi em: 04 de set. 2019 
OLIVEIRA, Bruno Gonçalves de e colaboradores. Responsabilidade 
dos profissionais de saúde na notificação dos casos de 
violência, Revista Bioética, 2018.

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