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RESUMO TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
RESUMO DO LIVRO TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
- JUDITH S. BECK 
 
PROFESSORA: CLÁUDIA BEHAR
ALUNO: BRUNA PIMENTA DOS SANTOS
MATRÍCULA: 201603340378
CAMPUS JOÃO UCHÔA - RIO DE JANEIRO
2019
CAPÍTULO 1
Na década de 1960, Aron Beck, dedicou-se a estudos para demonstrar validação empírica na Psicanálise, e também, testar o conceito psicanalítico de que a depressão é resultante de hostilidade voltada contra si mesmo. Ao analisar os sonhos dos pacientes, acabou descobrindo que havia pouco tema relacionado a hostilidade, porque foi descoberto, que os temas estavam mais voltados para fracasso, privação e perda. Isto fez com que os resultados de seus experimentos o levassem à outras possibilidades de explicação para depressão. 
Beck, percebeu que haviam cognições distorcidas e negativas, como fator primário para depressão. E a partir dessa questão, ele desenvolveu um tratamento com curta duração, focado no presente, direcionado para solução de problemas atuais, cujo objetivo era identificar, avaliar os pensamentos automáticos desadaptativos e as crenças disfuncionais, para poder ao longo do tratamento, modifica-los, afim de reestruturá-los para que se tornem pensamentos funcionais. Este modelo de tratamento, foi conhecido incialmente, como Terapia cognitiva. Atualmente este modelo sofreu diversas adaptações, e a partir disto, chamamos de Terapia Cognitivo Comportamental.
No fim da década de 70, Beck e seus colegas começaram a estudar a ansiedade e descobriram que era necessário um foco diferente do utilizado para tratar a depressão. Esses estudos contribuíram para que concluíssemos que a TCC é um modelo de terapia que precisa se adequar a cada indivíduo, porém existem princípios que são fundamentais para aplicação em todos os pacientes. Listaremos, a seguir os 10 príncipios da TCC.
A terapia cognitivo-comportamental está baseada em uma formulação em desenvolvimento contínuo dos problemas dos pacientes e em uma conceituação individual de cada paciente em termos cognitivos.
A terapia cognitivo-comportamental requer uma aliança terapêutica sólida.
A terapia cognitivo-comportamental enfatiza a colaboração e a participação ativa
A terapia cognitivo-comportamental é orientada para os objetivos e focada nos problemas.
A terapia cognitivo-comportamental enfatiza inicialmente o presente.
A terapia cognitivo-comportamental é educativa, tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída. 
A terapia cognitivo-comportamental visa ser limitada no tempo.
As sessões de terapia cognitivo-comportamental são estruturadas.
A terapia cognitivo-comportamental ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais.
A terapia cognitivo-comportamental usa uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento.
Esses princípios são aplicados em todos os pacientes, entretanto, cada paciente é único, subjetivo e sua singularidade deve ser respeitada, então a terapia varia consideravelmente de acordo com cada paciente, e com cada tipo de transtorno.
Este livro é feito a partir de um atendimento realizado a uma paciente que chamaremos de “Sally”. Era uma moça solteira de 18 anos quando procurou tratamento durante seu segundo semestre na universidade. Vinha se sentindo deprimida e ansiosa nos últimos quatro meses e estava tendo dificuldades com suas atividades diárias. Ela preenchia os critérios de um episódio de transtorno depressivo maior moderado, de acordo com o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, quarta edição, texto revisado (DSMIV-R; American Psychiatric Association, 2000
Para o início das sessões é imprescindível o estabelecimento da aliança terapêutica, a realização da anamnese, verificar o humor, sintomas e experiências do paciente e conceituar cognitivamente suas dificuldades, para que possa ocorrer um planejamento colaborativo para criar uma estratégia, focando em obter uma resolução para o problema apresentado. Ao fim de cada sessão, revisamos os pontos importantes e solicito o feedback da paciente. 
O desenvolvimento de um terapeuta cognitivo-comportamental pode ser feito em 3 estágios: 
Estágio 1 – as habilidades básicas de conceituação de caso em termos cognitivos devem ser aprendidas, como base utilizamos os dados coletados em cada sessão. Após esse feito, é necessário apender a estruturar a sessão e utilizar as técnicas cognitivas comportamentais básicas. 
Estágio 2 – Suas habilidades são fortalecidas e você compreende com mais facilidade o fluxo da terapia, tornando-se hábil na conceituação e a passa utiliza-la nas intervenções. 
Estágio 3 – Você integra mais automaticamente os dados novos à conceituação, aperfeiçoando sua habilidade de formulação de hipóteses para confirmar ou corrigir sua visão do paciente. 
CAPÍTULO 2
É necessário, desde o primeiro atendimento desenvolver uma relação terapêutica com nosso paciente, devemos demostrar compromisso, empatia e compreensão no atendimento. A partir da escolha das palavras, do tom de voz, de expressões faciais e linguagem corporal conseguimos perceber e transmitir sinais que auxiliam a formação deste vínculo. Mostrar ao paciente que você se importa com ele, que quer entender suas dificuldades e que está disposto a trabalhar para ajuda-lo é fundamental nesse processo.
Muitos terapeutas possuem a impressão de que o atendimento precisa ser feito de maneira fria e mecânica, porém esta atitude é incorreta, porque dificulta o estabelecimento de um rapport e um desenvolvimento de confiança eficaz. Na terapia cognitivo comportamental, o paciente é ativo em todo o processo, então é necessário compartilhar constantemente a sua conceituação com o paciente e solicitar seu feedback após cada sessão. As decisões precisam ser tomadas de maneira colaborativa, estimulando ativamente a participação a ação do mesmo. 
Uma das melhores maneiras de fortalecer a relação terapêutica é sendo um terapeuta cognitivo-comportamental eficiente e competente. Pesquisas demostram que a aliança se fortalece quando a sintomalogia do paciente diminui (De Rubeis e Feeley, 1990; Feeley De Rubeis e Gelfand, 1999).
Um aspecto importante de quase todas as sessões terapêuticas é auxiliar o paciente a responder as ideias disfuncionais, de maneira funcional, o ajudando a avaliar seu pensamento principalmente por meio de dois modos: a descoberta guiada e experimentos comportamentais. 
A descoberta guiada é uma técnica para auxiliar o paciente a encarar suas cognições como ideias, não necessariamente como verdades, avaliando a validade e utilidade das cognições. 
Os experimentos comportamentais têm o objetivo de testar as previsões do paciente, sempre que for viável. 
Na terapia cognitiva comportamental é necessário enfatizar sempre o positivo, pois os pacientes tendem a focar indevidamente nos aspectos negativos. Na avaliação, o terapeuta tenta trazer à tona os pontos fortes do paciente.
CAPÍTULO 3
A Terapia Cognitivo Comportamental está baseada no modelo cognitivo, o qual parte da hipótese que as emoções, os comportamentos e a fisiologia de uma pessoa são influenciados pelas percepções que ela tem dos eventos. A forma como as pessoas se sentem emocionalmente e a forma como se comportam estão associadas a como elas interpretam e pensam a respeito da situação. 
A cognição está baseada em três níveis: pensamentos automáticos, crenças centrais e crenças intermediárias. O primeiro nível, é proveniente de pensamentos que parecem surgir espontaneamente, geralmente são muito rápidos e breves. É muito provável que você nem tenha consciência deles, portanto como não os percebe, não tem a ideia de que eles podem ser disfuncionais, então acaba os aceitando sem questionamentos. As crenças centrais ou nucleares são compreensões duradouras, fundamentais e profundas, que a pessoa considera como verdade absoluta. Elas são o nível mais fundamental da crença,são globais, rígida e supergeneralizadas e influenciam o desenvolvimento das crenças intermediárias, definidas por atitudes, regras e pressupostos. 
Um aspecto significativo para o terapeuta é que as crenças disfuncionais podem ser desaprendidas, e novas crenças baseadas na realidade e mais funcionais podem ser desenvolvidas e fortalecidas durante o tratamento. A identificação, avaliação das crenças é importante para que haja um progresso no processo terapêutico.
Vale ressaltar que as crenças nucleares levam a pensamentos intermediários, que mediante a uma situação possibilitam o surgimento dos pensamentos automáticos que refletem em uma reação emocional, comportamental e fisiológica.
A conceituação cognitiva auxilia o terapeuta na compreensão do paciente e é construída a partir do primeiro contato com o mesmo, podendo esta ser confirmada, rejeitada ou modificada, portanto conclui-se que ela é variável.
CAPÍTULO 4
É recomendado ao terapeuta que colete o maior número de informações possíveis do paciente, caso o mesmo faça algum tratamento, solicite um relatório dos profissionais que o acompanham. É preciso saber a respeito de muitas áreas da experiência atual e passada do paciente para desenvolver um plano de tratamento funcional.
A sessão de avaliação, refere-se ao primeiro contato com o paciente e o período onde é realizado a anamnese. A cada atendimento você coletar dados com o objetivo de confirmar, altear ou acrescentá-los ao seus diagnostico e conceituação. 
A avaliação ajuda o terapeuta a formular o caso e criar uma conceituação cognitiva inicial do paciente, assim, podemos entender se estamos aptos a prosseguir com aquele paciente. Caso seja um encontro positivo, é o momento de dar início a uma aliança terapêutica com o paciente (e com familiares, se for relevante), e então o familiarizamos com a estrutura e o processo da terapia. Ela também se refere ao momento de identificar problemas importantes e definir objetivos amplos.
Antes que o paciente entre no consultório, revise os registros que ele tenha trazido e os formulários que preencheu. Em geral, é desejável inicialmente encontrar o paciente a sós. Então, você poderá discutir sobre a necessidade ou não de o familiar que o está acompanhando (se houver um) participar da sessão.
Na fase de avaliação indagamos sobre os dados pessoais, as queixas principais e problemas atuais. Identificamos todo histórico biológico, fisiológico, psicológico, cultural, acadêmico e social, a fim de ter material o suficiente para formular uma hipótese inicial. 
Outra parte importante da avaliação é perguntar como o paciente passa o seu tempo. Pedir a ele que descreva seu dia típico lhe dará uma visão adicional da sua experiência diária e facilitará o estabelecimento de objetivos específicos na primeira sessão do tratamento. Se algum familiar acompanhou o paciente ao consultório, você pode perguntar se ele gostaria de convidá-lo a participar da sessão.
Após a coleta de informações, as sintetize para desenvolver uma conceituação cognitiva inicial, a partir da formulação cognitiva (as crenças básicas e os padrões comportamentais), associada ao diagnóstico do paciente. 
CAPÍTULO 5
A maioria dos pacientes se sente confortável quando você lhes diz como e por que gostaria de estruturar as sessões. Fazer isso desmistifica o processo de terapia e mantém o tratamento no caminho. Antes da primeira sessão, você vai examinar a avaliação que fez do paciente e terá em mente sua conceituação inicial e o plano de tratamento enquanto conduz a sessão. Os objetivos na primeira sessão estão direcionados para estabelecer um rapport adequado e um vínculo de confiança, familiarizando o paciente ao tratamento a partir da psicoeducação. É importante coletar os dados para possua material necessário para iniciar a conceituação, após essa coleta, pontue os objetivos do mesmo em relação a terapia e aos seus problemas. 
Para atingir os objetivos, é imprescindível a definição de uma pauta, a Terapia cognitivo comportamental é um tratamento estruturado. Esta delimitação geralmente reduz a ansiedade do paciente, já que ele descobre o que esperar do processo terapêutico. Após essa fase, é recomendado que faça uma verificação do humor do sujeito para que possa identificá-los e verificar se ocorreu algum progresso.
Em outro momento, você questionará o paciente para descobrir se existem problemas importantes ou temas que ele ainda não mencionou e que poderiam ter prioridade. O auxilie a focar em aspectos positivos, pois em pacientes depressivos e ansiosos, entre outros, há um predomínio dos aspectos negativos sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo.
A maioria dos pacientes quer saber o seu diagnóstico geral e constatar que você não acha que eles são estranhos ou anormais. Geralmente, é preferível evitar o rótulo do diagnóstico de um transtorno da personalidade. Em vez disso, é melhor dizer algo mais geral. Também é recomendável dar ao paciente alguma informação inicial sobre a sua situação para que ele possa começar a atribuir alguns dos seus problemas ao seu transtorno, em vez de ao seu caráter.
A seguir, você irá focar na identificação de problemas específicos. Como uma extensão lógica, você ajudará o paciente a transformar esses problemas em objetivos a serem trabalhados no tratamento. O desenvolvimento de formas alternativas de encarar o problema ou os passos concretos que o paciente pode dar para resolvê-lo, tendem a aumentar a esperança de que o tratamento seja efetivo. 
O elemento final de cada sessão, pelo menos inicialmente, é o feedback. Quase no fim da sessão, a maioria dos pacientes se sente confiante em relação ao terapeuta e à terapia. Estimular o feedback fortalece ainda mais o rapport, transmitindo a mensagem de que você se importa com o que o paciente pensa. 
Ao responder ao feedback e fazer ajustes necessários, o terapeuta demonstra compreensão e empatia com o paciente, o que facilita a colaboração e a confiança.

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