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CASO CONCRETO 3

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CASO CONCRETO 3 
Questão objetiva: (OAB - XXI Exame Unificado) 
 A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de 
jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse 
ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, 
ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais 
especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente 
da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso 
sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha 
afastado a sua incidência no caso concreto. 
De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma 
Cível. 
d) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha 
declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. 
Questão discursiva: 
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a 
autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos 
constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições 
públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 
130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a 
defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação 
da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos 
normativos brasileiros. 
Como deverá ser decidida a ação? 
INICIALMENTE ESCLARECEMOS QUE CABE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE EM 
ABSTRATO COM EFEITO ERGA OMNES, SOMENTE FRENTE AO STF OU NO PLANO ESTADUAL 
FRENTE AO STJ, CONTUDO É POSSÍVEL QUE UMA AÇÃO CIVIL PUBLICA TAMBÉM DECIDA DE 
FORMA INCIDENTAL SOBRE A CONSTITUCIONALIDADE OU NÃO DE UMA NORMA DEIXANDO 
DE APLICÁ-LA AO CASO CONCRETO. ESTA DECISÃO TERÁ EFEITO ERGA OMNES PELA PROPIA 
NATUREZA DA AÇÃO CIVIL PUBLICA, MAS NÃO SE TRATA DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
DO STF, ADEMAIS ESTAMOS DIANTE DE UM CASO CONCRETO QUE PARA SER RESOLVIDO 
DECIDIR PELA APLICAÇÃO OU NÃO DE UMA DETERMINADA NORMA. POR FIM E POSSÍVEL 
TRATAR DE INTERESSES RELATIVOS A DIREITO INDIVIDUAIS HOMOGENIOS PELA VIA DE AÇÃO 
COLETIVA.

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