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Aristóteles x Platão

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Aristóteles x Platão
Aristóteles estudou cerca de 20 anos na Academiam de Platão. Ao que tudo indica, foi um discípulo dedicado, porém rebelde.
Diferente do fundador da Academia, ARISTÓTELES afirma que todo conhecimento deriva da experiência e que o conhecimento pode ser obtido de duas formas: diretamente, a partir da experiência, abstraindo os elementos que caracterizam cada espécie; ou
indiretamente, através da dedução de novos conhecimentos a partir daqueles que já são conhecidos, guiando-se pelas regras da lógica.
Aqui reside a principal diferença entre Aristóteles e Platão: a aceitação da experiência como fonte legítima de conhecimento.
Para PLATÃO, o conhecimento da experiência não é um conhecimento verdadeiro, é ilusão, é doxa; o verdadeiro conhecimento, a episteme, é obtido exclusivamente a partir da razão. Há uma ruptura, um abismo (khorismos) entre a experiência subjetiva e o conhecimento teórico objetivo.
Já, para Aristóteles, embora o conhecimento abstrato seja também considerado superior àquele obtido a partir da percepção sensível, não há uma ruptura entre a experiência e a teoria, e sim uma continuidade. O conhecimento abstrato é o melhor, mas não por ser mais verdadeiro que o conhecimento sensível, e sim por ser mais sofisticado, mais profundo e mais rigoroso.
Aristóteles traz a investigação filosófica também para o mundo sensível. Mas, para estudar esse mundo concreto, é preciso, antes de mais nada, racionalizá-lo – organizá-lo a partir de princípios racionais.

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