Buscar

7c2799bc-f389-4426-a679-defdecce5aea

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FILOSOFIA 
Mayara Joice Dionizio
Platão e Aristóteles
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Perceber a influência do pensamento de Platão e Aristóteles no co-
nhecimento científico atual.
 Comparar o pensamento de Platão ao de Aristóteles.
 Reconhecer as áreas de conhecimento que tiveram início com Platão 
e Aristóteles.
Introdução
A produção filosófica de Platão e Aristóteles é indissociável da evolução 
das sociedades ocidentais. Suas contribuições foram os pilares para o 
desenvolvimento do pensamento ocidental em diversas áreas do saber. 
Nesse sentido, compreender as ideias desses filósofos da Grécia Antiga 
é essencial para entender como se iniciaram os estudos sobre política, 
ética, arte, epistemologia, matemática, astronomia, entre outros campos.
Neste capítulo, você vai verificar a influência das teorias de Platão e 
Aristóteles na produção do conhecimento científico histórico e atual. 
Você também vai conhecer as principais distinções entre os argumentos 
desses pensadores. Por fim, vai ver as áreas de conhecimento que foram 
desenvolvidas graças às teorias platônicas e aristotélicas.
A influência de Platão e Aristóteles
no conhecimento científico atual
Apesar de os fi lósofos Platão (428/427–348/347 a.C.) e Aristóteles (384–322 a.C.)
terem vivido e escrito suas obras na Antiguidade, suas teorias embasam o 
conhecimento atual e ainda se mostram uma fonte infi ndável de refl exões. 
Aqui, você vai ver a relação entre os pensamentos de ambos os fi lósofos, as 
suas contribuições para a teoria do conhecimento atual e a sua implicação 
científi ca. Como você vai perceber, o conhecimento científi co contemporâneo 
evolui, também, graças às refl exões e métodos desenvolvidos por Platão e 
Aristóteles na Grécia Antiga.
Platão (2000), nas teorias apresentadas na sua obra A República, especi-
ficamente no livro V, defende a importância do conhecimento. Mas de que 
forma essa importância estaria ligada ao conhecimento científico? Pois bem, 
por meio da figura de Sócrates, é apresentada uma idealização ou, ainda, 
uma interpretação de como a pólis (cidade) deveria ser dividida, organizada. 
Segundo Platão (2000), a pólis deveria seguir uma estrutura hierárquica que 
se relaciona à tripartição da alma, como você vai ver a seguir. Para que isso 
fique mais claro, é necessário conhecer um pouco da ontologia platônica 
(teorização do ser das coisas e dos seres).
Para Platão, tudo o que existe no mundo real, que ele chama de “sensível”, 
é mutável. Platão compreende tal mutabilidade como imperfeição; assim, as 
coisas mudam, os seres morrem e tudo se modifica em razão da imperfeição 
que é própria ao mundo. Em contrapartida, há um mundo perfeito, que é o 
mundo das ideias. Assim, tudo o que existe no mundo sensível é uma projeção 
imperfeita de uma ideia. Por exemplo, se você pensa na ideia de um cavalo, 
tal ideia é perfeita, não muda, não acaba. Já o cavalo do mundo sensível está 
sujeito a variações, a uma série de mutações; portanto, é imperfeito.
A partir dessa duplicidade de mundos — mundo das ideias e mundo sensível 
—, para Platão (2000), seria possível organizar a pólis de acordo com uma 
estrutura baseada nas ideias. Ou seja, Platão compreende que o conhecimento, a 
veracidade das ideias, se dá por meio do pensamento, da reflexão. Nesse sentido, 
a sociedade ideal deve obedecer às ideias, que se originam de tudo que há no 
mundo sensível, e ser dividida de acordo com as aptidões dos indivíduos que 
a compõem. Nesse contexto, a alma é entendida como um elemento perfeito, 
pertencente ao mundo das ideias. Antes de estar presa ao corpo, ela já foi livre, 
porém se esqueceu desse momento anterior. É somente pelo conhecimento que 
a alma pode lembrar-se das ideias que um dia vislumbrou. Assim, a alma está 
intrinsecamente ligada à estruturação e à organização da pólis. Segundo Platão 
(2000), a alma é composta de três partes: a parte racional, a parte irascível e 
a parte da concupiscência.
De acordo com a teoria platônica (PLATÃO, 2000), a parte racional é res-
ponsável pelas duas outras partes. A irascível, que é a parte abaixo da cabeça, 
é responsável pelas emoções; por fim, a parte mais inferior, chamada de concu-
piscível, é responsável pelo apetite e pelo desejo. Com isso, Platão aponta para a 
relação entre as ideias e a sua transposição no mundo sensível. Do mesmo modo, 
ele pensa a organização social: “[s]e os filósofos não forem reis nas cidades ou 
se os que hoje são chamados reis e soberanos não forem filósofos genuínos e 
Platão e Aristóteles2
capazes [...] não é possível [...] que haja para as cidades uma trégua de males e, 
penso, nem para o gênero humano [...]” (PLATÃO, 2000, p. 211–212).
Ou seja, Platão defende que a alma sirva como exemplo para a estruturação 
não só do corpo, mas da sociedade. Assim, o filósofo, sendo a parte mais 
reflexiva e racional da sociedade, é que deveria ser rei. Os soldados vêm logo 
abaixo, uma vez que a parte irascível é correspondente à coragem. Por fim, 
haveria os camponeses e artesãos, que se ocupam de tarefas mais elemen-
tares. Apesar de parecer uma concepção tanto política quanto metafísica, a 
teoria do conhecimento platônica se dá por meio da filosofia. Ao delegar ao 
filósofo o reinado da cidade, mais do que fazer um autorreconhecimento, 
Platão demonstra que só é possível conhecer por meio da reflexão filosófica 
em busca de uma verdade, e não por meio de crenças. O mesmo se dá em 
diversas metáforas, tal como a metáfora sobre o sol e a iluminação, que faz 
alusão à iluminação intelectual (PLATÃO, 2000).
Já na obra de Aristóteles, pode-se encontrar um rompimento com a concep-
ção platônica da teoria do conhecimento. Apesar de ter sido aluno de Platão, 
Aristóteles destoa de certas concepções platônicas, como o dualismo — o 
mundo das ideias e o mundo sensível. Para Aristóteles, não se conhece por meio 
das ideias, ou em busca delas, e sim pelo mundo sensível. Ou seja, primeiro 
têm-se a experiência empírica, que posteriormente é formulada pelo intelecto. 
Aristóteles buscou trazer um caráter mais material e realista à filosofia. Nesse 
sentido, a sua filosofia se fundamenta em dois pontos centrais: a valorização 
do sujeito e a compreensão das formas.
Segundo Aristóteles, a essência das coisas está em sua forma. Assim, um 
homem é um homem em razão de sua forma, e o mesmo vale para os animais. 
Ou seja, o que algo é pode ser reconhecido pela sua finalidade. Por exemplo: 
um cavalo é um cavalo pelas suas propriedades e características que o definem 
como cavalo. Dito de outro modo: um animal pode se distinguir de outro 
animal da mesma espécie em cores e em algumas características que não lhe 
retirem sua característica central, ou seja, sua forma. A tais distinções meno-
res, Aristóteles dá o nome de “acidentes”. Os acidentes se opõem à essência: 
as propriedades acidentais trazem variações entre os objetos, apesar de não 
incidirem nas propriedades necessárias.
Com isso, Aristóteles busca demonstrar que é na articulação das coisas 
e indivíduos que as formas/essências são reconhecidas. Portanto, o mundo é 
reconhecido tal como é e não de acordo com um ponto de vista. Em sua obra 
Metafísica, Aristóteles ressalta que existem maneiras, modos de ser, que são 
organizados em categorias. Tais categorias, listadas a seguir, servem para 
designar o modo como as coisas são (CHAUÍ, 2000).
3Platão e Aristóteles
  Substância: tudo aquilo que não precisa de algo para existir, como o 
homem e os animais.
  Quantidade: definição a partir de números, metragem.
  Qualidade: adjetivos próprios ao sujeito ou à coisa.
  Relação: consideração resultante da comparação — “isto é maior do 
que aquilo”, por exemplo.
  Lugar: localização.
  Tempo: momento.
  Posição: situação espacial em que algo se encontra.
  Posse: propriedade sobre algo.
  Ação: verbos, como “odiar”, “amar”, etc.
  Paixão: o que é passível de sofrer uma ação.
Tais categorias designam,segundo Aristóteles, o modo de ser de cada coisa. 
Ou seja, não é possível a cor amarela existir como uma substância, visto que 
essa cor depende de outro ser para existir — o sol é amarelo. Com as suas 
reflexões, Aristóteles contribuiu para o desenvolvimento da episteme, pois a 
sua investigação em relação à verdade, ao conhecimento, à ciência natural e à 
biologia trouxe as descrições dos corpos, do seu modo de ser e das maneiras 
como são definidos.
O pensamento de Platão e Aristóteles
Pode-se encontrar nas obras de Platão e Aristóteles várias distinções em 
relação a diversas áreas do comportamento humano e da organização da 
sociedade. Além disso, eles discorreram sobre pensamentos metafísicos: o que 
é o bem, o que é o amor, o que são as virtudes, etc. Uma das distinções mais 
assertivas entre ambos consiste em suas teorias do conhecimento: enquanto 
Platão (2000) defende um dualismo entre o mundo sensível e o mundo das 
ideias, Aristóteles acredita que o conhecimento se dá de modo inverso. Ou 
seja, se para Platão a verdade advém das ideias, para Aristóteles é possível 
conhecê-la pela causa, pelos sentidos.
As compreensões distintas dos dois filósofos aparecem em várias das suas 
teorias, como a teoria política. Segundo Platão (2000), os conceitos de justiça 
e bem-estar só podem ser conhecidos por meio do método dialético. Ou seja, só 
a possibilidade de conhecer tais conceitos já é um acesso ao mundo das ideias. 
Por isso, sendo os filósofos que buscam o conhecimento das ideias, deveriam 
ser os responsáveis por governar a pólis. Já para Aristóteles, a justiça é o que 
Platão e Aristóteles4
deve reger as relações sociais. Em Ética a Nicômaco, Aristóteles defende que 
as virtudes são responsáveis por equilibrar as ações de cada sujeito, visto que 
a finalidade de toda ação é o bem. Ou seja, todo indivíduo deve buscar o bem, 
pois é no bem que se dá a felicidade; isso faz com que o sujeito seja virtuoso. 
Aristóteles nomeou tal concepção de justo-meio, que é esse equilíbrio entre 
os sujeitos, reconhecido como justiça. Dessa forma, não há, para Aristóteles, 
como separar ética (a vida virtuosa) de justiça (justo-termo).
Outro ponto de divergência teórica é a visão sobre a poesia. Platão sempre 
demonstrou em sua obra uma grande preocupação com o que é verdadeiro. 
Quando aborda a formação de um Estado ideal, Platão (2000) defende que os 
poetas não deveriam ter lugar na pólis, pois a poesia não aproxima o homem 
da verdade, ou seja, a dissimula e ensina os jovens a falar do que as coisas não 
são, a mentir. Em geral, Platão acredita que a arte é mentirosa, enganadora, 
uma vez que as coisas que existem no mundo são uma cópia do mundo ideal. 
A arte, ao “imitar” as coisas do mundo sensível, distancia o homem mais 
ainda da verdade das ideias.
Em contraposição, Aristóteles (1993) dá um tratamento diferente às artes. 
Para ele, as artes são uma ciência, a ciência poética, pois produzem coisas no 
mundo. Entretanto, não se trata de mera produção. Nesse sentido, cabe uma 
distinção entre produção artística e produção técnica: a técnica consiste na 
mera reprodutibilidade das coisas; já a produção artística leva ao conhecimento 
do porquê das coisas, bem como ao questionamento sobre o mundo, que recai 
novamente sobre o conhecimento. Em sua obra Poética, Aristóteles defende que 
a poesia, a despeito da concepção platônica, em vez de reproduzir meramente 
as coisas do mundo sensível, vai além, as recria de diversos modos. A isso ele 
nomeou mimésis: “[o] historiador e o poeta não se distinguem por escrever 
em verso ou prosa; [...] a diferença é que um relata os acontecimentos que de 
fato sucederam, enquanto o outro fala das coisas que poderiam suceder [...]” 
(ARISTÓTELES, 1993, p. 47).
Como você pode notar, a maior distinção entre Platão e Aristóteles é o modo como 
concebem a verdade e o conhecimento. Enquanto a filosofia platônica se prefigura 
como idealista, a filosofia aristotélica se distingue por ser realista. As teorias de Platão 
e Aristóteles influenciaram muitos pensadores ao longo dos séculos: os medievos, os 
modernos e até a episteme contemporânea.
5Platão e Aristóteles
Áreas do conhecimento iniciadas
por Platão e Aristóteles
Atualmente, muito se questiona a função ou a aplicabilidade da fi losofi a. En-
tretanto, tal questionamento se mostra inócuo se você pensar na criação e na 
produção de conhecimento de áreas que hoje são essenciais. Considere, por 
exemplo, a bioética, os estudos sobre os efeitos do uso da tecnologia e das mídias 
sociais, a atual conjuntura política global, a ética em relação ao desenvolvimento 
científi co, as mudanças na refl exão estética na contemporaneidade, etc. Para a 
constituição de todas elas, a obra de Platão e Aristóteles foi essencial e ainda 
oferece uma contribuição signifi cativa. Pense, por exemplo, na refl exão sobre 
a justiça, tema fundamental no mundo contemporâneo: ambos os fi lósofos 
escreveram sobre ela. Para eles, a justiça está atrelada tanto ao cidadão comum 
quanto ao governante da cidade. Contudo, se para Platão o sábio deve governar 
a cidade, porque tem acesso e conhece o que é a justiça ideal, para Aristóteles, a 
justiça se associa às virtudes e ao respeito entre os cidadãos de uma sociedade.
No contexto da biologia (CHAUÍ, 2000), Aristóteles, em sua compreensão 
indutiva, foi um dos primeiros a classificar as espécies. Não por acaso, a palavra 
para forma/espécie é eidos, termo grego que significa “imagem”. Tal termo 
é mais um dos pontos de discordância entre Platão e Aristóteles. Segundo a 
teoria platônica, a ideia provém do mundo inteligível (Platão reconhece no 
mundo o saber adquirido na inteligibilidade). Já para Aristóteles, a ideia é 
formulada a partir da experiência sensível, ou seja, é o saber do humano que 
assimila o que é interpretado pelos sentidos. Aristóteles investigou o que 
constitui e distingue os seres, realizando uma pesquisa científica empírica 
sobre os animais. Além desse trabalho investigativo, realizou um trabalho de 
catalogação de espécies, o que lhe confere o título de primeiro ictiólogo, por 
sua devoção ao estudo dos peixes e das espécies marinhas.
Ainda nesse contexto, em Sobre a alma, Aristóteles discorre a respeito do 
intelecto. Para o filósofo, a razão é uma função cognitiva que tem como fina-
lidade operar a faculdade de descriminação em relação às coisas existentes no 
mundo. Ou seja, o intelecto, juntamente à sensação, realiza uma descriminação 
geral sobre tudo que existe. Aristóteles argumenta que o pensamento funciona 
reconhecendo o que é captado, apreendido nas sensações e assimilado pela 
imaginação. Já em relação aos animais, a sua apreensão do mundo se daria de 
forma sensitiva. Assim, a alma dos animais — diferentemente da do homem, 
que tem em sua base a complexidade e o entrecruzamento da razão e do intelecto 
— é a sensação. É por isso que os animais são motivados apenas pelo desejo.
Platão e Aristóteles6
Em relação à astronomia, não há grandes distinções entre as teorias aris-
totélica e platônica. Ambos os filósofos acreditavam que a astronomia era 
uma ciência matemática e que tratava de algo não observável a olho nu. Eles 
defendiam que o universo era finito, apesar de enorme, e que as estrelas or-
bitavam em torno da Terra. Como destaca Chauí (2000, p. 29), “[...] os gregos 
fizeram nascer duas ciências: a aritmética e a geometria; da astrologia, fizeram 
surgir também duas ciências: a astronomia e a meteorologia [...]”.
Por fim, é na ética que se encontra o centro da reflexão que permeia a 
obra de tais pensadores, que dedicaram as suas vidas ao incessante trabalho 
de buscar uma forma de viver bem em sociedade (CHAUÍ, 2000). Tanto 
Platão, que foi aluno de Sócrates, quanto Aristóteles, que foi aluno de Pla-
tão, centralizam as suas teorias na reflexão sobre a educação do cidadão 
e a formação para uma sabedoria justa, política e prática, que beneficie a 
todos. Assim, o pensamento platônico e o aristotélico são indissociáveis de 
categoriaspolíticas, religiosas, artísticas, científicas, éticas e psicológicas. 
As teorias desses filósofos sustentam, ainda hoje, tudo o que se conhece 
como pensamento ocidental.
Acesse o link a seguir para aprender mais sobre o pensamento e as distinções teóricas 
entre Sócrates, Platão e Aristóteles.
https://qrgo.page.link/LjXZR
ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Eudoro de Souza. 3. ed. São Paulo: Ars Poetica, 1993.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
PLATÃO. A república (ou: sobre a Justiça. Gênero Político). Tradução de Carlos Alberto 
Nunes. Belém: UFPA, 2000.
7Platão e Aristóteles
Leituras recomendadas
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gred Bornheim. São 
Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores).
ARISTÓTELES. Metafísica. 2. ed. Tradução de Giovanni Reale e Marcelo Perine. São Paulo: 
Edições Loyola, 2002. v. I, II, III.
OLIVEIRA, D. B.; ABREU, W. F. Conhecimento, arte e formação na república de Platão. 
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 203–215, 2015. Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/ep/v41n1/1517-9702-ep-41-1-0203.pdf. Acesso em: 29 jul. 2019.
THIRY-CHERQUES, H. R. O racional e o razoável: Aristóteles e o trabalho hoje. Cadernos 
EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 1–11, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512003000100005. Acesso em: 29 jul. 2019.
Platão e Aristóteles8

Continue navegando