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2 - Slides - TGP - Normas Fundamentais

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TEORIA GERAL DO PROCESSO - TGP 
Normas Fundamentais do Processo
 
Prof. Marcos Paulo Pereira Gomes
O NCPC se vale dessa terminologia em seu bojo (Capítulo I) pois trata dos princípios e regras fundamentais do direito processual.
Assim, nota-se que nem todas as normas fundamentais são princípios.
Além disso, embora o NCPC tenha criado um capítulo com tal terminologia, há normas fundamentais do processo civil além deste capítulo e além deste código (ex. Constituição Federal). 
O que caracteriza uma norma fundamental do processo civil?
Ela se caracteriza através de dois aspectos: a) ela serve como uma estrutura para o processo brasileiro; b) possui uma função hermenêutica (servem para auxiliar na interpretação e na aplicação da norma).
Princípio do devido processo legal (due process of law)
Tem origem medieval, nasce e se desenvolve a partir da premissa de que era necessário um controle sobre o poder (reação à tirania). Hoje, é considerado como um conjunto das garantias mínimas para que um processo seja considerado justo. Tal conjunto foi sendo ampliado ao longo da história. Não se admite retrocesso em tais garantias acumuladas durante sua existência.
Ademais, o devido processo legal também serve para controlar eventuais atos tirânicos que possam surgir. Essa possibilidade de adequação perante novos desafios se dá pela sua natureza de cláusula geral. 
O devido processo legal é, também, a matriz das normas fundamentais do processo. Ou seja, tais normas são derivadas desse princípio, sendo a concretização de tais “avanços”. 
Esse princípio alcança, conforme já visto, todos os processos, sejam eles jurisdicionais, administrativos, legislativos e ao processo privado. 
OBS 2: A essa aplicação desse princípio em relações particulares, dá-se o nome de eficácia horizontal dos direitos fundamentais. 
Devido processo legal formal (ou objetivo) e devido processo legal substancial (ou material): 
São duas dimensões do devido processo legal, sendo que o devido processo legal formal é a que nos garante as exigências formais para que o processo seja devido. 
OBS: Existem duas acepções para o devido processo legal substancial:
Acepção americana: é fonte de direito fundamentais implícitos, ou seja, o devido processo legal justificaria a existência de outros direitos fundamentais que surgiriam implicitamente no decorrer do processo e da sentença.
Acepção brasileira (STF): a dimensão substancial significa ser ele a fonte constitucional dos deveres de proporcionalidade e razoabilidade. Assim, o devido processo legal seria a fonte de tais princípios.
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
Também possui duas dimensões.
Em sua dimensão formal, garante o direito de participação do processo.
Em sua dimensão material, aduz que tal participação tenha aptidão para influenciar no processo. É o que garante o direito de produção de provas, recorrer, etc.
O que se chamava, antigamente, de ampla defesa (tido como os instrumentos para efetivar essa participação do processo), é, hoje, o conteúdo do contraditório em sua dimensão material.
Qual a relação entre contraditório e a regra que proíbe que o juiz decida fora do pedido?
O juiz só pode decidir nos limites do pedido porque as partes só debateram o que fora pedido. Se assim não fosse, alguém poderia ser punido em face de algo que não pode se manifestar ou influenciar.
OBS: o contraditório passa a ser admito no âmbito de outros processos, como no administrativo, previsto inclusivo na Constituição.
OBS 2:
Dispõe o art. 9º: Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Atenta-se que se admite decisão não definitiva (ex. tutela provisória) sem o contraditório, mas decisão definitiva se dará apenas com o contraditório.
OBS 3:
Art. 10: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
Proíbe-se, assim, a decisão surpresa (decisão lastreada em questão a respeito da qual não se deu à parte a oportunidade de contraditório) e consagra-se o dever de consulta. 
IMPORTANTE: Esse artigo não cuida do princípio do contraditório. Ele cria uma regra que proíbe decisão surpresa e impõe o dever de consulta (está de acordo com o contraditório, sendo uma concretização deste). Tal regra fora espelhada no art. 933 do NCPC.
OBS 3: O juiz tem o dever de zelar pelo efetivo contraditório (o juiz tem de observar, todo o tempo, se há desequilíbrio na paridade das armas – art. 7º) 
PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO 
Previsto no art. 5º, LXXVIII, CF e art. 4º do NCPC.
Art. 4º. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Percebe-se que o nome do princípio não é “processo rápido” ou “célere”. O processo têm de durar o tempo necessário para ser satisfeito adequadamente.
# Como aferir um demora indevida?
Há de se valer dos seguintes critérios consolidados com o tempo:
1º complexidade do assunto;
2º comportamento dos litigantes: é preciso avaliar se alguma das partes está causando a demora infundada;
3º comportamento do juiz: em que medida o órgão julgador contribuiu para essa demora;
4º estrutura do órgão judiciário: pode ser um fator que influencia na duração do processo. 
Qual a consequência se ficar constatada a demora irrazoável?
Se essa demora causou algum prejuízo, cabe responsabilidade civil do Estado. Além disso, consoante art. 235 do NCPC, pode gerar a perda de competência do juiz. Pode, ainda, segundo o art. 93, II, e, obstar a promoção de um juiz que retiver autos em seu domínio injustificadamente, extrapolando o prazo legal. Por fim, pode-se justificar o cabimento de um Mandado de Segurança em razão da omissão judicial. 
Existe relação entre publicidade e motivação das decisões?
Sim. A relação é intima porque é pela motivação que se vê como o poder está sendo exercido, servindo como uma espécie de prestação de contas à sociedade. 
Relação entre publicidade e precedentes: o NCPC tentou estruturar um sistema de precedentes obrigatórios, dando ênfase à publicidade, conforme se demonstra pelos artigos 927, §5º e art. 979, ambos do NCPC.
OBS: Res. 143, CNJ, disciplina a publicidade em processos eletrônicos e merece ser lida.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
A publicidade é uma imposição constitucional e também está expressa no NCPC (art. 11). Se revela em duas dimensões:
Dimensão interna: o processo tem de ser público, acessível, para as próprias partes;
Dimensão externa: o processo tem de ser público aos terceiros desinteressados, a fim de que estes possam fiscalizar o andamento do processo. Essa pode sofrer restrições ou para a proteção do interesse público ou para a preservação da intimidade das partes. (art. 93, IX)
O art. 189 do NCPC disciplina as situações em que se admite a restrição de publicidade externa (segredo de justiça). 
OBS: o processo arbitral entre particulares pode ou não ser sigiloso. 
OBS 2: a arbitragem envolvendo Poder Público não pode ser sigilosa.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE PROCESSUAL
	Sempre foi relacionado com a ideia de “paridade das armas”, isto é, igualdade de instrumentos a fim de que a disputa seja equilibrada. 
Para que se concretize, é necessário, primeiramente, a equidistância do juiz (neutralidade). Outrossim, não pode haver restrições de qualquer natureza ao acesso à justiça (como exemplo, obstar o acesso de mulheres ao processo). Além disso, é necessário reduzir as desigualdades entre as partes (ex. prever justiça gratuita). Por fim, faz-mister facilitar e igualar o acesso das partes às informações para que haja o fiel exercício do contraditório. 
PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE
Não possui previsão constitucional expressa (mas não deixa de ser constitucional, pois deriva do devido processo legal), mas está disposto expressamente no art. 4º do NCPC, última parte.
Art. 4º. As partes têm o direito de obter em prazorazoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Por ele, o direito reconhecido pelo juiz há de ser efetivado. O processo não se esgota no reconhecimento, tem, ainda, que concretizá-lo.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Possui dois fundos: um fundo constitucional (está inserido no art. 37, caput, da CF - também se aplica ao Judiciário) e um fundo infraconstitucional (art. 8º do NCPC, parte final).
Assim, ele possui duas dimensões:
Administrativa: se dirige aos Tribunais como entes da Administração, assim, a Administração judiciária têm de ser eficiente.
Processual: se dirige ao juiz de um determinado caso, o qual deverá conduzir o processo com eficiência, funcionando como um gestor que deve gerenciar o processo de modo eficiente. 
Todas as normas processuais devem ser interpretadas tendo em vista o objetivo da eficiência (o juiz deve praticar o menor número de atos com a maior eficiência). Ex. reunião de causas para produção de provas que sirvam para todas elas.
Ainda, a eficiência deve ser visualizada, sobretudo, na escolha do meio executivo (deve se pautar na eficiência, de modo em que seja eficaz sem muita onerosidade para a parte). 
OBS: o velho princípio da economia processual se transformou no princípio da eficiência pois há previsão expressa e a expressão “eficiência” pressupõe uma maior amplitude, atribuindo um arsenal de mecanismos ao gestor do processo. 
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL
Está expressamente consagrado no art. 5º do NCPC:
Art. 5º. “Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.”
Também é possível visualizar um lastro constitucional desse princípio, que deriva do devido processo legal, sendo tal corolário reconhecido até pelo Supremo Tribunal Federal. O princípio da boa-fé se dirige a todos os sujeitos do processo (incluindo o juiz). 
Esse artigo 5º é uma cláusula geral, que deverá ser concretizado. 
Exemplos de concretização do princípio da boa-fé processual (objetiva):
Proibição de comportamentos dolosos no processo;
Impedimento de exercício abusivo de direito processual (o princípio da boa-fé é a base para se reconhecer abusos no decorrer do processo, servindo para combatê-los);
Proibição de comportamento contraditório no processo (proibição de venire contra factum proprium no processo);
Serve à interpretação das postulações e das decisões (art. 322, §2º, 489, §3º);
É a fonte do qual decorre o princípio da cooperação;
Orienta a negociação entre as partes.
Boa-fé objetiva e boa-fé subjetiva: a objetiva é uma norma que impõe comportamentos éticos (sinônimo de princípio da boa-fé), examinada como uma imposição de conduta. A subjetiva, por seu turno, é um fato, ou seja, é a crença de que se está agindo corretamente (esse fato por vezes é levado em consideração pelo Direito, ex. o possuidor de boa-fé nas ações possessórias), mas não é uma norma.
Princípio da promoção pelo Estado da autocomposição
Parte da premissa de que a solução consensual (autocomposição) é prioritária.
Está previsto no art. 3º, §2º e §3º do NCPC. É uma das principais novidades no Novo Código, de forma que este se estruturou para dar efetividade à autocomposição. Assim, há mecanismos de estímulo para a solução por autocomposição.
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA DECISÃO DE MÉRITO
É o princípio que torna prioritária a solução do conflito (que é o maior objetivo do Código), de modo que seja necessário fazer “de tudo” para que o mérito seja analisado. Está previsto no art. 4º (as partes têm o direito de obter em prazo razoável, a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa), nota-se, pois, que o art. 4º não diz respeito apenas à duração razoável do processo e à efetividade.
É um princípio que está espalhado em todo o CPC. Exemplos: art. 321, art. 932, §único. 
PRINCÍPIO DO RESPEITO AO AUTORREGRAMENTO DA VONTADE NO PROCESSO
Significa a imposição da transformação do processo em um ambiente propício ao exercício da liberdade negocial, ou seja, a vontade das partes como fonte normativa não pode encontrar no processo obstáculos irrazoáveis e injustificáveis. 
Observa-se, contudo, que a autonomia da vontade no processo não é ilimitada, encontrando limites processuais, mas nem por isso deixa de ser valorada pelo Código Novo (vale dizer, a autonomia de vontade aqui é menos ampla do que fora do processo, mas não deixa de ser ampla).
São consequências do respeito ao autorregramento da vontade no processo: 
A estimulação, pelo Código, de que as partes encontrem solução consensual para o problema; 
O Código prevê um número significativo de negócios processuais (negócios jurídicos que repercutem no processo); 
O Código prevê negócios processuais atípicos (criados pelas partes a partir da cláusula geral de atipicidade);
Expansão notável da arbitragem. 
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO
O processo para ser considerado devido deve ser adequado.
Como se avalia tal adequação?
A doutrina identifica a existência de três critérios de adequação do processo:
Critério Objetivo: significa que o processo deve ser estruturado de acordo com o direito material discutido.
Critério subjetivo: a adequação subjetiva do processo nada mais é que do que o princípio da igualdade. É o que possibilita, por exemplo, a preferência processual de processos de idosos (adequa o processo às peculiaridades dos sujeitos).
Critério teleológico: o processo deve se adequar aos seus fins. Ex. deve-se dar tratamento diferenciado à processos de conhecimento e processos de execução.
Quem é que pode proceder à adequação do processo?
A adequação pode ser legal, jurisdicional ou negocial. 
Caberá, na adequação legal, ao legislador traçar as regras processuais abstratas previamente de modo adequado.
Na jurisdicional e negocial, a adequação é feita concretamente, a partir de um problema apresentado. A jurisdicional seria a adequação feita pelo juiz no caso concreto (alguns autores se utilizam do termo adaptabilidade ou flexibilidade do processo), como ex. inc. VI, art. 139, onde o juiz poderá dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova.
O processo se inicia por provocação das partes.
Algumas considerações sobre essa regra:
No CPC/73 havia a previsão da possibilidade de o juiz iniciar de ofício processo de inventário. No NCPC, essa previsão não existe mais.
O juiz poderá executar, de ofício, a sentença que imponha fazer, não fazer ou dar coisa que não é dinheiro. 
Existem alguns incidentes processuais que podem ser instaurados de ofício pelo juiz. É o caso do conflito de competência, incidente de resolução de demandas repetitivas. 
REGRA DO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO POR IMPULSO OFICIAL
Uma vez instaurado, o processo desenvolve-se por impulso oficial, independentemente de novas provocações da parte.
Algumas considerações: 
Ela não impede que o autor desista do processo; 
Ressalvada a remessa necessária, o impulso oficial não se aplica à instância recursal.
É possível, ainda, que as partes alterem o impulso oficial. Vale dizer, esse impulso oficial não é absoluto, devendo prestigiar a vontade das partes.
Processo Cooperativo
Está previsto no art. 6º do Novo Código.
São três deveres judiciais que são impostos pela cooperação:
Dever de consulta (art. 10, NCPC): dever de consultar as partes sempre que o juiz verificar a existência de uma questão relevante para a causa e que não foi objeto de contraditório;
Dever de esclarecimento: possui uma dupla dimensão. Há uma exigência de clareza nas manifestações do juiz e o dever de pedir esclarecimento às partes (o juiz não pode rejeitar uma postulação das partes pelo fato de não tê-la entendido;
Dever de prevenção: o juiz tem o dever de evitar que o processo seja invalidado por uma questão formal (dever de impedir a frustração processual por uma causa ínfima). 
Dever de auxílio: um exemplo seria o dever de o juiz auxiliar a parte autora na obtenção de informações relativas ao patrimônio do executado a fim de que haja a sua satisfação e outroseria o auxílio na coleta de dados pessoas da parte ré. Ambos estão previstos expressamente, por isso podem ser relacionados como manifestação da cooperação.
PRECLUSÃO
É a perda de alguma situação jurídica processual ativa (direito, faculdade, poder). 
Existe preclusão para as partes e também para o juiz.
Observa-se que todo processo é passível de existir alguma forma de preclusão, pois pode ser entendida como uma técnica desenvolvida pelo Direito para promover a duração razoável do processo, para prestigiar a boa-fé (evitando que as pessoas esconda os seus argumentos e defesas para utilizar em situações de surpresa); além de prestigiar a segurança jurídica, na medida em que estabiliza o processo.
Assim, há três princípios umbilicalmente relacionados com a preclusão. 
Tipos de preclusão
A doutrina clássica costuma identificar a existência de três tipos de preclusão:
a) Preclusão temporal: perda da situação jurídica em virtude de prazo (perda em razão do tempo). Ex. perda do prazo para recorrer;
b) Preclusão lógica: perda de um poder processual em razão de prática de comportamento anterior incompatível com esse poder (perda em razão de venire contra factum proprium). Ex. se aceita a decisão, não se pode recorrer da mesma;
Preclusão consumativa: perda do poder processual pelo seu exercício. (perda em razão do uso). Ex. perda do poder de apelação por já ter apelado ou perda do poder de julgar (para o juiz).
OBS: Didier acrescenta uma quarta modalidade às modalidades tradicionais (que são derivadas de atos lícitos), sendo necessária em razão de se originar por um ato ilícito:
Preclusão decorrente de ato ilícito: alguns ilícitos processuais têm por consequência a perda de um poder processual (perda em razão de prática ilícita), ocorrendo uma sanção. Ex. demora irrazoável do juiz para julgar a causa, perdendo a competência para julgá-la.

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