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ESQUEMA DE ADP II SUYANE BRASIL – FISIOTERAPIA 2014.2 UFPI CAMPOS DE CONHECIMENTO DO FISIOTERAPEUTA, RECURSOS E INSERÇÃO NOS NÍVEIS DE ATENÇÃO EM SAÚDE CONTEXTO HISTÓRICO A FISIOTERAPIA - Profissão regulamentada em 13 de outubro de 1969: Decreto lei número 938. - Regulamentações por conselhos de classe. - Atuação nos níveis primários, secundários e terciários de atenção à saúde. - “Uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais”. O FISIOTERAPEUTA - “Profissional de Saúde, com formação acadêmica Superior, habilitado à construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais (Diagnóstico Cinesiológico Funcional), a prescrição das condutas fisioterapêuticas, a sua ordenação e indução no paciente bem como, o acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e as condições para alta do serviço”. - Atividade de saúde, regulamentada pelo Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75, Resoluções do COFFITO, Decreto 9.640/84, Lei 8.856/94. ESPECIALIDADES RECONHECIDAS PELO COFFITO: - Acupuntura - Fisioterapia Dermatofuncional - Fisioterapia Esportiva - Fisioterapia Do Trabalho - Fisioterapia Neurofuncional - Fisioterapia Oncofuncional - Fisioterapia Respiratória - Fisioterapia Traumato-Ortopédica - Osteopatia E Quiropraxia - Fisioterapia Em Saúde Coletiva - Fisioterapia Em Saúde Da Mulher ÁREAS DE ATUAÇÃO Fisioterapia Clínica Saúde Coletiva Educação Outras - Ambulatórios - Consultórios - Centros de Reabilitação - Hospitais e clínica - Ações Básicas de Saúde - Fisioterapia do Trabalho - Programas institucionais - Vigilância Sanitária - Direção e coordenação de cursos - Docência níveis: secundário e superior - Extensão - Pesquisa - Supervisão técnica e administrativa - Esporte - Indústria de equipamentos de uso fisioterapêutico PRÁTICA EM AMBIENTE AMBULATORIAL E HOSPITALAR - Contexto em que está inserido nível de complexidade - Abordagem interdisciplinar - Protocolo fisioterapêutico avaliação, diagnóstico e prognóstico cinesiológico funcional - Manobras e recursos fisioterapêuticos - Recuperação física e funcional e ambiente hospitalar RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS - Eletroterapia - Fototerapia - Termoterapia - Mecanoterapia - Hidroterapia - Terapia manual TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS - Cinesioterapia alongamentos e fortalecimentos musculares - Massoterapia - Conceito Bobath - Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (KABAT) - Alongamento neural - Reeducação Postural Global - Pilates OBSERVAÇÕES DURANTE A PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA EM AMBIENTE AMBULATORIAL E HOSPITALAR (PEDIÁTRICO OU NÃO) - Condições musculoesqueléticas - Posicionamentos inclusive no leito - Marcha A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE/OMS E A FISIOTERAPIA – CIF CONTEXTO GERAL - OMS classificações internacionais de saúde (1º: morte, 2°: doença) - CIDID, 1976 Classificação internacional de deficiências, incapacidades e desvantagens - Enfoque negativista (anormalidade/consequências/adaptação) - Não abordava aspectos sociais nem ambientais, só a doença - Doença Deficiência Incapacidade Desvantagem - CIF, 2001 Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (Versão no Brasil: 2003) - Mudança de paradigma Enfoque positivo e negativo - Biopsicossocial Saúde nos níveis corporais e sociais (visão holística) - Participação social e contexto ambiental - Condições crônicas e agudas, acidentes, geriatria, dentre outros - Multiprofissional CIF - Objetivo uniformização de conceitos - Guia para prática de reabilitação - Formação de um sistema de informação - Compreensão e o estudo dos determinantes e dos efeitos da saúde - Linguagem comum para a descrição da saúde - Comparação de dados entre países e disciplinas relacionadas à saúde, entre os serviços e em diferentes momentos ao longo do tempo - Princípios Universalidade (todos podem ser classificados), neutralidade (aspectos positivos e negativos) e paridade (a incapacidade não deve ser diferenciada pela etiologia) - Aplicações Saúde, educação, previdência social, legislação, estatísticas, medicina do trabalho, políticas públicas para pessoas com deficiências - Uso Práticas clínicas, ensino, pesquisa - Consequências funcionais Classificação uniforme - Padronizar as condições de saúde - OMS CID – 10 e CIF, complementares - Domínios (30 capítulos): Função do corpo Estrutura do corpo Atividade e participação Fatores ambientais MODELO CONCEITUAL DA CIF (OMS, 2003): MODELO MULTIDIMENSIONAL DE FUNCIONALIDADE E INCAPACIDADE ESTRUTURA DA CIF CIF FUNÇÃO DO CORPO - Fisiológica e psicológica - Classifica 38 códigos - Exemplo (letra b): b2 Funções sensoriais e dor (item do primeiro nível) b210 Funções visuais (item do segundo nível) b2102 Qualidade da visão (item do terceiro nível) b21022 Sensibilidade ao contraste (item do quarto nível) - Capítulo 1 Funções mentais (gerais: b110-b139) (específicas: b140-b189) - Capítulo 2 Funções sensoriais e dor (b210-229) - Capítulo 3 Funções da voz e da fala - Capítulo 4 Funções do aparelho cardiovascular, dos sistemas hematológico e imunológico e do aparelho respiratório - Capítulo 5 Funções do aparelho digestivo e dos sistemas metabólico e endócrino - Capítulo 6 Funções genitourinárias e reprodutivas - Capítulo 7 Funções neuromusculoesqueléticas e relacionadas com o movimento - Capítulo 8 Funções da pele e estruturas relacionadas ESTRUTURA DO CORPO - Partes anatômicas do corpo, órgãos e seus componentes - 20 códigos - Categorias se iniciam com a letra s - Capítulo 1 Estruturas do sistema nervoso - Capítulo 2 Olho, ouvido e estruturas relacionadas - Capítulo 3 Estruturas relacionadas com a voz e a fala - Capítulo 4 Estruturas do aparelho cardiovascular, do sistema imunológico e do aparelho respiratório - Capítulo 5 Estruturas relacionadas com o aparelho digestivo e com os sistemas metabólico e endócrino - Capítulo 6 Estruturas relacionadas com os aparelhos genitourinário e reprodutivo - Capítulo 7 Estruturas relacionadas com o movimento - Capítulo 8 Pele e estruturas relacionadas ATIVIDADE E PARTICIPAÇÃO - Atividades diárias e vida social/comunitária - 57 códigos - Categorias se iniciam com a letra d - Capítulo 1 Aprendizagem e aplicação do conhecimento - Capítulo 2 Tarefas e exigências gerais - Capítulo 3 Comunicação - Capítulo 4 Mobilidade - Capítulo 5 Auto cuidados - Capítulo 6 Vida doméstica - Capítulo 7 Interações e relacionamentos interpessoais - Capítulo 8 Áreas principais da vida - Capítulo 9 Vida comunitária, social e cívica FATORES AMBIENTAIS - Ambiente físico, social e de atitudes (tecnologia, clima, cuidadores,serviços de saúde, trabalho, esporte, transporte, dentre outros) - Individual e social - Facilitadores ou barreiras - Categorias se iniciam com a letra e - 37 códigos de fatores - Capítulo 1 Produtos e tecnologia - Capítulo 2 Ambiente natural e mudanças ambientais feitas pelo homem - Capítulo 3 Apoio e relacionamentos - Capítulo 4 Atitudes - Capítulo 5 Serviços, sistemas e políticas CONSTRUCTOS/QUALIFICADORES - Quando há uma deficiência, ela pode ser classificada segundo a gravidade utilizando-se o qualificador genérico. - Se só o ponto e o número: obstáculo. - Se sinal positivo: facilitador. •xxx.0 NÃO há problema (nenhum, ausente, insignificante) 0-4% •xxx.1 Problema LIGEIRO (leve, pequeno, ...) 5-24% •xxx.2 Problema MODERADO (médio, regular, ...) 25-49% •xxx.3 Problema GRAVE (grande, extremo, ...) 50-95% •xxx.4 Problema COMPLETO (total, ....) 96-100% •xxx.8 não especificado •xxx.9 não aplicável APLICAÇÕES - Ferramenta: estatística investigação clínica política social EXEMPLOS - Criança nasce sem uma unha - Criança diabética - Indivíduo com vitiligo na face - Um indivíduo com tetraplegia - Um indivíduo em cadeira de rodas A CIF E A FISIOTERAPIA - Identificar incapacidades e limitações funcionais nos três níveis de atenção à saúde - Desenvolver planos específicos de tratamento para cada paciente - Considerar perfil funcional específico de cada indivíduo para avaliação e intervenção fisioterapêutica - Uniformidade em dados da classificação de maneira universal (por cada grupo de profissionais, de cada clínica, de cada hospital, em cada região, em cada país) - Prática clínica, ensino e pesquisa - A função e o movimento são os objetos de estudo do fisioterapeuta - Enfoque na recuperação funcional, prevenção de incapacidades e com qualidade de vida - Desenvolver um plano de tratamento centrado no paciente - Identificar as discrepâncias existentes entre o nível de função desejado pelo sujeito e sua capacidade de alcançá-lo - Maior qualidade e individualidade dos dados relativos aos indivíduos - Os profissionais envolvidos na reabilitação tentam relacionar os problemas e as necessidades levantadas pelo indivíduo com as disfunções, limitações de atividade e restrições na participação ou, ainda, com fatores pessoais e ambientais - Aspectos éticos (OBS: confidencialidade dos dados da classificação) EXEMPLO DA APLICAÇÃO DA CIF NA PRÁTICA CLÍNICA DO FISIOTERAPEUTA ASPECTOS IMPORTANTES - CIF versão para crianças e jovens – CIF CJ - Individualizado/Universalizado/Humanizado/Integral - Classificação recente, complexa, com grau de dificuldade no uso, que demanda tempo - Explorar mais Aceitabilidade e Validade: Analisar de forma sistematizada as possíveis interações entre os componentes da CIF - Futuro enfoque pessoal (como cada pessoa lida com os fatores limitantes) FISIOTERAPIA AMBULATORIAL – ÁREAS E PERSPECTIVAS - Fisioterapia clínica avaliação e tratamento cinesiológico e funcional - Educação e vigilância da funcionalidade - Equipamentos fisioterapêuticos - Consultórios - Clínicas - Ambulatórios RECURSOS - Bola suíça, escada de canto, cama elástica, barra paralela, entre outros. ESPECIALIDADES - Acupuntura - Dermatofuncional - Esportiva - Trabalho - Neurofuncional adulto, pediátrico, equoterapia - Oncofuncional - Respiratório - Cárdiorrespiratório - Traumato-ortopédica órteses (auxilia o membro) e próteses (substitui o membro) hidroterapia. - Osteopatia e quiropraxia - Saúde da mulher FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO TERCIÁRIA EM SAÚDE ATENÇÃO À SAÚDE 1) Inicialmente somente medicalização e perspectiva hospitalocêntrica 2) Níveis de atenção à saúde 3) Sistema de referência e contra-referência 4) Instrumentos terapêuticos de complexidade 5) Tecnologias e insumos relacionados à saúde 6) Equipe multiprofissional e interdisciplinar 7) Atendimento individualizado 8) Humanização hospitalar 9) Todos os ciclos da vida, masculina e feminina 10) Economia da saúde FISIOTERAPIA HOSPITALAR - Pronto - socorro – Urgências e emergências - Enfermarias - Unidade de Terapia Intensiva (uti) - Reabilitação Aplicada - Assistência Hospitalar – Home Care __________________________________________________________________________________ FISIOTERAPIA NA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - Emergência condição de agravo à saúde que implique risco iminente da vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento imediato. - Urgência ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial à vida, cujo portador necessita de assistência imediata. - Fisioterapeuta conduta simples, segura, objetiva e eficiente. ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA - Protocolo de fisioterapia respiratória (ventilação, oxigenação, permeabilidade brônquica), motora e posicionamento adequado no leito. - Profilaxia de complicações clínicas, tratamento de morbidades, diminuição da mortalidade, promoção da saúde e bem – estar geral - Manobras de suporte básico de vida (nível de consciência, abertura das vias aéres, manobras de ressuscitação cardiopulmonar) POSIÇÕES NO LEITO - Fowler - Tredenleburg - Sims - Decúbito dorsal ou supino - Decúbito ventral ou pronação PROCEDIMENTOS - Manobras de suporte básico de vida (nível de consciência, abertura das vias aéres, manobras de ressuscitação cardiopulmonar) - Avaliação respiratória - Protocolo do ATLS (ABCDE: airway, cervical control, breathing, circulation, disabilities (glasgow e trauma), exposite (av geral e extremidades) FISIOTERAPIA HOSPITALAR NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS - Fisioterapia Nas Urgências E Emergências Neurológicas - Fisioterapia Nas Urgências E Emergências Cardiorrespiratórias - Fisioterapia Nas Urgências E Emergências Traumato-Ortopédicas - Orientações Interdisciplinares Na Alta Hospitalar Em Serviços De Pronto-Socorro FISIOTERAPIA NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS - SNC e SNP - DNM, TCE, TRM, AVE, GUILLAIN – BARRÉ (neuropatia periférica), EPILEPSIA - Complicações por imobilismo, complicações cardiorrespiratórias (infecções (PNM) e IRAs), traumas, quedas - Imobilizações, estabilizações e transferências do paciente - Avaliação neuromotora individualizada (sinais de alarme, coma) e protocolo de tratamento ___________________________________________________________________________________ FISIOTERAPIA HOSPITALAR NA ENFERMARIA - Enfermaria Clínica (Geral) - Enfermaria Cirúrgica (e Transplante) - Enfermaria Neurológica - Enfermaria Cardiovascular - Enfermaria Pneumológica - Enfermaria De Moléstias Infecciosas - Enfermaria Oncológica - Enfermaria Traumato-Ortopédica - Enfermaria Dermatológica (Queimados) AVALIAÇÃO CINÉTICA E FUNCIONAL: - Alterações osteoarticulares - Capacidade de exercício - Força muscular periférica - Perda muscular hipotrofia TRATAMENTO FISIOTERÁPICO - Fisioterapia respiratória (manobras e recursos) e motora - Alongamento - Fortalecimento - Técnicas manuais - Transferências no leito - Posicionamento adequado no leito - Cicloergômetro - Deambulação precoce OBSERVAÇÕES - Hemodiálise o fisioterapeuta só atua antes do procedimento ou após 1h do ocorrido. - Escaras ou úlceras de pressão o fisioterapeuta temque mobilizar as articulações (ex: falanges) para aumentar a circulação sanguínea.
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