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AULA CINCO AGRONEGOCIOS RESUMO

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AULA CINCO AGRONEGOCIOS
TEMA 1 – CÁLCULO DO CUSTO DO BEZERRO – CUSTO MÉDIO DO REBANHO E DE REPRODUTORES
Em qualquer atividade comercial ou industrial, o cálculo do custo dos produtos é necessário para gerar informações à gestão, e no meio rural também existe esta necessidade.
a) para saber se é viável ter gado reprodutor na fazenda ou se seria mais interessante adquirir de terceiros os bezerros para a recria e engorda; 
b) para avaliar de forma adequada o Ativo da empresa, já que os bezerros têm um custo real; 
c) para avaliar de forma adequada o restante do rebanho destinado a corte. Não há dúvida de que uma avaliação inadequada dos bezerros irá refletir no restante do rebanho. (Marion, 2014, p. 175)
Podemos, então, perceber três vertentes de raciocínio, podendo o cálculo do custo dos bezerros ser utilizado como ferramenta de verificação para 4 responder a uma pergunta comum no meio industrial: “A empresa deve comprar ou produzir?”. 
Custo médio do rebanho
O procedimento do cálculo e apropriação dos custos do rebanho é relativamente simples, pois basicamente os custos consumidos no período serão apropriados ao rebanho de maneira proporcional
De acordo com Marin (2014), existem duas premissas para se calcular o custo do rebanho, que são as seguintes: 
“a) Inicialmente, soma-se o custo do rebanho (salário, alimentação de gado, exaustão de pastagens, depreciações de reprodutores, cuidados veterinários...) e divide-se o resultado pelo total de cabeças do rebanho em formação (em crescimento e aqueles nascidos no período). Tem-se portanto, o custo médio de produção por cabeça, por período, inclusive dos bezerros. 
b) O número de cabeças do rebanho exemplificado a seguir não inclui, para efeito de rateio de custo, o gado reprodutor em plena reprodução, pois eles não recebem custos (já não estão em formação). Todavia o custo da manutenção desse rebanho já formado (alimentação, tratamento veterinário, depreciação...) será incluído no custo do rebanho e distribuído para o rebanho em formação.” (Marion, 2014.
Imaginemos uma Fazenda que atua com pecuária que possui 50 matrizes, com valor unitário de $ 1.200,00, e 3 reprodutores no valor unitário de $ 3.000,00. O objetivo da fazenda é atuar com cria-recria-engorda, ou seja, todo o ciclo produtivo. No primeiro ano ocorreram 40 nascimentos – 25 bezerros e 15 bezerras. 
Nesse período, foram consumidos $ 10.000,00 em custos de formação e manutenção do rebanho, o qual deverá ser apropriado aos bezerros nascidos e, caso haja mais animais no rebanho em formação, como novilhos, também serão alocados custos a eles. O cálculo a ser realizado é simples, como já vimos anteriormente. Basta dividir os valores dos custos pela quantidade de animais. 10.00040=250,00 
Agora, então, é necessário multiplicar o valor por animal pela quantidade de animal de cada tipo. 
Bezerros – 25 x 250,00 = 6.250,00 
Bezerras – 15 x 250,00 = 3.750,00 
Com isso, é possível realizar o cálculo do custo médio do rebanho. Este procedimento deve ser seguido a cada ano. Basicamente será considerado como custo dos bezerros(as) nascidos(as) o valor do custo dos reprodutores e matrizes, ao passo que, para o restante do rebanho, serão apropriados os custos consumidos para a manutenção destes. 
Esse processo sempre irá ocorrer para o rebanho em formação, até que ele seja vendido ou seja incorporado ao rebanho de reprodução.
Custo médio dos reprodutores
Para maior exatidão do custo dos bezerros, é necessário, inicialmente, proceder o cálculo do custo dos reprodutores, para então apropriar o valor aos bezerros nascidos.
	Quadro 1 – Rebanho Classificação 
	Quantidade 
	Bezerros 
	80 
	Bezerras 
	50 
	Novilhos 
	200 
	Novilhas 
	220 
	Reprodutores 
	40 
	Matrizes 
	250 
	Total 
	840 
Considerando que no período ocorreram 150 nascimentos, sendo 75 bezerras e 75 bezerros, o custo de manutenção do rebanho foi de $ 100.800,00. 
Primeiramente, vamos descobrir o valor por cabeça: 
100.800\840=120,00 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑏𝑒ç𝑎 
Agora, devemos descobrir, do valor de manutenção, quanto corresponde aos reprodutores e matrizes: 120 𝑥 290=34.800,00 
Chega, então, o momento de apropriar o valor aos bezerros
(as) nascidos(as): 34.800\150=232,00 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑏𝑒ç𝑎 
Chegamos, assim, ao valor de $ 232,00 por animal nascido. 
Podemos perceber que o custo médio dos reprodutores será repassado aos nascimentos do período, devendo o processo contábil se atentar a isso para poder realizar seu papel de forma mais efetiva, pois conhecer os custos de manutenção do rebanho é tão importante quanto aqueles custos de formação do rebanho. 
TEMA 2 – CALCULANDO O IMPOSTO DE RENDA NA AGROPECUÁRIA – PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
É comum que a exploração da maioria das atividades econômicas no meio rural aconteça como Pessoa Física, porém, trataremos, neste momento, do processo de atuação como Pessoa Jurídica. 
Como Pessoa Jurídica, existem possibilidades diferentes, que podem variar conforme o porte da atividade, porém neste momento verificaremos como seria o procedimento para microempresas e empresas de pequeno porte, as quais, em sua maioria, são tributadas pelo regime tributário do Simples Nacional. 
Para se enquadrar como Microempresa, a entidade rural deverá ter faturamento anual até R$ 360.000,00, ao passo que a empresa de pequeno porte possui limitação de faturamento até R$ 4.800.000,00, as atividades rurais de exploração agrícola e pecuária se enquadram no Anexo I do simples, ao passo que possíveis prestações de serviços do meio rural terão tributação conforme o Anexo III.
Dentre possíveis motivações para o produtor rural optar pela abertura de um CNPJ que terá como regime tributário o Simples Nacional, está a facilidade relacionada aos procedimentos obrigatórios a serem seguidos, se comparados com o de empresas de outros regimes tributários. Marion (2014) acrescenta que essas entidades rurais são desobrigadas, pela legislação fiscal, de realizar a escrituração comercial, mas, para tanto, devem manter com o devido zelo os seguintes itens:
Livro-caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira, inclusive bancária. 
Livro de Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término de cada ano-calendário. 
Todos os documentos e demais papéis que serviram de base para a escrituração dos livros-caixas e Registro de Inventário.”
Como podemos observar no Quadro 2, conforme for a receita de propriedade somada dos últimos doze meses, será determinada a faixa de alíquota em que a propriedade será enquadrada, bem como será desencadeado o processo de cálculo do valor de tributos a serem recolhidos.
	Quadro 2 – Anexo I do Simples Nacional Faixa 
	Alíquota 
	Valor a deduzir (em R$) 
	Receita bruta em doze meses (em R$) 
	1ª Faixa 
	4,00% 
	- 
	Até 180.000,00 
	2ª Faixa 
	7,30% 
	5.940,00 
	De 180.000,01 até 360.000,00 
	3ª Faixa 
	9,50% 
	13.860,00 
	De 360.000,01 até 720.000,00 
	4ª Faixa 
	10,70% 
	22.500,00 
	De 720.000,01 até 1.800.000,00 
	5ª Faixa 
	14,30% 
	87.300,00 
	De 1.800.000,01 até 3.600.000,00 
	6ª Faixa 
	19,00% 
	378.000,00 
	De 3.600.000,01 até 4.800.000,00 
Dos valores a serem recolhidos no Simples Nacional, haverá a divisão dos valores em diversos tributos, conforme o Quadro 3: 
Quadro 3 – Tributos no Simples Nacional
	Faixas 
	CPP 
	CSLL 
	ICMS* 
	IRPJ 
	Cofins 
	PIS/Pasep 
	1ª Faixa 
	41,50% 
	3,50% 
	34,00% 
	5,50% 
	12,74% 
	2,76% 
	2ª Faixa 
	41,50% 
	3,50% 
	34,00% 
	5,50% 
	12,74% 
	2,76% 
	3ª Faixa 
	42,00% 
	3,50% 
	33,50% 
	5,50% 
	12,74% 
	2,76% 
	4ª Faixa 
	42,00% 
	3,50% 
	33,50% 
	5,50% 
	12,74% 
	2,76% 
	5ª Faixa 
	42,00% 
	3,50% 
	33,50% 
	5,50% 
	12,74% 
	2,76% 
	6ª Faixa 
	42,10% 
	10,00% 
	- 
	13,50% 
	28,27% 
	6,13% 
(*) Com relação ao ICMS, quando o valor do RBT12 for superior ao limiteda 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o percentual efetivo desse imposto será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 14,30%) – R$ 87.300,00]/RBT12} x 33,5%
Primeiramente é necessário verificar qual foi o faturamento dos doze meses anteriores ao período vigente e efetuar, então, a soma dos valores para se chegar à faixa de enquadramento. Para tanto, vamos imaginar um faturamento dos doze meses anteriores somados de R$ 400.000,00, com isso ficando enquadrado na 3ª Faixa. Neste mês, o faturamento foi de R$ 25.000,00, devendo-se agora utilizar o faturamento dos doze meses anteriores multiplicados pela alíquota da faixa: 
400.000 𝑥 9,5%=38.000,00
Nesse momento do valor encontrado, será deduzida a parcela a ser deduzida da faixa:
38.000,00−13.860,00=24.140,00
Com o valor encontrado, será calculada a alíquota efetiva a ser aplicada sobre o faturamento do mês de apuração:
24.140,00\400.000,00=0,06035 𝑜𝑢 6,035%
Chegamos então a 6,035% como alíquota efetiva, que será aplicada sobre o valor de R$ 25.000,00:
25.000,00 𝑥 6,035%=1.508,75
Então, o valor de tributos a serem recolhidos será de R$ 1.508,75, nesta situação hipotética, sendo esse valor dividido entre os tributos que constam no Quadro 3. O valor de IRPJ, então, é de R$ 82,98, aproximadamente, representando 5,5% dos tributos.
TEMA 3 – PESSOA JURÍDICA – INCENTIVOS FISCAIS E RESULTADO OPERACIONAL
As pessoas jurídicas que atuam no meio rural e possuem faturamento que não se enquadre como Simples Nacional, terão sua apuração de Imposto de Renda conforme o regime de Lucro Real, Lucro Presumido ou Arbitrado.
A apuração do Imposto de Renda poderá será realizada de forma trimestral ou anual.
De forma simplificada, a alíquota do IRPJ será de 15%, também incidindo mais 10% sobre os valores excedentes, que anualmente é de R$ 240.000,00, como de maneira proporcional é de R$ 20.000,00 ao mês. 
Vejamos então um exemplo: uma entidade rural realizou apuração e pagamento por estimativa mensal de R$ 250.000,00 no ano de X1. No entanto, em X2, ao realizar a apuração do valor devido, se chegou a R$ 230.000,00. Dessa maneira, a entidade teria um saldo de R$ 20.000,00 de Imposto de Renda a compensar. 
Portanto, os lançamentos contábeis seriam: 
- Pela apuração mensal: 
D: IRPJ mensal por estimativa a compensar R$ 250.000,00 
C: Caixa/Banco R$ 250.000,00 
- Pela apuração do resultado e valor devido de IRPJ: 
D – Resultado do Exercício R$ 230.000,00 
C – IRPJ a pagar R$ 230.000,00 
- Pela compensação dos valores pagos e devidos de IRPJ: 
D – IRPJ a pagar R$ 230.000,00 
C - IRPJ mensal por estimativa a compensar R$ 230.000,00 
Vemos, nesse exemplo, que a empresa rural efetuou pagamentos a maior, ficando um saldo para compensar em outro período. Caso os pagamentos tivessem sidos inferiores ao valor devido, a entidade deveria pagar o saldo restante.
3.1 Incentivos fiscais
O benefício de que iremos tratar se refere aos bens do ativo imobilizado que são destinados à produção, uma vez que a entidade rural poderá depreciá-los integralmente no ano em que foi adquirido.
Dessa maneira, a entidade terá redução na base de cálculo do Imposto de Renda, gerando então uma economia do valor a ser pago. 
Caso uma empresa rural tenha adquirido em X1 um implemento no valor
R$ 50.000,00, o qual possui vida útil de 5 anos, ou seja, depreciação de R$ 10.000,00 por ano, ao final de X1 a entidade terá contabilizado no resultado R$ 10.000,00 de depreciação, sendo os outros R$ 40.000,00 deduzidos para efeito de apuração do Imposto de Renda. Suponhamos, então, que no período houve um lucro de R$ 70.000,00, devendo ser deduzido dele os R$ 40.000,00 restante do valor do implemento, tendo como base de cálculo do Imposto de Renda o valor de R$ 30.000,00. 
No exercício de X2, a entidade irá contabilizar o valor de R$ 10.000,00 de depreciação, no entanto, no momento de apuração do imposto renda, caso o lucro do período tenha sido hipoteticamente de R$ 50.000,00, deverá ser agregado o valor da depreciação, chegando então a R$ 60.000,00 como base de cálculo do imposto. Isso ocorre pelo fato de que em X1 a entidade já usufruiu da depreciação de forma antecipada, para reduzir os impostos, devendo então
3.2 Resultado operacional
São atividades principais da Pessoa Jurídica rural a produção e venda de seus produtos, todos oriundos de seus processos. Marion (2014) destaca como atividades acessórias as seguintes: 
- aplicações financeiras; 
- variações monetárias ativas e passivas; 
- reversões de provisões; 
- recuperação de créditos; 
- resultados positivo e negativo na equivalência patrimonial; 
- dividendos de investimentos avaliados pelo custo de aquisição; 
- aluguel ou arrendamento; 
- compra e venda de mercadorias; 
- prestação de serviços; (Marion, p. 194, 2014) 
Como podemos ver nas situações apresentadas por Marion, existirão receitas e despesas das atividades acessórias, as quais não irão compor o resultado operacional da Pessoa Jurídica que atua no meio rural. 
Considerando tal situação, as entidades rurais que possuam essas atividades acessórias deverão manter controles separados na contabilidade, para que possam realizar a apuração do resultado contábil, bem como o resultado fiscal das atividades realizadas.
TEMA 4 – DETERMINAÇÃO DO LUCRO DA PJ QUE EXPLORA ATIVIDADE RURAL
Na atividade rural, assim como nas atividades comercial e industrial, haverá a apuração do lucro da atividade, o qual basicamente é encontrado pela dedução dos custos e despesas do valor total das receitas com vendas.
Nem sempre o resultado contábil será a base para os tributos sobre o lucro, pois poderá haver adições e exclusões na base de cálculo. Um exemplo disso ocorre quando um bem do imobilizado é depreciado integralmente no ano de aquisição, sendo realizada uma adição, e nos outros períodos acontece uma exclusão do valor de depreciação. 
Marion (2014) relata que se a empresa rural atua com outras atividades além da rural, será considerada uma empresa que detém atividade mista, e, para tanto, todos os controles contábeis de receitas, custos e despesas da atividade rural devem ser mantidos de forma separada da outra atividade.
Quadro 4 – Informações da propriedade
	Descrição 
	Atividade Industrial 
	Atividade Rural 
	Total 
	Receitas das atividades 
	$ 300.000,00 
	$ 200.000,00 
	$ 500.000,00 
	Custos e Despesas 
	$ 100.000,00 
	$ 70.000,00 
	$ 170.000,00 
	Custos e Despesas Comuns 
	$ 40.000,00 
	$ 40.000,00 
Quadro 5 – Rateio dos gastos comuns
	Descrição 
	Atividade Industrial 
	Atividade Rural 
	Total 
	Receitas das atividades 
	$ 300.000,00 
	$ 200.000,00 
	$ 500.000,00 
	Proporção 
	60% 
	40% 
	100% 
	Custos e Despesas Comuns 
	$ 24.000,00 
	$ 16.000,00 
	$ 40.000,00 
Quadro 6 – Rateio dos gastos comuns
	Descrição 
	Atividade Industrial 
	Atividade Rural 
	Receitas das atividades 
	$ 300.000,00 
	$ 200.000,00 
	Custos e Despesas 
	($ 100.000,00) 
	($ 70.000,00) 
	Custos e Despesas Comuns 
	($ 24.000,00) 
	($ 16.000,00) 
	Lucro Líquido 
	$ 176.000,00 
	$ 114.000,00 
Quadro 7 – Base de cálculo do Imposto de Renda
	Descrição 
	Atividade Industrial 
	Atividade Rural 
	Lucro Líquido 
	$ 176.000,00 
	$ 114.000,00 
	Adição/Exclusão 
	$ 20.000,00 
	($ 15.000,00) 
	Base de Cálculo IR 
	$ 196.000,00 
	$ 99.000,00 
O percentual de presunção de lucro será de 8%. Já o regime Arbitrado é imposto às empresas que não seguiram os regulamentos fiscais, e são penalizadas com um valor de lucro determinado pelo fisco.
TEMA 5 – PESSOA FÍSICA – CONSIDERAÇÕES QUANTO À TRIBUTAÇÃO
Assim como a Pessoa Jurídica atuante no meio rural, a Pessoa Física também está sujeita a aspectos tributários e também deve atender às regulamentações legais. 
As pessoas físicas que possuam uma receita anual superior a R$ 56.000,00 devem manter um Livro-caixa, no qual serão realizadas as escriturações dos fatos contábeis. Já as pessoasfísicas com receita inferior a R$ 56.000,00 não estão sujeitas a tal obrigatoriedade.
A base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física será, então, o resultado da atividade. Outra opção é a tributação simplificada, a qual irá desconsiderar os valores de custos e despesas, aplicando o percentual de 20%.
Determinado produtor rural auferiu uma receita bruta no ano de x1 no valor de R$ 2.000.000,00. Nesse mesmo período teve custos e despesas no valor de R$ 1.000.000,00. Também foram realizados investimentos em implementos no valor de R$ 700.000,00. Possuía um saldo de prejuízo a compensar, no valor de R$ 30.000,00. Vejamos, agora, como ficaria a apuração da base de cálculo do Imposto de Renda dessa Pessoa Física rural.
Quadro 8 – Apuração do resultado tributável
	Receita Bruta 
	R$ 2.000.000,00 
	Custos, Despesas e Investimentos 
	R$ 1.700.000,00 
	Resultado Inicial 
	R$ 300.000,00 
	Prejuízo a ser compensado 
	R$ 30.000,00 
	Resultado após compensar prejuízo 
	R$ 270.000,00 
	Resultado Tributável 
	R$ 270.000,00 
	Opção pela Tributação Simplificada 
	R$ 400.000,00 
Tabela 1 – Tabela progressiva do IRPF
	Base de Cálculo (R$) 
	Alíquota (%) 
	Parcela a deduzir do IRPF (R$) 
	Até 22.847,76 
	- 
	- 
	De 22.487,77 até 33.919,80 
	7,5% 
	1.713,58 
	De 33.919,81 até 45.012,60 
	15% 
	4.257,57 
	De 45.012,61 até 55.976,16 
	22,5% 
	7.633,51 
	Acima de 55.976,17 
	27,5% 
	10.432,32 
deve-se deduzir o valor R$ 10.432,32, para então aplicar a alíquota de 27,5%. Tendo, pelo resultado tributável, o valor de R$ 270.000,00, ao deduzir a parcela fica R$ 259.567,68. Aplicando a alíquota de 27,5%, o valor a ser recolhido é de R$ 71.381,11. No caso da tributação simplificada, o valor de R$ 400.000,00 será deduzido da parcela, ficando R$ 389.567,68. Aplicando a alíquota de 27,5%, o valor a ser recolhido é de R$ 107.131,11. 
Explorar atividade rural demanda conhecimento técnico da atividade, bem como discernimento para identificar o melhor modelo de negócio – se explorar como Pessoa Física ou jurídica – e, no caso de Pessoa Jurídica, verificar o melhor regime tributário.

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