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AULA2_TEORIASDOENVELHECIMENTO

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Prof. Erika Gomes Alves
Manaus - AM
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FISIOTERAPIA
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
Conceitos Básicos de Geriatria
2
ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO
Esse processo afeta a fisiologia do organismo e exerce um impacto na capacidade funcional do indivíduo ao torná lo
mais suscetível às doenças crônicas.
O conhecimento científico sobre as causas do envelhecimento 
é limitado.
Conceitos Básicos de Geriatria
3
.
ATIVIDADE EM GRUPO I
LEITURA DE ARTIGO 
DISCUSSÃO EM GRUPO
 Biologia do envelhecimento: teorias, mecanismos e perspectivas
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
TEORIAS DO ENVELHECIMENTO HUMANO
Teoria Genética
 Teoria Imunológica
 Teoria do Acúmulo de Danos
 Teoria das Mutações 
Teoria do Uso e Desgaste
 Teoria dos Radicais Livres (RLs)
Dentre as inúmeras teorias que buscam apontar
as causas do envelhecimento pode-se destacar
4
PECULIARIDADES DO ENVELHECIMENTO
FATORES INTRÍNSECOS 
FATORES EXTRÍNSECOS
SENESCÊNCIA 
SENILIDADE 
O envelhecimento humano está sujeito a influências
intrínsecas, como a constituição genética individual
responsável pela longevidade máxima e os fatores
extrínsecos condizentes às exposições ambientais
a que o indivíduo sofreu (tipo de dieta, sedentarismo,
poluição, entre outros), os quais proporcionam
uma grande heterogenidade no envelhecimento. Além
disso, o envelhecimento orgânico humano pode ser
caracterizado como senescência, envelhecimento
normal, ou como senilidade, envelhecimento patológico.
A senescência é caracterizada como um processo
fisiológico com transformações que ocorrem
normalmente com o passar dos anos (sem distúrbios
de conduta, amnésias, entre outros), enquanto que a
senilidade significa a presença de doenças crônicas
ou outras alterações que podem acometer a saúde
do idoso (perda da capacidade de memorizar, prestar
atenção, não conseguir se orientar, etc.) (BRINK,
2001; PAPALÉO NETTO, 2002).
5
AS TEORIAS DO ENVELHECIMENTO
Diferentes teorias do envelhecimento; 
cada qual com um conjunto de conceitos, fatos e indicadores;
 
pontos de controvérsia; 
entendimento do fenômeno complexo, e multifatorial.
Atualmente várias teorias são propostas para
explicar a origem do fenômeno do envelhecimento,
cada qual com um conjunto de conceitos, fatos e
indicadores. Esta variedade de teorias provém dos
vários pontos de controvérsia que surgem no momento
de estabelecer os fatores envolvidas no processo
do envelhecimento, bem como, do próprio
entendimento desse fenômeno complexo, uma vez
que muitas teorias formuladas apóiam-se somente
numa alteração biológica isolada, sem considerar a
noção de complexidade e integridade, condições que
caracterizam o envelhecimento (CUNHA; JECKEL-
NETO, 2002).
6
TEORIA GENÉTICA
Resultado de alterações bioquímicas;
programadas pelo genoma;
Regular a expectativa de vida por meio de diferentes Genes;
Duração de vida estipulada pelo seu padrão genético;
Envelhecimentos precoces.
A Teoria Genética defende a idéia de que o envelhecimento
é resultado de alterações bioquímicas
programadas pelo próprio genoma, o qual poderia
regular a expectativa de vida por meio de diferentes
genes, dessa forma, cada ser vivo apresentaria uma
duração de vida estipulada pelo seu padrão genético,
algo que tenta ser comprovado pela realização
de várias pesquisas acerca da longevidade, somadas
às constatações na prática clínica dos envelhecimentos
precoces (progeria infantil ou síndrome de
Hutchinson-Gilford e progeria do adulto ou síndrome
de Werner) doenças que estariam relacionados
à deficiências de enzimas controlados por genes
autossômicos recessivos
7
TEORIA GENÉTICA
IDADES AFETADAS
0-2
3-5
6-13
14-18
Progéria infantil: Distúrbio genético progressivo que faz com que as crianças envelheçam rapidamente. (10X )
Muito rara : Menos de 15 mil casos por ano (Brasil)
A mutação genética ocorre de forma aleatória e não é hereditária.
Sintomas começam a aparecer no primeiro ou segundo ano de vida.
Não há cura, medicamentos podem aliviar os sintomas ou retardar a progressão.
síndrome de Hutchinson-Gilford 
Mutações da proteína lamina A, que uma vez alterada faz com que o envelope nuclear fique instável 
e provoca danos progressivos ao núcleo, fazendo com que as células possam morrer prematuramente. 
A síndrome de Hutchinson-Gilford, ou progeria (do grego geras, “velhice”), é uma desordem genética rara que afeta um indivíduo a cada 4 a 8 milhões de recém-nascidos.
Caracterizada por provocar o envelhecimento precoce das pessoas acometidas, até dez vezes mais rápido do que o esperado para a idade que possuem; na atualidade, existem mais ou menos cem casos destes, já relatados.
Os primeiros sinais da doença costumam se manifestar por volta do décimo oitavo mês de vida da criança. Aos poucos, os cabelos começam a cair, a gordura subcutânea diminui, as articulações vão se enrijecendo, a pele se apresenta mais fina e enrugada, a audição é prejudicada, e problemas como osteoporose e artrose surgem. Felizmente, a inteligência, memória e capacidade de aprendizagem não são afetadas.
Por fim, na maioria dos casos, o indivíduo vai a óbito por complicações vasculares, tais como arteriosclerose, derrame e ataque cardíaco. Sua expectativa de vida é em torno de quinze anos.
8
TEORIA GENÉTICA
Síndrome de Werner caracteriza-se por surgimento de envelhecimento precoce, associado a um fenótipo variável, com manifestações em múltiplos órgãos;
Após infância e início da adolescência normais, os pacientes apresentam retardo e parada precoce no crescimento.
42 anos 
48 anos 
Aparência senil, alopecia precoce ou cabelos precocemente grisalhos). alterações cutâneas (hiperquerato-
se, pele esclerótica ou atrófica), catarata, aterosclerose, diabetes melito, hipogonadismo e risco 
aumentado para o desenvolvimento de neoplasias
. Na síndrome de Werner, há uma mutação no gene WRN, que é responsável por codificar a DNA Helicase.
DNA e RNA, são os participantes básicos no armazenamento e na decodificação da informação genética
gen composição genética de um indivíduo, mais frequentemente us. a respeito de um gene ou grupo de genes.
O fenótipo são as características observáveis ou caracteres de um organismo ou população, como: morfologia, desenvolvimento, propriedades bioquímicas ou ...
pele esclerótica é firme e endurecida e tais alterações costumam ser mais palpáveis do que visíveis. 
Doença que impede os testículos de produzirem hormônios, o Hipogonadismo Masculino
Hipogonadismo é quando as glândulas não produzem hormônios sexuais suficientes
9
ENCURTAMENTO DOS TELÔMEROS
Estrutura localizada no final dos cromossomos de células eucarióticas, como fator determinante no desencadeamento do envelhecimento; 
uma vez que é responsável pela proteção dos cromossomos e replicação do DNA cromossomal
o encurtamento dos telômeros também traria como consequência
perdas de informações genéticas e instabilidades genômicas no decorrer da vida. 
a extremidade livre de um cromossomo, formada por sequências repetidas de ADN, cuja função é garantir que cada ciclo de replicação seja completado.
10
SISTEMA IMUNE
O sistema imune é constituído por dois mecanismos:
o celular, representado pelos Linfócitos T (timo) 
responsáveis pela manutenção da estabilidade homeostática e vigilância imunológica do indivíduo;
e o humoral representado pelas imunoglobulinas originárias dos Linfócitos B, e que permanecem aderidos à sua membrana ( Medula óssea)
diminuição da resposta imune estaria relacionada ao envelhecimento do timo, órgão
central no desenvolvimento e diferenciação de
Linfócitos T
ERRO CATÁSTROFE/ ACUMULO DE DANOS
A principal causa do envelhecimento seria o acúmulo de moléculas defeituosas 
provenientes de falhas no reparo e na síntese de moléculas intracelulares com o avanço da idade
Erros na transcrição doRNA e sua tradução em proteínas,
gerando uma elevação na concentração de proteínas modificadas e não funcionais
coordenar os processos celulares, e à produção de proteínas
erro catástrofe, onde a célula sofreria uma ineficiência letal, ocasionando sua morte
e por consequência, a redução da capacidade funcional,
fato que caracterizaria o envelhecimento
Segundo a Teoria do Acúmulo de Danos ou também
denominada Erro Catástrofe, a principal causa
do envelhecimento seria o acúmulo de moléculas
defeituosas provenientes de falhas no reparo e na
síntese de moléculas intracelulares com o avanço
Revista Contexto & Saúde, Ijuí • v. 10 • n. 20 • Jan./Jun. 2011
510
da idade, o que repercutiria na perda progressiva da
função do organismo. As falhas de reparo e síntese
seriam oriundas de erros na transcrição do RNA e
sua tradução em proteínas, gerando uma elevação
na concentração de proteínas modificadas e não
funcionais (TORRES, 2002).
Segundo Orgel (1963 apud BORGONOVI;
PAPALÉO NETTO, 1996), o motivo pelo quais essas
proteínas inativas surgem é devido a erros na
síntese enzimática principalmente de polimerases,
responsáveis pela síntese de RNA a partir da transcrição
do DNA. Dessa forma, a transcrição de uma
enzima modificada pode ocasionar elevação de uma
ou mais bases púricas ou pirimídicas do código genético,
provocando a formação de seqüências errôneas
de aminoácidos, que por sua vez leva a síntese
de proteínas não funcionais.
Os erros sendo acumulativos e transmissíveis
atingiriam uma elevada ocorrência, provocando o
efeito chamado de erro catástrofe, onde a célula
sofreria uma ineficiência letal, ocasionando sua morte
e por conseqüência, a redução da capacidade funcional,
fato que caracterizaria o envelhecimento
(CUNHA; JECKEL-NETO
Ao se falar em proteínas, estamos falando nas macromoléculas orgânicas mais abundantes nas células vivas, ocorrendo em todos os tipos de células. Além de constituírem as células, elas são responsáveis pela diversidade das funções biológicas. Elas são extremamente importantes, tanto é que seu nome, proteína, vem do grego “proto”, que significa “a primeira” ou “a mais importante”.
ão inúmeras proteínas, com tamanhos e funções diferentes. Elas são formadas por combinações dos 20 aminoácidos existentes, sendo parte deles sintetizados pelo próprio organismo ou outros obtidos via alimentação, chamados aminoácidos essenciais.
As células, por meio do código genético, conseguem produzir uma série de proteínas utilizando os aminoácidos, que são agrupados e combinados em sequências variadas. Desta forma, os organismos conseguem sintetizar uma série de produtos: cabelo, unha, anticorpos, penas das aves, escamas, músculos, enfim, as proteínas são essências para a formação dos organismos, bem como o desenvolvimento de funções biológicas as quais, sem as proteínas, não poderiam ocorrer
12
TEORIA DAS MUTAÇÕES
Sucessivas alterações que ocorrem nas células somáticas (46 cromossomos), ao transcorrer dos anos; 
 produziriam células mutantes incapazes de cumprir suas funções biológicas; 
Declínio progressivo dos órgãos e tecidos, com instalação do envelhecimento.
transformações
do mecanismo de reparo da molécula de DNA
sucessivas
alterações que ocorrem nas células somáticas
(46 cromossomos), ao transcorrer dos anos, produziriam
células mutantes incapazes de cumprir suas
funções biológicas, o que provocaria um declínio
progressivo dos órgãos e tecidos, com instalação do
Envelhecimento
As mutações podem ter origem das transformações
do mecanismo de reparo da molécula de DNA, sendo possível que sejam repassadas para as células
as mutações são ocasionadas pela existência de inúmeras
áreas de replicação do DNA no cromossomo,
o que desencadeia um número alto de replicação
de determinados segmentos do DNA e por conseqüência
inúmeros rearranjos e mutações. Esse
acúmulo de células heterogêneas durante os anos
seria a explicação de doenças de fundo clonal como
câncer e arteriosclerose.
Várias informações acerca das mutações cromossômicas
em células somáticas relacionadas à
idade estão sendo difundidas, principalmente como
respostas à radiação ou mutagênicos, porém analisando
o envelhecimento como um processo uniforme,
existem poucas pesquisas para a fundamentação
dessa teoria
13
TEORIA DO USO E DESGASTE
Ideia de que o envelhecimento seja o resultado do acúmulo de agressões ambientais do dia-a-dia
E diminuição da capacidade do organismo em recuperar-se totalmente. 
Teoria desacreditada
Vista como componente do envelhecimento e não uma teoria 
ferimentos, infecções, inflamações e outras formas de agressões sejam eles, ferimentos ou patógenos, se
somariam ao longo dos anos no indivíduo e dessa forma, as lesões ocasionadas provocariam alterações
nas células, tecidos e órgãos desencadeando o envelhecimento 
Atualmente essa teoria encontra-se desacreditada,
apesar de defender danos que são dependentes
do tempo e podem aumentar a possibilidade de
morte do indivíduo, sem, no entanto, atuarem como
causadores do processo do envelhecimento. Além
do que, pode-se considerar a Teoria do Uso e Desgaste
não como uma teoria, mas um aspecto relevante
para auxiliar outras teorias no que diz respeito
ao desgaste de um órgão ou área do organismo relacionando-
o com a idade, sem se transformar em
um fato causal do envelhecimento (CUNHA; JECKEL-
NETO, 2002).
Atualmente, motivos lógicos contribuem para o descrédito dessas teorias: primeiro animais criados em ambientes livres de patógenos ou de ferimentos não apenas envelhecem como também não apresentam qualquer aumento em sua longevidade máxima; muitos danos menores postulados pela teoria do uso e desgaste são mudanças dependentes do tempo, que provocam aumento na probabilidade de morte, mas não servem como mecanismos causais para o processo de envelhecimento. Por exemplo, a perda de dentes em elefantes pode levar à morte por inanição, sem que estes apresentem, contudo, mudanças significativas em estrutura e função de outros órgãos e tecidos no mesmo período. Os avanços atuais em biologias celulares e moleculares reformularam o conceito de "uso e desgaste", mostrando que ele não constitui uma teoria, mas sim o componente de outra.
14
TEORIA DOS RLS
Comprometimento fisiológico desencadeado com o passar dos anos;
seria em sua grande maioria oriundos da ação dos RLs sobre os constituintes orgânicos, em detrimento a uma menor atividade do sistema antioxidante.
Molécula instável que ataca as moléculas adjacentes
DNA – MEMBRANA PLAMÁTICA
A Teoria dos RLs foi introduzida pela primeira
vez em 1956 pelo médico norte-americano Denham
Harman e adquirindo somente a partir da década de
80, maior importância no meio científico quando inú511
Revista Contexto & Saúde, Ijuí • v. 10 • n. 20 • Jan./Jun. 2011
meros trabalhos foram desenvolvidos em relação aos
RLs e suas conseqüências ao organismo. Esta teoria
propunha que o envelhecimento normal seria resultado
de danos intracelulares aleatórios provocados
pelos RLs, moléculas instáveis e reativas, que
atacariam as diferentes biomoléculas do organismo
em busca de estabilidade (OLSZEWER, 1994;
TORRES, 2002).
Esta teoria vem recebendo uma atenção especial
de diversos estudiosos e pesquisadores do assunto,
em virtude de seus efeitos sobre o metabolismo
explicarem os processos de envelhecimento, assim
como as doenças relacionadas (LANE, 2003).
Os RLs são espécies químicas que podem ser átomos,
moléculas ou fragmentos de moléculas (OLIVEIRA,
2002). São espécies químicas contendo um
ou mais elétrons não pareados no orbital externo da
camada de valência (a última camada de elétrons)
sendo mais reativos que as espécies com elétrons
pareados. Devido a sua alta reatividade os RLs, buscam,
rapidamente, extrair um elétron de qualquer
partícula, molécula ou átomo em sua vizinhança, a
fim de recuperar a pariedade, e em decorrência, a
estabilidade (ABDALLA; LIMA, 2001; DUARTE,
2003; LEITE; OLIVEIRA, 2002; SARNI,2003).
Os RLs podem ser eletricamente neutros, terem
carga positiva ou negativa (LEITE; SARNI, 2003).
Essas espécies químicas incluem as espécies reativas
do oxigênio (EROS) e as espécies reativas de
nitrogênio (ERNS). As EROS são representadas por
todos os radicais do oxigênio, como o ânion radical
superóxido (O2
.), radical hidroxila (HO.), radical alquila
(L.), alcoxila (LO.) e peroxila (LOO.). Enquanto
que as ERNS são representadas pelo peroxinitrito
(ONOO-), o óxido nítrico (.NO) e o radical dióxido
de nitrogênio (.NO2). No entanto, o ânion peroxinitrito
(ONOO-), o ácido hipocloroso (HOCl), o peróxido
de hidrogênio (H2O2), o oxigênio singlet (1O2)
e o ozônio (O3) não são RLs mas podem provocar
reações radicalares no organismo, fato que os levam
a serem considerados como espécies reativas
radicais livres são produzidos pelas células e moléculas, durante o processo de combustão por oxigênio, utilizado para converter os nutrientes dos alimentos absorvidos em energia. Os radicais livres podem danificar células sadias do nosso corpo, entretanto, o nosso organismo possui enzimas protetoras que reparam 99% dos danos causados pela oxidação, ou seja, nosso organismo consegue controlar o nível desses radicais produzidos através de nosso metabolismo.
Os processos metabólicos não são a única fonte de radicais livres. Fatores externos podem contribuir para o aumento da formação dessas moléculas. Entre esses fatores estão:
Poluição ambiental;
Raio-X e radiação ultravioleta;
Cigarro;
Álcool;
Resíduos de pesticidas;
Substâncias presentes em alimentos e bebidas (aditivos químicos, conservantes, hormônios)
Estresse;
Consumo de gorduras saturadas (frituras, etc);
Consumo de gordura animal;
É importante destacar que uma boa alimentação, rica em verduras, legumes e frutas, é a melhor maneira de prevenir os malefícios dos radicais livres.
Uma parte do oxigênio que respiramos se transforma em radicais livres, portanto o próprio exercício físico é um importante gerador dessas moléculas. Deve ser lembrado que os radicais livres também têm um papel importante atuando no combate a inflamações, matando bactérias, e controlando o tônus dos músculos lisos.
Os antioxidantes protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres. Alguns antioxidantes são produzidos por nosso próprio corpo e outros - como as vitaminas C, E e o beta-caroteno (Scavengers) - são ingeridos. Oxidantes como espécies danosas
Um radical livre pode ser definido como uma molécula capaz de existir independente, que contenha um elétron desemparelhado, podendo ser considerado como um fragmento de moléculas, no orbital atômico. A presença de um elétron não emparelhado produz certas propriedades comuns que são observadas pela maioria dos radicais. Muitos radicais são instáveis e altamente reativos. Eles podem doar um elétron ou aceitar um elétron de outras moléculas, portanto, comportando-se como oxidantes ou redutores.
Figura 1: Alguns radicais orgânicos
O primeiro radical livre orgânico identificado foi trifenilmetil radical. Esta espécie foi descoberta por Moses Gomberg em 1900 na Universidade de Michigan EUA. Moses Gomberg estava tentando sintetizar um composto de carbono chamado hexafeniletano quando, inadvertidamente, ele sintetizou trifenilmetil, uma substância misteriosa, altamente instável. Ele reconheceu que tinha encontrado um radical livre e mostrou que o carbono não é sempre tetravalente.
Figura 2: Reação de Moses Gomberg do Trifenilmetil
Gomberg publicou suas descobertas em 1900, mas a existência de trifenilmetil e outros radicais livres orgânicos permaneceram na disputa por quase uma década. Eles eram vistos como uma curiosidade, mesmo depois da comunidade científica reconhecer sua existência.
15
CONCLUSÃO
Apesar das muitas teorias dos processos de envelhecimento, o único consenso é que todas interagem entre si de forma complexa, e contribuem no processo de envelhecimento, e que, a prevenção das doenças através de um estilo de vida saudável, aliado aos avanços da medicina, são os principais protagonistas no aumento da expectativa de vida da humanidade. É essencial lembrarmos que o melhor entendimento dos processos de envelhecimento e a criação dos recursos para a uma longevidade saudável, estão vinculados a sustentabilidade do equilíbrio do meio ambiente, para que as futuras gerações tenham garantidas as condições de existência em nosso frágil ecosistema.
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