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EM BUSCA DA FELICIDADE: A ÉTICA DA FELICIDADE EM ARISTÓTELES, A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS EM MASLOW E O ARTISTA DA VIDA NA MODERNIDADE LÍQUIDA EM BAUMAN

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UCAM - UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
EDIVALDO ONOFRE SALAZAR
EM BUSCA DA FELICIDADE: A ÉTICA DA FELICIDADE EM ARISTÓTELES, A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS EM MASLOW E O ARTISTA DA VIDA NA MODERNIDADE LÍQUIDA EM BAUMAN
BELO HORIZONTE - MG
2019
EDIVALDO ONOFRE SALAZAR
EM BUSCA DA FELICIDADE: A ÉTICA DA FELICIDADE EM ARISTÓTELES, A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS EM MASLOW E O ARTISTA DA VIDA NA MODERNIDADE LÍQUIDA EM BAUMAN
Artigo Científico apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Filosofia e Sociologia (pós-graduação latu sensu) pela UCAM (Universidade Cândido Mendes), em parceria com o Instituto PROMINAS.
BELO HORIZONTE - MG
2019
EM BUSCA DA FELICIDADE: A ÉTICA DA FELICIDADE EM ARISTÓTELES, A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS EM MASLOW E O ARTISTA DA VIDA NA MODERNIDADE LÍQUIDA EM BAUMAN
Edivaldo Onofre Salazar[1: Aluno de pós-graduação “latu sensu” em Filosofia e Sociologia da Universidade Cândido Mendes/ Instituto Prominas.]
Resumo
Este artigo tem por finalidade analisar a temática da felicidade. Assim, por intermédio de pesquisa bibliográfica avaliou-se o pensamento dos seguintes autores: felicidade em “Ética a Nicômaco”, do filósofo Aristóteles (1984), felicidade na sociedade “líquido-moderna”, presente em Bauman (2001 e 2009) e hierarquização das necessidades para o alcance das satisfações humanas, descritas por Maslow (apud MAXIMIANO, 2000). Neste sentido, analisar-se-á Aristóteles, em que o autor faz reflexões sobre o tema, no sentido das ações que levam à consecução daquele bem maior dito autossuficiente, em interseção com os autores contemporâneos supramencionados, que escreveram, respectivamente, também sobre a felicidade e sobre a motivação na sociedade de consumidores “líquido-moderna”. Assim, mostrar-se-á o quão é difícil alcançar o “estado de felicidade” na sociedade contemporânea, se não impossível, e que a satisfação na maioria das vezes dar-se-á no contentamento pela sua “busca” constante. 
Palavras-chave: Sociedade, felicidade, motivação, necessidades, modernidade líquida, consumismo.
Abstract
His article aims to analyze the theme of happiness. Thus, by means of a bibliographical research the following authors were evaluated: happiness in "Ethics to Nicomachus", philosopher Aristotle (1984), happiness in the "liquid-modern" society present in Bauman (2001 and 2009) and hierarchization of the needs for the achievement of human satisfactions, described by Maslow (apud MAXIMIANO, 2000). In this sense, we will analyze Aristotle, in which the author makes reflections on the theme, in the sense of the actions that lead to the achievement of that greater good, self-sufficient, in intersection with the contemporary authors mentioned above, who also wrote about the happiness and motivation in the "liquid-modern" consumer society. Thus, it will be shown how difficult it is to achieve the "state of happiness" in contemporary society, if not impossible, and that satisfaction will most often result in contentment for its constant "search".
Keywords: Society, happiness, motivation, needs, liquid modernity, consumerism.
Introdução
Ao longo da História da humanidade diversos pensadores se debruçaram sobre o tema “felicidade”, e como alcançá-la, visto que ela fez parte das primeiras reflexões da filosofia no campo da ética, desde os grandes mestres na Grécia antiga. Podemos citar, a título de exemplo, Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant, Nietzsche, chegando a autores contemporâneos, como Bauman, dentre outros.
É inegável que todos querem ser felizes. Assim, este artigo tem como ideia inicial dissertar acerca da relação existente, no mundo atual, entre o consumo e a felicidade. Pretende-se comparar esta voracidade atual com os conceitos estudados por Aristóteles, da prática de uma vida virtuosa, aquilo que ele o filosofo entende como um verdadeiro estado de felicidade.
O mundo globalizado e a sociedade de consumidores são características intrínsecas da contemporaneidade. São infindáveis os itens de consumo que a mídia nos apresenta, diuturnamente, como imprescindíveis ao nosso bem maior, a nossa felicidade. 
A sugestão que se procura internalizar é a de que as pessoas não são seres humanos na sua plenitude de pertencimento à sociedade caso não possuam o carro mais moderno que há no mercado, o aparelho celular de última geração, estarem vestidos de acordo com a última moda, dentre outras imposições do nosso tempo, como referência de felicidade.
Assim, quanto mais acesso a bens de consumo, quanto maior o poder de consumo, maior seria a felicidade, possibilitando que o indivíduo passasse do atendimento as suas prioridades básicas de sobrevivência, indo ao alcance de bens dos bens de consumo mais valiosos. Chegar à realização da necessidade de autorrealização, que traduzir-se-ia no ápice do crescimento pessoal, parece um item supérfluo. 
A maioria das pessoas, deliberadamente ou não, vendem cada vez mais parcelas maiores do seu tempo na busca de meios para saciar suas necessidades de consumo, de acordo com o que a sociedade estabelece quais sejam, negligenciando sua família, sua saúde, seu lazer e outras ações necessárias à satisfação pessoal. E a busca seria constante, e a felicidade nunca alcançada.
Visto tais enunciados, nota-se que é muito atrativa a ideia de felicidade alcançada do ponto de visto do sucesso financeiro e da satisfação das necessidades de consumo e segurança, haja vista que elas estariam na base da pirâmide de necessidades, conforme nos aponta Maslow (apud MAXIMIANO, 2000), e que será apontada no desenvolvimento deste artigo. 
Fato é que, constatada esta hierarquização, a manipulação do processo de busca pela felicidade na sociedade contemporânea, mais do que gerar grande prazer, faz com que as pessoas busquem, individualmente, cada vez mais meios de adquirir produtos e prazeres, na maioria das vezes supérfluos, que trazem satisfação efêmera e fugaz, num círculo vicioso de busca insana pelos bens de consumo.
Porém, a prática tem demonstrado que nem sempre a busca dos prazeres momentâneos seria a ação mais propícia ao encontro da felicidade, que é, em última instância, a razão e o objetivo de ser das pessoas.
Em relativa consonância com as fragilidades encontradas na hierarquização das necessidades proposta por Maslow, ver-se-á que Bauman (2001, p. 08-09) entende que, na sociedade atual, a pulsão pela liberdade individual faz com que esta deixe de ser gozada em suas variadas nuances, pois hoje o que há é uma sociedade de consumidores, em que tudo é observado como passível de ser adquirido e ser consumido. Tal questão o autor entende por “modernidade líquida”, conforme desenvolver-se-á.
Outrossim, a perspectiva que se coloca neste artigo, para dialogar com as concepções contemporâneas de hierarquização das necessidades humanas, colocadas por Maslow, e de felicidade na “modernidade líquida” da sociedade de consumidores, observada por Bauman (2001), é o conceito de felicidade expresso por Aristóteles, principalmente em sua obra “Ética a Nicômaco”. Trata-se de uma obra essencial do filosofo grego, em que se discute diversos assuntos referentes ao caráter, à virtude e à moral, com foco destacado no tema “felicidade”. 
Ética a Nicômaco – prazer, honra e contemplação - o estado de felicidade?
Sem pretensão de aprofundar no assunto, por óbvio que a ética aristotélica é por demais complexa e demanda mais amplitude de espaço, discutir-se-á tão somente algumas questões constantes nos livros I, II e X de “Ética a Nicômaco” (1984) quanto ao tema felicidade. 
Para Aristóteles (1984), a ética não é tratada como algo fechado no campo acadêmico, abstrato e longínquo, sim vista como situação prática, que permite o crescimento da felicidade. Da mesma forma, seu conceito de felicidade autossuficiente, bem máximo, destoa da busca incessante pelos bens e gozos materiais da sociedade de consumo, ou modernidade liquida, comonos oferece Bauman (2009), que ver-se-á adiante. 
Assim, “boa vida e boa ação” (ARISTÓTELES, 1984) conectam nos homens o conceito de felicidade com a ideia de virtude, na dedicação à atividade contemplativa, ação necessária em busca daquele bem maior (a felicidade). De forma geral, o filósofo estabeleceu, a partir de sua visão ética, a moral como caminho para se alcançar a felicidade. 
De acordo com o pensamento aristotélico, a felicidade seria um fim necessário para que o ser se realize e, para que se consiga este bem, todo esforço deve ser envidado. E é o tema felicidade, talvez mais precisamente uma teoria da felicidade, e como alcançá-la, que Aristóteles dissecou principalmente no capítulo I da obra. 
Neste sentido, é que o filósofo começou a sua obra já explicitando que toda ação e projeto visa a um bem. Então, 
[...] toda arte, toda investigação, assim como toda ação e toda escolha, tem em mira um bem qualquer; e por isto foi dito, com muito acerto, que o bem é aquilo a que todas as coisas tendem. Mas observa-se entre os fins uma certa diferença: alguns são atividades, outros são produtos distintos das atividades que os produzem. Onde existem fins distintos das ações, são eles por natureza mais excelentes que estas. (ARISTÓTELES, 1984. p. 49). 
Desta exposição inicial de Aristóteles, verificar-se-á em que consistiria o bem maior mirado pelo ser humano e quais as ações para alcançá-lo. Este bem maior, que é a felicidade, seria buscado por todos os homens. Desta forma, “para todas as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim" (ARISTÓTELES, 1984. p. 49).
Assim é que Aristóteles, refletindo acerca das vidas que levam seus contemporâneos, distribuiu esses concidadãos em três grupos majoritários, quais sejam: (1) os que levam a vida de gozos e prazeres, (2) aqueles que tem a política como meio de vida e (3) os que tem um viver contemplativo. 
Sobre a divisão proposta, e principalmente acerca do primeiro grupo, 
A julgar pela vida que os homens levam em geral, e os homens de tipo mais vulgar, parecem (não sem um certo fundamental) identificar o bem ou a felicidade com o prazer, e por isto amam a vida dos gozos. Pode-se dizer, com efeito, que existem três tipos principais de vida: a que acabamos de mencionar, a vida política e a contemplativa (grifo nosso). A grande maioria dos homens se mostra em tudo igual a escravos, preferindo uma vida bestial (ARISTÓTELES, p. 51-52).
Continuando seu raciocínio, agora sobre o segundo tipo, Aristóteles (1984, p. 52) afirma que 
A consideração dos tipos principais de vida mostra que as pessoas de grande refinamento e índole ativa identificam a felicidade com a honra, pois a honra e, em suma, a finalidade da vida política. No entanto, afigura-se demasiadamente superficial para ser aquela que buscamos, visto que depende mais de quem a confere que de quem a recebe, enquanto o bem nos parece ser algo próprio de um homem e que dificilmente lhe poderia ser arrebatado. 
 	Neste sentido, os que vivem em busca do prazer, estariam vivendo na bestialidade, na vulgaridade. Não obstante, “todos os homens desejam o prazer porque todos aspiram a vida (ARISTÓTELES, p. 224) Já os que tem uma vida focada na política são vitimados por uma busca superficial, a da honra, que depende mais de quem a confere do que de quem a recebe e “que os homens buscam a honra para convencerem-se a si mesmos de que são bons” (ARISTÓTELES, p. 52). 
Seria o grupo que se dedica à contemplação que obteria verdadeiramente uma felicidade máxima, autossuficiente e duradoura. Deste raciocínio, infere-se que a ideia de felicidade é intimamente interligada ao seu conceito de virtude. Como diz Aristóteles (1984, p. 228), “pensa-se que a vida feliz é virtuosa [...] exige esforço e não consiste em divertimento. [...] Com efeito, a felicidade [...] reside[...] nas atividades virtuosas”. Então, Aristóteles (1984, p. 228-229) afirma que 
[...] a autossuficiência de falamos deve pertencer principalmente à atividade contemplativa [...] o filósofo, mesmo quando sozinho, pode contemplar a verdade, e tanto melhor o fará quanto mais sábio for. [...] E essa atividade parece ser a única que é amada por si mesma, pois dela nada decorre além da própria contemplação, ao passo que das atividades práticas sempre tiramos maior ou menor proveito, à parte da ação.
Mas, “se a felicidade é atividade conforme à virtude” (ARISTÓTELES, p. 228) a vida contemplativa, de sabedoria, não significa passividade. As abstrações conceituais sobre a felicidade de nada valeriam para uma vida virtuosa caso o indivíduo não parta para a boa ação, não coloque as vicissitudes em prática. O indivíduo só obterá a felicidade caso viva bem e aja bem. Não basta, portanto, que seja um mero estado de ânimo, e sim agir racional e eticamente nas escolhas. 
Como a ética estuda as ações que dependem de nossas escolhas, e estas últimas tem por fim procurar e encontrar a felicidade, e também como o homem é um ser racional, suas escolhas devem ser baseadas na razão. Para Aristóteles (1984, p. 232), “quem exerce e cultiva a razão parece desfrutar ao mesmo tempo a melhor disposição de espírito [...]” e “[...] a vida conforme à razão é divina em comparação com a vida humana”. (ARISTÓTELES, p. 229).
Mas, e a busca de riqueza? A felicidade, para Aristóteles (1984, p. 58)) “[...] necessita igualmente dos bens exteriores, pois é impossível, ou pelo menos não é fácil realizar atos nobres sem os devidos meios”, pois 
“[...] o homem feliz, como homem que é, também necessita de prosperidade exterior, porquanto a nossa natureza não basta a sio mesma para os fins da contemplação: nosso corpo também precisa de gozar saúde, de ser alimentado e cuidado” ARISTÓTELES (1984, p 231). 
Mas a busca pela fortuna seria uma vida forçada, e a riqueza não seria evidentemente o bem a ser buscado. Sempre seria ambicionado no interesse de outra coisa, que seriam os três bens citados anteriormente, os prazeres, a honra política e a ação contemplativa. De acordo com Aristóteles (1984, p 231), o homem não necessita de muitas riquezas, apenas o básico para satisfazer moderadamente as suas necessidades. E isto seria suficiente para uma vida racional, virtuosa e feliz.
 Enfim, para Aristóteles (1984 p. 58), “a felicidade é, pois, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo [...]”, é um bem maior, autossuficiente, e depende unicamente do próprio indivíduo. Mas, com durabilidade imensamente superior, a felicidade seria obtida por intermédio de determinado estilo de vida, no caso a vida sábia, racional e contemplativa. 
Neste sentido, as outras formas de se viver não seriam passíveis de obtenção uma felicidade mais sólida, apesar de deixar claro que os indivíduos precisam dos gozos, dos prazeres, dos bens materiais e das honrarias, apesar da efemeridade (gozos e prazeres) e dependência de outras pessoas (política), dentre outros argumentos.
Hierarquização das necessidades humanas: motivações para a felicidade
Com foco na contemporaneidade, agora em Abraham Maslow (1943, apud MAXIMIANO, 1995), após destrinchada a perspectiva aristotélica em Ética a Nicômaco, ocasião em que o filósofo dissecou os temas ética, virtude e a felicidade, principalmente aquela que nos interessa aqui, a felicidade baseada na vida contemplativa, enfatizando-a como autossuficiente e duradoura, baseada na racionalidade, diferentemente daquela obtida pelos gozos e prazeres mais básicos e mesmo pela superficialidade das honrarias. 
Ver-se-á que, se observada comparativamente à luz do que expôs Aristóteles, Maslow trabalha as ideias do que seriam meios para alcançar um fim. A felicidade seria este fim? Maslow aponta uma hierarquização de necessidades, em uma pirâmide subdividida em níveis, que suscita o fato de que os seres humanos estariam predispostos a primeiro satisfazer as necessidades básicas antes de passar sucessivamente para outras. 
Para Maslow (1943, apud MAXIMIANO, 2000, p. 350), “as necessidades humanas são divididasem cinco categorias: fisiológicas ou básicas, de segurança, participação, estima e autorrealização, nessa ordem de importância”. Como visto, a realização pessoal seria o nível mais elevado de necessidade das pessoas. Assim, para Maslow (1943, apud MAXIMIANO, 2000, p. 351),
Um ponto central da teoria das necessidades é a noção de que as pessoas estão num processo de desenvolvimento contínuo. As pessoas tendem a progredir ao longo das necessidades, buscando atender uma após a outra, e orientam-se para a autorrealização.
Prosseguindo: 
Uma necessidade em qualquer ponto da hierarquia precisa ser atendida antes que a necessidade de nível seguinte se manifeste. Se uma necessidade não for satisfeita, a pessoa ficará estacionada nesse nível de motivação (MASLOW, apud MAXIMIANO, 2000, p. 350).
A satisfação de cada necessidade ocasionaria o desencadeamento de outras de maior premência e a vontade de querer obter outras. Desta forma, teria a hierarquização das necessidades humanas a configuração constante no anexo único deste artigo (Pirâmide das Necessidades Humanas de Maslow), demonstrando as peculiaridades de cada nível.
Assim, somente se satisfeitas as necessidades básicas e de segurança (na base da pirâmide), procurar-se-ia a satisfação das necessidades mais pessoais, até que chegar-se-ia na autorrealização. 
Fazendo uma analogia entre a teoria proposta por Abraham Maslow e o pensamento de Aristóteles, guardadas as devidas proporções, até mesmo pela especificidade das épocas, sociedades e propostas de ambos, nota-se que há nas duas situações alguns pontos convergentes e outros divergentes no que tange à realização pessoal dos indivíduos. Em última instância, pode-se dizer que o atendimento das necessidades para Maslow seria o meio para se alcançar a felicidade. 
Noutro sentido, de acordo com Aristóteles (1984), há indivíduos que se sentiriam felizes meramente com o atendimento de suas necessidades básicas, outras já teriam este bem alcançado com honrarias e riquezas. Entretanto, a suma felicidade só seria alcançada com a vida racional, intelectual e contemplativa. 
Mas, recapitulando, o filosofo expõe que mesmo os sábios precisam se alimentar, ter boa saúde, e a eles alguma riqueza e honraria não seriam por demais ruim. Doutro lado, para Maslow, as pessoas estariam sempre buscando novos níveis de necessidades a serem atendidas, característica típica do mundo contemporâneo. 
Mas, a hierarquização das necessidades seria realmente por questões motivacionais ou simplesmente seria uma mera e eterna agonia de pessoas que nunca alcançarão o topo da pirâmide? Maslow (apud MAXIMIANO, 2000, p. 351) explicita que esta hierarquização, busca e sucesso na obtenção das necessidades seriam fatores motivacionais: esta estrutura demonstra o desejo permanente das pessoas de ver supridas suas necessidades, estimulando-as a agir. 
Maslow sustenta que o comportamento do indivíduo, escolher entre agir ou não, dependeria do sucesso ou não da satisfação de um nível de necessidade, visto que tão só as necessidades que não tenham sido alcançadas seriam fontes de motivação. 
Entretanto, há a agonia pela não satisfação das necessidades, há a frustração “quando as necessidades não são atendidas[...]” ou a resignação “[...]quando um grupo ou pessoa se deixa abater pela frustração e se entrega a um estado de desânimo ou fatalidade” (MAXIMIANO, 2000, p 354). 
Enfim, diz Maslow (apud MAXIMIANO, 2000, p. 351) que “uma vez atendida, uma necessidade deixa de se fazer sentir. A pessoa passa a ser motivada pela ordem seguinte de necessidades”.
Mas há, na teoria das necessidades, uma questão que suscita dúvidas quanto ao fato dos indivíduos estarem em busca continuada de ascensão na hierarquia colocada, sucessivamente, até chegarem à autorrealização. Neste sentido:
Algumas pessoas (como alguns gênios musicais e científicos, ou aquelas com vocações religiosas e filantrópicas) sacrificam o bem-estar material em troca da realização intelectual ou espiritual. O exemplo dessas pessoas reforça a ideia de que a autorrealização não está, necessariamente, no topo da hierarquia. A autorrealização não é uma necessidade em si nem a necessidade definitiva, aquela que só pode ser satisfeita uma vez que todas as demais tenham sido atendidas. A autorrealização pode ocorrer em qualquer ponto da escala da motivação, e com o atendimento de qualquer tipo de necessidade, dependendo da pessoa. (MAXIMIANO, 2000, p. 351).
Nota-se, portanto, que a teoria da hierarquia das necessidades não pode ser tratada e observada de forma absoluta. Há questionamentos. E é neste ponto, que a problemática se aproxima sobremaneira da proposta ética de felicidade de Aristóteles, visto que o bem maior, a felicidade suprema e autossuficiente independeria da disponibilidade de grandes riquezas e de muitas honrarias pessoais. 
Muitas pessoas, na sociedade grega, e ainda agora na sociedade contemporânea, contentar-se-iam em satisfazer a sua realização intelectual, racional ou espiritual, que são os bens a serem buscados, claramente em detrimento da posse de bens mais básicos e das honrarias oferecidas por terceiros.
Mas um mínimo de pessoas contentar-se-iam com pouco: estaríamos, segundo Bauman (2001), na “modernidade líquida”, onde a felicidade parece estar sempre sendo buscada e quase nunca atingida.
A arte da vida e a modernidade líquida: consumindo a felicidade.
Para a contemporaneidade, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (2001, p. 17) afirma que “a velocidade do movimento e o acesso a meios mais rápidos de mobilidade chegaram nos tempos modernos à posição de principal ferramenta do poder e da dominação”. Como o que interessa a este artigo é a visão de felicidade de Bauman contido em “A Arte da Vida”, apenas discorrer-se-á de maneira mais ligeiral, por imperiosa necessidade, sobre o conceito de “modernidade líquida”. 
Para além do conceito clássico mais perene de felicidade em Aristóteles, quando o filósofo expõe três níveis de felicidade, conforme observou na sociedade grega de seu tempo, ou da teoria da satisfação das necessidades, descrita por Maslow, os conceitos de “modernidade líquida” e felicidade arquitetados por Bauman (2001), são fundados nos aspectos de fluidez, movimentação e imprevisibilidade na sociedade contemporânea, em contraposição à solidez do período anterior, antes da segunda metade do Século XX (modernidade sólida). 
Voltando à Teoria das necessidades de Maslow, aparentemente ela aponta para uma hierarquização mais rígida, não obstante a problematização colocada sobre o seu pensamento no que tange à autorrealização. Notadamente pode-se afirmar que ela adaptar-se-ia melhor à fixidez do momento de “modernidade sólida”, em que há menor heterogeneidade e pouco movimento nas identidades individuais e as perspectivas são mais perenes nas suas relações institucionais. 
Assim constatado, destaca-se que a partir da segunda metade do século XX houve uma transposição da sociedade de produção para a sociedade de consumo. A essa mudança, muitos pensadores intitularam de pós-modernidade. Bauman não acredita que a sociedade esteja vivenciando uma pós-modernidade, conceito este que estaria mais num campo ideológico do que propriamente tratar-se de uma condição dos indivíduos na sociedade. 
Desta maneira, ele cunhou o termo “modernidade líquida” (a matéria em estado líquido é a que mais se transforma), em contraposição à “modernidade sólida”. Para Bauman (2001), na sociedade atual as fluidezes dos relacionamentos propiciam dinamicidade e individualidade jamais vistas, em contraposição ao período anterior, com mais referenciais a longo prazo para ajustamentos à sociedade e construção de sonhos.
Assim, a “moderna líquida” seria a condição humana da nossa época, impondo as regras para a sociedade contemporânea, baseadas na individualidade, e seriam líquidas, voláteis, incertas, fluídicas e inseguras. A sociedade se mostra incapaz de se formatar fixamente, transmutando-se cotidianamente. 
Desta forma, na “modernidade liquida, o
[...] “derretimento dossólidos”, traço permanente da modernidade, adquiriu, portanto, um novo sentido, e, mais que tudo, foi redirecionado a um novo alvo, e um dos principais efeitos desse redirecionamento foi a dissolução das forças que poderiam ter mantido a questão da ordem e do sistema na agenda política. (BAUMAN, 2001, p. 12).
Na sociedade liquefeita notar-se-á que a busca pelo prazer individual seria a finalidade última, com enorme flexibilidade adaptativa e variadas nuanças novas de comportamento, de sentimentos e de intelectualidade, para tentar se manter par-e-passo com a rapidez de mudanças no meio social, sem tornar-se frustrado. Seria a busca deste prazer a tentativa de encontrar a felicidade?
Neste contexto Bauman, em “A Arte da Vida” (2009), problematiza sobre a busca da felicidade na contemporaneidade consumista (modernidade líquida). Para argumentar sobre a questão, Bauman traça um paralelo entre a forma de viver com a realização de uma obra de arte. Em nossa época, o indivíduo, malabarista e artista, tenta descobrir o sentido desta sociedade de consumidores e de sua própria existência nela, em que busca ser feliz, dentro da perspectiva atual de se medir a felicidade pelo consumo, ou seja, “[...] o caminho para a felicidade passa pelas lojas [...] (BAUMAN, 2009, p. 41). 
De fato, para Bauman (2009, p.19):
Um dos efeitos mais seminais de se igualar a felicidade à compra de mercadorias que se espera que gerem felicidade é afastar a probabilidade de a busca da felicidade algum dia chegar ao fim. Esta busca nunca vai terminar – seu fim equivaleria ao fim da felicidade como tal. Não sendo possível atingir um estado de felicidade, só a busca desse alvo teimosamente esquivo é que pode manter felizes (ainda que moderadamente) os corredores.
É uma busca extenuante pela felicidade. A discussão já principia com a frustração do indivíduo tendo a percepção de que a correlação entre o aumento da renda e a felicidade não acontece necessariamente. Isto se deve ao fato que após as necessidades básicas serem satisfeitas, buscar-se-á cada sempre os bens mais modernos e exclusivos, e de maior valor material agregado. 
Contudo, em algum momento ocorre a frustração, devido à verificação de que grande parte do que o indivíduo considera primordial para a sua felicidade subjetiva não é mercadoria que pode ser adquirida. Assim, para Bauman (2009, p. 11):
Qualquer que seja a sua lógica em matéria de dinheiro e crédito, você não vai encontrar num shopping o amor e a amizade, os prazeres da vida doméstica, a satisfação que vem de cuidar de entes queridos ou de ajudar um vizinho em dificuldade, a autoestima proveniente do trabalho bem feito, [...] o reconhecimento, a simpatia e o respeito dos colegas de trabalho e outras pessoas a quem nos associamos. 
Desta forma, para Bauman (2009, p. 19), “na pista que leva à felicidade, não existe linha de chegada. Os pretensos meios se transformam em fins [...]”. Assim, o indivíduo teria como esperança permanecer sempre em busca do estado de felicidade. Os mercados mantêm viva essa corrida, sempre fazendo as pessoas cobiçarem novos e novos bens que poderiam aumentar o “baú da felicidade”, mas que trazem satisfação efêmera, esvaindo-se em prazo limitado.
Neste contexto de efemeridade estabelece-se uma lógica da exclusividade, “[...} de se estar entre os poucos escolhidos. As delícias [...] são multiplicadas pelo conhecimento de que bem poucas [...] são saboreadas pelos [...] órgãos sensíveis aos prazeres de qualquer outra pessoa (BAUMAN, 2009, p. 40) e “atingir a felicidade significa a aquisição de coisas que outras pessoas não têm chances nem perspectivas de adquirir” (BAUMAN, 2009, p. 41). 
Em Bauman isto seria o chamado senso de privilégio, levando-o a questionar se os ricos e poderosos seriam mais felizes pela maior detenção dos bens de consumo, respondendo em seguida que 
[...] essa maneira de alcançar o estado de felicidade só fica a meio caminho do sucesso, na melhor das hipóteses: as alegrias momentâneas que ele traz se dissolvem e logo se dispersam na ansiedade de longo prazo. (BAUMAN, 2009, p.40)
Como vê-se, há uma perspectiva de que bem poucas pessoas atinjam a felicidade propalada na sociedade de consumidores (BAUMAN, 2009, p. 39-40) e que a angustia advinda de tal situação leva o indivíduo a continuar na busca, como citado anteriormente. Esta angústia parece ser administrada pela mão implacável e invisível do mercado: para Bauman (2009, p. 19),
Alterando sutilmente o sonho de felicidade – da visão de uma vida plena e satisfatória para a busca dos meios considerados necessários para que uma vida assim seja alcançada -, os mercados fazem com que esta busca nunca possa terminar.
Na busca interminável pela felicidade aflora o Indivíduo volátil e em constante mudança, um artista da vida, diferentemente da “modernidade sólida”, ocasião em que as identidades eram feitas para serem duradouras. Como afirma Bauman (2009, p.25-26):
As habilidades exigidas para enfrentar o desafio da manipulação líquido-moderna do reprocessamento e reciclagem da identidade são semelhantes às de um malabarista, ou, mais exatamente, à engenhosidade e destreza de um prestidigitador. 
Assim, na procura raramente frutífera pela felicidade, característica intrínseca e retroalimentadora na sociedade consumista “liquido-moderna”, naquilo definido como destruição criativa diária, como forma de autodefinição e autoafirmação, 
Praticar a arte da vida, fazer de sua existência uma “obra de arte”, significa, em nosso mundo líquido-moderno, viver num estado de transformação permanente, autorredefinir-se perpetuamente tornando-se (ou pelo menos tentando se tornar) uma pessoa diferente daquela que se tem sido até então. (BAUMAN, 2009, p. 99). 
Conclusão 
Para conclusão, verifica-se que para Aristóteles a definição de felicidade estaria interligada a uma atividade da alma de acordo com a virtude, interligada aos meios justificáveis e facilitadores desta forma de vê-la (não seriam, entretanto, vistos como fim principal). Desta forma, o ser humano deveria sempre buscar a virtude, aprendendo e praticando para habituar-se para, consequentemente, alcançar a felicidade. Sobre o conceito aristotélico de felicidade, pertinente, portanto, a reflexão de Aristóteles (1984, p. 55) sobre
[...] o conceito que preeminentemente fazemos da felicidade. É ela procurada sempre por si mesma e nunca com vistas em outra coisa, ao passo que à honra, ao prazer, à razão e a todas as virtudes nós de fato escolhemos por si mesmos (pois, ainda que nada resultasse daí, continuaríamos a escolher cada um deles); mas também os escolhemos no interesse da felicidade, pensando que a posse deles nos tornará felizes.
Não obstante, na sociedade “líquido-moderna” há muita fragilidade no que tange a definição do que seria a felicidade. Para atingi-la é, se não impossível, muito difícil. Como dito, a sociedade de consumo torna a vida um estado de transformação constante. Para Bauman (2009), nesta sociedade sempre surgem novos itens a consumir. 
Até mesmo verificando-se em Maslow (apud MAXIMIANO, 2000), uma necessidade sendo atingida, na fila aparecem inúmeras outras em seu lugar, o que as fazem fugazes e passageiras. O prazer e o bem-estar são efêmeros. A felicidade subjetiva via de regra não é alcançada. Sobre a dúvida conceitual do tema, segundo Bauman (2009, p.46), 
Haveria alguma coisa a dizer sobre a felicidade com confiança, sem esperar oposição? Há: que a felicidade é uma coisa boa – a ser desejada e acalentada. Ou que é melhor ser feliz do que infeliz. Mas esses dois pleonasmos são quase tudo que se pode ser dito sobre a felicidade com uma segurança bem fundamentada. Todas as outras frases envolvendo a palavra “felicidade” certamente provocarão controvérsia. Para um observador de fora, a felicidade de uma pessoa pode ser bem difícil de distinguir do horror de uma outra. 
Já a Teoria de Maslow estaria em maior sintonia com a modernidade sólida, ou o que teria restado dela na sociedade contemporânea. E serve mais como fator motivadorna esfera do mundo corporativo do que realmente para alcançara plenitude da vida humana. De fato, a estrutura rígida apresentada na pirâmide de Maslow mostra uma série de fragilidades se avaliadas à luz da “modernidade líquida”. 
Assim, a perspectiva de felicidade que poderíamos extrair em Maslow estaria em estrita relação com as necessidades sendo satisfeitas. Mas, não por acaso, na base da pirâmide, logo após as necessidades fisiológicas ou básicas, surgem as necessidades de segurança, dentre elas o consumo. Como a maior parte das pessoas não chegam a usufruir de todas os potenciais desejos apresentados no percurso da pirâmide, e como nem todos contentam-se com a autorrealização com poucos bens de consumo, perpetua-se a tentativa da busca pelos níveis menores, e a frustração tornar-se-ia regra. 
A vida sábia, contemplativa e de busca de autorrealização, que seria a felicidade suprema, foi pensada por Aristóteles apenas para alguns membros selecionados da sociedade grega antiga, há cerca de dois mil e quatrocentos anos atrás. Mas, além de mera reflexão, ainda há validade na sociedade contemporânea, mesmo com instituições, relações interpessoais e ideias transmutando-se tão rápida e imprevisivelmente. Mesmo que poucas pessoas almejem propositalmente tal tipo de felicidade. Talvez até todos queiram alcançar, em seu íntimo, maior realização que não seja meramente de gozos, prazeres e consumo. 
Mas a regra geral contemporânea não é assim. É um processo constante de busca e, raramente, a consecução dos objetivos colocados faz com que o indivíduo alcance a felicidade. A pergunta atual é se haveria uma qualidade de vida melhor se não tivesse a escravidão ao consumismo e à busca pelo sempre maior poder financeiro para saciar a falseada necessidade dos inúmeros itens colocados à disposição dos indivíduos para sua autossatisfação.
Fato é que os itens relativos à realização pessoal, subjetiva, parecem estar, por regra, relegados a um plano subalterno, apesar dos bens mais caros a uma vida satisfatoriamente mais feliz, aqueles intangíveis, não são passíveis de aquisição no mercado. 
Enfim, 
[...] quando você pergunta a si mesmo se é feliz, você deixa de sê-lo...os antigos provavelmente suspeitavam disto, porém, guiados pelo princípio dum spiro, spero (enquanto respiro, tenho esperança), sugeriam que, sem trabalho duro, a vida não ofereceria nada que a tornasse valiosa (BAUMAN, 2009, p. 222).
Anexos Único – Pirâmide das Necessidades Humanas de Maslow
Figura 1: Pirâmide das necessidades humanas de Maslow. 
Fonte: https://www.dlojavirtual.com/dicas-para-o-seu-negocio/piramide-de-maslow
Referências 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: ______ Metafísica (livro 1 e 2); Ética a Nicômaco; Poética. Seleção de textos de José Américo Mota Pessanha; tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W.D. Ross. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1984. (Coleção Os pensadores. v.2)
BAUMAN, Zygmunt. A Arte da vida. 1. ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
________________ Modernidade líquida. Tradução: Plínio Dentzien. 1. Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
EUGÊNIO, Márcio. Pirâmide de Maslow: a importância da teoria para o seu negócio. Disponível em: https://www.dlojavirtual.com/dicas-para-o-seu-negocio/piramide-de-maslow, acessado em 10 de Abr de 2019, às 18:22 horas.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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