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Desafios profissionais na Educação Física no trabalho com esportes adaptados

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA
Ana Luiza Gonçalves Silva
Claudio Pereira Silva
Flávio Dias Oliveira
Tayná Nathane Silva Nascimento
Valdeir Cardoso da Silva Junior
Victor da Silva Policeno
Desafios profissionais na Educação Física no trabalho com esportes adaptados
 INTRODUÇÃO
A Educação Física Escolar por vários anos foi, e ainda é
bastante excludente na sua prática educativa; nos últimos tempos
tem crescido o número de pessoas com deficiência que estão
frequentando as aulas de Educação Física, em especial no Ensino
Regular. A Constituição Federal de (1988) e a lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (lei nº 9394/96) obrigam as escolas
a receberem todos os indivíduos portadores de deficiência.
 Este fato nos leva a alguns questionamentos, tais como: será que
realmente os professores de Educação Física foram preparados
para lidar com o processo de inclusão? Ou, até mesmo, as escolas
no seu planejamento arquitetônico estão preparadas? Os cursos de
Graduação em Educação Física fornecem subsídios aos professores
para trabalhar junto a pessoas com deficiência? Essas inquietações
nos levam a pensar que não basta à lei apenas garantir o direito
das pessoas com deficiência de frequentar a escola e sim garantir
as condições necessárias de aprendizagem.
OBJETIVO 
A inclusão e a Educação Física adaptada, focando especificamente nos desafios encontrados pelos professores de Educação Física no trabalho com alunos com deficiência. A abordagem dessa temática é bastante importante, pois trará para o professor de Educação Física a realidade encontrada na lida diária com alunos deficientes, para que, a partir daí, estes profissionais possam criar possibilidades para superar as barreiras da exclusão. Sendo assim, são imprescindíveis estudos voltados à área de Educação Física adaptada e inclusão, já que as escolas estão, cada vez mais, abrindo suas portas para atender essa nova demanda de alunos, baseadas nas leis que asseguram seus direitos.
Portas abertas para a inclusão - Educação física inclusiva
DESENVOLVIMENTO 
Integração: É um processo na qual a pessoa com deficiência é capaz de participar na sociedade do jeito que ela está organizada
 Inclusão: É uma proposta de tornar a sociedade acessível às pessoas com deficiência, garantindo a participação de todas no meio social. Sassaki . (1997,p.24)
Existem alguns critérios na hora da adaptação da modalidade. É aconselhável que o espaço (quadra, campo, pista, etc.) seja limitado e bem sinalizado, sem qualquer tipo de obstáculo que possa dificultar a locomoção dos atletas. Os materiais utilizados também devem ser apropriados para cada tipo de modalidade e deficiência. Além disso, algumas regras são alteradas para que atendam melhor ao perfil e às limitações de cada deficiência para que se tenha o máximo de igualdade entre os atletas
MODALIDADES ESPORTIVAS Esportes coletivos
Basquete: É um esporte que, à primeira vista, não poderia ser adaptado para a prática por pessoas com necessidades especiais . Porém, ele tem ganhado cada vez mais espaço.
Quando nos referimos às pessoas com dificuldade para locomoção, o basquete, em nível de competições oficiais, deve ser praticado com  cadeiras de rodas adaptadas  e padronizadas à prática do esporte, seguindo uma certa linha.
Os atletas são classificados de acordo com o nível de comprometimento motor que obedece uma escala previamente determinada.
Além de ser um dos esportes mais praticados no mundo, o basquete apresenta vantagens, como dinamismo, estímulo das funções cognitivas, aumento do senso de estratégia, desenvolvimento da capacidade motora, criação de vínculos afetivos e sociais etc.
Bocha adaptada: A bocha adaptada é praticada por pessoas com necessidades especiais e faz parte dos Jogos Paraolímpicos desde 1984. Trata-se de um esporte que requer bastante concentração e precisão.
Ele é indicado para pessoas com paralisia cerebral e outros problemas neurológicos. A disputa consiste em lançar bolas —  que podem ser vermelhas ou azuis —, de modo que elas cheguem o mais próximo possível da bola branca (jack).
O atleta pode disputar sozinho, em dupla ou em equipes maiores. Eles podem utilizar as mãos, os pés e, até mesmo, a cabeça como auxiliares. Se o participante tiver maior comprometimento dos membros, pode contar com o apoio de um assistente. Na classificação funcional, eles são divididos em quatro classes, conforme o grau da deficiência e da necessidade de auxílio ou não.
Tênis de mesa: O tênis de mesa é uma das modalidades mais tradicionais dentro do esporte inclusivo. Tanto que, esteve presente na primeira edição dos Jogos Paraolímpicos, em 1960.
As regras são as mesmas do tênis de mesa convencional. A única exceção é o saque, que é diferente para os usuários de cadeiras de rodas. Nesse caso, o sacador precisa fazer com que a bola ultrapasse a linha de fundo da mesa sem deixá-la sair pelas laterais. Além disso, para o tênis em cadeira de rodas, a bolinha pode pular duas vezes na mesa.
O saque deve ser feito com a mão contrária à que segura a raquete. Mas, para os atletas andantes que não têm condição de usar o braço livre — por causa de amputação ou outra deficiência —, é permitido utilizar a mão que segura a raquete para realizar o saque.
A grande vantagem desse esporte é que ele abrange quase todos os grupos, com exceção apenas para as pessoas com deficiências visuais. Além disso, os participantes podem competir sozinhos em duplas ou em times maiores.
Voleibol sentado: Dinâmico e divertido, o voleibol sentado é uma ótima alternativa. Ele estimula o espírito de equipe e pode ser praticado por homens e mulheres com deficiência física.
No voleibol sentado, a quadra é menor. Ela tem 10m x 6m, e a rede apresenta uma altura de 1, 15m e 1, 05m para homens e mulheres, respectivamente.
Dentro da quadra, ficam dispostos 6 atletas em cada time. Vale destacar que os atletas precisam manter a pélvis encostada no chão.
Futebol de 5: O futebol de 5 é uma modalidade esportiva voltada para atletas cegos. Ela é disputada em uma quadra semelhante à de futsal, com apenas algumas alterações.
Os participantes usam vendas nos olhos já que alguns apresentam percepção luminosa e podem levar vantagem por causa disso. O diferencial nesse time é o goleiro, que enxerga normalmente. Além disso, a bola possui um barulho para orientar os jogadores.
A partida tem dois tempos de 25 minutos cada e um intervalo de 10 minutos. A modalidade começou a fazer parte dos Jogos Paraolímpicos em 2004 e o Brasil até então vem conquistando todos os pódios.
Esportes individuais
Arco e flecha: O esporte conhecido como arco e flecha é um dos tipos mais democráticos quando nos referimos aos esportes para pessoas com deficiência. Ele pode ser praticado em pé ou sentado na cadeira de rodas.
Atualmente, há muitas competições que simulam a modalidade olímpica do esporte, de modo que deve haver um treinamento constante para se atingir um bom nível e uma boa mira
Natação: A natação é um dos esportes que mais trabalha todas as funções do corpo e também acabou se tornando um dos mais completos. Esse é um dos poucos esportes que têm a capacidade de dar leveza ao corpo, proporcionando extrema sensação de prazer ao flutuar na água.
A natação também acalma a pessoa, de modo que as partes do seu corpo que são diariamente sobrecarregadas, finalmente conseguem atingir um estágio de leveza e relaxamento.
Independentemente do tipo de deficiência, esse é um esporte que, com o auxílio de um profissional capacitado, se tornará uma tarefa prazerosa e ajudará na mobilidade dos membros.
Pode ser praticado por pessoas com deficiência visual ou física. As competições variam de 50 a 400 metros, nas modalidades peito, livre, borboleta e costas, e também com provas de revezamento, como medley e livre. Conforme a lesão, é dada a categoria a ser desenvolvida pelo atleta.
Ciclismo: Para as pessoascuja deficiência atinge os membros superiores ou inferiores, já existem bicicletas com uma adaptação que permite a prática do esporte.
Há também aquelas bicicletas que têm espaço para duas pessoas, em que um ciclista pode auxiliar o outro a guiá-la.
Nas competições de ciclismo, os atletas são divididos em três classes de acordo com a deficiência que eles têm
Artes marciais:  A prática de artes marciais como judô, karatê, jiu-jitsu, muay thai e kung fu é uma excelente opção para quem se sente entediado com a musculação, mas quer trabalhar os músculos do corpo.
Além disso, elas proporcionam força e equilíbrio a quem as pratica, de modo que são extremamente importantes no processo de recuperação da autoconfiança.
As artes marciais são exercícios que podem ser facilmente adaptados e tudo o que se necessita para praticá-las é vontade e determinação. Isso resultará numa melhora global do desenvolvimento corporal e trará os benefícios do fortalecimento dos músculos do corpo.
Musculação: Esporte que é considerado essencial para pessoas que têm algum tipo de deficiência que afete os membros, pois, como já foi dito, uma parte do corpo tende a ficar sobrecarregada em detrimento de outra.
E é a musculação que tem a maior capacidade de fortalecimento dos músculos, uma vez que há um grande trabalho de vários grupos musculares isoladamente. Dessa maneira, a prática regular da musculação contribui para a resistência e a força do corpo.
A partir do momento em que há um fortalecimento dos músculos dos membros mais usados, haverá, também, a diminuição nas dores sentidas no dia a dia.
Mas é sempre bom lembrar que esse, como qualquer outro exercício físico, deve ser praticado sob a orientação de profissionais especializados no assunto, pois os exercícios se iniciarão de forma leve, aumentando gradativamente a intensidade.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após estudos realizados pelo grupo vimos que a prática esportiva por parte dos deficientes físicos está em constante expansão e desenvolvimento. O número de praticantes cresce a cada dia. As pessoas estão deixando de lado antigos e retrógrados preconceitos e desconfianças e estão se utilizando dessa importante e fundamental ferramenta em seus programas de lazer, esportes competitivos ou mesmo fisioterápicos.
    Diversas pesquisas na área estão sendo desenvolvidas, e os benefícios proporcionados pela prática regular de exercícios físicos ou esportes adaptados estão sendo debatidos e expostos pela mídia diariamente. Os educadores físicos e demais profissionais da saúde que trabalham com este público devem estar atentos para as novas descobertas. Além disso, têm a obrigação de participar ativamente do processo de divulgação, propagação e evolução das modalidades esportivas adaptadas.
Hoje o profissional de Educação Física entende que a sociedade mudou e com ela alguns paradigmas foram quebrados. Portanto hoje ele deve...
“OLHAR O MUNDO COM A CORAGEM DO
CEGO
LER DA TUA BOCA AS PALAVRAS COM
A ATENÇÃO DO SURDO e
FALAR COM OS OLHOS E AS MÃOS
COMO FAZEM OS MUDOS. “
( Cazuza )
OBRIGADO A TODOS.

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