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Biogeografia: Regiões Megadiversas e Especiação

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Taynan Maia Diniz
Disciplina: Biogeografia
AVALIAÇÃO INDIVIDUAL
1. Os países dessa região fazem parte dos países megadiversos, possuindo diversas espécies endêmicas em arquipélagos cujas biotas evoluíram isoladas dos demais continentes por um período muito grande de tempo, o que estimulou o desenvolvimento de ecossistemas únicos. No caso da Austrália, a Ilha de Nova Guiné e a Ásia faziam parte do super continente Gondwana, sendo fragmentado primeiramente da Ásia e Nova Guiné e posteriormente com a Antártica. Durante os anos, essa região foi sofrendo grandes mudanças climáticas onde a biota sofreu modificações em épocas de grandes secas e inundações, designando uma alta vicariância no surgimento das novas espécies. Observa-se que essas áreas uniram-se e fragmentaram-se diversas vezes durante os tempos geológicos, sendo as mudanças mais significativas ocorrendo nos períodos pré-pleistoceno e pleistoceno.
No período pré-pleistoceno ocorreram muitas mudanças que podem ser consideradas como recentes na escala do tempo geológico, sendo o isolamento da ilha da Indonésia e Austrália influências para a variação intraespecífica. No pleistoceno os baixos níveis do mar aumentou a terra submersa das ilhas, facilitando a dispersão terrestre entre as ilhas que são separadas atualmente, incluindo a Indonésia, através desses eventos as ilhas formavam uma ponte terrestre para a Ásia durante os máximos glaciares, permitindo a comunicação entre espécies de diferente fluxo gênico. Com a barreira geográfica mantendo-se por muito tempo, foi possível a especiação das espécies, a linha de Wallace presente na imagem demarca a grande diferença entre uma fauna e outra, caracterizando a transição mais abrupta do mundo em uma escala espacial pequena se comparado a Amérida do Sul e a África, por exemplo, onde as espécies aparentam mais similaridades apesar do Oceano atlântica. A grande variedade de espécies na zona influenciou também a diversidade cultural, sendo os países dessa região possuidores do maior número de idiomas existentes.
2. As ilhas da América central pela literatura nunca foram ligadas ao continente, enquanto que outros dizem que certos grupos de ilhas, podem ter sido conectados devido ao aumento do nível do mar associadas ao último máximo glacial. No gráfico apresenta-se dois tipos de Iguanas nativas dessa região, a Iguana delicatissima e a Iguana-iguana. 
A delicatissima é residente das Antilhas Menores, ilhas que se situam entre a América do Sul e as Grandes Antilhas. A dispersão das iguanas nas Ilhas da América Central se deu principalmente pela dispersão humana, pelo fato das iguanas serem utilizadas como alimento, sendo inclusive criadas em cativeiros. A Iguana-iguana, também conhecida como iguana verde, são conhecidas por mostrar uma preferência por locais perturbados perto da água parada. Muitas vezes, são encontrados associados a vias navegáveis, como baías. A iguana-iguana é originária dos países da América Latina e do Sul, sendo introduzidas no Caribe e colonizando a área a partir da década de 1990, com a dispersão humana e também por eventos pontuais. Na década de 1990, na sequência de dois furacões no Caribe, árvores com diversas Iguana-iguana desembarcaram na ilha de Anguilla, onde não haviam resquícios da espécie anteriormente, a descoberta se deu através das correntes oceânicas e dos padrões climáticos existentes, demonstrando a forma de colonização da espécie na ilha. 
As iguanas hoje são encontradas por todas as ilhas demonstradas na imagem, e pesquisas recentes demonstram o oceano sendo a principal forma de dispersão por conta das correntes marítimas, caracterizando também a baixa heterogeneidade de diferenciação por não haver grandes períodos de isolamento para essas espécies nessas ilhas. As iguanas quando assustadas por predadores, geralmente aves, podem mergulhar nos oceanos e chegar a longas distâncias, mesmo não sobrevivendo muito tempo em alto mar, algumas chegam em outras ilhas próximas através do oceano. 
Um dos padrões de difícil explicação é a existência da Iguana-iguana nas ilhas Fiji, mas apresentando fatores semelhantes a distribuição das iguanas na América Central, pela dispersão realizada pelos humanos, de maior probabilidade, ou a chegada desses animais pelo oceano.
3. Lesser Sundas é um arco interno da ilha vulcânica, criado pela subdução e derretimento parcial da placa tectônica australiana debaixo da placa euro-asiática. Apresentam florestas secas com temperatura quente e sazonalmente invariáveis e este clima distintivo deu origem a uma vegetação que é surpreendentemente diferente do resto do arquipélago. As ilhas fazem parte da região biogeográfica de maior distinção do planeta, representando uma fauna diferente, com a mistura de espécies asiáticas e australianas. A descoberta do cientista Wallace de um padrão de mistura de espécies de diferentes regiões biogeográficas foi uma visão chave que levou à identificação da Linha Wallace e a criação do campo da biogeografia. 
A distribuição das espécies orientais e australianas nessas ilhas devem-se tanto a fatores geográficos presentes no território como em fatores de clima e vegetação. Durante os máximos glaciais a região conhecida como Sundaland, que compõe as ilhas de Grande de Java, Sumatra e Bornéu e outras ilhas pequenas que ficam por perto recebiam periodicamente uma ponte terrestre com a Ásia que formam a plataforma de Sunda, nesses períodos as espécies puderam fixar-se nessas ilhas. A seca foi o principal motivo para a migração desses animais do continente asiático e então algumas espécies de répteis e outros animais puderam adaptar a essas ilhas, sobrevivendo mesmo atualmente com grande parte sendo ameaçadas de extinção. exemplificando o principal motivo da maioria dos répteis orientais se encontrarem nessas ilhas. A ilhas mais próximas a Austrália não tiveram ligação com o continente asiático, sendo a maioria das espécies endêmicas ou ocorrendo a dispersão pelo oceano, assim como o clima e a vegetação demonstram-se diferentes pela sua formação geológica, comportando-se assim, espécies mais adaptadas ao meio.
Referências:
REILLY, Sean Bryant, Historical Biogeography of Reptiles and Amphibians from the Lesser Sunda Islands of Indonesia, 2016.
J.H. Brown e M V. Lomolino. Biogeografia, 2006
https://world.mongabay.com/portuguese/204.html
https://www.cabi.org/isc/datasheet/28477

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