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ENERGIA VITAL - AULA LUIZA 2017

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ENERGIA VITAL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM HOMEOPATIA 
FUNDAÇÃO HOMEOPÁTICA BENOIT MURE
TURMA 2017
MÓDULO AGOSTO
LUIZA MARA ELIAS
ENERGIA VITAL
Tudo o que existe no Universo possui energia, tudo se interpenetra e se torna interdependente: 
mente e matéria, o indivíduo que observa e o objeto sob análise...
O VITALISMO NA GRÉCIA ANTIGA
No século 5 a.C. Hipócrates fundou a escola médica da ilha de Cos, considerada a primeira escola formalmente instituída de Medicina na História. 
O pai da Medicina pregava uma ciência que priorizava o enfermo como uma unidade. A doença era vista como uma perturbação deste e não como processos independentes de seus órgãos. 
A “escola de Cos” procurava ressaltar os aspectos do temperamento e da constituição na concepção da enfermidade, preconizando a existência de doentes e não de doenças. Esta escola esboçou a ideia de um princípio unificador e diretor do organismo, chamado de “eidolon” que fazia parte da natureza e era considerada a psique individual, trazendo a mesma conceituação que hoje se dá à alma.
Hipócrates (460-377 a.C.)
Dra. Rebeca Chapermann
Essa alma se desprenderia com a morte. 
É um sopro (pneuma) que vem de fora e opera as maravilhas do pensamento, uma espécie de ar que penetra no corpo ao nascer, animando-o de vida e de qualidades diferentes, sendo mais pura no cérebro, onde produz o pensamento. A vida é produto da alma. 
Estabeleceu ainda que a alma impunha a vis medicatrix nature como o impulso que opera em todos os seres vivos para a manutenção da saúde, trazendo em si a possibilidade da própria cura. 
O médico deveria limitar-se a agir como servidor dessa força natural. 
 Alma e força vital eram um só princípio, o anima, atuando como entidade que organiza e dinamiza, vivificando, todo o organismo. 
Pode-se considerar Hipócrates como o pai do pensamento vitalista.
Vis medicatrix naturae hipocrática
Não é sinônimo de força vital, mas apenas uma de suas propriedades, não podendo haver no organismo, capacidade de recuperação, de regeneração ou compensação, sem que exista a energia necessária (força vital) para levar adiante esta tarefa. 
(Rosenbaum) 
Platão (427-347 a.C)
Estabelece um pensamento dualista, admitindo a alma como entidade separada do corpo. 
Além disso, a divide em três porções: razão, emoção e animalidade, que residiam no cérebro, tórax e abdômen, respectivamente.
Aristóteles (384-322 a.C.)
Discípulo de Platão, para ele a alma não é o corpo, mas não pode existir sem ele, assim como não há luz sem objeto luminoso. As funções da alma seriam a nutrição e o pensamento. Mas há uma unidade de corpo e alma, diferentemente do dualismo platônico. 
A alma forma e dá vida ao corpo, diferenciando-o da matéria bruta. Confere ainda à alma uma concepção de substância.
Aristóteles e Hipócrates: representam os principais pensadores animistas. 
Galeno (130-200 d.C)
Médico grego que priorizava a parte em detrimento do todo e com isso “materializou” a alma. 
Estabeleceu a teoria dos humores, que foi a base da Medicina medieval, até o século XVII. Segundo essa teoria, a saúde estava vinculada à combinação harmoniosa dos quatro humores correspondentes aos quatro elementos: o sangue correspondendo ao fogo, a bílis negra à terra, a bílis amarela ao ar e o fleugma (linfa), ao elemento água. 
Seguia os ensinamentos da “escola grega de Cnido”, tendo sido o seu maior representante. 
Firmando o principio dos contrários, influenciou a Medicina dos nossos dias.
As duas escolas originadas da Grécia
Escola de CÓS
Escola de CNIDO
Hipócrates (460 a.c.)
Galeno (130-201d.c.)
Ressalta o temperamento e a constituição
Ressalta o transtorno local
Dá mais importância ao doente
Dá mais importância a doença
É sintética,holística
É analítica
Doutrinas relacionadas:Animismo e Vitalismo
D. Relacionadas: Mecanicismo,Dinamismo (Dinamismo vital e físico-químico)
Enfoque médico: Homeopatia
Enfoque médico: Alopatia
Lei empregada: L. dos Semelhantes
Lei empregada: L. dos Contrários
O VITALISMO NA IDADE MÉDIA
Durante a Idade Média, no entanto, o médico deveria tratar o corpo, a alma era assunto da Igreja e nesta não lhe cabia meter-se. Talvez por isso, a Medicina galênica tenha prevalecido com o apoio da Santa Sé. 
A teoria dos humores foi largamente empregada, onde se via nos doentes, excessos ou falta dos quatro elementos constituintes da natureza. Para retirá-los empregava-se as sanguessugas, os vesicatórios, os purgativos e as sangrias. 
O conhecimento hipocrático ficou restrito aos mosteiros, mantido pelos monges ao longo da noite escura da Idade Média. Este conhecimento foi ressuscitado por Paracelsus, considerado o precursor da Homeopatia.
Paracelsus (1493-1541)
Médico suíço, ressuscita os ensinamentos de Hipócrates, voltando-se à visão unitária do homem, sendo considerado o precursor da Homeopatia. 
Aproxima seu pensamento da lei dos semelhantes de Hipócrates e cria a Lei das signaturas – uso de plantas orientado pela forma aproximada do órgão doente.
Considerado o pai da bioquímica, foi um dos primeiros médicos medievais a rejeitar a teoria dos humores de Galeno. 
Influenciou o pensamento de Hahnemann que incorporou a concepção de uma força oculta no homem, capaz de amplas ações em todo o organismo, inclusive na mente.
O VITALISMO NA ERA MODERNA
René Descartes (1596-1650)
Filósofo francês que propôs resolver os grandes enigmas da filosofia e da ciência com o uso da razão e com ela alcançar a verdade. 
Empregando o método analítico deu origem ao reducionismo que consiste em decompor pensamentos e problemas em suas partes mínimas e dispô-las em uma ordem lógica, a fim de se compreendê-los. 
Via o corpo humano como uma máquina funcionando com a força motriz gerada pelo calor que vinha do coração. Esta concepção vital é classificada como dinamismo – concepção que pressupõe a existência de forças agindo no organismo, determinando os seus variados movimentos. 
A influência de Descartes foi preponderante para o surgimento do pensamento moderno na ciência, estendendo-se à Medicina. 
Suas ideias racionalizaram a compreensão do homem, distanciando-a do animismo hipocrático, estabelecendo-se as práticas iatroquímicas e iatromecânicas da Medicina atual. 
Identificando na alma a essência do pensamento, proferiu a sua famosa frase: “penso, logo existo”. 
A alma, sendo pensamento, só pode fazer o que é sua função, pensar, portanto o corpo não é mais sua função, estabelecendo-se a dicotomia alma e corpo.
 A vida passa a ser atributo do corpo e não da alma, e este adquire uma existência própria e independente. A alma é apenas pensamento puro. A vida, destituída de alma, tornou-se, deste modo, um ato mecânico, embora Descartes admitisse a existência nela de uma espécie de fogo animador, uma essência vital mal definida. 
Leibniz (1646-1716)
Importante filósofo alemão que manteve-se no pensamento vitalista, sendo considerado o maior animista da filosofia moderna. 
O corpo estaria sob a ação da mônada, o “eu” feito também de uma substância, porém de essência puramente imaterial. Enquanto que a mônada seria uma substância simples, o corpo seria um agregado de várias substâncias ou mônadas compostas. Contudo, o corpo seria uma espécie de planta, organizado pela alma, a mônada superior, que o nutre com a sua força organizadora e mantenedora, que ele chama de energia vital, e que lhe mantém em constante atividade.
Ernest Stahl (1660-1734)
Filósofo que seguiu Leibniz, aplicando o Vitalismo à Medicina na Alemanha, partindo da ideia de que a vida não é produto de um funcionamento mecânico e o ser vivo não é uma máquina, reagindo contra a Medicina mecanicista e química que nascia do pensamento cartesiano. Para ele a origem dos movimentos orgânicos é a alma, princípio vital, da qual os órgãos são simples instrumentos. 
Concebe assim a doença como uma alteração não do corpo, mas do seu governo, retornando ao animismo de Hipócrates. 
Possivelmente baseando-se em Paracelsus, já pregava quea ação do semelhante podia tratar as doenças. Segundo o seu animismo, somente descobrindo-se a finalidade das atividades corporais, que servem às potências da alma, se poderia entender as suas perturbações.
Von Haller (1708-1777)
Pertenceu à Escola Médica de Montpellier que foi o centro máximo de produção e sustentação das teses vitalistas entre os séculos XVII e XIX. Com ele o Vitalismo encontrou uma observação experimental renovada. Suas observações terminaram apontando para a necessidade de uma nova ordem de conhecimento em Medicina. 
Propôs a experimentação dos medicamentos no homem, para se estudar os seus efeitos, que no entanto não chegou a praticar. Sua veemente crença no Vitalismo ajudou a mantê-lo vivo nas escolas médicas da época e dizem que exerceu positiva influência em Hahnemann.
Paulo Josef Barthez 
(1734-1806)
Médico da escola de Montpellier, filósofo e poeta francês promoveu uma separação entre animismo e Vitalismo. Em seu trabalho “Ensaio para um novo princípio para o homem” concebeu um princípio vital que anima e confere vida ao homem. Princípio que não é idêntico à alma, o que coincide com a visão do Vitalismo hahnemaniano. 
Considera-se que seja ele o criador do conceito de princípio vital.
Samuel Hahnemann (1755-1843)
De origem presbiteriana, nasceu em meios às diferenciadas visões que iniciavam a morte do Vitalismo, a exceção da Medicina alemã que ainda se mantinha na mesma ideia, sustentada por Leibniz.
Encantou-se com o Corpus hipocráticus e ressuscitou-o com a Homeopatia. Pela observação ele logo notou a presença dos miasmas contagiantes nos barbeiros que drenavam abscessos e nas parturientes que se contaminavam pela falta de assepsia. 
Em sua fase pré-homeopática foi um grande químico, experimentava tudo que lia. Desencantado com a prática médica vigente, passou a se dedicar a traduções e à solução de problemas de química. Atuou na saúde pública e na higiene industrial ao estudar a intoxicação dos trabalhadores das minas de carvão. 
Dizia-se na época que era o mais ilustre médico entre os químicos e o mais ilustre químico entre os médicos. 
De 1777 a 1796 ele publicou 37 trabalhos científicos e efetuou 17 traduções. 
Em 1790, no entanto, é que inicia a Homeopatia, ao traduzir a obra de Culen que descrevia os efeitos curativos da quina na malária, imputando sua ação ao fato de ser um tônico para o estômago. Hahnemann não estando de acordo com essa explicação, decidiu procurar outra e resolveu experimentar em si mesmo os efeitos da quina, sendo acometido, para surpresa sua, de um acesso febril.
Recordou-se então de Hipócrates que já anunciara o princípio do semelhante: uma doença se cura por uma droga capaz de produzir os seus mesmos sintomas. Juntou ao fato a sua observação de que as doenças semelhantes se excluíam mutuamente e não podiam conviver simultaneamente no organismo. Por exemplo, um episódio agudo de diarreia trata uma colite crônica; a vacina curava e prevenia a varíola pelos mesmos motivos. 
Hahnemann criou então a experimentação no homem são, estabelecendo assim um dos princípios fundamentais da Homeopatia. E graças a isso chegou ao estudo do psiquismo humano, o que não conseguiria com experimentações em animais. 
Foi o precursor do método experimental em Medicina, iniciando-as no homem antes mesmo de Claude Bernard instituí-las nos animais.
Com o predomínio do pensamento materialista, o Vitalismo é nesta época definitivamente banido da Medicina. 
As escolas de Berlin e Viena se juntam nesta nova ideia à escola francesa, influenciando de modo decisivo todo o pensamento médico moderno, na Inglaterra e nos Estados Unidos. 
O Vitalismo começou a ser combatido na Alemanha e Hahnemann se refugiou na França, em 1835. 
Os oito últimos anos de Hahnemann foram vividos em Paris, para onde se mudou e aonde veio a falecer. 
A Homeopatia unicista, com seus avançados postulados, foi basicamente formulada na fase francesa da vida de Hahnemann, quando se dedicou a escrever sobre as doenças crônicas.
O VITALISMO DE HAHNEMANN
Hahnemann foi sem dúvida alguma o maior pensador médico vitalista depois de Hipócrates, no qual se inspirou. Graças a ele o Vitalismo sobreviveu até os nossos dias, apesar dos avanços da Medicina no campo orgânico. 
Em seu Vitalismo continuou e perpetuou as ideias de Barthez e de Von Haller. 
Em oposição a Hipócrates, entretanto, considerou a vis medicatrix nature impotente para curar o organismo. Concebeu a força vital, pela qual somos governados, como superior à natureza inanimada dos corpos materiais, porém ela seria inacessível aos nossos sentidos. 
Selou sua união com o Vitalismo admitindo sua ação primordial na gênese da enfermidade do homem, dando-lhe expressão terapêutica. 
O VITALISMO DE HAHNEMANN
Utilizou o termo força vital como princípio, espírito e poder. 
Nos parágrafos 9 a 16 de sua obra principal, O Organon da Medicina, trata do princípio vital imaterial que coordena e anima o corpo, desenvolvendo ora uma concepção dualista, como a do parágrafo 9, ora unitária, como a do parágrafo 15.
Constata a presença dessa força vital como uma entidade imaterial, isto é, como um agente agregado e unido à matéria, porém distinto desta, formando com ela um só organismo, atestando a veracidade do Vitalismo. 
Para ele a energia vital comporta-se como elemento capaz de manter a saúde, mas passível de desequilibrar-se pelas interferências de forças desarmônicas de igual natureza. 
Seria capaz de auto equilibrar-se quando essas desarmonias são agudas, tendo porém ação limitada na auto regeneração nas interferências de ação profunda e prolongada, levando ao aparecimento das doenças crônicas.
Seus desequilíbrios se dão a conhecer pelos sinais e sintomas percebidos no organismo como um todo, objetivos ou subjetivos. 
Toda patologia antes que se manifeste no físico manifesta-se nas sutis alterações das sensações.
O VITALISMO DE HAHNEMANN
Concebeu uma visão ternária e unitária do homem, composto de espírito, energia e corpo físico, concepção bastante arrojada para o seu tempo, estabelecendo nele a cabalística trindade apregoada nas chamadas revelações místicas e religiosas. 
O VITALISMO DE HAHNEMANN
Unidade vital indissolúvel que não separa arbitrariamente o fator espiritual do orgânico. 
O corpo é manifestação do espírito e a energia lhe mantém a unidade. 
A doença não é mero distúrbio do corpo do homem, mas um reflexo de sua própria essência e diz respeito à sua natureza energética e psíquica.
PROPRIEDADES DA FORÇA VITAL
Hahnemann estabeleceu, em seus postulados vitalistas, as propriedades da força vital, segundo os quais ela preserva e mantém a vida:
 É autocrática, onipotente, atuando por leis próprias, com poder absoluto sobre a constituição material, a qual submete às suas leis. 
Mantém em ordem os constituintes materiais do organismo vivente quando equilibrada mas, quando em desordem, estabelece a enfermidade, responsabilizando-se assim pela saúde e pela doença. 
Não tem inteligência em seu funcionamento, que seria puramente automático. 
É passível de se auto equilibrar e espontaneamente recuperar a sua própria harmonia. Quando desequilibrada torna-se suscetível de ser influenciada pelo meio.
SAÚDE
Hahnemann postulou que a saúde é um estado de harmonia da mente e do corpo que tem como única e precípua finalidade favorecer instrumentos sadios para que o espírito possa livremente conquistar os elevados fins de sua existência. (§ 9) 
A FORÇA VITAL NO ORGANON 
No estado de saúde, a força vital autocrática, mantém o organismo em harmonia (§9) e sem ela o organismo não age, não sente e se desintegra (§ 10). No estado de doença somente a força vital sofre o desvio imprimido pelo agente mórbido e, sendo ela imaterial e presente em todo organismo, induz sensações desagradáveis e manifestações irregulares que constituem a doença (§11). 
Sendo invisível, a força vital não é reconhecível por si mesma e sim através destas manifestações anormais das sensações e funções que se desenvolvemem consequência da sua perturbação pelo fator mórbido (§12). 
Não existe nada patológico no organismo suscetível de ser curado que não se revele ao médico através de sinais e sintomas (§14) e a identificação do conjunto destes é imprescindível para transformar a doença em saúde (§22). 
A doença, a força vital e o organismo estão integrados (§13). Sendo de natureza dinâmica, a força vital deixa-se influenciar por outro fator igualmente imaterial ou dinâmico (§16). 
PROPRIEDADES DA ENERGIA VITAL
1 - A força vital domina, regula e coordena o organismo humano.
2 - É autocrática: rege-se por suas próprias leis, as biológicas.
3 - É onipotente: soberana sobre a matéria, com capacidade de submeter as substâncias materiais às suas leis.
4 - Tem uma identidade determinada. De um grão de feijão só pode se desenvolver uma planta de feijão, e nenhuma outra.
5 - É automática: não tem discernimento nem inteligência, agindo fatal e cegamente, a fim de desenvolver a identidade pré-determinada que corresponde a cada ser.
6 - Suscetível de ser desarmonizada por influências definidas: está exposta às influências deletérias, específicas de cada espécie e de cada indivíduo. 
7 - Quando desequilibrada, é suscetível ao meio e isto se manifesta pelos sintomas.
8 - É sensível à influência dinâmica e energética, dos medicamentos.
9 - É suscetível de reequilibrar-se pela administração do medicamento homeopático adequado, escolhido de acordo com o critério de semelhança sintomática. 
(Nassif)
Samuel Hahnemann (1755-1843)
ORGANON
Parágrafo 9
“No estado de saúde, a força vital imaterial (autocrática), que dinamicamente anima o corpo material (organismo), reina com poder ilimitado e mantém todas as suas partes em admirável atividade harmônica, nas suas sensações e funções, de maneira que o espírito dotado de razão, que reside em nós, pode livremente dispor desse instrumento vivo e são para atender aos mais elevados fins de nossa existência”. 
Parágrafo 10
“O organismo material, destituído da força vital, não é capaz de nenhuma sensação, nenhuma atividade, nenhuma auto conservação; é somente o ser imaterial animador do organismo material, no estado são e no estado mórbido (princípio vital, a força vital), que lhe dá toda a sensação e estimula suas funções vitais”.
Parágrafo 15
“A perturbação mórbida da função vital (dinamismo) que, invisível no interior de nosso corpo, o anima e a totalidade dos sintomas perceptíveis externamente decorrentes dessa perturbação (totalidade sintomática representante da doença existente) constituem um todo. São uma só e mesma coisa. Sem dúvida, o organismo é o instrumento material da vida, porém não podemos concebê-lo sem o dinamismo perceptor e regularizador que o anima (a força vital)”.
ENFERMIDADE
Parágrafos 10 e 11: “a enfermidade é somente esta força vital, automática e espiritual que existe em todo o organismo a que primeiro se perturba pela influência de um agente morbífico que é hostil à vida”. 
Parágrafo 12: 
“A ruptura do equilíbrio da energia vital é a única causa das enfermidades”.
ENFERMIDADE
Diretriz de Hahnemann: 
Todo o complexo processo da enfermidade começa induzido pelo desarranjo na força vital, que promove uma degradação lenta e inexorável, a menos que ocorra uma intervenção médica. 
FORÇA VITAL FRENTE A ENERGIAS NOCIVAS E MEDICAMENTOSAS 
A força vital é uma energia não corpórea, provinda da intimidade do organismo, do centro à periferia, que pode ser perturbada por um fator mórbido. 
Energias nocivas atuantes no mesmo plano de ação: físico, químico, biológico, miasmático ou psíquico – resultam em desequilíbrio ou doença, mas por sua vez serão passíveis à influência dinâmica do remédio homeopático, o qual não possui massa e sim energia liberada.
FORÇA VITAL EM NÍVEL CELULAR 
Kent descreve a força vital como princípio vital imaterial que domina e anima o ser humano na totalidade, na saúde e na doença, infiltrando-se em cada célula e em todas as partes orgânicas de modo uniforme. 
As modificações patológicas da estrutura celular seriam a consequência mais precoce do desarranjo desse princípio vital, o qual constitui o elemento reativo inicial do desequilíbrio. 
Através de suas próprias sensações, o indivíduo percebe estas modificações celulares. Portanto, quando o princípio vital é perturbado por uma causa mórbida, material ou imaterial, consegue ele suscitar manifestações reativas a esta interferência perturbadora, em qualquer nível, mediante sintomas. 
SUPLEMENTAÇÃO DINÂMICA DA DEFESA ORGÂNICA
A força vital, à maneira de um plano dinâmico, abarca o organismo e responde pelas suas reações normais e em desequilíbrio. 
Não sendo a doença um fenômeno passivo ou estático e sim ativo e dinâmico, a terapêutica ideal terá de atuar neste plano dinâmico de modo direto, alinhando-se paralelamente e no mesmo sentido da tendência reativa assumida pelo indivíduo em defesa. 
Ao terapeuta competirá adequar a esta reação dinâmica um estímulo medicamentoso suplementar específico. 
Se manifestações clínicas traduzem reação contra influências nóxias, no sentido de restaurar o equilíbrio perdido, a remoção unilateral e paliativa destes sintomas não significará cura do doente. 
MANIFESTAÇÕES PRECOCES DA FORÇA VITAL ALTERADA 
Sinais objetivos proporcionados pela anatomia patológica nem sempre oferecem base para a prescrição de medicamento de ação profunda, dentro da lei da semelhança. 
A fisiopatologia oferece auxílio mais valioso, permitindo a elaboração de melhor imagem dinâmica do doente na totalidade, expressa sob variadas respostas. 
Em todos os casos, como expressão de desequilíbrio menos remoto, mais importante para o doente e para o médico homeopata, são os sintomas subjetivos que costumam se manifestar antes de se instalarem as alterações mórbidas objetivas, podendo as modificações do comportamento representar o alerta mais precoce da força vital alterada. 
O critério semiológico exige atualização constante no sentido da objetivação do desequilíbrio incipiente, detectando-o através de alterações bioquímicas, transtornos imunológicos e sinais internos de adaptação em nível humoral. 
CONCEITO DE SAÚDE
O Homeopata não pode separar arbitrariamente o espiritual do orgânico no homem, pois crê em sua unidade indissolúvel.
Ninguém pode enfermar-se do corpo sem enfermar-se da mente e vice versa.
Corpo e alma são dois aspectos ou duas realidades de uma mesma realidade.
Deve-se compreender por SAÚDE - um estado de harmonia da mente e de equilíbrio fisiológico dos órgãos, no qual o espírito pode servir-se livremente do corpo para os mais elevados fins da existência. 
Uma vez cumprida esta primeira instância o homem se achará em situação de levar uma conduta de acordo com os ditames da moral, dando assim cumprimento aos mandamentos e ensinamentos de Deus e pode desenvolver sem obstáculos as demais faculdades do espírito em atividades culturais, intelectuais, científicas ou artísticas. 
(Eisayaga)
A CURA PELO SEMELHANTE
similia similibus curentur = semelhante pelo semelhante se cura
A CURA MEDICAMENTOSA DE ESTÍMULO DINÂMICO MAIS FORTE 
 Profª Anna Kossak-Romanach
A doença consiste em uma alteração dinâmica da força vital que se traduz por sintomas. 
No tratamento homeopático o princípio vital dinamicamente alterado pela doença natural é instigado por uma segunda doença artificial semelhante e um pouco mais forte que a doença natural. 
Esta doença artificial é provocada pela administração de medicamento dinamizado e escolhido conforme a semelhança relacionada aos sintomas do doente. 
Neste procedimento a influência mórbida mais débil da doença natural cessa de atuar sobre a força vital, passando esta a ser dominada pela atuação mórbida artificial mais forte carreada pelo medicamento. Esta segunda força morbífica medicamentosa de natureza puramente dinâmica se dissipa, mas suas consequências prosseguem,restabelecendo o equilíbrio orgânico. 
A curta duração do poder morbífico artificial permite que o mesmo, embora dinamicamente mais forte, seja vencido pela reação da força vital. 
INTERFERÊNCIA DE UMA SEGUNDA DOENÇA 
Quando duas doenças dessemelhantes, mas de força igual se encontram no organismo e a mais antiga for mais forte, a doença mais recente será repelida pela mais antiga (§ 36). 
Se a doença recente for mais forte, ela suspenderá a mais antiga enquanto seguir o seu curso ou se curar, fazendo depois reaparecer a mais antiga. 
Doenças dessemelhantes jamais se curam uma a outra (§ 38). 
Quando duas doenças semelhantes se encontram, elas não se repulsam, não se suspendem e nem coexistem, mas simplesmente suscitam no organismo respostas paralelas e se curam. 
Portanto, uma cura se tornará viável pela soma de um poder morbífico artificial semelhante e um pouco mais forte que a doença original, veiculado pelo medicamento capaz de produzir sintomas semelhantes. 
A princípio, prevalece sobre o organismo a dominância mórbida. O organismo reage de modo não suficiente, mantendo-se em estado de exteriorização sob forma de sinais e sintomas: 
A SOMA DAS REAÇÕES PARALELAS NA CURA
ATUAÇÃO DO MEDICAMENTO SIMILIMUM
Atuação dos fatores mórbidos indutores de doença
==========►
<<<<<<
Reação insuficiente do organismo
Mediante estímulo farmacodinâmico é acrescentada à doença -natural-, uma segunda doença - artificial -, coagindo o organismo à defesa redobrada, frente a duas agressões simultâneas. As duas reações paralelas, somadas, possuem mesmo sentido. Além disso, sendo o organismo mais suscetível à doença medicamentosa, a reação se amplifica.
Fatores mórbidos
Reação orgânica insuficiente
==========►
<<<<<< 
+
+
Medicamento Simillimum sssss► 
◄SSSSSSSSSSSS Reação orgânica ao Simillimum 
=
Ainda que o estimulo adicional pareça mínimo, devido à exiguidade da dose, ele representa mensagem dinâmica que, condicionada pela similitude, faz o organismo reagir com maior força. A sintonia dos esforços supera o potencial morbífico. A resposta orgânica se completa, a doença é aniquilada e sobrevém reequilíbrio da saúde. 
Aniquilação da doença 
◄SSSSSSSSSSS<<<<<<
Resposta tornada suficiente 
ENERGIA VITAL NA ATUALIDADE
A FÍSICA QUÂNTICA NA HOMEOPATIA
Adalberto Tripicchio 
http://www.redepsi.com.br/2009/09/22/a-f-sica-qu-ntica-na-homeopatia/
A FÍSICA QUÂNTICA NA HOMEOPATIA
A moderna biologia, amparada nos conceitos da física quântica, não descreve mais os seres físicos como um "amontoado de átomos e moléculas agindo determinística e aleatoriamente". Ela descreve os seres vivos como sistemas bioenergéticos, dotados de capacidade analítica e de biofeedback, agindo sincrônica, harmônica e relativisticamente. 
Do ponto de vista clínico, o centro das decisões, em termos de homeostasia e alteração desta, exigindo nossa ação no sentido do reequilíbrio, não está e nunca esteve na questão dos receptores de membrana, mas sim no centro gerenciador e administrador de todos os eventos que ocorrem com aquele ser ou aquele sistema biológico: o DNA. 
A descoberta dos receptores de membrana e sua ação é importantíssima, mas não é a causa, mas sim o efeito de uma decisão maior. 
Todas as decisões em relação aos fenômenos biológicos se dão a nível de DNA.
A partir de um turbilhão de eventos que ocorrem no nosso meio interno, a interação de campos elétricos e magnéticos determinam o surgimento de uma forma de estrutura energética, ainda muito questionada e questionável, que é a energia consciencial que Hahnemann magistralmente, em sua concepção filosófica do nosso sistema terapêutico homeopático, chamou de energia vital.
A energia vital é em nós, a energia psíquica. Ela é de natureza magnética, ou bosônica (bóson), para ficarmos de acordo com um termo da física quântica. 
A energia neuronal já é uma energia mais "densa". Segue o conceito mais clássico de elétron. Ela novamente não decide, mas cumpre ordens num sentido hierárquico de "autoria biológica". 
A energia psíquica ou vital, gerada a partir do DNA, induz à energia neuronal padrões vibratórios e estes, codificando e decodificando a informação recebida, por efeito cascata, mandam suas mensagens aos sistema auxiliares, endócrino e imunológico e estes, por sua vez, chegam até os últimos sítios de ação na intimidade densa das estruturas que compõem os sistemas e órgãos do sistema biológico, chamado corpo humano. 
O corpo humano é biológico. A pessoa humana é psíquica. 
Da interação destes dois campos dinâmicos e cooperativos temos a existência humana com seus altos fins: evoluir permanentemente a partir do aperfeiçoamento de sua energia psíquica, consciencial e de seu auxiliar direto na execução de seus insights: a energia eletromagnética cerebral. 
A partir da física quântica, busca-se uma explicação para o surgimento de nosso universo. 
Segundo os conceitos vigentes houve uma grande explosão e desta explosão resultaram dois grupos de partículas, uma com energia mais compacta chamada de férmion e outra de energia livre chamada bóson. 
Da interação destas duas partículas surgem os campos eletromagnéticos.
A física clássica na montagem de seu paradigma e de seu modelo considerou primordial a dimensão "material" da energia e construiu sobre este conceito seu edifício. Não podia ser diferente. Eis aí uma constatação acabada para visualizarmos logicamente o que seja evolução. 
Quando houve condições tecnológicas e capacidade perspectiva intelectual pelo homem, surge o novo paradigma e o novo modelo, defendendo o aspecto magnético do comportamento virtual da energia podendo comportar-se como partícula e onda ao mesmo tempo, gerando o conceito do princípio da incerteza de Heisenberg.
Portanto, não só o homeopata, médico, farmacêutico ou qualquer outro profissional da área de saúde que queira entender ou dar uma explicação lógica do que seja o Sistema Hahnemanniano de tratar os sistemas biológicos em todas as suas formas de manifestação: vegetal, animal e hominal, deve investir profundamente nos novos conceitos tecno-científicos a partir da física quântica. 
Não deve ignorar ou menosprezar o paradigma anterior, mas fazer uma transmutação suave, segura e amadurecida, deixando atrás de si pistas positivas para que os outros percam o medo de mudar e nos acompanhem com confiança e satisfação.
Segundo os cientistas quânticos, a maior crise por que passam os pesquisadores hoje, não é tecno-científica, mas filosófica. 
Nenhum modelo tem consistência se não tem uma sólida base filosófica, ou seja, não está amparado na energia psíquica/consciencial de seu criador, pois é o aspecto filosófico da ciência que determina seu padrão ético e daí os fins da pesquisa e a conduta dos aplicadores dos resultados da mesma. 
Hahnemann, neste sentido, foi perfeito. Concebeu para nós um sistema com sólida base filosófica, muito bem expressada na frase: 
“É unicamente a ruptura do equilíbrio da Energia Vital que é a causa das enfermidades.”
Os cientistas mecanicistas seguiram o outro caminho, o caminho da tecnologia. Por isso a crise. 
Esta é a hora da união e da celebração. Não há mais espaço para a "briga" inconsequente. 
Vamos unir o que de melhor há entre os demais sistemas. Só ganharemos. O ponto de tangência passa pelo conceito da moderna física quântica. 
Assim, reforço a importância e a urgência dos homeopatas se inteirarem rapidamente dos novos aportes informacionais. Muitas de nossas dúvidas desaparecerão e o objeto de nossa ação, o paciente, ficará privilegiado e fortalecido, a fim de que juntos, possamos todos atingir os altos fins da existência... 
BIBLIOGRAFIA:
-Hahnemann, S. -Organon da arte de curar -6ª edição alemã – São Paulo (Publicada pelo grupo de estudos Homeopáticos “Benoit Mure”, 1984.
-Aula Profª Anna Kossak-Romanach
-http://www.homeopatiabrasil.org.br/html/downloads/vitalismo_e_homeopatia-rebecca_chapermann.pdf
-Texto-Adalberto Tripicchio 
http://www.redepsi.com.br/2009/09/22/a-f-sica-qu-ntica-na-homeopatia/VÍDEOS SOBRE FÍSISCA QUÂNTICA
1-https://www.youtube.com/watch?v=O1dHym14W5Q
2-https://www.youtube.com/watch?v=d3m6zg6vruI
3-https://www.youtube.com/watch?v=Xy8cLZp56x8#t=6.473532
4-https://www.youtube.com/watch?v=hv2e_Xq8aLQ
5-https://www.youtube.com/watch?v=OtBijcWmXXA
6-https://www.youtube.com/watch?v=klYQY-D2LyI

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