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renda fixa

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Renda 
Fixa 
Essencial
O guia básico para 
iniciantes no mundo dos
investimentos de renda fixa.
04
C A P Í T U L O 1
O Sistema financeiro
19
C A P Í T U L O 2
Conceitos básicos
32
C A P Í T U L O 3
Títulos privados
48
C A P Í T U L O 4
Títulos públicos
58
C A P Í T U L O 5
Planejamento financeiro
Não é preciso ser um especialista do mercado financeiro para ser um investidor. Há vários tipos de
investimentos, cada um com suas regras. Neste E-book vamos falar sobre os principios básicos 
para que o investidor possa escolher as opções mais adequadas ao seu perfil, objetivos, horizonte de 
tempo e o valor para aplicar.
Introdução
03
O Sistema financeiro
C A P Í T U L O 1
Um pouco 
sobre o
mercado
financeiro
Parte 1 No mercado financeiro os agentes econômicos podem ser pessoas,
empresas e o governo, podendo ser classificados em 
superavitários, ou seja, os poupadores, que têm dinheiro 
sobrando para emprestar e os deficitários ou tomadores, que 
precisam de dinheiro para os mais diversos propósitos, investir, 
quitar débitos, expandir negócios, etc. 
Olhando sob o prisma do mercado financeiro, o principal papel do
governo é o de regulamentar o mercado financeiro, entretanto, o
governo participa nos dois extremos, a primeira como tomador 
quando emite os títulos públicos a fim de captar recursos 
financeiros para pagar suas dívidas e como poupador quando 
Fluxo do Governo
Governo
Tom
ador
Capt
ação
Poupador
Empréstimo
Captação
BNDES Empresas
Títulos 
Públicos
Investidores
05
empresta dinheiro subsidiado através de iniciativas como o BNDES. 
No mercado financeiro existem diversos tipos de investimentos que 
vão desde a tradicional poupança, cujo risco é baixíssimo, até 
operações complexas no mercado de capitais, com riscos
Poupança Ações
RDB Opções
CDB Dêbentures
LCI
Títulos Públicos
Fundos DI
Exemplos de grau de risco
consideráveis, podendo até zerar as posições financeiras de quem 
investe de forma equivocada. 
É importante salientar que não existe investimentos sem risco e que
o rendimento de um determinado ativo financeiro é, em via de
regra, proporcional ao risco inerente à operação associada, ou seja, 
quanto maior o risco, maior o retorno para quem investe. 
Dentro do mercado financeiro é importante mencionar o Sistema
Financeiro Nacional (SFN), que é formado por um conjunto de
Ultra conservador Conservador Moderado Arrojado Agressivo
06
instituições que visam intermediar a transferência dos recursos
financeiros entre poupadores e tomadores. 
Essas instituições são formadas por órgãos regulatórios como o
Conselho Monetário Nacional, Banco Central, Conselho de Política
Monetária e ANBIMA. 
Existem também as entidades operacionais intermediadoras como 
os bancos, corretoras, bolsas de valores, financeiras e os sistemas 
de câmaras e liquidação como o Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia (SELIC), CETIP, CBLC e SPB.
Órgãos regulatórios
07
Conselho 
Monetário 
Nacional
Parte 2 O CMN é o órgão responsável por expedir diretrizes para o bom
funcionamento do sistema financeiro nacional, ou seja, ele tem a
responsabilidade de: 
Determinar as políticas de poupança e investimentos.
Regular os mercados de capitais.
Formular a política da moeda e do crédito.
Objetivando sua estabilidade e o desenvolvimento econômico e so-
cial do país. É formado pelo Ministro da Fazenda, o Ministro do
Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central.
É importante salientar que o CMN exerce apenas função normativa,
cabendo ao Banco Central Brasileiro e à Comissão de Valores
Mobiliários executar suas determinações.
08
i
Banco 
Central
Parte 3 O Bacen é um autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, 
que tem por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da 
moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. Dentre suas
principais atribuições podemos destacar:
Emissão da moeda.
Autorização e fiscalização das instituições financeiras.
Administração do sistema de pagamentos.
Recebimento dos recolhimentos compulsórios dos bancos 
comerciais.
Condução das políticas monetária, cambial, de crédito, 
e de relações financeiras com o exterior.
Regulação da execução dos serviços de compensação de 
cheques e outros papéis.
09
i
Comitê de 
Política 
Monetária
Parte 4 O Copom tem como objetivo estabelecer as diretrizes da política
monetária e definir a taxa básica de juros. Suas reuniões ocorrem a 
cada 45 dias e têm duração de dois dias, sempre iniciando às terças
e encerrando às quartas-feiras, dia em que é divulgada a nova taxa 
de juros. Na semana seguinte à reunião do Copom é divulgada a ata 
da respectiva reunião onde muitas vezes é possível identificar nas
entrelinhas o viés da taxa de juros, ou seja, a tendência futura da
taxa SELIC.
SELIC
Como funciona
10
Tesouro 
Nacional
Parte 5 O Tesouro Nacional é basicamente o caixa do Governo, ou seja, é o
órgão público responsável pelo gerenciamento da dívida pública
brasileira através da emissão primária e recompra de títulos
públicos para financiar a dívida interna do governo.
Caixa do governo
Governo Títulos Públicos
11
S E L I C
Parte 6 O Sistema Especial de Liquidação e Custódia é um sistema em tempo 
real destinado à registro, custódia, resgate e liquidação de títulos
públicos onde somente instituições credenciadas (chamados 
Dealers) no mercado financeiro têm acesso à esse sistema. É o
depositário central dos títulos federais. 
Vale ressaltar que a compra e venda de títulos públicos para pessoas
físicas não ocorre no sistema Selic, mas através da Secretaria do
Tesouro pelo sistema do Tesouro Direto.
Governo
Banco
Corretora
Fundos de
investimento
Como funciona
12
SELIC
As instituições envolvidas em uma determinada transação com
títulos públicos transferem as operações ao SELIC e o sistema 
transfere o registro do título para o comprador, fazendo
simultaneamente o crédito na conta da parte vendedora do título. 
São participantes do sistema
13
Banco Central; 
Tesouro Nacional; 
Bancos múltiplos; 
Bancos de investimento;
Bancos comerciais;
Caixas econômicas;
Distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários;
Entidades de compensação e de liquidação;
Fundos de investimento e; 
diversas outras instituições integrantes do SFN.
Registro de companhias abertas e de distribuições de valores
mobiliários.
Intermediar as operações no mercado financeiro.
Assegurar o bom funcionamento dos mercados de bolsa e de
balcão.
Comissão 
de Valores 
Imobiliários
Parte 7 A CVM é uma entidade vinculada ao Ministério da Fazenda, com
personalidade jurídica e autonomia financeira e orçamentária.
Tem como objetivo a fiscalização, normatização, disciplina e
desenvolvimento do mercado de valores mobiliários no Brasil.
Algumas funções da CVM
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Câmaras de 
Custódia
Parte 8 No mercado de valores mobiliários, o processo de compra e venda 
de ativos envolve também a entrega dos ativos e o correspondente
pagamento. Essa etapa é realizada por intermédio dos sistemas de 
compensação e liquidação de títulos e valores mobiliários das
Câmaras de Compensação e Liquidação, que são um mecanismo 
fundamental para garantir a segurança para os investidores. 
Títulos 
Privados
Câmaras de 
compensação 
e liquidação
Compra e venda de ativos
Banco
Corretora Fundos de
investimento
Investidores
Essas câmaras integram o (SPB) e estão incluídas a CETIP (Câmara 
de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos) e a CBLC
(Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).
A CETIP é uma empresa privada de capital abertoque tem por
principal função processar o registro, a custódia e a liquidação
financeira das operações realizadas com títulos privados como CDB, 
LCI, Debêntures, etc. 
15
Ações, opções e títulos públicos ficam custodiados na CBLC após
a compra. CDBs, LCIs, LCAs, Debêntures entre outros ficam
custodiados na CETIP após a compra.
CETIP e CBLC
Títulos 
Privados
Títulos 
Públicos
A CBLC pertence à B3 e realiza a custódia de diversos títulos e
valores mobiliários operados na bolsa de valores, ou seja, após a 
compra de um determinado ativo (ações, opções, etc) o mesmo
ficará custodiado na CBLC. 
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F G C
Parte 9
Investimentos cobertos pelo FGC
Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio,
ou seja, dinheiro em conta corrente.
Depósitos de Poupança.
Depósitos a prazo, com ou sem emissão de
certificado - RDBs (Recibo de Depósito Bancário)
e CDBs (Certificado de Depósito Bancário.
Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por
cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de
recursos referentes a prestação de serviços de pagamento
de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões
e similares.
17
O Fundo Garantidor de Crédito é uma associação sem fins lucrativos 
cujo objetivo é servir como um mecanismo de proteção aos
investidores e depositantes no âmbito do Sistema Financeiro
Nacional. 
Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Operações compromissadas que têm como objeto títulos
emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada
(Operações Compromissadas).
18
Vale observarmos que o FGC garante a cobertura no montante
máximo de R$ 250.000,00 por CPF e por instituição financeira. Caso 
um investidor tenha dinheiro investido em um título coberto pelo 
FGC, mas o valor exceda esse montante, o Fundo só lhe pagará até 
os 250 mil reais. Outra observação importante é que em caso de o 
investidor possuir uma conta conjunta, o valor coberto pelo FGC não 
será de 500 mil reais e sim de 250 mil. 
 
Em dezembro de 2017, foi estabelecido um teto para o pagamento 
das garantias do FGC no valor de R$ 1 milhão, a cada período de 4 
anos por CPF ou CNPJ. 
Letras de Câmbio.
Investimentos cobertos pelo FGC
Conceitos básicos
C A P Í T U L O 2
Relação
risco
retorno
Parte 1 A melhor afirmação que pode ser feita no mundo financeiro é que 
não existe investimento sem risco. O risco é uma característica dos
produtos financeiros e em via de regra, pode-se dizer que quanto 
maior o risco, maior o retorno para o investidor.
Prêmio pelo risco Juros
Risco, juros e rendimento
Risco TempoRetorno + =Rentabilidade Rendimento
Quando se fala em renda fixa, existem, entretanto, mecanismos 
para proteção do pequeno e médio investidor e uma delas é o FGC, 
que foi abordado no capítulo anterior. Alguns tipos de
investimentos estão protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito 
no valor de R$ 250.000,00 por CPF e por instituição financeira.
Assim, um investidor pode ter no máximo essa quantia aplicada em
títulos de renda fixa que vier a adquirir de determinado banco ou
financeira. Caso o investidor possua um montante acima disso e a
instituição financeira vier à falência, o excedente não lhe será pago 
pelo FGC, ou seja, ele terá somente os R$ 250.000,00. Por essa razão 
é importante ficar atento ao valor a ser investido e fazer uma
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projeção de rentabilidade até o vencimento do título antes de se
investir no ativo desejado. Vale ressaltar que nem todos os
investimentos de renda fixa são cobertos pelo Fundo Garantidor de 
Crédito. Basicamente os investimentos que são cobertos pelo FGC 
são: 
Títulos cobertos pelo FGC
Poupança
LC
CDB
RDB
LCA
LCI
Letras Hipotecárias
Letras Compromissadas
Além desses investimentos, depósitos em conta-corrente também 
são cobertos pelo FGC, entretanto, o dinheiro parado em sua conta 
na corretora ou financeira não está garantido pelo Fundo
Garantidor, por isso é muito importante não deixar o dinheiro
parado nessas contas. 
21
No caso dos títulos públicos, a garantia é do Tesouro Nacional, ou 
seja, é o risco soberano e considera-se o menor risco do mercado, 
pois o emissor por trás desse tipo de título é o próprio governo.
Outra observação importante a ser feita é que os Fundos de
Investimento e os Títulos Públicos não estão cobertos pelo FGC.
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Títulos não cobertos pelo FGC
Títulos públicos
Ações
Fundos de Investimentos
ETFs Operações de câmbio
Tipos de 
risco
Parte 2 Como já foi dito, todo investimento está sujeito a riscos e estes
podem ser classificados como riscos de mercado, riscos de crédito, 
riscos de liquidez, risco operacional e risco legal.
É o risco associado à volatilidade de determinado ativo, ou seja, a
valorização e desvalorização de seu investimento, um bom exemplo 
Risco de mercado
para esse tipo de risco são os ativos negociados em bolsa de valores, 
as ações, por exemplo, que sobem e descem em decorrência de
fatores do mercado.
É o risco de a instituição não honrar as obrigações na data pactuada,
ou seja, uma empresa pode não pagar o devido valor de suas
debêntures emitidas ou um banco não pagar os valores de um CDB.
Risco de crédito
23
É o risco de se precisar vender determinado ativo e não encontrar
compradores suficientes, fazendo assim com que seja difícil se
desfazer de suas posições em carteira. No mercado de ações é
relativamente comum esse cenário.
É o risco que pode ocorrer devido a operações por parte de pessoas
e entidades não regulamentadas. Um bom exemplo disso são
empresas que oferecem grandes retornos financeiros com risco
baixo.
Risco de liquidez
Risco legal
Risco operacional é o risco de ocorrer uma falha ou fraude em
determinado processo.
Risco operacional
24
Liquidez
Liquidez
Parte 3 O termo liquidez refere-se à facilidade ou não de determinada
posição de ativos serem convertidas em dinheiro. É muito fácil
entender esse conceito, imagine um imóvel, qual a facilidade de se 
vender o imóvel para conseguir dinheiro? É um processo que pode 
levar muito tempo, portanto, investimentos em imóveis não têm 
liquidez. 
Tesouro Direto PoupançaImóvel
Baixa Moderada Alta
Já no mercado de bolsa de valores é muito mais fácil vender ações 
para conseguir o dinheiro desejado, portanto, o mercado de ações 
tem mais liquidez.
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Índices de 
inflação
Parte 4 O termo inflação se caracteriza por uma alta generalizada nos
preços de bens e serviços de uma determinada economia, ou seja,
é a perda do poder aquisitivo. 
 
Assim um real hoje não terá o mesmo valor no futuro, pois não
seremos capazes de comprar os mesmos produtos que compramos 
hoje. Existem diversos fatores que geram inflação como por exemplo:
Estimulando um consumo maior e como consequencia, os preços 
dos bens e serviços acabam aumentando.
O governo tem de aumentar os impostos ou imprimir mais dinheiro 
para colocar em circulação.
O governo aumenta os salário para compensar o aumento dos preços.
Empresas com elevado poder, podem elevar seus lucros acima do
aumento dos custos de produção.
Acesso ao crédito
Gasto público excessivo
Aumentos salariais
Aumentos nos lucros
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Uma observação importante é que a inflação oficial (IPCA) pode 
ser diferente da inflação real sentida pelo consumidor, pois o 
índice abrange aproximadamente 400 produtos/serviços que 
podem não refletir o consumo direto de uma pessoa/família.
Com o aumento no valor das matérias primas, as empresas
aumentam o valor final do produto.
Aumentos nos preços das matérias primas
Ele reflete o custo de vida de famílias com renda entre 1 e 40
salários mínimos medidas nas grandes capitais definidaspelo IBGE 
com base em uma cesta de produtos e serviços. Outro índice
importante é o IGPM, medido pela FGV e tem sido muito utilizado 
para reajustes em aluguéis.
27
Assim um real hoje não terá o mesmo valor no futuro, pois não
seremos capazes de comprar os mesmos produtos que compramos 
hoje. Existem diversos fatores que geram inflação como por
exemplo: O principal índice de inflação e também considerada a 
inflação oficial no Brasil é o IPCA (Índice de Nacional de Preços ao 
Consumidor Amplo). 
i
Taxa DI
Parte 5 A Taxa DI ou Taxa CDI é uma taxa de juros negociada entre bancos 
para financiar os empréstimos entre eles. 
Ela é calculada diariamente pela CETIP e como sua variação é muito 
grande, uma média é utilizada. Geralmente quando alguns bancos
precisam captar dinheiro para não fechar o dia com caixa
negativo, eles emitem um CDI (Certificado de Depósito
Interfinanceiro) o qual outros bancos podem adquirir a fim de
emprestar dinheiro para as instituições emissoras que precisam
gerar caixa e estas pagam a taxa DI.
Nos investimentos de renda fixa essa é principal taxa a ser
considerada, pois grande parte dos títulos privados de renda 
fixa são remunerados por um percentual da taxa DI.
28
i
Taxa SELIC
Parte 6 A Taxa Selic Meta ou Taxa Selic é a taxa básica de juros definida pelo 
Banco Central através das reuniões do Copom que ocorrem a cada
45 dias. 
Essa taxa serve como um dos principais mecanismos de
combate à inflação, pois é utilizada em financiamentos
e empréstimos.
Assim, quando a taxa selic está alta, os financiamentos e
empréstimos ficam caros e quem tem dinheiro acaba optando por 
não utilizar o dinheiro, mas investir, fazendo com que haja uma
redução no consumo por parte das empresas e pessoas. 
Além da Taxa Selic existe a Taxa Overnight, que, de acordo com o 
Banco Central, nada mais é que a média ponderada e ajustada das 
operações de financiamento por um dia (operações
compromissadas) lastreadas com títulos públicos federais e
firmadas no SELIC.
29
i
Agências 
de risco
Parte 7 Como dissemos anteriormente, nenhum investimento está livre de
riscos, assim, uma instituição pode decretar falência em algum
momento de sua existência e para mitigar esse tipo de risco exis-
tem as agências de risco ou agências de classificação de risco como 
a S&P, Fitch e Moodys. Essas empresas avaliam os balanços, fluxo 
de caixa, etc. de empresas, bancos e governos, atribuindo notas de 
classificação de risco para as instituições avaliadas.
Significado na escalaStandard & Poor’sMoody’sFitch Ratings
Grau de investimento 
com qualidade alta 
e baixo risco
Categoria de 
especulação, baixa 
classificação
Risco alto de 
inadimplência e 
baixo interesse
Grau de investimento 
qualidade média
AAAAaaAAA
AA+Aa1AA+
AAAa2AA
AA-Aa3AA-
A+A1A+
BBB+Baa1BBB+
AA2A
BBBBaa2BBB
A-A3A=
BBB-Baa3BBB-
BB+Ba1BB+
BBBa2BB
BB-Ba3BB-
CCC+Caa1CCC
CCCCaa2CC
CCC-Caa3C
CCCaRD
CCD
D
B+B1B+
BB2B
B-B3B-
Classificações das agências de risco
30
Dessa maneira fica mais fácil para o investidor saber qual o nível de 
risco está assumindo ao investir seu dinheiro em determinada 
empresa. Apesar de alguns investimentos serem cobertos pelo FGC é 
preciso se atentar que o limite da cobertura é de 250 mil reais. Com 
as notas de risco é possível saber se a instituição do qual queremos 
adquirir ativos possui um alto grau de risco.
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Títulos privados
C A P Í T U L O 3
O que 
são títulos 
privados 
Parte 1 O termo investimento em renda fixa se refere aos investimentos
públicos e privados onde já se sabe de antemão a taxa de sua
rentabilidade. Eles podem ser remunerados com base em taxas
pré-fixadas, pós-fixadas ou mistas. 
No caso dos títulos prefixados, como o próprio nome diz, será paga 
uma taxa fixa pré definida no momento da compra do título, como 
15% ou 17% ao ano, por exemplo.
Os pós-fixados, pagam uma taxa baseada em um percentual de
algum indicador como o CDI, IPCA, SELIC, IGPM, etc... Um exemplo 
desse tipo de título seria um CDB que paga 120% do CDI ao ano.
E os mistos, remuneram uma taxa pré-fixada mais um percentual 
de algum indicador, como IPCA + 5% ao ano.
Títulos prefixados
Títulos pós-fixados
Mistos
Alguns são tributados outros não e alguns possuem garantia do FGC 
e outros não, por isso é importante ficar atento às características de 
cada título.
33
Os CDBs podem ou não ter liquidez diária e contam com
a cobertura do FGC no limite de 250 mil reais por cpf e por 
emissor.
CDB
Parte 2 Os Certificados de Depósitos Bancários são um dos principais
investimentos em renda fixa e o tipo de ativo mais utilizado por 
pessoas físicas, sendo também uma importante fonte de captação 
de recursos para as instituições financeiras.
Outra característica importante desse tipo de investimento é que ele 
pode ser recomprado pela instituição emissora sem remuneração ou 
pró-rata ou pode também ter sua titularidade transferida para um
terceiro. 
 Até 180 dias de investimento, 22,5%
 De 181 a 360 dias, 20% 
 De 361 a 720 dias, 17,5%
 Acima de 720 dias, 15%
As alíquotas são as seguintes:
34
i
Os CDBs são investimentos tributados, ou seja, ocorre o
pagamento de imposto de renda em seu vencimento através de 
uma tabela regressiva.
De acordo com a Circular 3709 do Bacen, os CDBs (se aplica a títulos 
e valores mobiliários) devem ser registrados pelo nome do
investidor nas câmaras de ativos, desde que tenham valor igual
ou superior a 5 mil reais e tenham sido emitidos por uma mesma
instituição, em uma mesma data, em favor de um mesmo
investidor.
35
i
LCA/ LCI
Parte 3 As Letras de Câmbio são títulos de crédito privado emitidos por
sociedades de crédito, investimento e financiamento, mais conheci-
das como Financeiras.
As Letras de Crédito do Agronegócio são investimentos lastreados 
em empréstimos concedidos ao agronegócio. 
Um banco só pode emitir uma LCA se tiver ativos de igual valor 
que foram destinados para financiar projetos do agronegócio.
As características mais importantes das LCIs e LCAs são a
isenção de imposto de renda e a garantia do FGC para
pessoas físicas.
As Letras de Crédito Imobiliário são títulos bancários lastreados à
carteira de crédito imobiliário da instituição financeira emissora.
São, assim como os CDBs, um excelente tipo de investimento, mas 
não tem tanta oferta, pois necessitam de lastro para serem emitidos.
36
i
i
LC
Parte 4 As Letras de Câmbio são títulos de crédito privado emitidos por
sociedades de crédito, investimento e financiamento, mais
conhecidas como Financeiras. 
As LCs são lastreadas em contratos de financiamento ou
empréstimo, ou seja, para que uma financeira possa emitir 
uma letra de câmbio é necessário que ela tenha financiamentos 
ou empréstimos no mesmo valor do título que deseja emitir, 
pois serve como lastro da operação (garantia).
Esse tipo de título pode ou não ter liquidez, no caso de não ter, é 
preciso aguardar o vencimento do título para resgatar seu
investimento, entretanto, assim como os CDBs é possível
negociá-los no mercado secundário, mas como não possuem tanto 
volume como os CDBs é possível que o investidor tenha dificuldades 
em encontrar um comprador.
As LCs possuem garantia do FGC no limite de 250 mil por CPF e por 
emissor e possuem também tributação de imposto de renda no
vencimento. Uma observação a ser feita é que apesar do nome, as
letras de câmbio não possuem qualquer relação com as operações 
cambiais, seu nome está associado a operações de troca.
37
i
RDB
Parte 5 Os Recibos de Depósito Bancário são títulos de renda fixa emitidos 
por bancos e financeiras e assim como os CDBs,não precisam de 
lastro.
A diferença entre o CDB e o RDB é que este não pode ser negociado 
no mercado secundário, ou seja, o investidor tem de permanecer 
com o título até o vencimento.
RDBs são garantidos pelo FGC e como o CDB, também possuem 
incidência de imposto de renda no vencimento do título.
38
i
As Debêntures são uma das formas mais antigas de captação de 
recursos por meio de títulos.
Debênture
Parte 6 Debêntures são títulos de dívida emitidos por sociedades anônimas 
de capital aberto ou fechado não integrantes do mercado financeiro
(exceção de Companhias hipotecárias e sociedades de
Arrendamento Mercantil) e que geram créditos para os investidores, 
podendo ser emitidas por oferta pública ou venda direta.
São liquidadas financeiramente em seu vencimento.
Podem ser convertidas em ações no valor proporcional ao investido.
Classificação das Debêntures: Conversíveis
Não conversíveis
As debêntures geralmente tem prazos de vencimento mais longos e 
possuem boa remuneração, entretanto, é preciso observar que essa 
modalidade de investimento em renda fixa não possui garantia pelo 
FGC e, portanto, é imprescindível que o investidor analise o grau de
risco da companhia emissora da debênture através das agências de
ratings. 
39
i
São debêntures garantidas por hipoteca, caução ou penhor de bens 
da própria companhia. Nesse caso os bens não podem ser negocia-
dos sem a aprovação dos investidores.
Garantia real
Algumas debêntures possuem isenção de imposto de renda e são
chamadas de debêntures incentivadas. As debêntures também
possuem alguns tipos de garantias e é muito importante que seja
avaliado qual o tipo de garanti a estabelecido na sua emissão.
Também são garantias que envolvem bens e direitos, mas que
podem ser negociados a qualquer tempo a critério do emissor.
Nesse tipo de garantia o investidor não possui privilégios em relação 
aos demais credores não preferenciais.
Oferece preferência de pagamento ao investidor somente em relação 
aos acionistas em caso de liquidação da empresa emissora.
Garantia flutuante
Garantia quirografária
Garantia subordinada
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CRA/ CRI
Parte 7 Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio são títulos de renda 
fixa com lastro em financiamentos e empréstimos relacionados com 
a produção, comercialização e industrialização de produtos
agropecuários ou de máquinas usadas na produção agropecuária. 
Podem emitir CRAs as companhias securitizadoras de direi-
tos creditórios do agronegócio.
Os Certificados de Recebíveis Imobiliários são títulos de renda fixa 
emitidos por sociedades securitizadoras de créditos imobiliários
(pagamentos de contraprestações de aquisição de bens imóveis ou 
de aluguéis). 
Os CRIs são títulos de crédito nominativos, escriturais e
transferíveis, lastreados em créditos imobiliários.
41
Securitização é a conversão de duplicatas, cheques ou notas
promissórias, ou seja, de uma dívida em um título lastreável e
negociável entre as instituições financeiras, com um compromisso 
de pagamento futuro. Vale ressaltar que tanto o CRA como o CRI são
isentos de imposto de renda para pessoas físicas e alguns títulos
somente estão disponíveis a investidores qualificados, mas é
importante observar que eles não contam com a proteção do FGC.
i
i
LF
Parte 8 As Letras Financeiras são títulos de renda fixa emitidos por
instituições financeiras como bancos, companhias hipotecárias, 
BNDES, sociedades de financiamento, crédito e empréstimo, caixas 
econômicas, etc.
As letras financeiras necessitam de investimento mínimo de 
150 mil reais e as letras financeiras subordinadas, 300 mil
reais. 
É um tipo de investimento que permite ao emissor alongar o prazo 
de captação, pois tem vencimento mínimo de 2 anos. 
É um título que vem crescendo bastante no mercado brasileiro, mas 
é necessário que se avalie a instituição emissora, já que essa
modalidade de investimento não possui garantia do FGC. 
Outro detalhe é que esse tipo de investimento possui tributação de
imposto de renda no vencimento, de acordo com tabela regressiva.
42
i
COE
Parte 9 Os Certificados de Operações Estruturadas são operações
financeiras compostas por aplicações de renda fixa e de renda
variável. Através desse tipo de produto é possível ter acesso a
diversos tipos de ativos como ações, ETFs, moedas e índices,
podendo ter rentabilidades da renda variável com a proteção da 
renda fixa. 
A maioria dos COEs emitidos no Brasil possui capital
protegido, isso significa que em caso de rendimento negativo, 
o investidor receberá o valor integral do aporte.
Vale ressaltar que essa modalidade de investimento não possui
garantia do FGC e possui o mesmo regime de tributação regressiva 
que os CDBs.
43
i
Esse tipo de ativo não tem liquidez e não pode ser negociado
em mercado secundário, assim, o investidor será obrigado a
permanecer com o título até o seu vencimento.
DPGE
Parte 10 Os Depósitos a Prazo com Garantias Especiais são instrumentos
financeiros com objetivo de auxiliar as instituições financeiras a
captarem recursos, conferindo ao seu detentor um direito de crédito 
contra o emissor do título. 
O prazo mínimo de resgate é de 180 dias e o máximo é de 36 meses. 
O DPGE é um título que possui tributação regressiva e tem cobertura 
pelo FGC no limite de 20 milhões por CPF, incluindo o principal e os 
juros.
44
i
FIDC
Parte 11 Os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios são investi-
mentos exclusivamente para investidores qualificados (Com mais 
de 1 milhão em investimentos). Os FIDCs destinam um percentual 
superior a 50% do seu respectivo patrimônio líquido para aplicações 
em direitos creditórios e títulos representativos de créditos
(duplicatas, cheques, etc), provenientes das operações comerciais, 
industriais, financeiras, imobiliárias ou de prestação de serviços, de 
arrendamento mercantil, etc. 
Como se forma um fundo de recebíveis
1. Empresa X vende produtos e emite faturas (ou recebíveis) 
para o comprador Y pagar. 
2. Empresa X constitui um Fundo de Investimentos em
Direitos Creditórios (FIDC).
3. O FIDC capta recursos de investidores através da venda de
cotas e com esse dinheiro compra compra as faturas da
empresa X.
45
4. Comprador Y paga pelos produtos que comprou da empresa 
X no banco depositário A.
5. Banco depositário recebe o pagamento feito pelo comprador 
Y e remete o dinheiro diretamente para o FIDC.
6. FIDC pega o dinheiro enviado pelo banco depositário A e 
paga o rendimentos aos investidores/ cotistas.
Os FIDCs podem ser abertos ou fechados, no caso dos abertos, os
investidores podem aplicar mais recursos ou solicitar o resgate a
qualquer momento, desde que de acordo com o regulamento do
fundo. Já nos fundos fechados os investidores não podem solicitar
o resgate antes do vencimento.
Sobre os FIDCs
46
LH
Parte 12 As Letras Hipotecárias são títulos de Renda Fixa com lastro em
créditos imobiliários. Esse tipo de ativo é emitido por sociedades de
crédito imobiliário, bancos múltiplos com carteira de crédito
imobiliário, associações de poupança e empréstimo e companhias 
hipotecárias, todas, instituições financeiras que emprestam
recursos do Sistema Financeiro de Habitação. 
As LHs possuem cobertura do FGC no valor de 250 mil por CPF e por 
instituição financeira emissora e também são garantidas por caução 
de créditos hipotecários.
Uma das principais vantagens desse tipo de título é a isenção de 
Imposto de Renda para investidores pessoa física.
47
i
Títulos públicos
C A P Í T U L O 4
O que são
títulos
públicos
Parte 1 Títulos públicos federais são títulos de renda fixa vendidos pelo
Governo Federal para financiar a dívidapública. Até 2002 só era
possível ao investidor pessoa física adquirir títulos públicos por 
meio de fundos de investimento, mas após essa data a Secretaria do 
Tesouro Nacional em conjunto com a B3 (com a CBLC como
custodiante) disponibilizou a venda de títulos através do Programa 
Tesouro Direto, que possibilita a compra e venda dos títulos pela
internet, facilitando, assim, o acesso ao mercado de títulos públicos 
pelo pequeno investidor.
Para poder comprar e vender títulos públicos é necessário ter conta 
em alguma corretora ou distribuidora de valores, que são chamados 
de agentes de custódia. 
Uma vez feita a compra através de um desses agentes de
custódia, o título é registrado e custodiado na CBLC vinculado 
ao nome e cpf do comprador.
Pode-se enxergar a compra de um título público como o
empréstimo de dinheiro para o governo e, apesar disso, o governo 
não isenta o investidor de ter de declarar e pagar imposto sobre os 
rendimentos. 
49
i
Diz-se que os títulos públicos federais são o tipo de investimen-
to mais seguro do mercado, pois apesar de não possuírem garantia 
do FGC, contam com a garantia do Tesouro Nacional, que em tese é 
mais segura que qualquer outra instituição. 
Os títulos públicos obedecem a mesma tabela regressiva de
imposto de renda dos CDBs.
Governo Corretora Investidores
 Até 180 dias de investimento, 22,5%
 De 181 a 360 dias, 20% 
 De 361 a 720 dias, 17,5%
 Acima de 720 dias, 15%
As alíquotas são as seguintes:
A compra e venda dos títulos públicos é feita através do site do
tesouro direto, entretanto, alguns agentes de custódia são 
agentes integrados, o que permite ao investidor comprar
títulos do tesouro diretamente pelo homebroker da instituição 
à qual possui conta ativa.
50
i
Esse risco, entretanto, só ocorre nos casos em que o investidor 
não leve o título até o final, caso contrário lhe será pago o que 
foi acordado no momento da compra.
Um dos riscos associado aos títulos públicos é o risco de mercado, 
que por conta de fatores econômicos faz com que os títulos pre-
fixados e indexados ao IPCA sofram oscilação. 
Além de serem uma ótima fonte de rendimento e diversificação de
carteira, os títulos públicos são uma excelente opção para pequenos 
investidores, já que permitem a compra de frações de um título na
proporção de 0,1% do título ou no valor mínimo de 30,00 reais. 
51
1 16
3 18
7 2212 27
5 20
9 2414 29
2 17
4 19
8 2313 28
6 2111 26
10 2515
96% 46%
90% 40%
76% 26%60% 10%
83% 33%
70% 20%53% 3%
93% 43%
86% 36%
73% 23%56% 6%
80% 30%63% 13%
66% 16%50%
Tabela IOF
Dias de 
aplicação
Dias de 
aplicação
Dias de 
aplicação
Dias de 
aplicação
Dias de 
aplicação
Dias de 
aplicação% de % de % de % de % de % de
i
30 0%
52
Existem pelo menos dois custos além de IOF para operações que
sejam feitas com tempo menor que 30 dias e imposto de renda. 
O primeiro custo é a taxa de custódia, que é de 0,3% ao ano, cobrado
a cada seis meses e a taxa de administração da corretora ou
distribuidora. Em muitos casos essa taxa de administração não é
cobrada, mas isso fica a critério do agente de custódia em que foi 
feita a compra do título. 
Atualmente existem 5 tipos de títulos públicos, Tesouro Selic,
Tesouro IPCA, Tesouro IPCA com juros semestrais, Tesouro
Prefixado e Tesouro Prefixado com juros semestrais.
Imposto de renda 
IOF 
Taxa de custódia
Taxa de administração
Tipos de custos
Tesouro
IPCA
Parte 2 O Tesouro IPCA é um título pós-fixado, pois não se sabe
antecipadamente sua rentabilidade, já que está vinculada a um
indicador de preços. 
O tesouro IPCA rende o valor do índice inflacionário mais um
percentual prefixado.
É importante entender esse título, pois ele garante ao investidor 
uma rentabilidade acima da inflação oficial (IPCA). Esse tipo de
título sofre marcação a mercado, ou seja, sua taxa oscila
diariamente, conforme o cenário econômico.
53
i
O tesouro IPCA rende o valor do índice inflacionário mais um
percentual prefixado.
Tesouro IPCA
+ com Juros
Semestrais
Parte 3 Este tipo de título paga cupons de juros semestralmente, sendo 
muito indicado para investidores que desejam viver de renda ou
utilizar o dinheiro dos cupons para consumo. 
Vale ressaltar que esse tipo de título pode não ser tão interessante 
para o investidor que deseja acumular patrimônio, já que os cupons 
de juros serão pagos antecipadamente e no vencimento do título só 
restará o valor investido acrescido do valor do último cupom. 
 
Outra observação a ser feita é que os cupons de juros semestrais
sofrem tributação de imposto de renda de acordo com a tabela
regressiva, dessa forma, os 3 primeiros cupons são prejudicados, 
pois pagarão 22,5%, 20% e 17,5% respectivamente. A partir do 
quarto cupom, será pago a taxa de 15% para cada cupom resgatado. 
54
i
Tesouro 
Prefixado
Parte 4 O Tesouro Prefixado como o próprio nome diz, paga uma taxa
prefixada no momento da compra. Apesar de essa taxa ser fixa
esse tipo de título também tem marcação a mercado, ou seja,
sofre com oscilações diárias nas taxas de juros, o que pode fazer 
com que o investidor perca dinheiro ou rendimento caso venda o
título antes do vencimento. Caso o título seja levado até o
vencimento esse risco de mercado é inexistente.
O Tesouro Prefixado sofre com oscilações diárias nas taxas 
de juros.
55
i
Tesouro
Prefixado 
com Juros 
Semestrais
Parte 5 Esse tipo de título é muito parecido com o Tesouro IPCA com
juros semestrais, pois como o nome já diz, ele paga cupom de juros
semestralmente. 
É importante observar que as mesmas regras valem para esse
título, a única diferença é que a taxa a ser paga no vencimento é
prefixada no momento da compra do título. Outro detalhe é que esse 
título também tem marcação a mercado, ou seja, sofrerá oscilações 
nas taxas.
A diferença deste título é a taxa paga no vencimento, ela é
prefixada no momento da compra do título.
56
i
O Tesouro Selic é o título público mais conservador do
mercado, pois este é o único que não sofre marcação a mercado.
Tesouro 
Selic
Parte 6 Diz-se que o Tesouro Selic é o título público mais conservador do
mercado, pois este é o único que não sofre marcação a mercado.
Dessa forma, esse tipo de título é o mais recomendado para
investidores iniciantes ou para quem não tem certeza se levará o 
título até o vencimento, podendo correr riscos financeiros por causa 
da marcação a mercado.
Além disso, é uma ótima opção para ser utilizada no lugar da
poupança, pois renderá muito mais, já que ele paga a taxa SELIC ao 
ano.
57
i
Planejamento financeiro
C A P Í T U L O 5
Um pouco 
sobre
dinheiro
Parte 1 Para algumas pessoas, falar sobre dinheiro é algo muito complicado, 
pois muitas acreditam que o dinheiro é um tabu que não deve ser
discutido, seja no trabalho, seja em nosso círculo familiar.
Esse pensamento, com certeza, está equivocado e tem gerado
enormes dificuldades para diversas famílias, que em situações de 
crise acabam se endividando e perdendo totalmente o controle sobre 
suas finanças. 
O dinheiro pode e deve ser discutido, principalmente com sua
família, sejam eles seus pais, esposa ou filhos. É somente
dialogando sobre o papel do dinheiro que alcançaremos a tão
sonhada independência financeira.
Inúmeras pessoas chegam à maturidade sem dinheiro algum,
passaram a vida toda esbanjando o fruto de seu trabalho árduo sem 
se dar conta que ele é finito e que um dia a vida vai cobrar um preço 
muito alto.
Existe uma fábula infantil que retrata muito bem a questão do
dinheiro, a fábula da cigarra e da formiga.
Ela é mais ou menos assim:59
Num dia quente de verão, uma alegre cigarra estava a cantar e a tocar
o seu violão, com todo o entusiasmo. Ela viu uma formiga a passar,
concentrada em sua labuta diária que consistia em guardar comida para
o inverno.
- Dona Formiga, venha e cante comigo em vez de trabalhar tão
arduamente. Desafiou a cigarra. 
- Vamos nos divertir.
- Tenho que guardar comida para o inverno e aconselho-a a fazer o
mesmo. Respondeu a formiga, sem parar.
- Não se preocupe com o inverno, ainda está muito longe, como vê,
comida não falta. Disse a cigarra, despreocupada.
Mas a formiga não quis ouvir e continuou sua labuta. Os meses se
passaram e o tempo arrefeceu cada vez mais, até que toda a natureza ao 
redor ficou coberta com um espesso manto branco de neve. Chegou o
inverno. A cigarra, esfomeada e enregelada, foi à casa da formiga e
implorou humildemente algo para comer.
- Se você tivesse ouvido meu conselho no verão, não estaria agora tão
desesperada. Preferiu cantar e tocar violão! 
- Pois agora dance! Ralhou a formiga. 
E dizendo isso, fechou a porta, deixando a cigarra entregue à sua sorte.
A Cigarra e a Formiga
60
Essa história parece muito inocente, mas retrata algo muito
importante em nossas vidas, o dinheiro. É preciso ter cautela ao
gastá-lo, pois precisamos trabalhar muito para tê-lo.
61
Uma boa estratégia é rever os orçamentos domésticos e conversar 
com a família a respeito dos gastos desnecessários. Outra boa
estratégia é acompanhar os gastos mensais elaborando planilhas
de controle financeiro ou usar algum aplicativo que facilite esse
trabalho, assim você não será a cigarra da história.
A importância 
do
planejamento
Parte 2 Quando se fala em planejamento muitas pessoas tendem a crer que 
seja algo complicado e tedioso de ser feito e acabam deixando para
depois, entretanto, o planejamento é um passo fundamental para a 
conquista da independência financeira. 
É algo que vai além da criação de metas e que está implícito em
nosso dia-a-dia. Por exemplo, quando alguém constrói uma casa 
precisa planejá-la antes, ou seja, desenhar o projeto do imóvel e 
pensar em todos os passos necessários para que se construa algo 
de nosso agrado. O projeto é a etapa de planejamento da construção 
onde será determinado o tamanho da obra, o número de
dependências, pavimentos, projeto arquitetônico, projeto elétrico, 
hidráulico, entre outros fatores. 
Assim como na construção da casa, nossa vida financeira não pode-
ria ser diferente, afinal de contas ninguém gosta de se sentir à deri-
va,principalmente quando o assunto é finanças. As pessoas que
conseguem controlar sua situação financeira através de um
planejamento, mesmo que não muito detalhado, se sentem mais
seguros e têm menos riscos de ficarem endividados.
É muito mais fácil fechar os olhos diante de uma determinada
situação, do que encará-la de frente ainda mais quando trazemos 
essa situação para o ambiente financeiro. 
62
Isso caracteriza um descontrole total da situação, assim é mais fácil 
culpar fatores alheios do que buscar medidas para corrigir os
problemas.
Para que isso não ocorra ou para mitigar esse tipo de risco, é muito
importante tomar as rédeas da situação fazendo um bom 
planejamento, por mais tempo que leve, no final das contas vai
valer a pena, pois a pessoa terá mais controle da situação e não
ficará à deriva.
Tiveram enxaquecas ou outras dores
de cabeça, comparados com 15%.
Sofreram ansiedade aguda,
comparados com 4%.
Tiveram depressão profunda, 
comparados com 4%.
Relataram ataques cardiacos, o
dobro da taxa daqueles com baixo 
estresse financeiro.
Tiveram tensão muscular, incluindo
dor lombar, em comparação com 31%.
Tiveram úlceras ou problemas do
aparelho digestivo, comparados com 8%.
44%
29%
23%
6%
51%
27%
63
Um estudo de 2012 do PFEEF mostra as implicações que o estresse
financeiro causa em uma pessoa. 
Alguns dados como 27% das pessoas que não faziam planejamento 
financeiro tinham úlcera no estômago, contra 8% das que
planejavam. 29% das pessoas que não faziam planejamentos tinham 
enxaqueca, sendo que apenas 4% das pessoas que tinham o hábito 
de efetuar um planejamento tinham esse mesmo distúrbio.
64
Criando
metas
Parte 3 Antes de criar as metas é preciso elaborar um controle de fluxo de
caixa, com as entradas e saídas do seu dinheiro. Coloque todas as
despesas fixas e as despesas variáveis em lugares distintos, para
poder identificar rapidamente onde você pode evitar gastos
desnecessários. 
Feito isso chegou a hora de pensar nas metas. Elas podem ser
individuais, para o casal, para sua família, etc. Cada um terá de
encontrar a forma que funciona melhor para si. As metas são
objetivos financeiros a serem alcançados em determinado período 
de tempo, podem ser um intercâmbio, a compra de um carro, uma 
viagem, a compra de uma casa, etc.
Você saberá quais metas a serem traçadas de acordo com seus
objetivos de vida. É muito importante que essas metas tenham um 
valor e um prazo para se concretizarem. Muitas pessoas criam
Despesas fixas Despesas variáveis
Aluguel
Condomínio
Energia 
Água
Hobbies 
Vestuário 
Cinema
Restaurante
65
poupanças ou alocam o dinheiro em outros investimentos mais
rentáveis objetivando a concretização dessas metas.
Com uma planilha fica muito fácil fazer as separações nos
investimentos com as projeções de rentabilidade e casar certinho 
com o prazo de determinada meta. Assim, se o desejo for
comprar um carro em até 2 anos, pode-se alocar recursos
financeiros de acordo com esse prazo e com o valor a ser pago no 
carro daqui 2 anos.
Curto prazo Médio prazo Longo prazo
Até 1 ano 
 Férias
 Viagem 
 Celular novo 
Até 5 anos
 Troca de carro
 Reforma
 Intercâmbio
Mais de 5 anos 
 Faculdade
 Aposentadoria
 Casa própria
É sempre importante definir metas de curto, médio e longo prazo.
As metas de curto prazo, geralmente, são metas que se pretende
alcançar em até um ano, como fazer um intercâmbio ou fazer uma
viagem. As de médio prazo podem ser para até cinco anos, como a
troca de um carro, a reforma de uma casa, etc. Já as metas de longo 
prazo podem ser para mais de cinco anos, como a faculdade de um
filho, compra de um imóvel, aposentadoria, etc.
66
As reservas
de
emergência
Parte 4 No tópico que falamos sobre dinheiro citamos a fábula da cigarra e 
da formiga para exemplificar a necessidade de um planejamento, 
mas às vezes mesmo nos planejando podem ocorrer alguns
imprevistos que saem fora de nosso controle. Muitas vezes somos
pegos de surpresa por uma doença, um parente próximo que vem a 
falecer, ficamos desempregados, etc. E o que fazer quando em
nosso planejamento não estamos preparados para essas
ocorrências? Aí está o papel fundamental de se incluir uma reserva 
de emergência no planejamento financeiro, algo que tenha liquidez 
imediata ou muito rápida e que supra nossas necessidades em casos 
extremos. 
Exemplo de investimentos para reserva de emergência
Poupança CDB com
liquidez diária
Tesouro SelicFundo DI
R
E
N
T
A
B
IL
ID
A
D
E
TEMPO
67
Não adianta somente planejar o futuro, é preciso estar preparado 
para as adversidades e esse é o papel de se criar uma reserva para
eventualidades. 
Muitas pessoas utilizam a poupança com essa finalidade, mas é
possível alocar seu dinheiro em investimentos que rendam mais e 
que possibilitem o resgate muito rápido para esses casos. Um
exemplo é o CDB com liquidez diária, assim para um caso extremo 
é possível resgatar o investimento de forma simples e rápida. Outro 
excelente investimento é o Tesouro Selic, pois este possui liquidezdiária e não tem risco de marcação a mercado.
68
Independência 
financeira
Parte 5 Ser independente financeiramente significa não depender da renda 
de seu trabalho para sobreviver. Significa viver com a renda de
investimentos, sejam eles uma renda passiva, fruto de vendas de um 
livro, curso online, renda de aluguel de imóveis, carteira de
investimentos, etc. 
Viver de renda não quer dizer que você é rico, quer dizer que você 
não precisa mais trabalhar para se sustentar e ter uma vida digna, 
que não lhe prive dos prazeres da vida, mas também não é sinônimo 
de uma vida frugal. 
Para conquistar a independência financeira é importante acumular
patrimônio, fazer planejamento financeiro e evitar gastos
desnecessários. Quanto antes você começar a poupar e aprender a
gerenciar melhor seu dinheiro, mais rapidamente você conquistará 
a independência financeira.
69
Planejamento para conquista de um objetivo de curto, médio
ou logo prazo.
Melhores carteiras de investimento para objetivos financeiros.
Planejamento financeiro básicoEste E-book foi desenvolvido 
pelo App Renda Fixa, com o 
intuito de ensinar e dar dicas 
sobre o mercado financeiro e 
investimentos de renda fixa. 
Caso tenha ficado com alguma 
dúvida ou precise de nossa 
ajuda, não hesite em 
nos contatar do email 
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Planejamento 
financeiro
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