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Me. Bruna Rainho Rocha Fonoaudióloga Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana – UNIFESP Especialista em Voz e em Motricidade Orofacial VOZ PROFISSIONAL Profissional da voz? ▪ Indivíduo que depende de uma produção e/ou qualidade vocal específicas para sua sobrevivência profissional ▪ 1/3 da força laboral tem a voz como instrumento de trabalho • Vilkman 2000 ▪ Associação mais comum ▪ Voz profissional <-> voz artística ▪ Vozes não artísticas são a maioria • Fussi, Magnani 1994 Profissional da Voz VOZ PROFISSIONAL ▪ Ajustes específicos e diferentes dos habituais ▪ Voz artística ▪ Vozes não artísticas ▪ Não necessita de demanda artística, apesar do grande uso VOZ OCUPACIONAL ▪ Precedido por nenhum preparo para responder às demandas de quantidade e intensidade vocais Voz profissional X uso ocupacional USUÁRIO PROFISSIONAL DA VOZ ▪ Necessidade do uso da voz para atuação profissional e sustento ▪ Comum a todos ▪ Prioridades são diferentes ▪ Cantores líricos X professores, pastores ▪ Baseada na demanda e impacto da disfonia ▪ Nível I - Elite vocal ▪ Cantores e atores ▪ Alteração vocal discreta causa sérias consequências à carreira ▪ Nível II - Usuário profissional da voz falada ▪ Professores, atendentes de telesserviços ▪ Alteração vocal moderada causa impacto profissional Classificação do Uso da Voz Koufman & Isacson, 1991 ▪ Nível III - Usuário não profissional da voz ▪ Médicos e vendedores ▪ Alteração vocal intensa causa impacto profissional ▪ Nível IV - Usuário não profissional não vocal ▪ Escriturários, desenhistas e programadores ▪ Não sofrem limitações mesmo com desvios intensos Classificação do Uso da Voz Koufman & Isacson, 1991 Transtorno Vocal Ocupacional? ▪ Alterações vocais no exercício profissional ▪ Relacionadas aos riscos ambientais e pessoais ▪ Ocorre quando não preenche os critérios determinados por uma profissão ▪ Ausência de aspectos específicos ▪ Resistência vocal reduzida ▪ ANÁLISE DE RISCO ▪ Fatores do Trabalho ▪ Fatores Individuais TRANSTORNO VOCAL OCUPACIONAL 1. Fatores do Trabalho ▪ Demanda vocal: fala e canto ▪ Ruído de fundo ▪ Acústica da sala pobre ▪ Distância grande inter-falantes ▪ Qualidade do ar, baixa umidade e poeira ▪ Postura de trabalho inadequada ▪ Equipamento inadequado ▪ Estresse TRANSTORNO VOCAL OCUPACIONAL 2. Fatores Individuais ▪ Predisposição AF ▪ Proporção glótica e fenda ▪ Resistência vocal baixa ▪ Técnica pobre ▪ Hábitos vocais inadequados ▪ Personalidade extrovertida ▪ Hobbies com elevada demanda vocal ▪ Doenças respiratórias, alergias e refluxo LF ▪ Condição geral de saúde ruim TRANSTORNO VOCAL OCUPACIONAL ▪ Locução Comercial - Medrado, Ferreira & Behlau, 2002 ▪ Tempo longo, risco baixo ▪ Regentes - Rehder & Behlau, 2002 ▪ Não usam ajuste da voz cantada TRANSTORNO VOCAL OCUPACIONAL ▪ Aspecto MUITO IMPORTANTE! ▪ Tempo de demanda + Fatores que afetam a produção ▪ Condições acústicas no local de trabalho ▪ Reverberação ▪ Ruído de fundo ▪ Características da comunicação ▪ Tamanho dos grupos ▪ Distância entre falantes Demanda Vocal - “Voice Loading” Exemplos ▪ Canto lírico ▪ Qualidade vocal é crítica ▪ Demanda não é elevada ▪ Ensino ▪ Qualidade não é crítica ▪ Resistência é a questão chave Demanda Vocal - “Voice Loading” Atendimento Fonoaudiológico? ▪ Prevenção, Reabilitação e Aperfeiçoamento ▪ Prevenção: reconhecimento de riscos potenciais ▪ Reabilitação: voz adaptada ▪ Aperfeiçoamento: resistência e ajustes ▪ Disfonias orgânicas podem ocorrer ▪ A chance é a mesma ▪ Não se deve assumir que tudo é decorrente do comportamento vocal Atendimento Fonoaudiológico ▪ Profissões artísticas que não envolvem produção vocal ▪ Podem apresentar sinais e sintomas vocais ▪ Desenvolver estratégias específicas ▪ Controle do sopro e relaxamento da cintura escapular – instrumentistas ▪ Redução da tensão vocal e respiratória - bailarinos Atendimento Fonoaudiológico Avaliação Vocal da Voz Profissional? ▪ Modificada ou natural ▪ Grau de desvio X Exercício Profissional ▪ A exceção pode ser a marca do sucesso ▪ Precisão diagnóstica e prognóstico ▪ Equipe multidisciplinar ▪ Aspectos particulares ▪ Avaliação Fonoaudiológica ▪ Avaliação Otorrinolaringológica ▪ Avaliação do Canto, quando for o caso Avaliação Vocal da Voz Profissional ▪ Avaliação Fonoaudiológica ▪ Anamnese específica ▪ Avaliação comportamental ▪ Avaliação acústica ▪ Protocolos de autoavaliação Avaliação Fonoaudiológica 1. Anamnese Específica ▪ Sintomas/manifestações no uso profissional e habitual ▪ Circunstâncias do desenvolvimento do problema ▪ Uso diário da voz - todas as situações ▪ Outras atividades: agenda social, religiosa ▪ Informações sobre todas atividades que envolvam voz ▪ nº de horas, uso de microfone, etc Avaliação Fonoaudiológica 1. Anamnese Específica ▪ Hábitos negativos: fumo, álcool, cafeína, sono ▪ Posturas inadequadas ▪ Cantores: histórico do treinamento vocal ▪ Doenças existentes, passadas e medicamentos farmacológicos e naturais Avaliação Fonoaudiológica 2. Avaliação Comportamental ▪ Análise perceptivo-auditiva ▪ O que é esperado na realidade profissional do sujeito? ▪ Descrição de ▪ Qualidade vocal ▪ Padrão respiratório ▪ Articulação e órgãos fonoarticulatórios ▪ Ritmo 2. Avaliação Comportamental ▪ Diferenças extremas entre a QV habitual e a VP ▪ Hábito do basal na fala coloquial e necessidade de projeção na VP ▪ Tensões musculares específicas na VP ▪ Língua, mm suprahióidea, alinhamento corporal ▪ Avaliação in loco da VP 3. Avaliação Acústica ▪ Completar à auditiva ▪ F0 e seus índices de perturbação ▪ Avaliação do traçado espectrográfico ▪ Harmônicos e formantes ▪ Formante do cantor ▪ Presença do vibrato 4. Protocolos de Autoavaliação ▪ Percepção do cliente ▪ Demanda específica IDV-C IDCM IDCC EASE-BR Fga. Bruna Rainho Rocha b_rrocha@hotmail.com Obrigada!
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