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Aula 13 março

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SURTOS E EPIDEMIAS DE DOENÇAS INFECCIOSAS
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Epidemia
Alteração, espacial e temporalmente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação progressiva inesperada e descontrolada das taxas de incidência de determinada doença, ultrapassando o limite endêmico estabelecido.
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Condições para que um aumento da incidência de determinada doença seja considerada epidemia:
 aumento deve ser brusco e não gradual;
 aumento deve ser temporário;
 aumento deve ser estatisticamente significante.
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 preparo do trabalho de campo
 confirmação da existência de um surto – verificação do diagnóstico
 identificação e contagem dos casos e pessoas expostas (seleção de uma definição de caso, identificação dos casos, da população em risco e dos controles)
 escolha de um delineamento de estudo 
PASSOS EM UM INVESTIGAÇÃO DE SURTO
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PASSOS EM UM INVESTIGAÇÃO DE SURTO 
coleta de informação sobre risco
 tabulação dos dados em termos de tempo, espaço e pessoa
 coleta de amostras para análise de laboratórios
 conduta de uma investigação ambiental
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PASSOS EM UM INVESTIGAÇÃO DE SURTO
instituição de medidas de controle
 formulação e teste de hipóteses
 condução de estudos sistemáticos adicionais
 comunicação dos encontros
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Curva epidêmica – idéia do padrão de dispersão da doença: fonte pontual, fonte comum ou propagada.
Fonte pontual (Figura):
 inclinação acentuada para cima seguida de inclinação gradual para baixo
 população exposta em um único ponto no tempo
 ocorrem casos repentinamente depois do período mínimo de incubação e continua por um breve período de tempo relacionado com a variabilidade do período de incubação
 a menos que haja um dispersão secundária do patógeno, o surto termina.
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Fonte pontual
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Nº de casos
Tempo
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Fonte comum (Figuras):
 exposição contínua ou intermitente dos indivíduos a uma fonte de infecção
 o período de exposição pode ser breve ou longo
 casos aumentam repentinamente depois do período mínimo de incubação
 exposição contínua frequentemente irá resultar em um aumento gradual do número de casos - possivelmente para um platô, em vez de um pico
 exposição intermitente frequentemente irá resultar em uma curva com picos irregulares que refletem o ritmo e a extensão da exposição.
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Mean IP
Curva epidêmica para um surto de fonte comum com exposição contínua
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Fonte: School of Public Health – North Carolina Center for Public Health Preparedness. University of North Carolina. Epidemic Curves Ahead <disponível em: nccphp.sph.unc.edu/focus/vol1/issue5/1-5EpiCurves_slides.pptt>. Acessado em 27/01/2009.
Curva epidêmica para um surto de fonte comum com exposição intermitente
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Surto ou epidemia progressiva ou propagada (Figura): 
 transmissão, em geral, através do contato pessoa a pessoa
 pode durar mais que um surto por fonte comum e pode ter múltiplas ondas
 a curva epidêmica tem picos progressivamente mais altos, com a diferença entre eles de um período de incubação
 como o período de incubação pode ser mais curto que o período onde ocorre o declínio da taxa de ataque após a exposição inicial – surtos progressivos e surtos por fonte comum podem ser difíceis de serem distinguidos somente com base em suas curvas epidêmicas (Figura).
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semanas
Nº de casos
 
Período de
incubação 
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Período de
incubação 
Surto ou epidemia progressiva ou propagada
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Momento da exposição é conhecido - curva epidêmica pode ser usada para estimar o período de incubação da doença.
Tempo entre a exposição e o pico da curva epidêmica - representa o período de incubação mediano.
Surto por fonte pontual - momento da exposição pode ser determinado (Figura).
Surtos por fonte comum com período de incubação conhecido - curvas epidêmicas podem ajudar a determinar o período provável de exposição (Figura).
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Tempo
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 pico
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Momento provável de exposição
Período de incubação mediano
Nº de casos
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Momento provável de exposição em um surto por fonte pontual
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Tempo
Período de provável de exposição
Período de incubação mínimo
Período de incubação máximo
Nº de casos
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Período provável de exposição
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BIBLIOGRAFIA
Dwyer DM, Groves C. Outbreak Epidemiology. In: Nelson KE, Williams. Infectious Diseases. Theory and Practice, 147-179 Jones and Barlett Publisher: Sudburry, 2nd ed., 2007. 
 Pereira MG. Epidemiologia: teoria e prática. Guanabara-Koogan: Rio de Janeiro, 1995.
 Medronho RA, Carvalho DM, Bloch KV, Luiz RR, Werneck GL. Epidemiologia. Atheneu: São Paulo, 2002.
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