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Aula 2 Relação entre o parasito e seus hospedeiros

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AULA 2. RELAÇÃO ENTRE O 
PARASITO E SEUS HOSPEDEIROS
Profa. Me. Bianca Letícia Rocha
RELAÇÕES ENTRE ESPÉCIES
Relações Intraespecíficas
Entre indivíduos de uma mesma 
espécie
Mais simples
Exs: Colônias, cardumes, 
formigueiros, cupinzeiros, colméias
Relações Interespecíficas
Entre indivíduos de espécies 
diferentes
Mais complexas
Exs: comensalismo, forésia, simbiose, 
parasitismo.
Positivas ou Harmônicas
Negativas ou Desarmônicas 
ASSOCIAÇÕES POSITIVAS
Comensalismo:
Relação interespecífica
Associação entre duas espécies, onde uma obtém vantagens sem 
prejuízo para a outra;
COMENSALISMO é considerado associação temporária e não obrigatória 
para nenhuma das espécies. 
Cada qual mantém sua independência orgânica, ingere, digere e metaboliza 
os alimentos que consegue mais facilmente ou em condições de maior 
segurança, em virtude da convivência.
ASSOCIAÇÕES NEGATIVAS
Parasitismo:
Relação interespecífica
Unilateralidade de benefícios;
Hospedeiro passa a constituir o meio ecológico onde vive o parasita;
Ocorre dependência metabólica de grau variável;
Ectoparasitos X Endoparasitos
Obtém o oxigênio diretamente do meio 
externo
Berne (parasita a pele)
Habitam as cavidades naturais ou dos 
tecidos, dependendo totalmente de seus 
hospedeiros como fonte nutritiva
Ex: Trypanosoma cruzi; Plasmodium vivax
FORÉSIA
É a associação entre indivíduos de espécies diferentes em que um se utiliza do outro para
transporte, sem prejudicá-lo.
Rêmora ou peixe-piolho no tubarão 
Transporte de sementes por pássaros e insetos. 
MUTUALISMO E SIMBIOSE
• Mutualismo:
• Parasito elabora produtos que são utilizados pelo 
hospedeiro lhe trazendo benefícios, a convivência além 
de íntima e duradoura é reciprocamente vantajosa.
• Simbiose: 
• Caso extremo, onde nenhuma das 2 espécies pode 
viver sem a outra. Ex: Vaca e Mo ruminantes: tubo 
digestivo (digestão da celulose)
• Relação materno-fetal
Considerados 
casos 
particulares de 
parasitismo
PARASITISMO
O estabelecimento das relações são muito mais íntimas.
A intimidade se manifesta pelo contato permanente em nível histológico.
Um dos organismos passa a ser o meio ecológico do outro.
Diferentes graus de dependência metabólica.
Especificidade Parasitária:
Estenoxenos
Admitem grande 
variedade de 
hospedeiros possíveis
Ex: homem e Ascaris 
lumbricoides
São estritos, quanto aos 
hospedeiros
Ex: Toxoplasma gondii
Eurixenos
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A EXISTÊNCIA DE DOENÇA 
PARASITÁRIA
Parasito 
• Número de exemplares, tamanho, localização, virulência, metabolismo.
Hospedeiro
• Organismo que constitui o habitat normal de um parasito.
• O parasito necessita instalar-se nele para poder sobreviver (crescer e multiplicar).
• Idade, nutrição, nível da resposta imune, incoerência de outras doenças, hábitos, uso de 
medicamentos.
• Natural - fonte obrigatória
• Acidental ou ocasional - não obrigatório
Doentes, portadores assintomáticos, não parasitados
HOSPEDEIRO
Zoonose - parasitoses animais que
eventualmente são transmitidas ao homem
(hidatidose – carneiro).
Reservatórios - hospedeiros naturais que
são fonte de infeção para a forma
humana da doença.
PARASITISMO E DOENÇA
A relação parasito-hospedeiro pode produzir vantagens mútuas - a presença do 
parasito não é necessariamente uma doença.
A patogenicidade do parasito leva a algum tipo de dano ao hospedeiro.
VETOR
Transmissores mecânicos de uma parasitose.
Conceito da OMS - transmissor, independentemente de ser ou não hospedeiro.
HABITAT DOS PARASITOS
Tubo digestivo
Mucosas/Epitélio
Orgãos internos (fígado, cérebro)
Sistema fagocítico mononuclear
Sangue, linfa e líquidos intersticiais
ESTABELECIMENTO DA INFEÇÃO
Vias de 
Penetração
Passiva: 
• ingestão com 
alimentos ou águas 
contaminadas
• via parental –
inoculados por 
insetos
Ativa:
• na pele
• no tecido conjuntivo
• nas mucosas
MECANISMOS DE PENETRAÇÃO X PODER PATOGÊNICO DOS 
PARASITAS
Excreção de enzimas
Endocitose
Lise da membrana celular
Espécie do parasita
Número de parasitas
Condições de resistência e imunidade do 
hospedeiro
Estado nutricional do hospedeiro
Localizações atípicas (não habituais)
AÇÕES DE PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO
ESPOLIATIVA: absorção de nutrientes ou sangue de seu hospedeiro. Ex: hematofagismo de mosquitos e
barbeiros; Ancylostomatidae, sangue da mucosa intestinal deixando pontos hemorrágicos.
TÓXICA: produção de enzimas que lesam o hospedeiro. Ex: Ascaris lumbricoides provocam reações alérgicas; e
ovos de Schystosoma mansoni provocam reações teciduais no fígado, intestinos e pulmões.
MECÂNICA: impede o fluxo alimentar ou absorção dos alimentos. Ex: Ascaris lumbricoides na alça intestinal; e
Giardia lamblia no duodeno.
TRAUMÁTICA: migração cutânea e pulmonar de Ancylostomatidae, rompimento de hemácias por Plasmodium,
úlceras intestinais causadas por Ancylostomatidae e Trichuris.
IRRITATIVA: deve-se à presença constante do parasito no local, sem provocar lesões. Ex: ventosas de Cestoda na
mucosa intestinal ou lábios de A. lumbricoides.
ENZIMÁTICA: durante o processo de penetração no hospedeiro. Ex: cercárias de S. mansoni na pele; E.
histolytica e Ancylostomatidae ao lesar o epitélio intestinal para obter alimento.
ECTOPARASITAS/VETORES
AnophelesCulex
Carrapato
Berne
PiolhoPulga
PARASITOS DE HUMANOS
Protozoa
Platyhelminthes
Nematoda
Acantocephala
Arthropoda
CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITOS SEGUNDO O MODO DE 
TRANSMISSÃO
Parasitos transmitidos entre pessoas devido ao contato pessoal ou objetos de uso 
pessoal (fômites).
Parasitos transmitidos pela água, alimentos, mãos sujas ou poeira
Parasitos transmitidos por solos contaminados por larva (geo-helmintoses)
Parasitos transmitidos por vetores ou hospedeiros intermediários
Parasitos transmitidos por mecanismos diversos
CICLOS
O desenvolvimento de um parasito se dá pela instalação no hospedeiro.
A passagem de um hospedeiro para outro, durante o desenvolvimento do parasito
obedece um programa regular de acontecimentos = Ciclo Biológico.
CICLO
Conhecer o ciclo biológico do parasito permite que se entenda a sua biologia e 
relações com os hospedeiros, consequentemente a sua patogenicidade.
Fornece uma visão de pontos de prevenção, tratamento e controle das 
parasitoses.
Parasito monoxeno: necessita de um único hospedeiro para completar o ciclo 
(hospedeiro definitivo). Ex.: Enterobius vermicularis e Ascaris lumbricoides
Parasito heteroxeno: necessita de mais de um hospedeiro para concluir seu ciclo 
de vida (hospedeiro definitivo e intermediário). Ex.: Trypanosoma cruzi e
Schistosoma mansoni.
CICLO BIOLÓGICO
Parasita monoxeno – aquele 
que faz todo o seu ciclo de 
desenvolvimento dentro do 
mesmo hospedeiro
Parasita heteroxeno – aquele 
que faz uma passagem 
obrigatória por dois ou mais 
hospedeiros, sempre na mesma 
sequência e na mesma fase. 
CICLO BIOLÓGICO
Hospedeiro intermediário:
Aquele que alberga os 
estágios larvários ou as 
formas juvenis
Hospedeiro definitivo: 
Aquele que alberga a 
fase adulta do 
parasita ou as formas 
sexuadas
ADAPTAÇÕES PARASITÁRIAS
Órgãos de fixação: ventosas, 
cápsulas bucais, dentes, etc. 
Aparelho reprodutor
Membranas 
Morfologia
Aparelho de locomoção
MECANISMOS DA RESPOSTA IMUNE
Macrófagos, neutrófilos e plaquetas
Constituem a 1ª linha de defesa
Porta de entrada é importante:
 As cercárias de Schistosoma mansoni penetram a pele;
Os tripanosomas e parasitos da malária que entram pelo sangue são 
removidos pelo fígado e baço;
Resposta defagocitose é potencializada pela presença de anticorpos que 
serão fundamentais na citotoxicidade celular dependente de anticorpos 
(ADCC).
Eosinófilos matam larva 
de
esquistossoma
ALGUNS MEDIADORES QUÍMICOS
Macrófagos produzem reativos intermediários do oxigênio (ROI)
após fagocitose.
Algumas citocinas potencializam ativação de macrófagos (IFN-γ e
TNF-α), que passam a secretar NO.
O NO contribui para resistência do hospedeiro na maioria das
infecções parasitárias, incluindo leishmaniose, esquistossomose e
malária.
Neutrófilos liberam H2O2 para destruição extracelular.
PAPEL DOS EOSINÓFILOS NAS HELMINTOSES
São importantes nas infecções helmínticas.
Dano celular ocorre após ligação em antígenos cobertos por IgG ou IgE.
Eosinófilos degranulam proteína básica principal (MBP) que causa dano nos
parasitos (ex. esquistossômulos).
Dano limitado ao parasito, devido proximidade de contato.
Participam da lesão granulomatosa do ovo do esquistossoma.
PAPEL DAS CÉLULAS T NA RESPOSTA IMUNE
Tipo da célula T envolvida depende do estágio do ciclo de vida.
As células Th1 são importantes nos estágios iniciais da malária – Papel imunoprotetor da citocina IFN-γ
As células Th2 auxiliam na produção de anticorpos.
PAPEL DOS ANTICORPOS NAS INFECÇÕES PARASITÁRIAS
ALGUMAS VIAS DE ESCAPE
Alguns parasitos utilizam moléculas do SI:
• Parasitos da Leishmania infectam macrófagos através do receptor do 
complemento.
Parasitos podem resistir à destruição pelo complemento:
• L. tropica - facilmente destruída pelo complemento e causa uma lesão na pele.
• L. donovani - 10 vezes mais resistente ao complemento e dissemina-se pelas 
vísceras.
Infecção evitando a rota fagocítica:
• Ex. Toxoplasma gondii e Leishmania (via CR1).
ALGUMAS VIAS DE ESCAPE
Resistência aos ROI e enzimas intracelulares
Variação antigênica
• Glicoproteína varíavel de superfície (VSG) de T. brucei.
Inibição da expressão de MHC classe II
Imunossupressão
Liberação de antígenos solúveis pelos parasitos
• Plasmodium falciparum: antígenos S ou termoestáveis diluem anticorpos 
circulantes.

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