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A Vergonha - Antropologia

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Bianca Almeida Barbosa de Oliveira - RGA 20191180600
Há muito tempo, desde que os indivíduos se relacionam, todos os assuntos ligados ao sexo (a relação sexual, os órgãos genitais, entre outros) foram julgados como proibido, sujo e indecente, assim esse sentimento foi sendo repassado por gerações de maneira que hoje se transforma em algo cultural não haver o diálogo entre pais e filhos a respeito de sexo.
Uma vez que a vergonha se manifesta pela comparação de padrões, regras e metas com o próprio comportamento, atitude ou aparência avaliadas pela opinião dos outros indivíduos parece existir um determinado tipo de regra não escrita, não falada e, principalmente, não questionada sobre a prática do sexual.
Porquanto, tudo no mundo é sobre sexo e, consequentemente, sexo tem a ver com poder e poder é empoderamento, autoconhecimento, limites e é também sobre política, escolhas e direitos humanos, logo, a ação de falar sobre sexo é imprescindível, principalmente em um contexto de séculos de repressão.
Contudo, sexo sempre foi um tabu e, possivelmente, demorara muito para deixar de ser. A vergonha, o sentimento de que é proibido, é constante para a maioria dos indivíduos, tanto que quando se dialoga sobre o assunto é possível perceber o desconforto e a comicidade com que são recebidas as informações.
No entanto, a necessidade de se formar um diálogo fácil e organizado existe não só por evidenciar a evolução dos pensamento e comportamento humano, mas também por ser essencial que as informações a respeito do sexo sejam compartilhadas com o objetivo de melhorar as relações entre os indivíduos, qualitativa e quantitativamente, ao passo que existem problemas estruturais na sociedade como consequência desse estigma.

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