Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AGEPEN-GO Professor: Érico Palazzo Direito Penal 1 Aplicação da lei penal. 1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade. 1.2 A lei penal no tempo e no espaço. 1.3 Tempo e lugar do crime. 1.4 Lei penal excepcional, especial e temporária. 1.5 Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal. 1.6 Pena cumprida no estrangeiro. 1.7 Eficácia da sentença estrangeira. 1.8 Contagem de prazo. 1.9 Frações não computáveis da pena. 1.10 Interpretação da lei penal. 1.11 Analogia. 1.12 Irretroatividade da lei penal. 1.13 Conflito aparente de normas penais. 2 Crimes contra a pessoa. 3 Crimes contra o patrimônio. 4 Crimes contra a administração pública. 5 Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal. 6 Legislação Penal Extravagante. 6.1 Abuso de autoridade (Lei nº 4.898/1965). 6.2 Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006). 6.3 Crimes hediondos (Lei nº 8.072/1990). 6.4 Crimes de tortura (Lei nº 9.455/1997). 6.5 Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003). Direito Processual Penal 1 Aplicação da lei processual no tempo, no espaço e em relação às pessoas. 1.1 Disposições preliminares do Código de Processo Penal. 2 Inquérito policial. 3 Ação penal. 4 Prisão e liberdade provisória. 4.1 Lei nº 7.960/1989 (prisão temporária) 4.2 Da prisão em flagrante. 4.3 Da prisão preventiva. 4.4 Da liberdade provisória com ou sem fiança. 5 Processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos. 6 O habeas corpus e seu processo. 7 Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Processual Penal. 1) (IADES - 2019 - CRN - 3ª Região (SP e MS) – Advogado) Dois colombianos explodiram bombas em uma agência do Banco do Brasil, sediada em Nova Iorque (Estados Unidos da América), para acessar os valores que lá se encontravam. Nessa hipótese, ambos estão sujeitos à aplicação da lei penal brasileira por se tratar de uma hipótese de a) territorialidade temperada. b) extraterritorialidade condicionada, dada a incidência do princípio da nacionalidade ativa. c) extraterritorialidade incondicionada, dada a incidência do princípio real. d) extraterritorialidade incondicionada, dada a incidência do princípio da bandeira. e) extraterritorialidade condicionada, dada a incidência do princípio cosmopolita. Lei penal no espaço Territorialidade CP, Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. Lei penal no espaço Extraterritorialidade Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (...) § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Lei penal no espaço Extraterritorialidade Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (...) II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 2) (IADES - 2019 - CRN - 3ª Região (SP e MS) – Advogado) Suponha que Maria emprestou o próprio notebook e três livros para o amigo José, no intuito de ajudá- lo com uma demanda de trabalho de conclusão de curso exigida para a obtenção do diploma de nível superior no curso de psicologia. Após alguns dias, necessitando do notebook dela por motivo de ordem pessoal, ela solicitou ao amigo que o devolvesse, juntamente com os três livros anteriormente emprestados. Diante da inércia de José em devolver os bens, Maria pegou a bicicleta dele para a quitação do empréstimo, dado que o valor dos bens é quase equivalente. Nessa hipótese, Maria praticou a) favorecimento pessoal. b) exercício arbitrário ou abuso de poder. c) denunciação caluniosa. d) exercício arbitrário das próprias razões. e) exploração de prestígio. 3) (IADES - 2019 - CRN - 3ª Região (SP e MS) - Assistente Administrativo) O funcionário público que, arbitrariamente, toma posse ou desvia, em proveito próprio ou de terceiro, a coisa móvel que possui em razão do cargo, seja ela pertencente ao Estado ou a particular, ou esteja sob sua guarda ou vigilância, está cometendo o crime definido como a) conluio. b) prevaricação. c) extorsão. d) apropriação indébita. e) estelionato. Questão anulada 4) (IADES - 2016 - PC-DF - Perito Criminal) O Código Penal Brasileiro estabelece, em seu artigo 137, o crime de rixa, especificamente apresentando os elementos a seguir. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: pena – detenção, de 15 dias a dois meses, ou multa. Com base no exposto, quanto à classificação das infrações penais, é correto afirmar que a rixa é um crime a) de mão própria. b) permanente. c) culposo. d) omissivo. e) plurissubjetivo. 5) (IADES - 2014 - IPHAN - Nível Superior) Considerando os crimes praticados por funcionário público contra a Administração em geral, previstos no Código Penal brasileiro vigente, assinale aquele que tem previsão de sanção na modalidade culposa. a) Peculato. b) Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações. c) Advocacia administrativa. d) Concussão. e) Prevaricação. 6) (IADES - 2018 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar) Pedro adquiriu, por vontade livre e consciente, maquinário destinado à transformação de drogas, já que descobriu uma fórmula para baratear os custos do próprio negócio ilícito, consistente na transformação da cocaína em outros tipos de drogas mais potentes, objetivando lucro exponencial e aumento do respectivo mercado ilegal, sob a ótica geográfica. Nesse caso hipotético, considerando que Pedro ainda não utilizou efetivamente o maquinário para transformar a droga, é correto afirmar que ele a) praticou o crime previsto no artigo 33 da Lei n° 11.343/2006, qual seja, tráfico de drogas. b) praticou o crime previsto no artigo 34 da Lei n° 11.343/2006, qual seja, aquisição de maquinário para o fim de fabricar, preparar, produzir ou transformar drogas, pois a mera aquisição de maquinário constitui um fato típico por si só. c) praticou o crime previsto no artigo 35 da Lei n° 11.343/2006, qualseja, associação criminosa. d) não praticou crime previsto na Lei n° 11.343/2006, pois a ação de adquirir maquinário é um pós-fato impunível. e) não praticou crime previsto na Lei n° 11.343/2006, pois a ação de adquirir maquinário é um antefato impunível. Iter Criminis Cogitação Atos preparatórios Atos executórios Consumação Exaurimento Iter criminis Fase externaFase interna 7) (IADES - 2014 - METRÔ-DF - Segurança Metroferroviário) Acerca da natureza jurídica das ações penais nos crimes de abuso de autoridade, assinale a alternativa correta. a) Depende de representação da vítima, sendo, por isso, crimes de ação penal pública condicionada. b) De regra, são crimes de ação penal pública incondicionada, conquanto seja necessária a representação criminal da vítima para o oferecimento da denúncia. c) O Ministério Público poderá oferecer a denúncia, desde que essa venha instruída com a representação criminal. d) Quando a autoridade praticar o abuso contra o particular, danificando, por exemplo, um bem de sua propriedade, a vítima oferecerá queixa-crime contra o abusador, caso em que a ação penal será privada. e) Todos os crimes praticados com abuso de autoridade são processados mediante ação penal pública incondicionada, embora seja possível ao lesado propor ação penal privada subsidiária da pública, ante a inércia do órgão ministerial. Lei 4.898/65 Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei. Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição: a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção; b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo- crime contra a autoridade culpada. Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver. 8) (IADES - 2016 - PC-DF - Perito Criminal) A respeito dos prazos para a conclusão do inquérito policial, considerando as normas processuais penais, é correto afirmar que, se o réu está preso, o prazo é de a) 10 dias; estando o réu solto, o prazo é de 20 dias, no âmbito da Justiça Federal. b) 15 dias; estando o réu solto, o prazo é de 15 dias, tratando-se de crimes contra a economia popular. c) 10 dias; estando o réu solto, o prazo é de 30 dias, conforme o Código de Processo Penal Militar. d) 15 dias; estando o réu solto, o prazo é de 45 dias, segundo a lei de drogas. e) 10 dias; estando o réu solto, o prazo é de 30 dias, em consonância com o Código de Processo Penal. 9) (IADES - 2014 - TRE-PA - Analista Judiciário - Área Judiciária) O inquérito policial é um procedimento administrativo de investigação, a cargo das Polícias Judiciárias estaduais e federal, com a finalidade precípua de subsidiar as futuras ações penais, públicas ou privada. Acerca do tema inquérito policial, é correto afirmar que a) inquérito policial é imprescindível ao ajuizamento da ação penal. b) caderno investigativo tem como característica marcante o contraditório. c) delegado de polícia, na condição de presidente do inquérito policial, pode solicitar o arquivamento caso não vislumbre qualquer linha de investigação. d) Sendo a ampla defesa um direito constitucionalmente consagrado, inclusive daquele que acabou de ser preso, caberá ao delegado de polícia velar pela preservação desse direito no inquérito policial. e) ato de indiciamento é privativo do delegado de polícia, não podendo o órgão ministerial imiscuir-se em tal questão. 10) (IADES - 2018 - PM-DF - Soldado Músico – Corneteiro) Considere que um traficante tem 300 kg de cocaína armazenados e acondicionados em um armazém de determinado porto. A polícia decide ingressar no local e efetuar a prisão em flagrante do traficante. Nessa hipótese, o flagrante é a) forjado, pois a polícia plantou o objeto do crime no local para configurar a materialidade do delito. b) preparado ou provocado, pois um agente policial atuou de maneira a ensejar que o traficante praticasse o delito para poder efetuar a prisão. c) legal, pois se trata de um crime instantâneo, portanto, como a consumação não se prolonga no tempo, não é possível o flagrante delito a qualquer momento. d) legal, pois se trata de um crime permanente, portanto, como a consumação se prolonga no tempo, é possível o flagrante delito a qualquer momento. e) ilegal, pois se trata de um crime instantâneo, portanto, como a consumação não se prolonga no tempo, não é possível o flagrante delito a qualquer momento. 11) (IADES - 2018 - PM-DF - Soldado da Polícia Militar) Suponha que a Polícia Militar tome conhecimento de que ocorrerá uma grande transação de drogas ilícitas nas proximidades da Feira da Torre de TV. As viaturas são acionadas e, quando chegam ao local, aguardam a consumação do crime. Realizado o tráfico de drogas, os policiais perseguem os veículos até Sobradinho, efetuando a prisão em flagrante dois dias após a perseguição. Essa situação hipotética trata-se de flagrante a) esperado, sendo legal a prisão. b) provocado, sendo ilegal a prisão. c) ilegal, tendo em vista que a prisão se realizou 24 horas após a prática do crime. d) forjado, sendo legal a prisão. e) preparado, sendo legal a prisão. 12) (IADES - 2018 - PM-DF - Soldado Músico) São considerados hediondos os seguintes crimes, consumados ou tentados: a) homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, homicídio qualificado e lesão corporal de natureza gravíssima. b) estupro, estupro de vulnerável e latrocínio. c) homicídio simples ou qualificado e ocultação de cadáver. d) epidemia com resultado morte, cárcere privado e bigamia. e) latrocínio, calúnia, difamação e injúria.
Compartilhar