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Imperativos autônomos e heterônomos

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Imperativos autônomos e heterônomos 
Bobbio lista exemplos de Kant, relativos ás proposições prescritivas, as quais Kant denomina como imperativos. 
Imperativos autônomos: São prescrições que fazemos a nós mesmo, são imperativos morais. Onde quem faz as normas e a executa esta ligada a mesma pessoa. 
Imperativos heterônomos: São aqueles imperativos criados por uma pessoa, para que outra pessoa siga. 
Para Kant o direito se resolve em imperativos heterônomos, enquanto a moral se realiza a partir de imperativos autônomos. 
Outro binômio que remota a Kant é o dos imperativos categóricos e do imperativo hipotéticos. 
Imperativos categóricos: São as normas éticas, prescreve uma ação a si própria, como “Você não deve mentir”.
Imperativos hipotéticos: São aqueles que prescrevem uma ação para alcançar um fim, “Se você estiver doente, deve procurar um médico”. 
Partindo da distinção kantiana entre imperativos categóricos e imperativos hipotéticos, Ravà conclui que as normas jurídicas não impõem ações boas em si mesmas, mas ações que são boas para alcançar certos fins e, portanto, hipotéticas. Toda norma jurídica poderia ser resolvida na seguinte fórmula de imperativo hipotético: “Se você quer viver em sociedade, deve comportar-se daquele modo que é condição da vida social”.
Teoria Imperativa do Direito
Para Austin, o direito é um produto da vontade humana, originado num comando apoiado por ameaças de um comandante não comandado, em outras palavras, o comando do soberano.
O comando é um imperativo que expressa um desejo que outra pessoa aja ou se abstenha, e difere de outras formas de expressão de um desejo por envolver sanções. A sanção, por sua vez, é algo considerado desagradável ou nocivo aplicado à pessoa que desobedece ao comando que lhe foi dirigido (HART, 2009, p.24).
O jurista sueco Karl Olivecrona no livro Law As Fact, de 1939, e repetida num ensaio posterior, republicando em italiano no ano de 1954, pela revista Jus (pp. 451-68). Olivecrona afirma que “um comando pressupõe uma pessoa que comanda e outra a quem o comando é endereçado” (p.35). Na lei, segundo ele, falta à pessoa daquele que comanda “de modo que, ao pretenderem encontra-la a todo custo, os juristas personificaram o Estado”. Para ele, existem proposições imperativas que não devem ser confundidas com os comandos – são aqueles que “funcionam independentemente de uma pessoa que comande” as quais, mais tarde serão chamadas de imperativos impessoais.

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