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Psicologia do desenvolvimento de Wallon - anotações

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A teoria psicogenética de Wallon (ou a teoria da pessoa completa de 
Wallon) 
 
Anotações TEXTO I: 
 
NUNES, A. I. B. L.; SILVEIRA, R. do N. S. A Psicologia Genética de Henri Wallon. 
In: __________. ​Psicologia da Aprendizagem: ​processos, teorias e contextos. 
Brasília: Liber Livro, 2009. 
 
● Falar um pouco sobre a pessoa dele; 
 
- Para Wallon, o desenvolvimento humano se deve a fatores biológicos, a condições 
de existência social e as características individuais de cada um. Nenhum desses 
fatores existe solitário: há uma interrelação entre eles. 
 
- Preocupa-se com a explicação da relação entre a criança e seu meio social; com 
as mudanças que ocorrem enquanto a criança está se desenvolvendo; com suas 
necessidades e interesses específicos; com o ambiente social no qual a criança 
cresce (e como ele irá suprir as demandas dessa criança). 
 
- Objetiva compreender a ​gênese dos processos psíquicos do ser humano​. 
 
- Integração das dimensões intelectual, afetiva e moral. Por isso a teoria de Wallon é 
considerada como a ​psicogênese da pessoa completa​. (Compreensão do ser 
humano em sua totalidade, integrando ​razão, emoção e influências 
histórico-culturais​). 
 
- “O sujeito walloniano possui um aparato orgânico prevalecente em seu início de 
vida, marcado por manifestações predominantemente emocionais, direcionadas ao 
mundo externo, às pessoas que dele cuidam” (p. 109, ver ref. da primeira xerox). 
 
- Relação sujeito-meio. 
 
- Estudar [o desenvolvimento da criança] “de forma contextualizada possibilita 
perceber a dinâmica entre ela e o ambiente, a cada idade e de forma particular.” (p. 
110, ver ref.). 
 
- O desenvolvimento biológico é importante, mas não é determinante. Para Wallon, 
não se pode pensar a evolução das estruturas psicológicas e seu suporte fisiológico 
em separado 
 
“O cenário deste desenvolvimento está construído pelos aspectos ​físicos do 
ambiente, pessoas, a linguagem e os conhecimentos de cada cultura [grifo nosso]” 
(ver ref., p. 110). 
 
- ​As fases do desenvolvimento psicológico 
Segundo as autoras, Wallon diz que o desenvolvimento da criança deve ser 
estudado a partir da análise das suas fases de desenvolvimento. 
 
Essa análise deve ser feita a partir da observação, tomando a criança como ponto 
de partida, compreendendo suas manifestações sem usar o contraponto com a 
lógica adulta. 
 
“Cada idade da criança constitui uma lógica não-separável e original.” (p. 111) 
 
Concepção de infância de acordo com Wallon: “ser humano como biologicamente 
social, um ser cuja estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para avançar 
constantemente em seu desenvolvimento.” (p. 111). 
 
A duração de cada etapa e as idades correspondentes são ​variáveis​. Wallon 
considera um desenvolvimento enfatizado na interação da criança com seu meio 
social, e não uma lógica linear ligada ao fator cronológico/etário. 
 
Em cada fase de desenvolvimento há a predominância de algum tipo de 
característica, alternando entre manifestações intelectuais e afetivas (Wallon 
chamou isso de ​alternância funcional​). 
 
Manifestações intelectuais: nesse componente, a criança volta-se para ações e 
interesses em atividades de conhecimento do mundo ​externo​, do que está 
acontecendo em seu ambiente ​físico e social​. 
Manifestações afetivas: predominância da afetividade, momentos mais ligados ao 
mundo ​interno​, à construção de si, no contexto de interação com os outros. 
 
Os estágios de desenvolvimento de Wallon são: ​impulsivo-emocional, 
sensório-motor projetivo, personalista, categorial ​e a ​adolescência​. 
“Embora essas etapas sigam princípios funcionais, de acordo com o funcionamento 
do sistema nervoso, o ritmo de cada uma delas é marcado por uma 
descontinuidade. Isto significa que podem ocorrer mudanças, retornos de 
características próprias de uma etapa anterior em etapas mais recentes.” (p. 112) 
 
Na passagem de um estágio para outro podem surgir crises. Para Wallon, situações 
de conflito marcam o desenvolvimento do sujeito. 
 
- Os estágios do desenvolvimento da pessoa de Wallon 
 
a) Impulsivo emocional (1º ano): inabilidade motora (e simbólica), dependência 
de cuidados maternos, movimentos desordenados. 
Comunicação: por meio da emoção (choro, sons que vão se diferenciando, 
etc.), que produz efeitos no ambiente, mobilizando a presença do outro 
(contato de caráter social); 
Não percebe a diferença entre seu corpo e os objetos do mundo externo 
(inicialmente); 
Gradativamente, são introduzidas no contexto cultural em que vivem pelos 
adultos. 
 
b) Sensório-motor Projetivo (1 - 3 anos): início da exploração/manipulação do 
mundo físico; 
Maior autonomia de movimentos; 
Conhecimento perceptivo e motor da realidade (inteligência prática); 
Pensamento atrelado aos gestos/movimentos. Projeção do pensar em 
manifestações motoras; 
Início do desenvolvimento da função simbólica (movida pela ação); 
Formação da personalidade/construção da subjetividade; 
Predomínio dos aspectos afetivos (relação criança-meio). 
 
c) Personalista (3 - 6 anos): Busca de autonomia; “Negação” do outro; 
Contraposição a ordens; Comportamentos arredios em determinadas situações, 
mas ainda com forte vínculo com a família e necessidade de aprovação; 
Pensamento sincrético (fabulação, contradição, incoerências na fala e na escrita, 
etc.); Tentativa de autoconstituição, de autoconstrução; Função simbólica 
consolidada. 
 
d) Categorial (6 - 11 anos): Avanços no plano da inteligência; Redução do 
sincretismo; Pensa formando categorias, consegue organizar séries, classificar, 
diferenciar (compreende a realidade de forma mais objetiva); Interesse por objetos 
externos, conhecimento da realidade, curiosidades; Energia voltada para o mundo 
externo; Conflitos entre ampliar o universo de atividades a serem conhecidas e 
preservar a relação com as pessoas importantes para ela; Trégua interpessoal. 
 
d) Adolescência (11 anos em diante): Início da puberdade e, com ela, mudanças no 
plano afetivo, nas relações consigo e com os outros; Componente afetivo é mais 
“racionalizado” porque há mudanças no campo intelectual; Construção de si, busca 
de novos sentidos; Desafio (conflito) de busca pela identidade, de ampliação dos 
vínculos afetivos, sem perder a afeição das pessoas significativas (pais, por 
exemplo). 
 
Cada estágio tem características próprias, porém as realizações afetivas/intelectuais 
de um período contribuem para a etapa seguinte, que por sua vez integra as 
realizações passadas, construindo novas. 
O novo integra o arcaico ao mesmo tempo em que o transcende. 
 
Avanços do sujeito no plano do pensamento, da palavra, da socialização e do 
sentimento. 
 
- ​Contribuições de Wallon aos processos de ensino e de aprendizagem 
 
Wallon propôs uma Psicologia integradora, que enfatiza processos emocionais e 
afetivos, onde geralmente só o componente intelectual do conhecimento é 
valorizado. 
 
(minhas palavras:) Existe uma conexão entre a emoção e o intelecto, e é por isso 
que, segundo Wallon, deve existir conversa, dentro da escola, entre o componente 
emocional e o componente intelectual. “Quando o componente emocional é 
exacerbado, há uma tendência à inibição do componente intelectual,e vice-versa, o 
que pode dificultar a aprendizagem do aluno” (ref., p. 115). Dessa forma, podemos 
entender que a escola, ao lidar adequadamente com as emoções dos alunos (e não 
só com a questão intelectual), garantirá um melhor processo de aprendizagem para 
os alunos, porque estará considerando o aluno por completo. 
 
Nunes e Silveira (ano) também afirmam a importância do professor estar atento às 
suas próprias reações emocionais frente aos alunos. “[...] o professor deve agir sem 
se deixar contagiar pelas situações conflituosas tentando manter o equilíbrio e a 
racionalidade, pois os processos relacionais (professor e aluno) são essenciais na 
aprendizagem.” (p. 116). 
 
- Fazer anotações das páginas 117 (​A escola e os estágios do 
desenvolvimento​), 118-120 (​Análise contextualizada dos processos de 
ensinno-aprendizagem​; ​Dinâmica de sala​) 
 
- ​A escola e os estágios do desenvolvimento 
 
A escola ajuda na construção do conhecimento. Como a escola é onde o aluno 
passa grande parte de sua vida, pode contribuir também com a resolução de 
conflitos/dificuldades desse sujeito nos seus diferentes estágios de 
desenvolvimento. 
Wallon diz que por isso é importante conhecer a criança em toda a sua 
complexidade (afetiva, intelectual e motora), para que ela consiga desenvolver-se 
de forma plena, integral. A escola pode auxiliar nisso, criando espaços e condições 
que entendam e levem em conta as particularidades dos indivíduos em 
desenvolvimento. 
 
Mahoney (2002 apud NUNES;SILVEIRA, 2009, p. 117) diz que a escola pode ser 
um espaço em que a criança consiga exercitar suas escolhas (amigos, atividades 
lúdicas, leituras), ampliando, gradativamente, sua socialização, expressando seus 
sentimentos de forma mais autônoma. 
 
 
- ​Concepção de sujeito/aluno 
 
De acordo com a Psicogenética de Wallon, para que o aluno aprenda de forma 
satisfatória, é importante que ele se aproprie dos conhecimentos e significados a ele 
direcionados: “[...] a aprendizagem não é um ato de recepção passiva de conteúdos 
a serem internalizados, mas uma ação que requer atividade psíquica complexa e 
estruturação do próprio sujeito” (p. 118). O trabalho em sala de aula deve procurar 
apresentar conteúdos e atividades que envolvam a expressão verbal, corporal e 
emocional, possibilitando, assim, a construção do mundo e a construção do eu 
(objetivo e subjetivo). 
 
- ​Análise contextualizada dos processos de ensino-aprendizagem 
 
É crucial que se abordem as interações de professores e alunos nos processos de 
ensino e aprendizagem na escola. Por que? Nunes e Silveira dizem que a 
aprendizagem “deve ser analisada entendendo que professor e aluno compõem 
uma unidade, inseridos num contexto específico e, vivenciando situações concretas 
do dia-a-dia” (ibid., p. 118). Em síntese, o ambiente escolar não deve excluir o 
ambiente social e as questões emocionais e afetivas dos alunos, porque, na 
psicologia de Wallon, o ser humano precisa ser entendido por completo, integrando 
razão, emoção e influências histórico-culturais. 
 
Wallon diz que muitas dificuldades de aprendizagem decorrem do não investimento 
da pessoa no ato de aprender. O professor, para entender e esclarecer as causas 
do não envolvimento da criança com o conteúdo da sala de aula, deverá observar a 
criança em sua totalidade. O ambiente escolar, a seleção dos conteúdos, o espaço 
selecionado para as atividades, os materiais utilizados, a organização e uso do 
tempo, as interações sociais oferecidas: todos esses são fatores externos que 
influenciam o aprendizado do aluno e devem ser levados em conta, segundo 
Wallon. 
 
A escola precisa observar e realizar atividades que desenvolvam interações grupais 
e as dimensões motora, afetiva e intelectual dos alunos, p​restando 
atenção/levando em conta à individualidade de cada aluno, para que eles 
possam construir e/ou afirmar suas identidades, uma vez que é com a interação 
com o outro que a individuação é formada e a singularidade construída. É 
importante também que se respeite o estágio de desenvolvimento pessoal pelo qual 
o aluno está passando. Por ex.: (ex. da página 120) pedir que crianças pequenas 
fiquem sentadas e/ou quietas por um longo período de tempo bate de frente com a 
agitação física e mental típica da idade. Essa agitação, segundo Wallon, está ligada 
aos processos de maturação do sistema nervoso. Logo, é preciso que se 
contextualize as atividades e os conteúdos programados com os estágios de 
desenvolvimento da criança, visando um maior aprendizado, tanto emocional e 
individual quanto social e cultural. 
Negrito = está igual no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEM FOI HENRI WALLON? 
 
Pesquisar e falar um pouco sobre ele e de como sua atuação na política interfere 
em sua teoria. 
 
ZACHARIAS, V. L. C. ​Psicogênese da pessoa completa. ​Abr. 2013. Disponível 
em: <​http://pedagogiaaopedaletra.com/psicogenese-da-pessoa-completa​>. Acesso 
em: 28 abr. 2019 
 
- Wallon considera que o homem é determinado fisiológica e socialmente, 
sujeito às disposições internas e às situações exteriores. 
 
- Psicogênese da pessoa completa: estudo integrado do desenvolvimento 
humano. Não é possível desmembrar os aspectos que envolvem o ser 
humano, por isso é importante analisar o desenvolvimento contextualizado 
pelos aspectos afetivo, motor e cognitivo. 
 
- É necessário estudar o desenvolvimento da criança nas suas relações com o 
meio, uma vez que Wallon entende o sujeito como ​geneticamente e 
organicamente social​. A atividade humana é inconcebível sem o meio social. 
No homem, não é possível dissociar o biológico do social. A existência do 
sujeito se realiza entre as exigências da sociedade e as do organismo. 
 
- Como Wallon influencia a reflexão pedagógica? Como a teoria de Wallon 
pode ser aplicada nas ações pedagógicas do professor? 
Pedagogicamente, o maior objetivo da educação no contexto da psicologia 
genética de Wallon estaria no desenvolvimento da pessoa e não somente em 
seu desenvolvimento intelectual. A inteligência é uma parte do todo, e o todo 
é a pessoa nos planos afetivo, cognitivo e motor. 
 
- O método adotado por Wallon, em suas pesquisas, é o da observação pura, 
porque através dela pode-se conhecer a criança em seu contexto/ambiente. 
 
 
GUEDES, A. O. ​A Psicogênese da Pessoa Completa de Henri Wallon: 
Desenvolvimento da Comunicação Humana nos seus Primórdios. ​2007. 
Disponível em: 
<​http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-psicogenese-da-pessoa-completa-de-he
nri-wallon-desenvolvimento-da-comunicacao-humana-seus-primordios​>. Acesso em: 
28 abr. 2019 
 
- Psicologia genética = gênese dos processos psíquicos. Para Wallon, a 
análise genética, partindo do que vem antes na cronologia das 
transformações por que passa o sujeito, é o procedimento capaz de 
compreender de modo global a totalidade da vida psíquica (sem fragmentá-la 
em movimentos estanques). 
 
- O homem é um ser indissociavelmente biológico e social. A existência do 
homem se dá entre as exigênciasdo organismo e da sociedade. 
 
- “o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a 
intervenção da cultura para se atualizar” (DANTAS, 1992 apud GUEDES, 
2007). Dessa forma, Wallon acredita que o ambiente social e os aspectos 
biológicos são fatores interdependentes. 
 
- Logo, para compreender a criança, é importante levar em conta aspectos de 
seu contexto social, familiar, cultural. O desenvolvimento da criança se dá por 
meio da relação entre as fases/estágios e entre as condições oferecidas pelo 
seu meio. “Cada etapa [de desenvolvimento] é ao mesmo tempo um 
momento da evolução mental e um tipo de comportamento” (WALLON, 1995 
apud GUEDES, 2007). 
 
- “É por levar em conta essa dimensão integradora, que não fragmenta os 
diferentes elementos envolvidos na evolução humana, que consideramos a 
teoria do desenvolvimento de Wallon como a ‘psicogênese da pessoa 
completa’” (GUEDES, 2007). 
 
- Wallon diz que o desenvolvimento da criança é descontínuo, marcado por 
contradições e conflitos, ou seja, não é linear, estático, homogêneo. O 
desenvolvimento do ser humano é resultado da maturação orgânica e das 
condições ambientais, do meio em que ele vive. 
 
“A cada idade estabelece-se um tipo próprio de interações entre o sujeito e 
seu meio. Conforme a disponibilidade da idade a criança interage mais 
fortemente com um ou outro aspecto de seu contexto, extraindo dele os 
recursos para o seu desenvolvimento” (GUEDES, 2007). É importante 
ressaltar que existem princípios funcionais que funcionam como leis 
constantes no desenvolvimento humano: os fatores orgânicos, que são os 
responsáveis pela sequência fixa entre os estágios do desenvolvimento 
orgânico/biológico, embora ​não garantam uma homogeneidade no seu 
tempo de duração​. 
 
- “Conflitos se instalam nesse processo e eles são propulsores do 
desenvolvimento aos quais chama de fatores dinamogênicos (que conferem 
dinâmica. Tais conflitos podem ser resultado de desencontros entre o 
comportamento da criança e o ambiente exterior [...] ou originários de fatores 
orgânicos, relativos a maturação infantil [...]” (GUEDES, 2007). 
 
TEORIA Psicogenética de Henri Wallon. 2013. Disponível em: 
<​http://pedagogiaaopedaletra.com/teoria-psicogenetica-de-henri-wallon​>. Acesso 
em: 28 abr. 2019 
 
- O desenvolvimento humano não é suave, contínuo, fixo; pelo contrário: é 
permeado de conflitos internos e externos. 
 
Para Wallon, cada estágio posterior do desenvolvimento amplia e reforma os 
anteriores. 
 
 
GALVÃO, I. ​Henri Wallon: ​uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. 
2013. Disponível em: 
<​http://pedagogiaaopedaletra.com/henri-wallon-uma-concepcao-dialetica-do-desenv
olvimento-infantil​>. Acesso em: 28 abr. 2019 
 
- Wallon considera importante que a educação integre, à sua prática e aos 
seus objetivos, tanto a dimensão social quanto a individual (o ser humano em 
sua integridade). 
 
- A teoria de Henri Wallon identifica a interdependência que existe entre 
desenvolvimento intelectual e conhecimento. 
 
Logo, Wallon entende que as atividades realizadas em sala de aula 
necessitam atingir as várias dimensões que compõem o meio, buscando, 
assim, um melhor aprendizado para os alunos. Ex.: deve-se pensar ​onde 
será realizada determinada atividade, ​quais ​serão os materiais utilizados, os 
objetos colocados ao alcance dos alunos, ​como estarão dispostos os objetos 
que serão utilizados e a mobília do espaço onde será realizada a atividade, 
etc. Tudo isso pensando em como essa atividade auxiliará nas interações 
sociais e no aprendizado final dos alunos. 
 
 
MONTEIRO, C. E.; CARAUBAS, L. ​A psicogênese da pessoa completa de Henri 
Wallon​. 2017. Disponível em: 
<​http://psicoedu2017.wordpress.com/psicogenese-da-pessoa-completa​>. Acesso 
em: 28 abr. 2019 
 
- Wallon admite o organismo como condição primeira do pensamento, “pois 
toda a função psíquica supõe um componente orgânico” (MONTEIRO; 
CARAUBAS, 2017). O psíquico não pode reduzir-se ao orgânico, mas 
também não pode explicar-se sem este. 
 
- Wallon defendia a escola como espaço para a formação integral da criança; 
ou seja, a escola não deveria se limitar à instrução, mas criar um espaço 
onde os alunos poderiam desenvolver-se nos campos da afetividade, da 
motricidade e da cognição, não só recebendo conteúdos programados sem 
qualquer tipo de vínculo com a realidade vivenciada pelo aluno.

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