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ARTIGO - ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE NAS REGIÕES DO BRASIL DOS ANOS DE 2016 E 2017

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ANÁLISE COMPARATIVA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE NAS REGIÕES DO BRASIL DOS ANOS DE 2016 E 2017
ANALYSIS OF THE EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF EHOSCHISTOSOMOSIS IN THE REGIONS OF BRAZIL FOR THE YEARS OF 2016 AND 2017
Andreza Savana dos Santos Souza¹
¹Acadêmica do curso de bacharel em enfermagem da FAINTVISA- Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão.
RESUMO
Introdução: A esquistossomose mansônica é uma doença infecto parasitária, também conhecida como barriga d’água ou xistose, de caráter agudo e crônico, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, sendo uma das mais prevalentes parasitoses no mundo. Objetivo: Comparar o perfil epidemiológico das notificações de esquistossomose nas regiões brasileiras entre 2016 e 2017. Método: Por meio do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), foram avaliadas as fichas de notificação para a esquistossomose nas regiões do Brasil de 2016 e 2017, fornecido pelo DATASUS/Ministério da Saúde. Resultados: Foram notificados cerca de 9.499 casos de esquistossomose em 2016 e 2017. Os resultados mostraram que a região de maior notificação foi o Sudeste com (71%), a faixa etária mais acometida foi entre 20 e 39 anos (36%), sendo mais prevalente no sexo masculino (61%), a raça parda predominou em números de casos (47%), contudo houve um elevado número que evoluíram para cura (62%). Conclusão: A população masculina é bastante acometida no tocante a esquistossomose nas regiões do Brasil.4
Palavras-chave: Esquistossomose mansoni; Epidemiologia; Saúde pública.
ABSTRACT
Introduction: Schistosomiasis mansoni is a parasitic infectious disease, also known as acute or chronic schistosomiasis, caused by the Schistosoma mansoni trematode. It is one of the most prevalent parasitic diseases in the world. Objective: To compare the epidemiological profile of schistosomiasis notifications in Brazilian regions between 2016 and 2017. Method: Through the SINAN database (Notification System), the notification forms for schistosomiasis in the regions of Brazil were evaluated. Brazil: 2016 and 2017, provided by DATASUS / Ministry of Health. Results: About 9.499 cases of schistosomiasis were reported in 2016 and 2017. The results showed that the region with the highest notification was the Southeast with (71%), being more prevalent in the male sex (61%), the brown breed predominated in case numbers (47%), however there were a large number that evolved to cure (62%). Conclusion: The male population is very affected with regard to schistosomiasis in the regions of Brazil.4
Key words: Schistosomiasis mansoni; Epidemiology; Public health.
INTRODUÇÃO
A esquistossomose é uma doença que envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos; não devendo ser vista como um problema individual ou de um grupo específico, mas dentro de um conjunto de fatores que são parte da vida da população de determinada região. De forma que para amenizar a situação devem-se melhorar diversas questões relacionadas, pois a endemia da parasitose é considerada por alguns como indicativo do nível socioeconômico da região¹.
No Brasil, a esquistossomose se distribui em maior quantidade fortemente a cerca de alguma faixa de propriedades constantes e juntos, ao longo de aproximadamente inteira costa litorânea, acompanhando o caminho de consideráveis bacias hidrográficas (Saucha et al., 2015). O estado de Alagoas possui características específicas propícias para a disseminação da esquistossomose. Fatores sociais, culturais e naturais contribuem para que a doença permaneça entre as que mais acometem populações rurais e de periferias urbanas, trazendo consequências sanitárias e econômicas importantes para o comprometimento do desenvolvimento, sobretudo, humano do estado. Atualmente, a disseminação da doença em Alagoas deve-se a existência de fatores endêmicos básicos para a viabilidade de todo o ciclo encontrado no estado. São eles: presença do hospedeiro susceptível (Homo sapiens sapiens); presença do hospedeiro intermediário (planorbídeos do gênero Biomphalaria); grande distribuição geográfica e alta resistência do hospedeiro intermediários à seca; presença de meios aquáticos adequados para a disseminação do hospedeiro intermediário no qual a população tenha contato direto, seja para atividades domésticas, agrícolas ou de lazer; depósito de esgoto nessas águas ou próximo a elas.³ 
 A transmissão da esquistossomose acontece quando entra em contato com águas contaminadas por cercárias, formato larval do parasito. Corriqueiramente nas partes endêmicas, os indivíduos usam rios habitados por caramujos infectados pelo Schistosoma mansoni, para banhos, pescas, lavagem de roupa e louças, estando suscetíveis à doença². A esquistossomose às vezes é confundida com outras enfermidades por causa das muitas manifestações clínicas que acontecem, a forma aguda frequentemente analisada em populações que não pertencem as áreas endêmicas. O exame parasitológico das excretas para diagnóstico dessa parasitose é executado essencialmente por meio dos métodos de sedimentação espontânea, entretanto Kato-Katz é o método padrão ouro preconizado pelo MS em regiões endêmicas². 
A doença está relacionada com a pobreza e com o baixo desenvolvimento econômico, levando a população a utilizar água proveniente de rios e açudes para suas atividades domésticas, atividades agrícolas e até para recreação, contribuindo de forma direta para a contaminação. Além disso, a ausência de tratamento de esgoto e de água, saneamento básico, acesso aos serviços de saúde e as baixas condições socioeconômicas são fatores determinantes para a endemia esquistossômica das regiões estudadas ¹. A Esquistossomose mansoni é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, cujas formas adultas habitam os vasos mesentéricos do hospedeiro definitivo (homem) e as formas intermediárias se desenvolvem em caramujos gastrópodes aquáticos do gênero Biomphalaria. Com a grande proporção de casos positivos no estado de Alagoas no ano de 2017, visando entender quais fatores agravantes para aquisição dessa parasitose e analisar os fatores de riscos, observar a predominância de casos positivos de acordo com o sexo e faixa etária, identificar a zona de residência com mais números de casos e analisar os fatores de risco.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico comparativo do tipo descritivo de corte transversal, cujos dados foram coletados através do banco de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), fornecido pelo DATASUS/Ministério da Saúde. A população foi constituída pelos registros nas fichas de notificação para a doença “esquistossomose” no Banco de Dados do SINAN em Pernambuco no ano de 2016 e 2017. O Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) disponibiliza informações que podem servir para subsidiar análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde. 
A tabulação dos dados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) foi realizada através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que é alimentado pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, entre elas esquistossomose, que é o alvo do estudo. As variáveis estudadas no banco de dados de esquistossomose foram: sexo, faixa etária, raça, região, ano de notificação, município de residência, município de notificação, entre outras. 
Foi construído um Banco de Dados no Programa Estatístico Biostat com as variáveis incluídas no estudo. Para análise desses dados, foram utilizadas cálculos de porcentagem para observar a dispersão entre as variáveis coletadas, analisadas através de percentual simples. As informações foram analisadas por meio do programa Estatístico Biostat ssp versão22 para a formatação dos dados.
RESULTADOS 
	Observou-se uma totalidade de 9499 casos notificados de esquistossomosenas regiões brasileiras no ano de 2016 e 2017. A região com maior índice da doença foi a Sudeste, caracterizando 71%, em seguida a região Nordeste com 24% (Tabela I). Houve um expressivo quantitativo de casos no sexo masculino, atingindo 61% (Tabela II). A raça parda com 47% foi a mais atingida no país (Tabela III). Dentre a faixa etária a de 20-39 anos teve maior prevalência, representando 36% dos casos, em seguida aparece a de 40-59 anos com 34% (Tabela IV).4
Em relação à evolução desses casos, observa-se uma falta de preenchimento nesta variável, já que 3.247 casos estavam com esta variável em branco e/ou foram ignorados, representando 34% do total da amostra. Mesmo com esse número alarmante de descaso com uma variável tão importante, observou-se cura em 62% dos casos, seguido de não cura com 1%, óbitos por esquistossomose 2% e 1% óbitos por outras causas (Tabela V).4
Tabela I. Distribuição de casos por região. 
	Região
	2016
	2017
	N
	%
	Norte
	64
	100
	164
	2%
	Nordeste
	1092
	1220
	2312
	24%
	Sudeste
	3859
	2911
	6770
	71%
	Sul
	56
	62
	118
	1%
	Centro-Oeste
	69
	66
	135
	1%
	Total
	5140
	4359
	9499
	 
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net. Acesso em 01/10/2019.
Tabela II. Distribuição de casos da esquistossomose por sexo. Percentual de diferença entre os anos.
	SEXO
	2016
	2017
	N
	%
	MASCULINO
	3126
	2660
	5786
	61%
	FEMININO
	2014
	1699
	3713
	39%
	Total
	5140
	4359
	9499
	 
Fonte: Ministério d Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net. Acesso em: 01/10/2019.
Tabela III. Distribuição da esquistossomose por raça no Brasil em 2016 e 2017.
	Raça
	2016
	2017
	N
	%
	ign/branco
	611
	373
	984
	10%
	Branca
	1633
	1407
	3040
	32%
	Preta
	440
	401
	841
	9%
	Amarela
	76
	35
	111
	1%
	Parda
	2341
	2132
	4473
	47%
	Indigena
	39
	11
	50
	1%
	Total
	5101
	4348
	9449
	 
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net. Acesso em 01/10/2019.
Tabela IV. Distribuição por faixa etária de casos da esquistossomose no Brasil em 2016 e 2017.
	Faixa Etária
	2016
	2017
	N
	%
	ign/branco
	0
	1
	1
	0%
	< 1 ano
	46
	35
	81
	1%
	1-4 anos
	35
	39
	74
	1%
	5-9 anos
	152
	142
	294
	3%
	10-14 anos
	244
	189
	433
	5%
	15-19 anos
	342
	245
	587
	6%
	20-39 anos
	1898
	1475
	3373
	36%
	40-59 anos
	1702
	1496
	3198
	34%
	60-64 anos
	287
	270
	557
	6%
	65-69 anos
	202
	216
	418
	4%
	70-79 anos
	176
	188
	364
	4%
	80 e +
	56
	63
	119
	1%
	Total
	5140
	4359
	9499
	 
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net. Acesso em: 01/10/2019.
Tabela V. Distribuição por situação de encerramento da esquistossomose no Brasil em 2016 e 2017.
	Evolução
	2016
	2017
	N
	%
	Ign/Branco
	1545
	1702
	3247
	34%
	Cura
	3397
	2498
	5895
	62%
	Não Cura
	67
	57
	124
	1%
	Obito por Esquistossomose
	92
	81
	173
	2%
	Obito por outras causas
	39
	21
	60
	1%
	Total
	5140
	4359
	9499
	 
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Net. Acesso em: 01/10/2019.
DISCUSSÃO
A esquistossomose mansoni é transmitida por um parasita, é uma doença, de inicio assintomática, podendo evoluir para formas clínicas graves e levar o paciente a óbito. A dimensão de sua prevalência, bem como a gravidade das formas clínicas e a sua evolução, dão a esquistossomose uma importância como problema de saúde pública. O principal hospedeiro definitivo é o homem, onde o parasita apresenta a forma adulta. Através das fezes os ovos são eliminados no ambiente, contaminando as reservas hídricas como córregos, riachos, lagoas, valetas de irrigação, açudes entre outros.
O Brasil é um país bastante endêmico para Esquistossomose, a região mais acometida é a Sudeste, observando que um estado dessa região se destacou por seu elevado índice de notificações, sendo ele Minas Gerais com 52,68%.
 O sexo masculino compõe a maior taxa de prevalência dos vitimados, por esquistossomose chegando a 61%. Um estudo realizado na Bahia também indicou a prevalência no sexo masculino atingido 74,6% do gênero e 23,5% correspondia ao sexo feminino. Com relação à faixa etária o mesmo estudo mostrou que a maior proporção de casos está entre a faixa de 10 a 19 anos com 32,8%. Enquanto que o presente estudo mostrou uma prevalência maior na faixa etária de 20-39 anos chegando 36%, seguido da faixa de 40-59 com 34% dos casos ocorridos, revelando que é na fase de maior vigor do homem que há maior incidência de casos, já na faixa etária entre 10-14 anos, se observou 5% dos casos. 
A raça parda predominantemente obteve o maior índice de prevalência chegando a 47%, seguindo da cor/raça branca com 32%, e indivíduos da raça preta 9%. Observou-se uma deficiência nessa variável, considerando que 984 casos foram ignorados ou deixados em branco correspondendo a 10%4. 
A baixa escolaridade também foi observada entre os indivíduos com esquistossomose, sendo a maior prevalência entre o ensino fundamental incompleto onde 13,86% correspondem ao grupo de 1ª à 4ª série, seguido de 11,25% da 5ª à 8ª série incompleta. Outros estudos corroboram com nossos achados, confirmando a relação da baixa escolaridade com a esquistossomose. 
Na variável evolução observou-se uma margem de erro significativa tendo em vista que 3247 casos estavam em branco ou foram ignorados, representando 34% dos casos. Contudo se observou uma margem considerável de cura 62%, seguido de não cura com 1%, óbitos por esquistossomose 2% e 1% óbitos por outras causas.4
Observou-se uma redução nos números de casos entre 2016 e 2017, foram notificados 5140 (54%) em 2016 contra 4.359 em 2017 (46%) dos casos, obtendo uma diferença de 781 casos reduzidos.4
Embora o sexo masculino predomine em casos, observou-se que no ano de 2016 foram notificados 3.126, já em 2017 houve uma redução das notificações para esse gênero, 2.660, no sexo feminino em 2016 foram registrados 2.014, já em 2017 foram 1.699.4
O mesmo ocorreu para as variáveis, raça que em 2016 obteve 2.341 notificações na cor/raça parda, e em 2017 houve 2.132, e 1.633 para cor branca em 2016, e 1.407 em 2017. 4
Na variável evolução se observou que em 2016, 3.397 pessoas obtiveram cura, porém em 2017 esse número reduziu para 2.498, os óbitos foram 92 em 2016 e em 2017 houve 81 óbitos decorrentes da esquistossomose.4
As notificações de esquistossomose mostram dados significativos e de alerta para saúde pública, embora tenha se notado uma diminuição no número de casos nas regiões endêmicas, em comparação entre 2016 e 2017, ainda se tem um elevado número de notificações, principalmente no gênero masculino. Pode-se explicar esse índice devido ao fato de que o homem vive em maior exposição, decorrente de sua ocupação, exposição ao meio ambiente, relacionados à pesca e agricultura, tendo assim um contato direto com a água, que muitas vezes estão contaminadas, já em relação ao sexo feminino podem se atribuir as atividades domésticas ao meio de contaminação pela esquistossomose4.
Embora os índices de óbitos por esquistossomose não sejam muito elevados, se percebeu uma significativa diminuição nos casos que evoluíram para cura, constituindo assim um fator preocupante para saúde pública do Brasil.4 
Diante do exposto se vê a relevância do planejamento de ações estratégicas para controle da esquistossomose, relacionados às três esferas de governo, onde haja aperfeiçoamento das políticas públicas, no tocante a doença estudada, especialmente nas regiões endêmicas, onde envolva não apenas o tratamento dos portadores da esquistossomose, mais educação em saúde, melhoria de saneamento básico, bem como controle dos vetores4.
CONCLUSÃO
Neste estudo pode-seobservar que no período de 2016 e 2017, os casos confirmados da esquistossomose foram mais recorrentes no sexo masculino na faixa etária entre 29-39 anos, seguindo de 40-59 anos. Contudo se identificou uma redução dessas notificações em áreas endêmicas, tendo 2017 como ano de menor índice de casos confirmados. Em contrapartida os índices de cura tiveram uma redução quando comparados os anos.
Apesar dessa redução em notificações da esquistossomose ainda se faz necessário o planejamento de ações como educação em saúde, controle de vetores, entre medidas preventivas para que a população tome conhecimento das formas de contaminação por esta parasitose, reduzindo assim os índices da esquistossomose.
REFERÊNCIAS
1. Jordão, M. C. C., Macêdo, V. K. B., Lima, A. F. & Xavier Junior, A. F. S. (2014). Caracterização do perfil epidemiológico da esquistossomose no estado de Alagoas. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-Alagoas, 2(2):175-188.
2. Rocha, T. J. M., Santos, M. C. S., Lima, M. V. M., Calheiros, C. M. L. & Wanderley, F. S. (2016). Aspectos epidemiológicos e distribuição dos casos de infecção pelo Schistosoma mansoni, 7(2):6-6.
3. Vitorino, R. R., Souza, F. P. C., Costa, A. P., Faria Júnior, F. C., Santana, L. A. & Gomes, A. P. (2012). Esquistossomose mansônica: diagnóstico, tratamento, epidemiologia, profilaxia e controle. Revista da Sociedade Brasileira de Clínicas Médicas, 10(1):39-45.
4. SISAN NET (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/esquistobr.def) para obtenção dos dados referentes aos anos 2016 e 2017. Acesso em 02/10/2019
Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão – FAINTVISA
Andreza Savana dos Santos Souza
Disciplina: Epidemiologia
ANÁLISE COMPARATIVA DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE NAS REGIÕES DO BRASIL DOS ANOS DE 2016 E 2017
Vitória de Santo Antão – PE
2019

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