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Temas
Transversais
DISCIPLINA:
Educação Física
Professor:
Bruno Gripp Poletti
Cref.: 017919-G/RJ
1
Sumário:
Assunto Página
Alimentação saudável 3
Substancias Ergogênicas 11
Efeitos Fisiológicos da atividade física 17
Higiene Pessoal 18
Artes Marciais 25
Dança 25
Cidadania 38
Valores Impostos pela mídia- Padrões de Beleza 41
Preconceito 44
Drogas 47
Benefícios da atividade Física Regular 54
Lendas Brasileiras 55
Esteróides Anabolizantes 66
Suplementos Alimentares 83
Dst (Doenças sexualmente Transmissíveis) 90
Métodos Contraceptivos (Anticoncepcionais) 102
Jogos Panamericanos e Rio 2007 104
Jogos Olímpicos e Rio 2016 117
Metabolismo 127
Copa do Mundo e Copa 2014-Brasil 131
Avaliação Física 152
Músculos e Contração Muscular 155
Deficiência Física, Mental, Auditiva e Visual 163
Condicionamento Físico 187
Postura Corporal e Desvios Posturais 202
Alcoolismo, Tabagismo e Dependência Química 210
Alimentação Saudável
A alimentação saudável é a alimentação ou nutrição de comer bem e de 
forma equilibrada para que os adultos mantenham o peso ideal e as crianças se 
desenvolvam bem e intelectualmente, dependendo do hábito alimentar.
Adicionalmente, a alimentação saudável envolve a escolha de alimentos 
não somente para manter o peso ideal, mas também para garantir uma saúde 
plena. As dietas são rotinas alimentares que buscam atingir um determinado 
objetivo, e nem sempre vão ao encontro de conceito de alimentação saudável. Por 
exemplo, dietas restritivas, como a dieta do dr. Atkins, não preenche os critérios 
de alimentação saudável, visto que em que cada um deve ser ingerido nas 
refeições diárias, podem ajudar em alcançar uma alimentação saudável e evitar 
disfunções alimentares. Complementação ou implementação de vitaminas podem 
2
ser necessárias para que uma dieta seja realmente saudável, segundo estudos e 
consensos de especialistas. 
A roda dos Alimentos tem 8 grupos de alimentos com dimensões diferentes, 
representando a proporção do peso que, cada um deles, devia ter na nossa 
alimentação diária.
Muitos alimentos são utilizados na prevenção de doenças específicas ou 
para melhorar aspectos da saúde, sendo considerados alimentos funcionais.
Alimentação saudável é uma dieta composta de proteínas, carboidratos, 
gorduras, fibras, cálcio e outros minerais, como também rica em vitaminas. Para 
isto necessitamos de uma dieta variada, que tenha todos os tipos de alimentos, 
sem abusos e também sem exclusões.
Variar os tipos de cereais, de carnes, de verduras, legumes e frutas, 
alternando as cores dos alimentos. As vitaminas e minerais é que dão as diversas 
colorações aos alimentos
3
Balanço Calórico
Recentemente, a mídia divulgou o grande segredo para perder e ganhar 
peso: o balanço calórico (ou balanço energético). Apesar de a comunidade 
científica já saber disso há pelo menos 10 anos, só agora que resolveram divulgar 
em grande escala.
Primeiramente, é necessário sabermos que 1 Caloria é a quantidade de 
energia necessária para aumentar a temperatura de 1g de água em 1º C. A 
quantidade de calorias contidas nos alimentos significa a quantidade de energia 
que eles contém. Esta energia pode ser em forma de carboidratos, proteínas ou 
gorduras. Cada 1g de carboidrato ou proteína possui 4,6kcal e 1g de gordura 
possui 9,1kcal.
Balanço Calórico é o equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas 
(através de alimentos) e a quantidade de calorias gastas (TMB* + calorias gastas 
com atividades).
Balança 1 - Balanço Calórico em equilíbrio
Quando a ingestão calórica é igual ao gasto, o peso se mantém, pois não 
há necessidade de “buscar” calorias armazenadas nas reservas e nem há caloria 
não utilizada para ser armazenada. Significa que o balanço calórico está em 
equilíbrio (balança 1).
Balança 2 - Balanço Calórico Positivo
Quando a ingestão calórica é maior do que o gasto, o peso aumenta. Neste 
caso, o organismo utiliza a quantidade necessária de calorias e o restante é 
armazenado. Significa que o balanço calórico está positivo (balança 2).
4
Balança 3 - Balanço Calórico Negativo
Finalmente, quando a ingestão calórica é menor do que o gasto, o peso 
diminui. Pois as calorias obtidas na alimentação não são suficientes para suprir o 
gasto, então o organismo recorre às calorias armazenadas. Chamamos isso de 
balanço calórico negativo (balança 3).
Sabendo disso, uma pequena equação é formulada:
Ingestão Calórica – Gasto Calórico = Balanço Calórico
Se o balanço calórico for maior que zero, é positivo, se for menor que zero, 
negativo. E se for igual a zero, ele está em equilíbrio.
Uma pessoa que quer ganhar peso para aumentar a massa muscular, deve 
ter um balanço calórico positivo. Enquanto alguém que quer perder peso 
emagrecendo, deve ter um balanço calórico negativo.
Porém, é importante lembrar que ganhar ou perder peso não é o mesmo 
que engordar ou emagrecer. O peso perdido pode ser de gordura ou de massa 
magra (composta por músculos, ossos, órgãos internos). O tipo do exercício e a 
qualidade da sua dieta é que vão definir isto. É importante saber o que, quando e 
quanto comer para conseguir direcionar esse aumento ou diminuição de peso.
Suposição de gasto calórico através de exercício:
Sabemos que 1g de gordura = 9,1kcal. Então 1kg de gordura = 9100kcal. 
Para queimarmos 9100kcal através do exercício seria necessário correr por mais 
de 15 horas, ou mais de 150 kilometros. (Assustador, não?)
Porém, esta quantidade de calorias gastas no exercício não vêm somente 
das reservas de gordura. No exercício também são utilizadas calorias 
provenientes de gorduras, carboidratos e proteínas circulantes no sangue, além 
das reservas musculares. Sabe-se também que, após o exercício, o organismo 
continua gastando calorias, pois está se recuperando e isso acaba por aumentar o 
gasto calórico total do exercício. Portanto, apesar de 1kg de gordura possuir 
9100kcal, estima-se que o déficit calórico para perder 1 kg de gordura seja de 7 
000 a 7500 kcal.
5
Segundo o Colégio Americano de Medicina Desportiva (ACSM, em inglês), uma 
pessoa pode ter um déficit calórico entre 500 e 1000kcal por dia. Desta forma, 
conseguiria perder, de forma saudável, entre 0,5 e 1kg de gordura por semana.
Na prática, o déficit calórico pode ser maior, fazendo com que a perda de 
peso seja mais rápida, porem, o peso perdido não seria apenas de gordura. O 
processo de perda rápida de peso geralmente vem acompanhado de perda de 
massa muscular. Ainda assim, existem casos de pessoas que perdem peso rápido 
e mantêm a massa muscular.
Daí vem a importância do exercício e da alimentação para o processo de 
perda de peso. Cuidados com exercício e dieta são essenciais para quem quer 
perder peso com saúde. Procure sempre a orientação de um Profissional de 
Educação Física e de um Nutricionista.
—–
*TMB ou Taxa Metabólica Basal = quantidade de calorias que o organismo 
necessita para se manter funcionando
6
7
8
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Uma alimentação equilibrada é aquela que contém diferentes alimentos em 
quantidade suficiente para o crescimento e manutenção do organismo. A 
alimentação influencia diretamente na saúde, no trabalho, no estudo, no lazer e no 
tempo de vida das pessoas
 Quanto mais variada sua alimentação, mais saudável ela será. Evite o uso 
freqüente de alimentos gordurosos .
Nossa alimentação deve conter todos os nutrientes necessários para as 
funções do organismo, como crescimento e renovação de seus componentes, no 
entanto em quantidades consideradas ideais para cada indivíduo, divididas em 6 
refeições diárias.São esses os macronutrientes e os 
micronutrientes:MACRONUTRIENTES: carboidratos (açúcares), lipídios 
(gorduras) e proteínas; MICRONUTRIENTES: minerais, vitaminas e água.
PIRAMIDE ALIMENTAR
A pirâmide é o esquema alimentar mais aceito em nível mundial.
Na base da pirâmide estão os alimentos que devem ser a base da nossa 
alimentação. Pães, massas, batatas, arroz, entre outros, são alimentos ricos em 
carboidratos. Ambos têm como principal função fornecer energia ao nosso corpo. 
A energia é medida em calorias. Os carboidratos são considerados nutrientes 
energéticos, pois têm como função o fornecimento da maior parte da energia 
necessária para o corpo realizar suas atividades normais como andar e trabalhar. 
Os lipídios apesar de também fornecerem grande quantidade de energia, 
não tem como principal função este fornecimento. As gorduras auxiliam na 
absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e k), fornecem saciedade ao 
organismo, produzem hormônios, protegem e isolam órgãos e tecidos. Existem 
dois tipos de lipídios, os saturados, que são produtos de origem animal (carnes, 
manteiga, creme de leite, requeijão) ou origem vegetal sólidos (gordura vegetal 
9
hidrogenada, presente, por exemplo, em sorvetes); e os insaturados, que são mais 
saudáveis e são encontrados na forma líquida como os óleos de canola, soja, 
oliva, de milho e girassol. Como podemos observar eles ocupam só a pontinha da 
pirâmide portanto devem ser ingeridos em pouca quantidade durante o dia. 
As proteínas são tidas como construtores, ou seja, dependem delas a 
formação das unhas, cabelos, regeneração e formação da pele, formação de 
hormônios e além de serem os nutrientes mais abundantes no corpo, elas também 
são responsáveis pela estruturação das células, formação de tecidos, produção de 
anticorpos, entre outras funções igualmente importantes. Suas fontes são: carnes, 
ovos, leite e derivados, feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, nozes, castanha, etc. 
Cada proteína é formada por vários aminoácidos. 
As vitaminas e minerais são os elementos reguladores, importantes por 
participarem do funcionamento intestinal, digestão, circulação sanguínea e 
sistema imunológico. Estão mais concentrados em frutas, verduras e legumes. 
A água, juntamente com o oxigênio é o constituinte mais importante para a 
manutenção da vida, portanto a quantidade de água perdida através da urina, 
fezes, suor e ar expirado deve ser restituída para manter a saúde e a eficiência do 
organismo na digestão, absorção, circulação e excreção. 
As fibras não são consideradas nutrientes, pois não são nem digeridas nem 
absorvidas pelo organismo, no entanto ajudam no funcionamento do intestino, 
previnem doenças e aumentam a sensação de saciedade após uma refeição. 
Estão presentes nos farelos em geral, vegetais folhosos, cereais integrais, casca 
de frutas, aveia, frutas, verduras, lentilha, feijão, soja, etc. 
Após equilibrada a alimentação, contendo pelo menos um representante de 
cada grupo em cada refeição, é importante saber substituir os alimentos mais 
calóricos pelos menos calóricos. Troque o leite integral, queijo, creme de leite, 
requeijão e iogurtes pelo desnatado ou light e por queijos brancos, tipo ricota. É 
muito importante também evitar frituras, refrigerantes e bebidas alcoólicas.
10
SUBSTÂNCIAS ERGOGÊNICAS
A literatura científica se refere aos ergogênicos como sendo substâncias ou 
artifícios utilizados, visando a melhora da performance. O termo ergogênico é 
derivado de duas palavras gregas: ergon (trabalho) e gennan (produzir). Portanto, 
um ergogênico normalmente se refere à alguma coisa que produz ou intensifica o 
trabalho. 
Nos dias de hoje, atletas têm usado ergogênicos visando a melhora da 
performance esportiva, dentro do que seria possível atingir através de suas 
habilidades naturais (genética) e do treinamento. O propósito da maioria dos 
ergogênicos é aumentar a performance através da intensificação da potência 
física (produção de energia), da força mental (controle da energia) ou do limite 
mecânico (eficiência energética); e, desta forma, prevenir ou retardar o início da 
fadiga. . 
 Tabela 1 - Aumentando a performance através da potência física, força 
mental e limite mecânico 
• Para intensificar a potência física 
1. Aumento do tecido muscular usado na produção de energia 
2. Aumento da taxa dos processos metabólicos que produzem energia 
dentro do músculo 
3. Aumento da oferta de energia no músculo durante atividades de maior 
duração 
4. Melhora da liberação das ofertas de energia do músculo 
5. Combate ao acúmulo de substâncias no corpo que interferem na 
ótima produção de energia 
• Para intensificar a força mental 
1. Aumento dos processos psicológicos que maximizam a produção de 
energia 
11
2. Diminuição dos fatores que interferem no ótimo funcionamento 
psicológico 
• Para intensificar os limites mecânicos 
1. Melhora da eficiência dos mecanismos corporais humanos, através da 
diminuição da massa corporal, principalmente da gordura 
2. Melhora da estabilidade, através do aumento da massa corporal, 
principalmente da massa muscular 
 Os ergogênicos podem ser classificados em 5 categorias de "ajuda": (a) 
nutricional, (b) farmacológica, (c) fisiológica, (d) psicológica, e (e) biomecânica e 
mecânica: consistem nas técnicas de treinamento propriamente ditas (ex.: 
uniformes e equipamentos). 
ERGOGÊNICOS NUTRICIONAIS
Os ergogênicos nutricionais servem principalmente para aumentar o tecido 
muscular, a oferta de energia para o músculo, e a taxa de produção de energia no 
músculo. Os nutrientes estão envolvidos com os processos geradores de energia 
através de três funções básicas: (a) alguns deles são utilizados como fonte de 
energia; (b) alguns regulam os processos através dos quais a energia é produzida 
no corpo; e (c) alguns promovem o crescimento, desenvolvimento do tecido 
corporal que produz energia. Uma alimentação adequada é fundamental para que 
consigamos atingir a performance esportiva ótima. Se sua alimentação é 
deficiente em um determinado nutriente que é utilizado fundamentalmente para a 
produção de energia durante o exercício, sua performance será prejudicada. Ou 
seja, se sua dieta for equilibrada sendo composta por alimentos variados, você 
não estará sujeito a uma deficiência nutricional, que irá prejudicar a sua 
performance esportiva. 
Os nutrientes podem ser agrupados em 6 diferentes classes: carboidratos, 
gorduras, proteínas, vitaminas, minerais, e água. Geralmente, carboidrato é 
utilizado como fonte de energia. Gordura fornece energia, e também faz parte da 
12
estrutura da maioria das células. Proteína desempenha uma serie de papeis, 
sendo necessária para: (a) formação de tecido, crescimento e desenvolvimento de 
tecido; (b) formação de enzimas que regulam a produção de energia; e (c) 
energia, sob certas condições (ex.: estoques baixos de carboidrato). As vitaminas 
regulam os processos metabólicos trabalhando como enzimas. Muitos minerais 
também estão envolvidos com a regulação do metabolismo, mas alguns também 
contribuem com a formação da estrutura do nosso corpo com um todo (ex.: o 
cálcio atua como constituinte do tecido ósseo (esqueleto)). Finalmente, a água 
compões a maior parte do nosso peso corporal e ajuda a regular uma variedade 
de processos metabólicos. 
Todos os nutrientes estão envolvidos com a produção de energia de uma maneira 
ou de outra, mas alguns nutrientes específicossão especialmente importantes 
para atletas, cujas taxas de produção de energia podem aumentar 
significativamente durante o exercício. Por exemplo, proteína é o substrato para a 
formação do tecido muscular, carboidratos são a fonte de energia primária no 
músculo, e ferro é essencial para o transporte adequado de oxigênio para a célula 
muscular. 
A Tabela 2 mostra os nutrientes que tem sido estudados em relação a 
performance esportiva. 
 Tabela 2 - Ergogênicos Nutricionais 
• Carboidratos 
o Suplementos de carboidrato 
• Gorduras 
o Suplementação de gordura / Ácidos graxos Ómega-3 / Triglicerídeos 
de cadeia média (TCM) 
• Proteína/Aminoácidos 
o Suplementos de proteína / Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) 
o Arginina, lisina, ornitina /Triptofano /Aspartatos 
13
• Vitaminas 
o Antioxidantes / Ácido pantotênico / Tiamina (B1) / Ácido fólico / 
Riboflavina (B2) / B12 / Niacina / Ácido ascórbico (C) 
o Piridoxina (B6) / Vitamine E 
• Minerais 
o Cálcio / Fosfato / Cromo / Selênio / Ferro / Zinco / Magnésio 
• Água 
• Extratos de plantas 
o Fitosterois anabólicos / Ginseng 
• Outros 
o Suplementos industrialmente formulados / HBM(beta-hidroxi-beta-
metilbutirato) 
 ERGOGÊNICOS FARMACOLÓGICOS- Ergogênicos farmacológicos são drogas 
destinadas a funcionar como hormônios ou neurotransmissores, que são 
encontrados naturalmente no nosso corpo. Como alguns ergogênicos nutricionais, 
os ergogênicos farmacológicos, podem intensificar a potência física através de 
alterações promovidas nos processos metabólicos, levando ao sucesso no 
esporte. Por exemplo, as anfetaminas podem "imitar" os efeitos da epinefrina, um 
hormônio secretado naturalmente durante o exercício que intensifica os processos 
fisiológicos envolvidos com a produção de energia. Os ergogênicos 
farmacológicos também podem afetar a força mental e o limite mecânico.
Ergogênicos farmacológicos têm despertado preocupação, uma vez que o Doping, 
uso de drogas visando aumentar a performance, tem persistido.
Apesar de algumas drogas serem ergogênicos eficazes, o seu uso pode aumentar 
significativamente o risco de vida. A Comissão Médica do Comitê Olímpico 
Internacional (COI) considera que o doping viola a ética tanto do esporte quanto 
da Ciência Médica e, portanto, é proibido.
14
A Tabela 3 mostra alguns exemplos das principais substâncias farmacológicas e 
métodos proibidos pelo COI. 
Tabela 3 - Alguns exemplos das principais substâncias farmacológicas e 
métodos proibidos pelo COI 
• Substâncias proibidas 
o Estimulantes (anfetaminas, cocaína, efedrina) / Narcóticos 
o Anabólicos (esteróides anabólicos, clenbuterol) / Diuréticos 
• Métodos proibidos 
o Doping sangüíneo / Manipulação física, química e farmacológica 
• Drogas sujeitas a certas restrições 
o Álcool / Cafeína / Marijuana / Anestésicos locais / Corticosteroides / 
Beta-bolqueadores 
 ERGOGÊNICOS FISIOLÓGICOS
Ergogênicos fisiológicos são substâncias ou técnicas destinadas a 
intensificar os processos fiológicos naturais que geram a potência física. Como por 
exemplo, o doping sangüíneo , eritropoietina, e inalação de oxigênio. Os 
ergogênicos fisiológicos não são drogas em si, porém têm sido proibidos pelo COI. 
Outros ergogênicos fisiológicos podem estar relacionados aos ergogênicos 
nutricionias. Carnitina e creatina são encontradas nos alimentos, mas são 
nutrientes não essenciais, pois são formados pelo nosso organismo a partir de 
outros nutrientes. Em geral, esses nutrientes não essenciais estão intimamente 
envolvidos com os processos fisiológicos importantes para a performance 
esportiva.
A Tabela 4 dá exemplos de ergogênicos fisiológicos que têm sido estudados em 
relação a sua influência sob a performance esportiva.
 Tabela 4 - Ergogênicos fisiológicos 
15
• Metabolismo celular 
o Carnitina 
o Coenzima Q10 
o Creatina 
o Bicarbonato de cálcio 
• Hormônios (neurotransmissores) 
o Colina 
o DHEA (deidroepiandrosterona) 
o Gonadotropina corionica humana 
o Hormônio do crescimento 
o Testosterona 
• Transporte de oxigênio 
o Doping sangüíneo 
o Eritropoietina 
o Glicerol 
o Inosina 
o Oxigênio 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA ATIVIDADE FÍSICA
16
Efeitos fisiológicos agudos imediatos - também conhecidos como respostas, 
são aqueles que acontecem em associação direta a sessão de exercício. os 
efeitos agudos imediatos, são os que ocorrem nos períodos per e pós-imediato do 
exercício e podem ser exemplificados pelos aumentos de freqüência cardíaca 
(FC), ventilação pulmonar e sudorese, habitualmente associados ao esforço. 
Efeitos fisiológicos agudos tardios - são os efeitos fisiológicos observados ao 
longo das primeiras 24 horas que se seguem a uma sessão de exercícios e 
podem ser exemplificados como na discreta redução dos níveis tensionais, 
especialmente, nos hipertensos, e no aumento do número de receptores de 
insulina nas membranas das células musculares. 
Efeitos fisiológicos crônicos - também denominados como adaptações, são 
aqueles que resultam da exposição freqüente e regular às sessões de exercícios, 
representado os aspectos morfo-funcionais que diferem um indivíduo fisicamente 
treinado, de um outro sedentário . Dentre os achados mais comuns dos efeitos 
crônicos do exercícios físicos estão a hipertrofia muscular e o aumento do 
consumo máximo de oxigênio
Higiene Pessoal
17
A higiene(Gr. hygieiné) consiste numa prática de grande benefício para os seres 
humanos. Em seu sentido mais comum, significa: limpeza, asseio. Num sentido 
mais amplo, compreende todos os hábitos e condutas que auxiliam a prevenir 
doenças, manter a saúde e o bem estar dos indivíduos.
O aumento dos padrões de higiene tem sido responsável pela prevenção de 
inúmeras doenças físicas. Estudos socio-epidemiológicos têm demonstrado que 
as medidas de maior impacto na promoção da saúde de uma população estão 
relacionadas à melhoria dos padrões de higiene e nutrição da mesma.’
Muitas das doenças infecto-contagiosas existentes são encontradas, com 
frequencia, em locais com baixos padrões de higiene, o que se correlaciona com 
baixa escolaridade e pouco acesso à informação. Tais ambientes, gerados por 
uma interação pouco consciente do homem com seu entorno, são propícios à 
disseminação tanto de vetores de doenças (moscas, baratas, ratos e outros 
vetores) quanto dos organismos patogênicos (bactérias, fungos, protozoários, 
vermes) . Por essas e outras razões a Organização Mundial da Saúde recomenda 
asseio e limpeza nos locais em que vivemos, bem como uma série de hábitos que 
envolvem mudanças de comportamento frente ao meio circundante, como forma 
de se evitar a propagação dessas doenças.
Higiene doméstica
Existem muitas maneiras de se manter o asseio em nosso lar. Algumas dessas 
maneiras são:
• Tomar banho regularmente 
• Lavar as mãos sempre após usarmos o banheiro 
• Lavar bem nossas roupas 
• Lavar bem os alimentos frescos 
• Permitir a circulação de ar e entrada de luz nos ambientes 
18
• Evitar acúmulo do objetos sem organização, que predispõem a acidentes 
Esses são cuidados simples, porém, são cuidados que tem resultado na 
preservação da saúde de muitas famílias ao redor do mundo.
LAVAGEM DE MÃOS
A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior 
importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser 
praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa.Quando lavar as mãos 
- No início e no fim do turno de trabalho.
- Antes de preparar medicação.
- Antes e após o uso de luvas.
- De utilizar o banheiro.
- Antes e depois de contato com pacientes.
- Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham 
sido usadas. 
- Antes e depois de manusear catéteres vasculares, sonda vesical, tubo 
orotraqueal e outros dispositivos
- Após o contato direto com secreções e matéria orgânica.
- Após o contato com superfícies e artigos contaminados.
- Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente.
- Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente.
- Após coçar ou assoar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar, 
manusear dinheiro
- Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.
- Após manusear quaisquer resíduos.
- Ao término de cada tarefa.
- Ao término da jornada de trabalho.
 Técnica de lavagem das mãos 
1. Retirar anéis, pulseiras e relógio.
2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar na pia.
19
3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser, de 
preferência, líquido e hipoalergênico.
4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos.
5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços 
interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas 
deverá ser feito com atenção).
6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos.
7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando 
totalmente o resíduo do sabão.
8. Enxugar as mãos com papel toalha.
9. Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha; 
ou ainda, sem nenhum toque, se a torneira for fotoelétrica. Nunca use as mãos.
20
Artes marciais
As artes marciais são sistemas de práticas e tradições para treinamento de 
combate, usualmente (mas nem sempre) sem o uso de armas de fogo ou outros 
dispositivos modernos. Sua origem confunde-se com o desenvolvimento da 
civilização quando, logo após o desenvolvimento da onda tecnológica agrícola, 
alguns começam a acumular riqueza e poder, ensejando o surgimento de cobiça, 
inveja, e seu corolário, a agressão. A necessidade abriu espaço para a 
profissionalização da proteção pessoal. Embora a versão mais conhecida da arte 
marcial, principalmente a história oriental, tenha como foco principal Bodhidharma 
monge indiano que em viagem a china orientou os monges chineses na prática do 
yoga e rudimentos da arte marcial indiana o que caracterizou posteriormente na 
criação de um estilo próprio pelos monges de shaolin, é sabido históricamente, 
através da tradição oral e escavações arqueológicas que o kung fu já existia na 
China há mais de cinco mil anos.Da China estes conhecimentos se espandiram 
por quase toda a ásia. Japão e Coréia também têm tradição milenar em artes 
marciais.Recentes descobertas arqueológicas também mostram guardas 
pessoais, na Mesopotâmia, praticando técnicas de defesa e de imobilização de 
agressores. Paralelamente, o mundo ocidental desenvolveu outros sistemas, 
como o Savate francês, ou a Capoeira brasileira.
Atualmente, pessoas de todo o mundo estudam artes marciais por diferentes 
motivos como condicionamento físico, defesa pessoal, coordenação física, lazer, 
desenvolvimento de disciplina, participação em um grupo social, e estruturação de 
uma personalidade sadia pois a prática possibilita o estravasamento da tensão 
que harmoniza o indivíduo focalizando-o positivamente.
Artes Marciais:
O termos artes marciais é um termo ocidental e latino referentes as artes de 
guerra e luta. Este termo veio em relação ao deus da guerrra greco-romano Marte, 
21
ou seja, as artes marciais são as artes ensinadas pelo Deus Marte aos homens, 
segundo a mitologia. Hoje o termo artes marciais é usado para todos os sistemas 
de combate de origem oriental e ocidental, com ou sem o uso de armas 
tradicionais, termo este que é errôneo, sendo que a origem das lutas no oriente 
está muito diferenciada aos aspectos vistos destas práticas no ocidente. As artes 
militares ou marciais podemos determinar que são todas as práticas utilizadas 
pelos exercitos no desenvolvimento de treinamento e habilidades para o uso em 
guerras nao importando a origem ou povo que a criou. No oriente existem outros 
termos mais adequados para a definição destas artes como Wu-Shu na China e 
Bu-Shi-Do no Japão que tambem significam artes de guerra, ou "Caminho do 
Guerreiro". Mutas destas artes de guerra do oriente e ocidente deram origem a 
artes atuais que hoje são praticados em todo o mundo como Karate, Kung Fu, Tae 
Kwon Do, Esgrima, Arqueirismo, Hipismo etc, e se diferem dos esportes de 
combate como o Boxe, Judo, Luta Olimpica, pois no esporte a competição as 
regras prevalecem pois o objetivo é ver aquele que marca mais pontos dentro de 
uma regra, já as modalidades que tem uma origem mais marcial tem como 
objetivo a defea pessoal em uma situação de risco sem regras, e com o enfoque 
principal na formação do carater do ser humano. No Japão estas artes são 
chamadas de Bu-Do ou "Um caminho educacional através das lutas".
Na China as artes de lutas estão classificadas em dois grupos: Wu-Shu = artes de 
guerra onde se encontra os estilos tradicionais mais antigos, que se sub dividem 
em: Estilos externos = que usam a força fisica. Ex: Shaolin e suas divisões. Estilos 
Internos = que usam a Energia KI. Ex: Tai Chi, Ba Gua, Xing Y.
Kuo-Shu = artes chinesas, onde se encontra os estilos mais recentes e modernos, 
muito destes adaptados a competição.
No Japão as artes da lutam tambem se dividem em dois grupos: Bushi-Do = artes 
da guerra. Ex. Ju Jitsu (tradicioanl) Ken jutsu, I Ai Jutsu, Nihon Kobudo etc. Bu-Do 
= Artes atuais muitas com origem no Bushi-Do e outras que amntiveram-se desde 
a antiguidade. Ex: Karate, Judo, Aikido, kendo, Kyu Do etc.
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Classificação dos estilos de luta: Estilos Tradicionais: são aqueles que mantem os 
traços originais e que são transmitidos de geração em geração.EX: Ken Jutsu, 
Okinawa Kobudo, Karate-Do. Estilos Modernos: são aqueles que foram criados a 
partir das experiencias dos antigos mestres mas adaptados ao mundo atual 
utilizando a tradição nos dias de hoje.EX: Judo, Karate-Do. Estilos Sinteticos:são 
aqueles que se formarama partir da união de varios estilos de luta: EX: kick boxing 
(Boxe + Karate+ Taekwondo).
No Ocidente as lutas estão vinciuladas unicamente a sistemas de luta e defesa 
pessoal ao contrario do oriente que possui um sistema filosofico fundamentado em 
cranças e religiões que preparam o praticante fisico e espiritualmente. os estilos 
ocidentais de luta podemos citar: Savate, Kick Boxing, Boxe, Luta Livre, Capoeira, 
Esgrima, Sambo, Krav Maga, e outros mais recentes criados da mescla com 
sistemas de luta orientais.
Karatê
Caraté, karaté ou caratê (em japonês: 空手, transl. karate, AFI: [kɑʀɑtə]) ou caratê-dô 
( 空 手道 , transl. karate-dō AFI: [kɑʀɑtədɵ]) é uma arte marcial japonesa que se 
desenvolveu a partir da arte marcial autóctone de Oquinaua sob influência do chuan fa 
chinês[b] e dos koryu japoneses (modalidades tradicionais de luta), incorporando aspectos 
das disciplinas guerreiras, ou budō. 
A influência do chinesa foi maior num primeiro estádio de desenvolvimento, cambiando 
um paradigma primitivo de simples luta com agarrões e projeções para um com mais ênfase 
nos golpes traumáticos, e se fez sentir nas técnicas dos estilos mais fluidos e pragmáticos da 
China meridional. Depois, por causa de alterações da cércea geo-política,sobreveio a 
predominância das disciplinas de combate do Japão e nesse período o paradigma tende a 
simplificar ainda mais os movimentos, tornando-os mais directos com o renunciando àquilo 
que não seria útil ou que fosse mero floreio.[1]
O repertório técnico da arte marcial abrange principalmente golpes contundentes — atemi 
waza —, como pontapés, socos, joelhadas, bofetadas etc., executadas com as mãos 
desarmadas. Todavia, técnicas de projeção, imobilização e bloqueios — nage waza, katame 
waza, uke waza — também são ensinados, com maior ou menor ênfase dependendo do 
onde ou qual estilo/escola se aprende.[3]
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Grosso modo, pode-se afirmar que a evolução desta arte marcial aconteceu capitaneada por 
renomados mestres, que a conduziram e assentaram suas bases, resultando no caratê 
moderno, cujo trinômio básico de aprendizado repousa em kihon (técnicas básicas), kata 
(sequência de técnicas, simulando luta com várias aplicações práticas) e kumite 
(enfrentamento propriamente dito, que pode ser mero simulacro ou dar-se de maneira 
esportiva/competitiva ou mais próxima da realidade). Esse processo evolutivo também 
mostra que a modalidade surgida como se fosse uma única haste acabou por se trifurcar e, 
por fim, tornou-se uma miríade de diversas variações sobre um mesmo tema. 
O estádio da transição entre os séculos XX e XXI revela que a maioria das escolas de caratê 
tem dado ênfase à evolução do condicionamento físico, desenvolvendo velocidade, 
flexibilidade e capacidade aeróbica para participação de competições de esporte de 
combate, ficando relegada àquelas poucas escolas tradicionalistas a prática de exercícios 
mais rigorosos, que visam desenvolver a resistência dos membros, e de provas de 
quebramento de tábuas de madeira, tijolo ou gelo. De um modo simples, há duas correntes 
maiores, uma tendente a preservar os caracteres marcial e filosófico do caratê e outra, que 
pretende firmar os aspectos esportivo e lúdico. 
A partir do primeiro quartel do século XX, o processo de segmentação instalou-se de vez, 
aparecendo diversos sodalícios e silogeus, até uus dentro dos outros, pretendendo difundir 
seu modo peculiar de entender e desenvolver o caratê, a despeito de comungarem de 
similitude técnica e de origem. Tal circunstância, que foi combatida por mestres de renome, 
acabou por se consolidar e gera como consequência a falta de padronização e entendimento 
entre entidades e praticantes. Daí, posto que aceito mundialmente como esporte, 
classificado como esporte olímpico e participando dos Jogos Pan-Americanos, não há um 
sistema unificado de valoração para as competições, ocasionando grande dificuldade para 
sua aceitação como esporte presente nos Jogos Olímpicos. 
Em que pese a enorme fragmentação, os inúmeros contubérnios procuram ainda seguir um 
moldelo pedagógico mais ou menos comum. E neste ambiente, distingue-se o mero 
praticante, ou carateista, daquele estudioso dedicado da arte marcial, carateca, o qual busca 
desenvolver disciplina, filosofia e ética, além de aprender simples movimentos e 
condicionamento físico. Nessa mesma linha, aquele carateca que alcança o grau de 
faixa/cinturão preto(a) é chamado de sensei. E os sítios de aprendizado são chamados de 
dojôs, sendo estes, via de regra, filiados a alguma linhagem/estilo.
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DANÇA
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antigüidade, ao lado do teatro 
e da música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente 
estabelecidos (coreografia), ou improvisados (dança livre). Na maior parte dos 
casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de 
música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.
Dança pode ser diretamente participatória, social ou executada para uma platéia. 
Ela pode ser cerimonial, competitiva ou erótica. Movimentos de dança podem não 
conter qualquer significado por si só, como no balé, ou conter todo um sistema 
simbólico como nos muitos estilos de dança asiáticos. Dança pode envolver ou 
expressar idéias, emoções ou contar uma história
O maxixe foi o primeiro tipo de dança urbana surgida no Brasil. Era dançado em 
locais que não atendiam a moral e aos bons costumes da época, como em forrós, 
gafieiras da cidade nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro. Por volta de 
1875, estendendo-se mais tarde aos clubes carnavalescos e aos palcos dos 
teatros de revista. Os homens de classes mais privilegiadas freqüentavam esses 
bailes e gafieiras, em busca da sensualidade das danças africanas.
"Os pares enlaçam-se pelas pernas e braços, apoiando-se pela testa, essa 
maneira de dançar lhe valeu o título de escandalosa e excomungada. Foi 
perseguida pela polícia, igreja, chefes de família e educadores. Para que 
pudessem ser tocadas em casa de família, as partituras de maxixe traziam o 
impróprio nome de "Tango Brasileiro".
Era uma forma de dançar não atrelada a um gênero musical específico, sendo 
inicialmente dançado ao ritmo do tango, da havaneira, da polca ou do lundu. Só 
nos fins do século XIX, as casas editoriais consideraram-no um gênero musical, 
imprimindo as músicas com essa classificação: "a primeira dança genuinamente 
brasileira".
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No início do século, alcançou grande sucesso nos palcos europeus, sendo 
apresentada com requintes coreográficos pelo dançarino Duque, na França e na 
Inglaterra, em 1914 e 1922, quando entrou em declínio cedendo espaço ao fox-
trote e posteriormente ao samba.
A dança originou-se na África como parte essencial da vida nas aldeias. Ela 
acentua a unidade entre seus membros. Em sua maioria, todos os homens, 
mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em 
torno dos bailarinos. Todos os acontecimento da vida africana são comemorados 
com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é aparte mais importante 
das festas realizadas para agradecer aos deuses,uma colheita farta.
As danças africanas variam muito de região para região, mas a maioria delas tem 
certas caracteristicas em comum. Os participamtes geralmente dançam em filas 
ou em círculos, raramente dançam sós ou em par. As danças chegam a 
apresentar algumas veses até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos 
podem usar máscaras ou enfeitar-se.
 
A dança está presente no dia-a-dia das pessoas, seja no vilarejo ou no bosque 
sagrado ou das florestas. A dança interrompe a monotonia e estrutura do tempo. 
Assim como uma canção, a dança é uma forma de contar histórias. 
Dança e Esporte
Pular deitar e rolar fazem parte do jogo da capoeira. Não escapa se quer um 
músculo sem ser trabalhado ao ritmo do berimbau do atabaque e do pandeiro. 
Desenvolvem aspectos motores, passa noções de disciplina canaliza a 
agressividade.
Esse jogo conquista pai, mãe e a garotada: tem música que brasileiro nenhum 
dispensa; a seqüência dos movimentos parece uma dança e faz bem para a 
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mente. Além disso pode ser a "senha" para despertar o interesse de seu filho por 
esporte.
Dos tempos da escravidão pra cá, muita coisa aconteceu no mundo da capoeira, 
foram crises proibição, liberação, perseguição e etc ... Atualmente a capoeira é 
reconhecida e praticada mundialmente por um número muito grande de pessoas
Danças afro-brasileiras
O tipo de Angola
Veio da Angola e foi trazido pelos escravos negros como passatempo. Seu modo 
de dança é muito detalhista onde os movimento são efeitos lentamente com um 
ritmobem devagar.
Regional
Este foi adaptado pelo brasileiros sendo assim o mais praticando hoje em dia. Seu 
modo de dança é mais agressivo, sendo comparado muito mais com uma arte 
marcial do que uma dança.
Capoeira
Tudo começou com uma dança da zebra.
A palavra capoeira não é Africana, como se costuma pensar. Ele vem do tupi, 
kapueira, e possui dois significados - mato rolo ou roçado ou um cesto ou gaiola 
para carregar animais e mantimento.
Os historiadores falam sobre o berço da capoeira, que pode ser rural ou urbano.
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Uns enxergam seu nascimento no campo, entre grandes plantações de cana e 
engenhos de açúcar onde as clareiras abertas no mato serviriam de canal para 
fuga dos escravos e espaços para o lazer. 
Dança do Congo - É uma dança teatralizada que tem lugar na gravana, ao ar livre, 
realizada durante as festas religiosas e populares. Cada grupo de Dança do 
Congo é constituído por uma seção musical (três ou quatro tambores, flautas e 
canzás) e um número variável de figurantes, todos eles hábeis dançarinos: o 
capitão congo, o logozu, o anju môlê (anjo que morreu), o anju cantá (anjo 
cantador), o opé pó (figura que executa diversas acrobacias), ulogi o feiticeiro, o 
zuguzugu (ajudante de feiticeiro), três ou quatro bobos, o djabu (diabo) e dez a 
dezoito soldados dançarinos.
ÚSSUA - Dança de salão, de grande elegância (uma espécie de mazurka 
africana), em que os pares são conduzidos por um mestre de cerimônias, ao ritmo 
lento do tambor, do pito doxi (flauta) e da corneta. Todos os dançarinos usam 
trajes tradicionais: as mulheres saia e quimono, xale ou pano de manta; os 
homens trazem chapéus de palhinha e usam no braço uma toalha bordada (que 
serve para limpar o suor do rosto).
DEXA - Típica da ilha do Príncipe de raízes angolanas. Ao ritmo de um tambor e 
de uma corneta, diversos pares executam danças de roda. As letras são quase 
sempre humorísticas, e implicam uma réplica da parte do visado. A dexa é 
dançada durante horas inteiras, apenas com ligeiras modificações.
PUITA E D'JAMBI - Provavelmente com raízes angolanas, a puita é uma dança 
fortemente erótica, em que o tambor avança de forma frenética, obsessiva, 
sensual, pela noite dentro. Homens e mulheres formam filas indianas e, à mistura 
com alguns semi rodopios, fazem entrechocar os corpos de forma sexualmente 
explícita. Quando um parente deixa este mundo é de praxe executar-se uma puita 
em sua homenagem. A falta de cumprimento a este ritual pode ocasionar 
desventuras na família. Mas a puíta é tocada em muitas outras ocasiões, sendo 
uma das formas de música mais populares em São Tomé.
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BLIGÁ (ou jogo do cacete) - É um misto de dança e jogo lúdico, em que a destreza 
e o vigor fisico se aliam a uma sofisticada corporalidade e gestualidade que fazem 
por vezes lembrar certas artes marciais orientais. O bligá (que significa brigar) foi 
certamente, tal como a capoeira no Brasil, um modo de os escravos exercitarem 
uma arte de autodefesa sem que as autoridades disso se apercebessem.
SOCOPÉ - Os grupos de socopé são sociedades musicais com estandarte e 
fardamento próprio, organizadas segundo uma rigorosa estrutura hierárquica, que 
vai do Presidente aos sócios (os "membros" e as "membras"). As músicas têm um 
ritmo bastante lento, quase em tom de lamento, e os textos servem na maior parte 
das vezes para expor os principais problemas da comunidade ou para fazer crítica 
social ou de costumes.
CABETULA - Estilo de dança executado na região de Luanda em ocasiões 
festivas mas propriamente no período carnavalesco, por essa razão por vezes é 
conhecida como a dança do Grupo Carnavalesco União mundo da Ilha.
STLEVA E TLUNDU - O stleva e o tlundu são as únicas representações teatrais 
musicadas que não acontecem durante a gravana.
SUNGURA - Dança usual entre os povos da região sul de Angola (região do 
Huambo e Bié), também executada em cerimónias e rituais tradicionais, 
normalmente dançado em grupo.
DANÇAS DE SALÃO - As danças de salão, mais conhecida por Kizomba, é uma 
dança executada preferencialmente em festas e cerimoniais, alias, Kizomba 
significa festa. Começou a ser executado nos Centros Recreativos e Culturais dos 
subúrbios luandenses e praticado nos primórdios por dançarinos profissionais no 
tempo colonial (tendo se generalizado nos dias de hoje), provavelmente entre as 
décadas de 60 e 70. 
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Danças Típicas
Ao falar de danças regionais brasileiras introduzimos falando um pouco a 
respeito de nosso folclore. Folclore é um termo criado em 1846 pelo arqueólogo 
inglês William Thoms e significa "saber popular". A origem do folclore brasileiro é 
relativamente recente, resultando do encontro de tradições culturais diversas, 
predominando a origem européia. A influência indígena e negra aumenta ou 
diminui conforme a região e, por isso, apresenta uma grande diversificação 
regional. A Igreja Católica desempenhou importante papel no processo de 
formação de um folclore brasileiro, criando acompanhamentos religiosos de 
cantos, músicas e danças indígenas que acabaram se desligando da Igreja e até 
hoje persistem criando cortejos com danças e representações.
Congada
É praticada do Ceará ao Rio Grande do Sul, assumindo características 
regionais. A dança dos congos foi trazida pelos escravos negros e usada pelos 
jesuítas para sublimar o instinto guerreiro do negro, criando uma luta irreal entre 
cristãos e pagãos. Embora ocorra em vários locais, onde se conserva a tradição, é 
na cidade da Lapa (Paraná) que é geralmente celebrada a congada, na festa de 
São Benedito, o santo negro - 26 de dezembro. O assunto é o mesmo em todos 
os estados, variando os passos de dança, os instrumentos e o motivo da festa. A 
história se desenrola entre o rei "Guanaime" e seus fidalgos, que reunidos para 
homenagear São Benedito, não podem fazê-lo devido a intenso barulho de 
pagãos de outra tribo. A batalha é ritmada ao som de tambores e cantos.
Reisado
Muito comum no Nordeste (Recife, Bahia e ainda no Rio de Janeiro), reúne 
canto, danças e declamações. É realizada no período entre as festas de Natal ao 
Diade Reis.
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Maracatu
O Maracatu nasceu em Recife, sendo inicialmente um cortejo para louvar Nossa 
Senhora do Rosário dos Negros. Porém, aos poucos, foi passando so sagrado 
para o profano, misturando músicas e danças. Os diversos grupos eram liderados 
por estandartes representando figuras de animais, essa representação deve estar 
ligada à origem totêmica de tribos africanas, sendo sua origem sudanesa. Originou 
também um ritmo musical especial. Figuras características: o rei e a rainha, que 
dão um sabor todo especial e, com sua presença, fixa-se a linha de matriarcado, 
tão do gosto africano.
Dança coletiva muito praticada em Pernambuco, representa um desfile em 
homenagem a uma rei africano. O séquito real, composto, se dirige à igreja 
seguido pelos músicos, executando figuras de grande efeito coreográfico. Depois 
de uma saudação com fogos de artifícios, os bailados são executados com muita 
agilidade, incluindo um sapateado admirável. Quem canta não dança, e quem 
dança não canta. A dança vem se propagando nas principais capitais brasileiras e, 
no Rio de Janeiro, tomou-se muito popular nos últimos anos graças ao trabalho do 
grupo Rio Maracatu.
Bumba meu boi
É uma representação folclórica típica de norte a sul do Brasil. É considerado mais 
imponente no Maranhão. Constitui um auto popular ligado à vida no campo, em 
que se conta, com variações,músicas e ritmo e indumentária característica. O 
drama é o seguinte: O dono do boi vê um homem negro roubar o seu animal 
porque sua esposa grávida, estava com vontade de comer língua de boi. O boi é 
morto e, para que não haja o castigo, é preciso ser ressuscitado. Essa tarefa cabe 
ao pajé. Em todo o desenrolar da cena satiriza-se a vida local, faz-se coletas para 
o próximo "Boi" e termina sempre com um final feliz: depois de incontáveis 
peripécias, o boi ressuscita e todo mundo fica contente. Em geral é festejado em 
junho. Como em todos os autos, se mesclam muitos elementos de arte popular: 
coreografia, adornos, vestimentas e comidas típicas.
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Samba de roda
Dança de origem africana, que faz evoluções em um círculo. Muito 
praticado na Bahia e no Rio de Janeiro, parece um baile ao ar livre, do qual todos 
podem participar se movimentando à vontade, desde que convidados por uma 
"umbigada"
Frevo
Uma das danças mais contagiantes e brejeiras do folclore nacional. Sua 
música é inspirada num misto de marcha rápida e polca. A comunicabilidade da 
música é encantadora, o que torna o frevo uma dança de multidão. Sua área de 
influência é o Nordeste, sendo muito dançado especialmente em Pernambuco. 
Rico em espontaneidade e improvisação, o frevo permite que o dançarino exercite 
sua criatividade, fazendo passos que, em alguns casos, chegam ao malabarismo.
Uma das danças mais contagiantes e brejeiras do folclore nacional. Sua música é 
inspirada num misto de marcha rápida e polca. A comunicabilidade da música é 
encantadora, o que torna o frevo uma dança de multidão. Sua área de influência é 
o Nordeste, sendo muito dançado especialmente em Pernambuco. Rico em 
espontaneidade e improvisação, o frevo permite que o dançarino exercite sua 
criatividade, fazendo passos que, em alguns casos, chegam ao malabarismo.
Candomblé
Cerimônia religiosa de origem Bantu, na qual são evocados os Orixás através de 
batidas de atabaque. A ordem de chamada dos deuses varia em cada terreiro, 
mas sempre se inicia por Exu - o mensageiro dos deuses - e termina com Oxalá - 
o Senhor do Céu. Cada divindade recebe, no m[inimo, três cânticos com danças 
que representam suas histórias e mitos.
Afoxé
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Cortejo de rua que normalmente sai no carnaval. As melodias, quase todas em 
Yorubá, são puxadas em solo e repetidas em coro. Tem sua fundamentação nos 
preceitos religiosos ligados ao culto dos Orixás. Sua maior representação se 
apresenta nos festejos carnavalescos de Salvador, na Bahia, onde grupos de 
afoxés conseguem arrastar multidões de foliões.
Caboclinho
Considerada uma das mais aprimoradas danças do Nordeste, com partes 
coreográfadas - conhecidas por "manobras" - que exigem muita agilidade e 
habilidade de execução. As danças, ricas em mímicas, ora simulam lutas 
guerreriras, ora rituais de caça ou trabalhos agrícolas dos indígenas. A dança se 
faz presente em algumas das principais capitais do Nordeste e também tem 
grande força no interior.
Maculelê
Dança pertencente ao folclore da Bahia representa uma luta em que os homens, 
providos de um bastão ou facão, fazem com que estes se cruzem com uma batida 
que obedece ao ritmo marcado pelo acompanhamento musical.
Capoeira
Jogo embalado por som de berimbau e pandeiro, com características de luta, em 
que os adversários não se agarram, mas desferem uma sucessão de golpes com 
os pés, experimentando a guarda do oponente, de forma bastante acrobática. Sua 
origem vem dos quilombos, onde os negros desenvolveram sua movimentação 
como defesa pessoal e mesmo para atacar os inimigos, a partir da imitação de 
animais como gatos, macacos, cavalos, cobras ou aves. É hojé uma dança 
difundinda nas principais capitais brasileiras e uma das mais conhecidas e 
praticadas no exterior.
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Maxixe
Surgiu como dança popular, aproximadamente em 1870, no Rio de Janeiro, da 
maneira livre de dançar os gêneros de música em voga na época - principalmente 
a polca, o schottisch e a mazurca. Segundo Ramos Tinhorão, "o maxixe resultou 
do esforço dos músicos de choro em adaptar o ritmo das músicas à tendência aos 
volteios e requebros de corpo com que mestiços, negros e brancos do povo 
teimavam em complicar os passos das danças de salão."
O maxixe era uma dança extremamente sensual em seus requebros, repudiada 
durante muito tempo pelos salões burgueses que só a aceitaram depois, com 
reservas, porém impondo uma discreta figuração do ritmo. O primeiro compositor 
brasileiro a estilizar o ritmo do maxixe foi o pianista Ernesto Nazareth (1863 - 
1934). Como dança o maxixe morreu ao longo da década de 1930 e, como 
canção, um pequeno exemplo contemporâneo foi dado em 1968, quando Chico 
Buarque de Holanda aproveitou seu ritmo na Segunda parte do samba "Bom 
Tempo", segundo colocado na I Bienal do Samba da TV-Record. O maxixe chegou 
a ser estilizado e lançado como dança pelo coreógrafo americano Hermes Pan, no 
filme "Voando para o Rio". (1934).
Samba
Como dança, tem suas origens possivelmente em Angola e no Congo e foi trazida 
para o Brasil pelos escravos destas regiões. O nome supõe-se, seja proveniente 
da palavra sembe que era a umbigada, ponto culminante da dança. Era 
inicialmente dançado nos terreiros das senzalas, à noite, após o dia de labor dos 
escravos. Primeiramente foi difundida no Maranhão e Bahia, chegou ao Rio de 
Janeiro em fins do século XIX. Era uma dança coreográfica com ritmo 
compassado marcado com batidas de pé e animada por violentos sons de 
percussão, e somente a partir da primeira década do século XX passou a ter um 
aproveitamento estilizado. Depois da abolição, os negros se espalharam pelas 
cidades mas continuaram com seus usos e costumes. São muitas vezes 
divergentes as teses sobre o surgimento dos primeiros sambas, mas a maioria dos 
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pesquisadores inclina-se pela notícia de que foi na rua Visconde Itaúna, 117, Rio 
de Janeiro, na chamada "Casa de tia Ciata", uma velha baiana, em animadas 
reuniões musicais, que surgiram as primeiras composições
Xaxado
É ao grupo de Lampião, o Rei do Cangaço, que se deve o fato de todo o Nordeste 
conhecer o Xaxado. Essa dança sertaneja marca a época em que os "cabras 
machos" afrontavam a polícia com um canto chamado "parraxaxá".
Da dança do Xaxado, os cangaceiros fazem de seus rifles suas damas e, em fila, 
seguem, sem volteios, arrastando suas alpargatas pelo chão. Avançando com o 
pé direito em três ou quatro movimentos laterais e puxando, em seguida o pé 
esquerdo, produzem o "xá, xá, xá" das alpargatas (cuja onomatopéia deu origem 
ao nome Xaxado), fazendo o acompanhamento originário do som da viola. Tudo 
resulta em um bailado rápido e vigoroso. 
A música é simples e de fácil aprendizado. No início, era executada sem 
acompanhamento instrumental. Hoje, no entanto, há a sanfona, o zabumba e o 
triângulo. 
Originalmente dançado apenas por homens, o Xaxado agora recebe também 
participações de mulheres. Elas representam a figura de Maria Bonita, um tanto 
quanto responsável pela valentia de Lampião.
Carimbo
Dança e música típicas do Pará. Seu principal instrumento é o que lhe empresta o 
nome: um tambor feito de tronco cavado com um couro de veado bem esticado, 
onde seu tocador se senta e bate com as duas mãos. Sua coreografia se 
caracteriza com dança de roda que reúne homens e mulheres que se 
movimentam acompanhando as notas da música, bem como seu ritmo.
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Fandango
Introduzido noBRasil e adaptado aos gostos e características de cada região, é 
particularmente apreciado no Nordeste e nos estados do Sul. De requintada 
estética e elegância, o grande efeito cênico de suas diversas coreografias locais 
fez o fandango uma das danças mais admiradas do folclore brasileiro.
Danças ameríndias tradicionais
Danças de Umbigada
As danças de umbigada ou sambas, rementem a uma ampla coleção de danças e ritmos 
afro-brasileiros derivados do semba, proveniente do atual território Angolano. O ritmo, 
originalmente associado à cultos à fertilidade, caracteriza-se pelo forte carácter lascivo da 
evolução e o movimento de choque entre os umbigos de dois dançantes - e advém do seu 
nome, que significa o que gira em torno do umbigo ou umbigada. No Brasil escravagista, o 
semba tornou-se uma forma de expressão extremamente popular entre os escravos congo-
angolanos, que o inseriam em contextos de celebrações afro-católicas e candomblecistas, 
além festividades de cunho essencialmente profano.
Os dança , geralmente, se dispõem em roda, e acompanham os instrumentos musicais ao 
som de palmas. A cada vez, um dançarino é convidado a ir ao centro da roda por meio de 
uma umbigada, onde dança até umbigar um outro integrante, e assim reiniciar todo o ciclo. 
Predominantemente feminina, a evolução da dança marca-se pelo energético balançar das 
saias, um característica ibérica que se mantém em boa parte dos sambas e se combina ao 
uso de instrumentos improvisados, como pratos comuns e pedaços de troncos ocos. São 
exemplos de danças de umbigada: A umbigada é muito conhecida no mato grosso do sul
• Coco-de-Roda
• Jongo
• Quilombo (dança)
• Samba de cacete
• Samba caipira
• Samba de Coco
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• Samba de Roda
• Tambor de Crioula
Certas danças, tais como o Samba carioca, o Carimbó e suas respectivas vertentes, podem 
ser, ao menos teoricamente, classificadas como danças de umbigada, pois, embora tenham 
perdido o movimento tradicional com o umbigo ao longo da evolução histórica, conservam 
um número expressivo de características que as descrevem como tal.
Danças indígenas
Danças indigenas são as danças de culturas dando razão a vários deuses. Cada grupo ou 
tribo indigena tem seu deus ou sua deusa celebrando assim todos os dias à sua divindade 
maiores.
Danças "ecléticas"
Araruna Afoxé Axé Bambaê Bandanejo Baiao
Balaina Bossa Nova Bugio Bumba-Meu-
Boi
Caboclinho Calango
Capoeira Caterete Ciranda Congada Fandango Forró
Frevo Funk Lambada Maculelê Maxixe Merengue
Reisado Samba Samba De 
Gabieira
Samba De Roda Seresta Xaxado
Xote Zouk Forró
Cidadania
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A cidadania, em Direito, é a condição da pessoa natural que, como membro de 
um Estado, encontra-se no gozo dos direitos que lhe permitem participar da vida 
política.
A cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza um indivíduo e que lhe 
permitem intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de 
modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao 
votar (direto), seja ao concorrer a cargo público (indireto).
A nacionalidade é pressuposto da cidadania - ser nacional de um Estado é 
condição primordial para o exercício dos direitos políticos. Entretanto, se todo 
cidadão é nacional de um Estado, nem todo nacional é cidadão - os indivíduos que 
não estejam investidos de direitos políticos podem ser nacionais de um Estado 
sem serem cidadãos.
No Brasil
Os direitos políticos são regulados no Brasil pela Constituição Federal em seu art. 
14, que estabelece como princípio da participação na vida política nacional o 
sufrágio universal. Nos termos da norma constitucional, o alistamento eleitoral e o 
voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos, e facultativos para os 
analfabetos, os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos e os maiores de 
setenta anos.
A Constituição proíbe o alistamento eleitoral dos estrangeiros e dos brasileiros 
conscritos no serviço militar obrigatório, considera a nacionalidade brasileira como 
condição de elegibilidade e remete à legislação infra-constitucional a 
regulamentação de outros casos de inelegibilidade (lei complementar n. 64, de 18 
de maio de 1990).
O que é Cidadania 
38
A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer cidade. 
A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação política de 
uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. Segundo 
Dalmo Dallari: 
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a 
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem 
não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de 
decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. 
(DALLARI, Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14) 
No Brasil, estamos gestando a nossa cidadania. Damos passos importantes 
com o processo de redemocratização e a Constituição de 1988. Mas, muito temos 
que andar. Ainda predomina uma visão reducionista da cidadania (votar, e de 
forma obrigatória, pagar os impostos... ou seja, fazer coisas que nos são 
impostas) e encontramos muitas barreiras culturais e históricas para a vivência da 
cidadania. Somos filhos e filhas de uma nação nascida sob o signo da cruz e da 
espada, acostumados a apanhar calados, a dizer sempre “sim senho?, a «engolir 
sapos”, a achar “normal” as injustiças, a termos um “jeitinho’ para tudo, a não levar 
a sério a coisa pública, a pensar que direitos são privilégios e exigi-los é ser boçal 
e metido, a pensar que Deus é brasileiro e se as coisas estão como estão é por 
vontade Dele. 
Os direitos que temos não nos foram conferidos, mas conquistados. Muitas 
vezes compreendemos os direitos como uma concessão, um favor de quem está 
em cima para os que estão em baixo. Contudo, a cidadania não nos é dada, ela é 
construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, 
participação e intervenção social. 
A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco 
a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. É 
necessário que o cidadão participe, seja ativo, faça valer os seus direitos. 
39
Simplesmente porque existe o Código do Consumidor, automaticamente deixarão 
de existir os desrespeitos aos direitos do consumidor ou então estes direitos se 
tornarão efetivos? Não! Se o cidadão não se apropriar desses direitos fazendo-os 
valer, esses serão letra morta, ficarão só no papel. 
Construir cidadania é também construir novas relações e consciências. A 
cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na 
vida social e pública. É no convívio do dia-a-dia que exercitamos a nossa 
cidadania, através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa 
pública e o próprio meio ambiente. A cidadania deve ser perpassada por temáticas 
como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética. 
A cidadania é tarefa que não termina. A cidadania não é como um dever de 
casa, onde faço a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres 
inacabados que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e 
tomando consciência mais ampla dos direitos. Nunca poderemos chegar e 
entregar a tarefa pronta, pois novos desafios na vida social surgirão, demandando 
novas conquistas e, portanto, mais cidadania. 
VALORES IMPOSTOS PELA MÍDIA
PADRÕES DE BELEZA
40
A necessidade crescente da busca pelo reconhecimento perantea sociedade,tem 
feito com que as pessoas se deixem influenciar pelo consumo desmedido de 
produtos ofertados pelas indústrias culturais. Isso se dá, dentre outros fatores, 
pela constante evolução e aprimoramento de novas tecnologias de comunicação, 
que possibilitam a circulação de informações de forma rápida e abrangente. Neste 
contexto,observa-se que a constante difusão de valores estéticos realizados pelas 
mídias, e em especial pela TV aberta, tem se tornado essencial para o sustento da 
‘indústria da beleza’ que faz com que o indivíduo, na necessidade de ser 
reconhecido como parte de um todo, absorva tais valores muitas vezes sem 
questionamentos. 
Na sociedade do espetáculo, a hipervalorização da imagem física é fruto da
excessiva exposição os corpos nas mídias, e em especial nas telas de cinema e 
na TV aberta. Essa segunda por sua vez, em se tratando do Brasil, possui 
abrangência inquestionável, pois está presente em quase todos os lares 
brasileiros. Assim, seu poder de penetração é indubitavelmente significativo.
A comunicação nos dias de hoje, “favorece a vaidade convulsiva, e a adoração da 
imagem passa pela contemplação do objeto de consumo” 
Percebemos atualmente que a indústria televisiva brasileira é capaz de estimular 
anseios, ditar comportamentos, moda e estilos de vida, buscando vender seus 
produtos associando-os aos artistas famosos e aos momentos agradáveis de uma 
novela: “um acessório ou uma roupa usada pela atriz principal, tudo é 
minuciosamente preparado para os sonhos e ambições dos telespectadores” . 
O mesmo ocorre com o uso de roupas e acessórios da moda, que 
compõem e complementam os padrões de beleza e estética impostos 
principalmente pelas mídias.
O que normalmente ocorre, é que esses padrões de beleza expostos nas 
mídias são absorvidos pelas pessoas, que passam a almejá-los para si. Padrões 
que muitas vezes tornam-se inalcançáveis para a maioria. A partir daí podemos 
afirmar mais uma vez a estreita relação entre os padrões de estética e beleza, as 
41
mídias e as indústrias culturais, uma vez que as últimas estão intimamente ligadas 
ao capitalismo.
A busca pela perfeição corporal muitas vezes implica em excessos 
cometidos tanto por quem almeja a beleza-padrão como pelos profissionais 
responsáveis por tornar a uniformização estética uma realidade.
O PREÇO PAGO NA BUSCA PELO CORPO IDEAL
Os adolescentes do ano 2000 sofrem na carne um novo tipo de escravidão: 
aquele dos parâmetros de beleza absoluta, que lhe são cobrados como condição 
fundamental para terem acesso a uma vida feliz e realizada. Hoje os jovens estão 
se rendendo à cirurgia plástica e a tratamentos de estética em vez de cuidarem da 
saúde física e mental. Em dez anos triplicou o número de adolescentes que se 
submeteram a cirurgias. 
As pessoas sofrem com transtornos alimentares como bulimia, anorexia, 
doenças que estão entre as principais causas de mortes principalmente dos 
jovens. No início, os jovens se sentem controlando seu corpo, podendo comer e 
vomitar ou se recusando a comer e, aos poucos, se percebem prisioneiras da 
obsessão de ser magra.
Vista como a salvação da pátria para quem não consegue emagrecer, a 
lipoaspiração traz consigo uma enormidade de mitos, muitas vezes sugeridos pela 
própria divulgação na mídia. , mas ela é um procedimento cirúrgico, que deve ser 
utilizado somente em casos extremos, pois oferece riscos a saúde das pessoas, 
como o de vida, por exemplo.
O uso de drogas anabolizantes, as chamadas "bombas", com o objetivo de 
obter rapidamente um corpo musculoso, tanto por parte de homens como por 
parte das mulheres e causam vários problemas a saúde como alterações da 
função sexual masculina e feminina ,retenção de líquido e distúrbio na 
concentração de sais minerais no organismo, feminização, hipertensão arterial, 
42
aumento do teor de colesterol no sangue, alterações cardíacas, doença hepática 
( fígado), distúrbios psíquicos, alterações de comportamento, em particular 
aumento da agressividade, risco de doenças infecciosas como a hepatite B e a C, 
por exemplo, hipertrofia da próstata, entre outros .
Preconceito
43
A complexidade da real origem dos preconceitos é uma das grandes dificuldades 
que o ser humano enfrenta para entender como respeitar e amar o próximo de 
forma objetiva e sensata. 
Embora esse assunto ainda seja pouco comentado, os preconceitos podem ser 
divididos em dois segmentos: um segmento é maléfico à sociedade e o outro 
benéfico. O segmento maléfico é constituído de preconceitos que resultam em 
injustiças, e que são baseados unicamente nas aparências e na empatia. Já o 
segmento benéfico é constituído de preconceitos que estabelecem a prudência e 
são baseados em estatísticas reais, nos ensinamentos de Deus ou no instinto 
humano de autoproteção. Em geral, os preconceitos benéficos são contra doenças 
contagiosas, imoralidades, comportamentos degradantes, pessoas violentas, 
drogados, bêbados, más companhias, etc. Na verdade, é muito difícil definir o 
limite correto entre preconceito maléfico e preconceito benéfico. Por isso, a 
liberdade de interpretação pessoal deveria ser sempre respeitada. 
É importante entendermos, também, que cultivar o amor ao próximo não significa 
exterminar preconceitos. Tentar destruir preconceitos à força é cultivar o 
paganismo e deixar entrar todo tipo de sujeira comportamental na nossa 
sociedade. No paganismo, (atualmente disfarçado sob o título de “pluralismo” e 
“laicismo”) tudo é permitido e nada é considerado errado. 
Na década de 90, supostos defensores de direitos humanos (agindo como 
defensores de “anomalias humanas”) deformaram a palavra preconceito, a palavra 
amor, a palavra cultura e várias outras. Parece que a intenção era confundir o 
significado destas palavras e abrir caminho para oficializar práticas pagãs na 
sociedade brasileira. De fato, nos anos seguintes constatamos o aumento do 
homossexualismo, do feminismo, da infidelidade conjugal, dos rituais satânicos em 
diversas regiões, da prostituição em diversos níveis e de outros comportamentos 
degradantes e imorais “justificados” como festivos e culturais. 
44
Infelizmente, uma parte da mídia vem usando uma máscara de amor ao próximo 
para condenar as discriminações de caráter preventivo e apregoar a 
indiscriminação total e generalizada. Essas pessoas, de ideais utópicos e 
estranhos, têm atribuído conotações exclusivamente pejorativas, à palavra 
preconceito, para desmoralizá-la e destruir seu efeito preventivo (o lado benéfico). 
No fundo, querem semear “ervas daninhas” em nosso meio e contaminar a nação 
com hábitos idólatras e pagãos. 
Ao contrário do que tais pessoas têm apregoado, tudo o que não devemos fazer, 
nesta área, é praticar a discriminação injusta e precipitada, contra o nosso 
próximo, seja ele quem for ou quem quer que aparente ser. No entanto, fazer uso 
de conceitos concebidos de maneira prévia, porém comprovados estatisticamente 
ou orientados por Deus (através da Bíblia), é um direito legítimo porque faz parte 
do nosso sistema de defesa; todo cidadão deve ter a liberdade e o direito de fazê-
lo sempre que achar necessário. 
A estrutura biológica humana também faz uso de preconceitos (de anticorpos) 
para se defender de vírus e bactérias caracterizados como nocivos. Em geral, os 
anticorpos repudiam tais invasores antes que se multipliquem e contaminem todo 
o corpo (um efeito preventivo de origem natural).A medicina avançada também 
produz vacinas artificiais para desenvolver preconceitos biológicos (do sarampo, 
da poliomielite, do tétano e de várias outras doenças consideradas infecto-
contagiosas). O objetivo é deixar o sistema imunológico preparado para quando o 
vírus nocivo chegar, o corpo, já vacinado (previamente avisado), esteja prevenido 
e se defenda antes que o vírus se multiplique e cause maiores problemas. 
Portanto, o preconceito por si só não é sinônimo de subdesenvolvimento. Na 
verdade, quando bem usado é sinônimo de prevenção e de prudência. A maioria 
dos povos civilizados e prósperos desenvolveu-se fazendo separação entre o 
certo e o errado e o bem e o mal. E, o preconceito, quando fundamentado em 
experiências reais ou nos ensinamentos de Deus, é um método preventivo que se 
antecipa ao erro e ao mal evitando a disseminação de maus hábitos e a 
conseqüente destruição da sociedade. 
45
Se desejamos combater o preconceito injusto e a discriminação indevida, a 
solução não é impor igualdade mascarada e fictícia por intermédio de leis. A 
solução é admitir e esclarecer as diferenças, as aparências e as realidades para 
que o sistema de defesa humano as compreenda e não rejeite o que for normal e 
saudável. Tentar impor qualquer tipo de igualdade, por força de lei, é semear a 
falsidade, a hipocrisia, o desrespeito e, por conseqüência, a violência. Amar, não é 
simplesmente compreender, tolerar e querer bem ao próximo. Amar o próximo é 
também ter a coragem de repreendê-lo para que se torne bem-sucedido como ser 
humano e cidadão. 
Já é hora de o brasileiro compreender que a liberdade pacífica, de praticar o justo 
e fundamentado preconceito (o benéfico), é mais útil a uma nação do que a 
proibição de usar a intuição humana e o prévio conceito como medida preventiva. 
Só as pessoas inconseqüentes, ou muito inocentes, é que entendem que 
devemos considerar todo mundo em igualdade absoluta e irrestrita (sejam sadios, 
doentes, crianças, homens, mulheres, gays, lésbicas, estupradores, prostitutas, 
gente de bem, ladrões, aidéticos, etc.). No entanto, as pessoas sensatas e 
equilibradas, que se preocupam com o futuro da humanidade e que sabem dosar 
o amor com a disciplina, enxergam a necessidade da moderação nestas questões. 
Na verdade, precisamos respeitar o comportamento de cada pessoa segundo seu 
merecimento individual. Temos que levar em conta o risco de boa ou de má 
influência que cada pessoa ofereça. 
46
Drogas
Conceitos
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no 
organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de 
determinadas plantas,de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do 
café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC 
tetrahidrocanabiol (da maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em 
laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a 
várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, 
de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o 
humor e o comportamento. As drogas estão classificadas em três categorias: as 
estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo 
droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e 
barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as 
drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as 
atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de 
várias formas: por injeção, por inalação, via oral, injeção intravenosa ou aplicadas 
via retal (supositório).
Intoxicação Aguda
É uma condição transitória seguindo-se a administração de álcool ou outra 
substância psicoativa, resultando em perturbações no nível de consciência, 
cognição, percepção, afeto ou comportamento, ou outras funções ou respostas 
psicofisiológicas.
Uso Nocivo
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É um padrão de uso de substância psicoativa que está causando dano à saúde. O 
dano pode ser físico (como no caso de hepatite decorrente da administração de 
drogas injetáveis) ou mental (ex. episódio depressivo secundário a um grande 
consumo de álcool).
Toxicomania
A toxicomania é um estado de intoxicação periódica ou crônica, nociva ao 
indivíduo e à sociedade, determinada pelo consumo repetido de uma droga, 
(natural ou sintética). Suas características são:
1 - irresistível desejo causado pela falta que obriga a continuar a usar droga.
2 - tendência a aumentar a dose.
3 - dependência de ordem psíquica (psicológica), às vezes física acerca dos 
efeitos das drogas.
Síndrome de Dependência
É um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o 
uso de uma substância ou uma classe de substâncias alcança uma prioridade 
muito maior para um determinado indivíduo, do que outros comportamentos que 
antes tinham mais valor.
Uma característica central da síndrome da dependência é o desejo 
(frequentemente forte e algumas vezes irresistível) de consumir drogas psicoativas 
as quais podem ou não terem sido prescritas por médicos.
Codependência
Codependência é uma doença emocional que foi "diagnosticada" nos Estados 
Unidos por volta das décadas de 70 e 80, em uma clínica para dependentes 
químicos, através do atendimento a seus familiares. Porém, com os avanços dos 
estudos das causas e dos sintomas, que são vários, chegou-se à conclusão de 
que esta doença atinge não apenas os familiares dos dependentes químicos, mas 
48
um grande número de pessoas, cujos comportamentos e reações perante a vida 
são um meio de sobrevivência.
Os codependentes são aqueles que vivem em função do(s) outro(os), fazendo 
destes a razão de sua felicidade e bem estar. São pessoas que têm baixa auto-
estima e intenso sentimento de culpa. Vivem tentando "ajudar" outras pessoas, 
esquecendo, na maior parte do tempo, de viver a própria vida, entre outras 
atitudes de auto-anulação. O que vai caracterizar o doente é o grau de 
negligenciamento de sua própria vida em função do outro e de comportamentos 
insanos.
A codependência também pode ser fatal, causando morte por depressão, suicídio, 
assassinato, câncer e outros. Embora não haja nas certidões de óbito o termo 
codependência, muitas vezes ela é o agente desencadeante de doenças muito 
sérias. Mas pode-se reverter este quadro, adotando-se comportamentos mais 
saudáveis. Os profissionais apontam que o primeiro passo em direção à mudança 
é tomar consciência e aceitar o problema. 
Como as Drogas Circulam no Corpo 
As drogas circulam de maneira previsível pelo 
corpo e ganham maior velocidade e alcance a 
partir do momento em que entram na corrente 
sanguínea.
O sangue circula dos tecidos para o coração 
através das veias. Do coração, ele parte para 
os pulmões para adquirir oxigênio e liberar o 
dióxido de carbono. O sangue volta, então, 
para o coração através das artérias, 
carregando consigo a droga.
As drogas podem der administradas oralmente, aspiradas pelo nariz ou inaladas 
até os pulmões. Podem também ser injetadas através da pele, de uma camada de 
gordura, músculo ou dentro de uma veia (via intravenosa). A injeção intravenosa é 
49
a via que produz os efeitos mais rápidos. 
Tipos de Drogas
 
Drogas estimulantes
As drogas estimulantes mais conhecidas são as anfetaminas, a cocaína e 
seus derivados. As anfetaminas podem ser ingeridas, injetadas ou inaladas. Sua 
ação duracerca de quatro horas e os principais efeitos são a sensação de grande 
força e iniciativa, excitação, euforia e insônia. Em pouco tempo, o organismo 
passa a ser tolerante à substância, exigindo doses cada vez maiores. A médio 
prazo, a droga pode produzir tremores, inquietude, desidratação da mucosa (boca 
e nariz principalmente), taquicardia, efeitos psicóticos e dependência psicológica.
 
A cocaína também pode ser inalada, ingerida ou injetada. A duração dos 
efeitos varia, as a chamada euforia breve persiste por 15 a 30 minutos, em média. 
50
Nos primeiros minutos, o usuário tem alucinações agradáveis, euforia, sensação 
de força muscular e mental. Os batimentos cardíacos ficam acelerados, a 
respiração torna-se irregular e surge um quadro de grande excitação. Depois, ele 
pode ser náuseas e insônia. Segundo os especialistas, em pessoas que têm 
problemas psiquiátricos, o uso de cocaína pode desencadear surtos paranóides, 
crises psicóticas e condutas perigosas a ele próprio ou a terceiros. Fisicamente, a 
inalação deixa lesões graves no nariz e a injeção deixa marcas de picada e o risco 
de contaminação por outras doenças (DST/aids). Em todas as suas formas, causa 
séria dependência, sendo o crack o principal vilão.
 
Drogas depressoras
No conjunto das drogas depressoras, as mais conhecidas são o álcool, os 
soníferos, a heroína, a morfina, a cola de sapateiro, os remédios ansiolíticos e 
antidepressivos (barbitúricos) e seus derivados. Seu principal efeito é retardar o 
funcionamento do organismo, tornando todas as funções metabólicas mais lentas.
 
A heroína é uma substância inalável. Excepcionalmente, pode ser injetada, 
o que leva a um quadro de euforia. Quando inalada, porém, resulta em forte 
sonolência, náuseas, retenção urinária e prisão de ventre – efeitos que duram 
cerca de quatro horas. A médio prazo, leva à perda do apetite e do desejo sexual 
e torna a respiração e os batimentos cardíacos mais lentos. Instalada a 
dependência, o organismo apresenta forte tolerância, obrigando o usuário a 
aumentar as doses. A superdosagem pode resultar em coma e morte por 
insuficiência respiratória.
 
Os derivados da morfina apresentam efeitos muito parecidos com os da 
heroína, porém, com características euforizantes menores. Seu efeito depressor é 
51
explorado pela Medicina há várias décadas, principalmente no alívio da dor de 
pacientes com câncer em estado terminal.
 
Outra preocupação constante dos médicos é o uso abusivo dos 
antidepressivos, soníferos e ansiolíticos (barbitúricos). Para pessoas que têm 
doenças psiquiátricas, como as depressões e os distúrbios de ansiedade, estas 
drogas são extremamente importantes, pois o tratamento adequado atenua o mal-
estar e permite que o indivíduo leve uma vida normal. No entanto, só um médico 
é capaz de identificar quem deve usar e em que dosagem. Como o próprio nome 
indica, os antidepressivos aliviam a ansiedade e a tensão mental, mas causam 
danos à memória, diminuição dos reflexos e da função cardiorrespiratória, 
sonolência e alterações na capacidade de juízo e raciocínio. A conduta do usuário 
é muito parecida com a do dependente alcoólico. Em pouco tempo, estas drogas 
causam dependência, confusão, irritabilidade e sérias perturbações mentais. 
 
Alucinógenos
As drogas alucinógenas mais comuns são a maconha, o haxixe, o LSD, os 
cogumelos e o ecstasy. 
 
A maconha e o haxixe são usadas em forma de cigarro (também pode ser 
cheirada ou ingerida). Seu efeito dura entre uma e seis horas. Inicialmente, o 
usuário tem a sensação de maior consciência e desinibição. Ele começa a falar 
demais, rir sem motivo e ter acessos de euforia. Porém, ele pode perder a noção 
de espaço (os ambientes parecem maiores ou menores) e a memória recente, 
além de apresentar um aumento considerável do apetite (“larica”). A maconha 
costuma afetar consideravelmente os olhos, que ficam vermelhos e injetados. 
Com o tempo, pode causar conjuntivite, bronquite e dependência. Em excesso, 
52
pode produzir efeitos paranóicos e pode ativar episódios esquizofrênicos em 
pacientes psicóticos.
 
O LSD é encontrado em tabletes, cápsulas ou líquido e é ingerido. Sua 
ação dura entre 10 e 12 horas. Inicialmente, a droga intensifica as percepções 
sensoriais, principalmente a visão, e produz alucinações. Com o tempo, pode 
causar danos cromossômicos sérios, além de intensificar as tendências psicótica, 
à ansiedade, ao pânico e ao suicídio, pois gera um medo enlouquecedor. O 
usuário costuma dizer que ouve, toca ou enxerga cores e sons estranhos; fala 
coisas desconexas e tem um considerável aumento da pupila.
 
Já o cogumelo, geralmente, é ingerido em forma de chá. Seu efeito dura 
cerca de seis a oito horas, propiciando relaxamento muscular, náuseas e dores de 
cabeça, seguidos de alucinações visuais e auditivas. A médio prazo, não se 
conhecem seus efeitos sobre o organismo. Seus sintomas são muito parecidos 
com os do LSD.
 
Mais recentemente, surgiu no mercado das drogas o Ecstasy, um 
comprimido que vem sendo comercializado cada vez mais em todo o mundo. Seus 
efeitos também são alucinógenos, como no caso do LSD e a dependência é 
inevitável.
 
Benefícios da atividade física na saúde
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Atividade física regular pode melhorar sua saúde e reduzir os risco de morte 
prematura das seguintes formas: 
• Reduz o risco de desenvolver doença cardíaca coronária e as chances 
de morrer disso 
• Reduz o risco de infarto. 
• Reduz o risco de ter um segundo ataque cardíaco em pessoas que já 
tiveram um ataque. 
• Diminui tanto o colesterol total quanto os triglicerídeos, e eleva o bom 
colesterol HDL. 
• Diminui o risco de desenvolver pressão alta. 
• Ajuda a reduzir a pressão arterial em pessoas que já têm hipertensão. 
• Diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2 (não dependente de 
insulina). 
• Reduz o risco de câncer de cólon. 
• Ajudas as pessoas a conseguirem e manter um peso ideal. 
• Reduz os sentimentos de depressão e ansiedade. 
• Promove o bem-estar psicológico e reduz sentimentos de estresse. 
• Ajuda a construir e manter articulações, músculos e ossos saudáveis. 
• Ajuda pessoas mais velhas a ficarem mais fortes e serem mais capazes 
de moverem-se sem cair o ficar excessivamente 
A falta de atividade física pode prejudicar sua saúde? Evidências mostram que 
pessoas que não praticam atividades físicas definitivamente não estão 
ajudando sua saúde e provavelmente a estão prejudicando. Quanto mais 
examinamos os riscos para a saúde associados à falta de atividade física, mais 
convencidos ficamos que pessoas que não praticam atividade física devem 
começar a se exercitar.
Lendas brasileiras
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Caipora
É um Mito do Brasil que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. 
Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor da caça e das matas. 
É um anão de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Como protetor das 
Árvores e dos Animais, costuma punir o os agressores da Natureza e o caçador 
que mate por prazer. É muito poderoso e forte. 
Seus pés voltados para trás serve para despistar os caçadores, deixando-os 
sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe 
mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, 
ele, às vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também 
chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis 
ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montandoum Porco do Mato.
Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: "Aqui há certos demônios, a 
que os índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes 
açoites e ferindo-os bastante". Os índios, para lhe agradar, deixavam nas 
clareiras, penas, esteiras e cobertores. 
De acordo com a crença, ao entrar na mata, a pessoa deve levar um Rolo de 
Fumo para agradá-lo, no caso de cruzar com Ele. 
 
Nomes comuns: Caipora, Curupira, Pai do Mato, Mãe do Mato, Caiçara, Caapora, 
Anhanga, etc. 
Origem Provável: É oriundo da Mitologia Tupi, e os primeiros relatos são da 
Região Sudeste, datando da época do descobrimento, depois tornou-se comum 
em todo País, sendo junto com o Saci, os campeões de popularidade. Entre o 
Tupis-Guaranis, existia uma outra variedade de Caipora, chamada Anhanga, um 
ser maligno que causava doenças ou matava os índios. Existem entidades 
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semelhantes entre quase todos os indígenas das américas Latina e Central. Em El 
Salvador, El Cipitío, é um espiríto tanto da floresta quanto urbano, que também 
tem as mesmos atibutos do Caipora. Ou seja pés invertidos, capacidade de 
desorientar as pessoas, etc. Mas, este El Cipitío, gosta mesmo é de seduzir as 
mulheres. 
Conforme a região, ele pode ser uma mulher de uma perna só que anda pulando, 
ou uma criança de um pé só, redondo, ou um homem gigante montado num porco 
do mato, e seguido por um cachorro chamado Papa-mel. 
Também, dizem que ele tem o poder de ressuscitar animais mortos e que ele é o 
pai do moleque Saci Pererê. 
Há uma versão que diz que o Caipora, como castigo, transforma os filhos e mulher 
do caçador mau, em caça, para que este os mate sem saber. 
Boi Tatá
É um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia é quase cego, à noite vê tudo. 
Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de 
um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá 
ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram. 
Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, 
assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua 
cabeça e persegue os viajantes noturnos. Às vezes ele é visto como um facho 
cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil 
é chamado de "Cumadre Fulôzinha". Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa 
de Fogo, e mora no fundo dos rios. 
56
Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde 
passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas 
contra incêndios. 
A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases 
inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais 
mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento. 
 
Nomes comuns: No Sul; Baitatá, Batatá, Bitatá (São Paulo). No Nordeste; Batatão 
e Biatatá (Bahia). Entre os índios; Mbaê-Tata. 
Origem Provável: É de origem Indígena. Em 1560, o Padre Anchieta já relatava a 
presença desse mito. Dizia que entre os índios era a mais temível assombração. 
Já os negros africanos, também trouxeram o mito de um ser que habitava as 
águas profundas, e que saía a noite para caçar, seu nome era Biatatá. 
É um mito que sofre grandes modificações conforme a região. Em algumas 
regiões por exemplo, ele é uma espécie de gênio protetor das florestas contra as 
queimadas. Já em outras, ele é causador dos incêndios na mata. A versão do 
dilúvio teve origem no Rio Grande o Sul. 
Uma versão conta que seus olhos cresceram para melhor se adaptar à escuridão 
da caverna onde ficou preso após o dilúvio, outra versão, conta que ele, procura 
restos de animais mortos e come apenas seus olhos, absorvendo a luz e o volume 
dos mesmos, razão pela qual tem os olhos tão grandes e incandescentes. 
 
Mula sem cabeça
Nos pequenos povoados ou cidades, onde existam casas rodeando uma igreja, 
em noites escuras, pode haver aparições da Mula-Sem-Cabeça. Também se 
alguém passar correndo diante de uma cruz à meia-noite, ela aparece. Dizem que 
57
é uma mulher que namorou um padre e foi amaldiçoada. Toda passagem de 
quinta para sexta feira ela vai numa encruzilhada e ali se transforma na besta. 
Então, ela vai percorrer sete povoados, ao longo daquela noite, e se encontrar 
alguém chupa seus olhos, unhas e dedos. Apesar do nome, Mula-Sem-Cabeça, 
na verdade, de acordo com quem já a viu, ela aparece como um animal inteiro, 
forte, lançando fogo pelas narinas e boca, onde tem freios de ferro. 
Nas noites que ela sai, ouve-se seu galope, acompanhado de longos relinchos. Às 
vezes, parece chorar como se fosse uma pessoa. Ao ver a Mula,deve-se deitar de 
bruços no chão e esconder Unhas e Dentes para não ser atacado. 
Se alguém, com muita coragem, tirar os freios de sua boca, o encanto será 
desfeito e a Mula-Sem-Cabeça, voltará a ser gente, ficando livre da maldição que 
a castiga, para sempre
Nomes comuns: Burrinha do Padre, Burrinha, Mula Preta, Cavalo-sem-cabeça, 
Padre-sem-cabeça, Malora (México), 
Origem Provável: É um mito que já existia no Brasil colônia. Apesar de ser comum 
em todo Brasil, variando um pouco entre as regiões, é um mito muito forte entre 
Goiás e Mato Grosso. Mesmo assim não é exclusivo do Brasil, existindo versões 
muito semelhantes em alguns países Hispânicos. 
Conforme a região, a forma de quebrar o encanto da Mula, pode variar. Há casos 
onde para evitar que sua amante pegue a maldição, o padre deve excomungá-la 
antes de celebrar a missa. Também, basta um leve ferimento feito com alfinete ou 
outro objeto, o importante é que saia sangue, para que o encanto se quebre. 
Assim, a Mula se transforma outra vez em mulher e aparece completamente nua. 
Em Santa Catarina, para saber se uma mulher é amante do Padre, lança-se ao 
fogo um ovo enrolado em fita com o nome dela, e se o ovo cozer e a fita não 
queimar, ela é. 
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É importante notar que também, algumas vezes, o próprio Padre é que é 
amaldiçoado. Nesse caso ele vira um Padre-sem-Cabeça, e sai assustando as 
pessoas, ora a pé, ora montado em um cavalo do outro mundo. Há uma lenda 
Norte americana, O Cavaleiro sem Cabeça, que lembra muito esta variação. 
Algumas vezes a Mula, pode ser um animal negro com a marca de uma cruz 
branca gravada no pelo. Pode ou não ter cabeça, mas o que se sabe de concreto 
é que a Mula, é mesmo uma amante de Padre. 
 
A Iara
Os cronistas dos séculos XVI e XVII registraram essa história. No princípio, o 
personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem peixe que devorava 
pescadores e os levava para o fundo do rio. No século XVIII, Ipupiara vira a 
sedutora sereia Uiara ou Iara. Todo pescador brasileiro, de água doce ou salgada, 
conta histórias de moços que cederam aos encantos da bela Uiara e terminaram 
afogados de paixão. Ela deixa sua casa no fundo das águas no fim da tarde. 
Surge magnífica à flor das águas: metade mulher, metade peixe, cabelos longos 
enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em 
busca de vítimas. 
Quando a Mãe das águas canta, hipnotiza os pescadores. Um deles foi o índio 
Tapuia. Certa vez, pescando, Ele viu a deusa, linda, surgir das águas. Resistiu. 
Não saiu da canoa, remou rápido até a margem e foi se esconder na aldeia. Mas 
enfeitiçado pelos olhos e ouvidos não conseguia esquecer a voz de Uiara. Numa 
tarde, quase morto de saudade, fugiu da aldeia e remou na sua canoa rio abaixo. 
Uiara já o esperava cantando a música das núpcias. Tapuia se jogou no rio e 
sumiu num mergulho, carregado pelas mãos da noiva. Uns dizem que naquela 
noite houve festa no chão das águas e que foram felizes para sempre.Outros 
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dizem que na semana seguinte a insaciável Uiara voltou para levar outra vítima. 
Origem: Européia com versões dos Indígenas, da Amazônia.
Cobra grande
É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em 
numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, 
Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram Cobras. Um 
menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de 
Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio. Lá no rio 
eles, como Cobras, se criaram. Honorato era Bom, mas sua irmã era muito 
perversa. Prejudicava os outros animais e também às pessoas. 
Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la 
para pôr fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o 
seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, 
deixando as águas para levar uma vida normal na terra. 
Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse 
muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, e fazer um ferimento 
na cabeça até sair sangue. Ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme 
monstro. 
Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar 
Honorato da maldição. Ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra com sua 
família. 
Origem: Mito da região Norte do Brasil, Pará e Amazonas.
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Vitória Régia
Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua 
se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas 
virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a 
transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou 
impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua 
andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e 
perseguia a Lua na esperança que esta a visse. 
E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la 
e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas 
águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua 
havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais 
foi vista. 
A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em 
uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa 
"Estrela das Águas", que é a planta Vitória Régia. Assim, nasceu uma planta cujas 
flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas. 
Origem: Indígena. Para eles assim nasceu a vitória-régia. 
 
Saci Pererê
A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-
secas e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das 
travessuras dele. Seu nome no Brasil é origem Tupi Guarani. Em muitas regiões 
do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão enquanto que em outros lugares 
ele é visto como um ser maligno.
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É uma criança, um negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na 
cabeça uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos, como o de 
desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Pererê, que é 
pretinho, O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos vermelhos. Ele 
também se transforma numa ave chamada Matiaperê cujo assobio melancólico 
dificilmente se sabe de onde vem.
Ele adora fazer pequenas travessuras, como esconder brinquedos, soltar animais 
dos currais, derramar sal nas cozinhas, fazer tranças nas crinas dos cavalos, etc. 
Diz a crença popular que dentro de todo redemoinho de vento existe um Saci. Ele 
não atravessa córregos nem riachos. Alguém perseguido por ele, deve jogar 
cordas com nós em sem caminho que ele vai parar para desatar os nós, deixando 
que a pessoa fuja. 
Diz a lenda que, se alguém jogar dentro do redemoinho um rosário de mato bento 
ou uma peneira, pode capturá-lo, e se conseguir sua carapuça, será 
recompensado com a realização de um desejo.
Nomes comuns: Saci-Cererê, Saci-Trique, Saçurá, Matimpererê, Matintaperera, 
etc. 
Origem Provável: Os primeiros relatos são da Região Sudeste, datando do Século 
XIX, em Minas e São Paulo , mas em Portugal há relatos de uma entidade 
semelhante. Este mito não existia no Brasil Colonial. 
Entre os Tupinambás, uma ave chamada Matintaperera, com o tempo, passou a 
se chamar Saci-pererê, e deixou de ser ave para se tornar um caboclinho preto de 
uma só perna, que aparecia aos viajantes perdidos nas matas. 
Também de acordo com a região, ele sofre algumas modificações: 
Por exemplo, dizem que ele tem as mãos furadas no centro, e que sua maior 
diversão é jogar uma brasa para o alto para que esta atravesse os furos. Outros 
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dizem que ele faz isso com uma moeda. 
Há uma versão que diz que o Caipora, é seu Pai. 
Dizem também que ele, na verdade eles, um bando de Sacis, costumam se reunir 
à noite para planejarem as travessuras que vão fazer. 
Ele tem o poder de se transformar no que quiser. Assim, ora aparece 
acompanhado de uma horrível megera, ora sozinho, ora como uma ave.
O negrinho do pastoreio
O Negrinho do Pastoreio É uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no 
final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É 
muito popular no sul do Brasil. 
Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões. 
Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino 
negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém-comprados. No 
final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo 
baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou 
sangrando. ‘‘Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece’’, disse o 
malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele 
pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo. 
Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, 
nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua 
vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem 
nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais 
adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo 
perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou 
no baio e partiu conduzindo a tropilha. 
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Origem: Fim do Século XIX, Rio Grande do Sul. 
Papa figo
O Papa Figo, ao contrário dos outros mitos, não tem aparência extraordinária. 
Parece mais com uma pessoa comum. Outras vezes, pode parecer como um 
velho esquisito que carrega um grande saco às costas. 
Na verdade, ele mesmo pouco aparece. Prefere mandar seus ajudantes em busca 
de suas vítimas. Os ajudantes por sua vez, usam de todos os artifícios para atrair 
as vítimas, todas crianças claro, tais como; distribuir presentes, doces, dinheiro, 
brinquedos ou comida. Eles agem em qualquer lugar público ou em portas de 
escolas, parques, ou mesmo locais desertos. 
Depois de atrair as vítimas, estas são levadas para o verdadeiro Papa-Figo, um 
sujeito estranho, que sofre de uma doença rara e sem cura. Um sintoma dessa 
doença seria o crescimento anormal de suas orelhas. 
Diz a lenda, que para aliviar os sintomas dessa terrível doença ou maldição, o 
Papa-Figo, precisa se alimentar do Fígado de uma criança. Feito a extração do 
fígado, eles costumam deixar junto com a vítima, uma grande quantia em dinheiro, 
que é para o enterro e também para compensar a família. 
Origem: Mitomuito comum em todo meio rural. Acredita-se que a intenção do 
conto era para alertar as crianças para o contato com estranhos, como no conto 
de Chapeuzinho Vermelho. 
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Esteróides Anabolizantes
Esteróides anabolizantes androgênicos são uma classe de hormônios 
esteróides naturais e sintéticos que promovem o crescimento e divisão celular, 
resultando em crescimento de diversos tipos de tecido, especialmente 
músculos e ossos. Diferentes esteróides anabolizantes tem variadas 
combinações de propriedades androgênicas e anabólicas. Anabolismo é o 
processo que constrói moléculas maiores a partir de menores.
Os esteróides anabolizantes foram descobertos no começo da década de 1930 
e têm sido, desde então, usados para vários propósitos médicos, como 
estimulação do crescimento ósseo, músculos, apetite e puberdade. O uso mais 
disseminado dos esteróides anabolizantes é para condições crônicas como 
câncer e AIDS. Esteróides anabolizantes podem ocasionar vários efeitos 
fisiológicos como elevação da síntese de proteínas, massa muscular, força, 
apetite e crescimento ósseo. Os esteróides anabolizantes também estão 
associados a vários efeitos colaterais como elevação do colesterol, acne, 
aumento da pressão arterial, hepatotoxicidade (intoxicação que afeta o 
funcionamento do fígado) e alterações na morfologia do ventrículo (uma 
câmara inferior do coração) esquerdo.
Efeitos anabolizantes e virilizantes
Esteróides anabolizantes produzem efeitos anabólicos e virilização, também 
conhecida como efeito androgênico. A maioria dos esteróides anabolizantes 
funciona primeiro ligando o receptor andrógeno e elevando a síntese de 
proteínas. Depois, eles reduzem o tempo de recuperação ao bloquear os 
efeitos do cortisol no tecido muscular. Como resultado, catabolismo na massa 
muscular é fortemente reduzido.
Exemplos de efeitos anabólicos:
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* Elevação da síntese de proteínas a partir de aminoácidos.
* Aumento da massa muscular e força.
* Estimulação do apetite.
* Elevação da remodelação e crescimento ósseo.
* Estimulação da medula óssea aumentando a produção de células sanguíneas 
vermelhas.
Exemplos de efeitos virilizantes:
* Aumento da clitóris em mulheres e pênis em crianças do sexo masculino. O 
pênis de adulto não cresce indefinidamente mesmo com altas doses de 
androgênico.
* Aumento de pelos com crescimento sensível a andrógenos (barba, pelos no 
peito e braços).
* Engrossamento da voz.
* Aumento do libido.
* Supressão dos hormônios sexuais endógenos.
* Produção de espermatozóides prejudicada.
Riscos e possíveis efeitos colaterais dos esteróides anabolizantes
* Aumento da pressão arterial.
* Piora dos níveis de colesterol, elevando o nível de LDL (colesterol ruim) e 
diminuindo o de HDL (colesterol bom). Isso pode ocasionar elevação do risco 
de doenças cardiovasculares e coronárias.
* Acne.
* Calvície prematura.
* Câncer de próstata.
* Alteração na morfologia do ventrículo esquerdo.
* Hepatotoxicidade.
* Supercrescimento gengival.
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Efeitos específicos na mulher:
* Aumento de pelos corporais.
* Engrossamento da voz.
* Aumento da clitóris.
* Diminuição temporária dos ciclos menstruais.
Efeitos específicos no homem:
* Ginecomastia (desenvolvimento excessivo das mamas no homem).
* Redução da função sexual e infertilidade temporária.
* Atrofia testicular.
Efeitos específicos no adolescentes:
* Parada no crescimento.
* Aceleração da maturação óssea.
* Crescimento de barba rala.
Hormônios Esteróides Anabolizantes? Qual é o Melhor?
Qual é o melhor Hormônio Esteróide Anabolizante? Existe algum esteróide 
anabolizante natural? Quais são os efeitos dos anabolizantes? O que são ciclos 
dos anabolizantes?
Estas, são as principais dúvidas que um professor de academia escuta do aluno 
que começa a treinar musculação, e quer resultados "milagrosos" num curto 
espaço de tempo. Mas saiba, desde já que os "resultados" alcançados, são mais 
prejudiciais do que benéficos e vou explicar o por quê. Já escrevi sobre o assunto 
no post "Como ganhar massa muscular? Dicas Infalíveis!"
Vamos as principais dúvidas:
Antes de responder as dúvidas, uma curiosidade. A foto acima é da atleta sueca 
de fisiculturismo Irene Andersen. Quase foi banida pela IFBB (International 
Federation of BodyBuilders) ou Federação Internacional de Fisiculturismo, por 
compra e revenda indevida de hormônios anabolizantes esteróides. Mas, foi 
inocentada pelo advogado pois ele ela alegou que os hormônios eram para 
consumo próprio e não para revenda. A polícia confiscou suplementos como 
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efedrina e clenbuterol, mas foram devolvidos. Somente um frasco de Winstrol 
(estanozolol), um anabolizante popular entre os usuários, foi confiscado.
1- De onde surgiu o uso dos esteróides anabolizantes no esporte?
No ano de 1935, a testosterona foi sintetizada, pela primeira vez, em 1939 por 
dois cientistas Ruzica e Weltstein e sugeriram que os hormônios sexuais poderiam 
aumentar o desempenho atlético.
O registro histórico do uso de hormônios sexuais, no aumento do desempenho em 
campeonatos mundiais é datado de 1954, quando foram utilizados por atletas 
russos durante campeonato mundial de levantamento de peso, em Viena, na 
Áustria.
2- O que são os hormônios esteróides anabolizantes?
Os hormônios esteróides anabolizantes androgênicos (EAA) compreendem a 
testosterona e seus derivados. São produzidos pelos testículos e no córtex 
adrenal, e promovem características sexuais secundárias associadas a 
masculinidade.
3- Para que servem os hormônios esteróides?
Na medicina é utilizada para tratamentos de sarcopenias (do grego "perda de 
carne") que é perda degenerativa de massa muscular pelo envelhecimento (cerca 
de 1% ao ano, após os 65 anos de idade), também no hipogonadismo (defeito no 
sistema reprodutor), câncer de mama e osteoporose.
Nos esportes, são utilizados para aumento da força física e massa muscular, 
entretanto, os efeitos sobre o desempenho atlético permanecem, ainda, 
controversos.
4- Quais são os efeitos androgênicos e anabólicos da testosterona?
Efeitos androgênicos:
• crescimento do pênis 
• espessamento das cordas vocais 
• aumento da libido 
• aumento da secreção das glândulas sebáceas 
• aumento dos cabelos do corpo e da face 
• padrão masculino dos pêlos pubianos
Efeitos anabólicos: 
• aumento da massa muscular esquelética 
• aumento da concentração de hemoglobina 
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• aumento do hematócrito 
• aumento da retenção do nitrogênio 
• redução dos estoques de gordura corporal 
• aumento da deposição de cálcio nos ossos
5- Quais são os efeitos colaterais do uso dos hormônios esteróides anabolizantes?
Efeitos colaterais, como o próprio nome diz são efeitos indesejáveis e muitas 
vezes prejudiciais à saúde. São relatados psicopatologias, câncer de próstata, 
doença coronariana, e esterelidade são alguns dos efeitos comprovados.
Síndrome compartamental de risco em adolescentes, atos agressivos (brigas, 
agressões) e crimes, também irritabilidade, raiva e hostilidade são relatados em 
diversos estudos científicos.
Suicídios, alterações psiquiátricas como esquizofrenia aguda estão relacionadas 
ao uso de metandienona. Hipomania, mania e confusão mental, além de paranóia 
e depressão estão relacionadas ao uso de oxandrolona e oximetolona.
Atletas competitivos e recreacionais relatam síndrome de abstinência ligadas a 
síndromes comportamentais, por causa da mudança da função hormonal. 
Nas mulheres, os efeitos masculinizantes como, voz mais grossa, aparecimento 
de acne, pele oleosa, crescimento de pêlos na face, calvície além de hipertrofia do 
clitóris são algumas modificações que muitas vezes são irreversíveis.Em adolescentes, pode acarretar um déficit de crescimento em consequência do 
amadurecimento precoce.
Sobrecarga do fígado, hemorragia intra abdominal, icterícia e adenocarcinoma do 
fígado, também infarto agudo do miocárdio e morte súbita são efeitos relatados. 
6- Existe algum esteróide anabolizante natural? 
A pergunta, já foi respondida na segunda pergunta, pois estes hormônios são 
naturalmente produzidos no nosso organismo. 
7- Quais são os hormônios esteróides mais utilizados? 
Segundo o National Intitute on Drug Abuse os hormônios mais utilizados são: 
Esteróides Injetáveis: 
• Deca-Durabolin (decanoato de nandrolona) 
• Durabolin (fenilpropionato de nandrolona) 
• Depo-testosterone (cipionato de testosterona) 
• Equipoise (undecilenato de boldenona)
Esteróides orais: 
• Anadrol (oximetolona) 
• Oxandrin (oxandrolona) 
• Dianabol (metandrostenolona) 
• Winstrol (estanozolol)
8- O que são ciclos dos anabolizantes? 
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Basicamente, os Hormônios Esteróides Anabolizantes Androgênicos são utilizados 
por três métodos: 
1. Ciclo: refere-se a qualquer período de utilização de tempos em tempos, 
que varia de quatro a dezoito semanas.
2. Pirâmide: o atleta começa com pequenas doses, aumentando 
progressivamente até o ápice e, após atingir esta dosagem máxima, existe 
um redução regressiva até o final do período.
3. Stacking: Uso alternado entre os hormônios esteróides de acordo com a 
toxicidade. Refere-se a utilização de vários esteróides ao mesmo tempo.
Existem ainda, os "atletas" que fazem o uso dos três métodos descritos acima, 
fazendo uso por semanas e até meses.
Hormônio do crescimento
 
O que é o Hormônio do Crescimento (HGH) ? 
O hGH (iniciais de Human Growth Hormone) é a versão sintética do hormônio do 
crescimento humano, o GH, produzido naturalmente por uma glândula localizada 
na parte inferior do cérebro, a hipófise . A produção natural atinge o pico entre 13 
e 18 anos; é por isso que o adolescente “estica” nessa época, ganhando massa 
muscular e tamanho. Começa a cair entre 25 e 30 anos, podendo zerar a partir 
dos 60.
Como funciona o GH ?
Injetado na coxa, abdômen e na região da virilha, o hGH cai na corrente 
sanguínea e vai para o fígado, onde estimula a produção de uma substância 
conhecida como somatomedina C, que provoca o desenvolvimento das cartilagens 
. Também enrijece a musculatura e reduz a gordura corporal
Quais são os efeitos esperados com administração do GH ?
No nanismo: desenvolve a cartilagem de crescimento
Desprezando os riscos à saúde, usuários apostam no hormônio de crescimento 
para ganhar músculos, aumentar a disposição física e adiar o envelhecimento
Na velhice: pode combater a hipotrofia muscular e osteoporose, além de diminuir a 
gordura e dar sensação de bem-estar (apesar de haver controvérsias sobre os 
resultados)
Em adultos com deficiência: recupera a densidade óssea, aumenta a massa 
muscular e dá sensação de bem-estar
Quais são os efeitos colaterais ?
• Crescimento das extremidades ósseas, como dedos, mãos , pés e queixo 
(acromegalia)
• Dores nas articulações ;
• Inflamação e dores crônicas em mãos e dedos, provocadas pela síndrome 
do
túnel do carpo (osso entre o antebraço e a mão);
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• Alargamento dos tendões ( Frouxidão ligamentar );
• Hipertensão arterial ;
• Resistência à insulina, piorando o diabete;
• Risco de câncer em pessoas com histórico da doença na família;
• Crista orbital(embaixo das sobrancelhas) ressaltada;
• Inchaços provocados por retenção de líquidos.
Efeitos Colaterais dos Esteróides Anabolizantes 
 
 
A ocorrência de efeitos colaterais relacionados a utilização deliberada de esteróides anabolizantes em 
praticantes de atividades físicas, como forma de maximizar a performance esportiva, tem sido pesquisado e 
documentado através de métodos e procedimentos aceitos internacionalmente pela comunidade científica.
Segundo o Colégio Americano de Medicina Esportiva (1989), os esteróides têm inúmeros efeitos adversos 
que se manifestam em praticamente todos os sistemas do organismo, principalmente no aparelho reprodutor 
e nas características sexuais secundárias, que são denominados de efeitos androgênicos, sendo 
extremamente danosos à saúde.
Santarém (1995) relata que, a presença dos efeitos colaterais dos esteróides dependem diretamente da 
predisposição genética do indivíduo, desta forma, não podem ser previstos. Sendo assim, apenas a 
ocorrência dos efeitos deletérios definirá a existência de uma predisposição genética.
Alén e Raakila (1988) realizaram uma pesquisa referente aos efeitos anabólicos e suas influências sobre o 
metabolismo lipídico e o sistema endócrino, e constataram que a magnitude dos efeitos colaterais dependem 
da especificação das drogas utilizadas, de suas associações, do tempo de uso, freqüência de utilização e vias 
de administração.
71
Yesalis (1993) relata que, a utilização de doses elevadas de esteróides são capazes de elevar a testosterona 
plasmática além do limite superior da sua normalidade, reduzindo os níveis dos hormônios fólico estimulantes 
(FSH) e lutenizantes (LH), diminuindo também suas respostas ao estímulo pelo hormônio hipotalâmico 
liberador de gonadotrofinas (Gn-RH). Tendo como conseqüência uma atrofia dos testículos, da ordem de 20 
por cento, e da espermatogênese, de cerca de 90 porcento. Não havendo modificações do volume ejaculado, 
sendo este dependente da ação androgênica sobre vesículas seminais.
 
Comparação testicular entre um não usuário (à esquerda) e um 
usuário (à direita), com evidente atrofia ocasionada pela utilização deliberada de esteréroides anabolizantes
Encontramos na literatura científica, fortes relatos associando os esteróides a fortes alterações psicológicas 
durante períodos de uso da droga. Este fato também foi evidenciado no meio cinematográfico, através de um 
filme de Jaclyn Smith, baseado em fatos reais, que tem como título "Vítimas de uma fúria", que retrata em seu 
roteiro questões referentes à utilização de esteróides, relacionando seu uso e efeitos adversos, destacando 
alterações nos níveis de agressividade. Desta forma, tornando o usuário violento, agressivo e capaz de 
cometer crimes.
"Nos períodos de uso de esteróides ocorreram aumentos significativos de alterações do humor, quer 
"positivas" (euforia, excitação sexual), quer negativas (irritabilidade, flutuação do humor, sentimentos violentos 
e hostilidade). Sendo também observado nessas ocasiões (falta de concentrações, diminuição de memória e 
confusão"
(BRITO, 1996).
Contudo, fica evidente a sintomatologia no tocante a associação de esteróides, em ocorrências de 
modificações psicológicas conhecidas como ''Steroid Rage" (raiva esteróide), levando pessoas de boa índole 
a cometer crimes, atos psicóticos, até mesmo suicídios como relata Brower (1991).Segundo estudos 
realizados por Friedl e Yesalis (1989), foi constatado o aparecimento de efeitos de feminização, 
caracterizados por dor, inchaço no tecido mamário, com aparecimento de nódulos que precisaram de 
remoção cirúrgica, esta patologia é denominada de Ginecomastia, podendo ocorrer em uma ou mais mamas. 
De forma empírica, culturistas se automedicam, utilizando drogas como Tamoxifem (estrogênio) e 
Mesterolona (anabólico que não aromatiza), com o objetivo de reduzir a ginecomastia.
 
72
Ginecomastia bilateral, ocasionada pela utilização de esteróides anabólicos. Processo cirúrgico para retirada 
dos nódulos.
Yesalis (1993) relata em seus estudos, efeitos adversos androgênicos relacionados ao sistema 
cardiovascular, constatando uma diferença significativa referente à massa ventricular esquerda e espessura 
do septo intraventricular em usuários.
Mochizuke e Richter (1998) em seus estudos, documentaram casos referentes à utilização de esteróides por 
um períodoprolongado e a possível ocorrência de A.V.C. e cardiopatia.
Conforme Yesalis (1993); Santos (2003) , a pele do usuário de esteróides anabolizantes também sofre suas 
adversidades marcadas pela maior ocorrência de acne, oleosidade aumentada, cistos sebáceos, alopécia 
androgênica, dermatites, calvície, seborréia e estrias atróficas. Podendo ocorrer raramente quelóides lineares.
 
Hipertrofia ventricular ocasionada em decorrência da utilização deliberada de esteróides anabolizantes
Evans et al. (1998); David et al. (1994), afirmaram que uma grave complicação no sistema locomotor 
decorrentes do uso de esteróides, que é a ruptura de tendões e ligamentos, decorrentes da ação inibitória da 
droga sobre o colágeno, possibilitando o aumento de lesões.
73
 
Alterações dermatológicas com acne severa e calvície em usuários de esteróides anabólicos
Há evidências de que os esteróides promovem aumento da agregação plaquetária e induzem a geração de 
fatores da coagulação, especialmente trobina e plasmina com aumento do risco de trombose (YESALIS, 
1993).
 
Alterações no sistema locomotor como, ruptura de tendões e ligamentos do bíceps e tríceps em usuários de 
esteróides anabolizantes.
Segundo Fox e Fos (1989), estudos realizados através de relatos onde levantadores de pesos, que usam uma 
grande variedade de esteróides anabolizantes, apresentavam um padrão constante de níveis sangüíneos 
baixos a muito baixos de HDL colesterol (lipoproteínas de alta densidade). Sendo os níveis de HDL-colesterol 
abaixo de aproximadamente 38mg/100ml de sangue estão associados com um alto risco de coronariopatia 
prematura.
74
Alterações da parede arterial com lesão, ilustrando ruptura do endotélio e as 
modificações subseqüentes que levam à arterosclerose ocasionadas pela utilização deliberada de esteróides 
anabólicos.
A utilização de anabólicos-androgênicos orais por um período de tempo prolongado, ocasionou distúrbios 
hepáticos em algumas pessoas. Sendo alguns desses distúrbios, aparentemente reversíveis com o término 
do uso das referidas drogas, porém, outros não são.
Yesalis (1993); Wilmore; Costill (2001) relatam que, a utilização de esteróides por via oral exercem efeitos 
adversos quando da sua passagem pelo fígado, ocasionando aumentos da bilirrubina conjugada e da 
fosfatase alcalina e lesões hepáticas decorrentes de um tipo de hepatite química, podendo evoluir para 
tumores e cistos hepáticos hemorrágicos.
 
 
Alterações hepáticas decorrentes da utilização de esteróides anabolizantes: Adenoma Hepatocelular, Malígno 
Carcinoma Hepatocelular e Piliose hepática
 
COE (1988), enumera uma lista de efeitos colaterais ocasionados por esteróides anabolizantes, sendo em 
mulheres enumerados os seguintes efeitos: acne, rouquidão, engrossamento de voz, crescimento excessivo 
de pêlos, ciclo menstrual irregular (se as doses são suficientes para suprimir a gonadotrofina), câncer 
mamário, calvície, musculatura proeminente e hipertrofia clitoriana. Em crianças, foram relatados a possível 
ocorrência de parada do crescimento até 03 meses após a interrupção da droga.
 
75
Crescimento excessivo de pêlos (padrão masculino), hipertrofia clitoriana e musculatura proeminente em 
mulheres usuárias de esteróides anabólicos.
Melchert, Herron e Welder (1992) demonstraram em seus estudos referentes à aplicação de esteróides 
anabolizantes, apresentando ocorrências de prejuízos de membrana sarcolema, retenção de líquidos com 
danos a integridade dos lisosssomos, além da depressão da atividade da mitocôndria das células 
miocardíacas, levando a degradação da habilidade deste de formar substrato de alta energia para 
manutenção osmótica e integridade celular (danificando a produção de energia nas células).
Conforme relata Yesalis (1993), a dependência física também referida como dependência farmacológica ou 
fisiológica é caracterizada pelos sintomas físicos ou psicológicos como angústia, aflição, depressão e outros, 
quando o usuário interrompe o uso da droga.
Segundo Brito (1996), temos que considerar também a questão da partilha de agulhas e seringas, como a 
possibilidade de infecção pelo HIV. Newshan; Leon (2001) relatam um caso de AIDS em um culturista usuário 
de esteróides, onde o mesmo admitiu o uso de esteróides e cocaína, partilhando agulhas e seringas com 
companheiros de academia.
 
Fotos publicadas na internet, orientando a auto aplicação, potencializando o risco para lesões como abscesso 
(acúmulo de pus em cavidade formada por processo inflamatório).
76
Tendo em vista os aspectos supracitados, torna-se evidente a necessidade de realizar 
estudos no tocante a produção de conhecimentos, a respeito dos efeitos colaterais 
decorrentes da utilização deliberada de esteróides anabolizantes, procurando alertar os 
atletas e a população em geral sobre os riscos causados pelo consumo da referida droga.
Efeito colateral do uso de anabolizantes e óleos injetáveis
 “Cresce o número de pessoas que adere ao uso de esteróides anabolizantes para moldar o corpo e ganhar 
força, resistência e velocidade. Sem qualquer controle, o medicamento, apesar de ser proibido, é oferecido 
principalmente em academias de ginástica. Os danos causados por seu uso, entretanto, podem ser 
irreversíveis. O problema já está sendo visto como um caso de saúde pública”. 
Introdução
A busca de corpos esculpidos à base de remédio está levando jovens de aparência saudável a um vício 
muitas vezes sem volta. O motivo é o uso dos chamados esteróides anabolizantes. Apesar de não haver 
estatísticas, sabe-se que vem crescendo o número de consumidores da droga. E não são apenas os atletas 
em busca de mais força, velocidade, e resistência dos músculos os únicos a usá-lo. Homens, jovens e 
mulheres que querem apenas ganhar massa corporal em pouco tempo também se deixam seduzir pelos 
efeitos da droga. O abuso desse medicamento não é novidade. O maior problema, atualmente, segundo 
especialistas, é a adesão às drogas nas academias convencionais.
“Muitas vezes, é o próprio instrutor quem chega para o aluno e diz que seu desenvolvimento chegou ao limite. 
Aí vem a sedução pelos anabolizantes”, explica Fernando Vítor Lima, professor da Universidade Federal de 
Minas Gerais e mestre em Treinamento Esportivo. Nas lojas de suplementos nutricionais, a situação não é 
diferente: “O charlatanismo é muito grande nesse meio. As pessoas receitam o produto como se soubessem 
tudo sobre ele. Quem compra, na verdade está pagando pelo sonho de um corpo perfeito, na verdade, de 
uma ilusão, porque os problemas ocasionados são muitos”, orienta.
Nos Estados Unidos, os anabolizantes já são considerados uma droga proibida, que só pode ser vendida com 
receita médica. Na Suécia, existem serviços que encaminham os usuários para tratamento, como se ele fosse 
um viciado em droga. No Brasil, segundo o professor, apesar da proibição de venda, a Vigilância Sanitária é 
falha e os esteróides continuam sendo consumidos em larga escala.
O uso indiscriminado desses esteróides teve início em 1930, com alguns fisiculturistas e atletas que 
buscavam desenvolvimento muscular rápido e melhora de performance. Com o passar dos anos, o uso se 
estendeu para esportistas amadores, frequentadores de academias e adolescentes.
O que são Esteróides Anabolizantes
Os anabolizantes são substâncias sintéticas similares aos hormônios sexuais masculinos e promovem, 
portanto, um aumento da massa muscular (efeito anabolizante) e o desenvolvimento de caracteres 
masculinizantes. A massa corporal aumenta porque eles aumentam a capacidade do corpo de absorver 
proteína, além de reter líquido provocando o inchaço dos músculos.
Geralmente, os anabolizantes, ou “bombas”, como também são chamados, sãotomados oralmente em 
cápsulas/tabletes, ou injetados no músculo. Muitas vezes, as drogas são usadas em associação de até três 
tipos diferentes e em doses 100 vezes maiores que as preconizadas por tratamento médico. Anadrol, Oxadrin 
e Durabolin são alguns exemplos de esteróides.
Embora muita gente não saiba, o anabolizante tem uso na medicina, para casos de osteoporose, deficiência 
de crescimento, problemas hormonais masculinos, como o hipogonadismo. Entretanto, só é ministrado em 
77
doses terapêuticas e necessitam sempre de prescrição médica para serem adquiridos. “Os médicos receitam 
doses de, no máximo, 15 mg enquanto que os fisiculturistas chegam a tomar até 300 mg”, diz Fernando.
Consequências do uso de Anabolizantes
O efeito de um corpo saudável com os anabolizantes é apenas aparente. Está provado que seu uso só gera 
danos à saúde. Os efeitos colaterais das superdosagens são muitos. A pessoa pode desenvolver problemas 
no fígado, inclusive câncer, redução da função sexual, derrame cerebral, alterações de comportamento com 
aumento da agressividade e nervosismo, aparecimento de acne. Ao todo, 69 efeitos colaterais já foram 
documentados.
Em garotos e homens existe a diminuição da produção de esperma, retração dos testículos, impotência 
sexual, dificuldade ou dor ao urinar, calvície, desenvolvimento irreversível de mamas.
Em adolescentes de ambos os sexos, também pode ocorrer parada prematura do crescimento, tornado-os 
mais baixos que outros, não usuários de anabolizantes.
A parada brusca do uso de anabolizantes também pode produzir sintomas como depressão, fadiga, insônia, 
diminuição da libido, dores de cabeça, dores musculares e desejo de tomar mais anabolizantes.
O uso compartilhado de esteróides por seringas e agulhas não esterilizadas é comum e pode expor o 
indivíduo a doenças como Aids, hepatites B e C e endocardite bacteriana.
Caminho sem Volta
Segundo o professor Fernando, não se sabe até que ponto os problemas ocasionados pelo uso das “bombas” 
são reversíveis. “Os casos têm que ser analisados de forma isolada porque cada organismo reage de um jeito 
ao uso do esteróide. Em muitos casos, o nível de comprometimento das funções é tão grande que não há 
opção de cura. Várias pessoas já morreram por causa do uso indiscriminado dos anabolizantes”, adverte.
Por tantos riscos e inconvenientes, o uso indiscriminado de anabolizantes deve ser desencorajado, banido do 
meio esportivo. Para Fernando, a grande arma capaz de resolver esse problema são as campanhas 
educativas. ” O uso de esteróides já se tornou um caso de saúde pública. O governo tem que tomar 
providências”, completa.
Separamos algumas imagens de pessoas que sofreram sérias consequências devido ao uso dos 
anabolizantes, por isso, por mais que o caminho em busca de um corpo sarado seja díficil o que vale 
realmente a pena nessa luta é malhar com saúde.
O RISCO AINDA MAIOR QUE O USO DOS ANABOLIZANTES: INJEÇÃO DE ÓLEOS
Parece irreal acreditar que algumas pessoas em busca da perfeição corporal sejam capazes de injetar 
determinados tipos de óleos, isso mesmo, eles utilizam uma substância na forma química de óleo via 
endovenosa,os riscos dessa prática são devastadores.
Um dos óleos mais utilizados por jovens que desejam um músculo mais avantajado é o ADE, um conjunto de 
substâncias utilizado para bois, cavalos, carneiros, porcos, que servem para suprir a deficiência de vitaminas 
no corpo do animal. Como um combustível, os jovens fazem um coquetel de substâncias e injetam nos 
músculos para um rápido crescimento, sem se preocuparem com os riscos que essa injeção pode trazer. 
(Tribuna do Norte)
O ADE, também usado pelos jovens, é um complexo vitamínico que pode causar necrose do músculo se mal 
aplicado. Pagnani contabilizou pelo menos 30 casos recentes de graves seqüelas decorrentes da má 
aplicação do ADE. Desde 1998, há pelo menos quatro mortes documentadas no país relacionadas aos 
anabolizantes. A associação prepara uma campanha contra o uso dessas substâncias. (Folha de S. Paulo)
78
Sem efeito anabolizante, o ADE provoca uma inflamação quando injetado no músculo. A substância fica 
“encapsulada” e infla o local, o que pode ser confundido com hipertrofia muscular. Pode causar necrose dos 
tecidos, amputação e até morte. (Folha Cotidiano)
Como funcionam
O que estas substâncias poderiam fazer pelo desenvolvimento muscular? A resposta é clara: nada. Nenhum 
desses compostos tem a capacidade de promover o anabolismo, muito pelo contrário o efeito mais claro de 
seu uso é a morte dos tecidos adjacentes.
Quando se aplica uma dessas drogas, apenas uma pequena parte é absorvida de imediato, o restante 
permanece estagnado no local. A grande quantidade de óleo é reconhecida pelo organismo como um corpo 
estranho dentro do músculo e, como meio de proteção, uma camada de tecido conectivo é formada em volta 
do óleo para evitar que ele se espalhe e cause mais danos. Ou seja, ao aplicar um desses óleos, não se está 
aumentando a massa muscular e sim criando uma espécie de tumor.
A inflamação aliada à presença dos óleos, leva ao aumento do volume no local, que permanece por alguns 
anos, até que o corpo consiga removê-lo totalmente ou, pior, até que ele destrua os tecidos e tenha que ser 
removido cirurgicamente.
Efeitos colaterais
O organismo pode não ser capaz de controlar adequadamente os processos lesivos decorrentes da presença 
do óleo, gerando uma progressiva destruição tecidual que leva ao comprometimento de toda a região, que 
culmina com a remoção cirúrgica dos tecidos mortos e, em casos extremos, leva a amputações. Apesar de 
parecer distante para muitos usuários, nos Estados Unidos, onde esta moda se espalhou e ganhou 
proporções absurdas, as amputações já ocorrem, e há quem diga que são relativamente comuns.
Outro problema grave é o próprio ato de injetar os óleos, o que normalmente é feito pelo próprio usuário ou 
por outra pessoa despreparada, sem nenhum conhecimento de anatomia. Normalmente os locais onde se 
aplicam as drogas são altamente vascularizados, como bíceps e panturrilha, o que aumenta 
exponencialmente o risco de se atingir ramos do sistema circulatório durante a aplicação. Caso esta 
substância caia na circulação o risco de morte é real e iminente, podendo causar embolias, ataques 
cardíacos, infartos, derrames cerebrais ou outros problemas graves (um renomado fisiculturista profissional 
atingiu uma veia enquanto aplicava um desses produtos e quase foi a óbito por complicações 
cardiocirculatórias). Também são relativamente comuns os casos onde se atingem nervos, levando a 
paralisias irreversíveis. (para quem acha que isto é um alarde irreal, recomendo que veja uma foto onde se 
mostra a quantidade de nervos, veias e artérias dos locais onde se aplica o óleo).
Considerações finais
Por ser uma prática leiga, obscura e sem nenhum controle, será muito difícil obter dados oficiais dos 
problemas advindos do uso de óleos para crescimento localizado, mas já se ouve muitos relatos de efeitos 
colaterais sérios, como morte, embolia, infartos, amputações, paralisias e necroses.
Além dos males diretos, a facilidade em obter um aumento do volume de determinado músculo através de 
injeções localizadas está criando verdadeiras aberrações. O uso desses óleos está fazendo com que se perca 
o bom-senso, sendo comum vermos braços desproporcionais ao tórax, com uma aparência e consistência 
que denuncia claramente que aquilo não é músculo.
SEPARAMOS ALGUMAS FOTOS DE EFEITOS GERADOS PELO USO DE ANABOLIZANTES E PELA 
INJEÇÃO INDISCRIMINADA DE ÓLEO COM FINALIDADE PARA USO ANIMAL, PARA QUE VOCÊS 
POSSAM VISUALIZAR OS REAIS DANOS CAUSADOS POR ESSAS PRÁTICAS79
80
81
O treino correto e a alimentação disciplinada são meios valiosos não só de se obter benefícios estéticos, mas 
principalmente para se alcançar melhoras que atingem a saúde e outros aspectos qualitativos da vida. No 
entanto, as práticas saudáveis estão sendo substituídas por frascos de óleos. Usar artifícios que não trazem 
ganhos reais e, ainda prejudicam seriamente seu organismo é ignorância e não tem nada a ver com esporte, 
saúde ou com uma atitude racional e coerente
82
Suplementos Alimentares
Os suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar 
a dieta e fornecer nutrientes, como vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos ou 
aminoácidos, que podem estar faltando ou não podem ser consumida em 
quantidade suficiente na dieta de uma pessoa.
Os suplementos alimentares para fisiculturismo são usados por 
praticantes de atividade física, mais comum em praticantes de musculação, 
proporciona nutrientes essenciais como proteínas, carboidratos, aminoácidos, 
vitaminas e etc.
A grande vantagem dos suplementos para fisiculturismo é a pouca 
quantidade de gordura presente neles.
Alguns suplementos protéicos
• Albumina,
• Whey Protein,
• Caseína,
• Proteína de soja,
• Levedura de cerveja,
• Creatina
• PowerMax
Carboidratos
• MaltoDextrina,
• Dextrose,
• Hipercalóricos em geral.
Suplementação Desportiva
O uso de suplementos cresce no mercado e milhares de pessoas buscam 
esse tipo de produto na esperança de mais saúde, beleza e rendimento. As 
promessas de resultados feitas pelos fabricantes geralmente não possuem 
qualquer respaldo científico ou são embasadas em pesquisas encomendadas.
O uso de substâncias que melhorem o rendimento é uma prática antiga no 
meio esportivo, mas o que é um suplemento?
Burke & Read classificam os suplementos em duas grandes categorias: os 
suplementos dietéticos e os auxiliadores ergogênicos. Os suplementos dietéticos 
são similares aos alimentos em relação aos nutrientes fornecidos, são produtos 
práticos para ingestão durante atividade, podem servir como auxiliares no 
83
aumento do consumo energético ou do aporte vitamínico-mineral. Entre eles 
estão: as bebidas esportivas (com CHO e eletrólitos), os suplementos com alto 
teor de CHO (como os geis de CHO), os multivitamínicos, vitamínicos, 
suplementos minerais, refeições líquidas e os suplementos à base de cálcio. Por 
eliminação, o restante das sustâncias ingeridas de forma suplementar a 
alimentação seria considerado auxiliador ergogênico. Os suplementos dietéticos 
não promovem aumento de desempenho. O resultado melhor na performance 
seria uma consequência da capacidade em atender uma demanda nutricional. Ou 
seja, o atleta não ficaria mais forte ou mais rápido devido ao suplemento, mas 
conseguiria manter-se em atividade mais tempo, por exemplo. Já o auxiliador 
ergogênico teria a capacidade de aumentar a performance, fornecendo 
substâncias que fisiologicamente não fariam parte da demanda nutricional. Outras 
classificações surgiram e alguns autores classificam todos os suplementos como 
sendo ergogênicos porque de uma forma ou de outra eles auxiliam na 
performance. Na verdade a grande diferenciação que se deve fazer é: existem 
substâncias que podem agir alterando processos metabólicos e genéticos 
diferentemente dos alimentos e existem produtos que simplesmente fornecem os 
nutrientes que normalmente viriam da alimentação de outra forma. É a linha que 
divide o que seria considerado suplementação nutricional do que se aproxima do 
doping. Dessa forma, quem consome suplementos e participa de eventos 
esportivos, deve estar atento para o conteúdo REAL do suplemento para não 
ingerir substâncias proibidas, fato que já ocorreu com atletas importantes, que 
foram condenados por doping e que depois provou-se que a substância provinha 
de produtos comercializados como “suplementos alimentares”.
Utilidades para cada tipo de atividade
A ausência de recomendações nutricionais para atletas dos mais diversos 
esportes facilita a difusão de conceitos infundados em relação à necessidade da 
suplementação. Normalmente o consumo de suplementos é fomentado pela ideia 
de que é necessário compensar uma dieta inadequada, para atender um suposto 
aumento nas necessidades diárias imposto pelo treinamento ou pela vontade de 
ter um efeito sobre a performance.
Mas na verdade as carências nutricionais precisam de testes para ser 
identificadas. O aumento do consumo energético normalmente pode ser feito pela 
dieta e muitas vezes os conteúdos dos suplementos, como a proteína, já são 
abundantes na alimentação normal. E a noção de melhorar a performance a custa 
do suplemento quase sempre carece de evidência científica. Como alguns 
costumam dizer: existem dois tipos de suplementos para aumentar a performance, 
os que não funcionam e os que são proibidos.
Os suplementos podem e devem ser utilizados em treinos ou competições 
quando:
1. há uma dificuldade em ingerir as calorias suficientes para repor o que o 
atleta gasta durante o treino ou competição;
84
2. deseja-se diminuir o bolo fecal para evitar evacuação durante a competição;
3. pretende-se fazer uma supercompensação com CHO e não existe 
abundância de alimentos ricos em CHO ou as condições de higiene e 
preparo não são favoráveis;
4. existe a necessidade de recuperação pós-esforço combinada com 
situações de falta de apetite;
5. o indivíduo passa por uma situação temporária de restrição alimentar;
6. competições e treinos longos que necessitam do consumo de CHO para 
serem mantidos em níveis de volume e intensidade aceitáveis.
Suplementos e Exercícios de Força
Sem dúvida o grande vilão do mercado de suplementos está em cima dos 
produtos para ganho de massa muscular, principalmente aqueles à base de 
proteína concentrada.
Contrariando a crença popular, durante o exercício de endurance o corpo 
usa mais proteína do que durante o exercício de força com sobrecarga. Mas quem 
faz uso do suplemento alega que a proteína é importante durante a recuperação, o 
que é verdade, mas também é verdade que a proteína da dieta normal quase 
sempre é suficiente ou excessiva.
Uma das alegadas vantagens dos suplementos protéicos como o Whey 
Protein e PowerMax, seria a sua rapidez de absorção. Realmente os hidrolisados 
de proteína são mais rapidamente digeridos, mas dois aspectos chamam a 
atenção: 1. Existe evidência de que as proteínas de rápida absorção como o whey 
protein ficam menos tempo circulantes e 2. Normalmente os fisiculturistas e as 
pessoas que buscam hipertrofia muscular fazem refeições a cada 2-3 horas. Com 
esse regime de horários não é possível existir queda nos níveis de aminoácidos, 
portanto, a velocidade de absorção é indiferente.
Uma refeição que contenha caseína mantém os níveis de aminoácidos 
aumentados por 7 horas, questionando também a necessidade em se fazer 
refeições tão próximas.
Não se nega o fato da maior necessidade protéica em atletas de exercícios 
de força, a questão é que na maioria dos casos o consumo de proteína já é várias 
vezes acima do necessário.
A suplementação com proteína pode ser indicada nos casos em que:
1. existe uma necessidade real em se aumentar o aporte protéico e isso deve 
ser feito sem incrementar o conteúdo de gordura da dieta;
2. a dieta deve ser complementada porque o indivíduo não tem condições no 
dia-dia de consumir proteína (mora sozinho, sem tempo de cozinhar, etc.);
3. indivíduos que precisam passar por restrição calórica e não desejam perder 
massa magra.
85
Para quem visa aumentode massa muscular e vai consumir algum 
suplemento, o melhor horário é assim que encerre os exercícios. Testes feitos 
com bebidas contendo CHO e proteína ingeridas logo após o treino indicam que a 
síntese protéica foi aumentada nessa situação.
Algumas pesquisas estão sendo feitas com a estratégia de ciclos de proteína. 
Alternando dias de baixo consumo com períodos de alto consumo supostamente a 
absorção das proteínas seria melhorada, mas os resultados ainda são muito 
imprecisos e duvidosos.
Suplementos e Exercícios de Endurance
Nos esportes de longa duração e nas provas de vários dias, só é possível 
para o atleta equilibrar o gasto energético com o consumo, se utilizar alimentos ou 
suplementos durante a atividade.
Deve-se levar em conta que os depósitos de glicogênio podem não ser 
restaurados de um dia para o outro. Treinos em dias consecutivos podem levar a 
uma depleção tamanha que precise de repouso para recuperação total. Manter 
uma dieta rica em CHO e usá-los durante o treino é a maneira mais eficiente de 
evitar este problema. Um ciclista em provas longas como o Tour de France, por 
exemplo, necessita de até 9 mil calorias por dia, o que é um fator limitante nestes 
esportes. Muitos atletas não conseguem suportar a competição por não 
conseguirem absorver a energia necessária. A suplementação costuma ser usada 
nessas situações. Atualmente existem repositores que conseguem em uma 
pequena garrafa entregar 1000 calorias ao atleta em forma de líquido. O atleta que 
não repõe o que gasta perde peso e desempenho
Como em exercício de endurance as gorduras são queimadas em 
abundância, faria sentido usar suplementos lipídicos nessas situações. Entre estes 
suplementos estariam os triglicerídeos de cadeia média (TCM), que aumentam a 
oferta de ácidos graxos no plasma. Uma alternativa seria aumentar o consumo de 
gordura, como proposto pela dieta 40/30/30.
O uso dos TCM surgiu como uma alternativa, mas existe uma baixa 
tolerância gastrintestinal aos TCM e nas quantidades aceitáveis não houve 
economia de glicogênio. As dosagens que resultaram em economia de CHO são 
muito altas e geralmente causam efeitos colaterais que comprometem o 
desempenho.
Ao iniciar uma dieta hiperlipídica o organismo passa por várias adaptações 
enzimáticas no sentido de usar melhor os AGL, mas outro efeito resultante do 
maior consumo de gordura é que com esse aumento ocorre uma diminuição no 
consumo de CHO, diminuindo os depósitos de glicogênio muscular.
O aumento da concentração de AGL no sangue com a finalidade de 
diminuir o gasto de CHO em exercício foi testado de várias formas, inclusive com 
86
injeções de produtos que aceleram a captação de AGL e outros métodos 
invasivos. Todos seriam considerados doping.
Dessa forma, atualmente a suplementação com lipídios e as dietas ricas em 
gordura parecem não trazer nenhuma vantagem para o atleta de endurance.
Segurança
A abundância de produtos disponíveis e a falta de controle fazem com que 
seja difícil estudar a eficácia e até mesmo a segurança dos suplementos. Muito do 
que é divulgado não passa de propaganda. Existe uma indústria milionária 
apoiando a venda dos produtos enquanto que a verba investida em pesquisa séria 
sobre os produtos é irrisória.
Suplementos mais conhecidos
• Cafeína: como a cafeína tem ação lipolítica, supôs-se que a suplementação 
auxiliaria na lipólise e pouparia glicogênio muscular. Mas os resultados 
foram contraditórios e apesar de ser também um forte estimulante, a 
cafeína é um diurético, aumentando a perda líquida em atividade, um fator 
indesejável. A quantidade de cafeína para ter um efeito significativo como 
estimulante é muito grande e seria considerada doping. Além disso, o 
consumo cotidiano de cafeína interfere na sua sensibilidade – pessoas que 
nunca consomem café são mais sensíveis aos seus efeitos. Essa variação 
pessoal seria mais um complicador caso se faça uma prescrição individual 
de uso.
• Carnitina: atua como transportadora de lipídios intracelulares e pensou-se 
que o uso poderia facilitar a utilização de AGL circulantes. Mas os estudos 
mostraram que esse tipo de suplementação não traz melhorias ao 
rendimento e que na verdade o que pode acelerar o processo é uma 
aceleração do funcionamento enzimático intracelular, o que só ocorre com 
o treinamento. Mesmo assim, a carnitina é vendida mundialmente sob o 
pretexto de ser um “queimador de gordura”.
• Aminoácidos isolados: o consumo de aminoácidos isolados como 
suplemento iniciou com a suplementação de pessoas doentes e os 
defensores desta prática para atletas alegam que poderiam estimular a 
secreção de hormônio do crescimento (GH), mas isso não foi provado. 
Existem indicações de que estes aminoácidos poderiam influenciar a 
absorção de outros aminoácidos, causar falha renal e lesões teciduais. A 
suplementação por longos períodos com aminoácidos não tem qualquer 
benefício comprovado sobre o rendimento, podendo ainda induzir um 
quadro de resistência periférica à insulina. Não há, portanto evidências 
apontando o uso de aminoácidos como sendo benéfico para o atleta ou 
para o seu rendimento.
• BCAA (Branched-chain amino acids): aminoácidos de cadeia ramificada, 
valina, leucina e isoleucina. A maior quantidade de estudos com BCAA 
deve-se ao quadro da fadiga central. As estratégias para utilização do 
87
BCAA em relação à fadiga central procuram estabelecer que sua 
suplementação realmente atrase o início da fadiga.
Atualmente existem três manobras nutricionais para evitar a fadiga central:
a) suplementação de CHO durante o exercício, o que diminuiria o uso de 
BCAA, e consequentemente sua queda no sangue;
b) suplementação com BCAA para manter seus níveis no sangue;
c) uma mistura de BCAA e CHO durante o exercício.
O poder anabólico e anticatabólico dos BCAA também vêm sendo 
estudado. O consumo de BCAA estimularia a liberação de hormônios 
anabólicos como o GH, insulina e testosterona.
Vários estudos já mostraram que altas doses de BCAA podem afetar 
negativamente o rendimento, reduzindo a absorção de água, causando 
distúrbios gastrintestinais e aumentando a produção de amônia.
• Beta-hidroxi metil butirato: quando associado ao treino de força parece 
induzir aumentos na massa magra e na força, no entanto a quantidade dos 
estudos e as populações estudadas não permitem fazer qualquer tipo de 
prescrição confiável.
• Glutamina: é o aminoácido mais comum em nosso plasma e é muito 
queimado em exercício. Este aminoácido é fonte energética para as células 
do sistema imunológico e as quedas da glutamina baixam a resistência 
contra infecções oportunistas, um dos motivos para gripes e resfriados 
próximos à competições ou treinos fortes. A glutamina não pode ser 
suplementada eficientemente porque as células intestinais são altas 
consumidoras de glutamina e não permitem que ela passe para o sangue.
Além do efeito sobre o sistema imunológico, a glutamina poderia ter um 
efeito anabolizante e de estimular a síntese de glicogênio. Formas 
associadas do aminoácido e outras alternativas estão sendo estudadas e 
existe alguma indicação de que mesmo com a questão da absorção 
abdominal prejudicada, o fato de suplementar poderia poupar glutamina 
endógena.
• Creatina: a capacidade máxima do sistema anaeróbico em produzir 
energia é regulada pela degradação do fosfato de creatina e dura em média 
10 segundos. A concentração de fosfato de creatina intramuscular é 
importante para a realização de exercício anaeróbico, intermitente ou de 
apenas um esforço único que dure no máximo 30 segundos.
A creatina que usamos podeser fornecida diretamente pela alimentação 
(carnes) ou ser produzida de forma endógena pelo fígado, rins e pâncreas a 
partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina.
Os efeitos da creatina suplementada são mais bem percebidos em:
- testes de sprint na natação
- produção de força máxima em cicloergômetro;
- tiros de até 700 metros em corrida;
88
- velocidade final em tiros de 60 m em corrida;
- tempo até a exaustão em testes de alta intensidade em bicicleta;
- capacidade de força e na composição corporal de levantadores de peso;
- performance em saltos.
O uso da creatina deve obedecer a uma estratégia porque ela é 
transportada para o interior celular por proteínas que, quando expostas por 
longos períodos a grandes doses de creatina, perdem sua sensibilidade. 
Portanto, o consumo regular de creatina não surte qualquer efeito. O 
período em que a creatina intramuscular fica elevado é de 4-6 semanas.
A creatina é mais bem absorvida quando ingerida junto com CHO em 
líquidos mornos. Até o momento não se conhece nenhum prejuízo à saúde 
devido à suplementação com creatina como na estratégia proposta. O uso 
crônico não foi avaliado.
Atletas de atividades mais longas do que 5 minutos parecem não ter 
qualquer benefício com a creatina, podendo apresentar ligeiro ganho de 
peso, o que normalmente é indesejável em várias modalidades
89
DST (doenças sexualmente transmissíveis)
Doenças sexualmente transmitidas ou DSTs, são doenças infecciosas que podem 
ser disseminadas através do contato sexual. Algumas podem também ser 
transmitidas por vias não sexuais, porém formas não-sexuais de transmissão são 
menos frequentes. Estima-se que de 10 a 15 milhões de americanos tenham 
doenças sexualmente transmitidas, muitos dos casos são epidêmicos, incluindo 
gonorréia, inflexão da uretra não causada pela gonorréia, herpes genital, 
candiloma, scabics (mites) e infecções na uretra e na vagina causadas pela 
bactéria Chlamydia trachomatis, pelo protozoário Trichomas e pelo fungo monilia. 
Vários estudos mostram que as doenças sexualmente transmitidas afetam 
pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os níveis sociais nos 
Estados Unidos.
Um grande número de infecções são transmitidas predominantemente ou 
exclusivamente por contato sexual. Além das doenças epidêmicas que foram 
citadas acima, podemos incluir a sífilis, o chato (pediculosis pubis), infecção 
vaginal causada pela bactéria Hemophilus e muitas outras. DSTs podem ser 
causadas por uma grande variedade de organismos, tais como o protozoário 
Trichomonas, a levedura causadora de moniliasis, bactérias causadoras da 
gonorréia e da sífilis e o vírus que causa a herpes genital.
Transmissão
A transmissão de todas estas doenças só ocorre através do contato íntimo com a 
pessoa infectada, porque todos os organismos causadores morrem rapidamente 
se forem removidos do corpo humano. Apesar da área de contato ser 
normalmente as genitais, a prática de sexo anal e oral pode também causar 
infecções. Gonorréia, sífilis e infecção clamidial podem ser transmitidas de um 
portadora grávida ao filho que está sendo gerado, tanto através do útero como 
através do parto.
90
Apesar das doenças venéreas se manifestarem na genitália externa, elas podem 
atingir a próstata, o útero, os testículos e outros órgãos internos. Algumas dessas 
infecções causam apenas uma irritação local, coceira e uma leve dor, porém a 
gonorréia e clamídia podem causar infertilidade em mulheres.
Controle
A natureza epidêmica das doenças sexualmente transmitidas as torna de difícil 
controle. Algumas autoridades em saúde pública atribuem o aumento no número 
de casos destas doenças ao aumento de atividade sexual. Outro fator que 
também contribui significativamente é a substituição do uso de camisinha 
(condom) - que oferece alguma proteção - por pílulas e diafragmas com métodos 
anticonceptivos. Os padrões das doenças sexualmente transmitidas são bastante 
variáveis. Enquanto a sífilis e a gonorréia eram ambas epidêmicas, o uso intensivo 
de penicilina fez com que a freqüência da sífilis caísse para um nível 
razoavelmente controlado; a atenção voltou-se então ao controle da gonorréia, foi 
quando a freqüência da sífilis aumentou novamente. Os casos de herpes genital e 
clamídia também aumentaram durante a década de 70 e durante o início da 
década de 80.
O tratamento de doenças sexualmente transmissíveis é feito basicamente com 
antibióticos. A penicilina tem sido uma droga eficiente contra a sífilis e a gonorréia, 
porém muitos dos organismos causadores da gonorréia são hoje resistentes à 
penicilina; usa-se nestes casos o ceftriaxone ou a spectinomicine. A tetraciclina é 
usada para tratar o linfogranuloma venéreo, o granuloma inguinale e a uterite 
clamidial. Existem tratamentos específicos para a maioria das 
doenças sexualmente transmitidas, com exceção do molluscum contagiosum. A 
droga antivirus aciclovir tem se mostrado útil no tratamento da herpes.
A única forma de se prevenir a dispersão das doenças sexualmente transmitidas é 
através da localização dos indivíduos que tiveram contato sexual com pessoas 
infectadas e determinar se estes também necessitam tratamento. Localizar a 
91
todos, entretanto, é bastante difícil, especialmente porque nem todos os casos são 
reportados.
AIDS (SIDA) e a hepatite B são transmitidas através do contato sexual, porém 
estas doenças podem também ser transmitidas de outras formas.
Condiloma 
(HPV)
 
Condiloma é a designação genérica do Papilomavírus Humano. Outros 
denominações como condilomatose, condiloma acuminado e crista de galo 
também podem ser usadas. A exemplo do herpes, o condiloma tem períodos de 
latência (remissão) variáveis de um indivíduo para o outro. Causam lesões 
verrugosas, a princípio microscópicas e de difícil visualização a olho desarmado, 
que vão lentamente crescendo como lesões sobrepostas umas às outras, 
formando a designação popular de crista de galo. Podem chegar, em indivíduos 
com higiene precária, a lesões coalescentes e grandes como a palma da mão de 
um adulto. Seu contágio é quase que exclusivamente sexual (gênito-genital, oro-
genital ou gênito-anal) e sua manifestação depende da imunidade do contaminado
O diagnóstico faz-se por penoscopia direta (coloração especial que tinge as lesões 
condilomatosas quando presentes) e sempre que possível, biópsia para confirmar-
se a suspeita clínica. Uma vez diagnosticado o condiloma, o tratamento é quase 
sempre é cirúrgico por uma destas modalidades: eletrocauterização ou 
eletrofulguração, que consiste em queimar as lesões ou a exerése das lesões que 
serão mandadas para exame anatomopatológico, fazendo-se assim a biópsia e o 
tratamento ao mesmo tempo. Muitas vezes os dois métodos são utilizados em 
conjunto, nas lesões extensas. A cauterização química com ácidos orgânicos que 
também queimam as lesões, têm uma série de contra-indicações e complicações 
que me levaram a quase descartá-lo para uso rotineiro. 
92
O cliente com condilomatose deve ser alertado para a possibilidade de recidivas 
após os tratamentos, como se lesões latentes esperassem a hora certa para 
aparecer. Não raro estes clientes terão repetidas sessões de terapia. Também é 
importante salientar que no homem o condiloma é apenas uma lesão 
esteticamente feia, mas na mulher é precursor do câncer de colo do útero, uma 
doença grave. Portanto, tratar o homem é prevenir uma complicação séria para a 
mulher. Nestes casos, frequentementerecebemos o homem para penoscopia por 
solicitação do ginecologista da esposa, que diagnosticou displasia do colo de útero 
e suspeita de condiloma como agente causador. 
Herpes
Os vírus herpes simples (VHS) tipo 1 e tipo 2 são ambos da família herpesvirus 
humanos, a qual ainda inclui o citomegalovírus, o Epstein-Barr vírus, varicela 
zoster vírus e herpesvirus humanos específicos (Kaposi). A principal característica 
dos herpesvírus é a de produzir infecções latentes, potencialmente recorrentes. A 
latência se desenvolve a partir da sobrevivência do material genético do vírus 
dentro de células hospedeiras, sem produção de partículas infectantes
A infecção genital pelo VHS é adquirida a partir do contato de superfícies cutâneas 
(pele) ou mucosas genitais com os vírus infectantes. Sendo um parasita celular 
obrigatório (é desativado pela perda de umidade à temperatura ambiente), é 
pouco provável que se transmita por aerossol (gotas microscópicas) ou fômites 
(peças de vestuário íntimo, assento do vaso sanitário, papel higiênico, etc.), sendo 
o contato sexual, orogenital ou genito-anal e gênito-genital, o modo habitual de 
transmissão. 
Acredita-se, a exemplo de outras infecções genitais, que o VHS penetre no corpo 
humano por pequenas escoriações (raspados) ou fissuras na pele ou mucosas, 
resultante do ato sexual. Após sua infecção, o VHS é transportado através dos 
93
neurônios (nervos), com isto podendo variar seus locais de recidiva. Na infecção 
inicial a gravidade das lesões será diretamente proporcional à imunidade da 
pessoa, disto também dependerá a freqüência e gravidade das recidivas. A 
pessoa que teve infecção anterior pelo VHS oral poderá ter uma infecção pelo 
VHS genital atenuada (menos grave) pela presença de anticorpos cruzados. 
Não existe até o presente momento, cura para qualquer tipo de herpes. Todo o 
tratamento proposto visa aumentar os períodos de latência em meses e até anos. 
A partir de diagnóstico clínico e laboratorial, medidas higiênicas devem ser 
tomadas para o indivíduo e sua/seus parceiros sexuais. Em mulheres grávidas, 
maiores cuidados em relação ao feto devem ser adotados, mesmo que o 
diagnóstico não tenha sido na gestante e sim no seu parceiro sexual. Este, 
infectado, deve evitar o coito durante a gravidez ou fazê-lo de modo seguro. 
Como adquiri isto ? Pergunta freqüente de consultório, sempre implicando 
em "infidelidade". Esta pode estar presente, sem dúvida, mas grande parte dos 
infectados é assintomático até sua primeira crise herpética, num intervalo que 
pode ser de muito tempo e depois de vários relacionamentos amorosos. 
Lembro aqui que o perigo maior de contágio está nas lesões por recorrência 
quando então o indivíduo deve se proteger para não transmitir durante a atividade 
sexual. 
 Fatores que baixam a imunidade, como gripes ou resfriados e o stress podem 
contribuir para tornar as recidivas mais freqüentes. Por isto pacientes aidéticos 
podem ser cronicamente molestados por esta doença. Não há evidências médicas 
de relação do herpes com qualquer tipo de câncer humano.
Uretrites
94
É a designação genérica para processos inflamatórios ou infecciosos da uretra 
(canal que conduz a urina da bexiga para o meio externo, ao urinarmos) masculina 
e feminina. Os sintomas da uretrite compreendem: a descarga uretral (secreção) 
que varia de acordo com o agente etiológico, desconforto urinário sob forma de 
ardência e/ou dor para urinar e às vezes sensação de "coceira" na parte terminal 
da uretra (perto do meato urinário na glande peniana). Estes três principais 
sintomas podem variar de intensidade de acordo com a doença. 
As uretrites inflamatórias (sem a participação de germes), em grande parte, são 
originadas pelo trauma externo, como por exemplo o hábito de ordenhar a a uretra 
após urinar, ou hábito masturbatório, lembrando aqui que a uretra é uma estrutura 
bastante superficial e sensível. O trauma interno, como aquele que ocorre após 
manipulação com instrumentos ou sondas, também pode originar uma uretrite 
inflamatória, que deverá receber tratamento sintomático adequado. 
As uretrites infecciosas são doenças sexualmente transmissíveis (DST), que é o 
nome atualmente aceito para as antigas doenças venéreas, termo este 
empregado no passado, quando blenorragia (gonorréia) e sífilis dominavam o 
cenário das DST. Ainda deste conceito temos a classificação das uretrites 
infecciosas, como uretrite gonocócica e não-gonocócica. A gonocócica, como diz o 
termo, é a causada pelo gonococo (N. gonorrhoeae) e as não-gonocócicas são 
mais comumente causadas por um dos germes a seguir: clamidia, micoplasma e 
ureaplasma. A uretrite gonocócica produz extremo desconforto uretral, com dor, 
ardor, urgência urinária e secreção abundante, esverdeada, que suja a roupa 
íntima do(a) portador(a). Já as demais uretrites, podem ter sintomatologia 
escassa, com pouca ou nenhuma secreção no início da doença. Um dos sintomas 
mais comuns, é o misto de ardência para urinar com coceira após urinar. Na 
suspeita deste tipo de uretrite, devem ser realizados exames laboratoriais para se 
tentar descobrir o germe responsável. Uma história detalhada e um exame físico 
minucioso devem ser realizados. 
95
Muitas uretrites inadequadamente tratadas podem evoluir para complicações mais 
sérias, como uma cervicite e doença inflamatória pélvica na mulher ou orquite, 
epididimite ou prostatite no homem. Na maior parte das vezes o urologista vai 
preferir tratar o casal, mesmo que o(a) parceiro(a) não apresente sintomas 
importantes. Como sequelas das complicações das uretrites mal conduzidas, 
podemos citar infertilidade e as estenoses de uretra. 
 
Candidíase
É a infecção causada pela Cândida albicans, e não é obrigatoriamente uma DST. 
No homem, balanopostite ou postite por cândida e na mulher, vaginite ou cervicite 
por cândida. É um fungo que habita normalmente nosso organismo, tendo a 
função de saprófita (alimenta-se de restos celulares) no aparelho genital. Como 
qualquer outra micose, gosta de ambientes quentes e úmidos, como a vagina e o 
prepúcio. No homem, o microtraumatismo peniano que resulta de uma relação 
sexual pode ser o suficiente para desencadear o processo de instalação de uma 
balanopostite por cândida, que com certeza vai incomodar seu portador. Surge já 
nas primeira horas uma ardência ao contato com secreção vaginal ou à própria 
urina, bem como a pele torna-se avermelhada, brilhante e friável (descama com 
facilidade ao toque) com um prurido (coceira) intensa. Na mulher, o sintoma mais 
importante é o prurido vaginal ou dos lábios da vulva, seguido ou não por 
secreção vaginal (corrimento) branco. No período menstrual, como há intensa 
descamação do endométrio e perda de sangue (células mortas), há um aumento 
da população da cândida ( e outros saprófitas), pois há uma quantidade maior de 
restos celulares a serem removidos do organismo. Também, o uso prolongado de 
antibióticos, que não agem sobre os fungos, pode fazer uma seleção destes, 
aumentando sua população no organismo (por exemplo, sapinho). O contato 
sexual nestes dias pode resultar em candidíase em ambos os sexos. A excessiva 
população de cândida acidifica ainda mais o ph vaginal, que é o que causa a dor e 
a ardência genital em ambos os sexos.
96
A queixa pode surgir de qualquer dos sexos e como dito acima, é a cândida uma 
habitante normal de nosso organismo, desde que não nos agrida. Portanto, não há 
a menor possibilidade de erradicá-la definitivamente, uma vez que a adquiriremos 
novamente horasapós, pela dieta, pelo ambiente, convívio social, sexual, etc. O 
tratamento visa principalmente alívio para os sintomas e diminuir a população do 
fungo a uma quantidade que não agrida nosso organismo. O tratamento do casal 
é imperativo e medidas higiênicas adequadas devem ser adotadas para seu 
controle efetivo. 
Em alguns homens portadores de diabetes, pode ser necessária a remoção 
cirúrgica do prepúcio (circuncisão), como uma medida profilática à balanopostite 
por cândida. Ainda, o uso inadequado de absorventes ou duchas vaginais 
possuem papel importante na recidiva da candidíase da mulher. 
 
Cancro
Também conhecido por cancróide, é uma DST aguda e contagiosa, que se 
caracteriza por lesões genitais ulceradas e dolorosas que evoluem com a 
supuração (saída de pus) dos linfonodos (gânglios) inguinais. 
É causada pelo Hemophilus ducreyi e o período de incubação é de 3 a 7 dias após 
o contato sexual suspeito. Pequenas lesões avermelhadas e elevadas (pápulas) 
se rompem e tornam-se úlceras rasas, com as bordas macias e com anel 
avermelhado ao redor. Tais úlceras variam de tamanho e podem se agrupar 
(coalescentes), formando uma lesão maior, intensamente dolorosa. 
Os linfonodos inguinais se tornam dolorosos, aumentados de tamanho e 
agrupados (bubão), sendo facilmente palpáveis. Forma-se aí o abscesso que pode 
drenar através da pele da virilha. 
S Ifilis 
97
Doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e normalmente 
transmitida através do contato sexual ou pelo beijo. A infecção através de objetos 
contaminados é bastante rara, pois a bactéria morre em contato com o ar. Um feto 
carregado por uma portadora de sífilis pode contrair a doença, condição 
denominada de sífilis congênita.
Histórico
Acredita-se que a sífilis foi introduzida na Europa em 1493 por um grupo de 
marinheiros retornando da primeira expedição de Cristovão Colombo à America. 
Já no século XVI, a sífilis tornou-se a maior epidemia pública. O aspirilo, 
responsável pela doença, foi descoberto somente em 1905, pelo zoologista 
alemão Fritz Schaudinn. Em 1906 o bacteriologista alemão August vom 
Wassermann desenvolveu o primeiro exame de sangue para diagnosticar a 
doença. Em 1909 outro bacteriologista alemão, Paul Ehrlich, desenvolveu o 
primeiro tratamento efetivo. Em 1943 a penicilina mostrou-se bastante efetiva no 
combate à sífilis e até hoje continua sendo o medicamento preferido para o 
tratamento dessa doença.
Intensos programas de saúde pública reduziram o número de casos reportados 
nos Estados Unidos de 160.000 (1947) para 25.000 (1975), porém o número 
cresceu para mais de 39.000 em 1988. Durante a década de 70, a maioria dos 
casos de sífilis em homens ocorreu em homossexuais, entretanto o aumento no 
número de casos durante a década de 80 aparenta ser em indivíduos 
heterossexuais. Este fato aumenta a incidência da sífilis congênita, que causa um 
grande índice de mortalidade infantil. Pessoas portadoras de AIDS (SIDA) têm 
maiores chances de desenvolver sérias formas de sífilis e a sofrerem recaídas 
após tratamentos que normalmente curam a doença.
Estágios e Sintomas
O primeiro estágio da sífilis é caracterizado por uma pequena lesão, que aparece 
na região de contágio, de três a seis semanas após a contração. Os fluidos 
98
oriundos dessa lesão são extremamente infecciosos. Em um segundo estágio, que 
manifesta-se cerca de seis semanas mais tarde, ocorre um repentino 
aparecimento de lesões. Úlceras doloridas desenvolvem-se na boca, assim como 
em várias regiões do corpo; lesões em forma de pequenas protuberâncias, 
também altamente infecciosas, podem aparecer na região genital; dores de 
cabeça, febre e inchamento das glândulas linfáticas são, algumas vezes, 
observados. Estes sintomas normalmente desaparecem de 3 a 12 semanas. A 
doença entra então em um estágio latente não apresentando sintomas externos, 
porém as inflamações podem instalar-se em órgãos internos. Este estágio latente 
pode durar de 20 à 30 dias. Em 75% dos casos não ocorrem outros sintomas além 
dos já mencionados; entretanto, quando o estágio final ocorre (sífilis terceira), 
nódulos enrijecidos podem se desenvolver em tecidos sob a pele, nos tecidos 
mucosos e nos órgãos internos. Os ossos são freqüentemente afetados, assim 
como o fígado, os rins e outros órgãos viscerais. Infecção do coração e dos 
principais vasos sanguíneos ocorrem em casos terminais. Em aproximadamente 
15% dos casos de sífilis terceira ocorre o que é chamado neurosífilis, 
representado pela perda do controle urinário, degeneração dos reflexos e perda 
da coordenação muscular, que pode levar à paralisia. Durante este estágio, 
infecções no trato urinário podem, em uma gravidez, levar ao aborto ou ao 
nascimento de uma criança portadora de sífilis congênita. Crianças afetadas 
normalmente apresentam sinais típicos como: testa grande, nariz seliforme e 
dentes mal formados. Perto da segunda década da vida, tais crianças podem 
apresentar deterioração no sistema nervoso central.
A sífilis é detectada através dos sintomas de um dos vários testes de sangue ou 
de fluido da coluna espinhal. A droga mais usada no tratamento é a penicilina 
benzatina que é ministrada em duas injeções separadas por uma semana de 
intervalo. Quando se trata de neurosífilis, o antibiótico é ministrado três vezes por 
semana.
O controle da sífilis inclui localizar as pessoas que tiveram contato sexual com 
99
portadores e tratar aquelas cujo contato se deu durante o período de 
contaminação. O uso da camisinha oferece alguma proteção contra a sífilis.
Aids (sida)
Síndrome da deficiência imunológica adquirida é uma condição que resulta na 
supressão do sistema imune relacionada à infecção pelo vírus HIV (Human 
Immunodeficiency Virus). Uma pessoa infectada com o vírus HIV perde 
gradativamente a função imune de algumas células imunológicas denominadas 
CD4 linfócitos-T ou CD4 células-T, tornando a pessoa infectada vulnerável à 
pneumonia, infecções fúngicas e outras enfermidades comuns. Com a perda da 
função imune, uma síndrome clínica (um grupo de várias enfermidades que, em 
conjunto, caracterizam a doença) se desenvolve com o passar do tempo e 
eventualmente pode causar a morte devido a uma infecção oportunista (infecções 
por organismos que normalmente não causam mal algum, exceto em pessoas que 
estão com o sistema imunológico bastante enfraquecido) ou um câncer.
Histórico
Durante o início dos anos 80 se observou um grande número de mortes causadas 
por infecções oportunistas em homens homossexuais que, apesar de tal infecção, 
eram pessoas saudáveis. Até então estas infecções oportunistas causavam morte 
normalmente em pacientes que receberam órgãos transplantados e estavam 
recebendo medicamento para suprimir a resposta imune.
Em 1983, Luc Montaigner, um francês especialista em câncer, juntamente com 
outros cientistas do Instituto Pasteur em Paris, isolaram o que parecia ser um novo 
retrovírus humano (um tipo especial de vírus que se reproduz de maneira 
diferente) de uma glândula (nódulo) linfática de um homem sob risco de AIDS. 
Simultaneamente cientistas norte americanos liderados por Robert Gallo, 
trabalhando no Instituto Nacional do Câncer em Bethesda (Maryland) e o grupo 
100
liderado pelo virologista norte americano Jay Levy de San Francisco isolaram o 
retrovírus de pessoas com AIDS e também daquelas que tinham contato com 
portadores da doença. Os três grupos de cientistas isolaramo que hoje se 
conhece como vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus que causa a AIDS. 
A infecção por este vírus não significa necessariamente que a pessoa tenha AIDS, 
porém erroneamente costuma-se dizer que a pessoa HIV-positiva tem AIDS. De 
fato, um indivíduo HIV-positivo pode permanecer por mais de 10 anos sem 
desenvolver nenhum dos sintomas clínicos que diagnosticam a doença.
Em 1996 estimou-se que 22,6 milhões de pessoas no mundo estavam vivendo 
com o HIV ou com a AIDS, dos quais 21,8 milhões eram adultos e 380.000 
crianças. A Organização Mundial da Saúde estimou que no período entre 1981, 
quando o primeiro caso de AIDS foi diagnosticado, e em 1996 mais de 8,4 milhões 
de adultos e crianças desenvolveram a doença. Estimou-se também que no 
mesmo período 6,4 milhões de mortes foram causadas pelo vírus HIV.
101
Métodos anticoncepcionais
Qualquer outra definição para explicar o que são métodos anticoncepcionais não 
abrangeria sua verdadeira utilidade: eles servem para evitar uma gravidez.
Não há como classificar o melhor método, pois o melhor é aquele que a mulher e 
seu parceiro confiam e também que não exista contra-indicações ao seu uso.
Por isso é sempre bom saber quais são os métodos existentes e procurar se 
adequar a algum deles - sempre acompanhado de uma orientação médica.
Existe cinco métodos:
Comportamentais ou de abstinência periódica: 
são aqueles que identificam o período fértil, para se ter relações nesse 
período. 
• Tabelinha 
• Método de Billings ou da ovulação 
Barreira: 
são aqueles que não deixam os espermatozóides subirem através do colo 
do útero. 
•
Camisinha 
• Diafragma 
• Espermicidas 
Hormonais: 
são aqueles que possuem substâncias que produzem algumas alterações 
no aparelho genital da mulher. Sua atuação é principalmente a nível de 
ovário, trompas, endométrio e muco. 
102
• Pílulas 
• Injetáveis 
Intra-uterinos: 
colocação de um aparelho que fica dentro do útero. 
• DIU 
Cirúrgicos: 
operações que são feitas tanto no homem quanto na mulher para 
interromper definitivamente a capacidade reprodutiva. 
• Vasectomia 
• Ligadura de Trompas 
103
Jogos Panamericanos
Os Jogos Pan-americanos, são um evento multidesportivo, que tem como base 
os Jogos Olímpicos e organizados pela ODEPA. Funcionam como uma versão 
das Olimpíadas modernas onde participam os países do continente americano. 
Nos Jogos, são disputados esportes incluídos no Programa Olímpico e outros não 
disputados em Olimpíadas. Acontecem a cada quatro anos e tradicionalmente 
seguem um rodízio entre as três regiões do continente: América do Sul, Central e 
do Norte. A primeira edição foi realizada em Buenos Aires, capital da Argentina, 
em 1951.
História Jogos Pan-Americanos
Representantes de diversos países da America Latina após as Olimpíadas de 
1932 propuseram uma espécie de "Competição Regional" só para as Américas. 
Nessa época já existiam os Jogos Abertos da América Central e seus dois últimos 
eventos tinham sido no México em 1926 e em 1930 na Cuba socialista. A história 
segue até 1938 quando a região do Caribe começa a participar da competição. 
Após essa inclusão (e também dos Estados Unidos no ano de 1944), todos os 
outros países da América quiseram competir. Foi então que o ex-presidente 
argentino Roberto Marcelino Ortiz, fundou o Congresso Panamericano de 
Esportes (Pan American Sports Congress) em Buenos Aires, Argentina, em 
Agosto de 1940. Ficou convencionado que Buenos Aires seria onde realizariam o 
primeiro Jogos Pan-americanos em 1942. Isso acabou não acontecendo em 
decorrência da Segunda Guerra Mundial que durou de 1939 até 1946. Com o 
término da segunda grande guerra, e a volta ao período de paz, alinha-se com 
isso, um amplo crescimento econômico (em vários países da América) em razão 
das exportações crescentes para a Europa destrída pela guerra. Em virtude de 
tudo isso que durante o período compreendido entre 8 e 15 de Agosto de 1948, 
em Londres, Inglaterra, aconteceu o Segundo Congresso Pan-americanos (II Pan 
American Congress). O Congresso delibera novamente sobre a Ata inicial dos 
104
jogos e decidem que em 25 de Fevereiro de 1951 a cidade de Buenos Aires iria 
sediar o primeiro Jogos Pan-americanos.
Modalidades
• Atletismo 
• Badminton 
• Basebol 
• Basquetebol 
• Boliche 
• Boxe 
• Canoagem 
• Ciclismo 
• Salto ornamental 
• Hipismo 
• Esgrima 
• Futebol 
• Futsal 
• Ginástica Artística 
• Ginástica Ritmica 
• Trampolim 
Acrobático 
• Hóquei em Campo 
• Handebol 
• Judô 
• Karatê 
• Pentatlo moderno 
• Patinação sobre 
rodas 
• Remo 
• Vela 
• Tiro esportivo 
• Tiro com Arco 
• Softbol 
• Squash 
• Natação 
• Nado sincronizado 
• Tênis de mesa 
• Taekwondo 
• Tênis 
• Triatlo 
• Vôlei 
• Vôlei de Praia 
• Pólo aquático 
• Levantamento de 
peso 
• Luta greco-romana 
• Luta Livre 
• Esqui aquático 
• Maratonas 
Aquáticas 
-Número total de medalhas dos países
Contagem de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de todos os 
tempos
Pos País Total
105
1 Estados Unidos 1651 1207 821 3679
2 Cuba 722 496 440 1658
3 Canadá 309 503 627 1439
4 Argentina 247 263 330 840
5 Brasil 187 243 336 766
6 México 139 193 378 710
7 Venezuela 61 133 189 383
8 Colômbia 43 89 149 281
9 Chile 31 65 99 195
10 Porto Rico 18 66 101 185
11 Jamaica 18 28 58 104
-Sedes Anteriores
1951 - Buenos Aires (Argentina) - 25 de fevereiro a 9 de março
2.513 atletas, 21 países, 18 esportes
106
1955 - Cidade do México (México) - 12 a 26 de março
2.583 atletas, 22 países, 17 esportes
1959 - Chicago (Estados Unidos) - 27 de agosto a 7 de setembro
2.263 atletas, 25 países, 18 esportes
1963 - São Paulo (Brasil) - 20 de abril a 5 de maio
1.665 atletas, 22 países, 19 esportes
1967 - Winnipeg (Canadá) - 24 de julho a 6 de agosto
2.361 atletas, 29 países, 18 esportes
1971 - Cáli (Colômbia) - 25 de julho a 8 de agosto
2.935 atletas, 32 países, 18 esportes
1975 - Cidade do México (México) - 12 a 25 de outubro
3.146 atletas, 33 países, 18 esportes
1979 - San Juan (Porto Rico) - 1º a 15 de julho
3.700 atletas, 34 países, 22 esportes
1983 - Caracas (Venezuela) - 14 a 29 de agosto
3.426 atletas, 36 países, 23 esportes
1987 - Indianápolis (Estados Unidos) - 7 a 23 de agosto
4.453 atletas, 38 países, 27 esportes
1991 - Havana (Cuba) - 8 a 18 de agosto
4.519 atletas, 39 países, 26 esportes
107
1995 - Mar del Plata (Argentina) - 11 a 26 de março
5.144 atletas, 42 países, 34 esportes
1999 - Winnipeg (Canadá) - 23 de julho a 8 de agosto
5.000 atletas, 42 países, 34 esportes
2003 - Santo Domingo (República Dominicana) - 1 a 17 de agosto 
5.500 atletas, 42 países, 35 esportes
2007 - RIO DE JANEIRO (BRASIL)
13 a 29 de julho 
5.662 atletas*, 42 países, 37 esportes 
2011 - Guadalajara (México) - 1 a 17 de agosto 
6003 atletas, 42 países, 40 esportes
2015 - Santo Domingo (República Dominicana) - 1 a 17 de agosto 
5.500 atletas, 42 países, 35 esportes
Jogos Panamericanos-Rio-2007
Os Jogos Pan-Americanos de 2007, oficialmente denominados XV Jogos Pan-
Americanos, foram um evento multiesportivo realizado em julho na cidade do Rio de 
Janeiro, no Brasil. Durante os dezessete dias decompetição, 5633 atletas de 42 países 
competiram em 332 eventos de 47 modalidades. 
108
Os Jogos Pan-Americanos de 2007, oficialmente denominados XV Jogos Pan-
Americanos, foram um evento multiesportivo realizado em julho na cidade do Rio 
de Janeiro, no Brasil. Durante os dezessete dias de competição, 5633 atletas de 
42 países competiram em 332 eventos de 47 modalidades.[1]
O Rio de Janeiro foi eleito sede dos Jogos em 2002, vencendo a cidade de San 
Antonio, nos Estados Unidos. Nos cinco anos de preparação, diversos locais de 
competição foram construídos ou reformados e mais de vinte mil voluntários foram 
convocados para trabalhar no evento principal e em eventos preparatórios. Ações 
como a escolha do nome da mascote e o revezamento da Tocha Pan-Americana 
foram feitas para envolver todo o país na realização do Pan. [2]
Os Jogos do Rio de Janeiro criaram uma nova perspectiva e definiram novos 
marcos para os Jogos Pan-Americanos. Considerada uma competição olímpica de 
nível organizado, esta edição foi a mais cara na história do evento, com um 
orçamento de 2 bilhões de dólares. Os meios de comunicação relataram um 
interesse do público sem precedentes nos Jogos, com o maior de atendimento ao 
público e maior audiência de televisão na história do Pan-Americano. Os jogos 
foram transmitidos em alta definição e todas as instalações esportivas estavam 
localizadas dentro dos limites da cidade de acolhimento.
Esta edição do Pan foi marcada por atrasos nas obras, como também por 
polêmicas envolvendo a postura dos torcedores, que vaiaram o presidente Lula na 
cerimônia de abertura e atletas estrangeiros durante todo o evento, e pela 
deserção de quatro membros da delegação de Cuba. Durante o período do Pan 
também ocorreu o acidente com o Voo TAM 3054 em São Paulo, tendo sido 
decretado luto oficial pelo governo federal e pela ODEPA.
109
Dentro dos locais de competição, o Rio de Janeiro viu as conquistas da primeira 
medalha de Granada e do primeiro ouro de Antígua e Barbuda e El Salvador, os 
feitos de Thiago Pereira, o maior medalhista em uma única edição do Pan, e a 
vitória do Brasil no futebol feminino em um 
Baseada nos movimentos do esporte aliados ao arrojo do vôo, a logomarca traz 
um pássaro como ponto de partida para retratar os recortes da paisagem da 
cidade, em especial o Pão de Açúcar. A repetição deste elemento, com cores, 
tamanhos e posições diferentes, representa a reunião das várias culturas das 
Américas, irmanadas e integradas. Já a tipologia do nome “RIO 2007” tem a 
modernidade da linguagem digital dos cronômetros e placares. 
CAUÊ - O Rio de Janeiro é famoso internacionalmente pela beleza de suas praias, 
freqüentada por banhistas em busca de sol. Nada mais adequado do que escolher 
o astro-rei como símbolo dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007, o que faz do 
evento o primeiro a não ter um animal como mascote. Amante da natureza, o 
solzinho Cauê lança seus raios sobre todos os participantes da competição, 
passando uma mensagem de paz, respeito ao meio ambiente, amizade e 
confraternização, valores intrínsecos ao movimento olímpico. 
A palavra “Cauê” – escolhida para batizar a mascote em uma votação popular – 
vem da língua indígena tupi e é um nome próprio. Possivelmente, foi derivado de 
“auê”, uma saudação tupi que significa “salve!”. Em dicionários de nome próprios, 
significa “homem bondoso que age com inteligência”. Alguns escritores afirmam 
ainda que cauê é uma bebida tupi (kawi), que teria o poder de conferir poderes de 
bondade e sabedoria a quem a ingerisse, segundo a crença indígena
 
110
Eleição do Rio de Janeiro para os Jogos Pan-Americanos 2007
A escolha da cidade do Rio de Janeiro para a realização dos Jogos Pan-
Americanos 2007 aconteceu no dia 24 de agosto de 2002 na Cidade do 
México. A adversária do Rio de Janeiro foi San Antonio, cidade americana do 
estado do Texas, a qual ofereceu uma forte estrutura para receber os Jogos 
Pan-Americanos. A edição dos Jogos Pan-Americanos na cidade do Rio de 
Janeiro acontecerá de 13 a 29 de Julho.
Legado
Receber uma edição dos Jogos Pan-americanos é muito mais do que realizar uma 
megacompetição esportiva. Para a cidade, o estado e o país que a organizam, e 
mesmo para o continente americano, é realizar um evento que promove 
mudanças sócio-econômicas profundas que ficarão para sempre. Os Jogos 
mudam definitivamente a sua sede. Basta ver o que aconteceu com a capital sul-
coreana Seul e a cidade espanhola de Barcelona, revitalizadas em diversos 
aspectos após os Jogos Olímpicos de 1988 e 1992. Com o RIO 2007, é possível 
ver mudanças no cenário mesmo antes do início das competições. 
A vitória do Rio na disputa pela sede dos Jogos Pan-Americanos representou uma 
elevação do grau de credibilidade internacional de uma cidade brasileira sobre sua 
capacidade de promover grandes eventos internacionais. Tanto que, após a 
confirmação da realização dos Jogos, o Rio conquistou o direito de 
receber Campeonatos Mundiais. Ainda na área esportiva, houve a construção do 
Estádio Olímpico João Havelange, do Complexo Esportivo de Deodoro e do 
Complexo Cidade dos Esportes, no Autódromo, e a reforma do Complexo 
Esportivo do Maracanã e do Estádio de Remo da Lagoa. Além disso, foram 
111
importados equipamentos esportivos para 29 modalidades. São benefícios que 
ficarão à disposição dos atletas e dos fãs do esporte mesmo depois dos Jogos. 
Do ponto de vista da economia e da infra-estrutura, houve aumento na geração de 
empregos na construção civil e no setor de turismo; obras de ampliação e 
reformas de ruas, de estações de trem e do aeroporto Santos Dumont; instalação 
de câmeras de monitoramento para controle de tráfego; e a remodelação dos 
quiosques da orla de Copacabana. Com isso, novos eventos são programados 
para a cidade, o comércio se expande e mais investimentos acontecem. O turismo 
ganha força com a construção de hotéis e melhora da infra-estrutura da cidade, 
ajudando na consolidação do Rio como líder desse setor na América Latina. 
Juntos, o programa de voluntários para o RIO 2007 e a criação desses empregos 
levam à capacitação de uma mão-de-obra qualificada em diferentes áreas, 
especialmente no atendimento ao visitante estrangeiro 
No setor de segurança pública, foi consolidada a atuação da Força Nacional de 
Segurança e promovida a integração de ações pelas forças de segurança, 
conforme estabelecido no Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Houve 
ainda o investimento de R$ 562 milhões, aplicados na capacitação de agentes e 
cães farejadores e na compra de equipamentos como viaturas, aeronaves, rádios 
digitais e armamentos letais e não letais, que continuarão sendo utilizados depois 
dos Jogos. Além disso, foram criados projetos para integração social, tal como o 
treinamento de moradores de comunidades carentes para atuarem como 
brigadistas socorristas, operando em conjunto com órgãos de segurança pública 
no RIO 2007 e adquirindo o currículo mínimo para o curso de formação de 
bombeiro civil, ou como guias cívicos, fazendo parte da organização dos Jogos e 
se habilitando para trabalhar futuramente na área de turismo. 
Ao longo do período de preparação e durante sua disputa, os Jogos irão estreitar 
os laços do Rio de Janeiro e do Brasil com os países da América, além de dar 
experiência à cidade na condução de acontecimentos desse porte. O Rio será 
112
exibido mundialmente como uma cidade com capacidade de organização e dona 
de uma riqueza esportiva, artística, cultural e natural. 
Enfim, obras, reformas e desenvolvimento de políticas ficam como um importante 
patrimônio para a cidade, para o estado e para o país, servindo ao 
desenvolvimentodo esporte, à descoberta de novos talentos e à formação de um 
corpo técnico e de centros de excelência. Tudo isso causa uma modificação na 
infra-estrutura urbana, já que as adjacências das instalações dos Jogos também 
receberam melhorias. Uma importante evolução será sentida ainda em setores 
como tecnologia, telecomunicações e medicina especializada em esporte. 
E, acima de tudo, ficará a memória de um momento especial, quando foram 
reunidos atletas de todas as Américas para uma confraternização histórica em 
torno dos valores do esporte. 
Alegria em Participar
O slogan dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007 é "Viva Essa Energia!", 
inspirado no primeiro dos quatro valores olímpicos: "Alegria em Participar", 
"Esperança", "Sonhos e Inspiração" e "Amizade e Fair Play". Assim, o RIO 2007 
tem como conceito fundamental a integração da comunidade em torno dos Jogos. 
Todo o país está se envolvendo com o evento, seja esgotando os ingressos 
postos à venda, decorando ruas, fazendo trabalho voluntário para a organização 
ou comprando produtos oficiais. Cauê, mascote dos Jogos, já pode ser visto em 
todos os cantos, em camisas, vitrines e, agora, também em seu computador. 
Resumo do Pan do Rio de Janeiro
113
RIO DE JANEIRO, 30 de junho - Encerrados os XV Jogos Pan-americanos Rio 
2007, uma análise dos resultados revela a evolução esportiva de vários países. 
Um dos exemplos de ascensão é o Brasil. Os anfitriões subiram ao pódio 161 
vezes, sendo 54 no degrau mais alto. Nunca os brasileiros tinham conseguido 
tantos ouros em um Pan-americano. O Brasil foi o segundo colocado em números 
de medalhas, atrás apenas dos americanos, que conquistaram 237 (97 de ouro, 
88 de prata e 52 de bronze). Mas a segunda posição no quadro geral ficou com 
Cuba, que levou cinco ouros a mais do que o país-sede. Em São Paulo 1963, o 
Brasil conseguiu a segunda posição geral nos Jogos, mas naquela edição, os 
brasileiros ganharam 14 de ouro, 20 de prata e 18 de bronze. 
Com o bom desempenho no RIO 2007, o Brasil subiu para o quarto lugar na 
classificação geral dos Jogos, superando a Argentina. De uma desvantagem de 30 
medalhas de ouros em relação à nação vizinha antes da competição, o país-sede 
dos Jogos passa a ter 13 medalhas douradas a mais e um total de 901, contra 899 
dos argentinos. 
O nadador brasileiro Thiago Pereira foi o maior vencedor dos Jogos, com oito 
medalhas (seis de ouro, uma da prata e outra de bronze). Com o ótimo 
desempenho no Parque Aquático Maria Lenk, Thiago se tornou o recordista 
brasileiro de vitórias em uma edição dos Jogos, superando o também nadador 
Fernando Scherer (quatro em Winnipeg 99).
Outro país que deu um importante salto no quadro de medalhas foi o Chile. Se em 
2003 os chilenos conquistaram apenas duas medalhas de ouro e terminaram o 
Pan-americano em décimo terceiro lugar, no RIO 2007 os atletas do Chile 
venceram seis competições e fecharam os Jogos na décima posição. 
A Colômbia também subiu na classificação final. Oitavos colocados em Santo 
Domingo, com 11 medalhas de ouro, oito de prata e 24 de bronze, os colombianos 
ultrapassaram argentinos e venezuelanos e terminaram em sexto lugar no Rio de 
Janeiro, com 14 de ouro, 21 de prata e 13 de bronze. Foi o melhor desempenho 
da Colômbia nos Jogos. 
Também celebram as suas melhores participações em pan-americanos El 
Salvador, Granada e Antígua e Barbuda. Os salvadorenhos fizeram bonito. Na 
marcha atlética 20km, Cristina Lopez ganhou o primeiro ouro do país em uma 
edição dos Jogos. O país conquistou ainda três medalhas de prata e seis de 
bronze. Até o RIO 2007, El Salvador tinha obtido nove medalhas nos Jogos, sendo 
três de prata e seis de bronze. 
Antígua e Barbuda foi outro país a comemorar seu primeiro ouro pan-americano. 
Brendan Christian venceu os 200 metros rasos e levou a medalha. O país, que 
conseguira apenas um bronze nos Jogos, em Mar del Plata 1995, ainda fez festa 
para outras duas medalhas: os bronzes de James Grayman no salto em altura e 
do já herói Brendan Christian nos 100 metros rasos. 
114
Já Granada festejou a terceira colocação de Sherry Fletcher nos 200 metros rasos 
feminino. Foi a primeira medalha do país na história dos Jogos. 
Outro número que chama a atenção é o de medalhas de ouro conquistadas pela 
delegação dos Estados Unidos. Apesar da folgada vitória, com 97 ouros e 237 
medalhas, pela primeira vez, desde os Jogos da Cidade do México 1955, os 
americanos não conseguiram atingir a marca de 100 medalhas de ouro em uma 
edição de Pan-americano. Naquela ocasião, a delegação dos Estados Unidos 
subiu 81 vezes ao lugar mais alto do pódio. 
Outro país que leva do RIO 2007 menos ouros do que o costume é Cuba. A 
delegação cubana conseguiu 59 ouros, 13 a menos do que em Santo Domingo 
2003 e 11 a menos do que em Winnipeg 1999. Nos últimos 25 anos, somente em 
1975, quando a Cidade do México recebeu os Jogos Pan-americanos pela 
segunda vez, a ilha caribenha conseguiu um número menor de triunfos (56). 
Anfitriões dos próximos Jogos (Guadalajara 2011), os mexicanos tiveram, no RIO 
2007, um desempenho semelhante ao obtido em Santo Domingo 2003. Há quatro 
anos, os mexicanos terminaram em quinto lugar no quadro geral de medalhas, 
com 20 de ouro, 27 de prata e 32 de bronze, num total de 79. No Rio de Janeiro, a 
colocação final foi a mesma, mas, desta vez, o México conseguiu 18 de ouro, 24 
de prata e 31 de bronze, num total de 73 medalhas. 
Embora com um número menor de medalhas, a República Dominicana, país-sede 
dos XIV Jogos, manteve a colocação de 2003: nono lugar. Quando receberam os 
Jogos, os dominicanos conquistaram 41 medalhas, sendo dez de ouro. Em 2007, 
o país somou 29 medalhas, sendo seis de ouro. Antes de receber os Jogos em 
2003, os dominicanos registravam apenas três ouros pan-americanos em sua 
história. 
Dez países saíram do RIO 2007 sem medalha: Aruba, Belize, Bermudas, Bolívia, 
Costa Rica, Ilhas Virgens, Ilhas Virgens Britânicas, São Vicente & Granadinas, 
Suriname e São Cristóvão & Neves. 
Brasil comemora recorde de medalhas nos Jogos
RIO DE JANEIRO, 29 de julho - O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) comemorou o 
desempenho da delegação do país-sede nos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007, 
que superou as objetivos traçados pela entidade. Em entrevista coletiva aos 
jornalistas, neste domingo, dia 29, o comitê fez um balanço do desempenho do 
país, que conseguiu este ano a sua melhor participação na história da competição, 
com 54 medalhas de ouro, 40 de prata e 67 de bronze. A equipe ficou em terceiro 
115
lugar no quadro de medalhas, ganhando uma posição em relação de Santo 
Domingo 2003. A delegação conseguiu um total de 161 medalhas, atrás apenas 
do Estados Unidos (237).
No número de medalhas de ouro, o Brasil conseguiu um aumento de 116% em 
relação aos Jogos Pan-americanos de Winnipeg 1999 e de 86% aos de Santo 
Domingo 2003. Dos 660 atletas que representaram o país, 315 (48%) 
conseguiram medalhas no RIO 2007. O aproveitamento nas modalidades foi 
maior. Nas 47 disputadas nos Jogos, o Brasil obteve medalhas em 41 (88%). 
“Este resultado pode ter sido surpresa para muitas pessoas, porém para nós, do 
Comitê Olímpico Brasileiro, e para as Confederações, a participação do Brasil no 
RIO 2007 reflete o planejamento e a execução proporcionada pelo primeiro ciclo 
pan-americano completo com os recursos da Lei Agnelo Piva”, avaliou o 
presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. 
O Chefe da Missão Brasileira, Marcus Vinicius Freire, também destacou o 
planejamento executado pelo COB e Confederações esportivas e a importância 
dos recursos obtidos com a Lei Agnelo Piva. 
“Foram contratados 21 técnicos estrangeiros, que agregaram novas metodologias, 
em vista da evolução das modalidades. Além disso, com os recursos da Lei 
Agnelo Piva, foram organizadosintercâmbios internacionais e competições 
esportivas no Brasil”, disse Freire. 
Além de medalhas, no RIO 2007 o Brasil também conseguiu classificar dez 
modalidades e 96 atletas para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. 
A maior delegação brasileira da história foi composta por 999 pessoas, sendo 660 
atletas, 212 técnicos e auxiliares, 51 chefes de equipe, 60 profissionais médicos e 
16 profissionais administrativos.
116
Jogos Olímpicos
Introdução
A cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para 
disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica 
representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis 
entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade 
e o bom relacionamento entre os povos são os princípios dos jogos olímpicos.
Origem dos Jogos Olímpicos
Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 AC, os 
gregos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus. Atletas das 
cidades-estados gregas se reunião na cidade de Olímpia para disputarem 
diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e 
pentatlo ( luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os 
vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma 
coroa de louros.
Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos jogos olímpicos a paz e 
a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra 
também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de 
um corpo saudável.
No ano de 392 AC, os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas 
do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após 
converter-se para o cristianismo. 
Jogos Olímpicos da Era Moderna
No ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do 
francês Pierre de Fredy , conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira 
Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando 
provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, 
natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de 
ouro e um ramo de oliveira. 
117
Jogos Olímpicos e Política
As Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de 
manifestações políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz 
e a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler 
alemão Adolf Hitler, movido pela idéia de superioridade da raça ariana, não 
ficou para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens, que 
ganhou quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas da Alemanha em Munique 
(1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro, matou 11 
atletas da delegação de Israel. A partir deste fato, todos os Jogos Olímpicos 
ganharam uma preocupação com a segurança dos atletas e dos envolvidos nos 
jogos.
Em plena Guerra Fria, os EUA boicotaram os Jogos Olímpicos de Moscou 
(1980) em protesto contra a invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas. Em 
1994 é a vez da URSS não participarem das Olimpíadas de Los Angeles, 
alegando falta de segurança para a delegação de atletas soviéticos.
Modalidades Olímpicas
Existem centenas de esportes, e nem todos podem ser considerados como 
modalidades olímpicas, pelo que se encontrou um termo que pemite selecionar os 
que terão lugar nos Jogos Olímpicos. Atualmente, para um esporte ser 
considerado Olímpico tem que ser praticado por homens em pelo menos 75 
países e em quatro continentes, e por mulheres em pelo menos 40 países e em 
três continentes.
Nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 são consideradas 29 modalidades 
olímpicas: Andebol ou handebol, Atletismo, Badminton, Basebol, Basquetebol, 
Boxe, Canoagem, Ciclismo, Equitação, Esgrima, Futebol, Ginástica, Halterofilismo, 
Hóquei em campo, Judo, Natação, Pentatlo Moderno, Pólo aquático, Remo, 
Softbol, Tiro, Tiro com Arco, Taekwondo, Ténis, Ténis de Mesa, Triatlo, Vela, 
Voleibol e Wrestling ou Luta greco romana e Livre.Por sua vez, muitos dos 
118
esportes olímpicos subdividem-se em duas ou mais disciplinas, existindo ainda 
competicões separadas para homens e mulheres.
Lista das Cidades que receberam os Jogos Olímpicos 
1896 - I Olimpíada - Atenas, Grécia 
1900 - II Olimpíada - Paris, França 
1904 - III Olimpíada - Saint Louis Estados Unidos da América 
1906 - Edição comemorativa - Atenas - Grécia 
1908 - IV Olimpíada - Londres, Reino Unido 
1912 - V Olimpíada - Estocolmo, Suécia 
1916 - VI Olimpíada - Interrupção devido à I Guerra Mundial 
1920 - VII Olimpíada - Antuérpia, Bélgica 
1924 - VIII Olimpíada - Paris, França 
1928 - IX Olimpíada - Amsterdão, Países Baixos 
1932 - X Olimpíada - Los Angeles, Estados Unidos da América 
1936 - XI Olimpíada - Berlim, Alemanha 
1940 - XII Olimpíada - Interrupção devido à II Guerra Mundial 
1944 - XIII Olimpíada - Interrupção devido à II Guerra Mundial 
1948 - XIV Olimpíada - Londres, Reino Unido 
1952 - XV Olimpíada - Helsínquia, Finlândia 
119
1956 - XVI Olimpíada Melbourne, Austrália 
1960 - XVII Olimpíada - Roma, Itália 
1964 - XVIII Olimpíada - Tóquio, Japão 
1968 - XIX Olimpíada - Cidade do México, México 
1972 - XX Olimpíada - Munique, República Federal da Alemanha 
1976 - XXI Olimpíada - Montreal, Canadá 
1980 - XXII Olimpíada - Moscovo União Soviética 
1984 - XXIII Olimpíada - Los Angeles, Estados Unidos da América 
1988 - XXIV Olimpíada - Seul, Coreia do Sul 
1992 - XXV Olimpíada - Barcelona, Espanha 
1996 - XXVI Olimpíada - Atlanta, Estados Unidos da América 
2000 - XXVII Olimpíada - Sydney, Austrália 
2004 - XXVIII Olimpíada - Atenas, Grécia 
2008 - XXIX Olimpíada - Pequim, China 
20 12 - XXX Olimpíada - Londres, Inglaterra 
2016 - XXXI Olimpíada – Rio de Janeiro , Brasil 
120
Jogos Olimpicos 2016-Rio de Janeiro-Brasil
Jogos Olímpicos de 2016 oficialmente Jogos da XXXI Olimpíada, mais comumente Rio 
2016, serão um evento multiesportivo realizado no segundo semestre de 2016, no Rio de 
Janeiro, Brasil. A escolha foi feita durante a 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional, 
que aconteceu em Copenhague, Dinamarca, em 2 de outubro de 2009. Os Jogos 
Paralímpicos de Verão de 2016 serão sediados na mesma cidade e organizados pelo mesmo 
comitê. Será a primeira vez que os Jogos Olímpicos serão sediados na América do Sul.
O evento ocorrerá entre os dias 5 e 21 de agosto de 2016, e as Paralimpíadas serão entre 7 e 
18 de setembro do mesmo ano. O local de abertura e encerramento será o Estádio do 
Maracanã. Serão disputadas 28 modalidades, duas a mais em relação aos Jogos Olímpicos 
de Verão de 2012. O Comitê Executivo do COI sugeriu as inclusões do rugby sevens e do 
golfe, e foram aprovados durante a 121ª Sessão. O programa dos Jogos ainda poderá ser 
expandido, após o sucesso de novas modalidades incluídas nos primeiros Jogos Olímpicos 
da Juventude realizados em Singapura em 2010. 
Processo de candidatura
O processo de eleição da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 ocorreu entre 
2007 e 2009 e contou com a participação de sete cidades de três continentes. Outras ainda 
planejaram participar do processo, mas não se inscreveram.
Em 13 de setembro de 2007 encerrou-se o prazo de inscrições. Duas cidades da América 
(Chicago e Rio de Janeiro), duas da Ásia (Doha e Tóquio) e três da Europa(Baku, Madri e 
Praga) oficializaram a postulação. Em 4 de Junho de 2008 o Comitê Olímpico Internacional 
(COI) revelou o resultado das avaliações preliminares das sete cidades postulantes, 
eliminando Baku, Praga, Doha e tornando as quatro restantes em cidades candidatas: Rio de 
Janeiro, Madrid, Tóquio e Chicago. 
A segunda fase começou com o Programa de Observação dos Jogos Olímpicos de Verão de 
2008, em Pequim. Depois de elaborar o seu livro de candidatura e receber a visita da 
Comissão Avaliadora do Comitê Olímpico Internacional, as cidades agora candidatas 
participaram, em junho, de um encontro, promovido pela primeira vez na história, com os 
membros do COI, que elegeriam a cidade-sede dos Jogos de 2016. 
Em setembro de 2009, a Comissão Avaliadora divulgou o relatório com suas impressões 
sobre os projetos finalistas. Tóquio, a cidade que teve a nota preliminar mais alta, perdeu o 
favoritismo, principalmente devido aos baixos níveis de apoio popular que a candidatura 
recebia. Chicago sofreu com protestos internos e com problemas com as leis americanas. A 
candidatura de Madrid teve o projeto mais criticado, principalmente por causa da falta de 
clareza das leis antidoping da Espanha e da estrutura organizacional do comitê local. As 
críticas fizeram os representantes da candidatura fazerem mudanças drásticas em 
pouquíssimo tempo, e, mesmo com o prefeito Alberto Ruiz-Gallardón já admitindo a 
derrota, o Parlamento Espanhol aprovou a alteração nas leis antidoping do país poucos dias 
121
antes da votação. O Rio de Janeiro, apesar de ter tido boas notas, teve problemas com a 
acomodação e os transportes. As avaliações foram consideradas equilibradas, não sendo 
possível até então apontar alguma cidade como favorita, nem pelo presidente do COI, 
Jacques Roggenem pelos membros da entidade, que tinham o direito de escolher a 
vencedora, assim como por órgãos de imprensa e sites especializados.
A cidade-sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão de 2016 foi escolhida em 2 de 
outubro de 2009, em Copenhague, na Dinamarca, em votação durante a 121.ª Sessão do 
Comitê Olímpico Internacional. Após as eliminações de Chicago e Tóquio, Madri e Rio de 
Janeiro chegaram à final,sendo que a vencedora foi eleita por maioria dos votos.[11]
121ª Sessão
Comitê Olímpico Internacional
2 de outubro de 2009, no Bella Center, Copenhagen, Dinamarca.
Cidade Nação 1ª Rodada 2ª Rodada 3ª Rodada
Rio de Janeiro Brasil 26 46 66
Madri Espanha 28 29 32
Tóquio Japão 22 20 —
Chicago Estados Unidos 18 — —
Preparação
Na Assembleia Geral do COB do dia 22 de dezembro de 2009 foi criado o Comitê 
Organizador dos Jogos Olimpicos e Paralímpicos Rio 2016, cujo presidente é Carlos Arthur 
Nuzman. No momento, o Comitê Rio 2016 está em fase de aprovação pelo COI.
Locais de competição
A lista a seguir apresenta os locais de competição que estão confirmados nos Jogos 
Olímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro. Os eventos serão distribuídos em quatro 
regiões espalhadas pelo Rio. Os únicos eventos realizados fora da cidade serão as 
preliminares do futebol que ocorrerão em quatro cidades brasileiras. A maioria dos eventos 
será realizada na zona oeste da cidade, na região da Barra da Tijuca. Os locais marcados 
com PO estão na área do Parque Olímpico do Rio, uma ampliação do Complexo Esportivo 
Cidade dos Esportes.[18] O boliche é o único desporto que ainda não teve local confirmado.
Construção Desportos Bairro Zona
Centro Olímpico de 
Treinamento do Rio PO
Basquetebol, Handebol, Judô, 
Lutas e Taekwondo
Jacarepaguá BarraCentro Olímpico de Hóquei PO Hóquei
Centro Olímpico de Tênis PO Tênis
Velódromo da Barra PO Ciclismo de pista, Hocket e 
122
Patinação
Parque Aquático Maria 
Lenk PO
Polo aquático e Saltos 
ornamentais
Estádio Olímpico de 
Desportos Aquáticos PO Nado sincronizado e Natação
HSBC Arena PO Ginástica Artística, Rítmica e de Trampolim
Riocentro Badminton, Boxe, Halterofilismo e Tênis de mesa
Camorim
Praia Olímpica Área não-esportiva para lazer dos atletas estrangeiros
Vila Olímpica do Rio Área não-esportiva para hospedagem dos atletas
Vila da Mídia Área não-esportiva
Rua Carioca Área não-esportiva
International Broadcast 
Center (IBC) Área não-esportiva
Condomínio Reserva Uno Golfe Barra da Tijuca
Sociedade Hípica de 
Deodoro Hipismo
Deodoro Deodoro
Centro Nacional de Tiro Tiro esportivo
Parque do Pentatlo 
Moderno Pentatlo moderno
Arena Deodoro Esgrima
Parque Radical BMX, Ciclismo Montanhoso e Canoagem Slalom
Stadium Rio Atletismo e Rugby Engenho de Dentro
Maracanã
Sambódromo da Marquês 
de Sapucaí
Tiro com Arco e chegada da 
Maratona Cidade Nova
Pavilhão Cidade Olímpica Área não-esportiva
Estádio do Maracanã: Cerimônias de Abertura e Encerramento, e finais do Futebol Maracanã
Ginásio do Maracanãzinho Voleibol
Parque do Flamengo Ciclismo de estrada, Maratona e Marcha atlética Flamengo
CopacabanaPraia de Copacabana Maratona aquática, Triatlo e Voleibol de praia Copacabana
Lagoa Rodrigo de Freitas Canoagem e Remo Lagoa
Marina da Glória vela Glória
123
Fora do Rio de Janeiro
Quatro cidades, que também serão subsedes da Copa do Mundo FIFA de 2014, receberão 
as partidas preliminares do futebol: 
• Arena Fonte Nova (Salvador)
• Estádio Nacional de Brasília (Brasília)
• Estádio Mineirão (Belo Horizonte)
• Estádio do Morumbi (São Paulo)
Logo
O processo de escolha da logomarca dos Jogos Olímpicos de 2016 reuniu 138 agências 
brasileiras. Na reta final, apenas oito continuaram no páreo. Após passar pelo crivo de uma 
comissão julgadora de 12 membros, o desenho criado pela agência carioca Tátil foi o 
vencedor. 
O lançamento da logomarca ocorreu no dia 31 de dezembro de 2010 na festa de reveillon, 
em Copacabana.. Às 22 horas, a cantora Daniela Mercury chamou ao palco da festa a 
campeã olímpica Maurren Maggi e outros atletas para juntos revelarem a logomarca. 
Estiveram presentes na festa, assistindo de camarote o presidente do COI (Comitê Olímpico 
Internacioanal), Jacques Rogge, o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos 
Artur Nuzman, o governador de Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o prefeito da 
cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o ex-ministro dos esportes, Orlando Silva e a 
coordenadora da comissão do COI, Nawal El Moutawakel.
A logomarca é representada pela união de três figuras humanas unidas pelas mãos e pés nas 
cores verde, amarelo e azul.[20] O símbolo, que pela primeira vez na história é 
tridimensional, representa o abraço que só o brasileiro e o carioca, com sua cultura 
acolhedora e receptiva, pode dar, o morro do Pão de Açúcar, cartão postal mais famoso do 
Brasil e do Rio de Janeiro, e entre outras interpretações os números que formam 2016 e a 
palavra "Rio".
A logomarca tem provocado alguma controvérsia com a mídia brasileira que aponta 
semelhanças entre ela e o logotipo utilizado pela Fundação Telluride no Colorado e com a 
pintura de Henri Matisse, La Danse. Os projetistas afirmaram que as semelhanças entre os 
três são mera coincidência. 
Programa esportivo
124
O programa esportivo dos Jogos Olímpicos de 2016 terá 28 esportes, totalizando 38 
modalidades. Ao contrário das edições anteriores, duas vagas estavam abertas para novos 
esportes, já que o beisebol e o softbol tinham sido eliminados do programa para os Jogos 
Olímpicos de Verão de 2012, em Londres.O Comitê Executivo, após resultado de uma 
consultoria, anunciou os sete finalistas para estas duas vagas. Quatro deles já estiveram em 
edições anteriores de Jogos Olímpicos: beisebol e softbol (excluídos do programa em 
2005), golfe (presente nos Jogos de 1900 e de 1904) e rugby sevens, uma variação do rugby 
presente nas edições de 1900, 1908, 1920 e 1924. Completaram a lista de esportes-
candidatos a patinação sobre rodas, o caratê e o squash. As respectivas federações fizeram 
suas apresentações para os mesmbros do COI em junho de 2009. 
Em agosto, o conselho executivo inicialmente aprovou a inclusão do rugby sevens, por 
maioria de votos, eliminando assim, patinação e squash da disputa. Entre os três restantes 
(golfe, caratê e softbol) o conselho escolheu o golfe. A decisão sobre os dois esportes 
restantes foi feita em 9 de outubro de 2009, no último dia da 121ª Sessão do COI em que a 
cidade do Rio de Janeiro foi eleita como sede. Para serem aprovados os dois esportes 
precisavam de maioria simples de votos. 
Os membros do COI votaram para inclusão do rúgbi (63 votos a favor, 27 contra e duas 
abstenções) e do golfe (81 votos a favor, oito contra e uma abstenção) no programa dos 
Jogos a partir da edição do Rio de Janeiro. Os outros 26 esportes também foram ratificados 
pela maioria absoluta. 
• Atletismo
• Badminton
• Basquetebol
• Boxe
• Canoagem 
 (slalom e 
velocidade)
• Ciclismo 
 (estrada, pista, 
BMX e 
Mountain 
Bike)
• Esgrima
• Futebol
• Ginástica 
 (artística, 
rítmica e 
trampolim)
• Golfe
• Halterofilis
mo
• Handebol
• Hipismo
• Hóquei 
sobre a grama
• Judô
• Lutas
• Nado 
sincronizado
• Natação
• Pentatlo 
moderno
• Pólo 
aquático
• Remo
• Rugby 
sevens
• Saltos 
ornamentais
• Taekwondo
• Tênis
• Tênis de 
mesa
• Tiro
• Tiro com 
arco
• Triatlo
• Vela
• Voleibol
• Voleibol de 
praia
Críticas
125
Para algumas regiões da cidade do Rio de Janeiro,a realização dos Jogos 
Olímpicos,tem trazido certos impactos negativos.Estas denúncias foram feitas por parte da 
Relatoria Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU para o Direito à Moradia 
Adequada. Segundo estas denúncias, nestas áreas, estão acontecendo despejos forçados em 
algumas áreas da cidade, especialmente na Zona Oeste da cidade, como por exemplo nas 
Vilas Recreio II Harmonia e Restinga, localizadas no Recreio dos Bandeirantes, que será o 
epicentro dos Jogos Olímpicos.[27]
 
Metabolismo
126
Metabolismo (do grego metabolismos, μεταβολισμός, que significa 
"mudança", troca[1]) é o conjunto de transformações que as substâncias químicas 
sofrem no interior dos organismos vivos. É também usado o termo "metabolismo 
celular" referindo-se mais especificamente ao conjunto de todas as reacções 
químicas que ocorrem nas células. Estas reações químicas são responsáveis 
pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula.
Metabolismo é o conjunto de transformações que os nutrientes e outras 
substâncias químicas sofrem no interior do nosso corpo. Isso produz energia 
suficiente para mantê-lo funcionando. Para que as pessoas mais leigas possam 
entender esse conceito, podemos dizer numa linguagem mais clara e objetiva que 
metabolismo é a taxa com que o corpo queima calorias para se manter vivo. O 
metabolismo divide-se em anabolismo (conjunto de reações que produzem 
compostos e substâncias a partir de componentes menores) e catabolismo 
(conjunto de reações que degradam as substâncias em componentes menores).
Do total de energia gasto por uma pessoa em um dia, entre 60% e 70% são 
usados apenas nas funções vitais, como respirar, bater o coração, manter a 
temperatura corporal, etc. É o chamado metabolismo basal. Cerca de 10% a 12% 
do consumo de energia total são utilizados no gasto termogênico dos alimentos. 
Ou seja, a cota que o corpo precisa para processar o que se come, da mastigação 
até a absorção pelo organismo.
O metabolismo é influenciado por inúmeros fatores, tais como genética, 
idade, peso, altura, sexo, temperatura ambiente, dieta e prática de exercícios. 
Dessa forma, existem pessoas que dependendo desses fatores, gastarão mais ou 
menos energia do que outras. É por isso que existem pessoas magras, que 
comem de tudo e não engordam de jeito nenhum, enquanto outros lutam para 
perder alguns quilos a mais. 
Fatores que afetam o metabolismo
127
Cerca de 80% da taxa metabólica é determinada geneticamente, enquanto 
os outros 20% dependem de outros fatores que listamos a seguir. Você não pode 
mudar a genética, mas pode acelerar o seu metabolismo, observando esses 
fatores:
1º) Tecido muscular - Quanto mais músculos você tem, maior e mais veloz é o 
gasto calórico, independente do seu nível de atividade, da sua idade, etc. Os 
músculos são tecido vivo e estão lá para trabalhar para você, queimando calorias 
24hs por dia.
2º) Alimentação - O excesso de açúcar, especialmente após a refeição, deve ser 
evitado, uma vez que a digestão de proteínas e gorduras fica prejudicada. O 
açúcar é digerido mais rapidamente, retardando a digestão de outros alimentos e 
enganando o cérebro, que sinaliza com mais fome em pouco tempo. Isso também 
vale para as farinhas de trigo brancas (refinadas) utilizadas no preparo de pães, 
bolos e massas. Os alimentos gordurosos também devem ser controlados, mas é 
importante não reduzi-los em demasia, uma vez que a deficiência desse nutriente 
diminui a produção de certos hormônios, levando à diminuição do metabolismo. 
Utilize em suas refeições gorduras que fazem bem para a saúde provenientes de 
nozes, castanhas e azeite de oliva. 
3º) Freqüência das refeições - O tempo entre uma refeição e outra é muito 
importante. Quanto maior o tempo, mais lento é o seu metabolismo, pois ele 
diminui para poupar energia. Quando pulamos refeições, ficando muito tempo sem 
comer, o corpo procura obter a energia que precisa consumindo o seu próprio 
tecido muscular (catabolismo).
4º) Atividade física - Praticar atividade física, combinando exercício aeróbico e 
ginástica localizada ou musculação acelera o metabolismo. Além disso, o 
exercício regular ajuda a transformar glicose e gordura em energia, sem a 
necessidade de produzir o hormônio insulina, que ajuda a engordar. É importante 
que a atividade física seja regular, para que haja uma ação metabólica contínua, e 
que a alimentação seja adequada ao gasto calórico.
5º) Água -A maioria das funções do corpo acontecem na presença de água. O 
líquido é fundamental para transportar hormônios, vitaminas e minerais, além de 
128
facilitar o trânsito intestinal e a eliminação de toxinas. A falta de água desacelera o 
metabolismo. Por isso, beba pelo menos 8-10 copos por dia.
6º) Sexo - O metabolismo masculino é mais acelerado do que o feminino, pois os 
homens apresentam proporção maior de massa muscular e menor de gordura do 
que as mulheres. Por isso é importante que as mulheres não deixem de praticar 
uma atividade física, que ajude no desenvolvimento de massa muscular.
7º) Idade - A partir dos 30 anos o metabolismo começa a ficar mais lento, contudo 
pesquisas indicam que isso ocorre pelo fato das pessoas tornarem-se mais 
sedentárias, o que acarreta uma perda gradual de massa muscular. Por isso, é 
importante que haja um controle alimentar e prática regular de atividade física.
8º) Temperatura ambiente - Em dias maisfrios, o corpo consome mais energia 
para se manter aquecido.
Acelere o seu metabolismo
Para acelerar o metabolismo é importante fracionar as refeições 5-6 vezes 
ao dia (o organismo terá de trabalhar mais vezes para processar um maior número 
de refeições), comer devagar, mastigando bem os alimentos e reduzir o consumo 
de alimentos gordurosos e ricos em açúcar e farinhas refinadas. Alimentos ricos 
em fibras (grãos integrais, legumes, frutas e verduras) levam mais tempo para 
serem digeridos e por isso aceleram o metabolismo. A prática de exercícios 
físicos, principalmente os aeróbicos (caminhada, natação, ciclismo, esteira, 
bicicleta, ajuda muito. A taxa metabólica aumenta 25% durante 12 a 15 horas após 
os exercícios aeróbicos intensos
 Não pular refeições e evitar dietas rígidas também ajuda a acelerar o 
metabolismo. Quando se faz uma dieta para emagrecer, o metabolismo basal fica 
com um gasto calórico menor como uma forma de defesa (reserva), e quanto 
menor a ingestão calórica diária, menor será o metabolismo, pois o organismo vai 
interpretar essa situação como uma ameaça. A depressão do metabolismo basal 
129
com dietas sem orientação e/ou acompanhadas com inibidores de apetite leva o 
organismo a reagir com mecanismos de preservação de calorias e a conseqüência 
é a dificuldade de se perder gordura corporal, além do risco de desenvolvimento 
de cálculos na vesícula. Por isso, a dieta deve ser equilibrada do ponto de vista 
nutricional e as calorias oferecidas devem ser compatíveis com a necessidade 
individual de cada pessoa, caso contrário o programa de emagrecimento será um 
verdadeiro fracasso. O ideal é fazer de cinco a seis pequenas refeições diárias e 
reduzir a ingestão calórica, calculando uma perda de peso de até 500g por 
semana, de forma segura e com bons resultados a longo prazo. 
 
Copa do Mundo
130
A Copa do Mundo, ou Campeonato Mundial de Futebol, é um torneio de futebol 
masculino realizado a cada quatro anos pela FIFA. Começou em 1930, com a 
vitória da seleção do Uruguai. No primeiro mundial, não havia torneio eliminatório, 
e os países foram convidados para o torneio. Nos anos de 1942 e 1946, a Copa 
não ocorreu devido à Segunda Guerra Mundial. O Brasil possui a seleção com 
mais títulos mundiais, o único país pentacampeão e o único a ter vencido o torneio 
fora do seu continente. É também o único país a ter participado de todas os 
Campeonatos. Segue-se a seleção tetracampeã da Itália, a tricampeã Alemanha, 
as bicampeãs Argentina e Uruguai e, por fim, as seleções da Inglaterra e da 
França, com um único título.
A Copa do Mundo é o segundo maior evento desportivo do mundo, ficando atrás 
apenas dos Jogos Olímpicos de Verão. É realizada a cada quatro anos, tendo sido 
sediada pela última vez em 2006 na Alemanha, com a Itália como campeã, ficando 
a França em segundo lugar, o país organizador a Alemanha em terceiro e Portugal 
em quarto. Os próximos, em 2010, serão na África do Sul e em sua próxima 
edição (em 2014), será selecionado algum país da América do Sul (provavelmente 
o Brasil) capaz de abrigar um evento desse porte. Caso nenhum país da América 
do Sul tenha capacidade para aportar a Copa do Mundo, Canadá e EUA são 
concorrentes absolutos.
As últimas três Copas do Mundo tiveram 32 participantes, o que provavelmente 
será mantido para as próximas Copas.
História
As primeiras competições internacionais
O primeiro amistoso internacional de futebol foi jogado em 1872, entre a Inglaterra 
e Escócia, num momento em que o esporte era raramente praticado fora da Grã-
Bretanha. No final do século XIX o futebol começou a ganhar mais adeptos, e por 
isso se tornou um esporte de demonstração (sem disputa de medalhas) nos Jogos 
Olímpicos de Verão de 1900, 1904 e 1906, até se tornar uma competição oficial 
131
nos Jogos Olímpicos de Verão de 1908. Organizada pela Football Association, era 
um evento para jogadores amadores, e na época não foi considerado uma real 
competição, mas sim um mero espetáculo. A seleção amadora da Inglaterra foi a 
campeã nas duas edições, 1908 e 1912.
Em 1914 a FIFA reconheceu o torneio olímpico como uma "competição global de 
futebol amador"[1], tomando para si a responsabilidade em organizá-lo. Com isso 
na edição de 1924 houve a primeira disputa de futebol intercontinental. O Uruguai 
foi a campeã nas duas edições, 1924[2] e 1928. Em 28 de Maio de 1928 a FIFA 
tomou a decisão de fazer a competição em separado, não sendo mais um esporte 
dos Jogos Olímpicos de Verão. Para celebrar o centenário da independência do 
Uruguai em 1930 foi-se decidido que a sede da competição seria no país sul-
americano, no mesmo ano
A primeira Copa do Mundo oficial
Só treze seleções participaram da primeira Copa, sete da América Latina 
(Uruguai, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru), quatro da Europa 
(Bélgica, França, Jugoslávia e Romênia) e duas da América do Norte (México e 
EUA). Muitas seleções européias desistiram da competição devido à longa e 
cansativa viagem pelo Oceano Atlântico.
As duas primeiras partidas da Copa ocorreram simultaneamente, sendo vencidas 
pela França e EUA, que venceram a México por 4 a 1 e a Bélgica por 3 a 0, 
respectivamente. O primeiro gol em Copas do Mundo foi marcado pelo jogador 
francês Lucien Laurent. A final foi entre o Uruguai e a Argentina, tendo os 
uruguaios vencido o jogo por 4 a 2, no Estádio Centenário, em Montevidéu, com 
um público estimado de 93 mil espectadores.[3]
O artilheiro deste torneio foi o argentino Guillermo Stábile
132
Crescimento
Os problemas que atrapalhavam as primeiras edições do torneio eram as 
dificuldades da época para uma viagem intercontinental. Nas Copas de 1934 e 
1938, realizadas na Europa, houve uma pequena participação dos países sul-
americanos. Só a seleção brasileira esteve presente nessas duas edições. Já as 
edições de 1942 e 1946 foram canceladas devido à Segunda Guerra Mundial.
A Copa do Mundo de 1950 foi a primeira a ter participantes britânicos. Eles tinham 
se retirado da FIFA em 1920, por se recusarem a jogar com países que tinham 
guerreado recentemente e por um protesto da influência estrangeira no futebol, já 
que o esporte era uma "invenção" britânica e esses países consideravam que o 
mesmo tinha sido deturpado pelo modo de jogar estrangeiro[4]. Contudo, eles 
voltariam a ser membros da FIFA em 1946. O torneio também teve a volta da 
participação do Uruguai, que tinha boicotado as duas edições anteriores.
Nas Copas de 1934 até 1978 havia 16 seleções classificadas para a fase final 
(exceto nos raros casos onde houve desistência). A maioria era da América Latina 
e Europa, com uma pequena minoria da África, Ásia e Oceania. Essas seleções 
normalmente não passavam da primeira fase, sendo facilmente derrotadas (com 
exceção da Coréia do Norte, que chegou às quartas-de-final em 1966).
A fase final foi expandida para 24 seleções em 1982, e 32 em 1998, permitindo 
que mais seleções da África, Ásia e América do Norte pudessem participar. Nos 
últimos anos esses novos participantes têm conseguido se destacar mais, como 
Camarões chegando as quartas-de-final em 1990 e Coréia do Sul, Senegal e EUA 
passando às quartas-de-final em 2002, ainda com a Coréia do Sul chegando ao 
quarto lugar.
Troféu
133
De 1930 a 1970 a Taça Jules Rimet era dada aoscampeões de cada edição. 
Inicialmente conhecida como Taça do Mundo ou Coupe du Monde (em francês), 
foi renomeada em 1946 em homenagem ao presidente da FIFA responsável pela 
primeira edição do torneio, em 1930. Em 1970, com a terceira vitória da seleção 
brasileira a mesma ganhou o direito ter a posse permanente da taça. Contudo, ela 
foi roubada da sede da CBF em dezembro de 1983, e nunca foi encontrada. 
Acredita-se que os ladrões a tenham derretido.[5]
Depois de 1970 uma nova taça, chamada Troféu da Copa do Mundo FIFA ou 
FIFA World Cup Trophy (em Ingles), foi criada. Diferentemente da Taça Jules 
Rimet, ela não irá para qualquer seleção, independente do número de títulos. 
Argentina, Alemanha, Brasil e Itália são os maiores ganhadores dessa nova taça, 
com dois títulos cada um. Ela só será trocada quando a placa em seu pé estiver 
totalmente preenchida com os nomes dos campeões de cada edição, o que só 
ocorrerá em 2038.
Formato
Eliminatórias
Desde a segunda edição do torneio, em 1934, eliminatórias têm sido feitas para 
diminuir o tamanho da fase final. Elas são disputadas nas seis zonas continentais 
da FIFA (África, Ásia, América do Norte e América Central e Caribe, Europa, 
Oceania e América do Sul) organizadas por suas respectivas confederações. 
Antes de cada edição do torneio a FIFA decide quantas vagas cada zona 
continental terá direito, levando em conta fatores como número de seleções e 
força de cada confederação. O lobby dessas confederações por mais vagas 
também costuma ser bastante comum.
As eliminatórias podem começar três anos antes da fase final, e duram um pouco 
mais que dois anos. O formato de cada eliminatória difere de acordo com cada 
134
confederação. Normalmente uma ou duas vagas são reservadas para os 
ganhadores dos play-offs internacionais. Por exemplo, o campeão da eliminatória 
da Oceania e o quinto colocado da América do Sul disputaram um play-off para 
decidir quem ficaria com a vaga da fase final Copa do Mundo de 2006.[6] Da Copa 
de 1938 para cá os campeões de cada edição eram automaticamente 
classificados para a próxima Copa, sem precisar passar pelas suas eliminatórias. 
Contudo, a partir da edição de 2006 o campeão é obrigado a se classificar 
normalmente como qualquer outra seleção. O Brasil, vencedor em 2002, foi o 
primeiro campeão a ter que disputar uma eliminatória para a Copa seguinte. [7].
Fase final
A fase final do torneio tem 32 seleções competindo por um mês no país anfitrião. 
A fase final é dividida em duas fases: a fase de grupos e a fase do mata-mata, ou 
eliminatória.
Na primeira fase (grupos) as seleções são colocadas em oito grupos de quatro 
participantes. Oito seleções são a cabeça-de-chave de cada grupo (as seleções 
consideradas mais fortes) e as outras são sorteadas. Desde 1998 o sorteio é feito 
com que nunca mais que duas seleções européias e mais que uma seleção da 
mesma confederação fiquem no mesmo grupo. Na fase de grupos cada seleção 
joga uma partida contra as seleções de seu grupo, e as duas que mais pontuarem 
se classificam para a fase do mata-mata. Desde 1994 a vitória numa partida vale 
três pontos, o empate um e a derrota nenhum. Antes, cada vitória valia dois 
pontos.
A fase de mata-mata é uma fase de eliminação rápida. Cada seleção joga apenas 
uma partida em cada estágio da fase (oitavas-de-final, quartas-de-final, semi-final 
e final) e a vencedor passa para o próxima estágio. Em caso de empate no tempo 
normal a partida é levada para a prorrogação e em caso de empate da mesma há 
a disputa de pênaltis. As duas seleções eliminadas da semi-final fazem um jogo 
antes da final para decidirem o terceiro e quarto lugar.
135
Escolha das sedes
Nas primeiras edições as sedes eram escolhidas em encontros nos congressos da 
FIFA. As escolhas eram sempre polêmicas devido a longa viagem da América do 
Sul à Europa (e vice-versa), as duas grande potências futebolísticas da época (e 
ainda hoje). A decisão da primeira Copa ser no Uruguai, por exemplo, levou à 
participação de apenas quatro seleções da Europa.[8] As duas Copas seguintes 
foram na Europa. A decisão de sediar a Copa do Mundo de 1938 na França foi 
outra grande polêmica, já que os países americanos desejavam um sistema 
rotativo de sedes. Ou seja, uma edição na Europa e a seguinte na América do Sul. 
Como a Copa de 1934 tinha sido na Itália, a sede da edição de 38 teria que ser 
teoricamente na América do Sul, o que de fato não ocorreu. Isso fez com que 
tanto o Uruguai e a Argentina boicotassem o torneio. [9]
Após a Segunda Guerra Mundial para evitar qualquer tipo de boicote ou 
controvérsia a FIFA adotou o padrão de rotacionar as sedes entre a América e a 
Europa, que foi usado até a Copa do Mundo de 1998. A edição de 2002, que teve 
como sede tanto Japão quanto Coréia do Sul foi a primeira sediada fora desses 
dois continentes. Já a edição de 2010 será a primeira na África.
Em 2003 foi decidido que a Copa do Mundo de 2014 será na América Latina. O 
Brasil seria candidato único, mas no último dia de inscrições para a escolha da 
sede a Colômbia também se candidatou. No entanto, na data designada para a 
confirmação da candidatura, a Colômbia retirou-se do pleito, sobretudo por falta de 
patrocinadores e de apoio internacional(A Confederação Sul-Americana e os 
outros oito países participantes apoiam a candidatura brasileira).
136
O sistema de escolha da sede evoluiu ao longo dos tempos, sendo hoje escolhido 
pela comitê executivo da FIFA, seis anos antes da Copa.
Público das Finais
Edição Ano/Data Estádio Cidade Público Pagante
I 1930 Estádio Centenário Montevidéu 68.346
II 1934 Estádio Olímpico de Roma Roma 55.000
III 1938 Estádio Olímpico Yves-du-Manoir Paris 45.000
IV 1950 Estádio do Maracanã Rio de Janeiro 173.850
V 1954 Estádio Wankdorf Berna 62.500
VI 1958 Estádio Råsunda Estocolmo 49.737
VII 1962 Estádio Nacional de Chile Santiago 68.679
VIII 1966 Estádio de Wembley Londres 96.924
IX 1970 Estádio Azteca Cidade do México 107.412
X 1974 Estádio Olímpico de Munique Munique 78.200
XI 1978 Estádio Monumental de Núñez Buenos Aires 71.483
XII 1982 Estádio Santiago Bernabéu Madrid 90.000
XIII 1986 Estádio Azteca Cidade do México 114.600
XIV 1990 Estádio Olímpico de Roma Roma 73.603
XV 1994 Rose Bowl Stadium Pasadena 94.194
XVI 1998 Stade de France Saint-Denis 80.000
XVII 2002 Estádio Internacional de Yokohama Yokohama 69.029
XVIII 2006 Olympiastadion Berlim 69.000
XIX 2010 Soccer City Joanesburgo 84.490
Primeira participação
A cada Copa do Mundo pelo menos uma seleção participa da competição pela primeira vez.
Ano Nº Equipes
Nº de 
estreantes Seleções estreantes
1930 13 13
 Argentina Bélgica Bolívia Brasil Chile 
Estados Unidos França Iugoslávia(1) México 
Paraguai Peru Romênia Uruguai
1934 16 10
Alemanha(3) Áustria Egipto Espanha Hungria 
Itália Países Baixos Suécia Suíça 
137
Tchecoslováquia(2)
1938 16 4 Cuba Índias Orientais Neerlandesas
(4) Noruega 
Polónia
1950 13 1 Inglaterra
1954 16 4 Alemanha Ocidental
(3) Coreia do Sul Escócia 
Turquia
1958 16 3 Irlanda do Norte País de Gales União Soviética(5)
1962 16 2 Bulgária Colômbia
1966 16 2 Coreia do Norte Portugal
197016 3 El Salvador Israel Marrocos
1974 16 4 Alemanha Oriental(3) Austrália Haiti Zaire(6)
1978 16 2 Irã Tunísia
1982 24 5 Argélia Camarões Honduras Kuwait Nova Zelândia
1986 24 3 Canadá Dinamarca Iraque
1990 24 3 Costa Rica Emirados Árabes Unidos Irlanda
1994 24 4 Arábia Saudita Grécia Nigéria Rússia(5)
1998 32 4 África do Sul Croácia Jamaica Japão
2002 32 4 China Equador Eslovénia Senegal
2006 32 8
 Angola Costa do Marfim Gana República 
Tcheca(2) Sérvia e Montenegro(1) Togo Trinidad e 
Tobago Ucrânia(5)
2010 32 2 Eslováquia(2) Sérvia(1)
2014 32
Ranking histórico de pontos
1930 até 2012:
País PG J V E D GP GC SG CD
1º Brasil 172 97 67 15 15 210 88 122 19
2º Alemanha(3) 160 99 60 19 20 206 117 89 17
3º Itália 122 80 44 21 15 126 74 52 17
4º Argentina 100 70 37 13 20 123 80 43 15
5º Espanha 83 56 28 12 16 88 59 29 13
6º Inglaterra 79 59 26 19 14 78 52 26 13
7º França 71 54 25 11 18 96 68 28 13
8º Países Baixos 68 43 22 10 11 71 44 27 9
9º Uruguai 51 47 18 12 17 76 65 11 11
10º Suécia 50 46 16 13 17 74 69 5 11
11º Sérvia(1) 45 43 17 8 18 64 59 5 11
12º México 43 49 12 13 24 52 89 -37 14
138
País PG J V E D GP GC SG CD
13º Rússia(5) 42 37 17 6 14 64 44 20 9
14º Polónia 37 31 15 5 11 44 40 4 7
15º Hungria 33 32 15 3 14 87 57 30 9
16º Portugal 33 23 12 3 8 39 22 17 5
17º Bélgica 32 36 10 9 17 47 63 -16 11
18º República Tcheca(2) 30 33 12 5 16 47 49 -2 9
19º Áustria 28 29 12 4 13 43 47 -4 7
20º Paraguai 28 27 7 10 10 30 38 -8 8
21º Suíça 28 29 9 6 14 38 52 -14 9
22º Romênia 26 21 8 5 8 30 32 -2 7
23º Chile 26 29 9 6 14 34 46 -12 8
24º Dinamarca 23 16 8 2 6 27 24 3 4
25º Estados Unidos 23 29 7 5 17 32 56 -24 9
26º Coreia do Sul 23 28 5 8 15 28 61 -33 8
27º Croácia 20 13 6 2 5 15 11 4 3
28º Bulgária 17 26 3 8 15 22 53 -31 7
29º Camarões 16 20 4 7 9 17 34 -17 6
30º Turquia 15 10 5 1 4 20 17 3 2
31º Japão 15 14 4 3 7 12 16 -4 4
32º Escócia 15 23 4 7 12 25 41 -16 8
33º Irlanda 14 13 2 8 3 10 10 0 3
34º Gana 14 9 4 2 3 9 10 -1 2
35º Nigéria 14 14 4 2 8 17 21 -4 4
36º Irlanda do Norte 11 13 3 5 5 13 23 -10 3
37º Peru 11 15 4 3 8 19 31 -12 4
38º África do Sul 10 9 2 4 3 11 16 -5 3
39º Colômbia 10 13 3 2 8 14 23 -9 4
40º Equador 9 7 3 0 4 7 8 -1 2
41º Noruega 9 8 2 3 3 7 8 -1 3
42º Marrocos 9 13 2 4 7 12 18 -6 4
43º Austrália 9 10 2 3 5 8 17 -9 3
44º Senegal 8 5 2 2 1 7 6 1 1
45º Costa Rica 8 10 3 1 6 12 21 -9 3
46º Arábia Saudita 8 13 2 2 9 9 32 -23 4
47º Costa do Marfim 7 6 2 1 3 9 9 0 2
48º Ucrânia(5) 7 5 2 1 2 5 7 -2 1
49° Alemanha Oriental(3) 6 6 2 2 2 5 5 0 1
50º Argélia 6 9 2 2 5 6 12 -6 3
51º Tunísia 6 12 1 4 7 8 17 -9 4
52º País de Gales 5 5 1 3 1 4 4 0 1
53º Irã 5 9 1 2 6 6 18 -12 3
139
País PG J V E D GP GC SG CD
54º Eslováquia(2) 4 4 1 1 2 5 7 -2 1
55º Eslovénia 4 6 1 1 4 5 10 -5 2
56º Honduras 3 6 0 3 3 2 6 -4 2
57º Jamaica 3 3 1 0 2 3 9 -6 1
58º Cuba 3 3 1 1 1 5 12 -7 1
59º Nova Zelândia 3 6 0 3 3 4 14 -10 2
60º Grécia 3 6 1 0 5 2 15 -13 2
61º Coreia do Norte 3 7 1 1 5 6 21 -15 2
62º Angola 2 3 0 2 1 1 2 -1 1
63º Israel 2 3 0 2 1 1 3 -2 1
64º Egito 2 4 0 2 2 3 6 -3 2
65º Kuwait 1 3 0 1 2 2 6 -4 1
66º Trinidad e Tobago 1 3 0 1 2 0 4 -4 1
67º Bolívia 1 6 0 1 5 1 20 -19 3
68º Iraque 0 3 0 0 3 1 4 -3 1
69º Togo 0 3 0 0 3 1 6 -5 1
70º Canadá 0 3 0 0 3 0 5 -5 1
71º Índias Orientais Neerlandesas(4) 0 1 0 0 1 0 6 -6 1
72º Emirados Árabes Unidos 0 3 0 0 3 2 11 -9 1
73º China 0 3 0 0 3 0 9 -9 1
74º Haiti 0 3 0 0 3 2 14 -12 1
75º Zaire(6) 0 3 0 0 3 0 14 -14 1
76º El Salvador 0 6 0 0 6 1 23 -22 2
PG-Pontos Ganhos; J-Jogos; V-Vitórias; E-Empates; D-Derrotas; GP-Gols Pró; GC-Gols 
Contra; SG-Saldo de Gols; CD-Copas Disputadas.
Classificação pelo número de pontos ganhos, com vitória valendo 2 pontos até 1990 e 3 
pontos a partir de 1994.
Em caso de igualdade entre dois ou mais países, os critérios de desempate estabelecidos 
pela FIFA são: 1) Melhor saldo de gols ; 2) Gols pró; 3) Maior número de vitórias; 4) 
Maior número de Copas disputadas.
Lista completa de participações
Abaixo, a lista completa de participações:
Nº País Participações
19 Brasil 1930 – 2014 (Todas)
17 Alemanha(3) 1934 – 1938, 1954 – 2010
140
17 Itália 1934 – 1954, 1962 – 2010
15 Argentina 1930 – 1934, 1958 – 1966, 1974 – 2010
14 México 1930, 1950 – 1970, 1978, 1986, 1994 – 2010
13 França 1930 – 1938, 1954 – 1958, 1966, 1978 – 1986, 1998 – 2010
13 Espanha 1934, 1950, 1962 – 1966, 1978 – 2010
13 Inglaterra 1950 – 1970, 1982 – 1990, 1998 – 2010
11 Bélgica 1930 – 1938, 1954, 1970, 1982 – 2002
9 Iugoslávia(1) 1930, 1950 – 1962, 1974, 1982, 1990, 1998
1 Sérvia e Montenegro(1) 2006
1 Sérvia(1) 2010
11 Uruguai 1930, 1950 – 1954, 1962 – 1974, 1986 – 1990, 2002, 2010
11 Suécia 1934 – 1950, 1958, 1970 – 1978, 1990 – 1994, 2002 – 2006
9 Estados Unidos 1930 – 1934, 1950, 1990- 1994 – 2010
9 Hungria 1934 – 1938, 1954 – 1966, 1978 – 1986
9 Países Baixos 1934 – 1938, 1974 – 1978, 1990 – 1998, 2006 – 2010
9 Suíça 1934 – 1954, 1962 – 1966, 1994, 2006 – 2010
8 Tchecoslováquia(2) 1934 – 1938, 1954 – 1962, 1970, 1982, 1990
1 República Tcheca(2) 2006
1 Eslováquia(2) 2010
7 União Soviética(5) 1958 – 1970, 1982 – 1990
2 Rússia(5) 1994, 2002
1 Ucrânia(5) 2006
8 Chile 1930, 1950, 1962 – 1966, 1974, 1982, 1998, 2010
8 Paraguai 1930, 1950, 1958, 1986, 1998 – 2010
8 Coreia do Sul 1954, 1986 – 2010
8 Escócia 1954 – 1958, 1974 – 1990, 1998
7 Romênia 1930 – 1938, 1970, 1990 – 1998
7 Áustria 1934, 1954 – 1958, 1978 – 1982, 1990, 1998
7 Polónia 1938, 1974 – 1986, 2002 – 2006
7 Bulgária 1962 – 1974, 1986, 1994 – 1998
6 Camarões 1982, 1990 – 2002, 2010
5 Portugal 1966, 1986, 2002 – 2010
4 Peru 1930, 1970, 1978 – 1982
4 Colômbia 1962, 1990 – 1998
4 Marrocos 1970, 1986, 1994 – 1998
4 Tunísia 1978, 1998 – 2006
4 Dinamarca 1986, 1998 – 2002, 2010
4 Arábia Saudita 1994 – 2006
4 Nigéria 1994 – 2002, 2010
141
4 Japão 1998 – 2010
3 Bolívia 1930, 1950, 1994
3 Noruega 1938, 1994 – 1998
3 Irlanda do Norte 1958, 1982 – 1986
3 Austrália 1974, 2006 – 2010
3 Irã 1978, 1998, 2006
3 Argélia 1982 – 1986, 2010
3 Costa Rica 1990, 2002 – 2006
3 Irlanda 1990 – 1994, 2002
3 África do Sul 1998 – 2002, 2010
3 Croácia 1998 – 2006
2 Egito 1934, 1990
2 Turquia 1954, 2002
2 Coreia do Norte 1966, 2010
2 El Salvador 1970, 1982
2 Honduras 1982, 2010
2 Nova Zelândia 1982, 2010
2 Grécia 1994, 2010
2 Equador 2002 – 2006
2 Eslovénia 2002, 2010
2 Costa do Marfim 2006 – 2010
2 Gana 2006 – 2010
1 Cuba 1938
1 Índias Orientais Neerlandesas(4) 1938
1 País de Gales 1958
1 Israel 1970
1 Alemanha Oriental(3) 1974
1 Haiti 1974
1 Zaire(6) 1974
1 Kuwait 1982
1 Canadá 1986
1 Iraque 1986
1 Emirados Árabes Unidos 1990
1 Jamaica 1998
1 China 2002
1 Senegal 2002
1 Angola 2006
1 Togo 2006
1 Trinidad e Tobago 2006
(1):O Reino da Iugoslávia (1930) e a República Socialista Federativa da Iugoslávia (1950, 1954, 1958, 
1962, 1974, 1982 e 1990) se classificaram oito vezes para a Copa do Mundo com o nome deIugoslávia antes 
da separação das repúblicas em 1992. Também obteve classificação em 1998, com um território bastante 
142
menor que o inicial, formado apenas por Sérvia e Montenegro, que, juntas, compunham a República Federal 
da Iugoslávia. Em 2006, a República Federal da Iugoslávia já havia modificado seu nome mais uma vez e 
competia, nessa ocasião, como Sérvia e Montenegro. A FIFA confere à atual Sérvia as participações da 
antiga Iugoslávia e de Sérvia e Montenegro.
(2):A Tchecoslováquia foi dividida em República Tcheca e Eslováquia em 1993. A FIFA confere à República 
Tcheca e à Eslováquia as participações da antiga Tchecoslováquia, porém a República Tcheca confere as 
participações e pontuações da antiga Tchecoslováquia, pois caso ocorra o enfrentamento da República 
Tcheca contra a Eslováquia não haja conflito de resultados na tabela do Ranking das Copas do Mundo. 
Caso parecido com a União Soviética, com Rússia e Ucrânia.
(3):A Alemanha jogou em 1934 e 1938 unificada. Após a Segunda Guerra Mundial seu território foi dividido 
em Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental. A Seleção Ocidental é tricampeã mundial, enquanto a 
Oriental participou somente em 1974. A reunificação das duas Alemanhas se deu em 1991 e em 1994 a 
Seleção Alemã voltou a disputar uma Copa do Mundo como um país só. Para a FIFA, as participações da 
Seleção Ocidental são somadas às da Alemanha unificada e a Seleção Oriental tem estatísticas próprias.
(4):Índias Orientais Neerlandesas, que disputou a Copa de 1938, era o antigo nome da Indonésia.
(5):A FIFA confere à Rússia as participações da antiga União Soviética, uma vez que a Rússia é 
considerada a sucessora natural da União Soviética, após a divisão deste país em diversas repúblicas, dentre 
as quais estão a Rússia, onde localiza-se a capital da antiga União Soviética (Moscou). 
(6):Zaire, que disputou a Copa de 1974, era o antigo nome da República Democrática do Congo
Edições
Ano Sede
Final Semifinalistas
Campeão Placar Vice 3º lugar Placar 4º lugar
1
1930
Detalhe
s
Uruguai Uruguai 4 – 2 Argentina
Estados 
Unidos
[nota 1]
Iugoslávia
2
1934
Detalhe
s
Itália Itália
2 – 1
(pro) Tchecoslováquia Alemanha
3 – 2 Áustria
3
1938
Detalhe
s
França Itália 4 – 2 Hungria Brasil 4 – 2 Suécia
4
1950
Detalhe
s
Brasil Uruguai
[nota 2]
Brasil Suécia
[nota 2]
Espanha
5
1954
Detalhe
s Suíça
Alemanha 
Ocidental
3 – 2 Hungria Áustria 3 – 1 Uruguai
6
1958
Detalhe
s
Suécia Brasil 5 – 2 Suécia França 6 – 3
Alemanha 
Ocidental
143
7
1962
Detalhe
s
Chile Brasil 3 – 1 Tchecoslováquia Chile
1 – 0 Iugoslávia
8
1966
Detalhe
s
Inglaterra Inglaterra
4 – 2
(pro) Alemanha Ocidental Portugal
2 – 1 União 
Soviética
9
1970
Detalhe
s
México Brasil 4 – 1 Itália
Alemanha 
Ocidental
1 – 0 Uruguai
10
1974
Detalhe
s
Alemanh
a 
Ocidental
Alemanha 
Ocidental
2 – 1 Países Baixos Polônia 1 – 0 Brasil
11
1978
Detalhe
s
Argentina Argentina
3 – 1
(pro) Países Baixos Brasil
2 – 1 Itália
12
1982
Detalhe
s
Espanha Itália 3 – 1 Alemanha Ocidental Polônia
3 – 2 França
13
1986
Detalhe
s
México Argentina 3 – 2 Alemanha Ocidental França
4 – 2
(pro) Bélgica
14
1990
Detalhe
s
Itália Alemanha 
Ocidental
1 – 0 Argentina Itália 2 – 1 Inglaterra
15
1994
Detalhe
s
Estados 
Unidos Brasil
0 – 0 
(pro)
(3 – 
2 
pen)
Itália Suécia 4 – 0 Bulgária
16
1998
Detalhe
s
França França 3 – 0 Brasil Croácia 2 – 1 Países Baixos
17
2002
Detalhe
s
 Corei
a do Sul
 Japão Brasil
2 – 0 Alemanha Turquia 3 – 2 Coreia do Sul
18
2006
Detalhe
s
Alemanh
a Itália
1 – 1 
(pro)
(5 – 
3 
pen)
França Alemanha 3 – 1 Portugal
144
19
2010
Detalhe
s
Africa do 
Sul Espanha
1 – 0 Holanda Alemanha 3 – 2 Uruguai
20
2014
Detalhe
s
Brasil
21
2018
Detalhe
s
Rússia
22
2022
Detalhe
s
Qatar
Copa do Mundo FIFA de 2014
A Copa do Mundo FIFA de 2014 será a vigésima edição do evento e terá como país-
anfitrião o Brasil. É a segunda vez que este torneio é realizado no país, depois da Copa do 
Mundo FIFA de 1950. A competição será disputada entre 12 de junho e 13 de julho[2]. e 
ocorrerá pela quinta vez na América do Sul, a primeira após 36 anos já que a Argentina 
acolheu o evento em 1978. Foi a última sede de Copa do Mundo escolhida através da 
política de rodízio de continentes implementada pela FIFA, iniciado a partir da escolha da 
Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.
Preparativos
Infraestrutura : 
145
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estima que o custo de construção e 
remodelação dos estádios custará mais de R$ 1,9 bilhão. Além das construções e reformas 
de estádios, haverá ainda mais alguns milhões gastos em infra-estrutura básica para deixar o 
país pronto para sediar o evento.
Quando informado sobre a decisão de sediar o torneio, o presidente da CBF, Ricardo 
Teixeira, disse: "Nós somos uma nação civilizada, uma nação que está passando por uma 
fase excelente e temos tudo preparado para receber adequadamente a honra de organizar 
uma excelente Copa do Mundo." Teixeira estava na sede da FIFA, em Zurique, quando fez 
o anúncio.
"Nos próximos anos teremos um fluxo consistente de investimentos. A Copa de 2014 
permitirá ao Brasil ter uma infra-estrutura moderna", disse Teixeira. "Em termos sociais 
será muito benéfico. Nosso objetivo é tornar o Brasil mais visível nas arenas globais", 
acrescentou. "A Copa do Mundo vai muito além de um mero evento esportivo. Vai ser uma 
ferramenta interessante para promover uma transformação social."
Em setembro de 2008, o Ministro de Transportes do Brasil anunciou o trem de alta 
velocidade no Brasil, um projeto para a Copa do Mundo que faria a ligação entre as cidades 
de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. o projeto custaria R$ 11 bilhões. A tecnologia 
para a construção provavelmente será feita por empresas da França, Japão, Coreia do Sul ou 
Alemanha, que irão formar consórcios com empresas de engenharia brasileiras. No entanto, 
em 2 de julho de 2010, foi anunciado que a linha não é esperada para ser inaugurada antes 
do final de 2016. 
Em 31 de agosto de 2009, a agência estadual de gestão dos aeroportos da Infraero divulgou 
um plano de investimentos de R$ 5,3 bilhões[10] para atualizar os aeroportos de dez cidades 
sede, aumentando a sua capacidade e o conforto para os centenas de milhares de turistas 
esperados para a Copa. Uma parcela significativa (55,3%) do dinheiro será gasto 
reformulando os aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. O valor de investimento abrange 
obras a serem realizadas até 2014.
O anúncio feito pela Infraero veio em resposta às críticas feitas pela Associação Brasileira 
de Aviação Geral, um grupo de proprietários de aviões particulares, de que os aeroportos do 
Brasil atualmente não poderiam lidar com o afluxo causado pela Copa do Mundo. O vice-
presidente daassociação, Adalberto Febeliano, disse a jornalistas que mais de 500.000 fãs 
de futebol eram esperados, com cada uma tendo entre seis e quatorze voos durante o torneio 
para chegar aos jogos nas diversas cidades sede.
 A maioria dos aeroportos do Brasil foram construídos antes do fim da Segunda Guerra 
Mundial e vários estão em ponto de saturação em termos de passageiros, de acordo com a 
associação. Acrescentou que deve ser possível reformar as instalações "no prazo de três ou 
quatro anos", se existir vontade política. A Infraero afirmou em um comunicado: "Na 
corrida contra o tempo, a Infraero garantirá que os sessenta e sete aeroportos na sua rede 
estejam em perfeitas condições para receberem com conforto e segurança os passageiros do 
Brasil e do exterior". Em maio de 2010, o governo brasileiro alterou a legislação de 
licitação para permitir maior flexibilidade para a Infraero.[12]
146
O Grupo Executivo da Copa do Mundo de 2014 (Gecopa) publicou uma nova lista 
consolidada das obras e valores incluídos no documento com base em novas regras. São 
101 intervenções, sendo 12 estádios, 51 projetos de mobilidade urbana, 31 ações em 
aeroportos e 7 em portos. A previsão é de um investimento total de mais de R$ 26 bilhões 
para a Copa de 2014.
Incentivos fiscais
O Governo Federal informou em 17 de maio de 2010, que fará uma concessão de 
incentivos fiscais para a construção e remodelação de estádios para a Copa de 2014. Em 
nota, o Ministério da Fazenda disse que "a concessão será de isenção fiscal para os estádios 
da Copa do Mundo, que não terão de pagar Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), 
Imposto de Importação (II) ou contribuições sociais (PIS/COFINS)."
Além disso, as doze cidades que serão sede dos jogos da Copa do Mundo devem ser 
capazes de conceder a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
(ICMS) sobre todas as operações envolvendo mercadorias e outros bens para a construção 
ou remodelação dos estádios. "Condicionais sobre a concessão cumulativa dos benefícios 
envolvendo Imposto de Importação, IPI e PIS/COFINS, a isenção de ICMS sobre as 
importações só serão aplicáveis se a mercadoria não tiver um produto similar de produção 
nacional", informou em nota, acrescentando que esta decisão deve ser viabilizada através 
de uma Lei ou Medida Provisória.
Em setembro passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
(BNDES) abriu uma linha de crédito de R$ 4,8 bilhões para os estádios da Copa do Mundo. 
Cada cidade anfitriã será capaz de financiar até R$ 400 milhões , ou 75% do projeto, com 
recursos do Banco.
Estádios
Dezoito cidades candidataram-se para sediar as partidas da Copa, porém Maceió desistiu,[15] 
restando dezessete cidades, todas capitais de estados. A FIFA limita o número de cidades-
sedes entre oito e dez, entretanto, dada a dimensão continental do país sede, a organização 
cedeu aos pedidos da CBF e concedeu permissão para que se utilizem 12 sedes no mundial.
Após sucessivos adiamentos, finalmente no dia 31 de maio de 2009 foram anunciadas as 
sedes oficiais da Copa. A lista eliminou as candidaturas de Belém, Campo Grande, 
Florianópolis, Goiânia e Rio Branco.[16] Dentre as 12 cidades escolhidas, cinco delas 
deverão receber também a Copa das Confederações 2013, "evento teste" para a Copa. 
Umas das sedes, o Recife, organizará os jogos em outra cidade da Região Metropolitana, 
São Lourenço da Mata.
Originalmente, o Estádio do Morumbi em São Paulo estava no projeto, mas por 
incompatibilidade financeira do projeto, a FIFA retirou o estádio como uma das sedes. O 
comitê organizador da copa em São Paulo estudava a construção de um novo estádio em 
Pirituba, zona noroeste da cidade de São Paulo, mas esta opção foi descartada devido ao 
147
tempo insuficiente, então o comitê organizador da Copa juntamente com a Prefeitura e o 
Governo de São Paulo decidiram que o estádio sede em São Paulo será o novo estádio do 
Corinthians em Itaquera.[17] Posteriormente, Salvador anunciou estar na disputa para abrigar 
o jogo de abertura do evento,[18] além de Brasília e Belo Horizonte.[19]
Em 20 de outubro de 2011, enfim, a FIFA anunciou oficialmente que o estádio de São 
Paulo seria o palco da abertura do Mundial de 2014.[20] Também conhecido como Itaquerão,
[21] em 23 de janeiro de 2012 este estádio foi denominado pela FIFA de Arena de São Paulo.
[22]
O primeiro estádio a ficar pronto para a Copa do Mundo foi o Castelão, em Fortaleza, 
sendo reinaugurado em 16 de dezembro de 2012.[23] Em seguida foi entregue o Estádio 
Mineirão, em 21 de dezembro de 2012. Na cerimônia de reabertura do remodelado estádio 
estavam presentes diversas autoridades governamentais, entre elas a presidente Dilma 
Roussef. 
Belo Horizonte Brasília Cuiabá Curitiba Fortaleza
Estádio Mineirão
Capacidade: 62.547[25]
Estádio Nacional
Capacidade: 70.064[26]
(em reconstrução)
Arena Pantanal
Capacidade: 42.968[27]
(em reconstrução)
Arena da Baixada
Capacidade: 41.456[28]
(em reforma)
Estádio Castelão
Capacidade: 64.846[29]
 
Manaus Natal
Arena Amazônia
Capacidade: 42.374[30]
(em construção)
Estádio das Dunas
Capacidade: 42.086[31]
(em construção)
Porto Alegre Recife Rio de Janeiro Salvador São Paulo
Estádio Beira-Rio
Capacidade: 48.849[32]
(em reforma)
Arena Pernambuco
Capacidade: 44.248[33]
(em construção)
Estádio do Maracanã
Capacidade: 76.804[34]
(em reforma)
Arena Fonte Nova
Capacidade: 48.747[35]
(em reconstrução)
Arena de São Paulo
Capacidade: 65.807[36]
(em construção)
148
Marketing
O logotipo é chamado de "Inspiração" e foi criado pela agência brasileira "África". O 
projeto resulta de uma fotografia icônica de três mãos vitoriosas juntas levantando o Troféu 
da Copa do Mundo FIFA. Bem como para descrever a noção humanitária das mãos em 
interligação, a representação das mãos também é simbólica no amarelo e verde do Brasil, 
dando calorosas boas-vindas ao mundo. O logotipo foi apresentado em uma cerimônia 
realizada em Joanesburgo, África do Sul, em 8 de julho de 2010. 
A FIFA e o COL Brasil 2014 convidaram 25 agências brasileiras para apresentar projetos 
para o emblema oficial do torneio de 2014 e a tarefa de escolher o vencedor foi delegada a 
um grupo de juízes composto pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, 
Ricardo Teixeira, o secretário geral da FIFA, Jérôme Valcke, a supermodelo Gisele 
Bündchen, o arquiteto Oscar Niemeyer, o escritor Paulo Coelho, a cantora Ivete Sangalo e 
o designer Hans Donner. 
A comunidade brasileira de designers reagiu com duras críticas à identidade visual 
escolhida. Segundo Alexandre Wollner, um dos precursores do design moderno brasileiro e 
um dos maiores profissionais da área no país[40], o desenho se assemelha a uma mão 
cobrindo o rosto de vergonha e o processo de escolha, por um júri que excluía designers 
gráficos profissionais, não foi correto
Mascote
149
A seleção do mascote da Copa do Mundo FIFA de 2014 ocorreu em março de 2012 com 
uma decisão da própria FIFA. Na disputa para ser mascote da Copa, estavam as seguintes 
opções: a Arara, o Saci Pererê, a Onça Pintada e o Tatu-bola. O tatu-bola, vencedor da 
disputa, foi apresentado ao público como mascote da Copa do Mundo de 2014 em 16 de 
setembro de 2012. 
A ideia de candidatar o animal surgiu da ONG cearense Associação Caatinga. A campanha 
ganhou repercussãonas redes sociais e, em 29 de fevereiro de 2012, um dossiê foi entregue 
aos representantes do Ministério dos Esportes. O tatu-bola-da-caatinga é uma espécie 
endêmica do Brasil e, de acordo com a União Internacional para a Conservação da 
Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), encontra-se ameaçada de extinção, com estado 
de conservação vulnerável.
A questão da preservação ambiental, simbolizada nos mascotes, começou a ser uma 
preocupação das comissões organizadoras dos torneios desde a Copa do Mundo FIFA de 
2010, quando um leopardo (espécie que sofre com a caça predatória na África do Sul) 
batizado de Zakumi, foi o mascote da competição. 
A identidade visual do mascote compõe-se do tatu-bola em amarelo, com a carapaça em 
azul, trajando um calção verde e um camiseta branca na qual está grafado "Brasil 2014". 
Uma votação pública foi aberta para a decisão do nome. "Amijubi" (palavra formada pela 
fusão de amizade e júbilo), "Fuleco" (junção de futebol e ecologia) e "Zuzeco" (uma 
mistura de azul e ecologia) são os nomes postulantes. Com 48% dos 1,7 milhão de votos 
pela internet no Brasil e no mundo, "Fuleco" foi escolhido como nome oficial do mascote e 
anunciado em 25 de novembro de 2012. Zuzeco obteve 31% e Amijubi 21% dos votos.
150
AVALIAÇÃO FÍSICA
As avaliações físicas são testes (antropométricos e ergométricos) que identificara 
o estado atual de condicionamento físico tanto muscular ,como cardiorespiratorio 
analisar o percentual de gordura
 Um bom teste deve começar com uma boa anmenese ,que é um 
questionário para rastrear seus hábitos alimentares,doenças 
hereditárias,patologias, cirurgias e atividades físicas.
 Para analisar a composição corporal,(percentual de gordura) existe os 
métodos diretos ,indireto e duplamente indireto.
Método direto: Este é o mais preciso ,porém só é possível na dissecação de 
cadáveres.
Método indireto: Não há manipulação dos componentes separadamente. Este 
método visa a contagem de potássio radioativo (k40 e k42) diluição de oxido de 
deutério, excreção de creatina urinaria,etc....pelo meio químico.
Método duplamente indireto: Este é o mais acessível para a população em geral e 
é realizado através da bioimpedância e por dobras cutâneas,assim como por 
pesagem hidrostática.
151
Bioimpedância: Este método permite uma avaliação rápida do percentual de 
gordura através da passagem de corrente elétrica ,verificando o nível de água 
existente no organismo e quantificando o percentual de gordura.
Dobras cutâneas: É analisado por medidas verificadas por um compasso 
obtendo dados para aplicar em alguma formulas já estabelecidas ,consideradas 
como padrão através vários estudos ,pelo fato de sabermos que as grandes 
quantidades de gordura encontram-se em depósitos adiposos debaixo da pele.
Teste neuromuscular: Verifica a resistência de grandes grupos musculares 
durante 1 min de exercícios repetidos em máxima velocidade.
Dinamometria: Permite a mensuração da força através de um equipamento.
Avaliação postural: Verifica anomalias no esqueleto, deve ser realizado por um 
ortopedista.
Teste de flexibilidade: Verifica a capacidade do músculo de se estender ao 
Maximo através de equipamento elaborado chamado de Banco Wells
Peso e altura: Apenas para adquirir dados para conferência.
Ergoespirometria: Este teste nos dá parâmetros para analisar o vo2 
Max(capacidade máxima de absorção de oxigênio) e definir o limiar 
anaeróbio( ponto onde a capacidade de remover o acido lático é menor que a 
produção do mesmo e definir a predominância da utilização de gordura e 
carboidratos como fonte de energia). Com estes dois dados podemos definir e 
quantificar um treinamento específico para cada indivíduo.
152
Teste de eletrocardiografia: Executado por um cardiologista, permite conhecer o 
estado atual do coração e seus limites.
Índice de Massa Corporal: O índice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula que 
indica se um adulto está acima do peso, se está obeso ou abaixo do peso ideal 
considerado saudável. A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é:
IMC = peso / (altura)2
153
Músculos
Existem dois tipos de contrações musculares: contração isotônica e contração 
isométrica.
A contração isotônica refere-se a uma contração em que um músculo encurta 
enquanto exerce uma força constante que corresponde à carga que está sendo 
erguida pelo músculo. Divide-se em concêntrica e excêntrica. Na concêntrica a 
contração vence a resistência e há o encurtamento muscular e na excêntrica a 
resistência vence a contração havendo o alongamento muscular. 
Ex: A corrida é concêntrica pois o velocista vence a barreira do ar Ex: Queda de 
braço é excêntrica pois a resistência está em seu oponente.
A contração isométrica refere-se a uma contração em que o comprimento externo 
do músculo não se altera, pois a força gerada pelo músculo é insuficiente para 
mover a carga à qual está fixado. 
No corpo, a maioria das contrações é uma combinação de ambas contrações
Tipos de músculos
Todos os três tipos musculares têm as seguintes características:
154
Podem contrair-se e encurtar, tornando-se mais tensos e duros, em resposta a um 
estímulo vindo do sistema nervoso; 
Podem ser distendidos, aumentando o seu comprimento; 
Podem retornar à forma e ao tamanho originais. 
A propriedade do tecido muscular de se contrair chama-se contratilidade e a 
propriedade de poder ser distendido recebe o nome de elasticidade.
Histologicamente, podemos classificar os músculos em três categorias:
Músculo estriado esquelético
Os músculos esqueléticos possuem uma coloração mais avermelhada. São 
também chamados de músculos estriados (fibrocélulas estriadas), já que 
apresentam estriações em suas fibras. São os responsáveis pelos movimentos 
voluntários; estes músculos se inserem sobre os ossos e sobre as cartilagens e 
contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar o invólucro exterior do corpo.
É o mais nobre de todos os músculos, se analisado histologicamente tem 
característica de músculo esquelético, mas funcionalmente tem característica de 
músculo liso assim como o esquelético, apresenta fibrocélulas bastante 
compridas. É também chamado de miocárdio, é o que constitui a parede do 
coração. Apesar de ser estriado,possui movimentos involuntários. Este músculo se 
contrai e relaxa sem parar. Entretanto, elas são mononucleadas ou binucleadas, 
com núcleos localizados mais para o centro da célula. Também possuem discos 
intercalares, que são linhas de junção entre uma célula e outra, que aparecem 
mais coradas que as estrias transversais. No tecido cardíaco, têm bastante 
importância as fibras de Purkinje, células responsáveis pela distribuição do 
impulso elétrico que gera a contração muscular às diversas fibrocélulas cardíacas.
155
Músculo liso
Coloração esbranquiçada, também chamados de músculos viscerais que entram 
na constituição dos órgãos profundos, ou vísceras, para assegurar-lhes 
determinados movimentos (contrações). Estes músculos têm estrutura "lisa" e 
funcionam independentemente da nossa vontade. A maneira com que se dispõe 
de suas fibras é bem diferente da musculatura estriada. São involuntários e, em 
geral são longos e lentos. Os músculos lisos não apresentam estrias. Suas células 
têm o formato de fuso e constituem parede de órgãos internos, como o estômago, 
o intestino, etc. Como exemplo, podemos citar os movimentos do tubo digestivo - 
movimentos peristálticos - e o aumento e a diminuição da pupila. E são esse 
movimentos que auxiliamna digestão, em se tratando do sistema digestivo
Problemas Musculares
O esforço excessivo ou movimentações bruscas podem provocar lesões 
musculares. As mais comuns são: cãimbras, cansaço muscular, distensões e 
rupturas. Em geral, tais problemas acontecem durante a prática esportiva. A 
cãimbra é causada por contrações repentinas e involuntárias do músculo. Como 
as outras células, as fibras musculares produzem energia por meio de reações de 
combustão. Devido a intensa atividade para proporcionar movimento e calor ao 
corpo, as fibras musculares precisam gerar grande quantidade de energia (glicose, 
gorduras e oxigênio). Caso o oxigênio seja insufiente, o organismo produz uma 
substância denominada ácido lático. Dentro das fibras musculares, o ácido lático 
impede a renovação da energia necessária para a contração do músculo (cansaço 
muscular). A cãimbra é uma contração brusca, espasmódica da musculatura 
acompanhada de dor intensa. Importante salientar que não é apenas a contração 
prolongada dos músculos que pode provocar dor. O estiramento excessivo 
(distensão muscular) também é seguido de intensa dor. Contrações musculares 
bruscas podem afetar os tendões, resultando, em certos casos, no rompimento da 
articulação. Quando isso acontece, dizemos que ocorreu uma ruptura de tendão.
156
Contrações musculares
As Contrações musculares podem ser dividas em : Contração reflexa ( ato 
involuntário de movimento muscular mas de músculos somáticos voluntários). 
Contração tônica (contração esta mantida mesmo quando o músculo está 
"relaxado", este tipo de contração ajuda na manutenção da postura, por exemplo, 
do pescoço, no tônus dos dedos. Contração fásica isotônica dividida ainda em 
contração concêntrica ( encurtamento muscular) e contração excêntrica 
( alongamento (contração) do músculo oposto ao que se contrai). E, por último, 
contração fásica isométrica ( não encurta nem alonga, mantem o mesmo 
comprimento muscular, mas com uma tensão maior do que o tônus muscular.
A contração muscular corresponde a um encurtamento das fibras musculares 
como resposta normal a um estímulo nervoso.
De acordo com o modelo de Huxley, a contração muscular é conseqüência de 
uma série de eventos:
1) O impulso nervoso alcança a célula muscular por meio de uma sinapse 
especial, chamada sinapse neuro-muscular ou placa motora.
Há liberação de mediadores químicos nas placas motoras que excitam as células 
musculares estriadas e o mediador químico é a acetilcolina.
2) O mediador químico atinge a membrana plasmática da célula muscular, que 
recebe o nome especial de sarcolema. Uma vez a célula muscular tendo sido 
excitada, um potencial de ação é desencadedo na célula muscular.
3) Esse potencial de ação propaga-se por todo o sarcolema e também pelo 
retículo sarcoplasmático (RS), nome que recebe o retículo endoplasmático dessas 
células. Com o estímulo, as membranas do RS tornam-se permeáveis aos íons 
cálcio. Anteriormente armazenados nas cisternas do RS, os íons cálcio penetram 
nos sarcômeros e colocam-se em contato com as moléculas de actina e de 
miosina.
157
4) Na presença de cálcio, as moléculas de miosina adquirem atividade catalítica 
(atividade ATPásica) e começam a degradar moléculas de ATP, convertendo-as 
em ADP.
5) Com a energia liberada pela hidrólise do ATP, as moléculas de miosina 
deslizam-se sobre as de actina, encurtando os sarcômeros. Com o encurtamento 
dos sarcômeros, as miofibrilas como um todo encurtam, diminundo o comprimento 
da célula inteira.
Tipos de Contração Muscular :
Concêntrico (Impulsor ou Positivo) - permite, através de um encurtamento 
muscular, mover o peso do próprio corpo ou pesos exteriores, ou superar resistências. 
Está presente na maioria dos desenvolvimentos motores esportivos. FM > Resistência. 
Excêntrico (Frenador ou Negativo) - é caracterizado por um aumento longitudinal 
do músculo, que produz um efeito ativo contrário. Intervém no amortecimento de 
saltos e na preparação de movimentos. 
Isométrico (Estático) - é caracterizado por uma contração muscular, que exclui o 
encurtamento. Serve para a fixação de posições determinadas do corpo ou das 
extremidades. 
Combinado (Autotônico ou Auxotônico) - caracteriza-se por elementos do tipo 
impulsor, frenador ou estático. É utilizado para desenvolver a força sem aumentar o 
corte transversal. 
Isocinético (Acomodativo) - Resistência diretamente proporcional ao 
desenvolvimento da força por espaço de tempo. Resistência adaptada a força muscular 
utilizada. 
Pliométrico (Reativo) - Passagem do trabalho muscular excêntrico para o 
concêntrico. Estimula o reflexo miotático.
158
Modalidades da Força :
A força nunca aparece, nos diversos esportes, sob uma forma pura, mas 
constantemente como uma combinação, ou mais ou menos como uma 
mistura de fatores físicos de condicionamento da “performance” 
(Weineck, 1989:97). 
Força Máxima 
Caracteriza-se pelo nível de força que o aluno/atleta é capaz de alcançar 
em conseqüência da tensão muscular máxima. 
Dinâmica - Capacidade de desenvolver tensão máxima no 
desenvolvimento de um movimento articular 
Estática - Maior força que o sistema neuromuscular pode realizar por 
contração voluntária. 
FM Estática > FM 
Dinâmica
Obs.: Uma FM só ocorre quando houver equilíbrio entre a carga e a 
força de contração do músculo. 
A FM depende dos seguintes fatores: 
- Seção fisiológica transversal do músculo; 
- Coordenação Intermuscular;
- Coordenação Intramuscular.
Vantagens: 
- Aumento da força sem aumento essencial da seção transversal e do 
peso corporal. 
Sistema Energético: 
Os fosfatos ricos em energia (ATP-CP), desempenham um papel decisivo 
no desenvolvimento da força máxima. Uma carga máxima levada ao 
esgotamento, atinge uma superacidez intracelular (elevação do lactato) 
e reduz a “performance” a níveis submáximos (Weineck,1989:97).
Força de Explosão 
É a capacidade que o sistema neuromuscular tem de superar 
resistências com a maior velocidade de contração possível (Harre, 
1976).
159
Segundo Bühhrle-Schmidtbleicher (1981), a elevação da FE depende 
dos seguintes fatores:
- Número de unidades motoras simultaneamente envolvidas no início do 
movimento (coordenação intramuscular); 
- A velocidade de contração das fibras musculares ativadas; 
- A força de contração das fibras musculares empenhadas, ou seja, a 
seção transversal do músculo
Subdivisão: 
Força de largada - é a capacidade de empregar um número máximo 
de unidades motoras no início da contração e de executar uma força 
inicial elevada. (Weineck,1989:100).
Força explosiva - ocorre um aumento da força por unidade de tempo. 
Depende: velocidade de contração das unidades motoras e da força de 
contração das fibras comprometidas.
Força explosiva de resistência - movimentos repetidos com 
sobrecarga que permitem manter, ao mesmo tempo, uma velocidade 
alta com um número de repetições elevadas.
Obs.: Se as resistências a serem vencidas forem pequenas, é a força de 
largada que predomina, se a carga aumentar ou o tempo de duração for 
prolongado, é a força explosiva, se só o tempo for prolongado, força de 
resistência. Para cargas muito elevadas, força máxima 
(Letzelter,1978).
Força de Resistência 
É a capacidade de resistir a fadiga do organismo, em caso de 
performance de força de longa duração (Harre,1976).
Depende:
- intensidade do estímulo (% da força máxima);
- volume do estímulo (número de repetições).
160
Divisão: segundo (Frey,1977) 
Força de Resistência Geral - Capacidade de resistência à fadiga da 
periferia corporal comemprego de 1/7 à 1/6 da musculatura esquelética 
total.
Força de Resistência Local - Capacidade de resistência à fadiga do 
corpo com o emprego de menos de 1/7 à 1/6 do total da musculatura 
esquelética
Divisão: segundo (Zaziorski, citado por Manso,1996: 250).
Força de Resistência Global - Capacidade de resistência à fadiga da 
periferia corporal com emprego de mais de 2/3 da musculatura 
esquelética total. 
Força de Resistência Regional - Capacidade de resistência à fadiga 
da periferia corporal com emprego entre1/3 a 2/3 da musculatura 
esquelética total.
Força de Resistência Local - Capacidade de resistência à fadiga do 
corpo com o emprego de menos de 1/3 do total da musculatura 
esquelética.
Formas Particulares: 
Força Absoluta - é a força produzida independentemente do peso 
corporal.
Força Relativa - é a força produzida relacionada com o peso corporal. 
Força Limite - força voluntária máxima + a reserva de força 
mobilizável pelos componentes psíquicos (ou drogas). 
161
DEFICIÊNCIA FÍSICA
1. DEFINIÇÃO
A deficiência física refere-se ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o 
sistema ósteo-articular, o sistema muscular e o sistema nervoso. As doenças ou lesões que afetam 
quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir quadros de limitações 
físicas de grau e gravidade variáveis, segundo o(s) segmento(s) corporais afetados e o tipo de 
lesão ocorrida.
2. TIPOS
• Lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias)
• Lesão medular (tetraplegias, paraplegias)
• Miopatias (distrofias musculares)
• Patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla, esclerose lateral 
amiotrófica)
• Lesões nervosas periféricas
• Amputações
• Seqüelas de politraumatismos
• Malformações congênitas
• Distúrbios posturais da coluna
• Seqüelas de patologias da coluna
• Distúrbios dolorosos da coluna vertebral e das articulações dos membros
• Artropatias
• Reumatismos inflamatórios da coluna e das articulações
162
• Lesões por esforços repetitivos (L.E.R.)
• Seqüelas de queimaduras
3. DADOS ESTATÍSTICOS
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, em tempos de paz, 10% da população de 
países desenvolvidos são constituídos de pessoas com algum tipo de deficiência. Para os países 
em vias de desenvolvimento estima-se de 12 a 15%. Destes, 20% seriam portadores de deficiência 
física. Considerando-se o total dos portadores de qualquer deficiência, apenas 2% deles recebem 
atendimento especializado, público ou privado. (Ministério da Saúde - Coordenação de Atenção a 
Grupos Especiais, 1995).
4. CAUSAS
• Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição; materna; rubéola; 
toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.
• Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
• Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de 
trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; 
processos degenerativos e outros.
• Amputações: causas vasculares; traumas; malformações congênitas; causas metabólicas 
e outras.
• Mal formações congênitas: por exposição à radiação; uso de drogas; causas 
desconhecidas.
• Artropatias: por processos inflamatórios; processos degenerativos; alterações 
biomecânicas; hemofilia; distúrbios metabólicos e outros.
5. FATORES DE RISCO
 Violência urbana  Uso de drogas
 Acidentes desportivos Sedentarismo
 Acidentes do trabalho  Epidemias/endemias
 Tabagismo  Agentes tóxicos
 Maus hábitos alimentares  Falta de saneamento básico
6. PARA FAZER A IDENTIFICAÇÃO
• Observação quanto ao atraso no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê (não firmar a 
cabeça, não sentar, não falar, no tempo esperado).
163
• Atenção para perda ou alterações dos movimentos, da força muscular ou da sensibilidade 
para membros superiores ou membros inferiores.
• Identificação de erros inatos do metabolismo.
• Identificação de doenças infecto-contagiosas e crônico-degenerativas.
• Controle de gestação de alto-risco.
• A Identificação precoce pela família seguida de exame clínico especializado favorecem a 
prevenção primária e secundária e o agravamento do quadro de incapacidade.
7. EXAMES PARA TER UM DIAGNÓSTICO CORRETO
 Barositometria (Lesados Medulares)  Ergoespirometria
 Avaliações Complementares por 
Especialidades Afins
 Baropodometria
 Avaliação Isocinética  Avaliação Clínica Fisiátrica
 Eletroneuromiografia  Teste de Propriocepção - Reactor
 Potencial Evocado  
Avaliações Complementares por Equipe 
Multiprofissional
 Urodinâmica
 Laboratório de Análise Tridimensional do 
Movimento
DEFICIÊNCIA MENTAL
Deficiência mental Deficiência mental é o nome dado à caracterização dos 
problemas que ocorrem no cérebro, e leva a um baixo rendimento cognitivo, mas 
que não afetam outras regiões ou funções cerebrais.
A Deficiência mental pode ter várias etiologias, entre as principais estão os: 
fatores genéticos, perinatais, (ocorridos durante a gestação e o parto) e pós 
natais.
Os portadores de necessidades especiais (já denominados Excepcionais ou 
(Deficientes) necessitam de atendimento multiprofissional (incluindo: médico, 
164
fisioteraputa/ terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo entre 
outros) a fim de minimizar os problemas decorrentes da deficiência. Quanto mais 
cedo houver um diagnóstico e mais precoce for a intervenção melhores serão os 
resultados. As técnicas exercidas por diversos profissionais de reabilitação e 
puericultura para identificar precocemente lesões e intervir são denominadas 
Avaliação do Desenvolvimento e Estimulação Precoce.
A criança com deficiência mental tem as funções intelectuais situadas abaixo dos 
padrões considerados normais para sua idade,e em conseqüência, pode 
apresentar dificuldades no desenvolvimento e comportamento adaptativo.
A deficiência mental resulta, quase sempre, de uma alteração na estrutura 
cerebral, provocada por fatores genéticos, na vida intra-uterina, ao nascimento ou 
na vida pós-natal. O grande desafio para os estudiosos dessa característica 
humana é que em quase metade dos casos estudos essa alteração não é 
conhecida ou identificada e quando analisamos o espectro de patologias que tem 
a deficiência mental como expressão de seu dano nos deparamos com um 
conjunto de mais de 200 doenças
Problemas da definição de deficiência mental
As clássicas definições da deficiência mental, a exemplo da Associação 
Americana Deficiência Mental têm como referência a limitação da atividade 
intelectual (leia-se praticamente habilidades lógico matemáticas) e a capacidade 
de adaptação (leia-se socialização) contudo ambos conceitos, aqui referidos, 
podem ser ampliados em função das suas distintas aplicações.
Para Piaget a inteligência é um prolongamento da adaptação orgânica, o 
progresso da razão consiste numa conscientização da atividade organizadora da 
própria vida. Essa definição, uma das muitas possibilidades de definir lógica e 
inteligência em seus estudos, revelam sua opção de pesquisa a partir de um 
conceito básico da biologia moderna, a adaptação, sem o qual não poderíamos 
compreender as relações entre forma e função e/ou a teoria da evolução.
165
Autismo: Histórico
Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, 
trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of 
affective contact, na revista"Nervous Child", vol. 2, p. 217-250. No mesmo ano, o 
também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a 
psicopatia autista da infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à II 
Guerra Mundial, não se conheciam.
A palavra "autismo" foi cunhada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um 
sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". 
Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que 
observavam em seus pacientes.
O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a 
médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que 
um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de 
Asperger.
Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do 
autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira'". Nos anos 
1970 essa teoria foi posta por terra e passou-se a pesquisar as causas do 
autismo. Hoje, acredita-se que o autismo esteja ligado a causas genéticas 
associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas ambientais, a 
contaminação por mercúrio tem sido apontada por militantes da causa do autismo 
como forte candidata, assim como problemas na gestação.
Características do autismo
*Dificuldade na interação social: 
166
*Dificuldade acentuada no uso de comportamentos não-verbais (contato visual, 
expressão facial, gestos); 
*Dificuldade em fazer amigos; 
*Apresenta dificuldade em compartilhar suas emoções; 
*Dificuldade em demonstrar reciprocidade social ou emocional. 
*Prejuízos na comunicação: 
*Atraso ou falta de linguagem verbal; 
*Para aqueles onde a fala é presente, verifica-se uma grande dificuldade em 
iniciar ou manter uma conversa; 
*Uso estereotipado e repetitivo da linguagem; 
*Falta ou dificuldade em brincadeiras de "faz de conta". 
Há alguns anos, as alterações de linguagem apresentadas por autistas foram 
consideradas apenas uma característica do transtorno, porém, atualmente as 
questões de linguagem são consideradas como um dos principais problemas do 
Autismo.
*Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades: 
*Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados; 
*assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter "manias" ou focalizar-se em um 
único assunto de interesse); 
*maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, por exemplo); 
*preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo (fixação na roda 
de um carrinho, por exemplo). 
167
Síndrome de Down ou trissomia do cromossomo 21: é um distúrbio 
genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou 
parcialmente. Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico 
britânico que descreveu a doença em 1866. A síndrome é caracterizada por uma 
combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a 
síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva 
e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é 
geralmente identificada no nascimento.
Portadores de síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da 
média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado. Um pequeno 
número de afetados possui retardo mental profundo. A incidência da síndrome de 
Down é estimada em 1 a cada 800 ou 1000 nascimentos.
Muitas das características comuns da síndrome de Down também estão presentes 
em pessoas com um padrão cromossômico normal. Elas incluem a prega palmar 
transversa (uma única prega, ao invés de duas), olhos com formas diferenciadas 
devido às pregas nas pálpebras, membros pequenos, tônus muscular pobre e 
língua protrusa. Os afetados pela síndrome de Down possuem maior risco de 
sofrer defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico, otites 
recorrentes, apnéia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide.
Características
Indivíduos com síndrome de Down podem ter algumas ou todas as seguintes 
características físicas: fissuras palpebrais oblíquas, hipotonia muscular, a flat 
nasal bridge, uma prega palmar transversal única (também conhecida como prega 
168
simiesca), uma língua protrusa (devido à pequena cavidade oral), pescoço curto, 
pontos brancos nas íris conhecidos como manchas de Brushfield,[1] flexibilidade 
excessiva nas articulações, defeitos cardíacos congênitos, espaço excessivo entre 
o hálux e o segundo dedo do pé. As crianças com síndrome de Down encontram-
se em desvantagem em níveis variáveis face a crianças sem a síndrome, já que a 
maioria dos indivíduos com síndrome de Down possuem retardo mental de leve 
(QI 50-70) a moderado (QI 35-50),[2] com os escores do QI de crianças possuindo 
síndrome de Down do tipo mosaico tipicamente 10-30 pontos maiores. [3] Além 
disso, indivíduos com síndrome de Down podem ter sérias anomalias afetando 
qualquer sistema corporal.
Outra característica frequente é a microcefalia, um reduzido peso e tamanho do 
cérebro. O progresso na aprendizagem é também tipicamente afectado por 
doenças e deficiências motoras, como doenças infecciosas recorrentes, 
problemas no coração, problemas na visão (miopia, astigmatismo ou estrabismo) 
e na audição
Causas e genética
A síndrome de Down poderá ter quatro origens possíveis. Das doenças congénitas 
que afectam a capacidade intelectual, a síndrome de Down é a mais prevalecente 
e melhor estudada. Esta síndrome engloba várias alterações genéticas das quais 
a trissomia do cromossoma 21 é a mais freqüente (95% dos casos). A trissomia 21 
é a presença duma terceira cópia do cromossoma 21 nas células dos indivíduos 
afectados. Outras desordens desta síndrome incluem a duplicação do mesmo 
conjunto de genes (p.e., translações do cromossoma 21). Dependendo da efectiva 
etiologia, a dificuldade na aprendizagem pode variar de mediana para grave.
169
Os efeitos da cópia extra variam muito de indivíduo para indivíduo, dependendo da 
extensão da cópia extra, do background genético, de factores ambientais, e de 
probabilidades. A síndrome de Down pode ocorrer em todas as populações 
humanas, e efeitos análogos foram encontrados em outras espécies como 
chimpanzés e ratos.
Trissomia 21
A trissomia 21 poderá ser causada por um fenómeno de não-disjunção meiótico. 
Neste caso, a criança terá três cópias de todos os genes presentes no 
cromossoma 21. Esta é a causa apontada em 95% dos casos observados de 
síndrome de Down.
Translocação Robertsoniana
O material extra poderá ser proveniente de uma translocação Robertsoniana, isto 
é, o braço longo do Cromossoma 21 liga-se topo a topo com outro cromossoma 
acrocêntrico (cromossomas 13, 14, 15, 21 ou 22), podendo haver assim 
variabilidade na região extra. A mutação pode ser uma mutação de novo e pode 
ser herdada de um dos progenitores que não apresenta a doença pois tem uma 
translação Robertsoniana equilibrada. Por disjunção normal na meiose os 
gâmetas são produzidos uma cópia extra do braço longo do Cromossoma 21. Esta 
é a causa de 2 - 3% das síndromes de Down observadas. É também conhecida 
como "síndrome de Down familiar".
Mosaicismo
O indivíduo pode ser um mosaico de células com arranjo genético normal e 
células com trissomia 21. Isto pode acontecer de duas maneiras: Uma não-
disjunção numa divisão celular durante asprimeiras divisões do zigoto, ficando 
assim essa célula com uma trissomia 21, dando origem a mais células iguais a si 
nas divisões seguintes e as restantes células permanecendo normais; ou então 
poderá acontecer o contrário, um zigoto ou embrião com síndrome de Down sofrer 
170
uma igual mutação, revertendo assim as células para um estado de euploidia, isto 
é, correcto número de cromossomas, que não possuem trissomia 21. Existe, 
obviamente, uma variabilidade na fracção nº de células doentes/nº de células sãs, 
tanto no total como dentro de um próprio tecido. Esta é a causa apontada em 1 - 
2% dos casos analisados de síndrome de Down. Note-se que é provável que 
muitas pessoas tenham uma pequena fracção de células aneuplóides, isto é, com 
número de cromossomas alterado.
Duplicação de uma porção do cromossomo 21
Muito raramente, uma região do cromossoma 21 poderá sofrer uma fenómeno de 
duplicação. Isto levaria a uma quantidade extra de genes deste cromossoma, mas 
não de todos, podendo assim haver manifestações da doença.
Incidência
Estima-se que a incidência da Síndrome de Down seja de um em cada 660 
nascimentos, o que torna esta deficiência uma das mais comuns de nível genético. 
A idade da mãe influencia bastante o risco de concepção de bebé com esta 
síndrome: em idades compreendidas entre os 20-24 anos é de apenas 1/1490, 
enquanto que aos 40 anos é de 1/106 e aos 49 de 1/11 (Fonte: Hook EB. Rates of 
chromosomal abnormalities at different maternal ages.). As grávidas com risco 
elevado de ter um filho afectado por esta síndrome devem ser encaminhadas para 
consultas de aconselhamento genético, no âmbito das quais poderão realizar 
testes genéticos (como a amniocentese).
171
O termo foi referido pela primeira vez pelo editor do The Lancet, em 1961 [1]. Era, 
até à data, denominado como mongolismo pela semelhança observada por Down 
na expressão facial de alguns pacientes seus e os indivíduos oriundos da 
Mongólia. Porém, a designação mongol ou mongolóide dada aos portadores da 
síndrome ganhou um sentido pejorativo e até ofensivo, pelo que se tornou banida 
no seio científico.
Saúde
As cardiopatias congénitas afectam 40% (30-60%) destas crianças (defeitos do 
septo e tetralogia de Fallot). São as principais causas de morte das crianças com 
este síndroma. No entanto, se forem corrigidas, a esperança de vida destas 
crianças é bastante elevada. 
A afecção do foro gastroenterológico mais frequente é a atrésia duodenal, mas 
também aparecem a estenose pilórica, a doença de Hirschsprung e as fístulas 
traqueo-esofágicas. A incidência total de malformações gastroenterológicas é de 
12%. 
3% destas crianças têm cataratas congénitas importantes que devem ser 
extraídas precocemente. Também são mais frequentes os glaucomas. 
A hipotonia é muito frequente no recém-nascido, o que pode interferir com a 
alimentação ao peito. Normalmente a alimentação demora mais tempo e 
apresenta mais problemas devidos à protrusão da língua. A obstipação é mais 
frequente devido à hipotonia da musculatura intestinal. 
O hipotireoidismo congénito é mais frequente nas crianças com trissomia 21. 
A laxidão das articulações e a hipotonia combinadas podem aumentar a incidência 
de luxação congénita da anca embora esta alteração seja rara. 
172
As convulsões são mais frequentes, com incidência de 10%. 
A imunidade celular está diminuída, pelo que são mais frequentes determinadas 
infecções, como as respiratórias. Habitualmente têm hipertrofia dos adenóides e 
das amígdalas. Há uma maior incidência de leucémias. 
São muito frequentes as alterações auditivas nestas crianças devido a otites 
serosas crónicas e os defeitos da condução neurosensorial. 
Há uma grande controvérsia sobre a instabilidade atlantoaxial. Radiologicamente, 
15% ou mais dos casos apresentam evidência deste facto, mas há muito poucas 
crianças com problemas neurológicos associados. 
Há um atraso no crescimento com tendência para a obesidade. 
Os dentes tendem a ser pequenos e espaçados irregularmente. 
Tratamento
Vários aspectos podem contribuir para um aumento do desenvolvimento da 
criança com síndrome de Down: intervenção precoce na aprendizagem, 
monitorização de problemas comuns como a tiróide, tratamento medicinal sempre 
que relevante, um ambiente familiar estável e condutor, práticas vocacionais, são 
alguns exemplos. Por um lado, a síndrome de Down salienta as limitações 
genéticas e no pouco que se pode fazer para as sobrepor; por outro, também 
salienta que a educação pode produzir excelentes resultados independentemente 
do início. Assim, o empenho individual dos pais, professores e terapeutas com 
estas crianças pode produzir resultados positivos inesperados.
As crianças com Síndrome de Down frequentemente apresentam redução do 
tônus dos órgãos fonoarticulatórios e, consequentemente, falta de controle motor 
para articulação dos sons da fala, além de um atraso no desenvolvimento da 
linguagem. O fonoaudiólogo será o terapeuta responsável por adequar os órgãos 
173
responsáveis pela articulação dos sons da fala além de contribuir no 
desenvolvimento da linguagem.
Os cuidados com a criança com S.D. não variam muito dos que se dão às 
crianças. Os pais devem estar atentos a tudo o que a criança comece a fazer 
sozinha, espontaneamente e devem estimular os seus esforços. Devem ajudar a 
criança a crescer, evitando que ela se torne dependente; quanto mais a criança 
aprender a cuidar de si mesma, melhores condições terá para enfrentar o futuro. A 
criança com S.D. precisa participar da vida da família como as outras crianças. 
Deve ser tratada como as outras, com carinho, respeito e naturalidade. A pessoa 
com S.D. quando adolescente e adulta tem uma vida semi-independente. Embora 
possa não atingir níveis avançados de escolaridade pode trabalhar em diversas 
outras funções, de acordo com seu nível intelectual. Ela pode praticar desporto, 
viajar, frequentar festas, etc.
Deficiencia Auditiva
Cegueira é a condição de falta de percepção visual, devido a fatores fisiológicos ou 
neurológicos. Várias escalas têm sido desenvolvidas para descrever a extensão da perda de 
visão e definir a cegueira. Cegueira total é a completa falta de percepção visual de forma e 
luz e é clinicamente registrado como NLP, uma abreviação para "no light perception" (sem 
percepção de luz). Cegueira é frequentemente usada para descrever a deficiência visual 
grave, com visão residual. Aqueles descritos como tendo apenas percepção de luz têm 
apenas a capacidade de diferenciar o claro do escuro e a direção de uma fonte de luz.
A fim de determinar quais as pessoas podem necessitar de assistência especial por causa de 
sua deficiência visual, várias jurisdições governamentais formularam definições mais 
complexas, conhecida como "cegueira legal". No Brasil, "cegueira legal" é quando uma 
pessoa tem visão menor que 0,1 ou 20/200 no olho com melhor acuidade. Isto significa que 
um indivíduo legalmente cego teria que ficar a 20 pés (6,1 m) de um objeto para vê-lo —
com lentes oftálmicas— com o mesmo grau de clareza de que uma pessoa com visão 
normal poderia ver a 200 pés (61 m). Em muitos lugares, as pessoas com acuidade média, 
que, no entanto têm um campo visual inferior a 20 graus (o normal é 180 graus) também 
são classificadas como sendo legalmente cegas. Cerca de dez por cento daqueles 
considerados legalmente cegos, por qualquer medida, não têm visão. O resto tem alguma 
visão, e percepção de luz, uma acuidade relativamente boa. Visão subnormal é por vezes 
utilizadopara descrever acuidade visual de 20/70 a 20/200. 
174
Segundo a 10 ª Revisão da OMS de Classificação Estatística Internacional de Doenças, 
Lesões e Causas de Morte, a visão subnormal é definida como acuidade visual inferior a 
20/60 (6/18), mas igual ou melhor que 20/200 (6/60), ou correspondente a perda de campo 
visual menor que 20 graus, no melhor olho com a melhor correção possível. A cegueira é 
definida como acuidade visual menor que 20/400 (6/120), ou correspondente a perda de 
campo visual menor que 10 graus, no melhor olho com a melhor correção possível. 
Cegos com olhos sem danos podem ainda registrar a luz não-visual com a finalidade de 
manter o ritmo circadiano durante o ciclo de 24 horas. Sinais de luz para este propósito 
viajam através do trato da retina e não são afetados pela lesão do nervo óptico, onde 
existem tratos.
Sinais e sintomas
A cegueira é definida pela Organização Mundial de Saúde como visão menor que 20/500 
no melhor olho de um pessoa ou campo visual inferior a 10 graus.
 Esta definição foi criada em 1972 e há uma discussão em curso sobre se ela deve ser 
alterada.
Deficiência visual é uma categoria que abrange pessoas cegas e com visão reduzida. Na 
definição pedagógica, a pessoa é cega, mesmo possuindo visão subnormal, quando 
necessita da instrução em braile; a pessoa com visão subnormal pode ler tipos impressos 
ampliados ou com auxílio de potentes recursos ópticos. 
A definição clínica define como cego o indivíduo que apresenta acuidade visual menor que 
0,1 (com a melhor correção no melhor olho) ou campo visual abaixo de 20 graus; como 
visão reduzida quem possui acuidade visual de 6/60 e 18/60 (escala métrica) e/ou um 
campo visual entre 20 e 50 graus, e sua visão não pode ser corrigida por tratamento clínico 
nem com óculos convencionais
Comorbidades
Cegueira pode ocorrer diante de algumas condições tais como retardo mental, 
espectro autista, paralisia cerebral, surdez e epilepsia. Em um estudo com 228 
crianças com deficiência visual na região metropolitana de Atlanta entre 1991 e 
1993, 154 (68%) tinha uma deficiência adicional além da deficiência visual. 
Cegueira em combinação com a perda auditiva é conhecida como surdocegueira
Causas
Deficiência visual grave possui uma variedade de causas:
Doenças
175
De acordo com estimativas da OMS, as causas mais comuns de cegueira em todo o mundo 
em 2002 foram: 
1. cataratas (47,9%),
2. glaucoma (12,3%),
3. degeneração macular relacionada à idade (8,7%),
4. opacidade da córnea (5,1%),
5. retinopatia diabética (4,8%),
6. cegueira infantil (3,9%),
7. tracoma (3,6%),
8. oncocercose (0,8%).
Em termos de prevalência mundial de cegueira, a um número muito maior de pessoas e 
maior probabilidade de serem afetadas em países em desenvolvimento, significa que as 
causas de cegueira nessas áreas são numericamente mais importantes. A catarata é 
responsável por mais de 22 milhões de casos de cegueira e glaucoma seis milhões, 
enquanto que a lepra e oncocercose cegam aproximadamente um milhão de indivíduos em 
todo o mundo. O número de indivíduos cegos por tracoma caiu drasticamente nos últimos 
10 anos de seis para 1,3 milhões, colocando-o em sétimo lugar na lista de causas de 
cegueira no mundo. É estimado que a xeroftalmia afete cinco milhões de crianças a cada 
ano; 500 mil desenvolvem o envolvimento da córnea ativa, e metade destes tornam-se 
cegos. Ulceração da córnea central é também uma importante causa da cegueira monocular 
no mundo, o que representa uma estimativa de 850 mil casos de cegueira corneal todos os 
anos apenas na Índia. Como resultado, as cicatrizes corneanas por todas as causas agora são 
a quarta maior causa global da cegueira.[12]
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença degenerativa da retina 
que provoca uma perda progressiva da visão central e leva a cegueira. Atualmente é 
apontada como a causa mais comum de perda de visão nas pessoas acima de 55 anos. 
Segundo dados da Foundation Fighting Blindness, 10 milhões de pessoas nos EUA tem 
DMRI ou possuem risco considerável de desenvolver a doença. Estima-se que no ano de 
2020, até 8 milhões de pessoas com 65 anos ou mais poderão apresentar DMRI.[13] A taxa 
de acometimento pela DMRI aumenta com a idade.
Pessoas nos países em desenvolvimento são significativamente mais propensas a adquirir a 
deficiência visual como consequência de doenças tratáveis ou evitáveis do que suas 
contrapartes em países desenvolvidos. Enquanto a deficiência visual é mais comum em 
pessoas com mais de 60 anos de idade em todas as regiões, as crianças em comunidades 
mais pobres são mais propensas a serem afetadas do que seus pares mais ricos.
A ligação entre pobreza e deficiência visual tratável é mais evidente quando se realizam 
comparações regionais sobre a causa. A maioria dos adultos com deficiência visual na 
América do Norte e na Europa Ocidental tem como causa degeneração macular relacionada 
à idade e retinopatia diabética. Enquanto ambas as condições estão sujeitos a tratamento, 
nenhuma delas pode ser curada.
176
Nos países em desenvolvimento, onde as pessoas têm menor expectativa de vida, catarata e 
parasitas transmitidos pela água —ambas podem ser tratadas eficazmente— são na maioria 
das vezes os culpados. Em países desenvolvidos, onde doenças parasitárias são menos 
comuns e cirurgia de catarata é mais disponível, a degeneração macular relacionada à 
idade, glaucoma e retinopatia diabética são geralmente as principais causas da cegueira.[14]
Cegueira infantil pode ser causada por condições relacionadas à gravidez, tais como a 
síndrome da rubéola congênita e retinopatia da prematuridade.
Anormalidades e lesões
Lesões nos olhos, na maioria das vezes ocorrem em pessoas com menos de 30, são a 
principal causa de cegueira monocular (perda de visão em um olho) em todo o Estados 
Unidos. Lesões e cataratas afetam o olho em si, enquanto anormalidades tais como 
hipoplasia do nervo óptico afetam o feixe nervoso que envia sinais do olho para trás do 
cérebro, que pode levar à diminuição da acuidade visual.
Pessoas com lesões no lóbulo occipital do cérebro podem, apesar de terem os olhos e 
nervos ópticos danificados, ainda serem legalmente ou totalmente cegos.
Anomalias genéticas
Pessoas com albinismo têm frequentemente perda de visão e muitos são legalmente cegos, 
embora poucos deles realmente não possam ver. Neuropatia óptica hereditária de Leber 
pode causar cegueira total ou perda de visão grave desde o nascimento ou na infância.
Os recentes avanços no mapeamento do genoma humano identificaram outras causas 
genéticas de baixa visão ou cegueira. Um exemplo é a síndrome de Bardet-Biedl.
Intoxicação
Raramente, a cegueira é causada pela ingestão de determinados produtos químicos. Um 
exemplo bem conhecido é o metanol, que é apenas levemente tóxico e minimamente 
intoxicante, mas não quando o etanol compete com o metabolismo, metanol decompõe-se 
em formaldeído e ácido fórmico substâncias que por sua vez pode causar cegueira, uma 
série de outras complicações de saúde e até a morte.[15] O metanol é comumente encontrado 
em bebidas alcoólicas, o álcool etílico desnaturado, para evitar pagar impostos sobre a 
venda de etanol destinados ao consumo humano. Álcool etílico é por vezes usado por 
alcoólatras como um substituto desesperado e barato para bebidas alcoólicas.
Ações intencionais
Cegueira tem sido usada como um ato de vingança e tortura em alguns casos, para privar 
uma pessoa de um sentido importante pelo qual ela pode guiar-se ou interagir com o 
mundo, agir com totalindependência e estar ciente dos acontecimentos que os rodeiam. Um 
exemplo da esfera clássica é Édipo, que fura seus próprios olhos após perceber que cumpriu 
177
a terrível profecia sobre ele. Assassino de búlgaros, o imperador bizantino Basílio II cegou 
15 mil prisioneiros, antes de libertá-los. 
Em 2003, um tribunal antiterrorista paquistanês condenou um homem a ser cegado depois 
de ter realizado um ataque com ácido contra a sua noiva, que resultou em sua cegueira. A 
mesma sentença foi dada em 2009 para o homem que cegou Ameneh Bahrami. 
Recursos
Um estudo de 2008 publicado no New England Journal of Medicinetestou o efeito do uso 
de terapia genética para ajudar a restaurar a visão de pacientes com uma forma rara de 
cegueira hereditária, conhecida como Neuropatia óptica de Leber ou NOL. A Neuropatia 
óptica de Leber danifica os receptores de luz na retina e normalmente começa a afetar a 
visão na infância, com piora da visão até a cegueira completa em torno da idade de 30 anos.
O estudo utilizou um vírus comum do resfriado para levar uma versão normal do gene 
chamado RPE65 diretamente nos olhos dos pacientes acometidos. Notavelmente todos os 3 
pacientes com idades de 19, 22 e 25 responderam bem ao tratamento e relataram melhora 
da visão após o procedimento. Devido à idade dos pacientes e a natureza degenerativa do 
NOL a melhoria da visão dos pacientes em terapia genética é encorajadora para os 
investigadores. Espera-se que a terapia genética possa ser ainda mais eficaz em pacientes 
mais jovens que sofreram perda de visão limitada, bem como em outros indivíduos cegos 
ou parcialmente cegos.
Dois tratamentos experimentais para os problemas de retina incluem um substituto 
cibernética e transplante de células da retina fetal. 
Mobilidade
Muitas pessoas com sérias deficiências visuais podem se locomover de forma 
independente, usando uma ampla gama de ferramentas e técnicas. Especialistas em 
orientação e mobilidade são os profissionais que são treinados especificamente para ensinar 
as pessoas com deficiência visual como se locomover com segurança, confiança, e de 
forma independente em casa e na comunidade. Estes profissionais também podem ajudar as 
pessoas cegas na prática de locomoção em rotas específicas, que possam ser utilizadas, 
muitas vezes, como a rota da casa para uma loja.
Ferramentas como a bengala branca com uma ponta vermelha — o símbolo internacional 
da cegueira — também podem ser usadas para melhorar a mobilidade. A bengala cano-
longo é usada para aumentar o alcance da sensação de toque do usuário. Geralmente é 
usada com ela para baixo em um movimento de balanço, através do caminho planejado, 
para detectar obstáculos. No entanto, as técnicas para manuseio da bengala podem variar 
dependendo do utilizador e/ou da situação. Algumas pessoas com deficiência visual não 
possuem esses tipos de bengalas, optando pela menor e mais leve bengala de identificação 
(ID). Outros ainda necessitam de uma bengala de apoio. A escolha depende da visão do 
indivíduo, motivação e outros fatores.
178
Um pequeno número de pessoas utilizam cães-guia para ajudar em sua mobilidade. Estes 
cães são treinados para desviar de vários obstáculos, e indicar quando se torna necessário 
subir ou descer um degrau. No entanto, a utilidade dos cães-guia é limitado pela 
incapacidade de cães de entender os complexos caminhos. A metade humana da equipe 
traça o caminho, com base em habilidades adquiridas através da formação de mobilidade 
anterior. Neste sentido, o manipulador pode ser comparado ao navegador de uma aeronave, 
que deve saber como ir de um lugar para outro, e que o cão o piloto, que deve levá-los ao 
destino com segurança.
Algumas pessoas cegas usam GPS para deficientes visuais como ajuda em sua mobilidade. 
Esses softwares podem ajudar as pessoas cegas, com orientação e navegação, mas não é um 
substituto para ferramentas de mobilidade tradicionais, tais como bengalas brancas e cães-
guia.
Tecnologia para permitir que pessoas cegas possam conduzir veículos motorizados 
começou a ser desenvolvida em 2011, por pesquisadores do Instituto Politécnico e 
Universidade Estadual da Virgínia, juntamente com a Federação Nacional dos Cegos dos 
Estados Unidos.[23][24]
Ações do governo são algumas vezes tomadas para tornar lugares públicos mais acessíveis 
a pessoas cegas. O transporte público está disponível gratuitamente para os cegos em 
muitas cidades. Piso tátil e semáforos com autofalantes podem tornar mais fácil e mais 
seguro para os pedestres com deficiência visual atravessarem as ruas. Além de fazer regras 
sobre quem pode e não pode usar uma bengala, alguns governos obrigam que se de a 
preferência aos usuários de bengalas brancas ou cães-guia
Educação
O tema da cegueira e da educação incluiu abordagens da evolução e percepção pública da 
melhor forma de abordar as necessidades especiais de alunos cegos. A prática de 
institucionalização em asilos dos cegos tem uma história que remonta mais de mil anos, 
mas só no século XVIII que as autoridades criaram escolas para eles, onde as crianças 
cegas, particularmente aqueles mais privilegiadas, geralmente eram educadas em tais 
ambientes especializados. Essas instituições fornecem desde a formação profissional e a 
simples adaptação, bem como aprofundamento em assuntos acadêmicos oferecidos através 
de formatos alternativos. Literatura, por exemplo, foi sendo disponibilizada para alunos 
cegos por meio de relevo nas letras romanas.
Os antigos egípcios foram a primeira civilização a mostrar interesse nas causas e curas para 
a deficiência e, durante alguns períodos as pessoas cegas foram registrados como 
representando uma porção substancial dos poetas e músicos na sociedade. 
A primeira escola destinada a preparação de alunos com deficiência visual foi fundada por 
Valentin Haüy, em 1784, na cidade de Paris, a Instituição Real para Jovens Cegos em Paris 
(hoje o Instituto Nacional para Jovens Cegos, o INJA). A primeira escola para cegos no 
Brasil foi o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, fundado por Dom Pedro II no Rio de 
179
Janeiro, hoje o Instituto Benjamin Constant. Em Portugal a primeira instituição de ensino 
para cegos foi a Associação Promotora dos Ensino Cegos (APEC) que inaugurou sua 
primeira escola em 1888. 
Leitura e ampliação
A maioria dos deficientes visuais que não são totalmente cegos leem impressões, sejam de 
um tamanho normal ou aumentado por dispositivos de ampliação. Muitos também leem 
impressões ampliadas que é mais fácil para se ler sem nenhum tipo de dispositivo. Uma 
variedade de lentes de aumento, algumas portáteis e outras não, podem tornar a leitura mais 
fácil para eles.
Outros leem Braille (ou o raramente usado alfabeto da lua) ou contam com livros falados e 
leitores ou máquinas de leitura, que convertem texto impresso em fala ou em Braille. Eles 
usam computadores com hardware especiais, tais como scanners e monitores Braille, bem 
como software que escrevem especificamente para os cegos, como aplicativos de 
reconhecimento óptico de caracteres e leitores de tela.
Algumas pessoas acessam estes materiais através de agências para os cegos, como 
Bibliotecas para Cegos.[29]
Circuitos fechados de televisão são equipamentos que aumentam e contrastam os itens 
textual, são uma alternativa mais "high-tech" do que dispositivos de ampliação tradicional.
Um ecrã braille, o monitor para pessoas com deficiência visual.
Há também mais de 100 serviços de rádio para se ler em todo o mundo que proporciona às 
pessoas com deficiência visual leituras periódicas através do rádio. A AssociaçãoInternacional de Serviços de Informação de Áudio fornece links para todas essas 
organizações.
Esportes
Pessoas cegas e com visão parcial praticam esportes como natação, esqui na neve, e 
atletismo. Alguns esportes foram inventados ou adaptados para cegos, como golbol, futebol 
de cinco, criquete, judô e golfe. A autoridade mundial em esportes para cegos é a Federação 
180
Internacional de Desportos para Cegos (IBSA). Pessoas com deficiência visual participam 
dos Jogos Paralímpicos desde o Jogos Paralímpicos de Verão de 1976 em Toronto. 
Futebol de cinco, tipo futebol adaptado para deficientes visuais.
Deficiência auditiva
Deficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia ou surdez) é a perda parcial ou 
total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças.
No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada por algum tipo de déficit de 
inteligência. Entretanto, com a inclusão dos surdos no processo educativo, compreendeu-se 
que eles, em sua maioria, não tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em 
virtude dos poucos estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de 
comunicação entre surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de 
sinais e o trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de 
desenvolvimento de sua inteligência.
Atualmente, a educação inclusiva é uma realidade em muitos países. Fato ressaltado na 
Declaração de Salamanca que culminou com uma nova tendência educacional e social.
Perda Auditiva e Hipoacusia
Os conceitos gerais sobre surdez, classificações, técnicas e métodos de avaliação da perda 
auditiva, características dos diversos tipos de surdez, etc., são fundamentais para 
compreender as implicações da deficiência auditiva.
181
O deficiente auditivo é classificado como surdo, quando sua audição não é funcional na 
vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou 
sem prótese auditiva. A deficiência auditiva pode ser de origem congênita, causada por 
viroses materna doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada 
por ingestão de remédios que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, 
viroses, predisposição genética, meningite, etc.
As hipoacústicas classificam-se em função do grau da perda auditiva, sua ordem e 
localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo ou no médio é denominada como 
deficiência de transmissão ou deficiência mista dependendo da intensidade da lesão. 
Quando se origina no ouvido e no nervo auditivo é dita deficiência interna ou 
sensorioneural (estágio mais agudo da deficiência).
Mas o conceito de perda auditiva nem sempre é suficientemente claro para a pessoa que se 
depara pela primeira vez com o problema da surdez.O grau de perda auditiva é calculado 
em função da intensidade necessária para amplificar um som de modo a que seja percebido 
pela pessoa surda. Esta amplificação mede-se habitualmente em decibéis, como já descrito 
anteriormente.
Para o caso do ouvido humano, a intensidade padrão ou de referência correspondem à 
mínima potência de som que pode ser distinguida do silêncio, sendo essa intensidade 
tomada como 0 dB. Uma pessoa com audição normal pode captar como limiar inferior, 
desde -10 dB até + 10 dB. Verifica-se essa progressão se dá de forma exponencial ou seja 
multiplicando-a por dez. Logo, pressupõem-se que 10 dB tenha uma intensidade dez vezes 
superior a 0 dB e 30 dB são de uma intensidade cem vezes superior a 10 dB.
Dessa forma entende-se melhor a grande diferença entre uma pessoa com uma perda de 60 
dB, que consideramos hipoacústico, e outro com 100 dB de perda. Tendo em vista que 60 
dB é mais ou menos a intensidade de um grito a 1,5 m de distância. Portanto, 
compreendemos que a diferença entre uma perda de 60 dB e 100 dB.Á última sendo 
considerada bem mais difícil, para o prognóstico de reabilitação.
Contudo a medida da perda auditiva não é suficiente para medir o real problema de audição 
que uma pessoa apresenta. Faz-se necessário mensurar também qual o espectro de 
freqüência que está afetado pela surdez. Considera-se que as perdas auditivas nas 
freqüências baixas são mais prejudiciais do que as perdas nas freqüências altas. "Para 
compreendermos a causa disto teremos de analisar a relação entre a freqüência de um som e 
o tom com que este som se percebe". (CRYSTAL, 1983).
A freqüência de um som é medida em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). O ouvido humano 
percebe sons nas freqüências entre 20 Hz e 20.000 Hz.
Entretanto a resposta perceptiva ao estímulo sonoro é denominada tom. Porém não há uma 
relação entre a escala de tons e a escala de freqüências. Mas, podemos tomar como 
parâmetros a escala de tons. Onde se compara o tom de uma nota musical a exemplo a nota 
"lá" que poderá apresentar um grau de entonação inferior ou superior dentro da mesma nota 
"lá".
182
Essa variação denomina-se uma oitava. "Ora bem, percebe-se como uma oitava superior a 
um tom dado, o som, em termos físicos, dobra a freqüência do primeiro. Desta forma, 
embora entre 2000 Hz e 4000 Hz haja uma distância física de freqüência menos do que 
entre 100Hz e 2000Hz, porém à distância perceptiva de tons é muito maior". (FRY et. al., 
1982).
Comparando esses valores percebemos que entre 2000 Hz e 100 Hz há mais de quatro 
oitavas, porque de 2000 Hz para 1000 Hz há uma oitava, ou seja, a metade da sua 
freqüência. Por tanto de 2000 Hz para 1000 Hz há uma oitava, de 1000 Hz para 500 Hz 
também há uma oitava, de 500 Hz a 250 Hz há outra e de 250 Hz a 125 Hz há outra. 
Entendemos agora por que as perdas auditivas nas freqüências baixas são de muito pior 
prognóstico do que as perdas nas altas freqüências.
Para um diagnóstico correto de uma surdez é preciso fazer uma exploração audiométrica do 
grau de perda por relação com um espectro de freqüência que vá pelo menos de 125 Hz a 
4000 Hz, já que são estas as freqüências mais utilizadas na fala humana.(CASANOVA, 
1988).
Outro problema que deve ser levado em consideração e a relação entre o limiar auditivo e o 
limiar doloroso, de forma, a saber, qual o tipo de resíduo auditivo que poderá ser 
aproveitado para a reabilitação indivíduo surdo. O limiar auditivo corresponde ao nível de 
intensidade necessário para que a pessoa surda perceba o som e este limiar pode ser 
diferente em cada freqüência. O limiar doloroso é o ponto em que a intensidade sonora 
produz dor à pessoa. A distância que vai do limiar auditivo ao limiar de dor é o que se 
chama de resíduo auditivo utilizável.
O professor pode suspeitar de casos de deficiência auditiva entre seus alunos quando 
observar os seguintes sintomas: Excessiva distração; freqüentes dores de ouvido ou ouvido 
purgante; dificuldade de compreensão; intensidade da voz, inadequada para a situação, 
muito alta ou baixa ou quando a pronúncia dos sons é incorreta.
Patologias do ouvido
A deficiência auditiva pode ser classificada como: deficiência de transmissão – quando o 
problema se localiza no ouvido externo ou no ouvido médio; deficiência mista – quando o 
problema se localiza no ouvido médio. E deficiência interna ou sensorioneural – quando se 
origina no ouvido interno e no nervo auditivo.
As principais patologias do ouvido humano são: as ligadas à membrana timpânica, a 
deficiência de transmissão sonora no sistema tímpano-ossicular, a rigidez nos ligamentos de 
suporte ossicular, a timpanoesclerose, a fixação do martelo, aausência no reflexo 
estapediano, a paralisia do nervo do músculo estribo, a complacência da membrana 
timpânica ou a sua rigidez, a lesão retrocloclear e a surdez psicogênica que é um dos 
distúrbios psicogênicos.
183
A impedância acústica do ouvido médio é um tipo comum de patologia. Pode ser definida 
como a resistência que a mesma oferece à energia sonora que penetra no conduto auditivo 
externo. E há ainda as patologias ligadas a Trompa de Eustáquio apresentando-se ou muito 
aberta ou obstruída e causando sintomas como autofonia e a percepção sonora da respiração 
pelo indivíduo.
Classificações
Classificação por origem da surdez
• Os portadores de surdez patológica, normalmente adquirida em idade adulta;
• E aqueles cuja surdez é um traço fisiológico distintivo, não implicando, 
necessariamente, em deficiência neurológica ou mental; este é o caso da maioria dos 
surdos congênitos.
Classificação por forma de comunicação
• Surdos oralizados: aqueles que se comunicam utilizando a língua oral e/ou escrita.
• Surdos sinalizados: aqueles que se comunicam utilizando alguma forma de 
linguagem gestual.
• Surdos bilíngues: aqueles que utilizam ambas as formas de comunicação.
Etiologia da surdez
As causas da surdez podem ser dividias em: pré-natais, peri-natais e pós natais. As causas 
pré-natais são:
• Hereditárias (A deficiência auditiva pode ser transmitida geneticamente de geração 
em geração, particularmente quando existem casos de surdez na família); 
o Doenças adquiridas pela mãe durante a gravidez, tais como: 
 Rubéola;
 Sífilis;
 Toxoplasmose;
 Citomegalovirus;
 Herpes;
 Intoxicações intra-uterinas;
 Agentes Físicos (como, por exemplo, os raio-X);
 Alterações Endócrinas (Diabetes ou Tiróide);
 Carências Alimentares.
As causas peri-natais podem ser:
• Traumatismos Obstétricos;
• Anóxia.
184
As causas pós-natais podem ser:
• Doenças infecciosas;
• Bacterianas (ex.: meningites, otites, inflamações agudas ou crónicas das fossas 
nasais e da naso-faringe);
• Virais;
• Intoxicações;
• Trauma Acústico.
185
CONDICIONAMENTO FISICO
O exercício é a atividade física planejada, realizada de forma repetida 
para desenvolver ou manter o condicionamento físico. O 
condicionamento físico é a capacidade de realizar atividades físicas. 
Para tornar-se e manter-se condicionado, os indivíduos devem 
exercitar-se regularmente. Os exercícios fortalecem o coração, 
permitindo que ele bombeie uma maior quantidade de sangue em 
cada batimento.
O sangue então pode liberar mais oxigênio ao organismo, aumentando 
a quantidadade máxima de oxigênio que o organismo consegue obter 
e utilizar. Essa quantidade, denominada captação máxima de 
oxigênio, pode ser medida para se determinar o nível de 
condicionamento de um indivíduo. Os exercícios beneficiam o corpo 
de muitas outras maneiras. O alongamento pode aumentar a 
flexibilidade. O exercício com sustentação do peso fortalece os ossos 
e ajuda a prevenir a osteoporose.
Os exercícios também ajudam a evitara constipação, a prevenir e 
controlar algumas formas de diabetes e do colesterol ligado à 
lipoproteína de baixa densidade (LDLcolesterol). Os exercícios 
beneficiam aos indivíduos de qualquer faixa etária, inclusive os idosos. 
Estudos recentes demonstraram que o exercício pode fortalecer os 
músculos de indíviduos idosos debilitados que vivem em asilos. Os 
homens idosos que continuam a treinar e a participar de competições 
186
de corridas de longa distância conseguem manter a sua captação 
máxima de oxigênio.
A inatividade, mais do o envelhecimento em si, é a principal causa do 
declínio da capacidade física dos idosos. Os benefícios dos exercícios 
são perdidos assim que o indivíduo deixa de praticá-los. A força do 
coração e dos músculos diminui, assim como o nível do colesterol 
ligado à lipoproteína de alta densidade (HDL-colesterol) – o 
denominado colesterol bom –, enquanto a pressão arterial e a gordura 
corporal aumentam. Mesmo os ex-atletas que deixam de se exercitar 
não conservam benefícios mensuráveis a longo prazo. Eles não 
apresentam uma maior capacidade para realizar atividades físicas, 
nem menores fatores de risco de infarto do miocárdio e nem uma 
resposta mais rápida ao exercício do que aqueles que nunca se 
exercitaram
INÍCIO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS
O modo mais seguro para se iniciar um programa de exercício 
consiste em executar o exercício ou o esporte escolhido em uma baixa 
intensidade, até que membros inferiores ou superiores tornem- se 
doloridos ou até eles tornarem-se “pesados”. Se os músculos ficarem 
doloridos após apenas alguns minutos de prática, a primeira série 
deverá durar apenas esse período. À medida que o condicionamento 
aumenta, o indivíduo deve ser capaz de exercitar-se por mais tempo 
sem sentir dores musculares ou desconforto.
Quando é possível exercitar-se confortavelmente durante 10 minutos 
consecutivos, as séries devem ser executadas em dias alternados, 
187
avançando de modo gradual até 30 minutos de exercício contínuo. As 
orientações relativas à duração e à freqüência do exercício, à sua 
intensidade e como prevenir lesões são as mesmas para todos os 
tipos de exercícios e esportes.
Duração e Freqüência
Para obter e manter o condicionamento físico, um indivíduo deve 
exercitar-se por apenas 30 minutos, três vezes por semana. Para a 
maioria dos indivíduos, não é necessária a prática de exercício por 
mais de 30 minutos por vez, pois o condicionamento, mensurado pela 
captação máxima de oxigênio, aumenta muito pouco com práticas com 
duração superior a 30 minutos. A melhoria é decorrente da tensão 
sobre os músculos e de sua subseqüente recuperação e não da 
realização da mesma série todos os dias.
Embora o coração possa ser exercitado várias vezes por dia todos os 
dias, os músculos esqueléticos começam a falhar quando exercitados 
intensamente mais freqëntemente do que em dias alternados. No dia 
subseqüente a um exercício intenso, podem ser observados 
sangramento e lacerações microscópicas nas fibras musculares. É por 
essa razão que os músculos ficam doloridos no dia seguinte a uma 
série de exercícios adequada. Os indivíduos que se exercitam devem 
repousar durante 48 horas para que os músculos se recuperem após o 
exercício. Quando recuperados, os músculos tornam-se mais fortes. A 
prática de exercícios duas ou três vezes por semana, com a 
alternância de dias de exercício com dias de repouso, pode ajudar a 
evitar lesões.
188
Intensidade
O condicionamento físico é determinado mais pela intensidade do 
exercício que pela sua duração. As séries de exercícios devem ser 
suficientemente intensas a ponto dos músculos tornarem- se um 
pouco doloridos no dia seguinte, mas totalmente recuperados no outro 
dia. Para fortalecer o coração, o exercício deve ser realizado em uma 
intensidade que aumente a freqüência cardíaca (medida em 
batimentos por minuto), pelo menos 20 batimentos acima da 
freqüência cardíaca de repouso. Quanto mais intensamente o 
exercício for realizado, mais rápido o coração baterá e mais forte 
tornar-se-á o miocárdio (músculo cardíaco).
A freqüência cardíaca é determinada força de contração dos músculos 
esqueléticos. Quando um indivíduo começa a exercitar-se, os 
músculos esqueléticos contraem e comprimem as veias próximas, 
forçando o sangue em direçãoao coração. Quando os músculos 
esqueléticos relaxam, essas veias enchem-se de sangue. A 
alternância de contrações e relaxamentos dos músculos esqueléticos 
funciona como um segundo coração, bombeando sangue extra ao 
coração. O fluxo sangüíneo aumentado faz com que o coração bata 
mais rapidamente e com mais força. Portanto, quanto mais intensa for 
a contração dos músculos esqueléticos, mais rápidas serão as batidas 
do coração.
A freqüência cardíaca recomendada (freqüência cardíaca de 
treinamento) é igual a 60% da freqüência cardíaca máxima do 
indivíduo, a qual é igual a 220 menos a idade do indivíduo. Entretanto, 
189
esse cálculo não se aplica aos indivíduos idosos que apresentam um 
bom condicionamento físico. A freqüência cardíaca máxima mensura a 
força dos músculos esqueléticos, não a força do coração, e, por isso, 
um indivíduo idoso bem condicionado e forte apresentará uma 
freqüência cardíaca máxima muito mais elevada que um indivíduo 
mais jovem fraco e não condicionado.
A mensuração da freqüência cardíaca não é necessária desde que o 
indivíduo comece a se exercitar lentamente e aumente a intensidade 
gradualmente. A intensidade deve ser aumentada até que seja 
atingida a freqüência cardíaca de treinamento: quando os ombros 
elevam-se a cada respiração e a respiração é mais rápida e profunda, 
indicando que o indivíduo necessita de mais oxigênio. Para tornar-se 
bem condicionado, não é necessário exercitar-se mais intensamente 
do que isso. Apenas os atletas que estejam treinando para competição 
necessitam exercitar-se até o ponto de sentir falta de ar.
À medida que a intensidade do exercício aumenta, aumenta a 
probabilidade da ocorrência de lesões de músculos esqueléticos. A 
probabilidade de lesão desses músculos durante a realização de 
exercícios contínuos e intensos é muito maior que durante a 
realização de exercícios intermitentes. No caso de exercícios 
intermitentes, o indivíduo realiza um aquecimento inicial lento e, 
gradualmente, aumenta o ritmo. Quando os músculos começam a ficar 
pesados, doloridos ou desconfortáveis, o indivíduo diminui o ritmo. 
Quando os músculos relaxam, o ritmo é aumentado.
190
O indivíduo alterna movimentos mais rápidos e mais lentos até o 
“peso” nos músculos não mais desaparecer e, em seguida, interrompe 
a sessão. A melhoria é decorrente do aumento do tempo gasto no 
exercício intenso e pela diminuição concomitante do tempo gasto no 
exercício mais lento. O indivíduo deve sentir-se bem após o exercício. 
Caso isso não ocorra, é provávle que ele tenha se exercitado 
excessivamente. O excesso de exercício faz com que as articulações, 
músculos, tendões e ossos tornem-se doloridos, aumenta o risco de 
lesão e torna o indivíduo irritadiço.
topo
PREVENÇÃO DAS LESÕES
Mais do que 6 em cada 10 indivíduos que iniciam um programa de 
exercícios desistem nas primeiras semanas por causa de uma lesão. 
As lesões podem ser evitadas se as sessões de exercícios forem 
marcadas com um intervalo de 48 horas. Com esse tipo de 
programação, um indivíduo pode exercitar- se em dias alternados ou, 
para quem deseja exercitar-se todos os dias, podem ser trabalhados 
diferentes grupos musculares em dias alternados, ou ele pode 
exercitar-se intensamente um dia e menos intensamente no dia 
seguinte (princípio do difícil-fácil). Repetir os mesmos exercícios todos 
os dias não melhora o condicionamento físico e, na realidade, 
aumenta as probabilidades de uma lesão. Além disso, o indivíduo 
deve interromper o exercício caso sinta dor.
Exercícios em Dias Alternados
191
É normal que os indivíduos acordem com os músculos rígidos e 
doloridos no dia seguinte à participação de uma competição ou à 
realização de exercícios vigorosos. O modo mais rápido de se 
recuperar consiste no repouso, isto é, não praticar nenhum tipo de 
exercício o dia inteiro. Um exercício vigoroso e prolongado pode 
esgotar a maior parte das reservas de açúcar (glicogênio) dos 
músculos. O glicogênio é a principal fonte de energia durante o 
exercício. Se os níveis de glicogênio estiverem baixos, os músculos 
tornamse pesados, fracos e cansados. O consumo de alimentos ricos 
em carboidratos, como pão, massas, frutas, cereais, cereais integrais 
e a maioria dos doces, repõe o glicogênio muscular. O repouso 
permite que praticamente todo o glicogênio que entra nos músculos 
seja armazenado e também que as fibras musculares lesadas se 
curem.
Alternância de Exercícios
Diferentes exercícios solicitam diferentes grupos musculares. Por 
exemplo, a corrida força principalmente os músculos dos membros 
inferiores; o choque dos calcanhares contra o solo e a elevação do 
corpo apoiado sobre as pontas dos dedos forçam mais os tornozelos. 
O ciclismo força principalmente os músculos das coxas. Ao pedalar, o 
indivíduo trabalha os joelhos e os quadris. O remo e a natação forçam 
a parte superior do corpo e as costas. Um programa ideal alterna 
exercícios para a parte superior do corpo realizados em um dia e 
exercícios para a parte inferior realizados no dia seguinte.
192
Para os indivíduos que se exercitam todos os dias, a alternância 
permite que os músculos se recuperem, evita lesões e promove um 
maior nível de condicionamento físico. A probabilidade de ocorrência 
de lesões é muito menor para o indivíduo que corre 30 minutos em um 
dia e pedala durante 30 minutos no dia seguinte que para aquele que 
pratica as duas modalidades todos os dias, durante 15 minutos cada. 
Os corredores de maratona sofrem lesões com maior freqüência que 
os triatletas, os quais competem em três esportes, embora estes se 
exercitem mais intensamente. Os triatletas trabalham diferentes 
grupos musculares em dias sucessivos: podem correr em um dia e 
nadar e praticar ciclismo no dia seguinte.
Seguir o Princípio do Difícil-Fácil
Para atingir os níveis mais elevados de condicionamento físico ou para 
competir em em eventos esportivos, o indivíduo deve exercitar-se 
intensamente duas ou três vezes por semana e menos intensamente 
nos demais dias (o princípio do difícil-fácil). Os atletas profissionais 
treinam diariamente e o treinamento é específico para o esporte – um 
indivíduo não se torna um melhor corredor andando de bicicleta. Por 
essa razão, para proteger- se contra lesões, os atletas planejam um 
treinamento intenso em um dia e um mais leve no dia seguinte.
Dessa forma, os treinamentos intensos causam menos lesões 
musculares. “Difícil” e “fácil” referem-se à intensidade, não à 
quantidade. Por exemplo, em um dia fácil, um corredor de maratona 
pode correr 30 quilômetros, mas em um ritmo muito mais lento que em 
um dia difícil. Os levantadores de peso (halterofilistas) levantam 
193
grandes pesos apenas uma vez por semana e pesos mais leves nos 
outros dias.
Os jogadores de basquetebol participam de jogos-treinos prolongados 
e exaustivos em um dia e, no dia seguinte, praticam apenas jogadas e 
arremessos. Para aumentar a força, a velocidade e a resistência, os 
atletas exercitam-se de forma intensa ou suficientemente prolongada 
em um dia até os músculos tornarem-se pesados ou até eles sentirem 
a sensação de uma discreta queimação - um sinal de que eles foram 
adequadamente trabalhados.
Geralmente, os músculos doem por aproximadamente 48 horas. Os 
atletas exercitamse com menor intensidade nos dias seguintes,até os 
músculos pararem de doer. Quando os músculos estão doloridos, a 
realização de exercícios intensos causa lesões e diminui o 
desempenho, enquanto que os músculos tornar-se-ão mais fortes se o 
indivíduo aguardar que a dor cesse antes de retornar aos exercícios 
intensos. Dois tipos de desconforto muscular podem ser sentidos após 
o exercício.
O tipo desejável, a dor muscular de início retardado, manifesta-se 
somente somente algumas horas após o exercício intenso, afeta 
geralmente ambos os lados do corpo de modo igual, desaparece após 
48 horas e faz com que o indivíduo se sinta melhor após o 
aquecimento para a próxima série de exercícios. Por outro lado, a dor 
devida a uma lesão normalmente é sentida logo após a sua 
ocorrência, é pior em um dos lados do corpo, não desaparece após 48 
194
horas e aumenta de intensidade quando o indivíduo tenta exercitar-se 
novamente.
Aquecimento
A elevação da temperatura dos músculos (aquecimento) antes do 
exercício ou da participação em um esporte pode auxiliar na 
prevenção de lesões. Os músculos aquecidos são mais flexíveis e 
apresentam menor risco de laceração em comparação aos músculos 
frios, os quais contraem lentamente. O aquecimento mais eficaz – 
muito melhor que o aquecimento passivo dos músculos com água 
quente ou com almofadas térmicas – consiste na realização lenta dos 
próprios movimentos do exercício ou do esporte.
A repetição dos movimentos aumenta o fluxo sangüíneo para os 
músculos que serão utilizados, aquecendo-os e preparando-os para os 
exercícios mais vigorosos. O fluxo sangüíneo deve aumentar 
substancialmente para proteger os músculos contra lesões durante o 
exercício. A calistenia (série de movimentos que exercitam um grupo 
muscular isolado, como as flexões) não é suficientemente específica 
para aquecer os músculos para um determinado esporte.
Alongamento
O indivíduo deve realizar o alongamento apenas após ter se aquecido 
ou realizado exercícios, quando os músculos estão aquecidos e 
apresentam menor risco de lesão. O alongamento distende os 
músculos e tendões e músculos mais longos podem produzir mais 
força em torno das articulações, ajudando o indivíduo a saltar mais 
195
alto, a levantar pesos maiores, a correr mais rapidamente e a realizar 
arremessos mais longos.
Entretanto, o alongamento, ao contrário do exercício contra resistência 
(como no treinamento com pesos), não fortalece os músculos e é o 
fortalecimento que diminui o risco de lacerações. Existem poucas 
evidências de que o alongamento cause lesões ou dor muscular de 
início retardado, a qual é provocada por lesões de fibras musculares.
Resfriamento
A redução gradual dos esforços (resfriamento) ao final do exercício 
ajuda a evitar a tontura. Quando os músculos dos membros inferiores, 
o sangue acumula-se nas veias vizinhas. Para enviar o sangue ao 
coração, os músculos das pernas devem contrair. Quando o exercício 
é subitamente interrompido, o sangue acumula-se nos membros 
inferiores e não chega em quantidade suficiente ao cérebro, causando 
tontura.
O resfriamento também ajuda a remover o ácido lático, um produto 
metabólico que se acumula nos músculos após o exercício. O ácido 
lático não causa dor muscular de início retardado e, portanto, o 
resfriamento não impede a ocorrência desse tipo de dor.
ESCOLHA DO EXERCÍCIO CORRETO
Qualquer exercício que aumenta a circulação de sangue através do 
coração melhora o condicionamento físico. Os exercícios mais seguros 
são a caminhada, a natação e a pedalagem em uma bicicleta 
ergométrica. Durante uma caminhada, pelo menos um dos pés sempre 
196
encontra- se em contato com o solo de modo que a força com que o 
pé choca-se contra o solo nunca é maior do que o peso do indivíduo.
Durante a natação, a água sustenta o corpo e, por essa razão, os 
músculos raramente são submetidos a forças capazes de causar 
laceração. As bicicletas são pedaladas com um movimento circular 
contínuo que não “sacode” os músculos. A caminhada lenta não torna 
um indivíduo bem condicionado fisicamente. Para caminhar mais 
rapidamente, o indivíduo pode realizar passos maiores além de mover 
os membros inferiores mais rapidamente. Os passos podem ser 
aumentados através da oscilação dos quadris de um lado para outro, 
de modo que os pés avancem mais para frente.
A oscilação dos quadris tende a fazer com que os dedos apontem 
para fora quando os pés tocam o solo e, por isso, o alcance dos pés 
não é tão grande quanto seria se os dedos apontassem diretamente 
para a frente. Portanto, a indivíduo que está andando sempre deve 
tentar apontar os dedos dos pés diretamente para frente. O movimento 
mais rápidos dos membros superiores ajuda os pés a também se 
moverem mais rapidamente. Para movimentar os membros superiores 
mais rapidamente, o indivíduo deve flexionar os cotovelos, para 
encuratr o balanço e reduzir o tempo que os membros superiores 
levam para balançar para trás e para frente.
A natação exercita todo o corpo – membros inferiores, membros 
superiores e e costas – sem forçar as articulações e os músculos. 
Freqüentemente, a natação é recomendada para os indivíduos com 
problemas musculares e articulares. Os nadadores, movimentando-se 
197
em seu próprio ritmo e utilizando qualquer estilo de natação, podem 
exercitar-se de forma gradual durante até 30 minutos de natação 
contínua. Se a perda de peso for um dos principais objetivos do 
exercício, a natação não é a melhor escolha. O exercício fora da água 
é mais eficaz, pois o ar isola o corpo, aumentando a temperatura e o 
metabolismo corpóreos por até 18 horas.
Esse processo queima mais calorias tanto após o exercício quanto 
durante a sua realização. Por outro lado, a água conduz o calor para 
fora do corpo, de modo que a temperatura corpórea não aumenta e o 
metabolismo não permanece aumentado após a natação. A 
pedalagem em uma bicicleta ergométrica é um bom exercício. A 
tensão da roda da bicicleta deve ser regulada, de modo que seja 
possível se pedalar em um ritmo de 60 rotações por minuto. À medida 
que ele progride, o ciclista pode aumentar a tensão e o ritmo até 90 
rotações por minuto. Uma bicicleta ergométrica horizontal é uma 
escolha particularmente boa para os indivíduos idosos. Muitos deles 
apresentam fraqueza da musculatura da coxa, pois o único exercício 
que eles praticam é a caminhada e a deambulação sobre uma 
superfície plana utiliza muito pouco esses músculos.
Conseqüentemente, muitos indivíduos idosos apresentam dificuldade 
para se levantar de uma cadeira sem usar as mãos, para levantar da 
posição agachada ou para subir escadas sem apoiar-se no corrimão. 
A pedalagem fortalece os músculos da coxa. Entretanto, alguns 
indivíduos não conseguem se manter equilibrados mesmo sobre uma 
bicicleta ergométrica (fixa). Outros não utilizam esse equipamento por 
causa do desconforto provocado pela pressão do selim estreito contra 
198
a pelve. Por outro lado, uma bicicleta ergométrica horizontal é segura 
e confortável. Esse aparelho possui um assento contornado, de modo 
que mesmo um indivíduo que tenha sofrido um acidente vascular 
cerebral pode sentar-se. Também no caso em que o indivíduo 
apresenta paralisia de um dos membros inferiores, suportes para os 
dedos mantêm os dois pés no lugar, de modo que o indivíduo 
consegue pedalar com a outra perna.A dança aeróbica, um tipo 
popular de exercício oferecido por muitas entidades, exercita todo o 
corpo.
Os indivíduos podem exercitar-se em seu próprio ritmo com a 
orientação de instrutores experientes. A música alegre e as rotinas 
familiares tornam os exercícios divertidos e o compromisso com um 
programa ou com os amigos podem aumentar a motivação. A dança 
aeróbica também pode ser praticada em casa, com a ajuda de vídeo-
teipes. A dança aeróbica de baixo impacto elimina os saltos e as 
colisões da dança aeróbica comum, o que diminui a tensão sobre as 
articulações. A aeróbica com degrau (steps aerobics) força sobretudo 
os músculos anteriores e posteriores das coxas (quadríceps e 
músculos posteriores da coxa), quando o praticante sobe e desce de 
uma plataforma elevada (um degrau) em uma série de rotinas com 
música e ritmo determinado. Assim que sentir dor muscular, o 
praticante deve parar, fazer alguma outra coisa e retornar à aeróbica 
com degrau após uns dois dias.
A aeróbica na água (hidroaeróbica) é uma escolha excelente para os 
indivíduos idosos e para aqueles com músculos fracos. Os aparelhos 
de esqui de cross-country exercitam as coxas e as pernas. Muitos 
199
indivíduos gostam de usar esse equipamento, mas outros acham difícil 
dominar os movimentos. Como o uso desses aparelhos exige uma 
maior coordenação que a maioria dos tipos de exercícios, o indivíduo 
deve experimentar o aparelho antes de comprá-lo. Os aparelhos de 
remo fortalecem os grandes músculos dos membros inferiores, dos 
ombros e das costas e ajudam a proteger as costas contra diversas 
lesões. No entanto, o indivíduo que apresenta problemas nas costas 
não deve usar esse equipamento.
O esforço para remar, o qual é realizado principalmente com as 
costas, pode agravar o estado dos músculos e articulações das costas 
já afetados. Todos os aparelhos de remar de boa qualidade possuem 
um assento deslizante e os melhores possuem uma catraca giratória 
que permite ao indivíduo ajustar a tensão enquanto ele rema. Os 
indivíduos que podem se exercitar durante 30 minutos com facilidade 
podem desejar uma maior variedade em seu programa de exercícios.
A marcha atlética (caminhar o mais rápido possível balançando os 
membros superiores vigorosamente), o jogging, a corrida, o ciclismo, a 
patinação no gelo, o skate, o esqui de cross-country, o raquetebol, o 
handebol e o squash são modalidades excelentes para a obtenção do 
condicionamento físico, mas elas exigem pelo menos um nível 
moderado de coordenação e habilidade. Esses esportes também 
apresentam um maior risco de lesão.
200
Postura Corporal
Boa postura corporal decorre da manutenção de três curvaturas normais da espinha. 
As curvas do pescoço (cervical), torácica (meio da costas) e lombar (parte inferior das 
costas) devem ser alinhadas e equilibradas. Uma má postura corporal pela vida pode 
começar a progressão de sintomas na vida adulta. Na maioria dos casos a má postura 
corporal é uma combinação de vários fatores, podendo ser causada pode fatores 
ambientais ou maus hábitos.
Hoje em dia problemas relacionados à postura estão aumentando devido:
1) A sociedade assistem mais televisão do que as gerações anteriores.
2) A sociedade está mais eletrônica, com trabalhos mais sedentários e sentados diante 
de computadores.
3) Mais carros nas ruas causando mais acidentes e lesões.
4) Fica-se mais tempo sentado dirigindo o carro.
Muitas vezes, a pessoa tem má postura por tanto tempo que não lembra mais 
como era ter uma boa postura. A postura perfeita é quando estão apropriadamente 
alinhados: os pontos entre os olhos, queixo, clavícula, esterno, área púbica e ponto 
médio entre os tornozelos. De lado, pode-se notar facilmente as três curvas na 
espinha. Quando observado de frente aos ombros, os quadris e joelhos devem estar na 
mesma largura e a cabeça não deve estar curvada para um dos lados. Obviamente, 
ninguém passa o dia todo nessa posição, mas se a pessoa assumir naturalmente uma 
posição relaxada ficará mais equilibrada e terá menos estresse em outras atividades. 
Dentre os distúrbios dolorosos que afetam a humanidade, a dor lombar (lombalgia, dor nas costas ou dor na 
coluna) é a grande causadora de morbidade e incapacidade para o trabalho, só perdendo para a cefaléia ou 
dor de cabeça; e afeta mais os homens do que as mulheres.
Aos 30 anos de idade, inicia-se um processo de dessecação progressiva dos discos da coluna vertebral, que 
sofrem maior risco de rompimento e arrancamento, por perda de elasticidade e resistência. Hérnia de disco e 
"bico de papagaio" são doenças comuns da coluna lesada.
A postura no desenrrolar de tarefas pesadas é a principal causa de problemas de coluna, mais precisamente 
na hora de levantar, transportar e depositar cargas, ocasião em que os trabalhadores mantêm as pernas retas 
e "dobram" a coluna vertebral.
201
Pode ocorrer também outro movimento perigoso, o giro do tronco, quando a carga for pega ou depositada 
mais para o lado e não necessariamente à sua frente.
Quanto maior o peso da carga, maior será a pressão sobre cada vértebra ( figura abaixo ) e cada disco. 
Quanto mais distante do corpo, maior será a pressão.
Cargas que representam o equivalente a apenas 10% do peso do corpo, já causam problema à coluna.
A postura correta do indivíduo ao trabalhar com o computador doméstico (posição da coluna, das pernas, a 
altura dos olhos, etc.) está esquematizada na figura ao abaixo.
Quando as pernas e os pés não estão bem apoiados, por exemplo, podem ocorrer caimbras após um certo 
tempo de operação. O encosto da poltrona, também deve ser curvo e ajustar-se às costas, sempre que 
possível.
Quanto à posição de trabalho em pé ou sentado, diz a Norma número 17 do Ministério do Trabalho - 
MTE que: "sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser 
planejado ou adaptado para esta posição."
202
O trabalho em pé favorece a incidência do alargamento das veias das pernas (varizes) e causa edemas dos 
tecidos dos pés e das pernas.
A penosidade da posição em pé pode ser agravada se o agricultor tiver ainda que manter posturas 
inadequadas dos braços (acima do ombro, p.ex., como na colheita do cacau mostrada na foto abaixo ), 
inclinação ou torção do tronco (como na colheita da laranja) ou de outras partes do corpo.
Assim, sempre que a atividade agrícola o permitir, a alternância de posturas (em pé-sentado-em pé) deve ser 
sempre buscada, pois permite que os músculos recebam seus nutrientes e não fiquem fatigados.
 
Transporte manual de cargas
O transporte manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e comuns, sendo responsável por 
um grande número de lesões e acidentes do trabalho. Estas lesões, em sua grande maioria, afetam a coluna 
vertebral, mas também podem causar outros males como, por exemplo, a hérnia escrotal.
A figura abaixo mostra a técnica correta para o levantamento de cargas (caixa, barra, saco, etc.). 
O joelho deve ficar adiantado em ângulo de 90 graus. Braços esticados entre as pernas. Dorso plano. Queixo 
não dirigido para baixo. Pernas distanciadas entre si lateralmente. Carga próxima ao eixo vertical do corpo. 
Tronco em mínima flexão.
Na figura abaixo, a técnica indicada para a movimentação lateral de carga (no caso, um barril) é a 
seguinte: posição dos pés em ângulo de 90 graus, para evitar a torção do tronco. 
203
No outro croqui, em que o modelo carrega uma caixa, o porte da carga é feito com os braços retos 
(esticados), de modo a obter menor tensão nos músculos dos mesmos.
A movimentação manual de cargas é cara, ineficaz (o rendimento útil para operaçõesde levantamento é da 
ordem de 8 a 10%), penosa (provoca fadiga intensa) e causa inúmeros acidentes. Portanto, sempre que 
possível, deve ser evitada ou minimizada.
Transporte de Cargas
A mecanização das atividades pode ser feita com o emprego de: polias, transportadores de correia, talhas 
empilhadeiras, carrinhos de transporte, elevadores, guindastes, pontes-rolantes, etc. 
204
A foto abaixo mostra uma pilha de sacas sendo içadas por meio de cabos acionados por guindaste (que não 
aparece).
 
É claro que o uso desses equipamentos representa um custo de investimento, razão porque devem ser 
adquiridos e empregados apenas quando forem constantemente utilizados.
A figura abaixo apresenta uma esteira rolante ou transportador de correia, muito usado no manuseio de sacas 
e outros materiais.
Recomendações gerais para o transporte manual de 
cargas
Evitar manejo de cargas não adequadas ao biotipo, à forma, tamanho e posição
Usar técnica adequada em função do tipo de carga
Procurar não se curvar; a coluna deve servir como suporte
Quando estiver com o peso, evite rir, espirrar ou tossir
Evitar movimentos de torção em torno do corpo
Manter a carga na posição mais próxima do eixo vertical do corpo
Procurar distribuir simetricamente a carga
Transportar a carga na posição ereta
Movimentar cargas por rolamento, sempre que possível
Posicionar os braços junto ao corpo
Usar sempre o peso do corpo, de forma a favorecer o manejo da carga
205
Desvios Posturais
Alterações na coluna representadas por desvios anormais ou acentuamento de curvas normais já existentes é 
o que chamamos de desvios posturais. Esses podem levar ao uso incorreto das outras articulações corporais, 
uma vez que o corpo busca compensações para se manter o equilíbrio do indivíduo, podendo, também, 
causar enrijecimento e encurtamento dos músculos.
Exercícios físicos e buscar sempre manter a postura correta são maneiras que podem evitar ou reduzir esses 
desvios, sendo que, quanto mais nova a pessoa se tratar, maior a porcentagem de correção. Às vezes tais 
desvios são leves e, muitas vezes, pouco perceptíveis e podem ser corrigidos com medidas mais simples, 
como seções de fisioterapia, musculação e alongamento. Entretanto, em alguns casos, é necessário um 
tratamento intensivo e uso de coletes – ou mesmo cirurgias.
A coluna vertebral possui, naturalmente, curvaturas na região torácica e lombar, como mostra a figura. Em 
casos de desvios posturais, há alterações nesta conformação natural.
206
Na lordose ocorre um aumento anormal da curva lombar, dando-nos a impressão de que as nádegas destas 
pessoas são mais salientes:
Na cifose, há um aumento anormal da curvatura da região dorsal (costas), dando à pessoa um aspecto de 
corcundez:
207
Já na escoliose, há uma ou mais curvaturas na coluna em sentido lateral, perceptível em uma posição ventral 
ou dorsal:
Um médico ortopedista será capaz de diagnosticar as magnitudes destes desvios e indicar um tratamento 
para as particularidades de cada um – inclusive tratamentos para erradicação ou controle de dores.
208
Alcoolismo
O alcoolismo é geralmente definido como o consumo consistente e excessivo e/ou preocupação 
com bebidas alcoólicas ao ponto que este comportamento interfira com a vida pessoal, familiar, 
social ou profissional da pessoa e pode potencialmente resultar em condições (doenças) 
psicológicas e fisiológicas, assim como, por fim, na morte. É um dos problemas mundiais de uso de 
drogas que mais trazem custos. Com exceção do tabagismo, o alcoolismo é mais custoso para os 
países do que todos os problemas de consumo de droga combinados.
Características
Além dos prejuízos na vida acadêmica, profissional, social e familiar o abuso de álcool por 
tempo prolongado pode causar câncer na cavidade oral, esôfago, faringe, fígado e/ou 
vesícula biliar; hepatite, cirrose, gastrite, úlcera, danos cerebrais, desnutrição, problemas 
cardíacos, problemas de pressão arterial, além de transtornos psicológicos. Durante a 
gestação, causa má formação fetal. Apesar do abuso do álcool ser um pré-requisito para o 
que é definido como alcoolismo, o seu mecanismo biológico ainda é incerto. Para a maioria 
das pessoas, o consumo de álcool gera pouco ou nenhum risco de se tornar um vício. 
Outros fatores geralmente contribuem para que o uso de álcool se transforme em 
alcoolismo. Esses fatores podem incluir o ambiente social e cultura, a saúde psicológica e a 
predisposição genética.
 Terminologia
Muitos termos são aplicados para se referir a uma pessoa alcoólica e ao alcoolismo. Existe 
muita controvérsia a esse respeito, entretanto é consenso que:
1. O alcoolismo pode levar a morte;
2. 'Alcoolismo' é uma doença, um transtorno psicológico sério, que precisa de tratamento 
multiprofissional.
3. O alcoólico pode apresentar prejuízos relacionados com o uso de álcool em todas as 
áreas da vida (Prejuízos físicos, mentais, morais, profissionais,sociais, entre outros).
4. O alcoólico perde a capacidade de controlar uma quantidade de bebida que ingere, uma 
vez que vence uma ingestão. Abuso, uso pesado, vício e dependência são todos rótulos 
comuns usados para descrever os hábitos de consumo, mas o real significado dessas 
palavras muito podem variar, dependendo do contexto em que são usadas. Mesmo 
dentro da área de saúde especializada, uma definição pode variar entre as áreas de 
especialização. Muitas vezes a política e a religião ainda confundem o problema e 
agravam uma ambiguidade.
Uso refere-se ao simples uso de uma substância. Uma pessoa que bebe qualquer bebida 
alcoólica está usando álcool.
209
Desvio, problemas com uso e uso pesado são termos que sugerem que o consumo de 
álcool tem causado problemas psicológicos, físicos, sociais, ou seja, prejuízos ao bebedor. 
Os danos sociais e morais são altamente subjetivos e, portanto, diferem de indivíduo para 
indivíduo, o que dificulta a identificação desses usuários.
A expressão abuso de substâncias tem uma variedade de significados possíveis. No campo 
da saúde mental, o uso do DSM-IV por psicólogos e psiquiatras traz uma definição 
específica, que envolvem um conjunto de circunstâncias da vida que acontecem por causa 
do uso da substância. No direito, o abuso é freqüentemente usado para se referir ao uso 
ilegal de qualquer substância. Dentro do vasto campo da medicina, o abuso, por vezes, 
refere-se ao uso de medicamentos prescritos em excesso da dose prescrita ou a utilização de 
um medicamento que exige prescrição médica sem receita. Dentro da religião, o abuso 
pode se referir a qualquer uso de uma substância considerada inadequada. O termo algumas 
vezes é evitado por profissionais pela variabilidade em sua definição.A dependência é 
simultânea à tolerância, ou seja, necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo 
efeito. A dependência será tanto mais intensa quanto mais intenso for o grau de tolerância 
ao álcool. O diagnóstico de dependência de álcool não necessariamente indica uma 
presença de dependência física, ela pode ser apenas psicológica e estar associada com 
influência de amigos e família ou com poucas habilidades sociais. Dependência está 
associada a dificuldade em resistir a uma substância.
A definição precisa de vício é debatida, mas em geral se refere a qualquer condição que faz 
uma pessoa continuar a demonstrar comportamentos nocivos mesmo sofrendo prejuízos 
sociais, profissionais e pessoais. Pode ser causado por dependência física e psicológica.
Remissão é, segundo a Associação Psiquiátrica Americana, uma condição em que os 
sintomas físicos e mentais do alcoolismo não estão mais evidentes. A remissão pode ser 
parcial,quando breve, ou persistente, quando dura mais de um ano. Outros (principalmente 
Alcoólicos Anônimos) usam o termo recuperação para o usam descrever aqueles que 
cessaram completamente o consumo de álcool.
Diagnóstico
Um diagnóstico de dependência pelo CID-10 pode ser feito somente se três ou mais dos 
seguintes requisitos tenham sido experimentados ou exibidos em algum momento durante 
um período de 12 meses[4]:
• Um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância;
• Dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu 
início, término ou níveis de consumo;
• Um estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido, 
como evidenciado pela síndrome de abstinência característica para a substância ou o uso da 
mesma substância (ou de uma intimamente relacionada) com a intenção de aliviar ou evitar 
sintomas de abstinência;
• Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são 
requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;
210
• Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor da substância 
psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessário para obter ou tomar a substância ou 
para se recuperar de seus efeitos;
• Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de conseqüências 
manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por consumo excessivo de bebidas 
alcoólicas, estados de humor depressivos consequentes a períodos de consumo excessivo da 
substância ou comprometimento do funcionamento cognitivo relacionado à droga; deve-se 
fazer esforços para determinar se o usuário estava realmente (ou se poderia esperar que 
estivesse) consciente da natureza e extensão do dano.
Efeitos fisiológicos do alcoolismo
O consumo excessivo de álcool leva a uma degradação do etanol em etanal pelo fígado, 
fato que consome NAD+ formando NADH. Na segunda reação para a formação de acetato 
também há consumo de NAD+ e formação de NADH, dessa forma o ciclo de Krebs 
(dependente de NAD+) é diminuído pela falta de NAD+, aumentando portanto o 
metabolismo anaeróbico das células, o que irá produzir mais ácido lático no organismo. 
Esse excesso de ácido lático no organismo compete com a excreção de urato contribuindo 
para o aumento de ácido úrico no sangue, o qual irá precitar em articulações gerando uma 
doença conhecida como gota.O conjunto de efeitos fisiológicos sentidos após excessivo 
consumo de álcool é conhecido como veisalgia, popularmente chamada de "ressaca".
Álcool no sangue
Álcool no sangue
Álcool no sangue 
(gramas/litro) Estados Sintomas
0,1 a 0,3 Sobriedade Nenhuma influência aparente
0,3 a 0,9 Euforia Perda de eficiência, diminuição da atenção, julgamento e controle
0,9 a 1,8 Excitação Instabilidade das emoções, descoordenação muscular. Menor inibição. Perda do julgamento crítico
1,8 a 2,7 Confusão Vertigens, desequilíbrio, dificuldade na fala e distúrbios da sensação.
2,7 a 4,0 Estupor Apatia e inércia geral. Vômitos, incontinência urinária e fezes.
4,0 a 5,0 Coma Inconsciência, anestesia. Morte
Acima de 5,0 Morte Parada respiratória
Observações: Em média 45 gramas de etanol (120 ml de aguardente), com estômago vazio, fazem o sangue ter concentração de 0,6 a 1,0 
grama por litro; após refeição a concentração é de 0,3 a 0,5 grama por litro. Um conteúdo igual de etanol, sob a forma de cerveja (1,2 litros), 
resulta 0,4 a 0,5 gramas de etanol por litro de sangue, com estômago vazio e 0,2 a 0,3 gramas por litro, após uma refeição mista.
Prevalência
211
No Brasil os índices variam muito entre as diversas regiões, mas os estudos indicam que a 
média nacional está em torno de 3 a 6% da população, sendo cerca de 5 vezes mais comum 
em homens. Tanto em Salvador quanto em Ribeirão Preto a média foi de 6,2%, sendo de 
11% entre os homens e de 1,5% entre as mulheres. A proporção de indivíduos maiores de 
13 anos que consumem álcool no Brasil está em torno de 52%, o que é bastante inferior ao 
relatado em diversos países: 90% nos EUA, 87% na Austrália, 83% no Canadá e 75% no 
Equador. O índice brasileiro é semelhante ao índice da Colômbia e México (51%). O nível 
de alcoolismo é muito menor que a média americana (10-12%) e europeia (5 a 20%). A 
maior proporção de consumidores de álcool e de alcoolistas é entre homens de 30 e 49 
anos. 
Associação com cigarro
Entre alcoolistas, 67% também são fumantes. Os alcoolistas tendem a iniciar-se no 
consumo tabágico mais cedo, fumam durante mais tempo, fumam um maior número de 
cigarros por mês e apresentam fluxo expiratório mais baixo do que os abstêmios. 
Tratamentos
s tratamentos para o alcoolismo são bastante variados porque existem múltiplas 
perspectivas para essa condição. Aqueles que possuem um alcoolismo que se aproxima de 
uma condição médica ou doença são recomendados a se tratar de modo diferentes dos que 
se aproximam desta condição como uma escolha social. Não se deve confundir o 
tratamento do alcoolismo com o tratamento apenas da síndrome de abstinência. O 
tratamento do alcoolismo é complexo, multiprofissional e longo dependendo da 
persistência do paciente e sua rede social de apoio para o processo de cura. 
A maioria dos tratamentos busca ajudar as pessoas a diminuir o consumo de álcool, seguido 
por um treinamento de vida ou suporte social de modo que ajude a pessoa a resistir ao 
retorno do uso de álcool. Como o alcoolismo envolve múltiplos fatores que incentivam a 
pessoa a continuar a beber, todos estes fatores devem ser suprimidos para que se previnam 
com sucesso os casos de recaídas. Um exemplo para este tipo de tratamento é a 
desintoxicação seguida por uma combinação de terapia de suporte, atendimento em grupos 
de auto-ajuda, etc. A maioria dos tratamentos geralmente preferem uma abstinência de 
tolerância zero; entretanto, alguns preferem uma abordagem de redução de consumo 
progessiva. 
A efetividade dos tratamentos para o alcoolismo varia amplamente. Quando considerada a 
eficácia das opções de tratamento, deve-se considerar a taxa de sucesso daquelas pessoas 
que entraram no programa, não somente aqueles que o completaram. Como o término do 
programa é a qualificação para o sucesso, o sucesso entre as pessoas que completam um 
programa é geralmente perto de 100%. Também é importante se considerar não somente a 
taxa daqueles que atingiram os objetivos do tratamento, mas também a taxa daqueles que 
tiveram recaídas. Os resultados também devem ser comparados com a taxa aproximada de 
5% de pessoas que abandonam os programas por conta própria. 
212
A desintoxicação trata os efeitos físicos do uso prolongado do álcool, mas na verdade não 
trata o alcoolismo. Após a desintoxicação estiver completa, as recaídas são propensas de 
ocorrer se não houver um tratamento subseqüente. A desintoxicação pode ou não ser 
necessária dependendo da idade, estado de saúde e histórico de ingestão de álcool da 
pessoa. Por exemplo, um homem jovem que quando consome álcool o faz em quantidades 
excessivas em um curto período de tempo, e busca tratamento uma semana após seu último 
uso de álcool, pode não precisar de desintoxicação antes de iniciar o tratamento para o 
alcoolismo.
Psicoterapia
Após a desintoxicação, diversas formas de terapia em grupo ou psicoterapia podem ser 
usadas para lidar com os aspectos psicológicos subconscientes que são relacionados à 
doença do alcoolismo, assim como proporcionar a aquisição de habilidades de prevenção às 
recaídas como assertividade e técnicas de relaxamento mais saudáveis.
O aconselhamento em grupo através de ajuda mútua é um dos meios maiscomuns de 
ajudar os alcoólicos a manter a sobriedades. Muitas organizações já foram formadas para 
proporcionar esse serviço, como os Alcoólicos Anónimos.
A terapia cognitivo comportamental é feita individualmente, mas pode convidar familiares 
e amigos para participar caso o paciente aceite, e tem como objetivos [11]:
• Desenvolver aprendizagem e prática de novos comportamentos substitutos para o 
comportamento de beber através de treinamento de habilidades intrapessoais (auto-
identificação) e interpessoais (sociais);
• Ensinar estratégias de enfrentamento que podem ser usadas para lidar com situações 
de alto risco (internas e externas) que poderiam
levar ao comportamento adictivo;
• Estabelecer estratégias gerais de mudanças no estilo de vida que ajudem o paciente 
a atingir seus objetivos acadêmicos, profissionais, sociais e familiares de forma 
mais eficiente;
• Desenvolver estratégias que favoreçam a manutenção do processo de mudança nos 
hábitos produzidos pelo tratamento.
Psicólogos cognitivos comportamentais também fazem planos emergenciais para uma 
variedade de situações de estresse que podem surgir de maneira inesperada e planejam com 
o paciente estratégias para resolvê-las.
Durante a terapia é comum que outros transtornos como fobia social, depressão maior, 
transtorno bipolar, hiperatividade, transtorno de personalidade limítrofe, transtorno de 
ansiedade generalizada, anorexia nervosa ou outro transtorno de humor, ansiedade ou 
alimentar sejam identificados como a causa do alcoolismo.
213
Racionamento e moderação
Os programas de racionamento e moderação do uso do álcool não forçam uma abstinência 
completa. Apesar de a maioria dos alcoólicos serem incapazes de limitar o seu consumo 
através destes programas, alguns passam a beber moderadamente. Muitas pessoas se 
recuperam do alcoolismo. Um estudo realizado em 2002 nos Estados Unidos mostrou que 
17,7% das pessoas que tinham sido diagnosticadas como dependentes do álcool a mais de 
um ano (anteriormente à pesquisa) retornaram ao consumo de baixo risco de álcool.[12]
Medicamentos
Embora não sejam necessários para o tratamento do alcoolismo, diversas medicações 
podem ser prescritas como parte do tratamento. Algumas podem facilitar a transição para a 
sobriedade, enquanto outras podem causar dificuldades físicas quando do uso do álcool. Na 
maioria dos casos, o efeito desejado é fazer com que o alcoólatra se abstenha da bebida.
• O dissulfiram previne a eliminação de acetaldeído, um composto químico que o 
corpo produz quando quebra o etanol. É o acetaldeído que causa os diversos 
sintomas da "ressaca" após o uso do álcool. O efeito geral do medicamento é um 
grande desconforto quando o álcool é ingerido: uma "ressaca" desconfortável 
extremamente rápida e de longa duração. Isso desencoraja o alcoolista a beber 
quantidades significativas de álcool enquanto ele está tomando o medicamento. O 
consumo excessivo de álcool associado com o dissulfiram pode causar doenças 
severas e até a morte.
• A naltrexona é um antagonista competitivo para os receptores opióides, bloqueando 
efetivamente a habilidade do corpo em usar as endorfinas e opiáceos. Ele também 
parece agir na ação da neurotransmissão do glutamato. A naltrexona é usada em 
duas formas muito diferentes de tratamento. O primeiro tratamento usa a naltrexona 
para diminuir os desejos pelo álcool e encorajar a abstinência. O outro tratamento, 
chamado extinção farmacológica, combina a naltrexona com o hábito normal de 
ingestão de álcool de forma para reverter o condicionamento das endorfinas que 
causam o vício ao álcool. A naltrexona é apresentada em duas formas. A naltrexona 
oral é uma pílula que deve ser tomada diariamente para ser eficiente. Vivitrol é uma 
formulação que é injetada nas nádegas uma vez ao mês.
• Acredita-se que o Acamprosato (também conhecido como Campral) estabiliza o 
equilíbrio químico do cérebro prejudicado pelo alcoolismo. O FDA aprovou esta 
droga em 2004, dizendo "Embora seu mecanismo de ação não seja perfeitamente 
compreendido, acredita-se que o Campral atue nas vias químicas do cérebro 
relacionadas ao abuso do etanol. O Campral mostrou-se efetivo em manter a 
abstinência por um curto período de tempo. " Embora seja efetivo sozinho, é 
comumente ministrado com outros medicamentos como a naltroxetona com grande 
sucesso. 
• Oxibato de sódio é o sal de sódio do ácido gama-hidroxibutírico (GHB). Ele é usado 
para a abstinência aguda do álcool e para a desintoxicação a médio e longo prazo. 
214
Essa droga melhora a neutrotransmissão do GABA e diminui os níveis de 
glutamato.
• Baclofeno tem mostrado em estudos em animais e em pequenos estudos em 
humanos que melhora a desintoxicação. Esta droga atua como um agonista do 
receptor GABA B e isto pode ser benéfico.
Extinção farmacológica
A extinção farmacológica é o uso de antagonistas opióides como a naltrexona combinados 
com o hábito normal de ingestão de álcool para eliminar o desejo intenso pelo álcool. Essa 
técnica obteve sucesso na Finlândia, Pensilvânia, e Flórida, e é às vezes citada como o 
Método Sinclair.
Terapia nutricional
O tratamento preventivo das complicações do álcool incluem o uso a longo-prazo de 
multivitaminas além de vitaminas específicas como B12 e folato.
Apesar da terapia nutricional não ser um tratamento propriamente para o alcoolismo, ela 
trata as dificuldades que podem surgir anos após o uso intenso de álcool. Muitos 
dependentes de álcool tem a síndrome da resistência à insulina, um distúrbio metabólico no 
qual a dificuldade do corpo em processar açúcares causa um suprimento desequilibrado na 
corrente sanguínea. Apesar do distúrbio poder ser diminuído com uma dieta hipoglicêmica, 
ele pode afetar o comportamento e as emoções, efeitos colaterais que freqüentemente são 
observados entre os álcool-dependentes em tratamento. Os aspectos metabólicos desta 
dependência são freqüentemente negligenciados, gerando resultados ruins para os 
tratamentos.[20]
Prognóstico
Sem acompanhamento profissional aproximadamente 90% dos alcoólatras voltam a beber 
nos 4 anos seguintes a interrupção.[2] A principal causa de recaída apontada pelos usuários 
são emoções negativas (35%), pressão social(20%), brigas (16%), incapacidade de resistir 
ao desejo (11%) e teste de auto-controle (9%). Esses dados ressaltam a importância de 
acompanhamento psicológico prolongado e persistente em qualquer abuso de substâncias.
[21]
O fato de serem diagnosticados outros transtornos psicológicos associados ao uso do álcool 
nesse caso é sinal de bom prognóstico, pois o tratamento desses transtornos costumam 
resolver a raiz do alcoolismo e fatores que manteriam o consumo. 
Outro fator de bom prognóstico é quando amigos e familiares também param de beber e 
oferecer bebidas ou já não tinham o hábito de beber. Quanto maior o apoio de amigos e 
familiares, melhores as chances de cura definitiva. 
215
TABAGISMO
O tabagismo é uma toxicomania caracterizada pela dependência física e psicológica do 
consumo de nicotina, substância presente no tabaco.
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, os cigarros contém cerca de 4.720 substâncias 
tóxicas, sendo uma delas, a nicotina, responsável pela dependência.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, o tabagismo é o responsável por 
cerca de 30% das mortes por cancro (câncer no Brasil), 90% das mortes por cancro do 
pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar 
obstrutiva crónica e 25% das mortes por derrame cerebral. Ainda de acordocom a OPAS, 
não existem níveis seguros de consumo do tabaco.
As doenças ocasionadas pelo consumo de tabaco matam 3 milhões de pessoas no mundo 
anualmente, com uma projeção estimada de óbitos em torno de 10 milhões até o ano 2020 - 
das quais 7 milhões ocorrerão nos países em desenvolvimento. Vale dizer que o tabagismo, 
hoje, mata mais que a soma das mortes por AIDS, cocaína, heroína, álcool, suicídios e 
acidentes de trânsito. As doenças causadas pelo tabaco são responsáveis por perdas 
econômicas de aproximadamente US$ 200 bilhões de dólares, no mundo.
O método de avaliação de Fagerström é, hoje, utilizado por especialistas, para ajudar a 
definir a melhor estratégia para quem quer largar o cigarro. Trata-se de um questionário 
utilizado por médicos a fim de determinar se uma pessoa está seriamente viciada na 
nicotina.
Historia
O hábito de fumar se iniciou na Europa em 1580, introduzido por Walter Raleigh, pessoa 
de confiança na corte de Elizabeth I da Inglaterra. Os cigarros se popularizaram a partir de 
1881, quando foi inventada a máquina que os manufaturava.
Tabagismo no Brasil
No Brasil, estima-se que cerca de 290 mil mortes por ano são decorrentes do tabagismo. A 
proporção de fumantes no país é de 23,9% da população. Segundo dados da PNAD, em 
2008, o Brasil tinha 24,6 milhões de fumantes habituais com idade a partir de 15 anos ou 
17,2% da população de pessoas dessa faixa etária, sendo 15,1% fumantes diários.
Cerca de 90% dos fumantes tornam-se dependentes da nicotina entre os 5 e os 19 anos de 
idade. Há 2,8 milhões de fumantes nessa faixa etária, mas a maior concentração de 
fumantes está na faixa etária de 20 a 49 anos.
A região Sul do país é a que apresenta maior proporção de dependentes - 45% dos 
fumantes. Em 2008, a região Sul, com 19,3%, tinha o maior porcentual de fumantes 
correntes[3].
216
No Nordeste, os fumantes dependentes são 31%. Os moradores da zona rural também 
fumam mais que os das zonas urbanas.
O fumo é responsável por 95% dos casos de câncer de boca [4]; 90% das inflamações de 
mama; 80% da incidência de câncer no pulmão; por 97% dos casos de câncer da laringe; 
50% dos casos de câncer de pele; 45% das mortes por doença coronariana (infarto do 
miocárdio) e também 25% das mortes por doença vascular-cerebral (derrames cerebrais).
O tabagismo, incluindo o passivo, é o fator de risco mais comum para a DPOC, Doença 
Pulmonar Obstrutiva Crônica. No Brasil, estima-se que a doença atinja cerca de 6 milhões 
de pessoas. Somente 12% dos pacientes são diagnosticados e, desses, apenas 18% recebem 
tratamento. Já no cenário mundial, a estimativa é de que aproximadamente 210 milhões de 
pessoas tenham DPOC e a previsão é que a doença se torne a terceira principal causa de 
morte por volta de 2020. Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença 
são a inalação de poeiras e produtos químicos em fábricas ou ambientes profissionais 
similares, poluição do ar, desenvolvimento pulmonar prejudicado e fatores genéticos.
Segundo uma pesquisa realizada em 20 países, o brasileiro, com 91%, é o que mais se 
arrepende de ter começado a fumar. Entre os fumantes brasileiros do estudo internacional, 
63% apóiam campanhas e leis contra o fumo e 82% relatam que o fumo já lhes causou 
algum problema de saúde [5].
O Brasil é o maior exportador e quarto maior produtor mundial de tabaco - depois da China 
,EUA e Índia.
Tabagismo passivo
O tabagismo passivo (fumo passivo, fumaça ambiental do tabaco (FAT), ou fumaça de 
segunda-mão) refere-se ao ato de inalar a fumaça de qualquer substância fumígera 
proveniente de um fumante, fazendo com que os malefícios do fumo ocorram mesmo em 
não-fumantes.
Impacto na saúde
De acordo com pesquisa realizada no Brasil pelo Instituto Nacional do Câncer, pelo menos 
sete brasileiros que não fumam morrem a cada dia por doenças provocadas pela exposição 
passiva à fumaça do tabaco. 
Os não fumantes, que presenciam fumantes, ou passam tempos mesmo que esporadicos, 
proximo a esses, pode ter os seguintes sintomas:
• Coceira no olhos;
• Tosse interminente;
• Odores na laringe;
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• Odores nos membros e vestes;
• Trombose nas vias aeras;
• Odores capilares;
• Falta de apetite;
• Falta de olfato;
• Falta de paladar;
Tabagismo e saúde
Os maus efeitos à saúde causados pelo fumo de tabaco se referem diretamente à 
tabagismo assim como à inalação de fumaça ambiente (tabagismo passivo). A Organização 
Mundial de Saúde (OMS) estima que 16% da população brasileira é fumante. A OMS 
também estima que em países desenvolvidos, 26% das mortes masculinas e 9% das mortes 
femininas podem ser atribuídas ao tabagismo. Desta forma, o tabagismo é uma importante 
causa de morte prematura em todo o mundo.
Riscos primários
Os principais maleficios à saúde relacionados ao tabagismo referem-se às doenças do 
sistema cardiovascular, sendo o tabagismo um fator de risco importante para infarto do 
miocárdio (ataque cardíaco), doenças do trato respiratório como a Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica (DPOC) e enfisema, e câncer, particularmente câncer de pulmão e 
câncer de laringe e boca. Antes da Primeira Guerra Mundial, o câncer de pulmão era 
considerado uma doença rara, a qual a maioria dos médicos poderia jamais ver durante sua 
carreira profissional. Com o crescimento da popularidade do tabagismo após a guerra, 
houve um aumento epidêmico de câncer de pulmão. 
A incidência de impotência sexual é aproximadamente oitenta e cinco por cento maior em 
fumantes masculinos do que em não fumantes e é uma causa importante de disfunção erétil. 
O tabagismo leva à impotência por causar o estreitamento das artérias (do pênis e do 
corpo).
As doenças relacionadas ao tabagismo matam quatrocentos e quarenta mil cidadãos 
estadunidenses por ano e cerca de mil, duzentos e cinco por dia, fazendo com que o 
tabagismo seja a maior causa de morte capaz de ser prevenida nos Estados Unidos.
O risco aumentado da pessoa em contrair doenças é diretamente proporcional à duração do 
tempo em que a pessoa continua a fumar assim como à quantidade fumada. Entretanto, se 
alguém para de fumar, então estas chances diminuem gradualmente já que os danos ao 
corpo são reparados.
Doenças associadas ao tabagismo incluem:
218
• várias formas de câncer, particularmente câncer de pulmão, câncer dos rins, da 
laringe, Cabeça, pescoço, mamas [11][12], bexiga, esôfago, pâncreas e estômago. Há 
evidências de risco aumentado de leucemia, câncer de pele, fígado, colo uterino, 
intestinos, Vesícula biliar, adrenal, além de correlação com tumores infantis.
• Doenças cardiovasculares;
• acidentes vasculares cerebrais;
• doença vascular periférica;
• distúrbios respiratórios, como bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica e 
enfisema;
• tromboangeite obliterante;
• Impotência sexual;
• catarata;
• redução da memória e dificuldade de aprendizado em tabagistas adolescentes.
Fumantes de charuto e cachimbo tendem a inalar menos que os fumantes de cigarro; por 
conta disso, seu risco de cancro do pulmão é menor, mas ainda é várias vezes mais elevado 
do que o risco em não fumantes. Todos estes grupos sofrem o mesmo risco de cancros da 
cavidade oral: laringe ou esôfago, um risco que foi apenas uma hipótese, sem qualquer 
ligação entre fumar e o câncer, até ser provado cientificamente e pela cobertura da 
imprensa dos cancros relacionados com o tabaco de dois presidentes estadunidenses: 
Ulysses S. Grant morreu em 1885, aos sessenta e três anos, depois de umalonga e penosa 
batalha contra o cancro da garganta, assumindo-o como o resultado de seu hábito de fumar 
charuto. Grover Cleveland foi diagnosticado em 1893 com cancro da mandíbula esquerda, 
que era frequentemente visto pela imprensa e pelo público fumando charuto. Do mesmo 
modo, o cancro da boca e mandíbula é também um risco para quem masca tabaco. Os 
benefícios para quem para de fumar são imediatos: a pressão arterial, frequência cardíaca e 
a temperatura corporal retornam à faixa normal; o risco de ataque cardíaco diminui; a 
capacidade de sentir aroma e sabor é apurada e melhora a circulação.
É geralmente aceito que o grande fator motivacional por trás do tabaco é a nicotina que ele 
contém. No entanto, a prática de ingerir o fumo diretamente de sua folha gera uma enorme 
quantidade de compostos químicos ativos, agrupados como alcatrão, muitos deles são 
biologicamente reactivos e potencialmente perigosos à saúde. Mesmo grupos de tabaco 
considerados mais brandos são também cancerígenos, provavelmente porque compostos 
semelhantes são gerados para a cura do câncer; os nórdicos snus, utilizam vapor, portanto, 
são muito menos cancerígenos.) Existem cerca de três mil substâncias químicas 
encontradas no fumo do tabaco.
Exposição a longo prazo aos outros compostos na fumaça, como monóxido de carbono, 
cianeto, e de outros compostos provocam danos no tecido arterial do pulmão, e se acredita 
que seja responsável pelos danos cardiovasculares e pela perda de elasticidade nos alvéolos, 
levando a enfisema e DPOC. Além disso, os cigarros contêm 19 agentes cancerígenos 
conhecidos.
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Nicotina e vício
A nicotina é um estimulante poderoso e é um dos principais fatores que levam ao consumo 
contínuo de tabaco. Embora a quantidade de nicotina inalada no fumo seja muito pequena 
(a maior parte da substância é destruída pelo calor), ela ainda é suficiente para causar 
dependência psicológica e/ou física. A quantidade de nicotina absorvida pelo corpo no 
tabagismo depende de diversos fatores, incluindo o tipo do tabaco, se a fumaça é inalada e 
se é usado um filtro.
Tabagismo de cigarro versus charuto
Há quem julgue o ato de fumar charutos menos danoso à saúde que fumar cigarros, devido 
ao fato do fumante de charutos não "tragar", ou seja, não inalar ativamente a fumaça. 
Entretanto, as evidências científicas não corroboram esta ideia. Nos Estados Unidos da 
América, o Instituto Nacional do Câncer, divulgou , em 1998, que fumar charutos está 
associado a vários tipos de Câncer, incluindo tumores da cavidade oral (lábio, língua, 
bochechas, garganta), do esôfago, laringe e pulmão. Este estudo levava em consideração 
pessoas que fumavam ao menos um charuto ao dia e afirmava que os riscos de fumar 
menos que diariamente não são conhecidos. Apesar do estudo mostrar que a maioria dos 
fumantes de charutos não inalarem ativamente a fumaça, alguns, principalmente ex-
fumantes de cigarrros, o fazem ,sendo assim o risco igual ao de fumantes de cigarros. No 
caso de fumantes passivos, a grande quantidade de fumaça produzida por charutos, 
principalmente em ambientes fechados e ou quando vários fumantes se congregam, é mais 
que suficiente para afetar a saúde de quem permanecer nestes ambientes. Este estudo do 
Instituto Nacional do Câncer foi criticado por defensores do charuto, alegando uso indevido 
das estatísticas. 
Tabagismo e doenças cardiovasculares
O tabaco provoca o amarelecimento dos dentes, por via da nicotina. Provoca cancro da 
boca, da língua, do esôfago, da faringe e da laringe, além de provocar a insuficiência 
respiratória forçando o coração a bater mais rapidamente para maior captação de oxigênio 
diminuindo assim sua vida útil.
Epidemiologia do tabagismo
Uma Equipe de Cientistas Britânicos liderados por Richard Doll fez uma pesquisa com 
34,439 especialistas médicos entre o ano de 1951 e 2001, pesquisa esta apelidada de 
"British doctors study." O estudo demonstrou que fumar diminui a expectativa de vida em 
até 10 anos e que quase metade dos fumantes morrem por doenças causadas possivelmente 
pelo cigarro (como câncer, doenças cardiovasculares e infartos). Cerca de 5,900 dos 
participantes da pesquisa ainda estão vivos e somente 134 ainda fumam. No Reino Unido, 
os impactos do uso contínuo do cigarro é mais acentuado nas classes sociais mais baixas, 
que já tem a menor expectativa de vida.
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Tabaco e reprodução
O tabaco provoca infertilidade, problemas de erecção nos homens e aborto espontâneo no 
caso das mulheres.
Efeitos do tabagismo nas células espermáticas
Existem cada vez mais evidências de que os compostos danosos do tabagismo matam 
células espermáticas (os espermatozóides). Desta maneira, alguns governos exigem que os 
fabricantes coloquem avisos em suas embalagens.
Síndrome da morte súbita infantil
O tabagismo passivo está relacionado à Síndrome da Morte Súbita Infantil.
A síndrome da morte súbita infantil ocorre quando na há explicação de como um bebê 
faleceu mesmo tendo feito autópsia e com investigação. Também podemos chamar esta 
síndrome de morte de berço, pois ela acontece enquanto os bebês dormem durante a noite 
ou estão cochilando durante o dia, e ela que por sua vez vem sendo a maior causa de mortes 
entre os bebês. Normalmente o bebê que morre devido à síndrome morre antes de 
completar os seus quatro meses de vida ou durante esse período e as estações onde mais 
ocorre este tipo de morte é no outono, inverno e geralmente no início da primavera.
O porquê isto ocorre ninguém sabe exatamente, o que os médicos e pesquisadores dizem é 
que isto acontece devido a uma série de fatores, entre elas podem estar irregularidade no 
batimento cardíaco de uma criança, um distúrbio metabólico, entre outros fatores, esses são 
apenas alguns. Esses fatores e ainda o modo de como a criança dorme de bruços e inala 
muita fumaça de cigarro, ou pegar uma doença respiratória, ou seja, inala muito dióxido de 
carbono ela tem mais chances de ser vitima da SMSI.
Como realizadas em pesquisas quando o bebê apresenta defeito no cérebro a maioria deles 
apresentam anomalias no seu tronco cerebral, às vezes o bebê até percebe o que está se 
passando, mas pode não ter mecanismos de proteção para que isso não ocorra. No caso de 
um distúrbio metabólico eles não produzem a quantidade de ácidos graxos da maneira 
necessária e um possível acumulo desses ácidos poderia evitar que ocorra a síndrome. O 
favorecimento disto se dá através da criança dormir em colchões macios, se o bebê for 
prematuro, se ficar exposto a fumaças, entre outros. Alguma dica para sempre proteger o 
seu bebê é o deixar dormir sempre de costas e a temperatura do quarto não muito aquecida 
se o clima estiver bom, entre muitas outras.
Efeitos benéficos de fumar
Ao tabaco já foram atribuídos possíveis efeitos benéficos sobre certas condições, 
presumivelmente devido aos efeitos da Nicotina sobre o sistema nervoso. Alguns estudos 
demonstraram que a incidência de tabagismo em pacientes que desenvolveram o Mal de 
Alzheimer é menor que na população em geral, o que foi interpretado como uma possível 
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proteção que o tabagismo traria contra a doença. Entretanto, a pesquisa sobre o assunto é 
limitada e os resultados controversos. Alguns estudos demonstram que fumar aumenta o 
risco de desenvolver o mal de Alzheimer. Revisões recentes sobre a literatura científica 
disponível concluíram que a aparente menor incidência do Mal de Alzheimer entre 
tabagistas deve-se ao fato de que fumantes tendem a morrer antes de atingirem a idade de 
desenvolverem a doença. A mortalidade precoce é um

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