Buscar

Contabilidade Pública_Ponto-TCU-aula-Extra 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
1 1 
 
 
 
Querido estudante! 
 
O conteúdo desta aula foi inserido com o lançamento do novo edital! 
 
Desejo-lhe sucesso e êxito em seus estudos e uma excelente 
assimilação dos conteúdos. Que tenha sempre uma mente ILUMINADA! 
 
Nesta aula abordaremos o conteúdo Princípios Orçamentários. Este 
assunto geralmente visita as provas de concursos. 
 
Estude esta nota de aula com bastante atenção e aproveite a 
oportunidade para adquirir conhecimentos suficientes para ganhar 
preciosos pontos e aprender esse assunto porque é um tópico tranquilo 
de ser assimilado (“digerido”). 
 
Procure estímulo para estudar! Está satisfeito com o cargo ou emprego 
atual? Se a resposta for não, “chute o balde”! Só seu esforço tirará você 
dessa situação e verá que valeu a pena. 
Atenção! Caso queira aprimorar seus conhecimentos através da prática 
(resolução de exercícios), existem estes nossos livros, todos lançados 
pela Editora Campus Elsevier, o livro verde, Série Questões, são 650 
questões resolvidas e comentadas, todas de concursos recentes, o 
vermelho, recém lançado, a 6ª edição/2014, completamente 
reestruturado e meticulosamente organizado, com mais de 1000 
questões de concursos, todas resolvidas/comentadas. O BIZUS DE AFO, 
lançado em 01/11/2014, resume os tópicos mais exigidos em concursos 
públicos. 
Observe: 
Aula extra 01 – Princípios orçamentários 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
2 2 
 
Reflexão! 
Sabe-se que a grande maioria das pessoas desiste dos seus sonhos quando já 
estão a um passo da conquista. Desistem muitas vezes por muito pouco, pois 
é mais fácil desistir do que prosseguir. 
Desistem dos estudos, do objetivo perseguido por muito tempo ou de um 
grande sonho, do trabalho, dos projetos, etc. Pense um pouco, neste 
momento, quantas coisas você deixou de fazer, no ano que passou? Tenho 
certeza de que devem ser várias. Eu pergunto, por que você não fez? O que 
lhe impediu para conseguir realizar? 
Pense! O sol nasce para todos, porém, a sobra é só para quem procura! 
 
Sucesso em sua jornada! Bons estudos. 
 
Sumário 
Conteúdo Página 
1. Conceitos e disposições gerais 03 
2. Princípio da legalidade 06 
3. Princípio da unidade ou totalidade 07 
4. Princípio da universalidade 11 
5. Princípio da anualidade ou periodicidade 15 
6. Princípio da exclusividade 17 
7. Princípio do orçamento bruto 23 
8. Princípio do equilíbrio orçamentário 25 
9. Princípio da não afetação ou não vinculação da 
receita de impostos 
27 
10. Princípio da especificação ou especialização 
(discriminação da despesa) 
31 
11. Princípio da clareza 34 
12. Princípio da publicidade 35 
13. Princípio da programação ou planejamento 37 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
3 3 
14. Princípio da continuidade dos serviços públicos 41 
15. Princípio da impessoalidade 42 
16. Princípio da uniformidade 43 
17. Princípio da transparência 44 
18. Princípios de contabilidade sob a perspectiva do 
setor público 
44 
19. Questões de concursos públicos 50 
20. Lista das questões 84 
21. Gabarito 95 
Atenção! O Ponto exige no mínimo 20 questões para cursos de teoria e 
exercícios da banca organizadora do concurso. Além das questões do 
CESPE incluí outras da FCC e ESAF, um “plus” para você. 
 
Bons estudos! 
 
1. Conceitos e disposições gerais 
 
Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional. 
 
Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo 
de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades. 
 
A partir de junho de 2010, os "Princípios 
Fundamentais de Contabilidade", constantes na Resolução do Conselho 
Federal de Contabilidade – CFC, nº 750/93, passaram a denominar-se 
"Princípios de Contabilidade", conforme estabelecido na Resolução CFC 
1.282/2010. 
 
Considerando que os princípios contábeis são aplicáveis à contabilidade 
no seu sentido mais amplo, estes também são premissas a serem 
observadas na concepção e execução dos orçamentos e da contabilidade 
pública. 
 
Assim, os princípios orçamentários objeto de nosso estudo constituem 
um conjunto de regras jurídicas que devem ser observados na 
elaboração, aprovação, execução e controle do orçamento, bem como 
da contabilidade pública. 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
4 4 
 
Para a contabilidade pública, sempre que possível aplicam-se todos os 
princípios fundamentais de contabilidade, ressalvando-se as 
peculiaridades dessa disciplina, a exemplo do recente entendimento da 
STN onde o regime de competência se aplica INTEGRALMENTE tanto 
para as receitas quanto para as despesas públicas. 
 
Portanto, para fins de concursos não mais se aplica o Regime Misto na 
contabilidade pública (caixa para as receitas e de competência para as 
despesas). 
 
Regime misto significa que as receitas são computadas ao exercício 
financeiro pelo regime de caixa (momento da arrecadação) e as 
despesas, pelo regime de competência (na realização do empenho). 
 
Regime de caixa significa reconhecer as receitas após a sua arrecadação 
junto às instituições financeiras. 
 
Regime de competência para as despesas significa reconhecê-las depois 
de empenhadas e liquidadas (compromissadas). 
 
Na contabilidade pública a despesa é 
reconhecida segundo o regime de competência e no momento de sua 
liquidação. 
 
Portanto, o regime de competência para as despesas é comum, tanto na 
contabilidade geral quanto na contabilidade pública. Porém, existem 
algumas exceções na contabilidade pública, a exemplo das “despesas de 
exercícios anteriores”, em que a despesa é referente a exercício 
encerrado, porém, afeta o patrimônio público em momento posterior, 
quando ocorrer seu reconhecimento nos períodos seguintes. 
 
Aplicando o princípio da competência, a Resolução nº 750/93 do CFC, no 
§ 3º do art. 9º menciona que: 
“As receitas consideram-se realizadas”: 
“Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o 
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de igual valor”. 
 
O perdão de uma dívida seria um exemplo de geração de receita, tanto 
para a contabilidade pública quanto para a contabilidade empresarial. 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
5 5 
 
Nessa situação,desaparece a dívida do passivo e não há registro 
correspondente no ativo. O registro seria uma receita econômica ou 
escritural, aumentando o patrimônio líquido. 
Exemplo de registro contábil: 
D – Obrigações a pagar XXX 
C – Receita ou Variação ativa XXX 
Receita escritural ou econômica é aquela que efetivamente não ocorre o 
ingresso do recurso, mas sim, apenas sua contabilização, resultando 
aumento no patrimônio. 
 
Um exemplo da aplicação do princípio da competência para as despesas 
seria a previsão no § 4º do art. 9º, da resolução supracitada, onde 
estabelece que: 
“Consideram-se incorridas as despesas”: 
“Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo”. 
 
Para a contabilidade empresarial e a pública seria o exemplo da perda 
de estoque ou a morte de um semovente. A perda de parte do estoque 
diminui o valor econômico de um ativo e a morte de um semovente 
(animal) há extinção do valor do ativo. 
 
Feitas essas considerações podemos afirmar que os princípios 
fundamentais de contabilidade são aplicáveis a todos os ramos da 
contabilidade, inclusive o da contabilidade pública, haja vista que esses 
princípios representam o verdadeiro núcleo central da doutrina contábil. 
 
Corroborando com esse entendimento, observe o que estabelece a 
Portaria Conjunta MPOG/STN nº. 2, de 08 de agosto de 2007,que 
aprova a 4ª edição do Manual de Procedimentos da Receita Pública: 
“RECONHECIMENTO DA RECEITA” 
“É a aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade para 
reconhecimento da variação ocorrida no patrimônio, por meio do registro do 
direito a receber no momento da ocorrência do fato gerador, antes da 
efetivação do correspondente ingresso de disponibilidades”. 
 
“Além dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, a Contabilidade Pública 
deve seguir o disposto nas normas de Direito Financeiro, em especial, na Lei 
nº 4.320/64, que instituiu um regime contábil misto para receitas e despesas 
orçamentárias no seu artigo 35”. 
Conforme mencionada acima, atualmente os princípios são denominados 
apenas de “princípios de contabilidade”. 
 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
6 6 
Grande parte dos princípios orçamentários ou princípios aplicáveis à 
contabilidade pública está prevista em normas (Constituição Federal - 
CF, Lei nº 4.320/64, Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, Resolução do 
CFC, etc.). Entretanto, alguns dos princípios orçamentários que serão 
abordados neste estudo são apenas doutrinários, porém, visitam 
bastantes as provas de concursos públicos. 
 
Muitos princípios previstos em normas estão implícitos, a exemplo do 
princípio da programação inserido no contexto da LRF, no qual impõe ao 
poder público a realização de despesas de forma programada, 
compatibilizando com os ingressos de receitas. 
 
Quais são os princípios orçamentários ou princípios aplicáveis à 
contabilidade pública? A seguir, iremos dissertar detalhadamente 
acerca dos princípios orçamentários, chamando a atenção dos tópicos 
mais importantes para fins de concurso. Abordaremos tanto os 
princípios previstos em normas legais quanto os reconhecidos pela 
doutrina. 
 
2. Princípio da legalidade 
 
Esse princípio diz respeito às limitações ao poder de tributar do Estado. 
Atende a regra estabelecida no inciso II do art. 5º da CF, onde 
menciona que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei” (princípio da reserva legal). 
 
O princípio da legalidade orienta a estruturação do sistema 
orçamentário. Em função desse princípio, o planejamento e o orçamento 
são realizados através de leis (PPA, LDO e LOA). Quando o orçamento é 
aprovado pelo Poder Legislativo há garantia de que todos os atos 
relacionados aos interesses da sociedade, em especial, a arrecadação de 
receitas e a execução de despesas, devam passar pelo exame e pela 
aprovação do parlamento, verdadeiros representantes do povo. 
 
Esse princípio visa a combater as arbitrariedades emanadas do poder 
público. Somente por meio de normas legais podem ser criadas 
obrigações aos indivíduos. Assim, fica garantido ao povo que todos os 
atos relacionados aos interesses da sociedade devem passar pelo exame 
e pela aprovação do parlamento (Legislativo) 
 
Atendendo a esse princípio, todos os instrumentos de planejamento da 
administração pública (PPA, LDO e LOA) são preparados e 
encaminhados, pelo Poder Executivo, ao Legislativo, para fins de 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
7 7 
discussão e aprovação por este, cabendo ainda ao Parlamento fiscalizar 
a execução dos orçamentos. 
 
(ESAF/MPOG – Analista de Planejamento e 
Orçamento) De acordo com os princípios orçamentários, identifique o 
princípio que está inserido nos dispositivos constitucionais, orientando a 
construção do sistema orçamentário em sintonia com o planejamento e 
programação do poder público e garantindo que todos os atos 
relacionados aos interesses da sociedade devem passar pelo exame e 
pela aprovação do parlamento. 
a) princípio da periodicidade 
b) princípio da exclusividade 
c) princípio da universalidade 
d) princípio da unidade 
e) princípio da legalidade 
 
Resolução 
Essa questão foge do campo específico e exige um amplo conhecimento 
acerca do elo entre planejamento (PPA) e orçamento (LOA) e a sua 
aprovação pelo legislativo, garantindo que todos os atos relacionados 
aos interesses da sociedade devem passar pelo exame e pela aprovação 
do parlamento. 
O comando da questão se refere ao princípio da legalidade, onde os 
projetos de leis dos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA) 
devem ser analisados e aprovados pelo Legislativo, sancionadas pelo 
Executivo e transformados em lei para viger pelo período de um ano 
(LOA e LDO) e por quatro anos o PPA. 
Legislativo é o Poder que possui competência constitucional para dar 
legitimidade às leis orçamentárias e, em conseqüência, os atos relativos 
a despesas emanados de todos os Poderes. 
Opção E. 
 
Princípios orçamentários da unidade, universalidade e anualidade: 
 
Esses princípios estão previstos de forma explícita na Lei nº. 4.320/64, 
na qual estabelece claramente que: “A Lei de Orçamento conterá a 
discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política 
econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
8 8 
os princípios da unidade, universalidade e anualidade” (art. 2º da 
Lei nº 4.320/64). 
Veremos em seguida estes três princípios elencados na norma citada. 
 
3. Princípio da unidade ou totalidade 
 
Este princípio informa que todas as receitas e despesas da 
administração pública dos órgãos e entidades integrantes dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social devem estar contidas em 
apenas um só “documento” denominado de lei orçamentária. Assim, 
cada Ente da Federação (União, Estados/DF e Municípios) dentre de sua 
de sua autonomia constitucional,deve elaborar e aprovar uma única lei 
orçamentária. 
 
Quanto às receitas, correlaciona-se com o princípio da unidade de caixa 
da União, posto que as disponibilidades de caixa da União devam ser 
acolhidas em um único caixa, ou seja, no Banco Central do Brasil (art. 
164, § 3º, da CF). 
Tanto a doutrina quanto a Lei 4.320/64 há tempos mencionam acerca 
deste princípio. A doutrina, anterior à Lei 4.320/64. Porém, mesmo 
depois que a Lei 4.320/64 estabeleceu como obrigatório a aplicação 
deste princípio orçamentário ele ainda não foi efetivamente aplicado na 
prática. Isto porque ainda existiam os orçamentos das estatais e o 
orçamento monetário do Banco Central. 
Só depois da CF/88 é que este princípio foi efetivamente implementado 
de fato e de direto haja vista que esta constituição aboliu qualquer tipo 
de orçamento paralelo na União, estados/DF e Municípios. 
 
Previsão legal do princípio: 
Art. 2º da Lei nº. 4.320/64. “A Lei de Orçamento conterá a 
discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política 
econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos 
os princípios da unidade, universalidade e anualidade”. 
 
Em conformidade com esse princípio não deve haver orçamentos 
paralelos. As propostas orçamentárias de todos os órgãos e Poderes 
devem estar contidas numa só lei orçamentária, mesmo considerando a 
independência dos Poderes ou a autonomia administrativa, orçamentária 
e financeira dos órgãos. 
Exemplo: os Poderes Legislativo, Judiciário e ainda o Ministério Público 
possuem independência orçamentária e financeira, porém, mesmo 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
9 9 
assim devem elaborar e encaminhar suas propostas orçamentárias ao 
Executivo, nos prazos estabelecidos na LDO, para que este realize a 
consolidação e encaminhe ao Legislativo um único projeto de lei de 
orçamento (PLOA). 
 
Inexistência de orçamentos paralelos! Os orçamentos paralelos 
foram extintos. Por exemplo, antes da CF/88, o Banco Central do Brasil 
(Autarquia especial) elaborava sua proposta orçamentária denominada 
de orçamento monetário e a encaminhava ao Executivo que 
aquiescendo, aprovava por Decreto. 
 
As Fundações e as outras Autarquias adotavam esse mesmo 
procedimento. 
 
(CESPE – TCDF/2012) O princípio 
orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se 
refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde a publicação 
da Lei n.º 4.320/1964. 
Resolução 
O princípio em referencia é um dos mais antigos, oficialmente foi 
inserido na Constituição de 1934, confirmado nas Constituições 
posteriores. Em 1964, na Lei 4.320 foi legalmente regulamentado, 
tornando-se obrigatório, porém, na prática não efetivamente 
implementado nessa data (1964). Portanto, quanto a aplicação prática 
este princípio só vem sendo observado a partir da CF/88. ERRADO. 
 
Princípio da unidade e os orçamentos previstos na CF: 
O § 5º do art. 165 da CF prevê que a Lei Orçamentária Anual 
compreenderá os seguintes orçamentos: 
► O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
► O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
► O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
10 10 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Esses três orçamentos (fiscal, de investimentos e da seguridade social) 
são partes integrantes do todo e estão contidos numa só lei 
orçamentária, ou seja, não são orçamentos distintos. Assim sendo, o 
orçamento é uno, uma única peça para os Três Poderes, sendo que 
cada ente da federação (União, Estados/DF e Municípios) possui 
competência para planejar e executar seu próprio orçamento. 
 
A previsão constitucional dos orçamentos (fiscal, de investimentos e da 
seguridade social) não contraria o princípio da unidade inserido na Lei 
nº 4.320/64, mas sim, corrobora quando menciona a frase: “A lei 
orçamentária anual compreenderá” (art.165, § 5º, CF/88): 
O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
 
 Modernamente o princípio da unidade vem 
sendo denominado de princípio da totalidade, posto que a totalidade 
dos órgãos está inserida na mesma lei de orçamento e ainda com 
fundamento na consolidação, pela União, dos orçamentos dos diversos 
órgãos e Poderes de forma que permita ao governo e à sociedade, uma 
visão de conjunto das finanças públicas. 
 
Foi a doutrina que tratou de reconceituar o princípio da unidade de 
forma que abrangesse as novas situações, ou seja, considerar sua maior 
abrangência. 
 
Surgiu, então, o princípio da totalidade, que possibilita a coexistência 
de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem ser consolidados pelo 
órgão central de planejamento e orçamento, no caso da União, a 
Secretaria de Orçamento Federal- SOF. 
 
A Constituição de 1988 deixou bem mais cristalina esta questão ao 
precisar a composição do orçamento anual subdividido em: 1) 
orçamento fiscal; 2) orçamento da seguridade social e 3) orçamento de 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
11 11 
investimentos das estatais. Esta configuração, alinhada aos orçamentos 
e planejamentos dos diversos órgãos e entidades, em linhas gerais 
configura-se no princípio da totalidade. 
 
(CESPE-TC/DF – ACE/2012) O princípio 
orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se 
refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde a publicação 
da Lei n.º 4.320/1964. 
 
Resolução 
Na CF de 1934 ficou instituído o princípio orçamentário da unidade. 
Nesta constituição ficaram estabelecidos, em seu art. 50, os princípios 
da UNIDADE, ESPECIALIZAÇÃO e EXCLUSIVIDADE do orçamento 
público. 
ERRADO 
(CESPE – CNPq) A Lei nº. 4.320/1964 
determinou que a Lei de Orçamento compreendesse todas as receitas, 
inclusive as operações de crédito autorizadas em lei. Esse dispositivo 
incorpora o princípio da unidade na legislação orçamentária brasileira. 
 
Resolução 
O enunciado refere-se ao princípio da universalidade (todas as receitas e 
despesas devem constar na LOA). Atenção! Esse princípio 
(universalidade) não pode ser confundido com o da unidade, no qual aspropostas de todos os poderes e dos diversos órgãos irão fazer parte de 
uma única peça orçamentária a ser discutida e votada pelo Legislativo. 
Errado. 
 
4. Princípio da universalidade 
 
O princípio da universalidade é legal e consta diretamente no art. 2º da 
Lei nº. 4.320/64 da seguinte forma: 
“A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa, de forma a 
evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do 
Governo, obedecidos os princípios da unidade, universalidade e 
anualidade”. 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
12 12 
Indiretamente a Constituição Federal corrobora com o princípio da 
universalidade ao estabelecer no § 5º do art. 165 que: 
A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta 
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a 
voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades 
e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem 
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Esse enunciado constitucional estabelece indiretamente que todas as 
receitas e despesas dos órgãos e entidades integrantes dos orçamentos 
fiscal e da seguridade social devem constar na LOA. Isso porque tais 
orçamentos são compostos de receitas e despesas. 
 
O art. 6º da Lei 4.320/64 também versa acerca do princípio em 
referência ao estabelecer que todas as receitas e despesas devam 
constar na lei de orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer 
deduções. 
 
Atenção! A parte final do artigo 6º em comento, ao mencionar: “pelos 
seus totais, vedadas quaisquer deduções”, doutrinariamente denomina-
se de princípio do orçamento bruto, onde todas as receitas e despesa 
devem constar na LOA pelos seus totais, vedando-se qualquer dedução. 
 
A LRF também se reporta ao princípio da universalidade ao estabelecer 
em seu art. 5º, incisos I e II que: 
Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma 
compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes 
orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar: 
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da 
programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes do 
documento de que trata o § 1o do art. 4o; 
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 
da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias 
de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter 
continuado; 
Art. 165/CF - § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado 
de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, 
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
13 13 
natureza financeira, tributária e creditícia. 
A regra da LRF determinando que o poder público informe à sociedade 
através de demonstrativo regionalizado do efeito/impacto econômico 
nas contas públicas em virtude das isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, 
reforça que todas as receitas e despesas devem ser evidenciadas na 
LOA, inclusive as que deixarão de ser arrecadadas em função dos 
benefícios fiscais. 
 
Portanto, em conformidade com o princípio da UNIVERSALIDADE, na lei 
orçamentária anual devem constar todas as receitas previstas para 
serem arrecadadas no ano seguinte e as despesas fixadas para as 
demandas do exercício financeiro subseqüente. 
A referência “ano seguinte” é porque o orçamento é elaborado em um 
ano e executado em outro, ou seja, o orçamento elaborado em X0 será 
executado em X1. 
 
Assim sendo, o orçamento que está sendo executado neste ano foi 
elaborado no ano anterior e aprovado neste mesmo ano ou no início do 
ano de sua execução. 
 
Exemplificando o princípio da universalidade: 
Suponha-se que o Estado X, ao elaborar seu projeto de lei de orçamento 
previu arrecadação de $ 1.8 bilhões de receitas e fixou a despesa em 
igual valor (princípio do equilíbrio orçamentário). 
 
Esse Estado X possui Autarquias e Fundações públicas que arrecadam 
receitas próprias, entre outras, as de serviços prestados, aluguéis de 
imóveis, alienação de bens, aplicações financeiras, etc. 
 
Vamos supor que depois de aprovada a lei orçamentária, foi constatado 
que havia previsão de arrecadar $500 milhões/ano, pelas Autarquias e 
Fundações e que essa receita foi omitida no planejamento orçamentário. 
 
Ao elaborar a proposta orçamentária do Estado X, os analistas 
procederam da seguinte forma: 
RECEITA PREVISTA DESPESA FIXADA 
Receita de impostos 1.000.000 Despesa de custeio 900.000 
Receita de contribuições 500.000 Juros e encargos da dívida 500.000 
Receita de taxas 300.000 Amortização da dívida 400.000 
Total 1.800.000 Total 1.800.000 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
14 14 
Continuando a nossa situação hipotética pode-se observar que houve 
omissão de receitas pelo Estado X. A omissão refere-se aos $500.000 
milhões das Autarquias e Fundações que não foram inseridos na LOA. 
A não inclusão de todas as receitas do Estado na proposta orçamentária 
contraria o princípio orçamentário da universalidade, ou seja, dentro do 
universo possível de receitas e despesas do estado nada pode ser 
excluído da lei de orçamento porque fugiria ao controle do Legislativo e 
de outros órgãos de fiscalização. 
 
A omissão de receitas tem como contrapartida a não inclusão de 
despesas pelo mesmo valor. A conseqüência é um orçamento mal 
elaborado e, em tese, menos serviços prestados à sociedade. Digo “em 
tese” porque durante a tramitação da LOA no Legislativo, este pode 
realizar correções de erros e omissões (art. 166, § 3º, III, alínea “a”). 
 
A proposta orçamentária deveria ter sido elaborada assim: 
RECEITAS PREVISTAS DESPESAS FIXADAS 
Receita de impostos 1.000.000 Despesa de custeio 900.000 
Receita de contribuições 500.000 Juros e encargos da dívida 500.000 
Receita de serviços – 
administração indireta 
500.000 
Investimentos 
500.000 
Receita de taxas 300.000 Amortização da dívida 400.000 
Total 2.300.000 Total 2.300.000 
 
(CESPE – Contador - Agência de Defesa 
Agropecuária do Estado do Pará) De acordo com os princípios 
orçamentários, o princípio da universalidade está claramente 
incorporado à legislação orçamentária brasileira. Esse princípio 
possibilita ao legislativo conhecer a priori todas as receitas e despesas 
do governo, dar prévia autorização para a respectiva arrecadação e 
realização e impedir o executivo de realizar qualquer operação de 
receitas e despesas sem prévia autorização parlamentar. 
 
Resolução 
É exatamente isso! O enunciado da questão mostraa essência do 
princípio da universalidade. Todas as receitas e despesas devem estar 
contidas na LOA para fins de controle pelo Legislativo (esse controle 
pelo Legislativo é só na teoria e para fins de concurso!). 
 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
15 15 
Caso uma entidade omita receitas na proposta orçamentária, estas 
receitas estariam, em tese, “fora” do controle Legislativo. CERTO. 
 
(CESPE – Procurador Ministério 
Público/TCU) Em cumprimento ao princípio da exclusividade, todas as 
receitas e todas as despesas dos poderes, fundos, órgãos e das 
entidades da administração pública direta e indireta devem estar 
incluídos no orçamento anual geral. 
 
Resolução 
A frase: “todas as receitas e todas as despesas dos poderes, fundos, 
órgãos e das entidades da administração pública direta e indireta devem 
estar incluídos no orçamento anual geral” refere-se ao princípio da 
universalidade. ERRADO. 
 
(CESPE – Procurador Ministério Público/TCU/) Em consonância com o 
princípio da universalidade, a previsão das receitas e a fixação das 
despesas são sempre referentes a um período limitado de tempo. 
 
O enunciado acima refere-se ao princípio da anualidade, em que as 
receitas e despesas serão estabelecidas para o período de um ano. A lei 
orçamentária é para ser executada no período de um ano. Essa previsão 
é legal e está inserida na constituição federal, em especial, nos 
parágrafos 5º e 8º, do artigo 165. ERRADO. 
 
5. Princípio da anualidade ou periodicidade 
 
Princípio orçamentário clássico, de origem inglesa, também denominado 
Princípio da Periodicidade, segundo o qual o orçamento público deve ser 
elaborado por um período determinado de tempo, no caso do Brasil, um 
ano, devendo este coincidir com o ano civil. 
 
Este princípio estabelece que o orçamento deva ter vigência limitada no 
tempo, um ano. Está explícito nos artigos 2º e 34 da Lei nº 4.320/64. 
Este último estabelece que o exercício financeiro coincide com o ano 
civil. 
O período de um ano para a LOA também está previsto na Constituição 
Federal, em especial, onde se menciona o termo “anual”, (art. 166, § 
3º, art. 165, parágrafos 5º e 8º e o art. 167, inciso I). 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
16 16 
 
Em conformidade com esse princípio, a autorização legislativa para 
realização de despesas públicas deve ser renovada a cada exercício 
financeiro. Assim sendo, a essência do princípio da anualidade, além de 
informar que o orçamento é para o período de um ano, também permite 
que o Legislativo tenha o controle da arrecadação e execução das 
despesas. 
 
(CESPE-TCE/ES – ACE/2012) O principio da 
anualidade orçamentaria remonta ao controle parlamentar sobre os 
impostos e a aplicação dos recursos públicos. 
 
Resolução 
O princípio da anualidade estabelece que o orçamento é para o período 
de uma ano. A LOA é preparada pelos órgãos de todos os Poderes, 
consolidada e enviada ao Legislativo pelo Executivo. Quando o 
Legislativo a aprova, em regra está exercendo uma espécie de controle 
sobre a arrecadação de receitas e execução de despesas. 
CERTO. 
 
A CF/88 determina que nenhum investimento cuja execução ultrapasse 
um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano 
plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. Esta determinação também consagra o princípio da 
anualidade, onde determina que, em princípio, a LOA deverá conter os 
investimentos planejados no PPA. 
 
Exemplo: na LOA do ano “X” encontra-se um investimento (duplicação 
de trecho de uma rodovia) cuja duração esteja prevista para 18 meses. 
Entretanto, verificou-se que este investimento não estava previsto no 
PPA. Conclusão: esta obra não poderá ser iniciada. Para que esta obra 
seja implementada haverá necessidade de que o Executivo envie, ao 
Legislativo, projeto de lei autorizando sua inclusão na LOA. 
 
Observe a literalidade do comando constitucional (art. 167, § 1º): 
“§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem 
lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade”. 
 
As regras são: 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
17 17 
1ª. Todo investimento com prazo de execução previsto para até um ano, ou 
seja, que não ultrapasse um exercício financeiro deverá constar na LOA; 
2ª. Caso haja necessidade de realizar determinada despesa e o investimento 
não estiver inserido na LOA, poderá ser incluído no ano de execução do 
orçamento através de projeto de lei especial, de iniciativa do Presidente da 
República e aprovação do Congresso Nacional, essa lei especial altera a LOA; 
3ª. Se o investimento tiver previsão de duração superior a um exercício 
financeiro, além de constar na LOA, deverá estar previsto no PPA; 
4ª. Caso o investimento não conste no PPA, poderá ser incluído no ano de 
execução do orçamento através de projeto de lei especial, de iniciativa do 
Presidente da República e aprovação do Congresso Nacional, essa lei especial 
altera a lei orçamentária pela inclusão de um investimento a ser executado 
sem previsão no PPA. 
 
(CESPE – MJ/Escrivão de Polícia Federal) A 
Lei Orçamentária Anual será informada pelos princípios da anualidade, 
da publicidade, da universalidade, da unidade e do orçamento bruto. 
 
Os princípios da anualidade, universalidade e unidade enunciados no 
comando da questão fazem parte do rol de princípios previstos no art. 
2º da Lei nº 4.320/64. Já o princípio da publicidade é inerente a todas 
as leis, inclusive as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA). 
O princípio do orçamento bruto será visto adiante. Este princípio 
estabelece que todas as receitas e despesas devam constar na lei 
orçamentária pelos seus totais, vedada quaisquer deduções. CERTO. 
 
6. Princípio da exclusividade 
 
Este princípio limita o conteúdo da lei orçamentária, restringindo o 
legislador, impedindo que nela se incluam normas pertencentes a outros 
campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo 
legislativo mais rápido, especial. 
 
Em outras palavras, o princípio da exclusividade, também denominado 
de PUREZA orçamentária estabelece que a lei orçamentária anual não 
contenha dispositivos estranhos à fixação da despesa e previsão da 
receita, ressalvadas a autorização para a abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação da receita. 
 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
18 18 
As denominadas matérias estranhas ao orçamento são mais conhecidas como 
“caudas orçamentárias”. Isso porqueos governos aproveitavam as leis 
orçamentárias para incluir matérias estranhas ao orçamento e conseguir 
aprovação do Legislativo, às vezes ou quase sempre tais matérias passavam 
despercebidas. 
 
Previsão legal do princípio: 
Esse princípio possui prestígio constitucional 
e está consagrado no § 8º do art. 165 da Constituição Federal, da 
seguinte forma: A lei orçamentária anual não conterá dispositivo 
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo 
na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita, nos termos da lei. 
 
A Lei 4.320/64 também consagra esse princípio e estabelece exceções 
ao prevê que: 
A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para: 
Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as 
disposições do artigo 43; 
Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito 
por antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa. 
 
As autorizações na lei orçamentária para abertura de créditos 
suplementares e realização de operações de crédito são realizadas pelo 
Legislativo, no momento da discussão e aprovação da LOA. 
 
É importante esclarecer que a autorização do Legislativo para abertura 
de crédito adicional suplementar na própria LOA denomina-se de 
autorização genérica. 
 
Por que autorização genérica? Existem duas possibilidades de 
abertura de créditos suplementares durante a execução do orçamento: 
1ª. As autorizadas na LOA, pelo Legislativo, até determinado percentual. 
Exemplo: até 20% do respectivo valor do subtítulo de determinados tipos de 
despesa. O subtítulo é o menor nível de categoria de programação da 
despesa, sendo utilizado, especialmente, para especificar a localização física 
da ação, ou seja, a localidade do gasto. 
2ª. Depois de esgotados os créditos autorizados na LOA o Executivo poderá 
continuar realizando abertura de crédito suplementar, porém, desde que 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
19 19 
autorizados pelo Legislativo. Neste caso o Executivo solicita ao Legislativo a 
abertura dos créditos necessários através de projeto de lei específica. 
 
Assim sendo, a autorização “genérica” é aquela realizada na própria LOA 
e a autorização específica, em lei específica. 
Porque lei específica? É porque para cada espécie de crédito adicional 
deve ser enviado um projeto de lei. Exemplo: um projeto de lei para 
solicitar crédito especial, outro para crédito suplementar, etc. 
 
Abaixo citaremos as matérias que podem ser inseridas (autorizadas) na 
LOA e que não afetam o princípio da exclusividade: 
► Autorização para a abertura de crédito adicional suplementar; 
► Contratação de qualquer operação de crédito; 
► Contratação de operações de crédito por antecipação da receita 
orçamentária – ARO. 
 
Crédito adicional é o gênero e suas espécies 
são: suplementar, especial e extraordinário. A CF/88 autoriza que seja 
incluída na LOA (autorização legislativa) somente a abertura da espécie 
de crédito adicional, o SUPLEMENTAR. 
 
Essas ressalvas acima estão fixadas na própria Constituição Federal, 
portanto, somente ela pode excepcionar, podendo inclusive através de 
emendas à constituição. 
 
Repito! Essa proibição evita que o Chefe do Poder Executivo, ao 
encaminhar o projeto de lei de orçamento, aproveite a oportunidade e 
inclua outras matérias que não sejam orçamentárias. Isso era muito 
comum em passado recente e foram denominadas de caudas 
orçamentárias. 
Exemplo: Antes dessa proibição constitucional o Presidente da 
República aproveitava a oportunidade e, no momento da elaboração do 
Projeto de Lei da LOA, inseria matéria tributária ou regulamentava 
atividade dos Servidores Públicos (obrigações, direitos e deveres). 
 
Em princípio a lei orçamentária deve tratar somente de matéria 
referente à previsão de receitas e à fixação de despesas, entretanto, a 
CF permite que outras matérias que tenham relação de pertinência 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
20 20 
sejam incluídas na LOA, haja vista que guardam consonância com o 
orçamento. 
 
Explicando melhor as exceções acima: 
Autorização para a abertura de crédito adicional suplementar: 
Crédito adicional é o gênero e suas espécies são três: 
Suplementares; 
Especiais; 
Extraordinários. 
Portanto, se a Constituição autoriza somente a autorização para a 
abertura de crédito suplementar, contrário sensu, a CF veda a 
autorização para a abertura de créditos especiais ou extraordinários 
na própria LOA. Essa autorização é competência conferida ao 
Legislativo. 
 
A autorização para a abertura de créditos adicionais na LOA é 
inconstitucional, haja vista que a CF autoriza somente a espécie 
crédito suplementar. 
Geralmente a solicitação do Executivo para a abertura de crédito 
suplementar está limitada a determinado percentual de subtítulo de 
determinadas despesas. 
Importante! O percentual solicitado pelo Executivo poderá ser alterado 
ou até mesmo ser totalmente recusado pelo Legislativo. 
 
Também, não existe norma determinando que o percentual deva ser 
com base na receita ou na despesa, entretanto, tenho observado que as 
autorizações, pelo menos em nível Federal (União), tem sido com base 
em subtítulo de despesa. 
 
Essa explicação acima é importante porque 
existem muitas “pegadinhas” em concursos acerca desse assunto. 
 
Observe esta questão! 
(CESPE – ACE/TCU) Considere a seguinte situação hipotética. Um 
prefeito municipal encaminhou projeto de lei orçamentária à Câmara 
Municipal. No projeto, consta dispositivo que autoriza o Poder Executivo 
a abrir créditos adicionais até o correspondente a 20% da despesa total 
autorizada. Nessa situação, a solicitação do prefeito municipal tem 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
21 21 
amparo legal, podendo a Câmara Municipal, entretanto, autorizar outro 
percentual ou mesmo rejeitar o dispositivo. 
 
Onde existe erro no comando da questão? 
Simplesmente na frase “créditos adicionais”. Ao encaminhar o projeto de 
lei orçamentária o Prefeito inseriu dispositivo que autorizava a abertura 
de crédito adicional até o correspondente a 20% da despesa total 
autorizada. A CF permite somente a autorização para a abertura de 
crédito adicional suplementar. Apenas essa espécie de crédito adicional! 
 
Conforme mencionado, legalmente não existe parâmetro, entretanto, 
entendo que deverá ser a receita e não a despesa. Poderia ser 10 ou 
20% da Receita Corrente Líquida, já que esta é parâmetro para quase 
todos os cálculos acerca dos limites de gastos públicos. 
 
Às vezes pensamos que dominamos o assunto! Mas é sempre bom estar 
“ligado”, posto que as surpresas aparecem! 
 
Autorização para contratação de qualquer operação de crédito na 
LOA: 
É a contratação de empréstimos, interno ou externo, mediante 
contratou ouatravés da emissão de títulos, geralmente de longo prazo e 
irá compor a dívida fundada ou consolidada. 
 
O conceito de operação de crédito é bastante amplo e está estabelecido 
na LRF, conforme transcrito abaixo: 
Veja: “compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura 
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, 
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de 
bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações 
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros” (art. 29, 
inciso III, da LRF). 
Portanto, o Poder Legislativo pode autorizar, na lei orçamentária anual, 
o Executivo a realizar operações de crédito. Cabe a este Poder 
(Executivo) optar por quaisquer uma de suas espécies. 
 
A autorização para a contratação de 
operação de crédito é destinada somente ao Chefe do poder Executivo, 
haja vista que a legislação não permite que outros órgãos ou poderes 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
22 22 
(Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunais de Contas etc.) 
realizem tais operações. 
 
Contratação de operações de crédito por antecipação da receita 
orçamentária – ARO: 
Esse tipo de empréstimo e uma espécie do gênero “operações de 
crédito”. Essa operação é, em realidade, um adiantamento de receitas a 
ser captada em instituições financeiras e que pode ser prevista na lei 
orçamentária. Realiza-se geralmente quando o governo não possui 
dinheiro em caixa suficiente para pagamento de determinadas despesas, 
ou seja, objetiva cobrir insuficiência de caixa durante o exercício 
financeiro. 
 
As antecipações de receitas orçamentárias devem atender a todas as 
normas relativas às operações de crédito constantes do art. 32 da LRF a 
seguir descritas: 
 
Imposições à realização de ARO: 
� Realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício 
financeiro; 
� Deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o 
dia dez de dezembro de cada ano; 
� Não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a 
taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à 
taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir; 
� Está limitado a 7% da Receita Corrente Líquida Anual do Ente 
Federado – Resolução nº. 43 do Senado Federal. 
 
Observe a legislação supramencionada: 
Art. 10. O saldo devedor das operações de crédito por antecipação de 
receita orçamentária não poderá exceder, no exercício em que estiver 
sendo apurado, a 7% (sete por cento) da receita corrente líquida,-------
------- 
 
Está proibida: 
� Enquanto existir operação anterior da mesma natureza não 
integralmente resgatada; 
� No último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito 
Municipal. 
 
Para Estados e Municípios as regras para as AROs são diferentes! 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
23 23 
As operações de crédito por antecipação da receita realizadas por 
Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito 
junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo 
eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil. É uma espécie de 
pregão na forma eletrônico. 
O Banco Central do Brasil deverá manter sistema de acompanhamento e 
controle do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos 
limites aplicará as sanções cabíveis à instituição credora. 
 
Assim, o princípio da exclusividade admite somente as exceções acima 
abordadas e essas são excepcionadas pela própria Constituição Federal. 
 
7. Princípio do orçamento bruto 
 
Este princípio estabelece que as receitas e despesas devam ser 
demonstradas na LOA pelos seus valores totais, isto é, sem deduções 
ou compensações. 
Exemplo: a proposta orçamentária da União deve ser apresentada sem 
as deduções dos recursos a serem transferidos aos fundos de 
participação dos estados e municípios. 
 
O princípio do orçamento bruto está previsto na parte final do art. 6º da 
Lei nº 4.320/64. Esse artigo consagra dois princípios, a primeira parte 
se refere ao princípio da universalidade, e a segunda, o do orçamento 
bruto. 
O art. 6º estabelece que todas as receitas e despesa constarão da Lei de 
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
 
O critério geral utilizado para registro da receita orçamentária é o do 
ingresso de disponibilidades. 
 
Entendemos que s deduções da receita orçamentária prevista no MCASP 
não afetam o princípio do orçamento bruto. 
 
No âmbito da administração pública, a dedução de receita orçamentária 
é utilizada nas seguintes situações, entre outras: 
- Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que 
pertencem a outro ente, de acordo com a lei vigente (se não houver a 
previsão como despesa); e 
- Restituição de tributos recebidos a maior ou indevidamente. 
 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
24 24 
Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes 
(repartição tributária), a transferência poderá ser registrada como 
dedução de receita ou como despesa orçamentária, de acordo com a 
legislação em vigor. 
 
Se houver parcelas a serem restituídas, em regra, esses fatos não 
devem ser tratados como despesa orçamentária, mas como dedução de 
receita orçamentária, pois correspondem a recursos arrecadados que 
não pertencem à entidade pública e não são aplicáveis em programas e 
ações governamentais sob a responsabilidade do ente arrecadador, não 
necessitando, portanto, de autorização orçamentária para a sua 
execução. 
 
Não confundir o princípio do orçamento 
bruto com o princípio da universalidade. 
 
(CESPE/MPU - Analista de Orçamento – 
2010) A aplicação do princípio do orçamento bruto visa impedir a 
inclusão, no orçamento, de importâncias líquidas, isto é, a inclusão 
apenas do saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as 
receitas e as despesas de determinado serviço público. 
 
Resolução 
De acordo com o princípio do orçamento bruto as receitas não podem 
ser incluídas na LOA pelos seus montantes líquidos. Assim, as receitas e 
despesas devem ser previstas e fixadas, respectivamente, pelos seus 
totais, não importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. 
CERTO. 
 
Exemplificando o princípio: situação hipotética. Suponha-se que 
existe previsão para a União arrecadar $ 70 bilhões de Imposto de 
Renda (Pessoa Física/Pessoa Jurídica) e $ 20 bilhões de Imposto sobre 
Produtos Industrializados – IPI. 
Desse valor total há previsão de repasse de $ 40 bilhões para o Fundo 
de Participação dos Estados e Municípios – FPE/FPM. 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br25 25 
Assim sendo, neste item a proposta orçamentária da União foi elaborada 
assim: 
RECEITAS VALOR $ 
Imposto de Renda – pessoa física/jurídica 30 bilhões 
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI 20 bilhões 
Total 50 bilhões 
 
Procedendo-se conforme apresentado acima, ou seja, sem a inclusão 
(deduzindo) do Imposto de Renda a parcela a ser transferida aos 
estados e municípios, a informação não estaria adequada, haja vista a 
omissão de receitas. 
 
Esse procedimento estaria em desacordo com o princípio do orçamento 
bruto. Portanto, o correto seria evidenciar na proposta orçamentária a 
arrecadação bruta e o valor a ser transferido aos estados e municípios. 
 
Proposta orçamentária apresentada de acordo com o princípio do 
orçamento bruto: 
RECEITAS VALOR $ 
Imposto de Renda – pessoa física/jurídica 70 bilhões 
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI 20 bilhões 
(-) FPE/FPM – Deduções da receita (40 bilhões) 
Total 50 bilhões 
 
(CESPE – Contador - Agência de Defesa 
Agropecuária do Estado do Pará) O princípio do orçamento bruto 
determina que todas as parcelas da receita e da despesa devem 
aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de 
dedução. Essa regra objetiva impedir a inclusão, no orçamento, de 
importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do saldo positivo ou 
negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas de 
determinado serviço público. 
 
Resolução 
Essa questão é muito importante para que o leitor não confunda o 
princípio do orçamento bruto com o princípio da universalidade. 
 
Fizemos questão de apresentar exemplos para os dois princípios. Por 
favor, para fins de concurso não confunda e procure entender o que 
vem sendo cobrado em concurso. 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
26 26 
Esta opção está conforme o princípio do orçamento bruto previsto no 
art. 6º da Lei nº 4.320/64. CERTO. 
 
(CESPE – Contador - TERRACAP) O princípio 
do orçamento bruto é observado na lei orçamentária quando esta 
compreende todas as despesas e receitas, inclusive as de operações de 
crédito autorizadas em lei. 
 
Resolução 
Observe atentamente que o enunciado da questão refere-se ao princípio 
da universalidade tentando confundir o candidato com o princípio do 
orçamento bruto. ERRADO. 
 
8. Princípio do equilíbrio orçamentário 
 
A lei orçamentária anual deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista 
contábil, entre os valores de receita e de despesa. Assim sendo, na LOA 
o total das receitas deve ser igual ao das despesas. Isso não significa 
que ao final da gestão (exercício financeiro) os valores serão iguais, 
aliás, essa possibilidade é quase improvável. 
 
No final do exercício financeiro, as igualdades entre os valores do ativo e 
do passivo são evidenciadas nos demonstrativos contábeis. 
 
O princípio do equilíbrio orçamentário deve 
ser alcançado mesmo quando, durante o exercício financeiro, a 
arrecadação não atingir o montante previsto na lei orçamentária anual. 
Nesta situação, basta que o gestor público limite a emissão de 
empenho, ou seja, deve-se realizar despesas conforme o fluxo de caixa 
do Ente. 
 
A LRF consagra o princípio do equilíbrio orçamentário com maior 
abrangência, incorporando-o às finanças públicas, estabelecendo o 
princípio geral do equilíbrio, no qual as despesas deverão acompanhar a 
evolução das receitas, caso contrário, deverá haver limitação de 
empenho - gasto (art. 9º). 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
27 27 
 
Em realidade, depois da edição da LRF surge um novo conceito em 
relação ao princípio do equilíbrio, o chamado equilíbrio Fiscal. Na 
verdade, a LRF exige-se mais que o equilíbrio, exige-se um superávit 
fiscal, ou seja, que as receitas arrecadadas internamente, em especial a 
relativa aos tributos deve superar as despesas executadas de forma que 
o saldo (diferença positiva) possa ser utilizado para pagamento do 
serviço da dívida pública. 
 
(CESPE-TCE/ES – ACE/2012) Se, em 
determinado exercício, a arrecadação tributaria de determinado ente 
federativo não alcançar o volume de recursos previstos na lei 
orçamentária anual, não haverá possibilidade de esse ente atender ao 
principio do equilíbrio orçamentário. 
 
Resolução 
Questão que exigiu conhecimento amplo sobre o princípio do equilíbrio 
orçamentário! 
Se a arrecadação tributaria de determinado ente federativo não alcançar 
o volume de recursos previstos na lei orçamentária anual basta reduzir 
despesas (limitar empenho) para atingir o equilíbrio orçamentário. 
ERRADO. 
 
Ainda, corrobora com este princípio a previsão na LRF de que a LDO 
disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa (art. 4º, inciso I, 
alínea “a”). 
 
Porém, para fins de concursos geralmente afirma-se no comando da 
questão que, em relação ao princípio do equilíbrio, no orçamento 
público, deve haver equilíbrio financeiro entre receita e despesa. 
 
De acordo com as regras da LRF, atualmente não mais se busca o 
equilíbrio orçamentário formal, mas sim o equilíbrio das finanças 
públicas. O Estado deverá pautar sua gestão pelo equilíbrio entre 
receitas e despesas evitando déficits desordenados e consequente 
endividamento do estado. 
 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
28 28 
(CESPE – Contador - Agência de Defesa 
Agropecuária do Estado do Pará) O princípio do equilíbrio surgiu com o 
objetivo de impedir que a lei de orçamento, em função da natural 
celeridade de sua tramitação no legislativo, seja utilizada como meio de 
aprovação de matérias que nada tenham a ver com questões 
financeiras. 
 
Resolução 
O enunciado da questão nada tem a ver com o princípio do equilibro, 
trata-se, em realidade, do princípio da exclusividade, onde estabelece 
que na LOA não poderá tratar de matérias estranhas ao orçamento. 
ERRADO. 
 
9. Princípio da não-afetação ou não-vinculação da receita 
 
Este princípio decorre da previsão constitucional contida no art. 167, IV 
que proíbe a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, com as devidas ressalvas estabelecidas. 
 
Por este princípio a receita orçamentária de impostos não pode ser 
vinculada a órgãos ou fundos, ressalvados os casos permitidos pela 
própria Constituição Federal. 
 
O princípio da não afetação de receitas determina que na sua 
arrecadação, as recitas oriundas dos impostos não sejam previamente 
vinculadas a determinadas despesas, a fim de que estejam livres para 
sua alocação racional, no momento oportuno, conforme as prioridades 
públicas. 
Previsão do princípio na CF/88: 
Art. 67. São vedados: 
---------------- 
“a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a 
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 
158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de 
saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realizaçãode 
atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, 
pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações 
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o 
disposto no § 4º deste artigo” (art. 167, inciso IV). 
 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
29 29 
Analisando o texto original acima pode-se verificar que a CF de 1988, 
restringiu a aplicação do princípio da não-afetação ou não-vinculação 
da receita aos impostos, observadas as ressalvas indicadas na 
Constituição. 
Porém, em 2003, a Emenda Constitucional nº. 42 ampliou a restrição 
constitucional original estendendo a vinculação da receita de tributos 
(impostos, taxas, contribuições de melhoria e contribuições sociais e 
econômicas) a determinados investimentos, conforme demonstrado no 
quadro abaixo. 
 
Somente a Constituição Federal pode 
excepcionar a aplicação desse princípio relativamente aos impostos. 
Assim, não é permitida a sua ampliação mediante quaisquer outros 
instrumentos normativos, a exemplo de uma lei ordinária ou 
complementar. 
 
Entretanto, uma lei ordinária ou complementar poderá vincular receitas 
a determinadas despesas, desde que não seja de impostos, ou seja, 
receitas provenientes de taxas, contribuições, etc. 
 
Uma lei ordinária ou complementar poderá vincular receitas a 
determinadas despesas, desde que não seja de impostos. 
 
As ressalvas a esse princípio, previstas na própria CF são: 
 
1º) Receitas de impostos que podem ser vinculadas, conforme a 
CF: 
 
Fundo de participação dos municípios – FPM – art. 159, inciso I, b); 
Fundo de participação dos estados - FPE - art. 159, inciso I, a); 
Recursos destinados para as ações e serviços públicos de saúde – art. 198, § 
2º, incisos I, II e III; 
Recursos destinados para a manutenção e desenvolvimento do ensino – 
FUNDEB – art. 212, parágrafos 1º, 2º e 3º; 
Recursos destinados às atividades da administração tributária, (art. 37, XXII, 
da CF – EC 42/03); 
Recursos destinados à prestação de garantia às operações de crédito por 
antecipação da receita – ARO, previsto no parágrafo 8º do art. 165, da CF – 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
30 30 
art. 167, IV; 
Recursos destinados à prestação de contragarantia à União e para pagamento 
de débitos para com esta - art. 167, § 4º, CF. 
Fundo de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e 
Centro-Oeste (art. 159, I, d). 
Impostos dos municípios repartidos pela União e estados – (art. 158). 
 
(CESPE-TCE/ES – ACE/2012) A vinculação 
de receitas para educação, saúde e segurança não pode ser considerada 
violação do principio da não afetação de receitas, uma vez que esses 
serviços são a razão da existência do Estado moderno. 
 
Resolução 
A vinculação de receitas para educação e saúde não pode ser 
considerada violação do principio da não afetação de receitas. Porém, 
para a segurança, sim, haja vista que não existe esta previsão 
constitucional. 
ERRADO. 
 
Receitas que podem ser vinculadas conforme a EC 42/03. 
 
2º) Vinculação de receita de tributos (impostos, taxas, 
contribuições sociais e contribuições de melhoria etc.): 
Recursos destinados a programa de apoio à inclusão e promoção social, 
extensivos somente a Estados e ao Distrito Federal – até cinco décimos por 
cento de sua receita tributária líquida (art. 204, parágrafo único – EC 42/03). 
Atenção! Esta regra é uma faculdade dos estados. Até cinco décimos por 
cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no 
pagamento de: a) despesas com pessoal e encargos sociais; b) serviço da 
dívida; c) qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos 
investimentos ou ações apoiados. 
Recursos destinados ao fundo estadual de fomento à cultura, para o 
financiamento de programas e projetos culturais, extensivos somente a 
Estados e o Distrito Federal – até cinco décimos por cento de sua receita 
tributária líquida (art. 216, § 6º, CF – EC 42/03). 
Recursos destinados à seguridade social – contribuições sociais. Art.195, I, “a” 
e II da CF. 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
31 31 
Observe que no primeiro caso a vedação 
refere-se a IMPOSTOS, no segundo, TRIBUTOS. 
 
Ainda existem diversas receitas que possuem vinculações 
orçamentárias, a exemplo: 
 
Receitas de capital, alienação de bens – vinculada a preservação do 
patrimônio público; 
 
Receita de fundos de previdência - destinadas a pagamento de 
benefícios previdenciários; 
 
A Lei nº 11.079/2004, que institui as parcerias público privada – PPP 
previu em seu art. 8º que a administração pública poderá oferecer 
garantia ao parceiro privado através da vinculação de receitas, sem 
especificar quais. 
 
O parágrafo único do art. 8º da LRF regulamentando a regra 
constitucional do art. 167 da CF estabeleceu que os recursos legalmente 
vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para 
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso 
daquele em que ocorrer o ingresso. 
 
Portanto, os recursos legalmente vinculados à finalidade específica 
deverão ser utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua 
vinculação, mesmo que em exercício financeiro diverso daquele em que 
efetivamente ocorreu o ingresso. 
 
Exemplo: Suponha-se que um Município tenha recebido, em “X1”, R$ 
200 mil de recursos da União destinados ao FUNDEB e tenha aplicado, 
nesse exercício (“X1”), apenas R$ 150 mil. Assim sendo, o restante, R$ 
50 mil deverão ser aplicados, em “X2”, exclusivamente no FUNDEB. 
 
(CESPE – Técnico Judiciário – TRE Alagoas) 
De acordo com o princípio orçamentário da não-afetação, as receitas de 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
32 32 
impostos, inadmitida qualquer exceção, não devem ser vinculadas a 
órgãos, fundos ou despesas. 
 
Resolução 
A regra constitucional, em homenagem ao princípio da não-vinculação 
de receita, veda a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa. 
Porém, a própria constituição estabelece diversas ressalvas, tanto em 
relação aos impostos quanto aos tributos. 
Assim sendo, admite-se exceções e, portanto, receitas de impostos 
podem ser vinculadas a órgão fundo ou determinadas despesas. 
ERRADO. 
 
Repito! Todas essas ressalvas à vinculação da aplicação de receitas de 
impostos são fixadas na própria Constituição Federal, portanto, 
somente ela pode excepcionar, outra norma jamais poderá estabelecer 
exceções referentes a receitas de impostos. As exceções que podem ser 
previstas em norma infraconstitucionais são para outras receitas que 
não sejam deimpostos. 
 
Vimos acima que a Emenda Constitucional – EC 42/03, estabeleceu três 
exceções além das originalmente previstas na CF. Portanto, as emendas 
constitucionais podem estabelecer vinculação de receitas de impostos e 
tributos. 
 
(CESPE – MJ/Agente de Polícia Federal) O 
princípio da não-vinculação das receitas de impostos pode aceitar novas 
exceções desde que haja alteração no texto constitucional. 
 
Resolução 
Fácil essa? Emenda constitucional pode acrescentar exceções à regra 
que veda a vinculação de receitas. 
Certo. 
 
10. Princípio da especificação ou especialização (discriminação 
da despesa) 
 
Trata-se de um princípio orçamentário clássico, de caráter formal, 
conhecido também por princípio da discriminação, segundo o qual a 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
33 33 
receita e a despesa públicas devem constar do orçamento com um 
razoável nível de especificação ou detalhamento. 
 
É mais uma das regras clássicas dispostas com a finalidade de apoiar o 
trabalho fiscalizador. De acordo com esse princípio, as receitas e as 
despesas devem aparecer no orçamento de maneira discriminada, de tal 
forma que a sociedade possa conhecer, pormenorizadamente, a origem 
dos recursos e sua aplicação. 
 
A observação deste princípio possibilita a inibição de autorizações 
genéricas que deem ao Executivo demasiada flexibilidade e arbítrio na 
programação da despesa. 
 
Esse princípio impõe a classificação e designação dos itens que devem 
constar na LOA. 
 
Essa regra opõe-se à inclusão de valores globais, de forma genérica, 
ou seja, créditos ilimitados e sem discriminação e ainda, o início de 
programas ou projetos não incluídos na LOA e a realização de despesas 
ou assunção de obrigações que excedam os créditos orçamentários ou 
adicionais (art. 167, incisos I, II e VI da CF). 
 
Esse princípio também está consagrado no § 1º do art. 15 da Lei nº 
4.320/64, a seguir transcrito: 
“Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo 
por elementos”. 
“§ 1º. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, 
material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração 
pública para consecução dos seus fins”. 
 
A Constituição Federal também impõe regra a esse princípio ao 
estabelecer que é vedada a concessão ou utilização de créditos 
ilimitados (art. 167, inciso VII). 
 
O que são os valores globais acima citados? São valores incluídos 
na LOA sem especificação, ou seja, recursos sem destinação específica. 
 
O que significa créditos ilimitados? São créditos orçamentários 
destinados a determinado programa de trabalho sem limite de valor. 
Exemplo: construção do edifício sede da justiça eleitoral, valor: não 
estabelecido, os créditos serão liberados conforme sua necessidade. 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
34 34 
Na lei orçamentária anual poderá conter 
determinada quantidade de recursos não especificamente destinada a 
determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria 
econômica. Essa regra constitui exceção ao princípio da especificação. 
Os recursos (dotação orçamentária) sem destinação específica, 
excepcionados pela CF, serão utilizados para abertura de créditos 
adicionais, destinados à realização de determinados gastos. 
 
Poderíamos considerar como exceções ao princípio da 
especificação: 
A reserva de contingência, prevista no art. 91 do Decreto-Lei nº 200/67 e no 
artigo 5º, inciso III da LRF; 
Os investimentos em regime de execução especial, estabelecido no art. 20 da 
Lei nº 4.320/64. 
 
Essas duas exceções acima são exemplos de dotações globais que 
podem ser inseridas na LOA. 
 
O princípio da especialização abrange os aspectos qualitativo quanto e 
quantitativos dos créditos orçamentários, vedando, assim, a concessão 
de créditos ilimitados. 
 
Exceções ao princípio da especificação: 
 
 
 
 
 
Investimento em regime de execução especial são os programas de 
trabalho que, por sua natureza, não possam ser realizados de acordo 
com as normas gerais de execução de despesas. Exemplo: Verbas 
secretas para pagamento de informantes nos órgãos de segurança 
pública, ABIN, etc. 
 
O art. 23 da Lei nº 4.320/640 determina que o Poder executivo deverá 
estabelecer um quadro de detalhamento das receitas e das despesas de 
capital. Esse detalhamento da receita e da despesa desdobra a 
@ Reserva de contingência (art. 91 do Decreto-Lei nº 200/67); 
 
@ Investimentos em regime de execução especial (art. 20, da Lei nº 
4.320/64). 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
35 35 
classificação da arrecadação e dos investimentos aprovados na lei 
orçamentária. 
 
O art. 8o da LRF estabelece que até trinta dias após a publicação dos 
orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes 
orçamentárias e observado o disposto na alínea “c” do inciso I do art. 
4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o 
cronograma de execução mensal de desembolso. 
 
Essa norma se coaduna com o princípio da especificação, onde 
estabelece a publicação do cronograma mensal de desembolso através 
de Decreto, especificando de forma pormenorizada a despesa pública. 
 
(CESPE – Procurador Ministério 
Público/TCU) Em observância ao princípio da especificação, que 
comporta exceções, o orçamento não contém dispositivo estranho à 
previsão das receitas e à fixação das despesas. 
 
Resolução 
Conforme visto acima, o enunciado dessa questão refere-se ao princípio 
da exclusividade, no qual a CF estabelece que: “A lei orçamentária anual 
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita, nos termos da lei”. 
Observa-se que o comando da questão “mistura” o princípio da 
especificação com o da exclusividade. ERRADO. 
 
11. Princípio da clareza 
 
Segundo este princípio a lei orçamentária deve ser estruturada por meio 
de categorias e elementos que facilitem sua compreensão até mesmo 
por pessoas que não tenham conhecimento técnico no campo das 
finanças públicas, ou seja, o orçamento não pode ser um documento 
hermético (fechado), de difícil interpretação pela sociedade. 
 
Em termos de clareza, os orçamentos brasileiros alcançaram notável 
progresso, especialmente após a implementação do orçamento 
programa, no qual trouxe informações fundamentais relacionadas ás 
funções e programas de trabalho. 
PDF Watermark Remover DEMO : Purchase from www.PDFWatermarkRemover.com to remove the watermark
 Contabilidade Pública – Teoria e Exercícios 
Auditor Federal de Controle Externo TCU – Auditoria Governamental 
Aula EXTRA 01 Princípios orçamentários 
Professor Deusvaldo Carvalho 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
36 36 
 
À luz deste princípio o orçamento

Continue navegando