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Resumo Avaliação da Aprendizagem AP2 Aula 14: Avaliação como auxílio para tomada de decisão As principais críticas feitas à avaliação como auxílio para tomada de decisão são: - Não dispomos de ferramentas objetivas para avaliar algo que os alunos tenham feito. - Os professores sentem-se confortáveis com este tipo de avaliação? - Onde estão os limites entre a indiscrição e a ajuda à vida profissional? Às vezes, ocorre extrapolação na coleta de dados relevantes. - A avaliação é sobretudo estratégica. Pressupõe uma visão do homem como detentor do poder de realizar escolhas de maneira lógica e objetiva. Aula 15: Aula prática Aula 16: Introdução à avaliação para recuperação Avaliação para a Recuperação é aquela que procura expor os erros ou desvios de aprendizagem dos alunos para que sejam corrigidos em qualquer momento em que se manifestarem. Esse tipo de avaliação não considera o erro como ponto de castigo, do não saber, mas sim como um ponto de partida, uma oportunidade de revisão e avanço. As principais críticas a esse tipo de avaliação são que ela é apenas uma forme de controle e manutenção do status quo, impedindo qualquer forma de manifestação de criatividade por parte dos alunos. Os críticos afirmam que essa avaliação é autoritária e submete os estudantes a uma “regulação cibernética”, uma aplicação de regras, uma regularização de modo a haver conformidade com as regras, normas, leis, praxes. Além disso, o avaliador não questiona, assumindo que o conhecimento não deve ser transformado, atuando de forma oposta ao papel transformador da realidade. Aula 17: A avaliação para recuperação: as retroações sistemáticas Retroações sistemáticas significa que o processo de avaliação será levado a voltar tantas vezes quanto for necessário para que se corrija a progressão dos alunos nos pontos de entrada, passagem e saída do sistema. A diferença entre a avaliação para recuperação e a avaliação com retroações sistemáticas é que a primeira ocorre continuamente e na segunda, as retroações ocorrem em momentos específicos: nos pontos de entrada (momentos de aquisição de novos conhecimentos), nos pontos de passagem (aplicação do conhecimento em situações particulares e concretas) e nos pontos de saída (produtos escolares realizados). As principais críticas a essa modalidade afirmam que é uma regulação de e para a conformidade, que transforma todos os imprevistos em desvios, é linear e tem como único objetivo o sucesso do sistema de formação. Aula 18: Aplicação À Prática Docente Aula 19: Modalidades avaliativas: A Avaliação interna e A avaliação institucional tem como objetivo as instituições, os sistemas, os projetos ou políticas públicas. Refere-se ao desempenho global da instituição, seus processos e resultados. O governo normalmente desenvolve processos avaliativos externos à externa à escola escola como forma de avaliação institucional (Provão, Enem, etc). Princípios das modalidades avaliativas: - Participação da comunidade acadêmica; - Globalidade; - Comparabilidade; - Diagnóstico; - Respeito à Identidade Institucional; - Inexistência de premiação ou punição; - Adesão voluntária; - Legitimidade; - Continuidade Para que uma avaliação institucional seja completa é preciso que ela seja interna e externa à escola. Aula 20: A Avaliação em uma perspectiva histórico-crítica O paradigma histórico-crítico surgiu na psicologia da educação e tem como principais características: - a consideração de que o indivíduo é um ser histórico, síntese de múltiplas determinações e que a unidade de estudo fundamental para as ciências humanas é a unidade indivíduo-sociedade. - a relação entre o homem e a sociedade, considerada como o ambiente físico e social, é de interação recíproca. - A metodologia de estudo deve ser objetiva e histórica, tentando superar a concepção burguesa de ciência. - a ênfase em que na base das ciências humanas há representações que ao mesmo tempo revelam e ocultam a visão real do homem em cada sociedade e momento histórico. - a concepção da aprendizagem como forma de apropriação das propriedades objetivas e subjetivas existentes nos bens materiais e não-materiais de uma cultura. É, portanto, um processo de apropriação, através do trabalho manual e intelectual, do que está contido nos produtos sociais acumulados. - a educação é mediação entre os processos internos e externos que produzem o homem e a sociedade. Ao mesmo tempo que produz as relações sociais, pode concorrer para sua transformação, formando indivíduos agentes e engajados na prática social transformadora. Aula 21: Avaliação externa: o Programa Nova Escola A avaliação externa/institucional pode ser aplicada e compreendida a partir de duas possibilidades: uma restrita ao âmbito do paradigma objetivista, preocupada com medidas e classificações de produtos; outra ao paradigma subjetivista, interessada nos processos e relações institucionais, querendo, em particular, trazer à luz os seus sentidos, contradições, dificuldades e facilidades, bem como as formas e a qualidade dos processos e relações. O Programa Nova Escola é um programa de avaliação em larga escala, ligado ao paradigma objetivista. Dentre seus objetivos, destacam-se a valorização do trabalho desenvolvido pela escola, a proposição de critérios de avaliação do ensino e o incremento de ações de modernização da gestão da rede estadual da educação básica. Dentre as críticas ao programa, as mais veementes são as feitas pelo Sindicato Estadual da Educação, que afirmam que o programa apenas maquia a realidade, estabelece a competitividade entre as escolas, serve como meio de economizar dinheiro na medida em que distribui gratificações segundo o mérito das escolas, mantém o piso salarial sem atualização e exclui dessas gratificações os docentes recém aprovados em concursos (estágio probatório), os funcionários inativos e os docentes com Gratificações por Lotação Prioritária. Aula 22: A avaliação da aprendizagem e as diferentes formas de encarar o erro O erro mostra que aquele que aprende está seguindo caminhos diferentes daquilo que era esperado no processo de construção do conhecimento. Resta saber se esses caminhos são realmente incorretos ou originais e criativos, possibilitando a descoberta de novos padrões. No processo ensino-aprendizagem, o erro do aluno acaba não servindo para o replanejamento de atividades, mas à penalização e à crítica. Erro construtivo ou lógico: O erro pode levar ao sucesso e ser produtivo quando ele leva o aluno a reaprender, sendo parte do processo de aprendizagem. O aluno deve ser estimulado a acreditar que o erro é apenas um indicativo de locais onde ele ainda pode crescer. Aula 23: Avaliação da aprendizagem na perspectiva da avaliação continuada As políticas de não-reprovação apresentam possibilidades positivas, como o alto potencial inclusivo, porém, sua aplicação à realidade brasileira tem grandes dificuldades. A progressão continuada não se constitui em um favor para os alunos mais fracos e não é verdade que não se precisa mais estudar porque a aprovação está garantida. Da mesma forma, a progressão continuada não garante por si só a inclusão. A idéia é que os alunos deixem de estudar para “passar de ano” e passem a estudar para “aprender”, de maneira significativa e prazerosa (ah, ta!). Aula 24: Aplicação à prática docente: questões recorrentes Quando optamos por um paradigma, estamos também optando por uma visão de mundo, como queremos ver o real, realizar nossos objetivos e desenvolver nossas possibilidades de ação. O uso de provas e testes objetivos serve para a colheita de dados importantes sobre os estudantes. Já com elementos da epistemologia subjetivistaé possível dar visibilidade e valor às atitudes reflexivas e cooperativas dos alunos, bem como aos tipos de cidadãos e de sociedade que o projeto, os processos e as práticas educativas aprontam. Aula 25: A avaliação da aprendizagem e o fracasso escolar Há duas visões sobre um aluno que fracassa na escola: uma negativa (o que ele não aprendeu) e uma positiva (o que ele pensou, o que ele viu). A leitura positiva busca saber o que ocorre com o aluno e como ele chegou ao fracasso e não apenas o que ele não conseguiu. Professor revolucionário: aquele que busca aplicar a avaliação formativa em seus ensinos. Alunos resilientes: aqueles que resistem às formas tradicionais de avaliação, que produzem o fenômeno do fracasso escolar. A resiliência não é sinônimo de rebeldia, mas do desenvolvimento de mecanismos de defesa, da construção de uma auto-estima, capaz de resistir às dificuldades de aprendizagem e ao próprio fracasso acadêmico. Aula 26: Avaliação e poder: dilemas do avaliador A avaliação é afetada por um grupo de variáveis. São elas: Variáveis individuais: Histórias de vida e características pessoais do professor, representações da instituição, entre outros. Variáveis relacionais: Concepções conceituais da prática pedagógica, de aprendizagem e da avaliação, características da instituição educativa. Variáveis situacionais: Contexto histórico, social e político, contexto da formação dos professores/avaliadores. Erich Fromm: O autoritarismo nasce de impulsos masoquistas e sádicos, presentes na sociedade. Tantas pessoas são humilhadas e comandadas e aceitam tal situação, chegando a se tornar dependentes dela, muito em parte devido ao medo da solidão, que faz com que o indivíduo busque o apoio de quem o domina. Autoridade racional (interesses em comum) X autoridade inibidora (interesses antagônicos e autoridade de um condicionada à inferioridade do outro). Michel Foucault: O poder é uma característica dos relacionamentos humanos. O poder não é um objeto, algo que se toma e se dá, mas uma relação de forças. Onde há saber, há poder. Mas onde há poder, há resistência. A avaliação torna-se coercitiva, baseada na vigilância e na punição. Papai Noel (Paulo Freire): A tarefa de todo ser humano é tornar-se autônomo, consciente, sujeito da história. Repúdio a toda forma de autoritarismo, incluindo o paternalismo. Prega o estabelecimento de relações humanas baseadas na confiança. Aula 27: Avaliação à prática docente: a avaliação no contexto das Múltiplas Inteligências Gardner: Inteligência é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos. Em sua acepção, ela enfatiza um número desconhecido de capacidades humanas diferenciadas, variando desde a inteligência musical até a inteligência envolvida no entendimento de si mesmo. Por isso, ela é múltipla. De acordo com Gardner, existem sete inteligências: Lingüística, Lógico- Matemática, Espacial, Musical, Corporal-cinestésica, Interpessoal, Intrapessoal. Além disso, ele admite que cada uma possui subdivisões e pode ser reordenada, além da possibilidade da existência de uma inteligência naturalista, uma moral e uma existencial ou espiritual.