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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÕNCAVO DA BAHIA CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES MATEUS FONSECA DOS SANTOS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS LÍQUIDOS Amargosa – Ba Outubro de 2019 MATEUS FONSECA DOS SANTOS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS LÍQUIDOS Amargosa – BA Outubro de 2019 Relatório de aula prática, solicitado pelo Prof.° Dr.° Vinícius Santos da Silva, docente na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, atividade solicitada como avaliação parcial da disciplina Química Geral Prática I, ministrada no 1° semestre do curso de Licenciatura em Química. Área de concentração: Química Geral Docente: Vinícius Santos da Silva RESUMO Relatório de Aula Prática solicitado pelo Prof.° Dr.° Vinícius Santos da Silva no dia 30 de Setembro de 2019 e com data de entrega para o dia 07 de Setembro de 2019, trabalho esse solicitado como avaliação parcial da disciplina Química Geral Prática I, ministrada no 1° semestre do curso de Licenciatura em Química. Foram realizados em laboratório três experimentos, sendo eles: velocidade de evaporação dos líquidos, difusão da água em diferentes temperaturas e determinação da densidade de líquidos. No experimento “velocidade de evaporação dos líquidos” foi adicionado 4ml de acetona e 4ml de água em duas provetas distintas, após isso os recipientes foram colocados em repouso na capela e depois de um intervalo de aproximadamente 50 minutos foi observado a variação no volume de ambas as substancias. Para o experimento “difusão da água em diferentes temperaturas” foi utilizado três tubos de ensaio, em que, foi adicionado aproximadamente 7ml de água em cada um, o primeiro tubo foi aquecido em um banho Maria, o segundo foi resfriado em banho de gelo e o terceiro deixado em temperatura ambiente, após algum tempo foi adicionado permanganato de potássio em todos tubos de ensaio. No experimento “determinação da densidade de líquidos” foram pesados dois béqueres de 50 ml, e em seguida, foi adicionado líquidos X e Y em cada um dos recipientes, em que, foram repesados novamente para calcular a massa dos compostos, após isso foi calculado a densidade e realizado o teste de solubilidade em água para identificar os compostos X e Y. Palavras chave: Experimento; Laboratório; Líquidos; Difusão. LISTA DE FIGURAS E TABELAS Figura 1. Ilustração de uma substância em diferentes estados físicos. 6 Figura 2. Provetas comendo água e acetona, respectivamente. 12 Figura 3. Tubos contendo solução de Permanganato de Potássio. 12 Figura 4. Fórmula Estrutural da Acetona (Propanona). 14 Figura 5. Interações Dipolo-Dipolo nas moléculas de acetona. 14 Figura 6. Interações Ponte de Hidrogênio das moléculas de água. 15 Figura 7. Solução de Permanganato de Potássio. 15 Figura 8. Representação ilustrativa de moléculas em diferentes temperaturas. 16 TABELA 1. Massa do béqueres e dos Líquidos X e Y. 17 TABELA 2. Densidade dos Líquidos. 17 TABELA 3. Propriedades Físicas de Algumas Substâncias. 18 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÂO.................................................................................................6 1.1. OBJETIVO GERAL............................................................................................7 1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................7 2. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................8 2.1. INTERAÇÕES INTERMOLECULARES.............................................................8 2.1.1. Ligações de Hidrogênio........................................................................8 2.1.2. Dipolo Permanente ou Dipolo-dipolo....................................................8 2.1.3. Dipolo Induzido.....................................................................................8 2.2. ELETRONEGATIVIDADE..................................................................................9 2.3. PROPRIEDADE DOS LÍQUIDOS......................................................................9 3. MATERIAIS, INSTRUMENTOS E REAGENTES..........................................10 3.1. MATERIAIS E INSTRUMENTOS.....................................................................10 3.2. REAGENTES...................................................................................................10 4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS.........................................................11 4.1. VELOCIDADE DE EVAPORAÇÃO DE LÍQUIDOS DISTINTOS......................11 4.2. DIFUSÃO DA ÁGUA EM DIFERENTES TEMPERATURAS............................11 4.3. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS.........................................12 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................13 5.1. VELOCIDADE DE EVAPORAÇÃO DE LÍQUIDOS DISTINTOS.....................13 5.2. DIFUSÃO DA ÁGUA EM DIFERENTES TEMPERATURAS...........................14 5.3. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS........................................16 6. CONCLUSÃO.................................................................................................18 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................19 6 1. INTRODUÇÃO A matéria propriamente dita pode ser encontrada em três estados naturais fundamentais, sendo eles o estado gasoso, o líquido e o sólido. O estado líquido é o estado da matéria em que a distância das moléculas de uma determinada substancia é suficiente para que se adequem a qualquer recipiente, alterando assim sua forma, porém nunca o seu volume. Nesse estado as moléculas possuem mais energia cinética que o estado solido, e menos que o estado gasoso, sendo possível afirmar que o estado em que se encontra uma substância vai depender da temperatura que ela está, pois segundo as leis da termodinâmica (conservação e transformação de energia), a energia térmica é absorvida pelas moléculas e transformada em energia cinética, fazendo com que o espaço entre elas aumente. O estudos dos líquidos é de grande importância para a química e a física de modo geral, algumas de suas principais propriedades são: viscosidade, tensão superficial e capacidade de tomar do recipiente em que se encontra. “Alguns líquidos, como o melaço e o óleo de motor, fluem lentamente; enquanto que outros, como a água e a gasolina, fluem rapidamente. A resistência de um líquido para fluir (escoar) é chamada de viscosidade. Quanto maior a viscosidade de um líquido, mais lentamente ele flui. A viscosidade está relacionada com a facilidade de moléculas individuais de líquidos poderem mover-se em relação às outras” (GOMES, 2013). “Tensão superficial é um efeito físico que ocorre na interface entre duas fases químicas. Ela faz com que a camada superficial de um líquido venha a se Figura 1. Representação ilustrativa de uma substância em diferentesestados físicos. Fonte: Google Imagem. 7 comportar como uma membrana elástica. Esta propriedade é causada pelas forças de coesão entre moléculas semelhantes, cuja resultante vetorial é diferente na interface” (ANDRADE, 2016). No estado líquido as moléculas estão bastante próximas, quase tão próxima quanto em um sólido, porém apresentam uma grau de desordem semelhante a um gás, essa característica faz com que os líquidos tomem a forma do recipiente em que estão. 1.1. OBJETIVO GERAL Descrever de forma detalhada os experimentos realizados em laboratório, além de apresentar explicações cientificas para os resultados que foram obtidos nos experimentos. 1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Entender propriedades de líquidos de acordo com a teoria cinético- molecular da matéria. – Reconhecer a influência da temperatura nas propriedades do líquidos. – Realizar experimentos envolvendo a matéria na fase líquida. . 8 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Forças intermoleculares são as forças exercidas para manter unidas duas ou mais moléculas. Elas correspondem a ligações químicas que têm a função de unir ou repelir as moléculas de um composto. As forças intermoleculares provocam estados físicos diferentes nos compostos químicos. Essa interação pode ser mais ou menos forte, conforme a polaridade das moléculas (BATISTA, 2014). As forças intermoleculares são classificadas em três tipos que variam conforme a intensidade: Ligação de Hidrogênio: Ligação de forte intensidade. Dipolo Permanente ou dipolo-dipolo: Ligação de média intensidade. Dipolo Induzido ou Forças de London: Ligação de fraca intensidade. O conjunto das forças intermoleculares também pode ser chamado de Forças de Van der Waals (RIBEIRO, 2013). 2.1.1. Ligação de Hidrogênio A ligação ou ponte de hidrogênio ocorre em moléculas polares que têm o hidrogênio unido à elementos eletronegativos e com volume atômico baixo, como o oxigênio (O), flúor (F) e nitrogênio (N). É a força intermolecular mais forte, pois existe uma grande diferença de eletronegatividade entre os elementos (RIBEIRO, 2013). 2.1.2. Dipolo Permanente ou Dipolo-dipolo O dipolo-dipolo ocorre entre as moléculas dos compostos polares e é considerada uma interação de força intermediária. Os elétrons estão distribuídos de forma assimétrica e assim o elemento mais eletronegativo atrai os elétrons para si. Nas ligações dipolo-dipolo, as moléculas polares interagem de maneira que os polos opostos sejam preservados (RIBEIRO, 2013). 2.1.3. Dipolo induzido O dipolo induzido é constituído pela atração não gravitacional que ocorre em todas as moléculas e é o único tipo de atração entre moléculas apolares. Os 9 elétrons estão distribuídos de forma uniforme e não há formação de dipolo elétrico. Porém, quando as moléculas apolares se aproximam induzem a formação de dipolos temporários (RIBEIRO, 2013). 2.2. ELETRONEGATIVIDADE Eletronegatividade é uma propriedade periódica que indica a tendência do átomo para atrair elétrons. Ela acontece quando o átomo está numa ligação química covalente, ou seja, no compartilhamento de um ou mais pares de elétrons. O que a determina é a capacidade do núcleo atômico para atrair elétrons vizinhos. A partir daí, segundo a Teoria de Octeto, são formadas moléculas estáveis. A eletronegatividade é considerada a propriedade mais importante da tabela periódica. A sua importância decorre do fato de ela induzir o comportamento dos átomos, a partir do qual são formadas as moléculas (VIEIRA, 2011). Os elementos mais eletronegativos são os que se encontram do lado direito e na parte superior da tabela periódica. À medida que os elementos se distanciam dessa posição, ou seja, quanto mais se dirijam para o lado esquerdo e para a parte inferior, menos eletronegativos eles são (RODRIGUÊS, 2013). O flúor (F) é o elemento químico mais eletronegativo. Embora ele não seja o elemento que está mais posicionado do lado direito da tabela, ele é o primeiro logo a seguir aos gases nobres. Os gases nobres não fazem ligações químicas e, por esse motivo, a sua eletronegatividade é muito pouco significativa. Enquanto isso, Césio (Cs) e Frâncio (Fr) são os elementos menos eletronegativos (GOMES, 2013). 2.3. PROPRIEDADE DOS LÍQUIDOS Podemos imaginar os líquidos como sendo a fase intermediária entre sólidos e gases, até porque para um sólido transformar-se em um gás, por exemplo, ele tem que passar pelo estado líquido, em que é possível afirmar que existe uma inter-relação entre a estrutura dos gases, sólidos e líquidos (ALVES, 2016). As moléculas de um líquido apresentam maior liberdade de movimento do que as de um gás, devido à sua fluidez. Sendo assim, a sua forma vai depender do recipiente em que está confinado e seu volume será constante, é diferente do 10 gás, que ocupa todo o recipiente onde se localiza e não tem volume fixo. Os líquidos apresentam uma tendência enorme de se evaporar, ou seja, de se transformarem em gases. Essa transformação ocorre quando as moléculas na superfície são forçadas a sair e deixar o líquido. A perda dessas moléculas que se movimentam mais rapidamente e adquirem energia para vencer as forças intermoleculares e escapar, é o que chamamos de evaporação (GOMES, 2018). Uma característica interessante é a tenção superficial que é a tendência que os líquidos possuem de minimizar sua área superficial. Esse fato explica, porque certos objetos podem flutuar na água: é devido às forças de atração intermoleculares dos líquidos (RIQUELME, 2017). 11 3. MATERIAIS, INSTRUMENTOS E REAGENTES 3.1. MATERIAIS E INSTRUMENTOS 02 provetas; 07 tubos de ensaio; 04 pipetas de Pasteur; 02 béqueres de 50mL; 01 Chapa de aquecimento; Balança Analítica (Alta Precisão). 3.2. REAGENTES Água destilada; Acetona; Solução 0,01mol/L de permanganato de potássio; Líquido X (Para identificação); Líquido Y (Para identificação). 12 4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 4.1. VELOCIDADE DE EVAPORAÇÃO DE LÍQUIDOS DISTINTOS Foram utilizadas duas provetas de 10mL, em que, foi adicionado aproximadamente 4mL de água destilada e 4mL de acetona em cada uma das provetas, respectivamente (Figura 2.). Logo em seguida, ambas as substâncias foram colocadas em repouso na capela, ficando um período de aproximadamente 50 minutos. 4.2. DIFUSÃO DA ÁGUA EM DIFERENTES TEMPERATURAS Foram utilizados três tubos de ensaio, aos quais, foram adicionados aproximadamente 7mL de água, respectivamente. – O tubo n° 1 foi deixado em repouso a temperatura ambiente (25°C). – O tubo n° 2 foi aquecido em um Banho Maria (85°C). – O tubo n° 3 foi resfriado em um Banho de Gelo (temperatura < 25°C). Após um intervalo de aproximadamente 20 minutos, foi adicionado em cada um dos três tubos uma gota de Permanganato de Potássio (KMnO4), com concentração de 0,01 mol/L (Figura 3). Figura 2. Provetas comendo água e acetona, respectivamente. . Fonte: Próprio Autor Figura 3. Tubos contendo solução de Permanganato de Potássio. Fonte: Próprio Autor 13 4.3. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS Foi medido a massa de dois béqueres de 50mL, aos quais, foram marcadosrespectivamente com adesivos 1 e 2. Logo em seguida, foi adicionado 10mL do líquido desconhecido X no béquer 1 e 10mL do líquido desconhecido Y no béquer 2, após isso os béqueres foram repesados para obter a massa e a densidade dos compostos. Após calcular a densidade, foi realizado um teste de solubilidade na água com os compostos X e Y. 14 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. VELOCIDADE DE EVAPORAÇÃO DE LÍQUIDOS DISTINTOS Após um intervalo de aproximadamente 50 minutos, foi possível observar uma variação considerável no volume da acetona presente na proveta, enquanto a variação no volume da água foi tão pequena que foi praticamente imperceptível. A evaporação e a ebulição ocorrem de formas distintas, porém o resultado é o mesmo. A evaporação é o fenômeno que ocorre na superfície da substância, pois as camadas mais superficiais estão expostas ao ambiente e consequentemente conseguem absorver energia do mesmo, assim conseguindo quebrar as ligações intermoleculares, passando lentamente do estado líquido para o gasoso, mesmo estando a uma temperatura inferior à do seu ponto de ebulição. O processo que ocorreu com a acetona foi de evaporação. A acetona é um composto que apresenta ligações intermoleculares fracas em comparação a água, sendo assim as moléculas de acetona precisam de muito menos energia para se soltarem. A acetona apresenta ligações intermoleculares do tipo dipolo-dipolo, o Oxigênio (O) por ser mais eletronegativo faz com que os elétrons dos outros átomos fiquem mais próximos dele, criando assim cargas parciais positivas e negativas nas extremidades das moléculas, que conectam-se entre si. Fonte: Google Imagem. Figura 4. Fórmula Estrutural da Acetona (Propanona). Figura 5. Interações Dipolo-Dipolo nas moléculas de acetona. Fonte: Google Imagem. 15 A água (H2O) é um composto extremamente polar e apresenta interações do tipo Ponte de Hidrogênio, isso ocorre pois, o Oxigênio é muito mais eletronegativo que o Hidrogênio (H), sendo assim a molécula fica com um dos seus polos carregados negativamente e o outro positivamente. A força do Oxigênio é tão grande que faz com que o Hidrogênio se torne “quase um íon H+”, que por sua vez se conecta fortemente com a extremidade negativa de outra molécula de água. Mesmo não sendo perceptível, é possível afirmar que uma pequena quantidade da água presente na proveta também evaporou, porém a água necessitaria de muito mais energia que a acetona, pois as interações intermoleculares da água são mais fortes e difíceis de serem rompidas, enquanto as interações da acetona são bem mais fracas. 5.2. DIFUSÃO DA ÁGUA EM DIFERENTES TEMPERATURAS Foi adicionado aproximadamente 7ml de água em três tubos de ensaio distintos, o primeiro tubo foi aquecido em banho Maria, o segundo resfriado no banho de gelo e o terceiro permaneceu em temperatura ambiente. Após isso foi adicionado ao mesmo tempo uma pequena quantidade de Permanganato de Potássio (KMnO4) nos respectivos recipientes (Figura 7). Figura 7. Solução de Permanganato de Potássio. Figura 6. Interações Ponte de Hidrogênio das moléculas de água. Fonte: Próprio Autor Fonte: Google Imagem. 16 Foi possível observar diferentes resultados de acordo com a temperatura em que estava a água. No tubo em que a água estava relativamente quente (85°C) a difusão foi muito rápida em relação aos demais recipientes, no tubo com água em temperatura ambiente a dissolução ocorreu um pouco mais lenta, enquanto no tubo com água gelada o efeito foi extremamente diferente, em que, o permanganato de potássio teve dificuldade na difusão, ocasionando uma precipitação no fundo do tubo de ensaio. A difusão é um efeito que sempre ocorre em favor do gradiente de concentração, ou seja, tende a sair do mais concentrado para o menos concentrado, esse efeito faz com que as partículas se distribuam uniformemente na solução. O permanganato de potássio dissolve mais rápido na água quente, pois quanto maior a temperatura do solvente maior será a agitação das moléculas, esse processo faz com que haja mais espaço para que o soluto se distribua, justamente por isso o permanganato de potássio se dissolve muito mais rápido na água quente. Na água em temperatura ambiente a agitação das moléculas é relativamente menor, isso faz com que o permanganato de potássio se dissolva de forma mais lenta, pois existe menos espaço entre as moléculas. Na água gelada a energia cinética das moléculas é muito pequena, isso faz com que os espaços entre as moléculas sejam relativamente pequenos, ocasionando assim a precipitação do permanganato de potássio no fundo do tubo de ensaio que irá se dissolver de acordo com o aumento da temperatura da água. Figura 8. Representação ilustrativa de moléculas em diferentes temperaturas. Fonte: Google Imagem. 17 5.3. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS Para determinar a densidade dos compostos X e Y foi necessário medir a massa de dois béqueres de 50mL, e em seguida adicionar 10mL de cada substância nos respectivos recipientes, sendo possível assim calcular a massa exata dos líquidos usados. Para calcular a massa dos líquidos, foi pesado o béquer + líquido, e em seguida subtraiu-se o valor das massas conhecidas dos béqueres. Com os valores da massa e do volume foi possível calcular a densidade dos compostos através da relação: 𝑫𝒆𝒏𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝐌𝐚𝐬𝐬𝐚 𝐕𝐨𝐥𝐮𝐦𝐞 𝒅𝒙 = 𝟕,𝟕𝟔𝟒𝟗𝐠 𝟏𝟎𝐦𝐥 𝒅𝒚 = 𝟕,𝟗𝟑𝟔𝟑𝐠 𝟏𝟎𝐦𝐥 𝐝𝐱 = 0,77649g/ml dy = 0,79363g/ml Líquido Densidade Líquido X 0,77649g/ml Líquido Y 0,79363g/ml Foi disponibilizado em laboratório uma tabela que apresentava várias informações de alguns compostos, informações essas como densidade e solubilidade em água (TABELA 3.). Com esses dados foi possível identificar ou pelo menos ter uma ideia sobre o nome dos compostos X e Y. A densidade ajuda muito na identificação, pois dificilmente dois compostos iram apresentar a mesma densidade. Vidraria Massa Líquido Massa Béquer 1 31,3027g Líquido X 7,7649g Béquer 2 31,3127g Líquido Y 7,9363g TABELA 1. Massa do béqueres e dos Líquidos X e Y. Fonte: Resultados obtidos em laboratório. TABELA 2. Densidade dos Líquidos. Fonte: Resultados obtidos em laboratório. 18 Substância Temperatura de Fusão Temperatura de Ebulição Solubilidade em água Densidade Acetona -95°C 56°C Solúvel 0,79 g/ml Benzeno 5,5°C 80°C Insolúvel 0,88 g/ml Etanol -112°C 78°C Solúvel 0,79 g/ml Água 0°C 100°C ---------- 1,00 g/ml Ciclohexano 6,5°C 80,7°C Insolúvel 0,78 g/ml Éter dietílico -116°C 34,5°C Insolúvel 0,71 g/ml A densidade do líquido X ficou muito próxima dos valores de três compostos, sendo eles a Acetona (C3H6O) o Etanol (C2H5OH) e o Ciclohexano (C6H12). Para identificar a substancia foi feito um teste de solubilidade em água, em que, o líquido X não solubilizou, sendo possível concluir que o líquido X se trata na verdade do Ciclohexano, pois ele é o único insolúvel em água com uma densidade tão próxima do encontrado, apresentando uma pequena diferença de 3,51x10-3g/ml. A densidade do líquido Y foi de aproximadamente 0,79363g/ml, sendo muito próximo dos valoresda Acetona e do Etanol. O teste de solubilidade em água nesse caso foi inútil, pois ambas as substâncias são solúveis em água, sendo assim difícil identificá-las apenas com o teste da densidade e de solubilidade. Para determinar com absoluta certeza, seria necessário aquecer a substancia e observar o seu ponto de ebulição com um termômetro, porém esse teste não foi realizado. TABELA 3. Propriedades Físicas de Algumas Substâncias. Fonte: Roteiro Experimental. 19 6. CONCLUSÃO Através dos experimentos realizados em laboratório foi possível observar a variação na evaporação de dois líquidos distintos, a difusão do Permanganato de Potássio na água em diferentes temperaturas, além da identificação de dois líquidos distintos através da densidade e da solubilidade em água. Após o fim do experimento “velocidade de evaporação de líquidos distintos”, foi possível observar que a acetona evaporou muito mais em comparação com a água. Isso ocorre pois, as moléculas de acetona fazem interações moleculares do tipo dipolo-dipolo que são mais fracas que as interações ponte de Hidrogênio da água, justamente por isso a energia necessária para as moléculas se “soltarem” é menor. No experimento “difusão da água em diferentes temperaturas” foi possível observar a diferença na forma em que o Permanganato de Potássio dissolve na água em temperaturas mais e menos elevadas. Isso ocorre pois, quanto mais elevada a temperatura do solvente maior será a energia cinética das moléculas, isso faz com que os espaços entre elas sejam maiores, possibilitando assim que as moléculas do soluto fique entre elas. Justamente por esse motivo, o permanganato se dissolve muito mais rápido na água quente do que na água gelada. No experimento “determinação da densidade de líquidos” foram disponibilizados dois líquidos X e Y, aos quais foi solicitado a identificação de ambos através de testes de solubilidade em água e de densidade. Após realizar os procedimentos descritos em roteiro, chegou-se à conclusão que o líquido X se tratava do Ciclohexano, pois os resultados dos testes de densidade e o de solubilidade coincidiam com os valores disponibilizados no roteiro (TABELA 3.). O líquido Y apresentou densidade próxima a de dois compostos da tabela, a acetona e o etanol, nesse caso o teste de solubilidade em água foi inútil, pois ambas as substancias são solúveis em água. Para que fosse afirmado com certeza seria necessário um teste de aquecimento do líquido, ao qual seria possível identificá-lo pela sua temperatura de ponto de ebulição. 20 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATISTA, C – Toda Matéria: Eletronegatividade. 2014. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/eletronegatividade/>, acessado em: 03/10/2019. BATISTA, C. – Toda Matéria: Forças Intermoleculares. 2013. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/forcas-intermoleculares/>, acessado em: 03/10/2019. FOGAÇA, J. – Brasil Escola: Difusão e Efusão dos Gases. 2016. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/difusao-efusao-dos-gases.htm>, acessado em: 03/10/2019. FOGAÇA, J. – Brasil Escola: Eletronegatividade.2014. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/eletronegatividade.htm>, acessado em: 03/10/2019. RODRIGUÊS, B. – Química Geral: Transporte Passivo e a Difusão. 2015. Disponível em: <https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito9.php>, acessado em: 03/10/2019. ALVES, L – Brasil Escola: Líquidos. 2017. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/liquidos.htm>, acessado em: 04/10/2019.
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