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NOME: __________________________________________________________________________
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES
1. Ao receber a ordem do fiscal de sala, confira este caderno com muita atenção, pois nenhuma reclamação sobre o total 
de questões e/ou falhas na impressão serão aceitas depois de iniciada a prova.
2. Cartão de respostas:
a) Tem, obrigatoriamente, de ser assinado e não poderá ser substituído, portanto, não o rasure nem o amasse;
b) Marque, no cartão de respostas, para cada questão, uma única resposta. A ausência de marcação, a rasura ou a 
marcação de mais de um campo implicará anulação dessa questão;
c) No cartão de respostas, a marcação das letras correspondentes às respostas deve ser feita cobrindo a letra e preen-
chendo todo o espaço do campo, de forma continua e densa. A leitora ótica é sensível a marcas escuras; portanto, 
preencha fortemente os campos de marcação completamente, veja o exemplo:
d) Reserve os trinta (30) minutos finais para marcar seu cartão de respostas.
3. Será eliminado o candidato que:
a) Utilizar-se, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, 
headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;
b) Ausentar-se da sala em que se realizam as provas levando consigo o caderno de questões e/ou o cartão de respostas;
c) Recusar-se a entregar o caderno de questões e/ou o cartão de resposta quando terminar o tempo estabelecido.
Observações: Recursos até terça-feira às 12 horas.
BOA PROVA!
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Receita Federal (prova 1)
3
Língua Portuguesa
 
Depois que se tinha fartado de ouro, o mundo teve fome de açúcar, 
mas o açúcar consumia escravos. O esgotamento das minas −que 
de resto foi precedido pelo das florestas que forneciam o combus-
tível para os fornos −, a abolição da escravatura e, finalmente, uma 
procura mundial crescente, orientam São Paulo e o seu porto de 
Santos para o café. De amarelo, passando pelo branco, o ouro 
tornou-se negro.
Mas, apesar de terem ocorrido essas transformações que tornaram 
Santos num dos centros do comércio internacional, o local conserva 
uma beleza secreta; à medida que o barco penetra lentamente por 
entre as ilhas, experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos. 
Estamos encerrados num canal verdejante. Quase podíamos, só 
com estender a mão, agarrar essas plantas que o Rio ainda mantinha 
à distância nas suas estufas empoleiradas lá no alto. Aqui se estabe-
lece, num palco mais modesto, o contato com a paisagem.
O arrabalde de Santos, uma planície inundada, crivada de lagoas e 
pântanos, entrecortada por riachos estreitos e canais, cujos contor-
nos são perpetuamente esbatidos por uma bruma nacarada, asseme-
lha-se à própria Terra, emergindo no começo da criação. As planta-
ções de bananeiras que a cobrem são do verde mais jovem e terno 
que se possa imaginar: mais agudo que o ouro verde dos campos 
de juta no delta do Bramaputra, com o qual gosto de o associar na 
minha recordação; mas é que a própria fragilidade do matiz, a sua 
gracilidade inquieta, comparada com a suntuosidade tranquila da 
outra, contribuem para criar uma atmosfera primordial.
Durante cerca de meia hora, rolamos por entre bananeiras, mais 
plantas mastodontes do que árvores anãs, com troncos plenos de 
seiva que terminam numa girândola de folhas elásticas por sobre 
uma mão de 100 dedos que sai de um enorme lótus castanho e 
rosado. A seguir, a estrada eleva-se até os 800 metros de altitude, o 
cume da serra. Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas 
abruptas protegeram dos ataques do homem essa floresta virgem tão 
rica que para encontrarmos igual a ela teríamos de percorrer vários 
milhares de quilômetros para norte, junto da bacia amazônica.
Enquanto o carro geme em curvas que já nem poderíamos qualifi-
car como “cabeças de alfinete”, de tal modo se sucedem em espiral, 
por entre um nevoeiro que imita a alta montanha de outros climas, 
posso examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se 
perante o meu olhar como espécimes de museu.
Fonte:(Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, Claude. Tristes Trópicos. Coimbra, 
Edições 70, 1979, p. 82-3)
01) No primeiro período do segundo parágrafo, as duas orações 
que não se subordinam a nenhuma outra contêm os seguintes 
verbos:
a) conserva −experimento
b) terem ocorrido −conserva
c) tornaram −penetra
d) tornaram −experimento
e) conserva −penetra
Gabarito: A
Comentário: O trecho de referência para a questão é: “Mas, apesar 
de terem ocorrido essas transformações que tornaram Santos num 
dos centros do comércio internacional, o local conserva uma beleza 
secreta; à medida que o barco penetra lentamente por entre as ilhas, 
experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos.”
Temos as seguintes orações subordinadas:
 – apesar de terem ocorrido essas transformações (oração subordi-
nada adverbial concessiva)
 – que tornaram Santos num dos centros do comércio internacional 
(oração subordinada adjetiva)
 – à medida que o barco penetra lentamente por entre as ilhas 
(oração subordinada adverbial proporcional)
Temos as seguintes orações que não são subordinadas:
 – Mas [...] o local conserva uma beleza secreta (oração coordenada 
adversativa)
 – experimento aqui o primeiro sobressalto dos trópicos (oração 
principal em relação à subordinada).
 
02) Considere as frases abaixo.
I - O segmento que se estende de uma planície inundada até 
uma bruma nacarada (3º parágrafo) constitui explicação do 
termo antecedente, de maneira que poderia ser iniciado por 
“que é”, sem prejuízo para o sentido.
II - Neste mesmo segmento, as vírgulas poderiam ser substituídas 
por ponto-e-vírgulas, uma vez que se trata de uma sequência 
de características atribuídas a um mesmo termo.
III - No mesmo período, a oração iniciada por emergindo pode 
tanto subordinar-se a assemelha-se como a Terra.
Está correto o que consta em
a) III, apenas.
b) I, II e III.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II, apenas.
Gabarito: D
Comentário: O trecho da questão é: “O arrabalde de Santos, uma 
planície inundada, crivada de lagoas e pântanos, entrecortada por 
riachos estreitos e canais , cujos contornos são perpetuamente 
esbatidos por uma bruma nacarada [...]”. A expressão em destaque 
tem função explicativa em relação à “arrabalde de Santos”. Por isso, 
pode-se inserir “que é”, porque teremos uma oração subordinada 
adjetiva explicativa, ou seja, mantém-se o sentido.
as vírgulas têm função de isolar termos que estão relacionados entre 
si, portanto, não se pode separá-los com ponto e vírgula.
A presença da oração reduzida de gerúndio (emergindo) permite 
uma dupla leitura: assemelha-se [...], emergindo no começo da 
criação; [...] Terra, emergindo no começo da criação.
 
03) A alteração da voz do verbo poder, nas duas vezes em que 
ocorre no último parágrafo, deverá resultar nas seguintes 
formas, respectivamente:
a) se poderia −se pode
b) poder-se-ia −podem-se
c) poderiam-se −pode-se
d) se poderiam −podem-se
e) se poderiam −se pode
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Gabarito: D
Comentário: O trecho da questão é: Enquanto o carro geme em 
curvas que já nem poderíamos qualificar como “cabeças de alfinete”, 
[...] posso examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se 
perante o meu olhar como espécimes de museu.
Na alteração de voz, temos o seguinte:
 – poderíamos qualificar como “cabeças de alfinete”: se poderiam 
qualificar como “cabeças de alfinete”.
 – posso examinar as árvores e as plantas: podem-se examinar as 
árvores e as plantas.
 
04) Mantendo-se a correlação verbal na primeira frase do texto, a 
substituição de Depois que por “Caso”, acarretará as seguin-
tes mudanças nas formas verbais:
a) fartasse −terá −iria consumir
b) fartara −tivera −consumira
c) teria fartado−teria tido −teria consumido
d) tenha fartado −terá −consumirá
e) tivesse fartado −teria −consumiria
Gabarito: E
Comentário: O trecho é “Depois que se tinha fartado de ouro, o 
mundo teve fome de açúcar, mas o açúcar consumia escravos”. Com 
a substituição, para se manter a correlação verbal, deve-se escrever: 
“Caso se tivesse fartado de ouro, o mundo teria fome de açúcar, mas 
o açúcar consumiria escravos”.
 
05) O excerto, que narra a passagem de Lévi-Strauss por Santos, 
rumo a São Paulo,
a) representa com minúcia uma natureza que foi preservada 
graças ao desenvolvimento de Santos, impulsionado pelo 
cultivo do café.
b) descreve a natureza pujante da região, a despeito de seu 
desenvolvimento econômico, a ponto de recorrer a imagens 
de cunho religioso para melhor ilustrar seu ponto de vista.
c) tece juízo de valor a respeito do desenvolvimento econômi-
co do Brasil, tendo como pano de fundo sua riqueza natural 
inexplorada.
d) compara a natureza litorânea de Santos à encontradiça junto 
ao leito do rio Bramaputra, com vistas a mostrar, paralela-
mente, o quão luxuriante é a natureza brasileira.
e) lamenta o comércio que teria destruído praticamente toda 
a beleza natural, reduzindo-a a pequenos e secretos lugares, 
observáveis apenas em expedições como a que conduzia.
Gabarito: B
Comentário: O autor, ao invés de destacar a economia da região, 
deixa em evidência a natureza desse local. Vejamos algumas passa-
gens que mostram isso: “Mas, apesar de terem ocorrido essas trans-
formações que tornaram Santos num dos centros do comércio 
internacional, o local conserva uma beleza secreta” [..] O arrabalde 
de Santos, uma planície inundada, crivada de lagoas e pântanos, 
entrecortada por riachos estreitos e canais, cujos contornos são 
perpetuamente esbatidos por uma bruma nacarada, assemelha-se 
à própria Terra, emergindo no começo da criação [traço de cunho 
religioso].
 
06) As plantações de bananeiras que a cobrem... (3º parágrafo)
... com troncos plenos de seiva que terminam numa girândola de 
folhas...(4º parágrafo)
... que sai de um enorme lótus castanho e rosado... (4º parágrafo)
Os pronomes sublinhados referem-se respectivamente a:
a) bruma −seiva −mão
b) planície −troncos −mão
c) planície −troncos −dedos
d) Terra −seiva −mão
e) bruma −troncos −dedos
Gabarito: B
Comentário: Os trechos de referência da questão são os que estão 
abaixo. Em destaque, está o elemento a que o pronome retoma.
“O arrabalde de Santos, uma planície inundada [...] As plantações 
de bananeiras que a cobrem”.
“[...] com troncos plenos de seiva que terminam numa girândola 
de folhas elásticas por sobre uma mão de 100 dedos que sai de um 
enorme lótus castanho e rosado”.
 
07) Em relação à primeira parte da frase, o segmento ... orientam 
São Paulo e o seu porto de Santos para o café (1º parágrafo) 
expressa:
a) finalidade.
b) causa.
c) decorrência.
d) conformidade.
e) proporcionalidade.
Gabarito: C
Comentário: O trecho da questão é: O esgotamento das minas 
[...], a abolição da escravatura e, finalmente, uma procura mundial 
crescente orientam São Paulo e o seu porto de Santos para o café.
Percebe-se que o trecho “orientam São Paulo e o seu porto de 
Santos para o café” tem relação de consequência com o trecho 
anterior, ou seja, decorrência.
 
08) Uma redação alternativa para o segmento ... mas é que a 
própria fragilidade do matiz, a sua gracilidade inquieta, 
comparada com a suntuosidade tranquila da outra, contri-
buem para criar uma atmosfera primordial(3º parágrafo), sem 
prejuízo da correção e do sentido, está em:
a) conquanto seja a fragilidade mesma do colorido, aliada à 
graciosidade fugaz, em contraposição à riqueza consolidada 
da outra, que contribui para a formação de um clima primaz.
b) não obstante a própria instabilidade da coloração, à sua 
gratuidade pode-se comparar o fausto despreocupado da 
outra, que contribui para instaurar um ambiente primevo.
c) todavia, é devido à própria fragilidade do tom −à sua graciosi-
dade irrequieta −posta em paralelo com o fausto inabalável da 
outra, que contribui para inventar um ambiente primordial.
d) mas é, no entanto, a própria delicadeza do matiz, sua gratui-
dade inconstante, que, comparada ao luxo estável da outra, 
contribui para a conformação de um meio ambiente ancestral.
e) é, todavia, porque a própria fragilidade da coloração e a sua 
graciosidade instável, comparada ao fausto tranquilo da outra, 
contribuem para conformar uma ambientação primitiva.
Gabarito: E
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Comentário: Considerando o segmento “... mas é que a própria 
fragilidade do matiz, a sua gracilidade inquieta, comparada com a 
suntuosidade tranquila da outra, contribuem para criar uma atmos-
fera primordial”, a única redação correta é: “é, todavia, porque a 
própria fragilidade da coloração e a sua graciosidade instável, 
comparada ao fausto tranquilo da outra, contribuem para confor-
mar uma ambientação primitiva”.
 
09) As orações reduzidas ... para encontrarmos igual a ela... (4º 
parágrafo) e ... estendendo-se perante o meu olhar... (último 
parágrafo), no contexto em que ocorrem, podem ser distendi-
das da seguinte forma:
a) para que tivéssemos encontrado igual a ela / de modo que se 
estendem perante o meu olhar
b) para que encontremos igual a ela / as quais se estendem 
perante o meu olhar
c) para que encontrássemos igual a ela / que se estendem perante 
o meu olhar
d) para que encontrássemos igual a ela / quando se estendem 
perante o meu olhar
e) para que encontremos igual a ela / desde que se estendam 
perante o meu olhar
Gabarito: C
Comentário: A questão sugere que se escrevam as orações reduzi-
das de forma desenvolvida, ou seja, deve-se conjugar os verbos que 
estão, respectivamente, no infinitivo e no gerúndio.
No trecho “para encontrarmos igual a ela”, o sujeito oculto é “nós”, 
portanto, a oração desenvolvida deve manter esse sujeito: para que 
encontrássemos igual a ela.
No trecho “as árvores e as plantas estendendo-se perante o meu 
olhar”, deve-se concordar o verbo com “as árvores e as plantas”: que 
se estendem perante o meu olhar.
 
10) A oração ... de tal modo se sucedem em espiral...(último 
parágrafo):
a) expressa a consequência da oração precedente, além de intro-
duzir matiz de intensidade.
b) além de introduzir a causa da oração anterior, expressa certo 
grau de intensidade.
c) além de introduzir complemento de modo ou instrumento, 
expressa uma consequência.
d) expressa condição, aliada a certo grau de proporcionalidade.
e) expressa concessão, resultante de uma relação de 
proporcionalidade.
Gabarito: B
Comentário: No trecho “Enquanto o carro geme em curvas que já 
nem poderíamos qualificar como “cabeças de alfinete”, de tal modo 
se sucedem em espiral”, percebe que “de tal modo se sucedem em 
espiral” mostra a causa de o carro gemer em curvas, ou seja, porque 
as curvas são em espiral. Além disso, pela linguagem figurada, 
pode-se afirmar que há um certo grau de intensidade, de exagero.
 
O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez 
o seja de fato. Os objetos que nele se encontram reunidos trazem 
o testemunho de disputas sociais, de conflitos políticos e religio-
sos. Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquis-
tas: a maior parte presta homenagem às potências dominantes, 
suas financiadoras. As obras modernas são, mais genericamente, 
animadas pelo espírito crítico: elas protestam contra os fatos da 
realidade, os poderes, o estado das coisas. O museu reúne todas 
essas manifestações de sentido oposto. Expõe tudo junto em nome 
de um valor que se presume partilhado por elas: a qualidade artís-
tica. Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são 
apagadas. A violência de que participavam, ou que combatiam, éesquecida. O museu parece assim desempenhar um papel de pacifi-
cação social. A guerra das imagens extingue-se na pacificação dos 
museus.
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem 
sido retirados de seu contexto. Desde então, dois pontos de vista 
concorrentes são possíveis. De acordo com o primeiro, o museu é 
por excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal, separada 
de seus pretextos, libertada de suas sujeições. Para o segundo, e pela 
mesma razão, é um “depósito de despojos”. Por um lado, o museu 
facilita o acesso das obras a um status estético que as exalta. Por 
outro, as reduz a um destino igualmente estético, mas, desta vez, 
concebido como um estado letárgico.
A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente 
como uma desvitalização do simbólico, e a musealização progres-
siva dos objetos de uso como outros tantos escândalos sucessivos. 
Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do “escândalo”. Para 
que haja escândalo, é necessário que tenha havido atentado ao 
sagrado. Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, 
seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado. 
A Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra? A Revolta? 
A Vida autêntica? A integridade do Contexto original? Estranha 
inversão de perspectiva. Porque, simultaneamente, a crítica mais 
comum contra o museu apresenta-o como sendo, ele próprio, um 
órgão de sacralização. O museu, por retirar as obras de sua origem, 
é realmente “o lugar simbólico onde o trabalho de abstração assume 
seu caráter mais violento e mais ultrajante”. Porém, esse trabalho 
de abstração e esse efeito de alienação operam em toda parte. É a 
ação do tempo, conjugada com nossa ilusão da presença mantida e 
da arte conservada.
Fonte:(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Uni-
fesp, 2012, p. 68-71)
11) Atente para as afirmativas abaixo.
I - Em ... presta homenagem às potências dominantes... (1º 
parágrafo), o sinal indicativo de crase pode ser suprimido 
excluindo-se também o artigo definido, sem prejuízo para a 
correção.
II - O acento em “têm” (2º parágrafo) é de caráter diferencial, em 
razão da semelhança com a forma singular “tem”, diferente-
mente do acento aplicado a “porém” (3º parágrafo), devido à 
tonicidade da última sílaba, terminada em “em”.
III - Os acentos nos termos “excelência” (2º parágrafo) e “necessá-
rio” (3º parágrafo) devem-se à mesma razão.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
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c) I e III, apenas.
d) II, apenas.
e) II e III, apenas.
Gabarito: A
Comentário: Fazendo-se a retirada, teríamos o seguinte: presta 
homenagem a potências dominantes. Como o artigo não é um 
termo obrigatório neste caso, ele pode ser suprimido. Assim, 
mantém-se a correção, mas há mudança de sentido.
O verbo ter, na 3º pessoa do presente do indicativo, recebe acento 
diferencial: ele tem, eles têm. A palavra “porém” recebe acento por 
ser uma oxítona terminada em “em”.
Os termos “excelência” e “necessário” são paroxítonas terminadas 
em ditongo.
 
12) A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva 
encontra-se em:
a) ... o acesso das obras a um status estético que as exalta.(2º 
parágrafo)
b) ... elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes... 
(1º parágrafo)
c) Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquis-
tas...(1º parágrafo)
d) O museu, por retirar as obras de sua origem...(3º parágrafo)
e) ... a crítica mais comum contra o museu apresenta-o...(3º 
parágrafo)
Gabarito: B
Comentário: Para haver transposição de voz, deve-se encontrar o 
objeto direto, pois este se torna sujeito. A única oração que não 
tem objeto direto é: elas protestam contra os fatos da realidade, 
os poderes. Nas demais opções, temos os seguintes termos como 
objeto direto: as exalta; celebram vitórias militares e conquistas; 
retirar as obras; apresenta-o
 
13) Na frase Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao 
museu, seria interessante desvendar que valor foi previamente 
sacralizado (3º parágrafo), a oração sublinhada complementa 
o sentido de
a) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa 
indireta.
b) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa direta.
c) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa indireta.
d) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa 
direta.
e) um advérbio, e pode ser considerada como interrogativa 
indireta.
Gabarito: C
Comentário: Na frase “seria interessante desvendar que valor foi 
previamente sacralizado”, o termo em destaque complementa o 
verbo “desvendar” e é uma interrogativa indireta, porque sugere 
uma dúvida e não tem ponto de interrogação (Que valor foi previa-
mente sacralizado?).
 
14) A respeito da concordância verbal, é correto afirmar:
a) Em “A aquisição de novas obras devem trazer benefícios 
a todos os frequentadores”, a concordância está correta 
por se tratar de expressão partitiva.
b) Em “Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus”, 
o correto é: a concordância está correta, uma vez que o 
núcleo do sujeito é “cerca”.
c) Na frase “Hão de se garantir as condições necessárias à 
conservação das obras de arte”, o verbo “haver” deveria 
estar no singular, uma vez que é impessoal.
d) Em “Acredita-se que 25% da população frequentem 
ambientes culturais”, a concordância está correta, uma 
vez que a porcentagem é o núcleo do segmento nominal.
e) Na frase “A maioria das pessoas não frequentam o 
museu”, o verbo encontra-se no plural por concordar 
com “pessoas”, ainda que pudesse, no singular, concor-
dar com “maioria”.
Gabarito: E
Comentário: Na frase “A maioria das pessoas não frequentam 
o museu”, há uma expressão partitiva especificada por um 
substantivo no plural, o que permite a dupla concordância.
Nas demais opções, temos:
Em “A aquisição de novas obras devem trazer benefícios a 
todos os frequentadores”, não há expressão partitiva.
Em “Existe atualmente, no Brasil, cerca de 60 museus”, o 
correto é: Existem [...] cerca de 60 museus.
Na frase “Hão de se garantir as condições necessárias à 
conservação das obras de arte”, o verbo “haver” é auxiliar e 
concorda com o núcleo do sujeito: condições.
Em “Acredita-se que 25% da população frequentem ambien-
tes culturais”, a concordância correta é: frequente, porque 
deve concordar com “população”.
 
15) ... suas financiadoras (1º parágrafo)
Suas diferenças funcionais...(1º parágrafo)
... seu caráter mais violento...(3º parágrafo)
Os pronomes dos trechos acima referem-se, respectivamente, 
a:
a) vitórias militares −manifestações −museu
b) vitórias militares −obras modernas −museu
c) potências dominantes −obras modernas − trabalho de 
abstração
d) potências dominantes −manifestações − trabalho de 
abstração
e) potências dominantes −obras modernas −museu
Gabarito: D
Comentário: Os trechos de referência são:
 – Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquis-
tas: a maior parte presta homenagem às potências dominan-
tes, suas financiadoras.
 – O museu reúne todas essas manifestações de sentido oposto. 
Expõe tudo junto em nome de um valor que se presume parti-
lhado por elas: a qualidade artística. Suas diferenças funcio-
nais, suas divergências políticas são apagadas.
 – O museu, por retirar as obras de sua origem, é realmente “o lugar 
simbólico onde o trabalho de abstração assume seu caráter mais 
violento e mais ultrajante”.
 
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7
(L.1) No final de 1865, d. Pedro II solicitou a José Antônio Pimenta 
Bueno, futuro visconde, depois marquês de São Vicente, que 
(L.2) realizasse estudos preliminares e elaborasse propostas de ação 
legislativa visando à emancipação dos escravos. O trabalho de 
(L.3) PimentaBueno seria depois discutido em sessões do 
Conselho de Estado pleno. O objetivo do esforço era dotar o 
governo de projeto 
(L.4) de lei sobre emancipação a ser submetido à discussão e 
aprovação do Legislativo. Pimenta Bueno concluiu a tarefa em 
janeiro de 
(L.5) 1866. Todavia, as dificuldades da guerra com o Paraguai e a 
resistência do chefe de gabinete na ocasião, o marquês de 
(L.6) Olinda −escravocrata raivoso e empedernido −, fizeram com 
que o assunto fosse engavetado por alguns meses. Em meados de 
(L.7) 1866, o interesse do imperador em promover o debate sobre o 
problema da escravidão recebeu novo alento com a correspondência 
(L.8) enviada por uma prestigiosa sociedade abolicionista francesa, 
a Comité pour l’Abolition de l’Esclavage, solicitando-lhe que 
usasse o 
(L.9) seu poder e influência para abolir a escravidão no Brasil. 
A resposta, assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, 
indicava que 
(L.10) o novo gabinete liberal, liderado por Zacarias de Góes e 
Vasconcellos, estava pronto para promover a causa. A emancipação 
no 
(L.11) Brasil parecia coisa decidida, sendo apenas questão de forma 
e oportunidade.
(L.12) A resposta enviada aos abolicionistas franceses surpreendeu 
políticos e grandes proprietários. Foi, na verdade, a moldura 
(L.13) para os debates sobre o trabalho de Pimenta Bueno, então 
visconde de São Vicente, no Conselho de Estado, em abril de 1867. 
Os (L.14) conselheiros estavam numa situação delicada. Confron-
tados com a determinação do imperador em fazer caminhar o 
problema da 
(L.15) emancipação, ficavam talvez inibidos em opor resistência 
decidida à iniciativa, por mais que esta fosse de encontro às suas (
L.16) convicções mais íntimas. O resultado dessa tensão entre 
conveniência política e convicções escravocratas foi a formulação, 
por parte 
(L.17) da maioria dos conselheiros, de argumentos sibilinos desti-
nados a concordar com o imperador em que a emancipação era 
questão 
(L.18) decidida, ao mesmo tempo que sustentavam a opinião de 
que nada devia ser feito sobre o assunto.
Fonte:(Sidney Chalhoub. Escravidão e cidadania: a experiência histórica de 1871. 
Machado de Assis, historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p.139 e 
140)
16) Considere as seguintes afirmações:
I - Embora tenham significados distintos, as palavras futuro 
(linha 1) e então (linha 13) remetem a um mesmo período da 
vida de Pimenta Bueno.
II - A depender da articulação entre o termo destacado em o seu 
poder e influência (linhas 8 e 9) e outras partes da frase, são 
possíveis duas leituras.
III - Está correta a grafia da palavra destacada em sessões do 
Conselho de Estado pleno(linha 3), assim como o está a 
destacada em “Você encontrará os dados na segunda secção 
do primeiro capítulo”.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e III, apenas.
Gabarito: A
Comentário: Todas as assertivas estão corretas. Na I, as palavras 
têm o mesmo referente. Na II, há uma ambiguidade provocada 
pelo emprego de “seu”. Na III, as duas palavras estão corretamente 
grafadas.
 
Desespero de causa
(L.1) As manifestações que deslancharam a Primavera Árabe 
tiveram início num ato isolado de desespero. Em dezembro de 
(L.2) 2010, o tunisiano Mohamed Bouazizi ateou fogo ao corpo e 
desencadeou uma revolta contra a situação econômica em seu país, 
(L.3) onde o desemprego afligia um quarto da população.
(L.4) Tendem ao simplismo, como se sabe, as explicações puramen-
te econômicas para eventos sociais. São ainda menos 
(L.5) consistentes as tentativas de atribuir um motivo genérico e 
unilateral a reações eminentemente complexas, como as que 
(L.6) atravessam a psicologia e a história peculiar a cada indivíduo.
(L.7) Contra o pano de fundo do desemprego estrutural, o ato de 
desespero do jovem tunisiano surgiu após os violentos 
(L.8) achaques da polícia, aos quais ele era submetido por tentar a 
sobrevivência como vendedor ambulante sem licença.
(L.9) Autoritarismo, repressão, conflitos religiosos e economia 
misturaram-se naquele momento, e seria incerto transferir esse 
(L.10) quadro específico para os países europeus, por exemplo, onde 
a crise tem determinado índices similares de desemprego, e ainda 
(L.11) mais elevados entre os jovens.
(L.12) O desespero, entretanto, não é menor no mundo desenvol-
vido e produz efeitos equivalentes, no plano individual, aos que 
(L.13) se abateram sobre o ambulante da Tunísia.
(L.14) [...]
(L.15) Não é apenas a privação econômica, certamente grave, mas 
ainda assim amenizada por décadas de progresso social, o 
(L.16) que se abate sobre largas parcelas da população nos países 
desenvolvidos.
(L.17) A ausência de perspectivas, especialmente entre os mais 
jovens, propicia uma sensação psicológica em que o indivíduo 
(L.18) se vê como que dispensado de prosseguir numa vida útil, 
diante de um mecanismo impessoal e cego, que a esfera política só 
(L.19) aparentemente se acha em condições de administrar.
(L.20) Talvez seja exagero prever uma “Primavera Europeia” em 
países como Espanha, Grécia e Portugal, caso ali persistam os 
(L.21) atuais índices de desemprego. É inegável, entretanto, que 
pouco se tem feito para dissipar tamanho surto de aflições.
Fonte:(Folha de S.Paulo, opinião, p. 2A, 7/ 11/2012)
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17) Considere o que se afirma sobre o título do editorial.
I - Embora sem prejuízo da compreensão, constitui um deslize, 
pois o padrão culto escrito preconiza a forma única “em 
desespero de causa”.
II - Constitui um juízo de valor.
III - Caracteriza um último recurso, após todas as tentativas 
possíveis.
IV - Expressa interpretação da realidade, interpretação realizada 
com a neutralidade inerente ao jornalismo.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) I e II.
Gabarito: B
Comentário: Está correto o que se afirma em II e III. Na I, está 
errado afirmar que há deslize. Na IV, está incoerente afirmar que 
há neutralidade, pois há uma opinião expressa.
 
(L.1) No final de 1865, d. Pedro II solicitou a José Antônio Pimenta 
Bueno, futuro visconde, depois marquês de São Vicente, que 
(L.2) realizasse estudos preliminares e elaborasse propostas de ação 
legislativa visando à emancipação dos escravos. O trabalho de 
(L.3) Pimenta Bueno seria depois discutido em sessões do 
Conselho de Estado pleno. O objetivo do esforço era dotar o 
governo de projeto 
(L.4) de lei sobre emancipação a ser submetido à discussão e 
aprovação do Legislativo. Pimenta Bueno concluiu a tarefa em 
janeiro de 
(L.5) 1866. Todavia, as dificuldades da guerra com o Paraguai e a 
resistência do chefe de gabinete na ocasião, o marquês de 
(L.6) Olinda −escravocrata raivoso e empedernido −, fizeram com 
que o assunto fosse engavetado por alguns meses. Em meados de 
(L.7) 1866, o interesse do imperador em promover o debate sobre o 
problema da escravidão recebeu novo alento com a correspondência 
(L.8) enviada por uma prestigiosa sociedade abolicionista francesa, 
a Comité pour l’Abolition de l’Esclavage, solicitando-lhe que 
usasse o 
(L.9) seu poder e influência para abolir a escravidão no Brasil. 
A resposta, assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, 
indicava que 
(L.10) o novo gabinete liberal, liderado por Zacarias de Góes e 
Vasconcellos, estava pronto para promover a causa. A emancipação 
no 
(L.11) Brasil parecia coisa decidida, sendo apenas questão de forma 
e oportunidade.
(L.12) A resposta enviada aos abolicionistas franceses surpreendeu 
políticos e grandes proprietários. Foi, na verdade, a moldura 
(L.13) para os debates sobre o trabalho de Pimenta Bueno, então 
visconde de São Vicente, no Conselho de Estado, em abril de 1867. 
Os (L.14) conselheiros estavam numa situação delicada. Confron-
tadoscom a determinação do imperador em fazer caminhar o 
problema da 
(L.15) emancipação, ficavam talvez inibidos em opor resistência 
decidida à iniciativa, por mais que esta fosse de encontro às suas 
(L.16) convicções mais íntimas. O resultado dessa tensão entre 
conveniência política e convicções escravocratas foi a formulação, 
por parte 
(L.17) da maioria dos conselheiros, de argumentos sibilinos desti-
nados a concordar com o imperador em que a emancipação era 
questão 
(L.18) decidida, ao mesmo tempo que sustentavam a opinião de 
que nada devia ser feito sobre o assunto.
Fonte:(Sidney Chalhoub. Escravidão e cidadania: a experiência histórica de 1871. 
Machado de Assis, historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p.139 e 
140)
18) A resposta aos abolicionistas franceses
a) causou mal-estar entre políticos e proprietários por ter sido 
elaborada e assinada por um único ministro, sem prévia parti-
cipação aos seus pares e sem que, até então, tivesse havido 
qualquer movimento em direção à emancipação.
b) encobria seu verdadeiro propósito, determinado pelo impera-
dor: ser, efetivamente, o estopim de um debate amplo e irres-
trito sobre a questão abolicionista no Brasil.
c) produziu, da parte dos conselheiros do Brasil Imperial, em 
virtude do choque de interesses instituído, o curioso espetá-
culo de um país em que se condenava a escravidão, mas em 
que quase ninguém queria dar um passo para viver sem ela.
d) acarretou uma retórica oficial que condenava a defesa dos 
interesses dos proprietários de escravos, postos estes em 
situação delicada de defender aberta e aguerridamente 
perante a nação a permanência do regime escravocrata.
e) desnudou ao mundo que o Brasil tornara-se o último baluarte 
da escravidão no Ocidente, estando disposto a tudo fazer para 
manter-se nessa posição.
Gabarito: C
Comentário: O texto mostra que a questão da abolição parecia 
algo resolvido, mas os conselheiros enviaram “argumentos sibilinos 
destinados a concordar com o imperador em que a emancipação 
era questão decidida, ao mesmo tempo que sustentavam a opinião 
de que nada devia ser feito sobre o assunto.”
 
19) Considerado o segundo parágrafo, é legítimo o seguinte 
comentário:
a) (linha 12) Em A resposta enviada aos abolicionistas franceses 
surpreendeu políticos e grandes proprietários, a substituição 
do segmento destacado por “surpreendeu a eles, políticos e 
grandes proprietários” preserva a correção original.
b) (linhas 14 e 15) O segmento Confrontados com a deter-
minação do imperador em fazer caminhar o problema da 
emancipação não admite outro entendimento que não seja o 
de expressar ideia de tempo.
c) (linhas 14 e 15) Em Confrontados com a determinação do 
imperador em fazer caminhar o problema da emancipação, 
a substituição do segmento destacado por “emancipatório” 
preserva a correção e o sentido originais.
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9
d) (linha 15) O verbo opor, presente no texto, estaria correta-
mente empregado na frase “Se o líder da oposição se oposse à 
proposta, ela nem chegaria a ser discutida no senado”.
e) (linhas 16 a 18) Outra redação para foi a formulação, por 
parte da maioria dos conselheiros, de argumentos sibilinos 
destinados a concordar com o imperador em que a emancipa-
ção era questão decidida, igualmente clara e correta, é: “foi a 
formulação da maioria dos conselheiros de argumentos sibili-
nos afim de concordar com o imperador que a emancipação 
era questão decidida”.
Gabarito: A
Comentário: Ao se reescrever o trecho em destaque por “surpreen-
deu a eles, políticos e grandes proprietários”, o termo “políticos e 
grandes proprietários” passa a ser um aposto. Portanto, a correção 
fica preservada. Na alternativa “(linhas 14 e 15) O segmento 
Confrontados com a...”, há possibilidade de outras leituras. Na 
alternativa “(linhas 14 e 15) Em Confrontados com a determi-
nação...”, o sentido é alterado. Na alternativa “(linha 15) O verbo 
opor, presente no texto, estaria corretamente...”, o correto é: se 
opusesse. Na alternativa “(linhas 16 a 18) Outra redação para foi a 
formulação...”, a estrutura prejudica a clareza, além disso, o termo 
“a fim” deve estar separado.
 
20) Preservado o contexto, está correta a seguinte compreensão 
de segmento do texto:
a) moldura para os debates/ arremate das altercações.
b) argumentos sibilinos/ provas irrefutáveis.
c) recebeu novo alento/ foi agraciado com mais um importante 
reconhecimento.
d) fosse de encontro às suas convicções mais íntimas/ corrobo-
rasse suas crenças basilares.
e) raivoso e empedernido/ colérico e renitente.
Gabarito: E
Comentário: Raivoso é sinônimo de colérico, ou seja, que está 
acometido ou que manifesta cólera, enraivecido, furioso, irado, 
raivoso.
Empedernido significa que é ou ficou duro como pedra, que não se 
deixa comover ou convencer; que é ou se mostra insensível, inflexí-
vel, frio, duro. Por isso, tem o mesmo significado que renitente: que 
resiste teimosamente, que não se conforma, que é difícil de ceder.
 
Língua Espanhola (Espanhol)
 
Las Fallas. Una fiesta española.
Por Victoria Monera Martínez – marzo 12, 2015
Es una fiesta española que se celebra en la Comunidad Valenciana 
los días anteriores al 19 de marzo, día de San José. San José es el 
patrón de los carpinteros y, como sabéis, un personaje importante 
de la Biblia. También es el patrón de Valencia. Esta ciudad es la 
tercera ciudad española en población tras Madrid y Barcelona. Es 
también la cuna de la paella, plato que actualmente se considera el 
más representativo de la gastronomía española.
¿Qué son las Fallas? Pues, como todas las fiestas españolas, una 
mezcla de música, trajes típicos y fuego. Pero aquí destaca el 
fuego. Durante varios días, los falleros levantan altos y coloridos 
monumentos de papel y cartón (su tamaño varía mucho). Son 
representaciones satíricas que reflejan y critican diferentes aspectos 
de la vida cotidiana española o internacional: famosos políticos, 
actores de moda, empresas destacadas… Las figuras (“ninots”) 
van acompañadas de “carteles informativos”, normalmente muy 
irónicos; por ello, también, las representaciones normalmente son 
caricaturas con rasgos muy exagerados. Esos días de duro trabajo 
son compensados con música continua, comidas con los amigos, 
pasacalles y verbenas por la noche. Y con las “mascletás“: durante 
unos minutos se queman kilos de pólvora en un espectáculo único 
en el mundo. Así, llega el día 19 y lo primero es la misa en honor a 
San José (el santo de los Josés, Pepes, Marijosés, Pepitas y Finas). 
Es una fiesta donde se mezcla lo religioso y lo pagano. El jurado 
ya ha concedido los diferentes premios y se establece el orden de 
“la quema”. Al anochecer se empezarán a quemar las “fallas”, en 
orden inverso a los premios. O sea, la “falla” ganadora del primer 
premio, se quemará la última (y podrá “vivir” unas horas más). Es 
importante también saber que cada año hay un “ninot indultat”, 
una figura que se salvará del fuego y se guardará en el museo fallero. 
¿Qué simboliza esta fiesta? En su origen se construían las fallas 
con muebles viejos o rotos, así se limpiaban las casas, se purificaban 
mediante el fuego. Y también significa que se acaba el invierno y 
que empieza la primavera, o sea, el cambio de estación.
Fonte: Una fiesta parecida se celebra en Alicante el 24 de junio (la noche más 
corta del año): las “Hogueras”. (Disponível em: http://www.habla.pl/2015/03/12/
las-fallas-una-fiesta-espanola/)
21) Según el texto “Las Fallas” es:
a) una fiesta tradicional española que ocurre en las ciudades de 
Barcelona y Madrid por la fecha del 19 de marzo, cuándo se 
celebra la fiesta de San José, personaje de la Biblia y patrón 
de los carpinteros. Hay una mezcla de músicas, trajes típicos 
y fuego. El fuego tiene un importante papelen la fiesta. Los 
ninots desta fiesta son muñecos de variados tamaños y colores.
b) una fiesta muy importante en la cultura española que ocurre 
en la ciudad de Valencia por ocasión del 19 de marzo, fecha 
que se celebra el día de San José patrón de la ciudad. Dicha 
fiesta empieza días antes y tiene como personajes los ninots 
que son representaciones satíricas que critican diferentes 
aspectos de la vida cotidiana. Los ninots son monumentos de 
diferentes colores y tamaños.
c) una fiesta que ocurre en Valencia en el día de San José, impor-
tante personaje de la Biblia. Dicha fiesta sirve para hacer una 
crítica a los políticos de España y dónde también se queman 
kilos de papeles y cartón, cómo forma de protesta y diverti-
miento entre los ciudadanos de la ciudad. Hay unos muñecos 
importantes llamados de ninots indultat que son coloridos y 
altos.
d) una fiesta que refleja y critica la situación de España con 
sus políticos. Dicha fiesta ocurre en Valencia y también se 
celebra el día de San José, personaje importante en la cultura 
española. Los falleros hacen muñecos gigantes de políticos 
que sirven para quemarlos al anochecer del día 19 de marzo. 
Todos los años eligen un ninot indultat, figura que se salva 
del fuego.
e) una fiesta celebrada todos los años en Barcelona y Madrid, 
pues son las mayores ciudades españolas. Dicha fiesta sirve 
para criticar los políticos españoles. Los falleros hacen los 
ninots, que son muñecos gigantes y coloridos. Por esta fecha 
también se celebra el día de San José, importante persona-
je de la Biblia. Al anochecer del día se queman a todos los 
ninots.
Gabarito: B
Comentário: A opção que deixa claro o que é “Las Fallas” é a 
“una fiesta muy importante en la cultura española que ocurre en 
la ciudad...”.
 
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22) “Las figuras (“ninots”) van acompañadas de “carteles infor-
mativos”, normalmente muy irónicos; por ello, también, las 
representaciones normalmente son caricaturas con rasgos 
muy exagerados”. Por la frase del texto podemos llegar a 
conclusión que:
a) los ninots son muñecos que representan de forma irónica 
temas del cotidiano y traen una reflexión con carteles infor-
mativos, pues poseen rasgos exagerados que los hace únicos.
b) los carteles informativos sirven para protestas contra el 
gobierno de España y los políticos, por eso poseen un exagero 
en sus formas, colores y son pequeños.
c) los rasgos más exagerados de los ninots son sus colores, pues 
sirven para alegrar a todas las personas que participan de la 
fiesta de las fallas en Valencia y en Madrid.
d) en general, los ninots poseen carteles informativos sobre 
muchos temas y sus rasgos son distintos, pues sirven para 
hacer críticas al gobierno y a los diputados de oposición.
e) las figuras se pasean por las calles de Valencia informando 
varios temas de interés del pueblo español, pues las fallas con 
sus ninots sirven como forma de protesta.
Gabarito: A
Comentário: o enunciado mostra que “los ninots” são bonecos que 
geralmente possuem uma forma irônica, estão com cartazes e têm 
aspectos exagerados.
 
23) De acuerdo con el texto, las mascletás, los ninots y el ninot 
indultat, hacen parte de la fiesta de Las Fallas pues:
a) representan distintos personajes que aparecen bailando y 
cantando en la fiesta para alegrar a las personas pues son 
irónicos y chistosos.
b) son personas que se visten con ropas de personajes históricos 
en Valencia por ocasión de las fiestas que celebran en carnaval 
y Las Fallas.
c) aparecen en la fiesta pues representan lo irónico del pueblo 
valenciano, bailan y cantan para alegrar a las personas com 
bromas y son muy coloridos.
d) las mascletás es un show pirotécnico, el ninot son figuras 
que representan irónicamente temas del cotidiano y ninot 
indultat es el muñeco que se salva del fuego.
e) todos son importantes figuras de la fiesta, pues traen carteles 
informativos y denuncias de la realidad del pueblo valenciano 
que critica el gobierno.
Gabarito: D
Comentário: las mascletás es un show pirotécnico, el ninot son 
figuras que representan irónicamente temas del cotidiano y ninot 
indultat es el muñeco que se salva del fuego.
 
Cervantes y Shakespeare: ni se conocieron, ni se copiaron, ni 
murieron en el mismo día.
El Día Internacional del Libro se conmemora hoy porque ese día, 
de 1616, fallecieron los dos más grandes escritores de la literatura 
universal: Cervantes y Shakespeare. Pero tan errónea es esa coinci-
dencia como la mayoría de las teorías sobre los paralelismos en su 
vida y obra. Muchos expertos a lo largo de la historia han compa-
rado y encontrado similitudes entre Don Quijote y Hamlet o el rey 
Lear, entre Sancho y Falstaff, en la novedosa mezcla de géneros que 
utilizaron los dos genios o, simplemente en su contemporaneidad 
de vida y de muerte. Pero, en realidad, las semejanzas entre ambos 
genios son escasas.
La fecha de muerte
El error más difundido es el de la fecha de su muerte. Siempre se ha 
sostenido que ambos murieron el 23 de abril de 1616, pero ninguno 
lo hizo en tal fecha. Cervantes falleció el 22 y fue enterrado el 23, 
mientras que la diferencia de fechas es aún mayor con Shakespeare, 
ya que en aquella época Inglaterra se regía por el calendario juliano, 
por lo que en realidad su muerte se produjo un 3 de mayo.
Nunca se encontraron
Cervantes nunca oyó hablar del genio de Stratford-upon-Avon; 
Shakespeare puede que ni siquiera leyera El Quijote entero; sus 
vidas son totalmente opuestas; uno es novelista y el otro dramatur-
go; drama frente a comedia; parece difícil hallar influencias directas 
del uno en el otro.
Más diferencias que semejanzas
“Las coincidencias son mínimas. El único dato seguro es que 
Shakespeare leyó la primera parte del Quijote y que hay una obra 
perdida de la que se conserva un resumen” en la que el inglés – junto 
a un colaborador – retoma el personaje de Cardenio, que aparece 
en un episodio de la principal obra de Cervantes. “Todo lo demás 
son conjeturas”, afirma el director del Departamento de Filología 
Española y sus didácticas de la Universidad de Huelva, Luis Gómez 
Canseco, autor, junto a Zenón Luis-Martínez, de Entre Cervantes 
y Shakespeare: Sendas del Renacimiento. Incluso más escéptico 
se mostró el profesor Michael Bell, del departamento de Litera-
tura inglesa y comparada de la Universidad de Warwick (centro 
de Inglaterra), que aseguró que “sería muy complicado” probar que 
el genio inglés leyera la obra del español. Pero la realidad no ha 
desalentado la imaginación de otros escritores que en los tiempos 
actuales han tratado de buscar o inventar relaciones, encuentros 
o influencias entre los dos genios. Carlos Fuentes, por ejemplo, 
recogió en un libro de ensayos publicado en 1988 una teoría 
bastante extendida que afirma que “quizás ambos fueran la misma 
persona”. El británico Anthony Burgess da en su cuento Encuen-
tro de Valladolid su visión de una hipotética reunión entre los dos 
escritores. Tom Stoppard, el dramaturgo británico, que recreó la 
conversación que podrían haber sostenido Shakespeare y Cervan-
tes si el español hubiera formado parte de la delegación de su país 
que acudió a Sommerset House de mayo a agosto de 1604 para 
negociar la paz entre los dos países. Y la película española Miguel 
y William, que fantasea, en tono de comedia, con un encuentro 
de Miguel de Cervantes y William Shakespeare, en la España de 
finales del siglo XVI.
“Influencias culturales parecidas”
Pero esas similitudes de estilo se debieron probablemente al simple 
motivo de que los dos escritores coincidieron en una época y 
tuvieron “influencias culturales parecidas”, además de las mismas 
“lecturas”, lo que les llevó a ofrecer “soluciones literarias parale-
las”, según Gómez Canseco. A su juicio eso es lo importante y no 
el hechode que Shakespeare pudiera haber leído el Quijote, lo 
que “no es especialmente significativo”. Tampoco es especialmen-
te significativo que el Día del Libro se fijara sobre una premisa 
errónea porque, aunque el 23 de abril de 1616 no murieron ni 
Cervantes ni Shakespeare, sí lo hizo el Inca Garcilaso de la Vega 
y también en esa fecha nacieron Vladímir Nabokov, Josep Pla y 
Manuel Mejía Vallejo.
Fonte: http://cultura.elpais.com/cultura/2008/04/22/actuali-
dad/1208815215_850215.html
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11
24) El texto trae importantes informaciones sobre dos grandes 
escritores del siglo XVI, Cervantes y Shakespeare, ¿cuál es la 
idea central?
a) El texto habla sobre las coincidencias entre los dos grandes 
escritores, pues muchos expertos encuentran semejanzas en 
las obras, haciendo paralelismo entre ellos, incluso la fecha de 
muerte de los dos, hasta un encuentro que se sucedió.
b) El texto habla sobre las coincidencias erróneas que muchos 
expertos dicen que hay entre Cervantes y Shakespeare, 
dice que son conjeturas tal paralelismo, pues son escasas las 
semejanzas entre los dos genios y que apenas coincidieron en 
una misma época.
c) El texto habla que los dos genios, Cervantes y Shakespeare, se 
conocían y que un influenció al otro en sus escritos literarios, 
pues poseían la misma formación cultural y la misma forma 
para crear sus personajes, como Sancho Panza y Falstaff.
d) El texto habla que Cervantes y Shakespeare eran amigos y 
que uno influenció al otro, pues tenían los mismos objetivos, 
crear personajes que serían iconos para la literatura univer-
sal, incluso se encontraran una vez y que Shakespeare leyó 
el Quijote.
e) El texto habla que los dos genios, Cervantes y Shakespeare, 
tenían formas de escribir muy parecidas, que crearan perso-
najes importantes para la literatura y que uno leía la obra 
del otro, pues poseían las mismas influencias culturales de 
la época.
Gabarito: B
Comentário: o texto faz um comparativo entre Cervantes y Shakes-
peare e mostra que: “Pero tan errónea es esa coincidencia como la 
mayoría de las teorías sobre los paralelismos en su vida y obra”.
 
25) Por el texto concluimos que:
a) cervantes y Shakespeare son la misma persona que vivió en 
siglo XVI en Inglaterra y España.
b) cervantes y Shakespeare se encontraban con frecuencia para 
leer el texto uno del otro y hacer comentarios.
c) cervantes y Shakespeare son dos grandes genios de la litera-
tura española, pero con distintos rasgos.
d) cervantes y Shakespeare tienen rasgos distintos y poco se 
asemejan, las teorías sobre ellos son conjeturas.
e) cervantes y Shakespeare murieran en la misma fecha, por eso 
el Día Internacional del Libro es el 3 de mayo.
Gabarito: D
Comentário: essa conclusão se pauta em algumas passagens, 
como: “Las coincidencias son mínimas. El único dato seguro es 
que Shakespeare leyó la primera parte del Quijote y que hay una 
obra perdida de la que se conserva un resumen” en la que el inglés 
– junto a un colaborador – retoma el personaje de Cardenio, que 
aparece en un episodio de la principal obra de Cervantes. “Todo lo 
demás son conjeturas”.
 
26) Sobre el Día Internacional del Libro concluimos que:
a) se conmemora el 23 de junio por la fecha de nacimiento de 
Cervantes y Shakespeare.
b) se celebra en el 23 de junio pues es la fecha que Cervantes y 
Shakespeare se encontraban en España.
c) se conmemora el 23 para celebrar la ocasión de la muerte de 
los dos genios de la literatura.
d) se celebra en el 23 de junio por decreto del gobierno español 
y del gobierno de Inglaterra.
e) se celebra en el 23 de junio por fecha de nacimiento de 
Shakespeare, mas su muerte fue el 3 de mayo.
Gabarito: C
Comentário: o texto traz a seguinte informação: El Día Interna-
cional del Libro se conmemora hoy porque ese día, de 1616, falle-
cieron los dos más grandes escritores de la literatura universal: 
Cervantes y Shakespeare.
 
27) Las palabras “pero” y “fecha” significan:
a) pois e encerra
b) porém e encerra
c) porém e data
d) porque e conclui
e) mas também e data
Gabarito: C
Comentário: a questão exige conhecimento de vocabulário, ou seja, 
significação de palavras.
 
Palabras sin eco
Por Andrés Ricciardulli
Número Cero, del italiano Umberto Eco, reflexiona con ironía 
sobre el nuevo rol de la prensa en su país, al tiempo que plantea un 
final alternativo para la muerte de Mussolini
Europa es hoy el lugar del mundo donde se observa con mayor 
claridad el desconcierto general ante los tiempos que corren, la 
incertidumbre global sobre el futuro inmediato. La corrupción 
generalizada a todos los niveles, el caos social, la inmigración, el 
terrorismo, los neonazis y la crisis financiera están haciendo mella 
en la cuna de occidente. La intelectualidad del viejo continente 
no es ajena a este descalabro, a este fin de las ideologías y de lo 
razonable, a esta suerte de fatiga milenaria que tiene desahuciados 
a todos los países europeos, que no saben hoy ya para dónde tirar. 
Ante los miles de problemas, gran parte de los escritores europeos 
se dedican a escribir libros absurdos y repetitivos sobre cuestio-
nes ya perimidas. Este comportamiento necio quizá se debe a que 
el descreimiento ha llegado a todas partes. Cuando un libro tan 
revelador como el del periodista Glenn Greenwald Snowden, sin 
un lugar donde esconderse no cambia nada y es solo una picadura 
de mosquito en el lomo curtido del elefante, cualquier aporte 
posterior parece irrelevante. No obstante, los autores europeos 
perseveran en escribir sobre lo inocuo. Uno de sus temas favoritos 
es la caída vertiginosa del nivel de la prensa, que los obsesiona y a 
la que achacan todos los males. En su por momentos muy buen 
libro, Lionel Asbo. El estado de Inglaterra, el inglés Martin Amis 
se despachaba a gusto contra los medios de comunicación de la isla. 
Con Número Cero, Umberto Eco, hace otro tanto con la prensa 
italiana, solo que al estar ambientada la novela en 1992, en la era 
previa a internet, el contenido y el mensaje son más intrascendentes.
El diario que no sale
La recién editada novela cuenta, con una prosa directa y sin metáfo-
ras de ningún tipo, la puesta, ya que está pensado para funcionar 
como un arma en las manos extorsionadoras del Commendatore, 
un personaje que nunca sale a la luz, ya que simplemente pone el 
dinero y por ende tiene el poder. Seis periodistas, incluyendo al 
protagonista, Colonna, que además debe escribir un libro sobre el 
proceso de creación del diario, se ponen a la tarea de darle vida a 
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un medio que está pensado como un arma. Y es allí, al comienzo, 
donde está lo mejor de libro. Eco, haciendo gala de buen humor, 
describe los pormenores rocambolescos de un proyecto que, 
además de crear una bomba política destinada a ser usada si es 
necesario, incluye el armado de las típicas secciones de cualquier 
diario. Por eso hay un capítulo para los horóscopos, otro para 
las necrológicas, uno sobre los trucos a la hora de hacer un 
desmentido y el más gracioso, que refiere al gusto del público 
a la hora de leer una página de cultura. Pero luego el libro se 
viene abajo. Se quiebra cuando Eco plantea un amor impro-
bable, que ocupa mucho espacio y que no llega a ningún lado. 
Y termina de hacerse ilegible cuando el periodista Braggado-
cio comienza a esbozar una teoría increíble sobre la muerte de 
Benito Mussolini. Esa historia que incluye a los partisanos, la 
CIA, el Vaticano, Argentina como probable refugio del Duce 
y un sinfín de especulaciones más, se alarga durante muchas 
más páginas de las necesarias. Puede entretener al lector que 
conozca al detalle la historia italiana, pero, para el que no, 
resulta una digresión interminable de escaso valor. “Estoy de 
acuerdocon Hegel cuando dice que la lectura del periódico es 
la oración matinal del hombre moderno. Pero yo, cada vez más, 
leo solo los titulares”, confesó el autor en una entrevista. A los 
83 años, Umberto Eco se ha ganado el derecho a presentar el 
libro que quiera. Pero no deja de ser doloroso leer Número Cero. 
Al hombre, al parecer, se le ha olvidado ya definitivamente el 
nombre de la rosa.
Fonte: (Disponível em: http://www.elobservador.com.uy/
palabras-eco-n654843)
28) Tras leer el texto, se puede afirmar que
a) El periodista Andrés Ricciardulli le gusta mucho la obra 
de Umberto Eco, incluso considera “Número Cero”, una 
de las mejores obras del autor.
b) Todo el libro “Número Cero” tiene escaso valor, pues el 
autor se olvidó, definitivamente, como se hace un bueno 
libro como “el nombre de la rosa”.
c) Aunque el libro sea malo, el periodista puede encontrar 
algo exitoso en nuevo libro de Umberto Eco.
d) Gran parte de los escritores del mundo se dedican a escribir 
libros absurdos y repetitivos sobre cuestiones ya perimidas.
e) Umberto Eco es un escritor que se utiliza, en su nueva 
obra, de un abanico de metáforas para desenvolver su texto.
Gabarito: C
Comentário: uma das passagens que pode trazer a resposta é: “A 
los 83 años, Umberto Eco se ha ganado el derecho a presentar 
el libro que quiera. Pero no deja de ser doloroso leer Número 
Cero. Al hombre, al parecer, se le ha olvidado ya definitivamente 
el nombre de la rosa.”
 
29) En “. La corrupción generalizada a todos los niveles, el 
caos social, la inmigración, el terrorismo, los neonazis y 
la crisis financiera están haciendo mella en la cuna de 
occidente.” La expresión subrayada quiere decir:
a) Que Europa siempre será de donde sale los gustos de la 
cultura mundial.
b) Que la crisis no ha afectado la Europa, que sigue siendo 
una potencia económica.
c) Que Europa es el origen de los males del mundo.
d) Que Europa es el continente que influencia las culturas de 
los otros continentes.
e) Que Europa pasa por una gran crisis, que ha afectado 
económicamente y culturalmente el continente.
Gabarito: E
Comentário: questão de conhecimento de expressões idiomáticas; 
a opção que traz uma significação contextual adequada é a letra 
“Que Europa pasa por una gran crisis, que ha afectado económica-
mente y culturalmente el continente.”.
 
Mucha deuda y poca recaudación
El Tribunal de Cuentas, en su primer informe sobre la
actuación de la Agencia Tributaria en la lucha contra
el fraude fiscal entre 2010 y 2012, considera que los
resultados obtenidos «son aún insuficientes a la vista de
los datos sobre la economía sumergida» y la recaudación
efectiva obtenida. En particular cuestiona la gestión de
la Agencia en el cobro de la deuda tributaria pendiente,
como consecuencia del fraude descubierto, que va
incrementándose cada año hasta alcanzar «una cuantía
relevante de 48.674 millones de euros» a finales de 2012.
Ahora superará con creces los 50.000 millones. Esta cifra
es un 30% superior a la registrada hace tres años y un
60% más si se toma en cuenta sólo la deuda pendiente
en periodo ejecutivo (25.205 millones). Esto significa que,
de cada seis ingresos que Hacienda liquida, sólo ingresa
efectivamente uno. El auditor público denuncia que cada
año «se incorporan «nuevas deudas por un importe
superior a las que se van cancelando», lo que da lugar
a un incremento constante de los pagos pendientes (en
2010 era de 10.401 millones) pese a los datos positivos
de ingresos directos por actuaciones de la lucha contra
el fraude como los derivados de la recaudación ejecutiva
y por deuda cancelada con ingreso o sin el pago. El caso
es que «pese a que se recaudó más y se canceló más
deuda» siguió aumentando la deuda pendiente. «Y no
ofrece indicios de frenar», ya que sólo una pequeña parte
de las actuaciones concluye con una recaudación efectiva,
señala el informe que el Tribunal ha enviado a las Cortes.
El informe también denuncia la «inadecuada» y «dispersa»
planificación estratégica de la Agencia mediante planes
que «simplemente se agregaban a los anteriores
manteniéndose todos ellos simultáneamente vigentes»,
el desarrollo de las actuaciones «con medios limitados»,
como la reducción de la plantilla, así como «la detección
únicamente de errores e incumplimientos poco complejos»
de fraude, por lo que el Tribunal insta a actuaciones de
carácter más selectivo contra los defraudadores en
incumplimientos «de mayor complejidad».
Fonte:(Texto adaptado de Elmundo.es, 06/03/14, disponible en: http:// www.
elmundo.es/economia/2014/03/12/53205c13ca47415f7a 8b4576.
html)
30) En la cuarta línea del texto, la locución “a la vista” mantiene
su sentido si se sustituye por:
a) en vista.
b) al parecer.
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c) con la finalidad.
d) al contado.
e) no obstante.
Gabarito: A
Comentário: 
Raciocínio Lógico Quantitativo
 
31) Um português viveu exatamente 7 anos no Brasil. Isto signi-
fica que em dias, ele viveu no Brasil, garantidamente:
a) 2.555 ou 2.556.
b) 2.555 ou 2.557.
c) no máximo 2.566.
d) 2.556 ou 2.557.
e) no mínimo 2.555.
Gabarito: D
Comentário: em 7 anos existem 1 ou 2 anos bissexto, logo tem 7 x 
365 = 2.555 + 1 = 2.556 ou 7 x 365 = 2.555 + 2 = 2.557
 
32) Dizer que “João é professor, ou Pedro não é pescador” é 
logicamente equivalente a dizer que:
a) João é professor, se e somente se, Pedro não é pescador.
b) Se João é professor, então Pedro não é pescador.
c) Se João não é professor, então Pedro é pescador.
d) Se Pedro é pescador, então João é professor.
e) João não é professor, e Pedro é pescador.
Gabarito: D
Comentário: uma das equivalências lógicas do OU é com o SE, 
ENTÃO, em que nega o antecedente OU mantem o consequente, 
ficando “Se Pedro é pescador, então João é professor”.
 
33) Nos jogos estudantis promovidos pelo IFMS, oito estudantes 
classificaram-se para a prova dos 100 metros. Destes, três são 
do campus Dourados. Quantas são as possibilidades de pelo 
menos um estudante do campus Dourados ficar entre os três 
primeiros lugares?
a) 336
b) 60
c) 450
d) 276
e) 100
Gabarito: D
Comentário: calculando as possibilidades de qualquer um dos 8 
estudantes estarem nas 3 primeiras posições tem-se:
A8,3 = 336
Agora calculando as possibilidades de somente os 5 estudantes que 
não são de Dourados ficarem entre os 3 primeiros colocados fica:
A5,3 = 60
Por fim, do total de possibilidades (336), se for retirada as possibili-
dades de apenas os 5 estudantes que não são de Dourados estarem 
entre os 3 primeiros (60), sobram 276 (336 – 60 = 276) possibilida-
des de pelo menos um estudante do campus Dourados ficar entre 
os três primeiros lugares.
 
34) Edson não gosta de frango ou Marilda gosta de feijão e gosta 
de arroz. Uma afirmação que corresponda à negação lógica 
dessa é
a) Marilda não gosta de arroz ou não gosta de feijão e Edson 
gosta de frango.
b) Edson gosta de frango e Marilda não gosta de feijão e não 
gosta de arroz.
c) Se Edson não gosta de frango, então Marilda gosta de feijão 
e arroz.
d) Se Marilda não gosta de feijão e arroz, então Edson gosta de 
frango.
e) Edson gosta de arroz e Marilda gosta de frango e feijão.
Gabarito: A
Comentário: a negação do OU é o E, e a negação do E é o OU, 
dessa forma, a negação da proposição será: “Edson gosta de frango 
e Marilda não gosta de feijão ou não gosta de arroz”.
 
35) Qual é o quinto termo da sequência (18, 216, 432, 864, a5)?
a) 16128
b) 1728
c) 64128
d) 63127
e) 15127
Gabarito: A
Comentário: olhando a sequência de outra forma (separando o 1 
do 8, o 2 do 16, o 4 do 32 e assim por diante) você percebera que 
os números dobram de um número para o outro, logo o próximo 
número será 16128.
 
36) Numa cidade, pesquisas apontam que 30% da população é 
constituída de mulheres que votam nopartido PX. Sabendo 
que 55% da população é formada por mulheres, qual é a 
probabilidade de uma mulher, selecionada ao acaso dessa 
população, votar no partido PX?
a) Aproximadamente 16,5%.
b) Aproximadamente 54,54%.
c) Exatamente 55%.
d) Exatamente 30%.
e) Aproximadamente 45,45%.
Gabarito: B
Comentário: imaginando que a população tem 100 pessoas, então 
tem 55 mulheres ao todo e 30 mulheres que votaram no partido 
PX, com isso a chance de uma mulher, selecionada ao acaso, votar 
no partido PX é: 30/55 = 6/11 = 0,54545454... = 54,54%
 
37) Em uma determinada promoção no dia da criança, uma loja 
de brinquedos declarou que Todas as crianças serão benefi-
ciadas. Diante disso, podemos afirmar que:
a) Nenhum beneficiado será criança.
b) As beneficiadas serão todas as crianças.
c) Apenas as crianças serão beneficiadas.
d) Algumas crianças serão beneficiadas.
e) Algumas crianças não serão beneficiadas.
Gabarito: D
Comentário: se todas as crianças serão beneficiadas, então é fato 
que alguma criança sera beneficiada (uma redundância, inclusive).
 
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38) O próximo elemento da sequência 2/3, 7/5, 11/13, 19/17, ... 
é:
a) 23/31
b) 21/23
c) 23/27
d) 31/29
e) 23/29
Gabarito: E
Comentário: a sequência é formada pelos números primos, e nos 
termos de ordem ímpar (1º, 3º) as razões estão com os números 
em ordem crescente, já nos termos de ordem par (2º, 4º) as razões 
estão com os números em ordem decrescente. Com isso, o próximo 
termo da sequência é 23/29.
 
39) Das premissas,
I - Jorge é jogador de tênis ou Carla é cientista;
II - Se Carla é cientista então Bárbara é bióloga;
III - Se Bárbara é bióloga então Mariana é médica.
É correto inferir que: Se
a) Bárbara é bióloga, Carla é cientista.
b) Carla é cientista, Mariana não é médica.
c) Jorge é jogador de tênis, Bárbara é bióloga.
d) Bárbara não é bióloga, Mariana não é médica.
e) Jorge não é jogador de tênis, Bárbara é bióloga.
Gabarito: E
Comentário: resolvendo o argumento pelo método da conclusão 
falsa, usando as alternativas como conclusão, a única alternativa 
possível é a E.
 
40) . Em um teste composto por cinco questões, numeradas de 1 
a 5, foram apresentadas as seguintes instruções:
• Se resolver a questão 1, não resolva a questão 2.
• Se resolver a questão 3, não resolva a questão 4.
• Se não resolver a questão 2, não resolva a questão 3.
Segundo essas instruções, qual é a quantidade máxima de questões 
que podem ser resolvidas?
a) Uma.
b) Duas.
c) Três.
d) Quatro.
e) Cinco.
Gabarito: C
Comentário: se resolver a questão 1, não resolve a 2 nem a 3, e 
pode resolver a 4 ou a 5, logo pode resolver 3 questões. Se resolver 
a questão 2, não resolve a questão 1 e pode ou não resolver a 3, mas 
resolvendo a 3, não resolve a 4, e pode ou não resolver a 5, logo 
pode resolver 3 questões também; já não resolvendo a questão 3, 
pode ou não resolver a 4 ou a 5, novamente 3 possibilidades. Se 
resolver a questão 4, não resolve a questão 3 e pode ou não resolver 
a 2, mas resolvendo a 2, não resolve a 1, e pode ou não resolver a 5, 
logo pode resolver 3 questões também; já não resolvendo a questão 
2, não resolver a 3, e pode ou não resolver a 1 ou a 5, mais uma vez 
3 possibilidades.
 
Direito Constitucional
 
41) Acerca do tema funções essenciais à justiça, é certo que:
a) a garantia da inamovibilidade é conferida pela Constitui-
ção aos magistrados, aos membros do Ministério Público , 
aos membros da Defensoria Pública e aos procuradores do 
Estado.
b) segundo entendimento do STF, a vedação ao membro do 
Ministério Público de exercício da advocacia não se aplica 
nos processos penais em que o membro do MP apresentar 
sua defesa atuando em causa própria.
c) na execução da dívida ativa de natureza tributária, a repre-
sentação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda 
Nacional, observado o disposto em lei.
d) o Ministério Público não tem legitimidade para recorrer no 
processo em que oficiou como fiscal da lei.
e) é função institucional do Ministério Público exercer o 
controle interno da atividade policial, na forma da sua lei 
orgânica.
Gabarito: C
Comentário: Alternativa Incorreta: a garantia da inamovibilidade 
é conferida pela Constituição aos magistrados, aos membros do 
Ministério Público , aos membros da Defensoria Pública e aos 
procuradores do Estado.
Resposta: Os Procuradores do Estado não possuem inamovibilidade.
Alternativa Incorreta: segundo entendimento do STF, a vedação 
ao membro do Ministério Público de exercício da advocacia não se 
aplica nos processos penais em que o membro do MP apresentar 
sua defesa atuando em causa própria.
Resposta: Os membros do MP, como não são advogados, estão 
impedidos da atividade, mesmo em causa própria (HC 76.671, Rel. 
Min. Néri da Silveira, julgamento em 9-6-1998, Segunda Turma, 
DJ de 10-8-2000).
Alternativa Correta: na execução da dívida ativa de natureza tribu-
tária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.
Resposta: Art. 131, § 3º da CF.
Alternativa Incorreta: o Ministério Público não tem legitimidade 
para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei.
Resposta: Diante da autonomia administrativa e funcional de que 
é dotado o membro do MP, ele pode, sim, recorrer, mesmo tendo 
participado como fiscal da lei.
Alternativa Incorreta: é função institucional do Ministério Público 
exercer o controle interno da atividade policial, na forma da sua lei 
orgânica.
Resposta: O MP exerce o controle externo da atividade policial 
(Art. 129, VII da CF).
 
42) Tendo em vista o tema funções essenciais à administração da 
justiça, bem como considerando a Constituição de 1988, a 
doutrina e a jurisprudência constitucionais, assinale a alter-
nativa correta:
a) A atual Constituição veda aos membros do Ministério 
Público o exercício de atividade político-partidária.
b) A advocacia pública é instituição essencial à função jurisdi-
cional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a 
defesa, em todos os graus, dos necessitados.
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c) Aos procuradores dos Estados é assegurada estabilidade após 
dois anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desem-
penho perante o Conselho Nacional do Ministério Público.
d) A Constituição de 1988 autoriza expressamente a contrata-
ção temporária de advogados para o exercício das funções de 
defensor público, em situações excepcionais.
e) O Ministério Público não está sujeito à fiscalização do 
Tribunal de Contas, devido à sua autonomia administra-
tiva, orçamentária e financeira, bem como pelo fato de ser 
defensor da ordem jurídica e do regime democrático.
Gabarito: A
Comentário: Alternativa Correta: A atual Constituição veda 
aos membros do Ministério Público o exercício de atividade 
político-partidária.
Resposta: Aos membros do MP é vedada a atividade 
político-partidária.
Alternativa Incorreta: A advocacia pública é instituição essencial 
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação 
jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados.
Resposta: Quem cuida dos necessitados é o defensor público.
Alternativa Incorreta: Aos procuradores dos Estados é assegurada 
estabilidade após dois anos de efetivo exercício, mediante avalia-
ção de desempenho perante o Conselho Nacional do Ministério 
Público.
Resposta: A estabilidade será de 3 anos.
Alternativa Incorreta: A Constituição de 1988 autoriza expressa-
mente a contratação temporária de advogados para o exercício das 
funções de defensor público, em situações excepcionais.
Resposta: Não é possível a contratação temporária de advogados.
Alternativa Incorreta: O Ministério Público não está sujeito à fisca-
lização do Tribunal de Contas, devido à sua autonomiaadministra-
tiva, orçamentária e financeira, bem como pelo fato de ser defensor 
da ordem jurídica e do regime democrático.
Resposta: O TCU irá fiscalizar o MP.
 
43) No que concerne às Comissões Parlamentares de Inquérito, 
está correto afirmar que:
a) Serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado 
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requeri-
mento de dois terços de seus membros.
b) Objetivam a apuração de fatos certos e indeterminados, de 
relevante interesse para vida política, econômica, jurídica ou 
social do país.
c) Devem encaminhar suas conclusões ao Poder Judiciário para 
que, se for o caso, seja promovida a responsabilidade civil ou 
criminal dos infratores.
d) Podem decretar a prisão temporária.
e) Não podem determinar a interceptação telefônica do 
indiciado.
Gabarito: E
Comentário: Alternativa Incorreta: Serão criadas pela Câmara dos 
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, 
mediante requerimento de dois terços de seus membros.
Resposta: O quórum para instalar uma CPI é de ½.
Alternativa Incorreta: Objetivam a apuração de fatos certos e 
indeterminados, de relevante interesse para vida política, econômi-
ca, jurídica ou social do país.
Resposta: A CPI apura fato determinado.
Alternativa Incorreta: Devem encaminhar suas conclusões ao 
Poder Judiciário para que, se for o caso, seja promovida a responsa-
bilidade civil ou criminal dos infratores.
Resposta: Encaminham-se as conclusões ao MP.
Alternativa Incorreta: Podem decretar a prisão temporária.
Resposta: A CPI só decreta prisão em flagrante.
Alternativa Correta: Não podem determinar a interceptação telefô-
nica do indiciado.
 
44) Legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente e 
ao consumidor é competência:
a) Privativa da União.
b) Privativa dos Estados.
c) Privativa dos municípios.
d) Concorrente da União, Estados e Municípios.
e) Exclusiva da União.
Gabarito: D
Comentário: Das opções apresentadas na questão, verifica-se que 
os assuntos propostos são da competência concorrente. Contudo, é 
necessário lembrar que esta competência é da União, dos Estados e 
do DF. Os Municípios poderão legislar em razão do Art. 30, II, que 
afirma que os Municípios podem suplementar a legislação federal e 
estadual no que couber.
 
45) “As normas constitucionais de 
____________________________ têm aplicabilidade direta 
e imediata, mas possivelmente não integral.” Assinale a alter-
nativa que completa corretamente a afirmativa anterior:
a) eficácia plena.
b) eficácia contida ou prospectiva.
c) eficácia limitada.
d) eficácia exaurida.
e) eficácia absoluta.
Gabarito: B
Comentário: Nos termos cunhados por José Afonso da Silva, uma 
norma de eficácia contida tem aplicabilidade direta, imediata e, 
possivelmente, não integral, visto que um ato normativo poderá 
reduzir a sua aplicabilidade.
 
46) Quando as normas de uma Constituição anterior são recep-
cionadas com o status de norma infraconstitucional pela nova 
ordem, dá-se o que os constitucionalistas de escola chamam 
de:
a) Recepção material de normas constitucionais.
b) Repristinação.
c) Reordenação.
d) Desconstitucionalização.
e) Revogação parcial.
Gabarito: D
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Comentário: A desconstitucionalização não é adotada no 
Brasil. Trata-se uma norma que era constitucional e, com um 
novo ordenamento constitucional, ela continuaria a vigorar, 
mas com status infraconstitucional. Atualmente, não temos 
visto que, com o surgimento de um novo ordenamento 
constitucional, o anterior passe a ser totalmente revogado.
 
47) A respeito da organização e composição do Poder 
Legislativo no âmbito dos Municípios brasileiros, é 
correto afirmar que a Constituição Federal prevê que:
a) poderá haver eleições em dois turnos nos municípios em 
que houver mais de 100000 (cem mil) habitantes.
b) as Câmaras Municipais serão compostas por, no mínimo, 
9 (nove) e, no máximo, 55 (cinquenta e cinco) vereado-
res, de acordo com o número de habitantes.
c) o total da despesa com a remuneração dos vereadores 
não poderá ultrapassar o montante de 10% (dez por 
cento) da receita do Município.
d) a inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, 
palavras e votos dar-se-á no exercício do mandato e na 
circunscrição do Estado.
e) a Câmara Municipal não gastará mais de 80% (oitenta 
por cento) de sua receita com folha de pagamento, 
incluído o gasto com o subsídio de seus vereadores.
Gabarito: B
Comentário: Alternativa Incorreta: poderá haver eleições em 
dois turnos nos municípios (...)
Resposta: Deve haver dois turnos para cidades com mais de 
200.000 eleitores (Art. 29, II da CF).
Alternativa Correta: as Câmaras Municipais serão compostas 
por (...)
Resposta: De acordo com o Art. 29, IV da CF.
Alternativa Incorreta: o total da despesa com a remuneração 
dos vereadores (...)
Resposta: É 5% da receita do município Art. 29, VII da CF.
Alternativa Incorreta: a inviolabilidade dos vereadores por 
suas opiniões (...)
Resposta: É na circunscrição do município (Art. 29, VIII da 
CF).
Alternativa Incorreta: a Câmara Municipal não gastará mais 
de 80% (...)
Resposta: Não gastará mais do que 70% com folha de 
pagamento (Art. 29-A, § 1º da CF).
 
48) Considerando a sistemática de incorporação, na ordem 
jurídica interna, dos tratados internacionais de proteção 
dos direitos humanos, bem como a posição que podem 
ocupar no escalonamento das normas, é correto afirmar, 
de acordo com o entendimento prevalecente no âmbito 
do Supremo Tribunal Federal, que:
a) sempre terão natureza supralegal, mas infraconstitucional.
b) podem ter natureza infralegal ou constitucional.
c) sempre terão natureza legal e infraconstitucional.
d) podem ter natureza supralegal ou constitucional.
e) sempre terão natureza constitucional.
Gabarito: D
Comentário: O tratado internacional é normalmente equiparado a 
uma lei ordinária. Mas, se for sobre direitos humanos, a Jurispru-
dência do STF considera-o com status supralegal. E, de acordo com 
o Art. 5°, § 3º da CF ele pode ter status de Emenda Constitucional.
 
49) A doutrina classifica as gerações de direitos como construção 
histórica de valores humanos, lenta e gradual, que permitiu 
à Constituição Federal de 1988 elencá-las no Titulo dos 
direitos e garantias fundamentais antes do Título da Organi-
zação do Estado, num gesto político de que os homens 
precedem o Estado. Quanto às prescrições de direitos e 
garantias admitidos na Constituição Federal e na doutrina, 
assinale a alternativa correta:
a) Os direitos constantes do catálogo de direitos individuais 
e coletivos estão elencados de forma exaustiva, admitindo-
se apenas os direitos de segunda geração, como o direito de 
resistência, na lavra de Michel Temer, na a obra “Elementos 
de Direito Constitucional”.
b) Os direitos constantes do catálogo de direitos individuais 
e coletivos não excluem outros decorrentes dos princípios 
constitucionais que, no entendimento de Paulo Bonavides, 
na sua obra “Curso de Direito Constitucional”, classifica o 
direito de resistência, como um direito fundamental de sexta 
geração.
c) O princípio constitucional que asseguram a ampla defesa e 
contraditório não alcança os litigantes que respondem em 
processo administrativo disciplinar, tais como a pena de 
banimento e a pena morte, em caso de guerra declarada, 
direitos de primeira geração, na lavra de Michel Temer, na a 
obra “Elementos de Direito Constitucional”.
d) Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, tanto que será concedida extradição ao estrangeiro 
por crime político, decorrente dos princípios constitucionais 
como o direito de resistência, no entendimento de Paulo 
Bonavides, na sua obra “Curso de Direito Constitucional”, 
classifica como um direito fundamental de quinta geração.
e)

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