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Neutralidade de rede - EUA

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NEUTRALIDADE DE REDE NOS EUA
O que é a Neutralidade de Rede?
“É o princípio segundo o qual o tráfego da internet deve ser tratado igualmente, sem discriminação, restrição ou interferência independentemente do emissor, recipiente, tipo ou conteúdo, de forma que a liberdade dos usuários de internet não seja restringida pelo favorecimento ou desfavorecimento de transmissões do tráfego da internet associado a conteúdos, serviços, aplicações ou dispositivos particulares”
(Coalização Global pela Neutralidade de Rede)
O que significa uma rede não neutra para os provedores de internet?
- Discriminar e favorecer o tráfego da internet com empresas parceiras;
- Diversificar o preço das faixas de internet para os provedores de conteúdo;
- Diversificar a qualidade de conexão de acordo com o serviço acessado;
- Em teoria, pode significar mais autonomia no gerenciamento dos negócios, e em investimentos em infraestrutura melhor direcionados.
Como é a regulação nos EUA?
1934 – O Congresso aprovou o “Communications Act”, dando a FCC (Federal Communications Comission) ampla autoridade para regular comunicações interestaduais e estrangerias;
1996 – Primeira grande alteração ao “Communications Act” com o “Telecommunications Act”, com o objetivo de desregular a convergência dos mercados de transmissão televisiva e de telecomunicações;
2002 – A FCC emite um “Declaratory Ruiling”, que conclui que “internet a cabo” é um serviço de informação, e que não estaria sujeita as obrigações inerentes ao “transportador comum” do “Communications Act”;
2005 – A Suprema Corte dos Estados Unidos decide que a FCC tem jurisdição sobre os provedores de banda larga, principalmente em relação a competitividade do mercado. Em consequência dessa decisão, a FCC publicou o “Internet Policy Statement”, para garantir que a Comissão tem jurisdição para garantir que os provedores de internet estão operando de maneira “neutra”, sem prejudicar a liberdade de seus usuários. É a fundação da Neutralidade de Rede nos EUA;
2007 – O prevedor Comcast é acusado de bloquear e cobrar mais pela utilização do BitTorrent, um aplicativo open source. Esse fato desencadeia uma série de tentativas de emendar o Communications Act, para aumentar a regulação sobre os provedores de internet;
2010 – A FCC aprovou o “Open Internet Order”, com o objetivo de impedir que os provedores de internet pudessem cercear o acesso a competidores ou provedores de conteúdo;
2014 – No caso “Verizon Communications Inc. v. FCC”, A Corte de Apelos dos Estados Unidos decidiu que a FCC deve ser capaz de regular os provedores de internet, mas que para isso, a banda larga não poderia continuar sendo classificada como um “serviço de informação”, integrando o Título I do Communications Act;
2014 – Em Maio de 2014, a FCC aprovou regras para instaurar a “internet fast lane”, que permitia que operadores de internet cobrassem mais por faixas de internet mais rápidas. Sob muitas críticas, a FCC abriu uma consulta pública para questionar como a Comissão poderia proteger e promover uma internet aberta. A consulta teve recorde de participação, e empresas como Google, Facebook, Microsoft e Netflix também se manifestaram, todos requerendo que o serviço de banda larga fosse reclassificado como um serviço de telecomunicações, para que a FCC tivesse poder suficiente para garantir a Neutralidade de Rede;
2015 – Em Fevereiro de 2015, a FCC votou pela aplicação do conceito de “transportador comum” aos serviços de banda larga, de como que as regulações sobre os serviços de telecomunicações também fossem aplicáveis aos provedores de internet. As novas regras foram publicadas em Abril;
2016 – Após diversos processos instaurados pelos provedores de internet para discutir a legalidade das novas regras promulgadas pela FCC, a Corte de Apelos dos Estados Unidos decidiu pela manutenção das regras recém publicadas;
2017 – Logo após tomar posse do cargo, o Presidente Donald Trump indicou Ajit Pai para o cargo de presidente da FCC, no lugar de Tom Wheeler. Em Abril, Ajit Pai propõe o plano “Restoring Internet Freedom”, para revogar a neutralidade de rede, retirando o serviço de banda larga das regulações de telecomunicação. Com maioria republicana, a FCC decidiu em Dezembro aprovando a revogação;
2018 – Em Junho de 2018, as novas regras do “Restoring Internet Freedom” tomaram efeito.
2019 – Um ano após a revogação da Neutralidade de Rede nos Estados Unidos, ainda não há evidência real de mudanças no mercado de telecomunicações, em aumento ou diminuição do investimento em infraestrutura, bem como não há notícia de bloqueios ou restrições promovidas por provedores de internet. Especialistas acreditam que isso se deve ao fato que de as regras de neutralidade já não eram seguidas à risca, e que grandes mudanças provocadas pelos provedores nesse momento apenas daria mais munição para os ativistas da neutralidade. Facebook, Netflix, e diversos outros provedores de conteúdo estão travando batalhas legais contra a FCC. Em Abril de 2019, o Senado, de maioria republicana, aprovou o “Save the Internet Act”, que restauraria a autoridade da FCC sobre os provedores de internet, caso também fosse aprovado pelo Congresso e fosse sancionado pelo Presidente Trump. Além disso, diversos estados americanos, como a California, promulgaram leis próprias sobre neutralidade de rede, apesar de nenhuma ainda estar em vigor.

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