Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 RESUMO Trata-se de tarefa entregue aos alunos da cadeira de Sociologia Jurídica cuja finalidade é a pesquisa sobre as Escolas Monista e Pluralista, devendo o aluno demonstrar o seu entendimento a respeito da intersecção entre tais pensamentos filosóficos que ilustram as Ciências Sociológicas e Jurídicas. METODOLOGIA A metodologia adotada para este trabalho foi a pesquisa bibliográfica. Buscou-se conhecimento no acervo da Faculdade Estácio e também nos meios eletrônicos, consultando- se, também, Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) disponíveis sobre o assunto. 1 INTRODUÇÃO A entrada no ambiente do Direito se mostra salutar, uma vez que este novo mundo se apresenta abundantemente cheio de teorias para a satisfação dos ávidos pelo saber. Diante desta abundância resta necessário a fragmentação para que melhor sejam conhecidas as partes e, então, a partir do conhecimento deste fragmento, melhor se consiga entender o todo que compõe este universo. Neste espeque buscou-se neste trabalho a compreensão da construção das leis sob o ponto de vista do monismo e do pluralismo como a seguir 1.1 A Escola Monista Assim, atendo-se primeiramente à Escola Monista, tem-se Hogemann que ensina que esta entende que somente o grupo político está apto a criar as normas de direito. Esta doutrina tem como base a ciência do direito, razão pela qual diverge da ótica da Sociologia Jurídica que entende que mesmo antes de existir o Estado já havia prescrições jurídicas. Para os monistas somente o Estado possui tanto o monopólio da violência legal, quanto o monopólio da produção do direito que não a estatal. Esta é a posição dos positivistas e dos marxistas. Kelsen defendia que o Direito é o Estado, e o Estado é o direito. Essa concepção, expoente máximo do monismo jurídico contemporâneo no Ocidente, vai coincidir com o período marcado por duas guerras mundiais, pela depressão econômica, crises, e pelos tremendos avanços da ligação entre ciência e técnica que produzirá o crescimento organizado das forças produtivas sob o intervencionismo estatal. 2 Ferraz Júnior (1980, p. 41), ao explicar que direito positivo é o que vale em razão de uma decisão e só por força de uma nova decisão é que pode ser revogado. O legalismo do século passado entendeu isto de modo restrito, reduzindo o direito à lei, enquanto norma posta pelo legislador. Já na concepção de Santos (2009), no que diz respeito ao monismo jurídico estatal, pode-se afirmar que ele se consubstancia como o produto histórico da formação dos grandes Estados na Era Moderna, nascidos sobre a dissolução da sociedade medieval. Há que se trazer para este texto o Filósofo Aristóteles cujo pensamento é de que a lei emana do Estado, que está acima da sociedade, ele se encontra dentro da ordem natural e, portanto, antes da sociedade; está acima da família e de cada indivíduo, pois o todo se sobrepõe à parte, a natureza de uma coisa é o que ela é quando integralmente desenvolvida. 1.2 A Escola Pluralista Quanto à Escola Pluralista, tem-se que Hogemann ensina que esta surge com a alternativa da insuficiência da crítica jurídica tradicional. Levanta a possibilidade de existência de uma pluralidade de ordenamento em um mesmo espaço temporal e geográfico. Ensina ainda, que todo grupo social de certa consistência ou expressão pode criar normas de funcionamento, as quais ultrapassando o caráter de simples regulamentos adquirem o alcance de verdadeiras regras jurídicas. O advento do Direito Alternativo busca resgatar a possibilidade transformadora do jurídico, colocando-se a serviço da liberação, naquelas sociedades marcadas pela desigualdade e pela exclusão social. Santos (2009) afirma que a diversidade doutrinária do pluralismo jurídico, o denominador comum a estas correntes consiste na negação do Estado como fonte única e exclusiva do direito positivo e da tese da existência de uma hierarquia qualitativa entre os diversos ordenamentos. 1.3 A Hegemonia do Estado conforme Aristóteles Pertine, que se traga para o corpo deste trabalho a lógica de Aristóteles demonstrando a concepção cronológica do Estado, pois entende-se aqui que não há como falar em monismo e pluralismo sem que se conheça o discurso daquele estagirita1 que admitia: A reunião de várias famílias forma uma aldeia e várias aldeias se reúnem num Estado. Assim, cronologicamente posterior à família (e ao indivíduo), o Estado é, porém, anterior a ela e ao indivíduo, uma vez que a sociedade humana completamente desenvolvida é o Estado o o todo é anterior à parte. 1 Estagirita – pessoa que habita Estagira (cidade da Macedônia), local onde nasceu Aristóteles. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em contemplação aos discursos dos notórios deixados no título introdução, pode-se perceber uma contraposição entre os conceitos de monismo e do pluralismo e se chegar a inferência de que o primeiro é o que verdadeiramente acontece dentro daquilo que se pode conceber da Ciência do Direito, uma vez que sua busca precípua é a paz social. A intenção de se buscar a paz social está acima das idiossincrasias e do corporativismo, desconsiderando os valores e os motivos grupais para proteger os interesses nacionais naquilo que tange a existência harmônica dentre os diversos grupos que se formaram no país com costumes diferentes convivendo ao longo dos anos, valendo sim o discurso socrático sobre a força e hegemonia do Estado na imposição das normas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HOGEMANN, Edna Raquel; Sociologia Jurídica e Judiciária; RJ; SESES; 2015; VIEIRA, R. A. Amaral; Introdução ao Estudo do Estado e do Direito; RJ; Forense; 1986 SANTOS, Boaventura de Souza; Na oficina do sociólogo artesão; disponível em www.boaventuradesousasantos.pt; 2009
Compartilhar