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UNIDADE 1 DIR EMPRESARIAL prof bruno neves 2019_2 [Modo de Compatibilidade]

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16/09/2019
Direito Empresarial - Prof. Bruno 
Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau 
PHB - 2019.2 1
Disciplina
DIREITO 
EMPRESARIAL
Prof. Esp. Bruno Carvalho Neves
Curso de Administração/Ciências Contábeis
2019.2
Unidade 1
Introdução ao Estudo do 
Direito Empresarial
gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
Grupo Ser Educacional 
Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco 
BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional
Unidade 1 – Introdução ao Estudo 
do Direito Empresarial
–Evolução histórica do Direito Empresarial;
–Direito Comercial ou Direito Empresarial?
–Conceito e autonomia;
–Objeto do Direito Empresarial;
–Fontes do Direito Empresarial;
–Empresário: Definições e Características
–Exercício do Direito de Empresa;
gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
Grupo Ser Educacional 
Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco 
BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional
Evolução Histórica
• O comércio existe desde a Idade Antiga:
– Período que se estendeu desde a invenção da
escrita (4.000 a 3.500 a.C) até a queda do
Império Romano do Ocidente (476 d.C) e início
da Idade Média (Século V);
– Fenícios (Senhores do mar e do comércio);
• No entanto, nessa época não existia uma
codificação jurídica para o comércio, com
regras e princípios próprios;
• Durante a Idade Média o comercio atingiu um
estágio mais avançado, sendo a
característica de diversos povos;
gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
Grupo Ser Educacional 
Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco 
BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional
Evolução Histórica 
(Cont.)
• Foi na Idade Média que surgiram as raízes do Direito Comercial;
(1ª fase)
• Ocorre que não havia poder centralizado, fazendo surgir uma
série de “direitos locais”;
• No mesmo momento, o Direito Canônico ganhava força, que
repudiava o lucro, não atendendo assim os interesses da classe
burguesa;
• Os chamados comerciantes ou mercadores (burgueses), se
organizaram e construíram seu próprio “direito”;
• Surgiram as corporações de ofício, que foram associações que
tutelavam os interesses de seus membros em face da impotência
do Estado;
gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
Grupo Ser Educacional 
Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco 
BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional
1ª Fase
• Idade Média: renascimento mercantil e ressurgimento
das cidades;
•Monopólio da jurisdição mercantil a cargo das
Corporações de Ofício;
•Aplicação dos usos e costumes mercantis pelos
tribunais consulares;
•“Codificação privada” do direito comercial; normas
pseudo-sistematizadas”;
•Caráter subjetivista: mercantilidade da relação jurídica
definida pelos seus sujeitos;
• O direito comercial como o direito dos comerciantes;
• Evolução do direito comercial no Mundo:
Evolução Histórica 
(Cont.)
gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
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Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco 
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2ª Fase
• Idade Moderna: formação dos Estados Nacionais
monárquicos;
•Monopólio da jurisdição a cargos dos Estados;
•Codificação Napoleônica;
•Bipartição do Direito Privado;
•A teoria dos atos de comércio como critério delimitador
do âmbito de incidência do regime jurídico-comercial;
•Objetivação do direito comercial: mercantilidade da
relação jurídica definida pelo seu objeto;
Evolução Histórica (Cont.)
16/09/2019
Direito Empresarial - Prof. Bruno 
Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau 
PHB - 2019.2 2
gente criando o futuro
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3ª Fase
•Código civil Italiano de 1942;
•A unificação formal do direito privado;
•A teoria da empresa como critério delimitador
do âmbito da incidência do regime jurídico
empresarial;
•A empresa vista como atividade econômica
organizada;
Evolução Histórica (Cont.)
gente criando o futuro
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• Evolução do direito comercial no Brasil:
As ordenações 
do Reino
• Aplicação das Leis de Portugal;
•Inspiração do direito estatutário italiano;
O Código 
Comercial de 
1850 (Lei nº 
556)
•Inspiração do Code de Commerce napoleônico;
•Adoção da teoria dos atos de comércio;
• Regulamento nº 737: rol de atos do comércio;
O Código Civil 
de 2002
•Transição da teoria dos atos de comércio para a
teoria da empresa;
• Tentativa de unificação formal do direito privado;
•Definição do empresário como aquele que exerce
profissionalmente atividade econômica organizada;
Evolução Histórica (Cont.)
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• Código Comercial: art. 4º:
Art. 4º Ninguém é reputado comerciante para efeito de gozar da
proteção que este Código liberaliza em favor do comércio, sem que
se tenha matriculado em algum dos Tribunais do Comércio do
Império, e faça da mercância profissão habitual (artigo nº 9º).
• Houve uma aproximação do direito comercial brasileiro ao
sistema italiano com a edição do Codice Civile de 1942;
• A partir da década de 60, jurisprudência e doutrina já
admitiam a aplicação do Código comercial às atividades não
elencadas no regulamento nº 737, tais como atividades de
prestação de serviços e as ligadas à pecuária;
Evolução Histórica (Cont.)
gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
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Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco 
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• O Código Civil de 2002 derrogou grande parte do Código
Comercial (CCom) de 1850, na busca de uma codificação do
direito privado;
• Do CCom resta hoje apenas a parte segunda, relativa ao
comércio marítimo;
• A parte terceira já havia sido revogada há muito tempo, antes
pelo DL nº 7.661/45, hoje revogado pela Lei nº 11.101/2005, a
Lei de Recuperação de Empresas;
• Desapareceu a figura do comerciante e surgiu a figura do
empresário;
Evolução Histórica (Cont.)
gente criando o futuro
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• Ao disciplinar o direito de empresa, o direito brasileiro se
afasta da ultrapassada teoria dos atos de comércio, e
incorpora a teoria da empresa ao nosso ordenamento
jurídico;
• Art. 966 do Código Civil:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Evolução Histórica (Cont.)
gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
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• Desde a Antiguidade o comércio foi a atividade precursora
deste ramo do direito;
• Só que existem outras atividades negociais além do comércio,
como a indústria, os bancos, a prestação de serviços, entre
outras;
• Atualmente o direito comercial cuida das relações
empresariais, e por isso alguns tem sustentado a denominação
direito empresarial;
• Ainda não há consenso quanto à denominação, pois autores e
faculdades ainda utilizam direito comercial, mas a tendência é
que tal denominação seja substituída por direito empresarial;
Direito Comercial ou Direito 
Empresarial?
16/09/2019
Direito Empresarial - Prof. Bruno 
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PHB - 2019.2 3
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• Conceito:
• “Complexo normativo positivo, focaliza as relações jurídicas
derivadas do exercício da atividade empresarial. Disciplina
a solução de pendências entre empresários, bem como os
institutos conexos à atividade econômica organizada de
produção e circulação de bens (contratos, títulos de crédito,
insolvência, etc.)” (Fazzio Junior);
• “Regime jurídico especial destinado à regulação das
atividades econômicas e dos seus agentes produtivos”
(Ramos);
• “Cuida do exercício da atividade econômica organizada de
fornecimento de bens ou serviços, denominada empresa”
(Coelho);
Conceito e Autonomia
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• Autonomia:
• O direito empresarial e o direito civil possuem institutos
jurídicos comuns;
• Mas podemos considerar que o direito comercial ou
empresarial é sim autônomo;
• Pois ele:
• É lecionado nas faculdades como uma disciplina autônoma;
• É previsto no art. 22, I da Constituição Federal;
• É aplicável exclusivamente aos agentes econômicos,
chamados de empresários;
• Possui uma série de características próprias, tais como: as
espécies de sociedade, o direito concorrencial, etc;
• Possui princípios próprios;
Conceito e Autonomia
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• Os bens que precisamos para viver são produzidos em
organizações econômicas e negociadas no mercado;
• Quem estrutura essas organizações são pessoas
vocacionadas à combinar determinados componentes e
fortemente estimuladas pela possibilidade de ganhar
dinheiro � São os empresários;
• A atividade dos empresários une fatores de produção:
capital, mão-de-obra, insumo e tecnologia;
• Toda atividade tem um risco;
Objeto de Estudo
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• O objeto do Direito Empresarial é:
• O estudo dos meios socialmente estruturados de
superação de conflitos de interesses envolvendo
empresários ou relacionados às empresas que
exploram;
• As leis e a forma pela qual são interpretadas pela
jurisprudência e doutrina, os valores prestigiados pela
sociedade, bem assim o funcionamento dos aparatos
estatal e paraestatal, na superação desses conflitos
de interesses, também formam o objeto da disciplina;
Objeto de Estudo (Cont.)
gente criando o futuro
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• Entende-se por fontes do direito empresarial
o modo pelo qual surgem as normas
jurídicas de natureza comercial ou
empresarial;
• São fontes do direito comercial ou
empresarial:
• Fonte primária ou imediata: lei (sentido amplo);
• Fontes secundárias ou mediatas: usos, analogia e princípios
gerais de direito;
Fontes do Direito Empresarial
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• Fonte primária - Leis (sentido amplo):
• Constituição Federal;
• Código Comercial, na parte não revogada ;
• O Código Civil de 2002;
• As leis diversas (LPI, LF, LRPEM, LC123, etc.)
• Normas pertinentes ao Direito Comercial previstas em diplomas de outros
ramos da ordem jurídica (Decretos, Resoluções, Instruções Normativas,
etc)
• Fontes secundárias:
• Usos comerciais – praxes adotadas no comércio de maneira permanente,
que exige assentos ou atestados da Junta Comercial – art. 32, II, e, Lei nº
8934/94;
• Analogia – aplicação dos princípios extraídos da norma existente a casos
outros;
• Princípios Gerais de direito – não geram normas, apenas revelam
normação implícita;
Fontes do Direito Empresarial (Cont.)
16/09/2019
Direito Empresarial - Prof. Bruno 
Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau 
PHB - 2019.2 4
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Empresa e Empresário
• Desconstruindo: A Empresa não é um sujeito de direitos e
obrigações. É uma atividade e pode ser desenvolvida pelo
empresário unipessoal ou pela sociedade empresária (art. 44 e 982
do CC);
• O Código Civil não define empresa. Seu conceito é estritamente
econômico;
• Definição de Empresário (art. 966 do Código Civil): Considera-
se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de
bens ou de serviços.• Quem é o sujeito de direitos é o titular da empresa, quem exerce
empresa, que pode ser pessoa física (empresário individual) ou
pessoa jurídica (sociedade empresária ou EIRELI – ART. 44 CC);
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Empresário
• Elementos do conceito de empresário:
a) Profissionalmente – só será empresário aquele que exercer
determinada atividade econômica de forma profissional;
b) Atividade Econômica – É uma atividade exercida com intuito
lucrativo;
c) Organizada – Fatores de produção: Capital, mão-de-obra,
insumos e tecnologia;
d) Produção ou circulação de bens ou de serviços – Nenhuma
atividade econômica está excluída (teoria da empresa);
• Importante: Não é empresário quem exerce profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística (art. 966
p.u. do CC).
• Ex: médicos, engenheiros, advogados, contadores, professores,
etc.
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• Ressalva: A partir do momento em que o
profissional liberal dá uma forma empresarial ao
exercício de suas atividades, será considerado
empresário e passará a ser regido pelas normas
de direito empresarial;
• Alguns critérios para definição de empresário:
• 1. Se há mais de um ramo de atividade sendo exercido,
ou;
• 2. Se há contratação de terceiros para o desempenho
da atividade-fim;
Empresário (Cont.)
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Exercício do Direito de Empresa
• O Código Civil se preocupou em disciplinar
requisitos básicos para a condição de empresário
(Individual);
• Caracteriza-se o empresário pela reunião de
cinco elementos:
• Capacidade Jurídica;
• Ausência de impedimento legal para o exercício de empresa;
• Efetivo exercício profissional da empresa;
• Regime jurídico peculiar regulador da insolvência; e
• Registro;
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• CAPACIDADE JURÍDICA (art. 972 do CC):
• Todo ato jurídico tem como condição primária de validade a
capacidade de quem o pratica;
• Quem tem capacidade civil pode ser empresário (art. 5º e 972 do CC);
• As pessoas absolutamente incapazes não autorizadas judicialmente
não podem ser empresárias � art. 3º do CC;
• Os relativamente incapazes não podem ser empresários se não
tiverem autorização judicial � art. 4º, caput, do CC;
• Pode exercer a empresa o emancipado � cessação da incapacidade
civil antes dos 18 anos. É uma espécie de declaração irrevogável da
maioridade � art. 5º, parágrafo único do CC;
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• CAPACIDADE JURÍDICA (cont.):
• Importante: O Incapaz pode ser empresário apenas para continuar
empresa anteriormente exercida por ele quando capaz, por seus pais ou
pelo autor da herança, com o sentido de preservar a organização � art.
974 a 976 do CC;
• Essa exceção demanda a ocorrência dos seguintes requisitos:
• O exercício da empresa pelo incapaz se fará por meio de representante
(absolutamente) ou assistente (relativamente);
• Deverá ser precedido de autorização judicial; � art. 974,§1º do CC;
• A autorização será concedida por alvará � art. 974,§2º do CC;
• Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz
possuía ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos
ao acervo daquela � art. 974,§2º do CC;
16/09/2019
Direito Empresarial - Prof. Bruno 
Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau 
PHB - 2019.2 5
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• CAPACIDADE JURÍDICA (cont.) – INCAPACIDADE
(Requisitos):
• Se o representante ou assistente do incapaz estiver impedido de ser
empresário nomeará, com aprovação do juiz, um ou mais gerentes � art. 975
do CC;
• O representante ou assistente será responsável pelos atos do gerente
nomeado � art. 975,§1º e 2º do CC;
• A autorização poderá ser revogada pelo juiz, ouvidos os representantes do
incapaz � art. 976 do CC;
• Os direitos adquiridos por terceiros em virtude do exercício empresarial pelo
incapaz não serão prejudicados;
• O uso da firma empresarial caberá ao representante ou gerente nomeado ou
ao próprio incapaz � art. 976, p.u. do CC;
• A prova da autorização e de eventual revogação serão inscritas ou averbadas
� art. 976 do CC;
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• CAPACIDADE JURÍDICA (cont.)
• O Empresário Unipessoal Casado não precisa de outorga conjugal
para alienar ou gravar de ônus real (art. 1225 do CC) os imóveis que
integram o patrimônio da empresa � teor do art. 978 do CC;
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO LEGAL:
• O art. 5º, XIII da CF dispõe que: “é livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;”
• O exercício de atividade de empresário não pode ser feito por
legalmente impedidos � art. 972 do CC;
• Algumas atividades exigem habilitação especial e há determinadas
pessoas plenamente capazes a quem a lei veda a prática
profissional da empresa, em razão das funções que exercem;
• Quem exerce, pratica contravenção (art. 47 da LCP) e pode
responder penalmente, bem como administrativamente;
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO LEGAL (Cont.):
• A Lei determina quem está impedido de ser empresário
unipessoal ou participe de sociedades. Exemplos:
– Magistrados e membros do Ministério Público � art. 95, p.u, I da CF e art.
128,§5º, II, “c” da CF e leis orgânicas;
– Servidores Públicos � podem ser sócios de responsabilidade limitada, mas
não empresários, nem administradores ou gerentes – art. 117, X da Lei
nº8.112/90;
– Militares � Só podem ser sócios acionistas ou cotistas – art. 29 da Lei nº
6.880/80 e art. 204 do Código Penal Militar;
– Falidos � Constitui efeito da sentença falimentar – art. 158, Lei n.
11.101/2005;
– Deputados e Senadores � Algumas limitações contidas no art. 54 da CF;
– Corretores de Seguros � art. 17 da lei nº 4.594/64 – proíbe contrair
sociedades em empresas de seguros;
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• EFETIVO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA EMPRESA:
• A pessoa natural só será empresária unipessoal se exercer
profissionalmente a empresa em nome próprio, com intuito de
lucro, sendo essencial que o faça:
I. Profissionalmente – prática ordenada e habitual com
fins lucrativos que confere ao empresário essa condição;
I. Em nome próprio – não em nome de outrem;
II. Com intuito de lucro – não graciosamente;
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• REGIME PECULIAR REGULADOR DA INSOLVÊNCIA:
• Ao empresário, quando insolvente, o direito nacional
destina um regime jurídico próprio, submetendo-se ao
sistema falimentar;
• Este sistema confere a possibilidade de obter
recuperação, podendo solucionar seu passivo
obrigacional em condições mais vantajosas que aquelas
proporcionadas ao devedor civil;
• Existe uma tímida preocupação do ordenamento jurídico
para preservar a empresa por meio das recuperações;
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PHB - 2019.2 6
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Exercício do Direito de Empresa (Cont.)
• REGISTRO OBRIGATÓRIO:
• O primeiro e um dos principais deveres do empresário é a
oficialização de sua condição mediante a inscrição no
Registro Público de Empresas Mercantis � art. 967 do
Código Civil;
• A prática profissional da empresa só se caracteriza quando
regular;
• A prática empresarial irregular poderá ocasionar alguns
efeitos:
• Não poderá constituir microempresa ou empresa de pequeno porte;
• Não poderá obter recuperação judicial;
• Não poderá contratar com o poder público;
• Não podendo ter a escrituração necessária ao exercício profissional, em caso
de falência, incorrerá em crime falimentar – art. 178 da Lei nº 11.101/05;
• Sonegação fiscal;
• Não poderá emitir nota fiscal e nem duplicata;
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Fim da 1ª Parte 
da Unidade I
Prof. Esp. Bruno C. Neves
Advogado e Contador
Mestrando em Direito, Justiça e Desenvolvimento
Esp. Direito Tributário e Processual Tributário
Esp. Direito Trabalho e Processual do Trabalho
brunocneves@gmail.com
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6771448413200533
(86) 99991-6357

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