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16/09/2019 Direito Empresarial - Prof. Bruno Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau PHB - 2019.2 1 Disciplina DIREITO EMPRESARIAL Prof. Esp. Bruno Carvalho Neves Curso de Administração/Ciências Contábeis 2019.2 Unidade 1 Introdução ao Estudo do Direito Empresarial gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Unidade 1 – Introdução ao Estudo do Direito Empresarial –Evolução histórica do Direito Empresarial; –Direito Comercial ou Direito Empresarial? –Conceito e autonomia; –Objeto do Direito Empresarial; –Fontes do Direito Empresarial; –Empresário: Definições e Características –Exercício do Direito de Empresa; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Evolução Histórica • O comércio existe desde a Idade Antiga: – Período que se estendeu desde a invenção da escrita (4.000 a 3.500 a.C) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C) e início da Idade Média (Século V); – Fenícios (Senhores do mar e do comércio); • No entanto, nessa época não existia uma codificação jurídica para o comércio, com regras e princípios próprios; • Durante a Idade Média o comercio atingiu um estágio mais avançado, sendo a característica de diversos povos; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Evolução Histórica (Cont.) • Foi na Idade Média que surgiram as raízes do Direito Comercial; (1ª fase) • Ocorre que não havia poder centralizado, fazendo surgir uma série de “direitos locais”; • No mesmo momento, o Direito Canônico ganhava força, que repudiava o lucro, não atendendo assim os interesses da classe burguesa; • Os chamados comerciantes ou mercadores (burgueses), se organizaram e construíram seu próprio “direito”; • Surgiram as corporações de ofício, que foram associações que tutelavam os interesses de seus membros em face da impotência do Estado; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional 1ª Fase • Idade Média: renascimento mercantil e ressurgimento das cidades; •Monopólio da jurisdição mercantil a cargo das Corporações de Ofício; •Aplicação dos usos e costumes mercantis pelos tribunais consulares; •“Codificação privada” do direito comercial; normas pseudo-sistematizadas”; •Caráter subjetivista: mercantilidade da relação jurídica definida pelos seus sujeitos; • O direito comercial como o direito dos comerciantes; • Evolução do direito comercial no Mundo: Evolução Histórica (Cont.) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional 2ª Fase • Idade Moderna: formação dos Estados Nacionais monárquicos; •Monopólio da jurisdição a cargos dos Estados; •Codificação Napoleônica; •Bipartição do Direito Privado; •A teoria dos atos de comércio como critério delimitador do âmbito de incidência do regime jurídico-comercial; •Objetivação do direito comercial: mercantilidade da relação jurídica definida pelo seu objeto; Evolução Histórica (Cont.) 16/09/2019 Direito Empresarial - Prof. Bruno Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau PHB - 2019.2 2 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional 3ª Fase •Código civil Italiano de 1942; •A unificação formal do direito privado; •A teoria da empresa como critério delimitador do âmbito da incidência do regime jurídico empresarial; •A empresa vista como atividade econômica organizada; Evolução Histórica (Cont.) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Evolução do direito comercial no Brasil: As ordenações do Reino • Aplicação das Leis de Portugal; •Inspiração do direito estatutário italiano; O Código Comercial de 1850 (Lei nº 556) •Inspiração do Code de Commerce napoleônico; •Adoção da teoria dos atos de comércio; • Regulamento nº 737: rol de atos do comércio; O Código Civil de 2002 •Transição da teoria dos atos de comércio para a teoria da empresa; • Tentativa de unificação formal do direito privado; •Definição do empresário como aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada; Evolução Histórica (Cont.) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Código Comercial: art. 4º: Art. 4º Ninguém é reputado comerciante para efeito de gozar da proteção que este Código liberaliza em favor do comércio, sem que se tenha matriculado em algum dos Tribunais do Comércio do Império, e faça da mercância profissão habitual (artigo nº 9º). • Houve uma aproximação do direito comercial brasileiro ao sistema italiano com a edição do Codice Civile de 1942; • A partir da década de 60, jurisprudência e doutrina já admitiam a aplicação do Código comercial às atividades não elencadas no regulamento nº 737, tais como atividades de prestação de serviços e as ligadas à pecuária; Evolução Histórica (Cont.) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • O Código Civil de 2002 derrogou grande parte do Código Comercial (CCom) de 1850, na busca de uma codificação do direito privado; • Do CCom resta hoje apenas a parte segunda, relativa ao comércio marítimo; • A parte terceira já havia sido revogada há muito tempo, antes pelo DL nº 7.661/45, hoje revogado pela Lei nº 11.101/2005, a Lei de Recuperação de Empresas; • Desapareceu a figura do comerciante e surgiu a figura do empresário; Evolução Histórica (Cont.) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo SerEducacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Ao disciplinar o direito de empresa, o direito brasileiro se afasta da ultrapassada teoria dos atos de comércio, e incorpora a teoria da empresa ao nosso ordenamento jurídico; • Art. 966 do Código Civil: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Evolução Histórica (Cont.) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Desde a Antiguidade o comércio foi a atividade precursora deste ramo do direito; • Só que existem outras atividades negociais além do comércio, como a indústria, os bancos, a prestação de serviços, entre outras; • Atualmente o direito comercial cuida das relações empresariais, e por isso alguns tem sustentado a denominação direito empresarial; • Ainda não há consenso quanto à denominação, pois autores e faculdades ainda utilizam direito comercial, mas a tendência é que tal denominação seja substituída por direito empresarial; Direito Comercial ou Direito Empresarial? 16/09/2019 Direito Empresarial - Prof. Bruno Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau PHB - 2019.2 3 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Conceito: • “Complexo normativo positivo, focaliza as relações jurídicas derivadas do exercício da atividade empresarial. Disciplina a solução de pendências entre empresários, bem como os institutos conexos à atividade econômica organizada de produção e circulação de bens (contratos, títulos de crédito, insolvência, etc.)” (Fazzio Junior); • “Regime jurídico especial destinado à regulação das atividades econômicas e dos seus agentes produtivos” (Ramos); • “Cuida do exercício da atividade econômica organizada de fornecimento de bens ou serviços, denominada empresa” (Coelho); Conceito e Autonomia gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Autonomia: • O direito empresarial e o direito civil possuem institutos jurídicos comuns; • Mas podemos considerar que o direito comercial ou empresarial é sim autônomo; • Pois ele: • É lecionado nas faculdades como uma disciplina autônoma; • É previsto no art. 22, I da Constituição Federal; • É aplicável exclusivamente aos agentes econômicos, chamados de empresários; • Possui uma série de características próprias, tais como: as espécies de sociedade, o direito concorrencial, etc; • Possui princípios próprios; Conceito e Autonomia gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Os bens que precisamos para viver são produzidos em organizações econômicas e negociadas no mercado; • Quem estrutura essas organizações são pessoas vocacionadas à combinar determinados componentes e fortemente estimuladas pela possibilidade de ganhar dinheiro � São os empresários; • A atividade dos empresários une fatores de produção: capital, mão-de-obra, insumo e tecnologia; • Toda atividade tem um risco; Objeto de Estudo gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • O objeto do Direito Empresarial é: • O estudo dos meios socialmente estruturados de superação de conflitos de interesses envolvendo empresários ou relacionados às empresas que exploram; • As leis e a forma pela qual são interpretadas pela jurisprudência e doutrina, os valores prestigiados pela sociedade, bem assim o funcionamento dos aparatos estatal e paraestatal, na superação desses conflitos de interesses, também formam o objeto da disciplina; Objeto de Estudo (Cont.) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Entende-se por fontes do direito empresarial o modo pelo qual surgem as normas jurídicas de natureza comercial ou empresarial; • São fontes do direito comercial ou empresarial: • Fonte primária ou imediata: lei (sentido amplo); • Fontes secundárias ou mediatas: usos, analogia e princípios gerais de direito; Fontes do Direito Empresarial gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Fonte primária - Leis (sentido amplo): • Constituição Federal; • Código Comercial, na parte não revogada ; • O Código Civil de 2002; • As leis diversas (LPI, LF, LRPEM, LC123, etc.) • Normas pertinentes ao Direito Comercial previstas em diplomas de outros ramos da ordem jurídica (Decretos, Resoluções, Instruções Normativas, etc) • Fontes secundárias: • Usos comerciais – praxes adotadas no comércio de maneira permanente, que exige assentos ou atestados da Junta Comercial – art. 32, II, e, Lei nº 8934/94; • Analogia – aplicação dos princípios extraídos da norma existente a casos outros; • Princípios Gerais de direito – não geram normas, apenas revelam normação implícita; Fontes do Direito Empresarial (Cont.) 16/09/2019 Direito Empresarial - Prof. Bruno Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau PHB - 2019.2 4 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Empresa e Empresário • Desconstruindo: A Empresa não é um sujeito de direitos e obrigações. É uma atividade e pode ser desenvolvida pelo empresário unipessoal ou pela sociedade empresária (art. 44 e 982 do CC); • O Código Civil não define empresa. Seu conceito é estritamente econômico; • Definição de Empresário (art. 966 do Código Civil): Considera- se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.• Quem é o sujeito de direitos é o titular da empresa, quem exerce empresa, que pode ser pessoa física (empresário individual) ou pessoa jurídica (sociedade empresária ou EIRELI – ART. 44 CC); gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Empresário • Elementos do conceito de empresário: a) Profissionalmente – só será empresário aquele que exercer determinada atividade econômica de forma profissional; b) Atividade Econômica – É uma atividade exercida com intuito lucrativo; c) Organizada – Fatores de produção: Capital, mão-de-obra, insumos e tecnologia; d) Produção ou circulação de bens ou de serviços – Nenhuma atividade econômica está excluída (teoria da empresa); • Importante: Não é empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística (art. 966 p.u. do CC). • Ex: médicos, engenheiros, advogados, contadores, professores, etc. gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional • Ressalva: A partir do momento em que o profissional liberal dá uma forma empresarial ao exercício de suas atividades, será considerado empresário e passará a ser regido pelas normas de direito empresarial; • Alguns critérios para definição de empresário: • 1. Se há mais de um ramo de atividade sendo exercido, ou; • 2. Se há contratação de terceiros para o desempenho da atividade-fim; Empresário (Cont.) gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa • O Código Civil se preocupou em disciplinar requisitos básicos para a condição de empresário (Individual); • Caracteriza-se o empresário pela reunião de cinco elementos: • Capacidade Jurídica; • Ausência de impedimento legal para o exercício de empresa; • Efetivo exercício profissional da empresa; • Regime jurídico peculiar regulador da insolvência; e • Registro; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • CAPACIDADE JURÍDICA (art. 972 do CC): • Todo ato jurídico tem como condição primária de validade a capacidade de quem o pratica; • Quem tem capacidade civil pode ser empresário (art. 5º e 972 do CC); • As pessoas absolutamente incapazes não autorizadas judicialmente não podem ser empresárias � art. 3º do CC; • Os relativamente incapazes não podem ser empresários se não tiverem autorização judicial � art. 4º, caput, do CC; • Pode exercer a empresa o emancipado � cessação da incapacidade civil antes dos 18 anos. É uma espécie de declaração irrevogável da maioridade � art. 5º, parágrafo único do CC; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • CAPACIDADE JURÍDICA (cont.): • Importante: O Incapaz pode ser empresário apenas para continuar empresa anteriormente exercida por ele quando capaz, por seus pais ou pelo autor da herança, com o sentido de preservar a organização � art. 974 a 976 do CC; • Essa exceção demanda a ocorrência dos seguintes requisitos: • O exercício da empresa pelo incapaz se fará por meio de representante (absolutamente) ou assistente (relativamente); • Deverá ser precedido de autorização judicial; � art. 974,§1º do CC; • A autorização será concedida por alvará � art. 974,§2º do CC; • Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz possuía ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela � art. 974,§2º do CC; 16/09/2019 Direito Empresarial - Prof. Bruno Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau PHB - 2019.2 5 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • CAPACIDADE JURÍDICA (cont.) – INCAPACIDADE (Requisitos): • Se o representante ou assistente do incapaz estiver impedido de ser empresário nomeará, com aprovação do juiz, um ou mais gerentes � art. 975 do CC; • O representante ou assistente será responsável pelos atos do gerente nomeado � art. 975,§1º e 2º do CC; • A autorização poderá ser revogada pelo juiz, ouvidos os representantes do incapaz � art. 976 do CC; • Os direitos adquiridos por terceiros em virtude do exercício empresarial pelo incapaz não serão prejudicados; • O uso da firma empresarial caberá ao representante ou gerente nomeado ou ao próprio incapaz � art. 976, p.u. do CC; • A prova da autorização e de eventual revogação serão inscritas ou averbadas � art. 976 do CC; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • CAPACIDADE JURÍDICA (cont.) • O Empresário Unipessoal Casado não precisa de outorga conjugal para alienar ou gravar de ônus real (art. 1225 do CC) os imóveis que integram o patrimônio da empresa � teor do art. 978 do CC; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO LEGAL: • O art. 5º, XIII da CF dispõe que: “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;” • O exercício de atividade de empresário não pode ser feito por legalmente impedidos � art. 972 do CC; • Algumas atividades exigem habilitação especial e há determinadas pessoas plenamente capazes a quem a lei veda a prática profissional da empresa, em razão das funções que exercem; • Quem exerce, pratica contravenção (art. 47 da LCP) e pode responder penalmente, bem como administrativamente; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim NabucoBJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTO LEGAL (Cont.): • A Lei determina quem está impedido de ser empresário unipessoal ou participe de sociedades. Exemplos: – Magistrados e membros do Ministério Público � art. 95, p.u, I da CF e art. 128,§5º, II, “c” da CF e leis orgânicas; – Servidores Públicos � podem ser sócios de responsabilidade limitada, mas não empresários, nem administradores ou gerentes – art. 117, X da Lei nº8.112/90; – Militares � Só podem ser sócios acionistas ou cotistas – art. 29 da Lei nº 6.880/80 e art. 204 do Código Penal Militar; – Falidos � Constitui efeito da sentença falimentar – art. 158, Lei n. 11.101/2005; – Deputados e Senadores � Algumas limitações contidas no art. 54 da CF; – Corretores de Seguros � art. 17 da lei nº 4.594/64 – proíbe contrair sociedades em empresas de seguros; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • EFETIVO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA EMPRESA: • A pessoa natural só será empresária unipessoal se exercer profissionalmente a empresa em nome próprio, com intuito de lucro, sendo essencial que o faça: I. Profissionalmente – prática ordenada e habitual com fins lucrativos que confere ao empresário essa condição; I. Em nome próprio – não em nome de outrem; II. Com intuito de lucro – não graciosamente; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • REGIME PECULIAR REGULADOR DA INSOLVÊNCIA: • Ao empresário, quando insolvente, o direito nacional destina um regime jurídico próprio, submetendo-se ao sistema falimentar; • Este sistema confere a possibilidade de obter recuperação, podendo solucionar seu passivo obrigacional em condições mais vantajosas que aquelas proporcionadas ao devedor civil; • Existe uma tímida preocupação do ordenamento jurídico para preservar a empresa por meio das recuperações; 16/09/2019 Direito Empresarial - Prof. Bruno Neves - Bloco 2 ADM/CONT - Nassau PHB - 2019.2 6 gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Exercício do Direito de Empresa (Cont.) • REGISTRO OBRIGATÓRIO: • O primeiro e um dos principais deveres do empresário é a oficialização de sua condição mediante a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis � art. 967 do Código Civil; • A prática profissional da empresa só se caracteriza quando regular; • A prática empresarial irregular poderá ocasionar alguns efeitos: • Não poderá constituir microempresa ou empresa de pequeno porte; • Não poderá obter recuperação judicial; • Não poderá contratar com o poder público; • Não podendo ter a escrituração necessária ao exercício profissional, em caso de falência, incorrerá em crime falimentar – art. 178 da Lei nº 11.101/05; • Sonegação fiscal; • Não poderá emitir nota fiscal e nem duplicata; gente criando o futuro Uma instituição do grupo Grupo Ser Educacional Faculdade Maurício de Nassau | Faculdade Joaquim Nabuco | FABAC – Faculdade Baiana de Ciências | Escola Técnica Joaquim Nabuco BJ Colégio e Curso | BJ Bureau Jurídico | BJ Feiras e Congressos | Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau | Instituto Ser Educacional Fim da 1ª Parte da Unidade I Prof. Esp. Bruno C. Neves Advogado e Contador Mestrando em Direito, Justiça e Desenvolvimento Esp. Direito Tributário e Processual Tributário Esp. Direito Trabalho e Processual do Trabalho brunocneves@gmail.com Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6771448413200533 (86) 99991-6357
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