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1 Jamiles Ferreira de Souza 2 Maria Thaina Santos Lima 3 Vitória Lima da silva 4Caroline Oliveira Pereira de Souza Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – SERVIÇO SOCIAL (0372) – Prática do Módulo VI - 03/12/2018 A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL NAS POLITICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS “POLITÍCAS PÚBLICAS PARA FAMÍLIA, CRIANÇAS E ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.” Jamiles Ferreira de Souza Maria Thaina Santos Lima Vitória Lima da silva Caroline Oliveira Pereira de Souza RESUMO O seguinte trabalho tem como objetivo abordar a intervenção profissional do assistente social nas politicas públicas, que se caracteriza pelo atendimento das demandas e necessidades sociais de seus usuários, analisando os resultados de cada ação, nas dimensões materiais, sociais, políticas e culturais da vida da sociedade e o acesso e a inserção dos usuários nas políticas sociais. Tem como proposta estender o conhecimento sobre a intervenção profissional no âmbito das politicas sociais para família, crianças e adolescentes, idosos e pessoa com deficiência. É fundamental compreender os desafios e as particularidades do trabalho profissional na contemporaneidade que requer a apreensão de como as esferas pública e privada se relacionam hoje na conformação dos vetores que orientam as políticas públicas. Destacar, a importância da abordagem das principais formas de inserção dos assistentes sociais nas políticas públicas, considerando os diferentes tipos de instituições e áreas setoriais onde atua. Palavras-chave: Políticas públicas. Atuação profissional. Família. Criança e Adolescente. 1. INTRODUÇÃO No Brasil, desde os anos de 1990, a produção teórica referente à intervenção profissional tornou-se palco de debates e tomou importância acadêmica na formação, tendo em vista a inserção dos assistentes sociais nos mais diversos espaços ocupacionais. A inserção dos profissionais de Serviço Social nesta diversidade de espaços e, consequentemente, no atendimento das múltiplas demandas da população usuária dos serviços sociais, remete discutir sobre a importância de uma intervenção qualificada num contexto societário de intensas mudanças e sua relação permanente com princípios e valores defendidos pelo projeto ético-político profissional. A intervenção profissional do assistente social pode ser caracterizada pelo atendimento às demandas e necessidades sociais de seus usuários, que podem produzir resultados concretos, tanto nas dimensões materiais, quanto nas dimensões sociais, políticas e culturais da vida da população, viabilizando seu acesso às políticas sociais (YASBEK, 2009). Como profissional inserido na divisão sócio técnica do trabalho, o assistente social é demandado a desenvolver ações como gestor e executor de políticas sociais, programas, projetos, 2 serviços, recursos e bens no âmbito das organizações públicas e privadas, operando sob diversas perspectivas, como no planejamento e de serviços e políticas sociais, na prestação de serviços e na ação socioeducativa dos usuários. No entanto, é sobre a intervenção profissional no âmbito das politicas sociais para família, crianças e adolescentes, idosos e pessoa deficiente que este paper pretende centrar a discussão, tendo em vista a possibilidade de contribuir com as reflexões sobre o desenvolvimento de ações profissionais nesse eixo interventivo. Assim, buscando desenvolver suas reflexões acerca do exercício profissional do assistente social na arena da política pública. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo Souza (2006), não existe uma única nem melhor definição para a política pública, o que se observa é que algumas definições enfatizam o papel da política pública como ações do governo para solucionar problemas e que em seu campo teórico-conceitual ela assume uma visão holística, quer seja que considera o todo, buscando unir teorias econômicas, politicas e sociais. Corroborando Secchi, (2011, p. 5) diz que a para ele a politica pública é definida a partir do momento em que se identifica um problema e que esse é de interesses de toda sociedade, se tornando uma situação inadequada e demanda do Estado estratégias para seu enfrentamento. Para o autor o problema é intersubjetivo e vai se tornar público quando percebido pela maioria da população (SECCHI, 2011). Assim, a política pública para o Serviço Social implica uma arena de trabalho, disponibilizada pelo Estado para o enfrentamento de problemas sociais. Segundo Iamamoto & Carvalho (2011), o Estado é convocado a gerir e organizar a prestação de serviços sociais a partir das políticas públicas implicando diretamente no cenário onde o capital se amplia, onde a industrialização se expande, onde o trabalho é pauperizado e onde emergem as varias expressões da questão social. Neste âmbito, um dos profissionais contratados para integrar a organização estatal, e estar colaborando para a operacionalização da política pública, é o do Serviço Social. Nesta perspectiva, Iamamoto alude o Serviço Social como profissão estreitamente integrada ao setor público e organizações privadas. Se consolidando no aparato estatal como um profissional envolvido na implementação de políticas públicas, e nas organizações privadas de caráter empresarial, prestando serviços sociais à população. Logo, o profissional do Serviço Social junto a outros agentes é provocado agir a luz da interdisciplinaridade. São vários os momentos em que pode se situar o exercício do profissional do Serviço Social na operacionalização da política pública. Um desses momentos é quando o profissional vai compor junto com outros profissionais conselhos, comissões e fóruns da política publica estes que são espaços institucionalizados de participação social formado para deliberar e avaliar a mesma. Nesse sentido, são espaços onde há a necessidade de se estabelecer uma conversa, onde fala o técnico representante do aparato estatal, o representante das instituições da sociedade civil e o usuário da política. Vale considerar a abertura para um dialogo de saberes o qual convoca a complexidade. Analisa-se, a partir de Leff (2010, p. 180) “encontro de tradições e formas de conhecimento legitimadas por diferentes matrizes da racionalidade, por saberes arraigados em identidades próprias, [...] que se “hibridam” na co-determinação de processos materiais”. Um momento que se considera ser um privilégio para a profissão ao atuar na política pública, reitera-se, é o de estabelecer contato direto com o usuário de seu serviço. Esse contato direto, no cenário brasileiro pode ser percebido nos Centros de Referencias de Assistência Social - CRAS, 3 este equipamento da Politica Pública de Assistência Social, que são implantados nos municípios, preferencialmente em locais com maior indicie de vulnerabilidades e riscos sociais (NOB/SUAS 2005). No referido espaço, o profissional cotidianamente vai estar em contato com o usuário dos seus serviços e com a comunidade, o que lhe permite mais facilmente junto com estes identificarem, situações que podem ser julgadas como problemas e demandem ações do governo para seu enfrentamento. Logo, serem levadas para discussão na arena da política pública junto com mais atores sociais e o governo. Nesse sentido, é o profissional conexo a categoria da policy networks, que para Frey (2000) é o momento que identifica-se, define-se uma situação problema que vai ser levado para discussão na arena, é o momento da interação do governo e de atores sociais na identificação do problema. Para Iamamoto (2015, p. 21) “as possibilidades estão dadas na realidade, mas não são automaticamente transformadasem alternativas profissionais. Cabe aos profissionais apropriarem-se dessas possibilidades e, como sujeitos, desenvolvê-las transformando-as em projetos e frentes de trabalho”. Desta forma, ainda citando os espaços dos CRAS onde profissional tem sua ação condicionada pela sua relação direta com o usuário, preconiza-se o desafio deste ser propositor e formulador de programas e projetos sociais, articulando sua prática com demais profissionais que compõe esta arena política, seja o psicólogo, pedagogo, e outros, provocando assim a postura interdisciplinar, o diálogo de saberes. O diálogo de saberes a ser estabelecido entre as categorias profissionais, na operacionalização da politica pública é na busca de superar uma análise fragmentada e simplista do sujeito e do contexto onde este se insere. Portanto, ao ser provocado pelo Estado para atuar na política pública o profissional do Serviço Social é desafiado a articular com demais profissionais, de outras políticas e instituições, dialogar saberes, cooperar na formulação de estratégias adequando objetivos, possibilitando a efetivação de ações que atendam as mazelas da questão social. 3. MATERIAIS E MÉTODOS O estudo realizado para a elaboração deste trabalho, foi desenvolvido pelas características de uma pesquisa bibliográfica, por se tratar de uma análise e interpretação de diversos textos sobre o tema, caracterizando a importância de pensar sobre a ação do profissional de Serviço Social mediante as políticas públicas para a família, criança e adolescente, idoso e pessoa com deficiência. Destaca-se a importância deste método, pois apresenta-se como forma de reunião e reflexão sobre o tema a ser desenvolvido, tendo como objetivo a busca pelas diversas opiniões e vertentes sobre o assunto, explorando referências que colaboram com a formação da ideia deste tipo de pesquisa. De forma que Lakatos e De Andrade Marconi (2001, p. 183) já ressaltam: “[...] a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”. Pode-se compreender que a busca por definições e estudos sobre o assunto, visam acrescentar a expansão e exploração de novas ideias, buscando sempre a qualidade na pesquisa e o desenvolvimento científico. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos últimos vinte anos, várias mudanças ocorridas no plano socioeconômico-culturais, pautadas no processo de globalização da economia capitalista, vêm interferindo na dinâmica e estrutura familiar e possibilitando alterações em seu padrão tradicional de organização. No imaginário social, a família seria um grupo de indivíduos ligados por laços de sangue e que habitam 4 a mesma casa. Pode-se considerar a família um grupo social composto de indivíduos que se relacionam cotidianamente gerando uma complexa trama de emoções. Entretanto, há dificuldade de se definir família, cujo aspecto vai depender do contexto sociocultural em que a mesma está inserida. A família é o espaço indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo, materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal; é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e morais, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais. O que se afina com Sarti (1996) quando afirma que: A família não é apenas o elo afetivo mais forte dos pobres, o núcleo da sua sobrevivência material e espiritual, o instrumento através do qual viabilizam seu modo de vida, mas é o próprio substrato de sua identidade social. Sua importância não é funcional, seu valor não é meramente instrumental, mas se refere à sua identidade de ser social e constitui o parâmetro simbólico que estrutura sua explicação do mundo. É fato, na sociedade brasileira, a crise do Estado resultante da dificuldade do País de acompanhar o desenvolvimento do novo cenário econômico internacional, tornando-se incapaz de garantir o crescimento econômico e solucionar questões sociais. Essa crise materializa-se na vida de grande parte da população que é atingida diretamente pela ineficácia ou inexistência de políticas sociais : são famílias desassistidas, morando em locais sem saneamento básico e tampouco o mínimo de condições de uma vida humanamente decente; são milhares de crianças e adolescentes que buscam, nas ruas, sua sobrevivência, como resultado da inexistência de programas de assistência social eficazes e contínuos, que permitam uma estabilidade social a essa população carente. É imprescindível ter em mente que esse sistema de desigualdade e má distribuição de renda destrói não só as famílias, mas toda a sociedade. Para as políticas públicas a família é fundamental, portanto deve ser inserida numa rede onde tenha possibilidade de socialização e seja protetiva, como é o caso da inserção nos serviços das Políticas de Assistência Social. Os profissionais de Serviço Social precisam acompanhar seu projeto ético estabelecendo estratégias junto aos usuários, buscando o desenvolvimento e o protagonismo para maior qualidade de vida, emprego, renda, educação e que tenham participação ativa nos espaços públicos e assim, buscar a defesa e a garantia de seus direitos. Espera-se, portanto, que a família seja enfocada de forma concreta na agenda política dos governos para que ela possa prover sua autonomia e para que seus direitos sejam respeitados. É necessário que as políticas públicas venham em apoio à família pobre não apenas em relação à renda, mas também em relação ao acesso a bens e serviços sociais. Crianças e adolescentes O atendimento à criança e ao adolescente tem sido tradicionalmente relegado à área da assistência social, como reflexo da sistemática vigente antes do advento da Constituição Federal de 1988 e da Lei nº 8.069/90, em que somente eram destinatários da atenção (e preocupação), por parte do Estado (latu sensu), crianças e adolescentes (então chamados "menores") que já tinham seus direitos efetivamente violados. A intervenção estatal era, portanto, unicamente repressiva e pontual, visando dar um "arremedo" de solução a um problema já instalado, que em regra ocorria através da "institucionalização" (e conseqüente "penalização") das próprias vitimas da situação, quase sempre provenientes das classes menos favorecidas da população. 5 Não havia, à época, sequer o reconhecimento da responsabilidade do Estado (latu sensu) pelo atendimento de crianças e adolescentes (salvo quando autores de infração penal), que a pretexto de serem "protegidas", eram encaminhadas a entidades filantrópicas e assistenciais de natureza privada, onde perdiam por completo o contato com suas famílias de origem e eram privadas até mesmo da liberdade e da vida em comunidade. Tal sistemática, que infelizmente ainda hoje não foi completamente abolida, não mais é compatível com a "Doutrina da Proteção Integral à Criança e ao Adolescente" adotada pela Constituição Federal e Lei nº 8.069/90, que reclama uma nova forma de ver, compreender e atender a criança e o adolescente, com ênfase na prevenção e na implementação e em regime da mais absoluta prioridade (cf. art.227, caput, da Constituição Federal e art.4º, caput e par. único, da Lei nº 8.069/90) de políticas públicas, nos mais diversos setores e níveisde governo [nota 1], que permitam a efetiva solução dos problemas que afligem a população infanto-juvenil tanto no plano individual quanto coletivo. E o órgão que tem a "vocação natural" para promover a citada articulação e integração operacional entre os diversos setores e órgãos, direta ou indiretamente envolvidos no atendimento de crianças e adolescentes não é outro senão o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente, que para tanto deve buscar o entendimento com os "Conselhos Setoriais" (Assistência Social, Educação, Saúde, Segurança Pública), bem como autoridades com atuação na área (notadamente o Conselho Tutelar Ministério Público e Poder Judiciário). É preciso ficar claro que a solução dos problemas afetos à área infanto-juvenil é de responsabilidade de todos, que assim devem unir esforços, trocar idéias e experiências, estabelecer rotinas de atendimento e encaminhamento e desenvolver estratégias voltadas à prevenção e ao atendimento especializado de crianças e adolescentes. Para efetivação do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, o Plano Nacional estabelece as seguintes diretrizes: centralidade da família nas políticas públicas; primazia da responsabilidade do Estado no fomento de políticas integradas de apoio à família; reconhecimento das competências da família na sua organização interna e na superação de suas dificuldades; respeito à diversidade étnico-cultural, à identidade e orientação sexuais, à equidade de gênero e às particularidades das condições físicas, sensoriais e mentais; fortalecimento da autonomia do adolescente e do jovem adulto na elaboração do seu projeto de vida; garantia dos princípios de excepcionalidade e provisoriedade nos programas de famílias acolhedoras e de acolhimento institucional de crianças e de adolescentes; reordenamento dos programas de acolhimento institucional; adoção centrada no interesse da criança e do adolescente; controle social das políticas públicas. O plano de ação faz referências também às questões da avaliação e do monitoramento de resultados, à previsão orçamentária nas diversas esferas de governo – nacional, estadual e municipal, e organiza as ações planejadas em nove anos, a contar de 2007 até 2015, classificando-as em ações de curto, médio e longo prazos, além de ações permanentes. Em 19 de junho de 2009, na assembleia conjunta, o Conselho Nacional de Assistência Social e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovaram o docsocial que tem como finalidade regulamentar, no território brasileiro, a organização e oferta de serviços de acolhimento para crianças e adolescentes, no âmbito da política de assistência social. O Serviço de Proteção Básica A capilaridade da proteção social básica, sua capacidade de referenciamento e o fato de o Centro de Referência de Assistência Social – Cras – localizar-se em áreas de vulnerabilidade social, 6 ou muito próximo delas, deram legitimidade e tornaram este equipamento público uma referência para a população que vive no seu território de abrangência (Brasil, 2012, p. 5). O serviço considerado basilar para a proteção social básica é o trabalho com famílias. Iniciado em 2001, foi uma experiência positiva ampliada, que subsidiou a elaboração do Plano Nacional de Atendimento Integral à Família. Em 2004, esse plano foi aprimorado e adequado às diretrizes da Pnas, instituindo-se o Programa de Atenção Integral à Família (Paif),15 uma “ação continuada da assistência social”, que se tornou a principal referência para os usuários do Suas, sendo sua oferta obrigatória e exclusiva nos Cras. O Paif passou a ser organizado de forma a responder à garantia de fortalecimento da convivência familiar e comunitária, na proteção básica do Suas. Segundo as orientações técnicas disponibilizadas pelo Suas: o trabalho social com famílias no âmbito do Paif consiste em um conjunto de procedimentos implementados por profissionais, a partir de pressupostos éticos, conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo. Ele tem por objetivo contribuir na e para a convivência de um conjunto de pessoas unidas por laços consanguíneos, afetivos e/ou de solidariedade, a fim de proteger seus direitos, apoiá-las no desempenho da sua função de proteção e socialização de seus membros, bem como assegurar o convívio familiar e comunitário de maneira “preventiva, protetiva e proativa”. É por meio do trabalho social que o Paif, no âmbito da Proteção Social Básica do Suas, contribui para a materialização da responsabilidade constitucional do Estado de proteger as famílias (Brasil, 2012, p. 15). Essa definição pressupõe: atuar de modo não fragmentado; abordar a família como um todo em suas necessidades; disponibilizar sua oferta em locais próximos da moradia dos usuários; e prever a busca ativa, pelos profissionais, das famílias que vivenciam situações de maior vulnerabilidade social. Para descrever a atuação do Paif é preciso, primeiramente, compreender que, no âmbito do Suas, ele integra o nível de proteção social básica do Suas, que tem por objetivo “prevenir situações de risco social, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários” (Brasil, 2005, p.33). Dessa forma, o Paif deve atuar de forma preventiva, protetiva e proativa, com o intuito de responder às necessidades humanas de forma integral, indo além da atenção a situações emergenciais, centradas exclusivamente nas situações de risco social. Para tanto, todos os serviços da proteção social básica, desenvolvidos no território de abrangência do Cras, em especial os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, bem como o Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, devem ser a ele referenciados e manter articulação com o Paif. É a partir do trabalho com famílias do Paif que se organizam os serviços referenciados ao Cras. O referenciamento dos serviços socioassistenciais de proteção social básica ao Cras possibilita a organização e hierarquização da rede socioassistencial no território, cumprindo a diretriz de descentralização da política de assistência social. A articulação dos serviços socioassistenciais do território com o Paif garante o desenvolvimento do trabalho social com as famílias dos usuários desses serviços, permitindo identificar suas necessidades e potencialidades dentro da perspectiva. A ação do Paif deve pautar-se, nesse contexto, pelo fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, de modo a prevenir o isolamento, ou mesmo, o abrigamento de integrantes idosos, promovendo formas de participação dos idosos nas decisões familiares, apoiando a família no reconhecimento da sabedoria/experiência das pessoas idosas e na proteção dos seus direitos. Segundo consta no guia publicado em 2015 (Brasil, 2015), outro serviço ofertado pelos Cras, complementar ao Paif, é o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), o qual é: 7 realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária. (Brasil, 2012, p. 81). As atividades realizadas por grupos de convivência visam a socialização dos idosos por meio de oficinas de inclusão digital, artesanato, programas de promoção da saúde, além de atividades de lazerpara a realização de festas, bailes e viagens. Porém, segundo Pessôa (2010), os grupos de convivência ainda são percebidos pelas pessoas idosas e pela comunidade como espaço exclusivo de oportunidades de lazer e socialização de pessoas que se encontram na mesma faixa etária. A autora destaca entre os diversos obstáculos que limitam a atuação dos grupos de convivência: a falta de recursos, as distâncias geográficas e barreiras sociais, a situação precária da infraestrutura de serviços ligados a assistência, saneamento, educação, formação e colocação de profissionais, bem como o pouco investimento na prevenção e reabilitação de deficiências. Cabe aos gestores municipais de toda política pública de atendimento às necessidades dos idosos planejar e executar ações para além de espaços semanais ou mensais de socialização, sob pena de contribuírem para a alienação e a tutela daquelas que deveriam ser as protagonistas da PNI: as pessoas idosas. Idoso e pessoa com deficiência O ser humano vive uma vida de conquistas, realizações e lutas para ser reconhecidos pela sociedade, passando a trabalhar por longos anos para garantir o sustento da sua família é por isso que todo cidadão idoso, com mais de 60 anos que não tem condições de se manter tem seus direitos, garantidos pela a Promotoria de Justiça do idoso onde a mesma atua para garantir que esses direitos sejam respeitados. O serviço social, frente as questão do idoso, tem sua função educativa e política, trabalhando os direitos sociais do idoso, para resgatar sua dignidade e estimular consciência participativa do idoso com objetivo de trabalhar sua integração com as pessoas, trabalhando o idoso na sua particularidade e singularidade, levando em consideração que ele faz parte de uma sociedade que ele ajudou a construir e promover o diálogo entre as diferentes faixas etárias afim de despertar a sensibilidade por todas as pessoas que sofrem diversas formas de discriminação, ajudando a potencializar a pessoa idosa a acreditar em si mesmo, como pessoa de direitos, isso os leva a redescobrir sua verdadeira identidade e assumir-se como pessoa imprescindível a sua produtividade social. O idoso tem garantia de todos os direitos fundamentais ligados à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. (BRASIL, Lei 10.741, 2003). O estatuto no qual são estabelecidos os direitos dos idosos tem o objetivo de regular e fazer cumpri os direitos da pessoa idosa melhorando a sua vida, nele são previstas punições a quem violar os direitos dos idosos garantindo assim segurança ao mesmo o estatuto do idoso foi aprovado em setembro de 2003 no governo do Presidente LULA, através dessa lei é considerado idoso as pessoas a partir dos 60 anos de idade. Os idosos possuem também: 8 Prioridades em processos ou procedimentos judiciais com prioridade na tramitação em qualquer instância regido pela Lei Nº 10.741/2003; Isenção do imposto de renda, imposto paga pelo Governo Federal com base na renda anual do contribuinte. Para que o imposto de renda deixe de ser retido na fonte sendo necessário comprovar a doença com laudo médico. Benefício de Prestação Continuada è um beneficio pago pelo governo federal para garantir condições mínimas de dignidade a pessoas que não possuem condições de se manter. Acompanhamento as pessoas maiores de 60 anos com acompanhante durante uma observação ou internamento em UTI ou por decisão do medico Lei Nº 10.741/2003 (Estatuto do idoso). Atendimento Domiciliar Para os maiores de 60 anos abrigados em acolhimentos por instituições publicas ou sem fins lucrativos, além do atendimento domiciliar pelo SUS Lei Nº 10.741/2003(Estatuto do Idoso), entre outros direitos . Mesmo com todos esses direitos existentes com o intuito de proteger a pessoa idosa, na prática ainda são poucos os serviços existentes para dar solução aos inúmeros casos de crimes denunciados. . Deficiência, Direitos e Políticas Públicas no Brasil Diferentes formas de abordagem aos direitos podem esboçar sobre a questão da deficiência diferentes perspectivas, apesar de o enfoque dos direitos ser uma das principais ferramentas de organização e direção da vida social, já que as proteções garantidas podem provocar a alteração do quadro social em que a sociedade se encontra. No auge das lutas e articulações políticas dos anos 1980 no Brasil, os movimentos sociais dos deficientes compreenderam essa concepção e foram responsáveis pela reivindicação de diversos direitos assegurados na Constituição e direcionados às pessoas deficientes (FIGUEIRA, 2008). A articulação de diversos movimentos sociais e a pressão social exercida durante o período da Constituinte deixou o tema da deficiência em destaque, o que resultou em um texto constitucional avançado no tocante aos direitos das pessoas deficientes (FIGUEIRA, 2008). Educação, o mundo do trabalho, acessibilidade e assistência social passaram a contar com diretrizes constitucionais, que favoreceram o surgimento de diversas políticas públicas para atender as reivindicações por inclusão e cidadania das pessoas com deficiência. Apenas no decorrer da última década foi possível a estruturação de um conjunto de instrumentos jurídicos e de políticas públicas para expressar materialmente os direitos afiançados pelo texto constitucional. E ainda assim, tal cenário apresenta avanços modestos ao lado de uma série de desafios, como pode ser verificado nas políticas de educação e ações para inclusão no mundo do trabalho, remoção de barreiras arquitetônicas, sensibilidade nos transportes públicos para a diversidade corporal, entre outras políticas para os deficientes. Duas das principais mudanças que ocorreram posteriormente à Constituição de 1988, resultado dos princípios estabelecidos no texto constitucional, foram a criação da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, aprovada em 1999 e a denominada lei de Acessibilidade, sancionada em 2004 pelo Decreto 5.296. A Política Nacional estabelece ser de responsabilidade dos órgãos e entidades do poder público garantir possibilidades às pessoas com deficiência para o pleno exercício de seus direitos básicos decorrentes da Constituição e de outras leis, sobretudo, para o objetivo de promover o bem-estar pessoal, social e econômico dessa parcela da população. Essa perspectiva sobre a deficiência desloca do indivíduo para a disposição das estruturas sociais a responsabilidade em lidar com a questão da deficiência, promovendo as capacidades e potencialidades de todas as pessoas, em uma perspectiva semelhante ao que as abordagens do modelo social da deficiência defendiam. Tais marcos normativos simbolizaram no Brasil novas abordagens por meio das quais a deficiência passaria a ser não mais tema de responsabilidade individual, mas de matéria na alçada da justiça social, que resulta no esforço da sociedade em garantir os direitos básicos de todas as pessoas. A diretriz ensejada pela Política Nacional foi 9 reforçada com a lei de Acessibilidade, aprovada cinco anos depois, em 2004. Os objetivos da lei de Acessibilidade foi o de propor alterações e questionamentos sobre as mais diversas disposições das estruturas, valores e práticas sociais no sentido de tornar possível a participação plena de todas as pessoas no ordenamento social, independentemente de quais diversidades corporais possam apresentar (VASCONCELOS,2005). 5. CONCLUSÃO A realização de estudos voltados para a dimensão técnico-operativa da intervenção do assistente social é um tema que vem ganhando centralidade na agenda de debates da categoria profissional. Discutir a intervenção profissional envolve considerar a complexidade da inserção do assistente social nos mais diversos espaços ocupacionais, no atendimento das múltiplas demandas dos usuários e sua prática diretamente relacionada com as mudanças societárias, interligadas com mudanças ocorridas no mundo do trabalho e nas políticas sociais. O recente fortalecimento das organizações da sociedade civil e a discussão sobre a atuação de novos atores sociais no atendimento às políticas sociais têm permitido iluminar o caráter heterogêneo da sociedade civil como espaço de disputas de interesses, principalmente em relação ao Estado e aos recursos destinados a essas políticas. Isso reforça a importância da redefinição dos limites entre o interesse público e o privado, bem como a tentativa de constituir uma esfera pública com qualidade ético-política, capaz de repor e pactuar socialmente projetos políticos com a sociedade embasados na garantia de direitos civis, políticos e sociais, e no combate aos projetos políticos autoritários e a formas privatizadas de poder. Contudo, são grandes os riscos de que as ações oriundas da sociedade civil e da iniciativa privada desloquem a noção histórica de direitos pessoais e coletivos, instituídos na recente ordenação democrática da sociedade brasileira, para antigas relações sociais mediadas pela noção de benevolência, caridade, compaixão etc., reforçando a cultura pautada por relações afetivas de dependência – matriz de políticas impregnadas pelo paternalismo, clientelismo e populismo. Para esses casos, a avaliação, a transparência das ações e a prestação de contas à comunidade, o planejamento democrático e participativo e as ações integradas são bons exemplos do caminho que o Estado e a sociedade deveriam perseguir, para alcançarem juntos níveis mais autônomos de desenvolvimento individual e coletivo. O conflito oriundo da nova cultura de direitos e das antigas práticas assistencialistas de benevolência e compaixão é uma das constatações a que se chega. Ele também se constitui em grande risco para a efetiva implementação das políticas sociais de atendimento à infância e à adolescência. 10 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso : 20 de novembro de 2018. BRASIL. Estatuto da Família. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesweb/ prop_mostrarintegra?codteor=1159761&flename=pl+6583/2013>. Acesso em: 14 de novembro de 2016. BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm>. Acesso em: 07 de novembro de 2018. ____. Lei n 8.842, de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 5 jan. 1994. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htm>. Acesso em: 10 de outubro de 2018. FIGUEIRA, E. Caminhando em silêncio: uma introdução à trajetória das pessoas com deficiência na história do Brasil. São Paulo: Giz, 2008. FREY, Klaus. Políticas públicas: um debate conceitual e reflexões referentes à prática da análise de políticas públicas no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, 21: 211-259. 2000. IAMAMOTO, Marilda V. e CARVALHO, Raul de. Relações sociais e serviço social no Brasil - esboço de uma interpretação histórico metodológica. 35a. Ed. São Paulo: Cortez, 2011. IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 26ª. Ed. São Paulo: Cortez. 2015 LAKATOS, Eva Maria; DE ANDRADE MARCONI, Marina. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 2001. MDS. Capacitação para controle social nos municípios: assistência social e Programa Bolsa Família. Secretaria Nacional de Assistência Social, 2010 Carvalho MCB. A priorização da família na agenda da política social, 1995 p. 11-21. Ed. Cortez, São Paulo. SARTI, C. A família como espelho: um estudo sobre a moral dos pobres. Ed. Autores Associados, Campinas, 1996. VASCONCELOS, F. D. Ironias da desigualdade: políticas e práticas de inclusão de pessoas com deficiência física. 2005. 206 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva). Universidade Federal da Bahia (UFBA), Bahia, 2005. 11 YASBEK, M. C. O significado sócio-histórico da profissão. In: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. 2009, p. 125-142. A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL NAS POLITICAS PÚBLICAS BRASILEIRAS “POLITÍCAS PÚBLICAS PARA FAMÍLIA, CRIANÇAS E ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.” No Brasil, desde os anos de 1990, a produção teórica referente à intervenção profissional tornou-se palco de debates e tomou importância acadêmica na formação, tendo em vista a inserção dos assistentes sociais nos mais diversos espaços ocupacionais. A... A intervenção profissional do assistente social pode ser caracterizada pelo atendimento às demandas e necessidades sociais de seus usuários, que podem produzir resultados concretos, tanto nas dimensões materiais, quanto nas dimensões sociais, polític... Como profissional inserido na divisão sócio técnica do trabalho, o assistente social é demandado a desenvolver ações como gestor e executor de políticas sociais, programas, projetos, serviços, recursos e bens no âmbito das organizações públicas e pri... No entanto, é sobre a intervenção profissional no âmbito das politicas sociais para família, crianças e adolescentes, idosos e pessoa deficiente que este paper pretende centrar a discussão, tendo em vista a possibilidade de contribuir com as reflexõe... 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo Souza (2006), não existe uma única nem melhor definição para a política pública, o que se observa é que algumas definições enfatizam o papel da política pública como ações do governo para solucionar problemas e que em seu campo teórico-conceit... Corroborando Secchi, (2011, p. 5) diz que a para ele a politica pública é definida a partir do momento em que se identifica um problema e que esse é de interesses de toda sociedade, se tornando uma situação inadequada e demanda do Estado estratégias p... Segundo Iamamoto & Carvalho (2011), o Estado é convocado a gerir e organizar a prestação de serviços sociais a partir das políticas públicas implicando diretamente no cenário onde o capital se amplia, onde a industrialização se expande, onde o trabal... Neste âmbito, um dos profissionais contratados para integrar a organização estatal, e estar colaborando para a operacionalização da política pública, é o do Serviço Social. Nesta perspectiva, Iamamoto alude o Serviço Social como profissão estreitamen... Nesse sentido, são espaços onde há a necessidade de se estabelecer uma conversa, onde fala o técnico representante do aparato estatal, o representante das instituições da sociedade civil e o usuário da política. Vale considerar a abertura para um dial... Um momento que se considera ser um privilégio para a profissão ao atuar na política pública, reitera-se, é o de estabelecer contato direto com o usuário de seu serviço. Esse contato direto, no cenário brasileiro pode ser percebido nos Centros de Refer... No referido espaço, o profissional cotidianamentevai estar em contato com o usuário dos seus serviços e com a comunidade, o que lhe permite mais facilmente junto com estes identificarem, situações que podem ser julgadas como problemas e demandem açõe... Nesse sentido, é o profissional conexo a categoria da policy networks, que para Frey (2000) é o momento que identifica-se, define-se uma situação problema que vai ser levado para discussão na arena, é o momento da interação do governo e de atores soci... Desta forma, ainda citando os espaços dos CRAS onde profissional tem sua ação condicionada pela sua relação direta com o usuário, preconiza-se o desafio deste ser propositor e formulador de programas e projetos sociais, articulando sua prática com dem... 3. MATERIAIS E MÉTODOS Crianças e adolescentes O atendimento à criança e ao adolescente tem sido tradicionalmente relegado à área da assistência social, como reflexo da sistemática vigente antes do advento da Constituição Federal de 1988 e da Lei nº 8.069/90, em que somente eram destinatários da a... Não havia, à época, sequer o reconhecimento da responsabilidade do Estado (latu sensu) pelo atendimento de crianças e adolescentes (salvo quando autores de infração penal), que a pretexto de serem "protegidas", eram encaminhadas a entidades filantrópi... Tal sistemática, que infelizmente ainda hoje não foi completamente abolida, não mais é compatível com a "Doutrina da Proteção Integral à Criança e ao Adolescente" adotada pela Constituição Federal e Lei nº 8.069/90, que reclama uma nova forma de ver, ... Para efetivação do direito de crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, o Plano Nacional estabelece as seguintes diretrizes: centralidade da família nas políticas públicas; primazia da responsabilidade do Estado no fomento de polít... O plano de ação faz referências também às questões da avaliação e do monitoramento de resultados, à previsão orçamentária nas diversas esferas de governo – nacional, estadual e municipal, e organiza as ações planejadas em nove anos, a contar de 2007 a... Em 19 de junho de 2009, na assembleia conjunta, o Conselho Nacional de Assistência Social e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovaram o docsocial que tem como finalidade regulamentar, no território brasileiro, a organizaçã... O Serviço de Proteção Básica A capilaridade da proteção social básica, sua capacidade de referenciamento e o fato de o Centro de Referência de Assistência Social – Cras – localizar-se em áreas de vulnerabilidade social, ou muito próximo delas, deram legitimidade e tornaram este e... O serviço considerado basilar para a proteção social básica é o trabalho com famílias. Iniciado em 2001, foi uma experiência positiva ampliada, que subsidiou a elaboração do Plano Nacional de Atendimento Integral à Família. Em 2004, esse plano foi apr... O Paif passou a ser organizado de forma a responder à garantia de fortalecimento da convivência familiar e comunitária, na proteção básica do Suas. Segundo as orientações técnicas disponibilizadas pelo Suas: o trabalho social com famílias no âmbito do... Essa definição pressupõe: atuar de modo não fragmentado; abordar a família como um todo em suas necessidades; disponibilizar sua oferta em locais próximos da moradia dos usuários; e prever a busca ativa, pelos profissionais, das famílias que vivenciam... Dessa forma, o Paif deve atuar de forma preventiva, protetiva e proativa, com o intuito de responder às necessidades humanas de forma integral, indo além da atenção a situações emergenciais, centradas exclusivamente nas situações de risco social. Para... A articulação dos serviços socioassistenciais do território com o Paif garante o desenvolvimento do trabalho social com as famílias dos usuários desses serviços, permitindo identificar suas necessidades e potencialidades dentro da perspectiva. A ação do Paif deve pautar-se, nesse contexto, pelo fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, de modo a prevenir o isolamento, ou mesmo, o abrigamento de integrantes idosos, promovendo formas de participação dos idosos nas decisões famili... Segundo consta no guia publicado em 2015 (Brasil, 2015), outro serviço ofertado pelos Cras, complementar ao Paif, é o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), o qual é: realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de modo ... Porém, segundo Pessôa (2010), os grupos de convivência ainda são percebidos pelas pessoas idosas e pela comunidade como espaço exclusivo de oportunidades de lazer e socialização de pessoas que se encontram na mesma faixa etária. A autora destaca entre... Cabe aos gestores municipais de toda política pública de atendimento às necessidades dos idosos planejar e executar ações para além de espaços semanais ou mensais de socialização, sob pena de contribuírem para a alienação e a tutela daquelas que dever... Idoso e pessoa com deficiência
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