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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (Recuperação Automática)

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INTRODUÇÃO: 
Este trabalho tem como objetivo central discutir o problema colocado pela 
Atividade Prática Supervisionada, no qual nos apresentou o seguinte problema: 
“A transportadora Veloz total tem sua cede na cidade Jaguarituba no Rio Grande 
do Sul e um armazém de distribuição de cargas em Guarulhos, estado de São Paulo. A 
empresa Aço Forte Maquinas S/A comprou bobinas de aço na cidade Rosário Nuevo 
próximo a Buenos Aires- Argentina, fabricadas por uma siderúrgica uruguaia que tem 
sede em Montevidéu, capital do Uruguai e uma fábrica naquela cidade argentina. 
A siderúrgica se chama Nueva Ciudad Siderurgia S/A. A empresa Aço Forte 
Maquinas contratou a transportadora Veloz Total para carregar as bobinas compradas na 
Argentina para a cidade de Guarulhos em São Paulo. Durante o percurso de transporte o 
caminhão que transportava parte das bobinas tombou em Santa Catarina, próximo ao 
município de Lages. As bobinas caíram em um rio até que foram resgatados 15 dias 
depois foram retirados por um guindaste. Estavam muito molhadas e já apresentavam 
manchas de corrosão por ferrugem, o que impossibilitam a utilização para a confecção de 
maquinas como pretendia a proprietária das bobinas, a empresa Aço Forte Maquinas S/A. 
A causa do acidente não está especificada, mas conforme o laudo da Policia Federal, há 
uma conjugação de fatores: 
a) A condução em velocidade excessiva em trecho de Serra; 
b) Mal acondicionamento da carga que não estava amarrada de forma 
adequada. 
O motorista que conduzia o veículo em uma velocidade excessiva era da 
Transportadora Veloz Total, mas a carga havia sido condicionada no caminhão pelos 
empregados da siderúrgica, Nueva Ciudad, com sede no Uruguai e a fábrica na Argentina. 
A empresa Aço Forte Maquinas S/A pretende mover uma ação judicial para 
recuperar os valores que gastou com a compra de bobinas que não puderam ser 
aproveitadas” 
Desta forma é importante ressaltar que neste trabalho vamos discutir os seguintes 
tópicos em ralação ao problema apresentado, sendo eles: 
I. Pesquisar o que é JURISDIÇÃO e a COMPETENCIA JURISDICIONAL; 
II. Pesquisar o que determina a LEGISLAÇÃO BRASILEIRA sobre AÇÕES 
JUDICIAIS contra PESSOAS ESTRANGEIRAS; 
III. Definir em que local deverá ser proposta AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS que 
a Aço Forte S/A pretende promover e qual é a fundamentação para essa 
fundamentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA. 
 
1. Pesquisar o significado de JURISDIÇÃO e COMPETENCIA 
JURISDICIONAL; 
 
A palavra JURISDIÇÃO, vem do latim Jurisdicidio, sendo que etimologicamente 
quer dizer “AÇÃO DE DIZER DIREITO”, mais simplesmente “DIZER O DIREITO”. 
Porem afirmar que o Estado, franco exercício da função jurisdicional, sempre se aplica o 
Direito em caso controvérsia, solucionando o Litigio é uma temeridade, pois nem sempre 
o Direito é aplicado conforme deveria ser. 
A questão da SENTENÇA INJUSTA existe é uma realidade processual. Em 
consequência, não se pode incluir no conceito de jurisdição e a aplicação de direito, 
embora seja esta uma de suas finalidades. A FINALIDADE que nem sempre é alcançada, 
nem deve figurar nos exatos termos de um conceito. Para que se alcance, de forma 
satisfatória a definição de Jurisdição que deve se levar em conta apenas o seu fim 
imediato, a solução de casos contravertidos. 
A jurisdição por si só tem o fim de defender o direito objetivo, fica claro que esse 
objetivo deve ser realizado mediante a declaração ou a atuação da lei. Desta forma, a 
doutrina de Mortara se destacou, em relação às lições dos processualistas que sustentaram 
a concepção de jurisdição vista no item anterior, apenas em razão de ter revelado a 
natureza pública do processo, mas se manteve presa aos valores culturais e ideológicos 
do Estado liberal. 
Desta forma é importante ressaltar que a questão da Jurisdição dos artigos 16 a 20 
do Código de Processo Civil (2015), sendo que devido ao problema apresentado na 
atividade pratica supervisionada vamos discutir os Limites da Jurisdição Nacional que 
vai do artigo 21 ao artigo 69 do Código de Processo Civil (2015). Mas especificamente 
vamos dar enfoque aos artigos 21 e 53 do Código de Processo Civil (2015). O artigo 21 
diz o seguinte: 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e 
julgar as ações em que: 
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver 
domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-
se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver 
agência, filial ou sucursal. 
 
Ao analisarmos o problema apresentado e o artigo 21 do Código de Processo Civil 
é o que ilustra a forma como devemos proceder em relação a ação que tem que ser movida 
pela empresa Aço Forte Maquinas S/A, sendo que a empresa tem que entrar contra a 
empresa Nueva Ciudad S/A. O artigo 53 do Código de Processo Civil diz o seguinte: 
Art. 53. É competente o foro: 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e 
reconhecimento ou dissolução de união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio 
do casal; 
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se 
pedem alimentos; 
III - do lugar: 
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; 
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa 
jurídica contraiu; 
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou 
associação sem personalidade jurídica; 
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir 
o cumprimento; 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto 
no respectivo estatuto; 
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação 
de dano por ato praticado em razão do ofício; 
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: 
a) de reparação de dano; 
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios; 
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação 
de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive 
aeronaves. (ART. 53 DO CPC,2015). 
 
Ao analisarmos o artigo 53, inciso V do Código de Processo Civil (2015) que diz 
que o domicilio do autor e o local onde ocorreu o fato, para entrar com a ação de reparação 
de dano sofrido em razão de delito. 
Consoante expresso apontamento legal, é competente, para processar julgar o 
feito, o foro do lugar (a) em que estiver localizada a sede da pessoa jurídica demandada; 
(b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações contraídas pela pessoa 
jurídica; (c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou 
associação sem personalidade jurídica; (d) em que a obrigação deva ser satisfeita; (e) em 
que resida o idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto e; 
(f) em que esteja situada a sedeada serventia notarial ou de registro, para a ação de 
reparação de dano por ato praticado em razão do ofício. O foro do lugar do ato ou fato é 
competente para processar as ações reparatórias, bem como, as em que o administrador 
ou gestor de negócios alheios for demandado. 
 Há competência concorrente entre o foro do domicílio do autor e do local do fato 
para processar e julgar as ações de reparação de danos oriundos da prática de delitoou 
experimentados por ocasião de acidente de trânsito, incluindo-se o acidente aéreo. 
Conforme Ernani Fidelis dos Santos em sua Manual de Processo Civil diz o 
seguinte: 
“Se o fato ocorreu no Brasil, como, por exemplo, um 
fenômeno natural ou acidental, cuja consequências danosas são 
previstas em contrato de seguro de responsabilidade de pessoa 
jurídica estrangeira (sinistro em espaço aéreo brasileiro), aqui 
poderá ser reclamada a indenização (artigo 21, inciso IV)” (DOS 
SANTOS, MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL ,p. 
92). 
Algumas questões merecem atenção relativamente ao domicílio. Vimos que este 
conceito exprime situação objetiva e subjetivamente relevante – residência e ânimo 
definitivo. São irrelevantes as previsões sobre pluralidade de domicílios, residenciais ou 
profissionais, desde que pelo menos um deles ou mais de um deles (caso em que surgem 
questões relativas à competência territorial interna) esteja sito no Brasil, para fins de 
determinação da (i)limitação da jurisdição nacional. 
Relativamente à pessoa jurídica, é despicienda a existência de sede brasileira, 
bastando agência, filial ou sucursal, claro, relativamente aos atos ligados a estas 
manifestações orgânicas da pessoa jurídica. 
 A regra, entretanto, é simples: havendo possibilidade de fundamentar relação de 
domicílio daquele contra quem se pede o pronunciamento judicial no Brasil, haverá 
competência, ainda que concorrente, do Estado brasileiro. De outro lado, as regras do art. 
22, I e II, justificam-se na esteira do princípio tuitivo – que envolve, evidentemente, a 
efetividade da proteção. Na essência, há que se simplificar o acesso à jurisdição por parte 
daqueles que tem vínculos de posição (domicílio) com o Brasil; ainda, e por outro prisma, 
há que efetivar cooperativamente a jurisdição, daí que, acaso o alimentante tenha vínculos 
patrimoniais com o Brasil, atraída será a jurisdição nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II. Domicilio do réu: 
A Justiça Brasileira, em princípio, pode julgar causa, cujo réu estiver domiciliado 
no Brasil, não importando a sua nacionalidade, conforme o artigo 21, inciso I que diz o 
seguinte: 
Artigo 21, caput: 
Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações 
em que: 
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver 
domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-
se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver 
agência, filial ou sucursal. (CÓDIGO DE PROCESSO CÍVIL, 2015.). 
 
 
A regra geral da caracterização de domicilio da pessoa natural é a residência da 
pessoa com animo definitivo, segundo o artigo 70 do Código Civil que ilustra a questão 
do domicilio da seguinte forma: 
 
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela 
estabelece a sua residência com ânimo definitivo. (CÓDIGO CÍVIL, 
2002). 
 
Desta forma a alternatividade de residências é reconhecida pelas circunstancias 
especificas de cada caso em particular, valendo, contudo, a presunção de existência na 
hipótese de haver dúvida sobre a situação. Ou seja, desde que haja qualquer razão séria 
para deduzir a intenção de ânimo de domicilio, a conclusão é por seu reconhecimento. 
No caso da pessoa jurídica estrangeira, desde que tenha agencia, filial ou sucursal 
no Brasil, reputa-se aqui domicilia pode acionar ou ser acionada aqui no Brasil. Afora as 
exclusões, não importa sobre o que verse a demanda contra pessoas estrangeiras aqui 
domiciliadas de forma legal. Poderá haver aplicação de normas estrangeiras, conforme as 
determinações do Direito Internacional Privado Brasileiro, mas a causa, qualquer que seja 
ela, será conhecida e julgada pelos nossos tribunais. 
 
 
 
 
 
 
III. Competência Jurisdicional Concorrente: 
O artigo 88 trata da competência concorrente da justiça brasileira, ou seja, a 
demanda também pode ser ajuizada no exterior, e é tido como exemplificativo pela 
doutrina, pois não se deve negar o acesso à justiça, já que, entre outros argumentos, litigar 
no exterior é caro: ―A competência (jurisdição) internacional da autoridade brasileira 
não se esgota pela mera análise dos arts. 88 e 89 do CPC, cujo rol não é exaustivo. 
Assim, pode haver processos que não se encontram na relação contida nessas 
normas, e que, não obstante, são passíveis de julgamento no Brasil. Deve-se analisar a 
existência de interesse da autoridade judiciária brasileira no julgamento da causa, na 
possibilidade de execução da respectiva sentença (princípio da efetividade) e na 
concordância, em algumas hipóteses, pelas partes envolvidas. 
Destaca-se que mesmo no caso de demanda proposta no Brasil contra outro 
Estado, a posição atual não é a de se reconhecer automaticamente a imunidade de 
jurisdição, atualmente relativa, mas ao contrário, efetuar a citação do Estado para que o 
mesmo eventualmente a alegue ou renuncie. Todavia, são encontradas decisões em 
sentido contrário. 
 
 Todavia, são indicadas no novo Projeto de Lei do CPC algumas ressalvas a tal 
regra: no caso de demandas por alimentos e as provenientes de relações de consumo. A 
proposta, que em tese aumenta a competência concorrente da justiça brasileira, já 
constava na redação original do Anteprojeto do novo CPC, que teve apenas o seu artigo 
21 renumerado para o artigo 22: 
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira 
processar e julgar as ações: 
I - de alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou 
propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios 
econômicos; 
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor 
tiver domicílio ou residência no Brasil; 
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem 
à jurisdição nacional. 
 
Relativamente à pessoa (i), três regras, duas ligadas à condição destas e outra vinculada 
à posição da pessoa. Assim, no art. 21, I, a posição da pessoa do réu é fator atrativo da jurisdição 
nacional. No art. 22, I e II, a condição da pessoa alimentante ou consumidor é atrativa. A regra 
do art. 21, I, está, de longa data, justificada. Sem discriminar entre nacionais ou não, considera a 
circunstância objetiva do domicílio. Assenta-se, analogicamente à competência territorial, na 
noção de que o estado tal como está posto é, presumivelmente, o de direito. 
Assim, o autor é quem assume – acaso inexistente regra de competência 
concorrente internacional – o ônus de dirigir-se à jurisdição do domicílio do réu. Também 
razão para esta regra está no princípio da máxima efetividade, que permeia a disciplina 
da jurisdição internacional. De fato, está se exerce com os olhos na possibilidade de 
transformação na eventualidade de procedência do pleito deduzido. Daí que, domiciliado 
o réu no Brasil, ampliam-se as possibilidades de resultado materialmente útil do processo, 
acaso procedente a demanda aqui ajuizada. Algumas questões merecem atenção 
relativamente ao domicílio. Vimos que este conceito exprime situação objetiva e 
subjetivamente relevante – residência e ânimo definitivo. 
São irrelevantes as previsões sobre pluralidade de domicílios, residenciais ou 
profissionais, desde que pelo menos um deles ou mais de um deles (caso em que surgem 
questões relativas à competência territorial interna) esteja sito no Brasil, para fins de 
determinação da (i)limitação da jurisdição nacional. Relativamente à pessoa jurídica, édespicienda a existência de sede brasileira, bastando agência, filial ou sucursal, claro, 
relativamente aos atos ligados a estas manifestações orgânicas da pessoa jurídica. 
A regra, entretanto, é simples: havendo possibilidade de fundamentar relação de 
domicílio daquele contra quem se pede o pronunciamento judicial no Brasil, haverá 
competência, ainda que concorrente, do Estado brasileiro. De outro lado, as regras do art. 
22, I e II, justificam-se na esteira do princípio tuitivo – que envolve, evidentemente, a 
efetividade da proteção. 
 Na essência, há que se simplificar o acesso à jurisdição por parte daqueles que 
tem vínculos de posição (domicílio) com o Brasil; ainda, e por outro prisma, há que 
efetivar cooperativamente a jurisdição, daí que, acaso o alimentante tenha vínculos 
patrimoniais com o Brasil, atraída será a jurisdição nacional. Outro passo: relativos à 
posição do objeto material (ii). Neste grupo insere-se a regra do art. 21, II, bem como as 
regras do art. 23 do CPC. 
 De fato, alguma conexão (relevante) com o Estado brasileiro há de ser encontrada 
para que a voluntariedade das partes na eleição da jurisdição prevaleça. Evidentemente, 
acaso regulada a possibilidade por instrumento internacional, presume-se essa conexão 
de interesse. Contudo, deixar ao completo alvitre das partes a eleição da jurisdição é 
privatizar matéria da essência do Estado de Direito. A aplicação da regra, pois, deverá ser 
sempre proporcionada e fundamentada, não inteiramente alheia à jurisdição nacional, 
inclusive do ponto de vista da efetividade. 
 Outro critério classificatório relevante. Trata-se da concorrência ou exclusividade 
de jurisdição. Os artigos 21 e 22 do CPC desenham a jurisdição concorrente. Nas 
hipóteses que enunciam, o Brasil está apto a realizar o direito, desde que não taticamente 
limitado – hipótese de cooperação internacional, como veremos – podendo sempre, 
minimamente, conhecer do pleito de mérito. Existir jurisdição concorrente implica 
consequências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
ALMEIDA, Roberto Moreira de. Teoria Geral do Processo. São Paulo: Método, 2009. 
 
ALVIM, Arruda. Manual de Direito Processual Civil. V1. 12 ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2008. 
 
ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria Geral do Processo. 13 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. 
 
BÜLOW, Oskar von. Teoria das exceções e dos pressupostos processuais. Campinas: LZN, 
2005. 
 
CARNEIRO, Athos Gusmão. Jurisdição e Competência. 17 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
DIDIER JUNIOR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. 8 ed. V. 1. Salvador: Juspodivum, 
2007. 
 
MARINONI, Luiz Guilherme. Curso de Processo Civil: Teoria Geral do Processo. V.1. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. 
 
NEGRÃO, Theotonio. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E LEGISLAÇÃO PROCESSUAL 
EM VIGOR-2016. Editora Saraiva, 2017. 
PAIXÃO JUNIOR, Manoel Galdino da. Teoria Geral do Processo. Belo Horizonte: Del Rey, 
2002. 
 
PAULA, Jônatas Luiz Moreira de. Teoria Geral do Processo. Barueri: Manole, 2002. 
 
ROCHA, José de Albuquerque. Teoria Geral do Processo. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 1991. 
 
SANTOS. Ernane Fidélis dos Santos.Manual de Direito Processual Cívil.16a edição, V.1, 2017. 
 
SILVA, Ovídio Baptista da; GOMES, Fábio. Teoria Geral do Processo Civil. 3 ed. rev e 
atual.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

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