Pré-Projeto de Intervenção

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 Pré projeto de intervenção
TEMA
 O envolvimento familiar no processo de recuperação de paciente com dependência química no Centro de Atenção Psicossocial de São Miguel do Oeste.
CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE INSTITUCIONAL 
O CAPS do Município de São Miguel do Oeste, foi implantado no ano de 2008 e hoje está situado na Rua Almirante Barroso, 1305, próximo ao hospital Casa Vitta. Sendo referência prioritária no atendimento às pessoas com algum tipo de transtorno mental. Atualmente, segundo registros, o CAPS atende em torno de 180 pacientes ativos, na sua grande maioria pacientes com transtornos mentais graves e persistentes, e/ou com sofrimento ou transtorno mental em geral, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial.
O CAPS é uma instituição pública municipal, que conta com uma equipe composta por Médica Psiquiatra, Enfermeira, Psicólogo, Assistente Social, Técnico de Enfermagem, Manipuladora de Alimentos e Serviços Gerais.
Na instituição são realizadas atividades coletivas e os grupos terapêuticos existentes hoje são: Álcool e Drogas, Psicoterápico, Grupos de Famílias e Oficinas terapêuticas.
O grupo terapêutico álcool e drogas, objeto de meu projeto, oferece atendimento exclusivo para pessoas em tratamento, devido ao uso de álcool e drogas. O objetivo é propiciar momentos de apoio e escuta qualificada, buscando a adesão e permanência efetiva ao tratamento. 
PROBLEMATIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
O acompanhamento e o apoio familiar são de suma importância em tratamento de pacientes acometidos por distúrbios psiquiátricos devido ao uso de álcool e drogas. A família é fundamental para o tratamento da dependência química, na medida em que é o elo que une os membros da família às diferentes esferas da sociedade e que está relacionada ao desenvolvimento saudável ou não se seus membros (Schenker & Minayo, 2004).
Fazer com que a família se envolva na reabilitação do usuário de álcool e drogas e fazê-la entender que as recaídas não são uma derrota, e sim parte de um longo tratamento. São alguns dos aspectos mais difíceis e também mais importantes para o processo de recuperação dos pacientes, sendo de total importância, que a recaída não seja tratada como um fracasso. O problema é que, quando ela ocorre, o dependente acaba voltando a fazer o uso da substância, dando a impressão aos familiares de que todo o trabalho foi invalidado.
Sabe-se que a família é o pilar para o homem, ter o apoio familiar nas horas difíceis e fator importante para a recuperação do indivíduo. A questão é, será que as famílias dos pacientes do Grupo AD, sabem da importância que tem este fortalecimento de vínculo familiar nesta hora tão complicada de suas vidas.
Sendo assim, será que a aplicação de um plano de combate as recaídas com o envolvimento familiar não seria uma boa saída no combate a estas recaídas?
JUSTIFICATIVA 
Durante a realização do meu primeiro estágio, nos meses de março e abril, e do segundo estágio nos meses de junho, julho e agosto do corrente ano, junto ao CAPS do Município de São Miguel do Oeste, tive a percepção que grande parte dos pacientes do grupo AD apresentavam algum problema referente a questão familiar. Sendo por abandono dos pais ou companheiros e outras vezes pelos filhos, devido aos problemas que acometem estes pacientes, outros pelas dificuldades financeiras decorrentes, perda do trabalho pelo usuário que junto traz problemas familiares e conjugais. Problemas que acabam os afastando do amparo familiar, deixando assim, uma porta aberta para as recaídas. Estes problemas, me fizeram pensar e examinar de forma mais concreta essa temática.
OBJETIVOS
5.1 GERAL:
Aplicar um plano terapeutico individual contra recaídas envolvendo pacientes e familiares, tentar sensibilizar e orientar as famílias sobre um cuidado e uma atenção maior sobre estas pessoas que se encontram em algum tipo de sofrimento psiquiátrico devido ao uso de algum tipo de substância tóxica e com isso fortalecer ou resgatar a relação de pacientes e familiares no intuito de evitar e combater as recaídas, e assim, reorganizar a família e trazer alguma solução para os conflitos que nelas existam. 
	
5.2 ESPECÍFICOS:
- Aplicação de um plano de combate as recaídas;
- Apoio psicossocial às famílias dos integrantes do Grupo AD;
- Fortalecer os vínculos familiares;
- Demonstrar a importância na continuidade no tratamento;
- Orientar as famílias sobre o tratamento adequado com estas pessoas;
- Melhorar a relação usuário/família.
PÚBLICO ALVO 
O público alvo a ser alcançado neste projeto são os pacientes matutinos do Grupo de álcool e drogas das sextas-feiras e seus familiares, acometidos por problemas psicoativos referentes ao uso de álcool e drogas.
CRONOGRAMA 
	
	Abr/19
	Mai/19
	Jun/19
	Jul/19
	Ago/19
	O público alvo serão os pacientes do Grupo de álcool e drogas das sextas-feiras de manhã e seus familiares, que terão um trabalho voltado para a prevenção contra recaídas referentes a dependência química.
	
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	Levantamento de dados sobre o plano terapêutico individual contra recaídas que será implantado em meu projeto, referente a dependência química, devido a fragilidade individual demonstrada por cada paciente no decorrer dos estágios realizados na instituição. Neste plano serão abordados assuntos referentes as seguintes questões:
- Ensinar pacientes e familiares a se antecipar e lidar com as possibilidades de recaídas;
- Trabalhar a modificação de crenças e pensamentos sobre o uso de drogas;
- Ensinar pacientes e familiares a lidar com os sofrimentos emocionais, que levam o paciente a refugiar-se novamente no uso de drogas;
	
	
	
	
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	ALAN MARLAT G. & DONOVAN D. M. Prevenção de Recaída. Estratégias de Manutenção no Tratamento de Comportamentos Adictivos (2009).
J & J DIZTLER. Se Realmente Gostasses de Mim. Como sobreviver a qualquer adicção na família. 
Schultz S. Voltar de uma recaída.
	
	
	
	
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REFERÊNCIAS:
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (CFESS). Parâmetros para atuação de assistentes sociais na saúde. Brasília, 2010.
OLIVEIRA, Adriane Maria Netto de. Abordagem familiar na dependência química IN: AMARANTE SILVA, Fernando/Organizadores. Uso de drogas psicoativas; Teoria e métodos para multiplicador prevencionista – 2ª ed. Ver. E ampliada – Rio Grande: CENPRE 2012.
SCHENKER, M., & MINAYO, M. C. S. (2004). A importância da família no tratamento do uso abusivo de drogas: Uma revisão da literatura. Cadernos de Saúde Pública, 20(3), 649-659.
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Assinatura do Estagiário
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Assinatura do Supervisor de Campo
		Carimbo Nº do CRESS