Buscar

Fato Jurídico

Prévia do material em texto

Direito Civil I
Classificações dos Fatos Jurídicos. *
Felipe Salles Bezerra**
Introdução
Apropriado de seus direitos cogentes, de ordem peremptória, permanece inerte o direito, aguardando ser genuinamente legitimado, para dar-lhes então o entendimento de que, vias de fato, irão originar-se para se tornar-se um fato jurídico.
Fidalgo herdeiro e associado, o então “sujeito” que se tornara de direitos, caminha junto a auditoria Estatal que valida a todo instante seu comportamento, tendo influencia objetiva e subjetiva de suas ações, doravante denominados efeitos, objeto de estudo que nós o identificaremos como fato, os tais, jurídicos. 
O axioma do direito subjetivo, não determina sua execução concreta, não tendo sua presunção o princípio da imputação a ser justiçado. Não obstante, o mister objetivo, antagoniza sobre prisma tridimensional (MIGUEL REALE/1978), delineando a natureza fortuita de sua causalidade.[1: *Artigo apresentado na Faculdade de Americana, do curso de graduação de Direito, na matéria de Direito Civil I – desenvolvendo o conteúdo sobre as classificações dos fatos jurídicos com o objetivo à obtenção de nota parcial, integrando o total necessário para conclusão.**Aluno de direito do 2º semestre no curso de Direito, na Faculdade de Americana – FAM. - A teoria tridimensional elaborado pelo Profº Miguel Reale, trata de relação dialética entre fato, valor e norma. ]
A heterogenia dos fatos, todavia, efeitos dos atos, abrasado pelo dinamismo inegável do triunfo humano social, em sua peregrinação latu senso, contudo, propriedade epistêmica, que estima o transcendentalismo a deliberar sobre os efeitos surtidos de seus litígios.
Conceito 
O Código Civil o qual escolhemos, (ÉMILE DURKHEIM/1917) nos transmite sendo as condutas tipificadas como fatos sociais, condicionada a realidades dos limites que lhes são impostos, independente da vontade e da existência do indivíduo.[2: - Fundador da Sociologia Émile Durkheim, define fato social como instrumentos sociais e culturais que determinam a maneira de agir, pensar, e sentir na vida de um indivíduo. Tendo de se adaptar-se as regras da sociedade]
O efeito de seu bel-prazer, entonará os princípios (HANS KELSEN/1934) a serem empregue ao qualificar seus atos, justificando o emprego do conceito que entende o resultado como fato jurídico (CC/2002), a partir das características em que são exteriorizadas.[3: - Hans Kelsen em sua obra A teoria Pura do Direito, nos traz a noção da assepsia do direito, sagrando as consequências dos efeitos.][4: - Código Civil Brasileiro Ed. 2002]
Fatos jurídicos
Todo efeito é capaz de ser assepsiado gerando como resultado (HELENA DINIZ) um fato jurídico. Em sentido amplo, são todos os eventos solenes, já previstos e considerados. Em sentido estrito, limitando sua jurisdição, a fim de um entendimento especifico sobre os efeitos oriundos de fatos sociais, que não dependem da vontade uma.[5: - Curso de Direito Civil Brasileiro Vol. 7, 2011 – Responsabilidade Civil.]
Em completude desse novelo, manifesta a ação que sofrerá juridicização, objetiva ou subjetiva, intitulada de ato jurídico, sendo expressa a vontade do “agente”, o tal sujeito de direitos, atribuído de sua personalidade civil, de pessoa natural que é.[6: - Juridicizção - 1. .Ato ou efeito de juridicizar ou de se juridicizar.2. Aquisição de estatuto jurídico.
"juridicização", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/juridiciza%C3%A7%C3%A3o [consultado em 20-10-2019]. ]
Fatos jurídicos naturais
Acontece independente da vontade humana, atenuando a imputabilidade sobre o agente.
Fato Jurídico Ordinário – Como o nascimento, maioridade, a morte ...
Seu rito é consequência inevitável, como exemplo, a sequência de acontecimentos, após os fatos jurídicos mencionados acima.
Fato Jurídico Extraordinário – eventualidade, sendo capazes de modificar as relações jurídicas.
Caso fortuito – Imprevisibilidade
Caso de força maior - Inevitabilidade
Sua execução pode ser modificada diante da ocorrência inevitável de ações fortuitas, sendo estas intangível a vontade humana.
Fatos jurídicos humanos
É preciso que o objeto cognitivo atue sobre o objeto cognoscente, impulsionando a relação jurídica, fazendo com que se criem os fatos jurídicos, entendendo que são acontecimentos previstos em normas, em razão das quais nascem, se modificam, substituem e se extinguem as relações jurídicas. 
Lícitos – Produz efeito voluntário, querido pelo agente
Atos jurídicos em sentido estrito
O agente manifesta sua vontade predeterminada pela norma, com a intenção de praticar o que está prescrito.
Art. 185 – Aos atos jurídicos lícitos que não sejam negócio jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do titulo anterior.
Atos-fatos Jurídicos 
Não são frutos da vontade, nem da intenção, gerando efeitos tipificados com atos-fatos jurídicos 
Art. 1.264. O deposito de antigo de coisas preciosas, ocultos e cujo o dono não haja memória, será dividido por igual o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.
Negócio Jurídico 
Representa a manifestação das vontades, em sua maioria bilateral, de forma que as partes se estabeleçam entre si idoneidade, compondo através do ordenamento jurídico a manifestação de seu interesse. Podendo em alguns casos ser unilateral, como por exemplo o testamento. 
O novo Código trouxe uma nova interpretação, dilatando de forma hermenêutica o conceito de Ato Jurídico para Negócio Jurídico.
Atos jurídicos ilícito 
Os efeitos jurídicos causados de forma involuntária, determinadas em normas, que repercute contrariando o Ordenamento Jurídico são consideradas ilícitas.
Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntaria, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete o ato ilícito.
Art. 187 – Também comete o ato ilícito o titular de um direito que, ao exercelo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito causar dano a outrem. Fica obrigado a repara-lo. 
Referências bibliográficas
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 2006
DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral do Direito Civil, Vol 7, 2018
DURKHEIM, Émile. A Teoria do Fato Social - 
Código Civil Brasileiro Ed 2º, Brasília, 2002
Disponível em http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/Rev-FD-UFU_v.44_n.02.06.pdf (acessado em 21/10/2019)

Continue navegando