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08 - PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELETROTÉCNICA APLICADA 
 
8 – PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
PROF. MARCELO MARÇULA 
 
 
 
 
 
2 
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
Um projeto de instalação elétrica compreende a definição de como a energia elétrica, entregue pela 
empresa distribuidora, será conduzida até os pontos onde será utilizada, em uma edificação. Essa atividade 
consiste basicamente em: 
 Quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos onde a energia elétrica será utilizada na 
edificação; 
 Dimensionar, definir o tipo e a distribuição física de condutores e eletrodutos; e 
 Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de comando, de medição e 
os demais acessórios. 
 
PARTES DE UM PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
 
Normalmente um projeto de instalação elétrica contém as seguintes parte: 
I. ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) 
II. Carta de Solicitação de Aprovação à Concessionária de energia elétrica 
III. Memorial descritivo 
IV. Memória de cálculo 
a. Cálculo de demanda 
b. Dimensionamento dos condutores e eletrodutos 
c. Dimensionamento das proteções 
V. Plantas 
a. Planta de situação 
b. Planta dos pavimentos 
VI. Esquemas Verticais (Prumadas) 
a. Elétrica 
b. Antena coletiva 
c. Porteiro eletrônico 
d. Outras instalações 
VII. Quadros 
a. Quadro de Distribuição de Cargas 
b. Diagramas multifilares ou unifilares 
VIII. Detalhes 
a. Entrada de Serviço 
b. Caixa Seccionadora 
c. Centros de Medição 
d. Para-raios 
e. Caixas de Passagem 
f. Aterramentos 
g. Outros 
IX. Convenções 
X. Especificações 
XI. Lista de materiais 
3 
 
NORMATIZAÇÃO 
 
Diversas normas e recomendações devem ser levadas em consideração no momento do projeto de uma 
instalação elétrica predial. Entre eles temos: 
 NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão 
 NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas 
 NBR 5413 – Iluminância de interiores 
 NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações prediais 
 NBR 5446 – Símbolos gráficos de relacionamento usados na confecção de esquemas 
 NBR 5453 – Sinais e símbolos para eletricidade 
 NR 10 – Garantia da segurança e saúde dos trabalhadores que interagem com instalações e serviços 
em eletricidade 
 
SEQUÊNCIA DO PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA PREDIAL 
 
Vamos apresentar a sequência de atividades do projeto de instalação elétrica predial, por intermédio de um 
exemplo. Para isso, temos que começar com uma planta baixa da edificação que será alvo do projeto. 
Observe a figura abaixo: 
 
FIGURA 1 – Planta baixa da edificação (com dimensões) (Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 163) 
4 
 
Agora será apresenta uma sequência, normalmente utilizada, para desenvolver o projeto de uma instalação 
elétrica residencial. 
 
1. NECESSIDADE DO PROPRIETÁRIO 
 
Fazer um levantamento das necessidades do proprietário quanto a equipamentos elétricos e iluminação. 
Importante levar em consideração aqueles equipamentos que serão instalados/conectados em local único1. 
Montar uma tabela de projeto com áreas e perímetros de todos os cômodos da edificação e os aparelhos 
elétricos conectados em local único, conforme exemplo abaixo: 
CÔMODO DIMENSÕES (m) ÁREA (m2) PERÍMETRO (m) APARELHO ELÉTRICO 
Sala 4,20 e 3,00 12,60 14,40 
Quarto 4,50 e 2,50 11,25 14,00 
Banheiro 2,50 e 1,30 3,25 7,60 Chuveiro 6400 W 
Cozinha 3,00 e 2,50 7,50 11,00 Torneira 4400 W 
Área de serviço 3,00 e 1,50 4,50 9,00 
TABELA 1 – Projeto – Áreas e perímetros 
 
2. POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO E PONTOS DE LUZ 
 
Em situações onde não existe necessidade pré-determinada para potência de iluminação, utilizar o QUADRO 
12 para determinar as potências dos pontos de luz de cada cômodo e a quantidade desses pontos. Para um 
projeto mais detalhado de iluminação utilizar técnicas de Luminotécnica. 
Quando a potência de iluminação for superior a 250 VA, recomenda-se utilizar mais do que um ponto de 
iluminação no ambiente. 
Montar a tabela de projeto, de acordo com os critérios do QUADRO 1, conforme exemplo abaixo: 
CÔMODO 
ÁREA 
(m2) 
CÁLCULO 
POTÊNCIA 
ATRIBUÍDA (VA) 
POTÊNCIA DE 
ILUMINAÇÃO (VA) 
N° DE PONTOS 
DE LUZ 
Sala 12,60 6,00 + 4,00 + 2,60 100 + 60 + 0 160 1 
Quarto 11,25 6,00 + 4,00 + 1,25 100 + 60 + 0 160 1 
Banheiro 3,25 < 6,00 100 100 1 
Cozinha 7,50 6,00 + 1,50 100 + 0 100 1 
Área de 
serviço 
4,50 < 6,00 100 100 1 
TABELA 2 – Projeto – Potências de iluminação 
 
 
1 Equipamentos que são conectados em local único são normalmente chuveiros, torneiras elétricas, aparelhos de ar 
condicionado, fornos elétricos, portões elétricos, etc., que terão local fixo dentro da edificação, ou seja, sempre estarão 
ligados ao mesmo ponto de energia elétrica. 
2 Todos os quadros se encontram no final desse documento. 
5 
 
3. PONTOS DE TOMADA 
 
Pontos de tomada pode conter uma ou mais tomadas de corrente. Todas as tomadas fixas devem ser do tipo 
com contato de aterramento (PE). 
Normas: 
 Tomada de uso residencial e análogo – NBR NM 60884-1 (antiga NBR 6147) e NBR 14136 
 Tomada de uso industrial – IEC 60309 (item 6.5.3.1 da NBR 5410:2004) 
As tomadas podem ser classificadas em duas categorias: 
 Tomadas de Uso Específico (TUE) – fornecem energia para aparelhos específicos (normalmente não 
portáteis ou que serão instalados em local específico). No nosso exemplo temos 2 TUEs: chuveiro e 
torneira elétrica3. 
 Tomadas de Uso Geral (TUG) – são as outras tomadas da instalação elétrica. 
Utilizamos a norma para determinar a quantidade de pontos de tomada do tipo TUG, porque as TUEs têm 
sua potência e local pré-determinados. 
Quantidade de pontos de tomada (TUGs) deve seguir os critérios do QUADRO 2. 
A determinação da potência de cada uma das tomadas deve seguir os critérios do QUADRO 3. 
Montar a tabela de projeto abaixo, de acordo com os critérios dos QUADROS 2 e 3: 
CÔMODO 
ÁREA 
(m2) 
NORMA 
PERÍMETRO 
(m) 
N° PONTOS 
DE TOMADAS 
(TUG) 
POTÊNCIA 
(VA) 
POTÊNCIA 
TOTAL 
(VA) 
Sala 12,60 
> 6,00 
m2 
14,40 5m + 5m + 4,40m 3 100 300 
Quarto 11,25 
> 6,00 
m2 
14,00 5m + 5m + 4m 3 100 300 
Banheiro - - - 600 1 600 600 
Cozinha - - 11,00 
3,5m + 3,5m + 3,5m + 
0,5m 
3 
1 
600 
100 
1900 
Área de 
serviço 
- - 9,00 3,5m + 3,5m + 2m 3 600 1800 
TABELA 3 – Locação dos pontos de tomada e potências dos pontos de tomada 
 
4. DIMENSIONAMENTO DO PADRÃO DE ENTRADA 
 
Padrão de Entrada é o conjunto de componentes que devem ser instalados conforme o tipo de 
fornecimento solicitado e de acordo com a especificação das normas técnicas de concessionária de energia. 
Os componentes normalmente são aqueles apresentados na figura abaixo. 
 
3 É importante observar que o termo “tomada” aqui pode não significar que o equipamento esteja conectado à energia 
por uma tomada, porque dependendo da corrente drenada por ele haverá uma conexão direta, via conectores, com os 
condutores de energia. 
6 
 
 
FIGURA 2 – Padrão de entrada (Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 166) 
Sendo que: 
1. Poste de 7,5 m de altura 11. Parafuso máquina 12 – 150 mm 
2. Armação secundária de um estribo 12. Cabo de cobre isolado – 750 V preto 
3. Haste para armação secundária 155 mm 13. Cabo de cobre isolado – 750 V azul-claro 
4. Isolador roldana 15. Haste terra 2,4 m, cobreada 
5. Arruela redonda furo 14 mm 16. Arame de aço 14 BWG 
6. Eletroduto PVC rígido rosqueável 4,0 m 17. Caixa de medição tipo II 
8. Luva de emenda PVC19. Fio de cobre nu 
9. Curva de PVC 135 graus 20. Eletroduto para aterramento 
 
 
FIGURA 3 – Vista interna da caixa de medição (a) e montagem da caixa de inspeção de aterramento (b) 
(Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 167) 
 
Corrente de demanda da instalação é utilizada para dimensionamento da entrada consumida. Exigências 
mínimas para o fornecimento de energia elétrica constam na NTU ou outra especificação da região. 
7 
 
5. CÁLCULO DOS TOTAIS DE POTÊNCIA (ILUMINAÇÃO E TOMADAS) 
 
Montar a tabela com o valor total das potências encontradas até aqui. 
CÔMODO 
POTÊNCIA DOS PONTOS 
DE ILUMINAÇÃO 
POTÊNCIA DOS PONTOS DE TOMADA 
(TUG) 
POTÊNCIA 
DE PONTOS 
ESPECÍFICOS 
(TUE) (W) 
PONTOS 
POTÊNCIA 
(VA) 
QUANTIDADE 
POTÊNCIA 
(VA) 
POTÊNCIA 
TOTAL (VA) 
Sala 1 160 3 100 300 - 
Quarto 1 160 3 100 300 - 
Banheiro 1 100 1 600 600 
Chuveiro 
elétrico 
6400 
Cozinha 1 100 4 
3x600 + 
1x100 
1900 
Torneira 
elétrica 
4400 
Área de 
serviço 
1 100 3 3x600 1800 - 
Total 620 4900 10800 
TABELA 4 – Potências (iluminação e tomadas) 
 
6. CÁLCULO DA POTÊNCIA ATIVA TOTAL 
 
Calcular as potências ativas, de acordo com os fatores de potência do QUADRO 4 (figura abaixo). 
 
Montar a tabela abaixo: 
TIPO PAPARENTE (VA) FATOR DE POTÊNCIA (cos) PATIVA (W) 
Iluminação4 620 1,0 620 
Pontos de tomada 4900 0,8 3920 
Pontos específicos - - 10800 
TABELA 5 – Potências ativas da instalação 
 
Pativa total = (620 x 1,0) + (4.900 x 0,8) + 10.800 = 620 + 3.920 + 10.800 = 15.340 W 
 
 
 
4 Consideramos como iluminação incandescente. 
8 
 
7. DETERMINAR O TIPO DE FORNECIMENTO E O PADRÃO DE ENTRADA 
 
Essa determinação depende da distribuidora escolhida. No caso da AES temos o QUADRO 5 (figura abaixo – 
parte do quadro). 
 
 
Utilizando o QUADRO 5: PATIVA_TOTAL = 15.340 W, portanto, fornecimento MODALIDADE B. 
DADOS DO PROJETO 
PATIVA_TOTAL = 15.340 W 
Modalidade de fornecimento = B 
 
8. CÁLCULO DA PROVÁVEL DEMANDA DA INSTALAÇÃO 
 
IMPORTANTE 
 
Demanda – potência elétrica ativa (kW), requisitada por determinada carga instalada 
 
Potência Instalada – soma das potências nominais de todos aparelhos que compõem uma instalação 
 
 
Valor utilizado para dimensionar condutores do circuito de distribuição (entre quadro de medição e quadro 
de distribuição). Utiliza Fatores de Demanda do QUADRO 6 (g1) e do QUADRO 7 (g2). 
Calcular a Provável Demanda da instalação: 
PD = (g1 x P1) + (g2 x P2) 
Onde: 
PD é a provável demanda 
P1 é o somatório das potências nominais atribuídas aos pontos de tomada (TUGs) e de iluminação (W) 
P2 é o somatório das potências nominais atribuídas aos pontos de utilização específicos – TUEs (W) 
g1 é o fator de demanda – QUADRO 6 
g2 é o fator de demanda – QUADRO 7 
 
 
9 
 
P1 = 620 + 3920 = 4.540 W 
QUADRO 6 – g1 = 0,52 (figura abaixo – parte do quadro) 
 
P2 = 6.400 + 4.400 = 10.800 W 
QUADRO 7 – g2 = 1,00 (figura abaixo – parte do quadro) 
 
PD = (0,52 x 4.540) + 10.800 = 13.160,80 W 
DADOS DO PROJETO 
PATIVA_TOTAL = 15.340 W 
Modalidade de fornecimento = B 
Provável demanda (PD) = 13.160,80 W 
 
9. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES DO CIRCUITO DE DISTRIBUIÇÃO 
 
O Circuito de Distribuição (CD) é o conjunto de componentes entre os quadros de medição e de distribuição. 
Observe a figura abaixo que representa um exemplo de circuito de distribuição. 
 
FIGURA 4 – Circuito de distribuição (CD) (Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 196) 
10 
 
Cálculo da potência do circuito de distribuição (PCD): 
𝑃𝐶𝐷 =
𝑃𝑅𝑂𝑉Á𝑉𝐸𝐿 𝐷𝐸𝑀𝐴𝑁𝐷𝐴
0,95
 
OBS: Fator de Utilização adotado para o circuito normalmente é igual a 0,95. 
𝑃𝐶𝐷 =
13.160,80
0,95
= 𝟏𝟑. 𝟖𝟓𝟑, 𝟒𝟕 𝑾 
Modalidade de fornecimento é B (2F + N), com tensão de distribuição (VCD) de 220 V (máxima tensão). 
Calcular corrente de distribuição: 
𝐼𝐶𝐷 =
𝑃𝐶𝐷
𝑉𝐶𝐷
=
13.853,47
220
= 𝟔𝟐, 𝟗𝟕 𝑨 
Condutores escolhidos: Condutores de cobre com isolação de PVC. 
Instalação: Não subterrânea. 
Temperatura ambiente: 30°C 
Descobrir o Fator de Correção de Temperatura (FCT). Utilizar QUADRO 8 (condutores com instalação não 
subterrânea) ou QUADRO 9 (condutores em instalações subterrâneas) para descobrir o FCT. 
Considerando tipo de condutor, tipo de instalação e temperatura ambiente  FCT = 1,00 (QUADRO 8 – 
figura abaixo de parte do quadro) 
 
Descobrir o Fator de Correção de Agrupamento (FCA) no QUADRO 10. 
FCA refere-se ao posicionamento dos condutores nos eletrodutos. 
OBS: Quando a distância horizontal entre os condutores for maior que o dobro de seu diâmetro, não aplicar 
FCA 
No QUADRO 10 o número de condutores ou circuitos se refere a: 
 Quantidade de grupos de dois ou três condutores isolados ou cabos unipolares (cada grupo é um 
circuito) 
 Quantidade de cabos multipolares que compõem o agrupamento (qualquer composição) 
Forma de agrupamento dos condutores: 1 (Em feixe: ao ar livre ou sobre superfície; embutidos; em 
conduto fechado). 
Número de circuitos: 1 circuito (2F+N) 
Considerando os dados acima  FCA = 1,00 (QUADRO 10 – figura abaixo de parte do quadro) 
11 
 
 
OBS: Outro dado importante que podemos obter do QUADRO 10 é qual tabela dos Métodos de Referência 
que vamos utilizar. Essa tabela apresenta valores em função da maneira como os condutores serão 
instalados. Nesse exemplo, os métodos podem ser de A a F, somente. 
Calcular a corrente do circuito de distribuição corrigida: 
𝐼𝐶𝐷_𝐶𝑂𝑅𝑅𝐼𝐺𝐼𝐷𝐴 =
𝐼𝐶𝐷
𝐹𝐶𝑇 × 𝐹𝐶𝐴
=
62,97
1,00 × 1,00
= 𝟔𝟐, 𝟗𝟕 𝑨 
Descobrir o método de referência de instalação dos condutores de acordo com QUADRO 11A, QUADRO 
11B, QUADRO 11C, QUADRO 11D e QUADRO 11E. No projeto assumiremos que temos condutores passando 
por eletrodutos embutidos em alvenaria. 
Buscar número do método de instalação (QUADROS 11A, 11B, 11C, 11D ou 11E) – Método de instalação 
número 1 – Método de referência B1 (QUADRO 11A – figura abaixo de parte do quadro) 
 
Descobrir a quantidade de condutores carregados a ser considerada (QUADRO 12 – figura abaixo de parte 
do quadro) 
 
 
Quantidade de condutores carregados  3 (QUADRO 12 – 2F + N) 
Descobrir a seção nominal dos condutores (QUADRO 13A a QUADRO 13H). Para isso utilizar os dados do 
projeto abaixo: 
DADOS DO PROJETO 
PATIVA_TOTAL = 15.340 W 
Modalidade de fornecimento = B 
Provável demanda (PD) = 13.160,80 W 
Potência do Circuito de Distribuição (PCD) = 13.853,47 W 
Corrente do Circuito de Distribuição Corrigida (ICD_CORRIGIDA) = 62,97 A 
Condutores do Circuito de Distribuição = Condutores de cobre com isolação de PVC 
Método de instalação do Circuito de Distribuição = Modelo de referência B1 (1 – Condutor isolado em 
eletroduto de seção circular embutido em alvenaria) 
Número de condutores carregados = 3 (2F + N) 
12 
 
 
Descobrir pelo método de referência de instalação e pelo número de condutores carregados a corrente 
máxima de condução e a seção nominal dos condutores. 
No QUADRO 13A (figura abaixo de parte do quadro), utilizando o método de referência B1, número de 
condutores carregados igual a 3 e máxima capacidade de corrente igual a 68 A (primeiro valor que satisfaz o 
projeto), descobrimos que a seção do condutor de fase deve ser de 16 mm². 
 
Determinar a seção do condutor neutro (QUADRO 14 – figura abaixo de parte do quadro), baseado na 
seção do condutor de fase. 
 
Condutor de neutro terá seção nominal de 16 mm² (a mesma que o condutor de fase). 
Determinar a seção do condutor de proteção (QUADRO 15 – figura abaixo de partedo quadro), baseado na 
seção do condutor de fase, desde que ambos sejam do mesmo material5. 
 
Condutor de proteção terá seção nominal de 16 mm² (a mesma que o condutor de fase). 
 
 
5 Caso contrário utilizar a norma IEC 60364-5-54. 
13 
 
 
DADOS DO PROJETO 
PATIVA_TOTAL = 15.340 W 
Modalidade de fornecimento = B 
Provável demanda (PD) = 13.160,80 W 
Potência do Circuito de Distribuição (PCD) = 13.853,47 W 
Corrente do Circuito de Distribuição Corrigida (ICD_CORRIGIDA) = 62,97 A 
Condutores do Circuito de Distribuição = Condutores de cobre com isolação de PVC 
Método de instalação do Circuito de Distribuição = Modelo de referência B1 (1 – Condutor isolado em 
eletroduto de seção circular embutido em alvenaria) 
Número de condutores carregados = 3 (2F + N) 
Seção dos condutores de fase = 16 mm² 
Seção do condutor de neutro = 16 mm² 
Seção do condutor de proteção (terra) = 16 mm² 
 
10. DIVISÃO DE CIRCUITOS TERMINAIS 
 
Circuitos terminais são aqueles circuitos que saem de um ponto de distribuição na edificação (Quadro de 
Distribuição) e chega aos pontos nos quais a energia elétrica será efetivamente utilizada (tomadas, 
lâmpadas, interruptores, motores, chuveiros, etc.). 
Poderíamos pensar em simplesmente utilizar os condutores que saem do Quadro de Medição e conectar 
todos os pontos de consumo neles. Temos aí dois problemas principais: 
 Teríamos que utilizar os condutores com seção igual àquela do Circuito de Distribuição (no nosso 
exemplo, 16 mm²), o que encareceria muito o nosso projeto; 
 Como temos que proteger a instalação, interrompendo a alimentação quando algo de errado 
ocorrer em um ponto de consumo, toda a instalação sempre seria afetada por esses problemas. 
Dividindo em circuitos terminais, com limite para potência máxima consumida neles, reduz a dimensão dos 
condutores e permite que exista a interrupção de proteção somente em partes do circuito. 
Dessa maneira, nossa instalação ocorrerá da seguinte maneira: agruparemos pontos de consumo até atingir 
uma potência máxima determinada e cada agrupamento desse receberá um conjunto de condutores próprio 
(um circuito da instalação, com sua proteção correspondente)6. 
Critérios para divisão de circuitos terminais (NBR 5410:2004): 
 A potência em circuitos, com exceção de circuitos exclusivos para pontos específicos, deve estar 
limitada a 1.200 VA em 127 V e 2.500 VA em 220 V; 
 Equipamentos ou aparelhos que absorvam corrente igual ou superior a 10 A devem possuir pontos 
específicos; 
 Devem ser previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e de tomadas; 
 
6 Equipamentos que excedam essa potência máxima formarão sozinhos um circuito. 
14 
 
 Pontos de tomada de cozinhas, copas e áreas de serviço devem ter circuitos terminais 
independentes; 
 Em instalações com duas ou três fases, deve-se realizar o balanceamento de fases (balanceamento 
de cargas). Distribuir as cargas uniformemente entre as fases, de modo que se obtenha o maior 
equilíbrio possível das cargas conectadas a essas fases. O ideal seria que cada fase tivesse conectada 
a ela exatamente a mesma potência total, mas como isso é muito difícil, distribuir da melhor 
maneira possível. 
No projeto obtemos as seguintes tabelas: 
LOCAL CIRCUITO TIPO 
POTÊNCIAS 
TENSÃO (V) PARCIA
L 
TOTAL 
Sala 
Quarto 
Banheiro 
1 Iluminação social 
160 
160 
100 
420 VA 127 
Cozinha 
Área de serviço 
2 
Iluminação de 
serviço 
100 
100 
200 VA 127 
Sala 
Quarto 
Banheiro 
3 
Pontos de 
tomada (TUG) 
3 x 100 
3 x 100 
1 x 600 
1200 VA 127 
Cozinha 4 
Pontos de 
tomada (TUG) 
3 x 600 
1 x 100 
1900 VA 127 
Área de serviço 5 
Pontos de 
tomada (TUG) 
3 x 600 1800 VA 127 
Chuveiro elétrico 6 
Ponto específico 
(TUE) 
6400 6400 W 220 
Torneira elétrica 7 
Ponto específico 
(TUE) 
4400 4400 W 220 
Circuito de distribuição CD - 13853,47 W 220 
TABELA 6- Divisão de circuitos terminais 
FASE 1 FASE 2 
420 
200 
 1200 
1900 
 1800 
32007 3200 
22008 2200 
7940 8400 
TABELA 7 - Balanceamento de fases (potências distribuídas entre as fases) 
 
 
7 Potência do chuveiro 220 V, acima de 2.500 VA, distribuída como metade para cada fase 
8 Potência da torneira elétrica 220 V, acima de 2.500 VA, distribuída como metade para cada fase 
15 
 
LOCAL CIRCUITO TIPO 
POTÊNCIAS 
TENSÃO (V) FASE 
PARCIAL TOTAL 
Sala 
Quarto 
Banheiro 
1 
Iluminação 
social 
160 
160 
100 
420 VA 127 1 
Cozinha 
Área de serviço 
2 
Iluminação 
de serviço 
100 
100 
200 VA 127 1 
Sala 
Quarto 
Banheiro 
3 
Pontos de 
tomada 
(TUG) 
3 x 100 
3 X 100 
1 * 160 
1200 VA 127 2 
Cozinha 4 
Pontos de 
tomada 
(TUG) 
3 x 600 
1 x 100 
1900 VA 127 1 
Área de serviço 5 
Pontos de 
tomada 
(TUG) 
3 x 600 1800 VA 127 2 
Chuveiro elétrico 6 
Ponto 
específico 
(TUE) 
6400 6400 W 220 1 e 2 
Torneira elétrica 7 
Ponto 
específico 
(TUE) 
4400 4400 W 220 1 e 2 
Circuito de distribuição CD - 13853,47 W 220 
TABELA 8 – Divisão de circuitos terminais e fases 
 
16 
 
11. CÁLCULO DA CORRENTE DE CADA CIRCUITO TERMINAL 
 
𝐼 =
𝑆
𝑉
 
LOCAL CIRCUITO TIPO 
POTÊNCIAS TENSÃO 
(V) 
FASE 
CORRENTEDO 
CIRCUITO (A) 
PARCIAL TOTAL CALCULADA 
Sala 
Quarto 
Banheiro 
1 
Iluminação 
social 
160 
160 
100 
420 VA 127 1 3,31 
Cozinha 
Área de 
serviço 
2 
Iluminação 
de serviço 
100 
100 
200 VA 127 1 1,57 
Sala 
Quarto 
Banheiro 
3 
Pontos de 
tomada 
(TUG) 
3 x 100 
3 X 100 
1 * 160 
1200 VA 127 2 9,45 
Cozinha 4 
Pontos de 
tomada 
(TUG) 
3 x 600 
1 x 100 
1900 VA 127 1 14,96 
Área de 
serviço 
5 
Pontos de 
tomada 
(TUG) 
3 x 600 1800 VA 127 2 14,17 
Chuveiro 
elétrico 
6 
Ponto 
específico 
(TUE) 
6400 6400 W 220 1 e 2 29,09 
Torneira 
elétrica 
7 
Ponto 
específico 
(TUE) 
4400 4400 W 220 1 e 2 20,00 
Circuito de 
distribuição 
CD - 13853,47 W 220 62,97 
TABELA 9 – Correntes calculadas dos circuitos terminais 
 
12. LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS ELÉTRICOS DA INSTALAÇÃO NA PLANTA BAIXA 
 
Agora é necessário indicar na planta baixa os pontos de consumo de energia elétrica da instalação. Para isso, 
algumas recomendações são necessárias: 
 Utilizando a simbologia (NBR 5444:1989), distribuir os pontos de luz, pontos de tomada e pontos 
específicos nos circuitos, enumerando cada um deles. 
 Evite posicionar pontos elétricos sobre elementos estruturais (pilares ou vigas de concreto) ou em 
interferência com outras instalações (pontos de instalação telefônica, hidráulica, sanitária, combate 
a incêndio, etc.). 
 Localizar os pontos de maneira a distribuir uniformemente os pontos de iluminação geral e prever 
pontos de iluminação para casos específicos. 
 Distribuir uniformemente os pontos de tomada de uso geral (estude o local). 
 Em copas, cozinhas, áreas de serviço e banheiros, prever a localização de pontos de tomada de uso 
geral para eventuais bancadas. Recomenda-se que essas tomadas estejam a pelo menos 0,20 m de 
altura da bancada. 
17 
 
 Prever localização de pontos de tomada (uso exclusivo) a no máximo 1,50 m do aparelho de 
utilização. 
 Localizar os comandos dos pontos de iluminação prevendo interruptores simples, duplos, triplos, 
paralelos ou intermediários. 
Todos os circuitos devem possuir dispositivos de proteção. Esses dispositivos de proteção se concentram no 
Quadro deDistribuição, Manobra e Comando. Esse quadro deve ser instalado de acordo com a norma NBR 
5410:2004: 
 Acesso aos componentes instalados no quadro não deve ser dificultado pela montagem desses 
componentes. 
 Identificar a correspondência entre o componente e o circuito protegido, manobrado ou controlado. 
 Os componentes devem ser instalados de modo a não influenciar outras instalações, elétricas ou 
não. 
 As tampas dos quadros não devem danificar condutores e instrumentos quando forem 
movimentadas. 
 Deve-se prever espaço de reserva para instalação futura de novos dispositivos de proteção 
(QUADRO 16 – observe figura abaixo com parte do quadro) 
 
No nosso exemplo, temos 7 circuitos, portanto, vamos deixar espaço para 3 circuitos de reserva 
(ampliações futuras). 
 Quantidade de quadros de distribuição deve levar em consideração o número de centros de cargas, 
o aspecto econômico e a versatilidade desejada. 
 
13. TRAÇADO DO PROJETO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
 
Traçado deve ser realizado na planta baixa (normalmente em escala 1:50 ou 1:100). 
OBS: Especificações e dimensionamentos são executados conforme as normas para confecção de desenhos 
de planta baixa NBR 10068:1987 – Folhas de desenho: layout e dimensões e NBR 10582 – Conteúdo 
da folha para desenho técnico 
Informações gráficas não pertinentes devem ser omitidas (pisos, louças, etc.), apesar de auxiliarem na 
localização dos pontos de instalação. Observe a figura abaixo, com essas omissões. 
18 
 
 
FIGURA 5 – Planta baixa (Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 203) 
Observe que optou-se por localizar o Quadro de Distribuição na parede da sala, próximo à entrada da 
residência. Em alguns casos, o centro geométrico da residência é escolhido, como forma de reduzir a 
quantidade de condutores para cada circuito. Agora podemos localizar os outros elementos da instalação. 
 
FIGURA 6 – Localização dos pontos de instalação elétrica (Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 203) 
19 
 
14. TRAÇADO DE ELETRODUTOS 
 
O traçado dos eletrodutos deve ser iniciado pelo quadro de distribuição. Para isso, devemos seguir os 
seguintes procedimentos: 
 Privilegiar os trajetos mais curtos e evitar cruzamentos de eletrodutos; 
 Interligar os pontos de luz aos eletrodutos embutidos no teto, passando por todas as dependências; 
 Interligar os pontos de comando e pontos de tomada aos pontos de luz de cada dependência 
(eletrodutos embutidos em paredes e/ou no teto); 
 Evitar que caixas octogonais (4” x 4” x 4” com fundo móvel ou 3” x 3” x 2” com fundo fixo) 
embutidas no teto estejam interligadas a mais de cinco eletrodutos; 
 Evitar que caixas retangulares (4” x 4” x 2” ou 4” x 2” x 2”) embutidas na parede estejam ligadas a 
mais do que quatro eletrodutos; 
 Recomenda-se, em alguns casos, que nas instalações de tomadas baixas e médias os eletrodutos 
sejam embutidos no piso. 
Seguindo esses procedimentos, obtemos o seguinte traçado para os eletrodutos, conforme figura abaixo: 
 
FIGURA 7 – Localização dos pontos de instalação elétrica e traçado de eletrodutos (Fonte: Giozzi e Parede, 
2011, pg. 205) 
 
15. REPRESENTAÇÃO DA FIAÇÃO 
 
Com o traçado dos eletrodutos pronto, devemos representar os condutores que passam em cada trecho da 
malha de eletrodutos. Utilizamos os diagramas unifilares e a norma NBR 5444:1989 (simbologia) para isso e 
devemos seguir algumas recomendações: 
20 
 
 Identificar as seções nominais dos condutores9, em mm2 ( = mm2) 
o Condutores de 1,5 mm2 não necessitam de identificação. 
 Identificar o circuito a que os condutores pertencem (exemplo, -1-) e caso seja um circuito de 
iluminação, representar o ponto de luz comandado (exemplo, -1a-). 
 Evitar, preferencialmente, que nos trechos iniciais dos eletrodutos, principalmente na saída do 
quadro de distribuição, passem mais de cinco circuitos. 
 
FIGURA 8 – Representação da fiação (Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 206) 
 
16. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES DOS CIRCUITOS TERMINAIS 
 
Para o dimensionamento dos condutores dos circuitos terminais devem ser levados em consideração alguns 
critérios: Limite de Queda de Tensão, Máxima Condução de Corrente e Tipo de Utilização. 
 
17. CRITÉRIO DO LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO 
 
Se a distância entre os quadros for relativamente pequena, o critério do limite de queda de tensão não é 
determinante no dimensionamento dos condutores. Caso as distâncias sejam maiores, utilizar valores do 
QUADRO 17. 
 
 
 
9 Essa identificação ocorrerá após a etapa de dimensionamento desses condutores. Etapa essa que veremos em 
seguida. 
21 
 
Calcular a queda de tensão unitária 
∆𝑉𝑢𝑛𝑖𝑡 =
𝑒(%) × 𝑉
𝐼𝐵 × 𝐿
 
Onde: 
e(%) é a queda de tensão admissível 
V é a tensão do circuito 
IB é a corrente de projeto 
L é o comprimento do circuito (em km) 
 
Após calcular a queda de tensão unitária, procurar na tabela dos fabricantes, o condutor cuja queda de 
tensão é igual ou imediatamente inferior à calculada. No nosso exemplo, vamos considerar as distâncias 
pequenas, portanto esse critério não será levado em consideração. 
 
18. CRITÉRIO DA MÁXIMA CAPACIDADE DE CORRENTE 
 
Calcular a corrente corrigida 
 
É o mesmo cálculo que fizemos para a entrada da instalação. 
𝐼𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 =
𝐼𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎
𝐹𝐶𝑇 × 𝐹𝐶𝐴
 
 
Fator de Correção da Temperatura (FCT) 
 
Condutores de PVC à temperatura ambiente de 30 ° C  QUADRO 8 (observe figura abaixo com parte do 
quadro) 
TEMPERATURA DA AR (°C) 
ISOLAÇÃO 
PVC EPR ou XLPE 
30 1,00 1,00 
 FCT = 1 (para todos os circuitos) 
 
Fator de Correção de Agrupamento (FCA) 
 
Deve-se seguir o caminho dos circuitos na planta da instalação. Para cada circuito determinar o trecho da 
malha de eletrodutos, no qual ele percorre, que possui a maior quantidade de circuitos agrupados (CA). 
22 
 
A figura abaixo apresenta graficamente o valor de CA para cada circuito da instalação. 
 
FIGURA 9 – Agrupamento de circuitos (Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 208) 
Podemos observar que temos trechos com 1, 2 ou 3 circuitos no máximo. Para descobrir o FCA utilizamos o 
QUADRO 10 (observe figura abaixo): 
REF 
FORMA DE 
AGRUPAMENTO 
DOS 
CONDUTORES 
NÚMERO DE CIRCUITOS OU DE CABOS MULTIPOLARES TABELA 
DOS 
MÉTODOS 
DE 
REFERÊNCIA 
1 2 3 4 5 6 7 8 
9 a 
11 
12 
a 15 
16 
a 19 
 
20 
1 
Em feixe: ao ar 
livre ou sobre 
superfície; 
embutidos; em 
conduto 
fechado 
1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 
Métodos A 
a F 
 
Então temos que calcular a corrente corrigida para cada um dos circuitos. Observe a tabela abaixo: 
23 
 
 
TABELA 10 – Correntes corrigidas dos circuitos terminais 
 
Dimensionamento pela máxima capacidade de corrente 
 
A partir desses valores calculados, vamos obter a seção dos condutores de cada circuito. 
No projeto assumiremos que todos os condutores passam por eletrodutos embutidos em alvenaria. Buscar 
número do método de instalação (QUADROS 11A, 11B, 11C, 11D ou 11E) – Método de instalação número 1 
– Método de referência B1 (QUADRO 11A – observe figura abaixo com parte do quadro) 
 
Utilizar o QUADRO 13A (observe figura abaixo com parte do quadro) para descobrir as seções nominais 
baseado na máxima capacidade de corrente, levando em consideração que temos dois condutores 
carregados. 
FCT FCA
Sala
Quarto
Banheiro
1
Iluminação
Social
160
160
160
420 VA 127 3,31 1,0 0,7 4,73
Cozinha
Área de serviço
2
Iluminação
Social
100
100
200 VA 127 1,57 1,0 0,8 1,96
Sala
Quarto
Banheiro3
Pontos de
Tomada
3 x 100
3 x 100
1 x 600
1200 VA 127 9,45 1,0 0,7 13,50
Cozinha 4
Pontos de
Tomada
3 x 600
1 x 100
1900 VA 127 14,96 1,0 0,8 18,70
Área de serviço 5
Pontos de
Tomada
3 x 600 1800 VA 127 14,17 1,0 1,0 14,17
Chuveiro elétrico 6
Ponto
Específico
6400 6400 W 220 29,09 1,0 1,0 29,09
Torneira elétrica 7
Ponto
Específico
4400 4400 W 220 20,0 1,0 1,0 20,0
Circuito de
Distribuição
CD - 220 62,97 1,0 1,0 62,97
LOCAL CIRCUITO TIPO
13853,47 W
FATOR DE CORREÇÃO
CORRENTE DO CIRCUITO (A)POTÊNCIAS
PARCIAL TOTAL
TENSÃO
(V) CALCULADA CORRIGIDA
24 
 
 
 
19. CRITÉRIO DO TIPO DE UTILIZAÇÃO 
 
Outra forma de obtermos a seção dos condutores de cada circuito é analisar o tipo de utilização de cada 
circuito da instalação. Para isso devemos levar em consideração os seguintes dados: 
 Condutor de cobre 
 Isolação de PVC 
 Temperatura do condutor: 70 ° C 
 Temperaturas de referência do ambiente: 30 °C (ar) e 20 °C (solo) 
 Número de condutores carregados: dois (entre FN e entre FF) 
 Método de referência de instalação B1 (Condutores isolados embutidos em alvenaria) – QUADRO 
11A 
Utilizar o QUADRO 18 (observe figura abaixo com parte do quadro) para obter a dimensão do condutor de 
acordo com o uso. 
 
Na tabela de projeto depois de descobrir as seções pelos dois métodos e utilizar o maior valor entre as duas 
seções. Temos então: 
25 
 
 
TABELA 11 – Seção dos condutores de fase 
 
20. DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES DE NEUTRO E DE PROTEÇÃO 
 
Utilizando o QUADRO 14 e o QUADRO 15 descobrimos as seções dos condutores neutro e de proteção 
(Terra) de cada circuito. 
 
Temos então: 
QUADRO 18 QUADRO 13A
SEÇÃO DE FASE
ADEQUADA
SFASE (mm²) SFASE (mm²) SFASE (mm²)
1
Iluminação
Social
420 VA 127 4,73 1,5 0,5 1,5
2
Iluminação
Social
200 VA 127 1,96 1,5 0,5 1,5
3
Pontos de
Tomada
1200 VA 127 13,50 2,5 1 2,5
4
Pontos de
Tomada
1900 VA 127 18,70 2,5 2,5 2,5
5
Pontos de
Tomada
1800 VA 127 14,17 2,5 1,5 2,5
6
Ponto
Específico
6400 W 220 29,09 2,5 4,0 4,0
7
Ponto
Específico
4400 W 220 20,0 2,5 2,5 2,5
CD - 13853,47 W 220 62,97 2,5 16,0 16,0
CORRENTE
CORRIGIDA (A)
CIRCUITO TIPO
POTÊNCIA
TOTAL
TENSÃO
(V)
26 
 
 
TABELA 12 – Seção dos condutores de fase, neutro e terra 
 
21. COMPLEMENTAR A PLANTA BAIXA 
 
Complementar a planta baixa indicando para cada circuito a seção do condutor e a potência dos pontos de 
tomada que apresentem valor diferente de 100 VA (valor padrão). 
OBS: Não é necessário indicar a seção quando ela for igual a 1,5 mm². 
Temos então: 
SEÇÃO
DA FASE
SEÇÃO DO 
NEUTRO
SEÇÃO DO 
TERRA
SFASE (mm²) SNEUTRO (mm²) STERRA (mm²)
1
Iluminação
Social
420 VA 127 4,73 1,5 1,5 1,5
2
Iluminação
Social
200 VA 127 1,96 1,5 1,5 1,5
3
Pontos de
Tomada
1200 VA 127 13,50 2,5 2,5 2,5
4
Pontos de
Tomada
1900 VA 127 18,70 2,5 2,5 2,5
5
Pontos de
Tomada
1800 VA 127 14,17 2,5 2,5 2,5
6
Ponto
Específico
6400 W 220 29,09 4,0 4,0 4,0
7
Ponto
Específico
4400 W 220 20,0 2,5 2,5 2,5
CD - 13853,47 W 220 62,97 16,0 16,0 16,0
CORRENTE
CORRIGIDA (A)
CIRCUITO TIPO
POTÊNCIA
TOTAL
TENSÃO
(V)
27 
 
 
FIGURA 10 – Planta baixa completa (Fonte: Giozzi e Parede, 2011, pg. 213) 
 
22. DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS 
 
Depois de determinar a seção de todos os condutores dos circuitos, temos que determinar o tamanho 
nominal (diâmetro externo, em mm) dos eletrodutos, para cada trecho da instalação. Temos que observar 
duas condições nesses trechos a serem considerados: trechos onde todos condutores apresentam a mesma 
seção e trechos onde encontramos condutores com seções diferentes. 
Para cada uma dessas situações temos abordagens diferentes. Vejamos as duas abordagens. 
 
Eletrodutos onde todos os condutores apresentam a mesma seção 
 
Utilizar o QUADRO 19 (figura abaixo com parte do quadro), de acordo com a seção nominal dos condutores 
e a quantidade de condutores no eletroduto. 
28 
 
 
Concluímos que: 
Circuitos Condutores Diâmetro do eletroduto (mm) 
5 
7 
3 #2,5 mm² 16 
6 3 #4,0 mm² 16 
CD 4 #16 mm² 25 
 
Esses circuitos apresentam, em todos os trechos de eletroduto a mesma quantidade de condutores. 
 
Eletrodutos onde os condutores apresentam seções diferentes 
 
Primeiramente precisamos calcular a área total ocupada pelos condutores no eletroduto (soma das áreas 
ocupadas por cada condutor). Essa área é calculada levando em consideração o condutor mais a sua 
isolação. Essa informação pode ser obtida no catálogo do fabricante. QUADRO 20 (figura abaixo com parte 
do quadro) fornece um resumo com áreas já calculadas. 
 
Obtemos os seguintes valores: 
 
29 
 
 
Trecho Circuito Condutores 
Área Total dos condutores (ATOTAL_CONDUTORES) 
(utilizando tabela de condutores do fabricante = QUADRO 20) 
A 
(figura 
abaixo) 
1 3 #1,5 mm2 
ATOTAL_CONDUTORES = 3 x 6,2 + 3 x 6,2 + 3 x 9,1 
ATOTAL_CONDUTORES = 18,6 + 18,6 + 27,3 = 64,5 mm2 
1a 3 #1,5 mm2 
3 3 #2,5 mm2 
 
B 
(figura 
abaixo) 
2 3 #1,5 mm2 
ATOTAL_CONDUTORES = 3 x 6,2 + 3 x 9,1 = 18,6 + 27,3 = 45,9 mm2 
4 3 #2,5 mm2 
 
 
Taxa máxima de ocupação do eletroduto 
 
Razão entre a soma das seções dos condutores e a área útil da seção 
transversal do eletroduto, não pode ser superior a: 
 53% - em trecho com somente um condutor 
 31% - em trecho com dois condutores 
 40% - em trecho com três ou mais condutores 
 
Dimensionar diâmetro dos eletrodutos 
 
Utilizar as seguintes expressões: 
𝐴𝐸𝐿𝐸𝑇𝑅𝑂𝐷𝑈𝑇𝑂 =
𝐴𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿_𝐶𝑂𝑁𝐷𝑈𝑇𝑂𝑅𝐸𝑆
% 𝑂𝐶𝑈𝑃𝐴ÇÃ𝑂
 
 
30 
 
𝐷𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 = √
4 × 𝐴𝐸𝐿𝐸𝑇𝑅𝑂𝐷𝑈𝑇𝑂
𝜋
 
Obtemos: 
Trecho 
Área Total 
Condutores 
Área do Eletroduto Diâmetro nominal do eletroduto 
A 64,5 mm2 𝐴𝐸𝐿𝐸𝑇𝑅𝑂𝐷𝑈𝑇𝑂 =
64,5
0,4
= 161,25 𝑚𝑚2 
𝐷𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 = √
4 × 161,25
𝜋
 
𝐷𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 = 14,32𝑚𝑚 
B 45,9 mm2 𝐴𝐸𝐿𝐸𝑇𝑅𝑂𝐷𝑈𝑇𝑂 =
45,9
0,4
= 114,75 𝑚𝑚2 
𝐷𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 = √
4 × 114,75
𝜋
 
𝐷𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 = 12,09 𝑚𝑚 
 
Buscar em tabelas dos fabricantes os eletrodutos com diâmetros nominais comerciais compatíveis com o 
calculado. 
Considerando os diâmetros nominais vistos no QUADRO 19, temos que: 
Trecho A (Circuitos 1, 1a e 3) = DNOMINAL = 16 mm 
Trecho B (Circuitos 2 e 3) = DNOMINAL = 16 mm 
Temos então: 
 
TABELA 13 – Diâmetros dos eletrodutos 
 
23. DIMENSIONAR OS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 
 
A norma indica que é obrigatório o uso de disjuntor residual (DR) de alta sensibilidade (IR = 30 mA) em 
circuitos terminais das tomadas de corrente e pontos de utilização em: 
CIRCUITO TIPO
POTÊNCIA
TOTAL
TENSÃO
(V)
CORRENTE
CORRIGIDA
(A)
SEÇÃO NOMINAL
CONDUTORES FASE,
NEUTRO E TERRA 
(mm²)
DIÂMETRO DOS
ELETRODUTOS 
(mm)
1 Iluminação social 420 VA 127 4,73 1,5 16
2 Iluminação de serviço 200 VA 127 1,96 1,5 16
3 Pontos de tomada 1200 VA 127 13,50 2,5 16
4 Pontos de tomada 1900 VA 127 18,70 2,5 16
5 Pontos de tomada 1800 VA 127 14,17 2,5 16
6 Ponto específico 6400 W 220 29,04 4,0 16
7 Ponto específico 4400 W 220 20,00 2,5 16
CD Circuito de distribuição 13853,47 W 220 62,97 16,0 25
31 
 
 Cozinhas, locais com pisos e/ou revestimentos não isolantes e áreas externas; 
 Tomadas de corrente em área interna que possam ser utilizadas para alimentar algum equipamento 
em área externa; 
 Aparelhos de iluminação instalados em área externa; 
 Banheiros; 
 Instalações alimentadas por rede de distribuição pública onda não puder ser garantidaa integridade 
do condutor PEN (ProtectionEarth+Neutral). 
Circuitos que não se enquadram nas situações anteriores devem ser protegidos por disjuntores 
termomagnéticos (DTM). 
 
Disjuntores Termomagnéticos 
 
Observar o QUADRO 21 para descobrir o tipo de curva para o disjuntor termomagnético (DTM). 
OBS: Em instalações residenciais ou similares é comum utilizar disjuntores termomagnéticos de Curva B, 
porque protegem a instalação de maneira eficaz contra curto-circuitos de baixa intensidade. 
NBR 5410:2004 exige que todo circuito terminal seja protegido contra sobrecorrente por dispositivo que 
assegure o seccionamento simultâneo de todos os condutores fase. 
OBS: dispositivos unipolares montados lado-a-lado com as alavancas de manobra acopladas não são 
considerados dispositivos multipolares. 
 
OBS: em circuitos terminais de instalações residenciais não são utilizados fusíveis, porque eles não garantem 
o seccionamento simultâneo dos condutores fase. 
Vamos apresentar como exemplo o circuito terminal 4 (Pontos de tomada da cozinha). Esse cálculo deve ser 
feito para todos os circuitos terminais. 
Circuito 4: 
 Tipo de proteção disjuntor DR com corrente de projeto (IB) = 18,7 A 
 Condutor = 2,5 mm² 
 Máxima capacidade de corrente do condutor (IZ) = 24 A (QUADRO 13A – figura abaixo com parte do 
quadro) 
 
 
 
32 
 
Correntes possíveis dos dispositivos de proteção (In) devem ser obtidas nos catálogos dos fabricantes. 
Por exemplo (Disjuntor DR Siemens): 
6 – 10 – 13 – 16 – 20 – 25 – 32 – 40 A 
 
Por exemplo (Disjuntor Termomagnético Siemens 5SX1) 
0,5 – 1 – 2 – 4 – 6 – 10 – 13 – 16 – 20 – 25 – 32 – 40 – 50 – 63 – 70 – 80 A 
 
Corrente de Sobrecarga 
 
IB ≤ In ≤ IZ 
IB≤ In, em que IB é a corrente do projeto 
In ≤ IZ, em que IZ é a máxima capacidade de corrente do condutor 
 
Temos então: 
IB ≤ In ≤ IZ 
18,7 ≤ In ≤ 24 
Pelos valores de catálogo In = 20 A 
 
Dimensionamos então, para o circuito 4, um disjuntor DR bipolar com In = 20 A. Calculando para todos os 
circuitos teremos: 
 
 
TIPO POLOS
CORRENTE
NOMINAL
(A)
1
Iluminação
social
420 VA 127 4,73 1,5 20 DTM 1 10
2
Iluminação
de serviço
200 VA 127 1,96 1,5 20 DTM 1 10
3
Pontos de
tomada
1200 VA 127 13,50 2,5 20 DR 2 16
4
Pontos de
tomada
1900 VA 127 18,70 2,5 20 DR 2 20
5
Pontos de
tomada
1800 VA 127 14,17 2,5 20 DR 2 16
6
Ponto
específico
6400 W 220 29,09 4,0 20 DR 2 32
7
Ponto
específico
4400 W 220 20,00 2,5 20 DR 2 25
CD
Circuito de
distribuição
13853,47 W 220 62,97 16,0 25 DTM 2 70
TIPOCIRCUITO
DISJUNTOR
DIAMETRO DO
ELETRODUTO (mm)
SEÇÃO NOMINAL
CONDUTORES FASE,
NEUTRO E TERRA
(mm²)
CORRENTE
CORRIGIDA
(A)
TENSÃO
(V)
POTÊNCIA
TOTAL
33 
 
24. DIAGRAMA UNIFILAR DA INSTALAÇÃO (ENTRADA) 
 
Devemos representar a entrada da instalação por intermédio de um diagrama unifilar. A ideia é representar 
condutores e proteções, desde a rede pública da concessionária até a saída dos circuitos terminais no 
Quadro de Distribuição. A figura abaixo apresenta o diagrama unifilar para o nosso exemplo. 
 
 
34 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
ABNT. NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. 1989. 
CARVALHO JUNIOR, ROBERTO DE. Instalações Elétricas e o Projeto de Arquitetura. Edgard Blucher, 2009. 
COTRIM, ADEMARO A. M. B. Instalações Elétricas. Prentice Hall Brasil, 2008. 
GOZZI, Giuseppe Giovanni Massimo; PAREDE, TeraMihoShiozaki. Eletrônica: máquinas e instalações 
elétricas. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011 (Coleção Técnica Interativa. Série Eletrônica, v. 3) 
LIMA FILHO, Domingos Leite; Projetos de Instalações Elétricas Prediais. São Paulo: Érica, 2008. 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADROS 
 
36 
 
QUADRO 1 – NECESSIDADE DE POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO 
 
ÁREA DO 
CÔMODO 
POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO 
Área < 4 m2 Nenhuma potência de iluminação 
Área ≤ 6 m2 Mínimo de 100 VA e um ponto de luz 
Área > 6 m2 100 VA para os primeiros 6 m2 e 60 VA para cada 4 m2 restantes (partes inteiras) 
QUADRO 1 – Potência de iluminação 
 
QUADRO 2 – PREVISÃO DE PONTOS DE TOMADA 
 
CÔMODO CRITÉRIO PARA QUANTIDADE DE PONTOS DE TOMADA 
Banheiros 
No mínimo um ponto de tomada próximo ao lavatório (distância de pelo 
menos 60 cm do boxe), independente da área 
Cozinhas, copas, copas-
cozinhas, áreas de serviço, 
lavanderias e dependências 
semelhantes 
No mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração, de 
perímetro. 
Acima de bancadas de pia – pelo menos duas tomadas de corrente (no 
mesmo ponto ou separadas) 
Varandas 
No mínimo um ponto de tomada. 
Permite-se que os pontos não sejam instalados na própria varanda 
quando: 
 Não comportar o ponto de tomada 
 For inferior a 2 m2 
 Apresentar profundidade menor que 80 cm 
Demais cômodos e 
dependências 
Área ≤ 2,25 m2 
No mínimo um ponto de tomada (pode ser externo ao 
cômodo a no máximo 80 cm da porta de acesso) 
Área entre 
2,25 m2 e 6 m2 
No mínimo um ponto de tomada 
Área >6 m2 
Um ponto de tomada a cada 5 m, ou fração, do 
perímetro (distribuí-los tão uniformemente quanto 
possível) 
Halls de serviço, salas de 
manutenção e salas de 
equipamentos (casas de 
máquinas, salas de bombas, 
barriletes e locais análogos) 
Mínimo de um ponto de tomada de uso geral, com potência de no mínimo 
de 1000 VA 
Halls, corredores, subsolos, 
garagens, sótãos e varandas 
Pelo menos uma tomada com potência de no mínimo 100 VA 
QUADRO 2 – Previsão de pontos de tomada 
37 
 
QUADRO 3 – POTÊNCIA DOS PONTOS DE TOMADA 
 
CÔMODOS POTÊNCIA DOS PONTOS DE TOMADA 
Banheiros, cozinhas, copas, copas-
cozinhas, áreas de serviço, lavanderias 
e dependências semelhantes 
Quantidade de tomadas até 6: No mínimo 600 VA por tomada, 
até três, e 100 VA por ponto excedente. 
Quantidade de tomadas maior do que 6: admite-se 600 VA nos 
primeiros dois pontos e 100 VA nos excedentes 
Varandas, salas, quartos e demais 
cômodos e dependências 
No mínimo 100 VA por ponto de tomada 
QUADRO 3 – Cálculo da potência dos pontos de tomada 
 
QUADRO 4 – FATOR DE POTÊNCIA POR TIPO DE CIRCUITO 
 
TIPO DE CIRCUITO FP 
Iluminação Incandescente 1,0 
Iluminação Fluorescente 0,5 
Pontos de Tomada 0,8 
QUADRO 4 – Fator de potência por tipo de circuito 
 
QUADRO 5 – FORNECIMENTO E PADRÃO DE ENTRADA 
 
POTÊNCIA ATIVA TOTAL MODALIDADE DE FORNECIMENTO 
Até 5 kW (triângulo) 
Até 12 kW (estrela) 
Modalidade A 
Monofásico dois fios (F + N) 
(127 V) 
Acima de 5 kW (triângulo) 
Até 20 kW (estrela) 
Modalidade B 
Bifásico três fios (2F + N) 
(127/220 V) 
Acima de 20 kW (estrela – aéreo ou 
subterrâneo) 
Triângulo somente quando houver equipamento 
trifásico, motores ou aparelhos 
Modalidade C Trifásico – quatro fios (3F + N) 
QUADRO 5 – Fornecimento e padrão de entrada 
 
 
 
38 
 
QUADRO 6 – FATOR DE DEMANDA PARA PONTOS DE ILUMINAÇÃO E PONTOS DE TOMADA DE USO GERAL 
(g1) 
 
∑ Potências de iluminação e pontos de tomada de uso geral (PI) (W) Fator de Demanda (FD) – g1 
1.000 < PI ≤ 2.000 0,75 
2.000 < PI ≤ 3.000 0,66 
3.000 < PI ≤ 4.000 0,59 
4.000 < PI ≤ 5.000 0,52 
5.000 < PI ≤ 6.000 0,45 
6.000 < PI ≤ 7.000 0,40 
7.000 < PI ≤ 8.000 0,35 
8.000 < PI ≤ 9.000 0,31 
9.000 < PI ≤ 10.000 0,27 
PI > 10.000 0,24 
QUADRO 6 – Fator de demanda para pontos de iluminação e pontos de tomada de uso geral (g1) 
 
QUADRO 7 – FATOR DE DEMANDA PARA PONTOS DE UTILIZAÇÃO ESPECÍFICOS (g2) 
 
N° de 
circuitos 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
Fator de 
demanda 
(FD) – g2 
1,00 1,00 0,84 0,76 0,70 0,65 0,60 0,57 0,540,52 0,49 0,48 
QUADRO 7 – Fator de demanda para pontos de utilização específicos (g2) 
 
39 
 
QUADRO 8 – FATOR DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA (FCT) PARA CONDUTORES EM INSTALAÇÕES NÃO 
SUBTERRÂNEAS 
 
TEMPERATURA DA AR (°C) 
ISOLAÇÃO 
PVC EPR ou XLPE 
10 1,22 1,15 
15 1,17 1,12 
20 1,12 1,08 
25 1,06 1,04 
30 1,00 1,00 
35 0,94 0,96 
40 0,87 0,91 
45 0,79 0,87 
50 0,71 0,82 
55 0,61 0,76 
60 0,50 0,71 
65 - 0,65 
70 - 0,58 
75 - 0,50 
80 - 0,41 
QUADRO 8 – Fator de correção de temperatura (FCT) para condutores em instalações não subterrâneas 
 
 
40 
 
QUADRO 9 – FATOR DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA (FCT) PARA CONDUTORES EM INSTALAÇÕES 
SUBTERRÂNEAS 
 
TEMPERATURA DO SOLO (°C) 
ISOLAÇÃO 
PVC EPR ou XLPE 
10 1,10 1,07 
15 1,05 1,04 
20 0,95 0,96 
25 0,89 0,93 
35 0,84 0,89 
40 0,77 0,85 
45 0,71 0,80 
50 0,63 0,76 
55 0,55 0,71 
60 0,45 0,65 
65 - 0,60 
70 - 0,53 
75 - 0,46 
80 - 0,38 
QUADRO 9 – Fator de correção de temperatura (FCT) para condutores em instalações subterrâneas 
 
41 
 
QUADRO 10 – FATOR DE CORREÇÃO DE AGRUPAMENTO (FCA) DE CONDUTORES 
 
REF 
FORMA DE 
AGRUPAMENTO 
DOS 
CONDUTORES 
NÚMERO DE CIRCUITOS OU DE CABOS MULTIPOLARES TABELA 
DOS 
MÉTODOS 
DE 
REFERÊNCIA 
1 2 3 4 5 6 7 8 
9 a 
11 
12 
a 15 
16 
a 19 
 
20 
1 
Em feixe: ao ar 
livre ou sobre 
superfície; 
embutidos; em 
conduto 
fechado 
1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 
Métodos A 
a F 
2 
Camada única 
sobre parede, 
piso ou em 
bandeja não 
perfurada ou 
prateleira 
1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 
Método C 
3 
Camada única 
no teto 
0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61 
4 
Camada única 
em bandeja 
perfurada 
1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72 
Métodos E 
e F 
5 
Camada única 
sobre leito, 
suporte, etc. 
1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78 
QUADRO 10 – Fator de correção de agrupamento (FCA) de condutores 
 
42 
 
QUADROS11 – DETALHES DOS MÉTODOS DE INSTALAÇÃO DOS CONDUTORES (11A ATÉ 11E) 
 
 
QUADRO 11A – Detalhes dos métodos de instalação dos condutores 
43 
 
 
 
 
QUADRO 11B – Detalhes dos métodos de instalação dos condutores 
44 
 
 
 
QUADRO 11C – Detalhes dos métodos de instalação dos condutores 
 
45 
 
 
 
QUADRO 11D – Detalhes dos métodos de instalação dos condutores 
 
46 
 
 
QUADRO 11E – Detalhes dos métodos de instalação dos condutores 
 
QUADRO 12 – QUANTIDADE DE CONDUTORES CARREGADOS A SER CONSIDERADA 
 
ESQUEMA DE CONDUTORES VIVOS DO 
CIRCUITO 
NÚMERO DE CONDUTORES CARREGADOS A 
SER ADOTADO 
Monofásico a dois condutores 2 
Monofásico a três condutores 2 
Duas fases sem neutro 2 
Duas fases com neutro 3 
Trifásico sem neutro 3 
Trifásico com neutro 3 ou 4 (1) 
(1) Nos quadros de máxima capacidade de corrente não existe coluna para 4 condutores carregados. Se 
esse for o caso, utilize o valor para 3 condutores carregados e aplique um fator de 0,86. 
QUADRO 12 – Quantidade de condutores carregados a ser considerada 
 
47 
 
QUADROS13 – MÁXIMA CAPACIDADE DE CORRENTE (13A ATÉ 13 H) 
 
 
 
QUADRO 13A– Máxima Capacidade de Corrente (Condutor de Cobre / Isolação em PVC / Temperatura 
condutor = 70°C / Temperatura referência ambiente: 30°C ar e 20°C solo) – Métodos A, B, C e D 
 
48 
 
 
 
 
 
QUADRO 13B– Máxima Capacidade de Corrente (Condutor de Alumínio / Isolação em PVC / Temperatura 
condutor = 70°C / Temperatura referência ambiente: 30°C ar e 20°C solo) – Métodos A, B, C e D 
 
49 
 
 
 
 
QUADRO 13C – Máxima Capacidade de Corrente (Condutor de Cobre / Isolação em EPR ou XLPE / 
Temperatura condutor = 90°C / Temperatura referência ambiente: 30°C ar e 20°C solo) – Métodos A, B, C e 
D 
 
50 
 
 
 
QUADRO 13D– Máxima Capacidade de Corrente (Condutor de Alumínio / Isolação em EPR ou XLPE / 
Temperatura condutor = 90°C / Temperatura referência ambiente: 30°C ar e 20°C solo) – Métodos A, B, C e 
D 
 
51 
 
 
 
 
QUADRO 13E – Máxima Capacidade de Corrente (Condutor de Cobre / Isolação em PVC / Temperatura 
condutor = 70°C / Temperatura referência ambiente: 30°C) – Métodos E, F e G 
52 
 
 
 
 
QUADRO 13F– Máxima Capacidade de Corrente (Condutor de Alumínio / Isolação em PVC / Temperatura 
condutor = 70°C / Temperatura referência ambiente: 30°C) – Métodos E, F e G 
 
53 
 
 
 
 
QUADRO 13G– Máxima Capacidade de Corrente (Condutor de Cobre / Isolação em EPR ou XLPE / 
Temperatura condutor = 90°C / Temperatura referência ambiente: 30°C) – Métodos E, F e G 
54 
 
 
 
 
QUADRO 13H– Máxima Capacidade de Corrente (Condutor de Alumínio / Isolação em EPR ou XLPE / 
Temperatura condutor = 90°C / Temperatura referência ambiente: 30°C) – Métodos E, F e G 
 
55 
 
QUADRO 14 – SEÇÃO DO CONDUTOR NEUTRO 
 
SEÇÃO DOS CONDUTORES 
DE FASE (mm²) 
SEÇÃO REDUZIDA DO 
CONDUTOR NEUTRO (mm²) 
S  25 S 
35 25 
50 25 
70 35 
95 50 
120 70 
150 70 
185 95 
240 120 
300 150 
400 185 
QUADRO 14 – Seção reduzida do condutor de neutro 
 
QUADRO 15 – SEÇÃO DO CONDUTOR DE PROTEÇÃO 
 
SEÇÃO DOS CONDUTORES 
DE FASE (mm²) 
SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR DE 
PROTEÇÃO CORRESPONDENTE (mm²) 
S  16 S 
16 <S  35 16 
S > 35 S / 2 
QUADRO 15 – Seção mínima do condutor de proteção 
 
 
56 
 
QUADRO 16 – ESPAÇO MÍNIMO DESTINADO À RESERVA DE CIRCUITOS 
 
QUANTIDADE DE CIRCUITOS 
EFETIVAMENTE DISPONÍVEL (N) 
ESPAÇO MÍNIMO DESTINADO A 
RESERVA (EM NÚMERO DE CIRCUITOS) 
Até 6 2 
7 a 12 3 
13 a 30 4 
N > 30 0,15 N 
QUADRO 16 – Espaço mínimo destinado a reserva 
 
QUADRO 17 – LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO 
 
MEDIÇÃO 
LIMITE DE QUEDA 
DE TENSÃO 
A partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso de 
transformador e propriedade das unidades consumidoras 
7% 
A partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da empresa 
distribuidora de eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado 
A partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador 
próprio 
A partir do ponto de entrega, nos casos de ponto de entrega com 
fornecimento em tensão secundária de distribuição 
5% 
Nos circuitos terminais 4% 
QUADRO 17 – Limite de queda de tensão 
 
57 
 
QUADRO 18 – DIMENSÃO DE CONDUTORES DE ACORDO COM O TIPO DE UTILIZAÇÃO 
 
TIPO DE LINHA UTILIZAÇÃO DO CIRCUITO 
SEÇÃO MÍNIMA DO 
CONDUTOR (mm2) 
COBRE ALUMÍNIO 
Instalações 
fixas em geral 
Condutores e 
cabos isolados 
Circuitos de Iluminação 1,5 16 
Circuitos de força(1) 2,5 16 
Circuitos de sinalização e circuitos de 
controle 
0,5(2) 
Condutores nus 
Circuitos de força 10 16 
Circuitos de sinalização e circuitos de 
controle 
4 
Linhas flexíveis com cabos 
isolados 
Para um equipamento específico 
Como especificado 
na norma do 
equipamento 
Para qualquer outra aplicação 0,75(3) - 
Circuitos a extrabaixa tensão para 
aplicações especiais 
0,75 - 
QUADRO 18 – Dimensão de condutores de acordo com o tipo de utilização 
(1) Circuitos de tomadas de corrente são considerados circuitos de força 
(2) Em circuitos de sinalização e controle destinados a equipamentos eletrônicos, é admitida uma seção 
mínima de 0,1 mm2 
(3) Em cabos multipolares flexíveis com sete ou mais veias, é admitida uma seção mínima de 0,1 mm2 
 
 
58 
 
QUADRO 19 – DIMENSÃO DE ELETRODUTO COM TODOS CONDUTORES DE MESMA SEÇÃO 
 
SEÇÃONOMINAL 
NÚMERO DE CONDUTORES NO ELETRODUTO 
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
TAMANHO NOMINAL DOS ELETRODUTOS 
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20 20 20 
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25 25 25 
4,0 16 16 20 20 20 25 25 25 25 32 32 
6,0 16 20 20 25 25 25 25 32 32 32 32 
10,0 20 20 25 25 32 32 32 40 40 40 40 
16,0 20 25 25 32 32 40 40 40 40 50 50 
25,0 25 32 32 40 40 40 50 50 50 50 50 
QUADRO 19 – Dimensão do eletroduto com todos condutores de mesma seção 
 
QUADRO 20 – ÁREA OCUPADA PELO CONDUTOR 
 
SEÇÃO 
NOMINAL 
(mm²) 
1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70 95 120 
ÁREA 
TOTAL 
(mm²) 
6,2 9,1 11,9 15,2 24,6 33,2 56,7 71,0 95,0 133,0 177,0 214,0 
QUADRO 20 – Área ocupada pelo condutor 
 
QUADRO 21 – DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS (DTM) 
 
TIPO DE CARGA ALIMENTADA PELO CIRCUITO 
TIPO DE DISJUNTOR 
TERMOMAGNÉTICO 
Cargas com características resistivas (lâmpadas incandescentes, 
chuveiros, torneiras, aquecedores elétricos e circuitos de tomadas de uso 
geral) 
Curva B 
Cargas individuais e que apresentem picos de corrente no momento de 
partida (micro-ondas, motores para bombas) 
Curva C 
QUADRO 21 – Disjuntores Termomagnéticos (DTM) 
59