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Criminologia Aula 4: Teorias subculturais e do con�ito Apresentação Nesta aula, você verá a Teoria Subcultural, que analisa o comportamento dos jovens delinquentes. E também conhecerá a Teoria do Con�ito, que parte da constatação da falta de imparcialidade na criação de leis e nos julgamentos. Objetivos Identi�car o direito como fato político; Reconhecer o crime como a manifestação de valores distintos dentro do corpo social; Identi�car a lei penal como instrumento que re�ete os valores da classe dominante. Teoria subcultural Somente título e texto A Teoria Subcultural inicia seus estudos com Cohen e sua análise da delinquência juvenil. Segundo esta teoria a ordem social é formada por um mosaico de grupos e subgrupos, os quais possuem seus próprios códigos de valores, que nem sempre coincidem com os demais, sendo o crime não o produto de “desorganização” ou “falta de valores”, mas re�exo de valores distintos. Fonte: Pxhere. Trata-se de um estudo criminológico especí�co, destinado a estudar o delito como opção coletiva, sendo considerado crime, somente, a manifestação destes valores em condutas consideradas legítimas pelo respectivo grupo, porém não aceitas pela maioria. Apesar de consideradas criminosas as agressões provocadas por esses grupos, não há ausência de valores, mas a exteriorização de princípios especí�cos desenvolvidos por seus integrantes, como o de que suas ideias devem ser defendidas através da força física. Exemplo Podemos citar como exemplos os Hooligans ingleses, grupos violentos de torcidas organizadas semelhantes às do Brasil, porém bem mais agressivas; ou os grupo de jovens cariocas, muitos praticantes de artes marciais, que saem de noite em boates para provocar brigas, conhecidos como pitboys. Subcultura e contracultura Vamos entender cada teoria e identi�car a diferença entre elas: Subcultura As escolas que defendem a subcultura recebem críticas, por ser esta uma teoria muito reducionista. A teoria da subcultura não justi�ca os crimes provocados fora das realidades subculturais. Também considera que nem sempre há coesão de valores dentro do mesmo grupo. Ou seja, é possível que membros do grupo não comunguem com todos os princípios lá desenvolvidos. Isto quer dizer que nem todos os lutadores de jiu-jitsu, por exemplo, se tornarão pitboys. Contracultura De forma diferente, a contracultura é desenvolvida em determinados grupos mais articulados, questionadores e, na maioria das vezes, pací�cos. Esses grupos são formados, por exemplo, por hippies, intelectuais, artistas e ambientalistas. Atenção Enquanto a subcultura não se importa em convencer os demais membros da sociedade sobre seus valores (eles simplesmente agem segundo suas convicções), a contracultura, ainda que passivamente, deseja mudar conceitos, ou pelo menos, que se respeitem os valores desenvolvidos pelo grupo. Teoria do con�ito A teoria do con�ito parte da premissa de que o crime é um fato político, ou seja, ele não existe como fato natural, mas sim pela desobediência a uma norma elaborada através de decisões políticas, que geralmente re�etem ou defendem os interesses da classe dominante. A lei é um instrumento de controle social que visa satisfazer os interesses da classe dominante. Essa teoria desmisti�ca o conceito de que, por vivermos numa democracia, as leis produzidas e as decisões tomadas por nossos governantes são a princípio legítimas, por representarem a vontade e os interesses do povo. Acreditar em tal premissa seria no mínimo ingenuidade. Isto se dá principalmente pelo fato de que quem se encontra no poder, lá deseja permanecer e porque camadas marginais sempre foram um incômodo. (Fonte: Shutterstock). Veri�ca-se uma relação de con�ito permanente, onde a lei e a pena seria tão-somente um novo grau deste mesmo con�ito de poder, onde as autoridades agem mediante a criação, interpretação e aplicação coativa das normas. Tal assertiva é facilmente constatável através de uma rápida análise de alguns dispositivos penais de nosso ordenamento: Clique nos botões para ver as informações. De�ne como hediondo o crime de falsi�cação de produto destinado a �m terapêutico, medicinal, cosmético e até materiais de limpeza (art. 273 e parágrafos do CP), numa “hedionda” desproporcionalidade, com o �m de proteger os interesses de grandes empresas dessas áreas. Art. 1º, VII-B da Lei 8.072/1990 De�ne na �gura do latrocínio a mais grave quali�cadora do homicídio, o qual possui uma pena mínima bem menor (12 anos), sendo naturalmente considerado pelo legislador o patrimônio como o bem jurídico mais relevante para a sociedade (ou para ele), exigindo uma sanção maior (20 anos). Art. 157, parágrafo 3º De�ne os crimes de abuso de autoridade cominando uma pena irrisória de 10 dias a 6 meses, muito menor do que tipos equiparados aplicados a particulares, talvez porque esta lei tenha sido elaborada por autoridades e por isso submetidos a ela. Lei 4.898/1965 Atividade 1. Correlacione: Teoria do con�ito 1 Contracultura 2 a) Parte da premissa de que o crime é um fato político, ou seja, o crime não existe como fato natural, mas sim pela desobediência a uma norma elaborada através de decisões políticas. b) Ainda que passivamente, deseja mudar conceitos, ou pelo menos, que se respeitem os valores desenvolvidos pelo grupo. Notas Cohen 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica ao direito penal: introdução à sociologia do direito penal. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1999. COSTA, Álvaro Mayrink. Criminologia, Vol. I, Tomo I. Rio de Janeiro: Forense, 1982. MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004 Próxima aula Teoria do Processo Social, que parte da veri�cação dos crimes de colarinho branco e desenvolve as Teorias da Aprendizagem, do Controle e do Etiquetamento Explore mais Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Assista ao vídeo: Hooligans. Leia o texto: Teoria da subcultura delinquente. Violência e condição social: o homem é fruto do meio?
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