Escola de Frankfurt

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Filosofia 
 
 
 
ESCOLA DE FRANKFURT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
Introdução......................................................................................................................................2 
 
Objetivos.........................................................................................................................................2 
 
1. A Escola de Frankfurt ................................................................................................................ 2 
 1.1. Sociedade de massa ........................................................................................................ 3 
 1.2. Indústria cultural ............................................................................................................. 3 
 1.3. Razão e a Teoria Crítica ................................................................................................... 3 
 
Exercícios........................................................................................................................................5 
 
Gabarito..........................................................................................................................................5 
 
Resumo...........................................................................................................................................6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Introdução 
Nesta apostila iremos abordar uma outra corrente de pensamento 
importante surgida no século passado, a Escola de Frankfurt. O termo "Escola de 
Frankfurt" se refere aos pensadores e filósofos associados com o Instituto para 
Pesquisa Social de Frankfurt localizado na Alemanha e fundado na década de 1920. 
A corrente filosófica da Escola de Frankfurt tem origem em um momento de 
muita agitação política e econômica vivido na Europa e principalmente, na 
Alemanha, após a Primeira Guerra Mundial. 
 Esses filósofos da Escola de Frankfurt elaboraram a Teoria Crítica, vertente 
filosófica que aponta duas formas da razão: a razão instrumental e a razão crítica. A 
seguir vamos abordar as principais características da Escola de Frankfurt e alguns 
dos conceitos da Teoria Crítica. 
 
Objetivos 
 
• Contextualizar e caracterizar a Escola de Frankfurt 
• Compreender as concepções da Teoria Crítica 
 
1. A Escola de Frankfurt 
 
A Escola de Frankfurt nasceu na década de 1920. Esse nome foi dado ao 
grupo de pensadores alemães do Instituto de pesquisa Social de Frankfurt. A Escola 
tinha um programa que guiava suas condutas, fundamentado na adesão do 
materialismo histórico com a psicanálise de Freud, que trouxe à tona elementos 
novos sobre o psiquismo das pessoas. Outros filósofos e sociólogos também 
influenciavam o pensamento da Escola, tais como, Schopenhauer, Nietzsche, Hegel, 
Kant e Max Weber. 
O grupo possuía uma revista de circulação periódica, na qual eram 
publicados os textos escritos por seus membros. Esse programa seguido pelos 
pensadores da Escola de Frankfurt e sua produção passou a ser reconhecido como 
Teoria Crítica. 
Entre seus membros destacaram-se: Max Horkheimer, Theodor Adorno, 
Herbert Marcuse, Walter Benjamin, Friedrich Pollock, Erich Fromm, Otto Kirchheimer 
e Leo Löwenthal. Apesar das diferenças, identifica-se neles a preocupação comum 
de estudar aspectos variados da vida social a partir de uma perspectiva marxista, a 
fim de compor uma teoria crítica da sociedade. Para isso, investigaram as relações 
existentes entre os campos da economia, da psicologia, da história e da 
antropologia. 
 
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Vejamos algumas de suas concepções principais: sociedade de massa e 
indústria cultural (CONTRIM, 2016). 
 
1.1. Sociedade de massa 
Sociedade de massa é o termo que caracteriza a sociedade atual, na qual o 
avanço tecnológico foi colocado a serviço da reprodução da lógica capitalista, ao 
mesmo tempo em que o consumo e a diversão passaram a ser formas de apaziguar 
os problemas sociais. 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2. Indústria cultural 
Indústria cultural é um conceito difundido por Adorno e Horkheimer para 
designar a indústria para designar a indústria da diversão de massa, veiculada pelos 
mais diversos meios de comunicação. Ou seja, trata-se de uma forma de transformar 
a cultura em mercadoria. Através dessa indústria da diversão se alcançaria o 
controle, a influência, a padronização dos comportamentos e a massificação das 
pessoas (COTRIM, 2016). 
 
1.3. Razão e a Teoria Crítica 
A denominada Teoria Crítica diferencia distintas formas de racionalidade, que 
podemos chamar de: razão instrumental e razão crítica. A razão instrumental é a 
razão técnico-científica, o ajustamento de meios a fins. As ciências e seus avanços 
técnicos são vistos não como um meio de libertação da humanidade, contudo de 
intimidação. Já a razão crítica, ao contrário, avalia e explica os limites e os riscos da 
visão de mundo muito instrumental e utilitarista. 
O avanço da industrialização, a 
concentração de populações nas 
cidades e o surgimento dos meios de 
comunicação de massa são alguns dos 
fatores que contribuíram para a 
massificação das sociedades 
contemporâneas. Isso quer dizer que 
os indivíduos passaram a ser mais 
controlados, e seus gostos e opiniões 
se tornaram mais manipuláveis pelas 
ideologias dominantes em um 
processo de uniformização. Como isso 
se expressa na imagem ao lado? 
(COTRIM, 2016). 
 
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A razão crítica afirma que as mudanças sociais, políticas e culturais só se 
realizarão se tiverem como finalidade a emancipação dos humanos, e não as ideias 
de domínio técnico-científico sobre a natureza, a sociedade e a cultura (CHAUI, 
2013). 
Horkheimer e Adorno denunciavam a morte da razão crítica, sufocada pelas 
relações de produção capitalista. Isso é algo bastante característico dos filósofos da 
escola de Frankfurt: a desesperança em relação à possibilidade de mudança da 
realidade social. Essa desesperança se devia ao diagnóstico realizado por eles, da 
ausência de consciência revolucionária no proletariado, que teria sido moldado e 
absorvido pelo sistema capitalista, seja pelas conquistas trabalhistas alcançadas, 
seja pela alienação de suas consciências, promovida pela indústria cultural (COTRIM, 
2016). 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
 
 
Os filósofos da Escola de Frankfurt ou Teoria Crítica adotam a solução 
hegeliana, mas com uma modificação fundamental: para esses filósofos, Hegel 
engana-se por considerar que a razão (ou o espírito) condiciona a sociedade, a 
economia e a política, e não o contrário. 
Na perspectiva da Teoria Crítica, Hegel está correto quando afirma que as 
mudanças históricas ocorrem pelos conflitos e contradições, mas está enganado ao 
sopor que tais conflitos se dão entre diferentes formas da razão. Esses conflitos se, 
dão nos âmbitos social e político, e são eles que modificam a razão (CHAUI, 2013). 
 
DICA 
 
 
 
 
Os filósofos da Teoria Crítica consideram que existem 
duas modalidades da razão: a razão instrumental ou 
razão técnico-científica, que está a serviço da 
exploração e da dominação, da opressão e da violência, e 
a razão crítica ou filosófica, que reflete sobre as 
contradições e os conflitos sociais e políticos e se 
apresenta como uma força liberadora (CHAUI, 2013). 
A animação “Man” (Homem) produzida em 2012 por 
Steve Cutts, renomado ilustrador e animador inglês, 
conhecido por suas obras polêmicas, faz duras
críticas ao estilo de vida da sociedade atual e é uma 
boa dica para pensarmos alguns aspectos da sociedade 
de massa, como o padrão de consumo e a nossa 
relação com a natureza. O curta já teve mais de 
31 milhões de visualizações no YouTube. 
 
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Exercícios 
1. Relacione o texto da apostila sobre a Escola de Frankfurt com a frase 
abaixo. Apresente seus apontamentos. “O homem é tão bem manipulado e 
ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho.” 
Theodor Adorno 
 
2. Qual a relação existente entre a charge a seguir e uma das principais 
concepções da Escola de Frankfurt? Justifique sua resposta. 
 
 
 
3. Aponte três características principais da Escola de Frankfurt. 
 
Gabarito 
1. Para Theodor Adorno, importante filósofo da Escola de Frankfurt, o 
homem, na Indústria Cultural, é um instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, 
objeto. Tudo que ele fará, fará segundo uma ideologia dominante. A Indústria 
Cultural, que tem com guia a racionalidade técnica esclarecida, prepara as mentes 
para um esquematismo que é oferecido para os seus usuários como um “conselho 
de quem entende”. O consumidor não precisa se dar ao trabalho de pensar, é só 
escolher. 
 
2. Para os pensadores da Escola de Frankfurt, o termo “indústria 
cultural” seria a transformação da cultura em mercadoria e o seu uso pela classe 
dominante com a finalidade de construir ideologias e controlar a sociedade. Sendo 
assim, os meios de comunicação são uma indústria cultural, usados para controlar a 
sociedade de massa. A charge tenta demonstrar como os meios de comunicação 
 
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manipulam a população. 
 
3. É uma teoria crítica da sociedade; união do materialismo marxista 
com a psicanálise; estuda conceitos de sociedade de massa e indústria cultural. 
 
Resumo 
A Escola de Frankfurt é a Teoria Crítica da sociedade. O contexto de 
surgimento dessa Escola se dá a partir das transformações ocorridas na Europa após 
Primeira Guerra Mundial. Nessa linha de pensamento, os diversos aspectos sociais e 
culturais são despidos de sua aparência inocente e entendidos como meios de 
massificação social e dominação política. Entre as principais contribuições dessa 
linha filosófica, estão as concepções de sociedade de massa e indústria cultural. 
 
 
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Referências bibliográficas 
 
CHAUI, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio, volume único – 2. ed. – São Paulo : Ática, 2013. 
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de filosofia -- 4. ed. -- São Paulo: Saraiva, 2016. 
 
Referências imagéticas 
 
Figura 01. Disponível em: http://tribunadoceara.uol.com.br/blogs/socializando/artigos/o-poderio-
abstruso-da-comunicacao-de-massa/