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Atividade PF Filosofia Política

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM 
INSTITUTO DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS 
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Disciplina: Filosofia Política
Docente responsável: José Celso Mello Sampaio Filho
Discente: Yanka da Silva e Silva
 
	A ESCOLA DE FRANKFURT
	 A Escola de Frankfurt foi uma escola de pensamento sociólogo e filosófico, filiada ao instituto de Pesquisa Social, que nasceu como um projeto de intelectuais vinculados à Universidade de Frankfurt, na Alemanha. É a denominação informal para a escola de teoria social interdisciplinar. Tinha como objetivo estabelecer um novo parâmetro de análise social com base em releitura do marxismo.
 A teoria estabelecida pelos intelectuais da Escola de Frankfurt é chamada de teoria crítica por dois motivos: primeiro, porque faz uma crítica social do desenvolvimento intelectual da sociedade que reflete sobre as teorias iluministas; e em segundo lugar, porque propõe uma leitura crítica do marxismo, com novas propostas para além dele sem perder de vistas os principais ideais da esquerda. A diferença entre a filosofia crítica e a filosofia tradicional é que, enquanto a filosofia tradicional é neutra em seu uso, a crítica busca analisar as condições sociopolíticas e econômicas de sua aplicação, visando à transformação da realidade. 
 Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor W. Adorno (1903-1969) são os principais representantes da escola, fundada em 1924 na Universidade de Frankfurt, na Alemanha. No local, um conjunto de teóricos, entre eles, Walter Benjamin (1892-1940), Jurgen Habermas (1929), Herbert Marcuse (1898-1979) e Erich Fromm (1900-1980), desenvolveram estudos de orientação marxista. 
 Adorno e Horkheimer definiram indústria cultural como um sistema político e econômico que tem por finalidade produzir bens de cultura – filmes, livros, música popular, programas de TV etc. – como mercadorias e como estratégia de controle social. 
 Os meios de comunicação de massa, como TV, rádio, jornais e portais da internet, são propriedades de alguma empresa, que possuem interesse em obter lucros e manter o sistema econômico vigente que as permitem continuarem lucrando. Então, vendem-se filmes e seriados norte-americanos, músicas e novelas, não como bens artísticos ou culturais, mas como produtos de consumo que, neste aspecto, em nada se diferenciam de sapatos ou sabão em pó. Com isso, em vez de contribuírem para formar cidadãos críticos, manteriam as pessoas alienadas da realidade.
 Na reflexão empreendida pelos teóricos da Escola de Frankfurt após a Segunda Guerra Mundial, a barbárie da perseguição nazista e da criação da câmara de gás (uma invenção feita para matar de maneira mais eficaz, rápida, e sem muitos gastos) era a comprovação de que não havia um progresso, mas sim, um regresso social.
Porém, existem outros registros mais resistes sobre a história da criação da Escola de Frankfurt. O socialismo estava sendo fortemente debatido na Europa após a Revolução Russa, dividindo os intelectuais quanto à aplicação ou não dos ideais socialistas na política europeia. Uma visão que se sobressaía era a de que o marxismo já não satisfazia as necessidades do século XX, que eram outras e iam além da relação entre trabalhador e burguesia no mundo da industrialização.
 Nesse sentido, o intelectual judeu argentino, radicado na Alemanha, Felix Weil, organizou a Primeira Semana de Trabalho Marxista, um evento que reuniu intelectuais marxistas em Frankfurt no ano de 1922. Uma das propostas da semana foi colocada em prática no ano seguinte: a criação do Instituto de Pesquisa Social. O instituo foi patrocinado por Herman Weil, pai de Félix, e subsidiado pelo governo alemão. 
No início, o instituto foi gerido pelo sociólogo Kurt Albert Gerlach, que faleceu ainda no primeiro ano de gestão. O instituto ficou vinculado à Universidade de Frankfurt, justificando o título de dado ao conjunto de seus pensadores da Escola de Frankfurt, décadas mais tarde. Entre 1923 e 1930, a gestão do instituto ficou a cargo de Karl Grumberg.
 Em 1930, foi criado um escritório do instituto em Genebra, que passou a abrigar a sede da instituição após a perseguição e o fechamento da escola pelos nazistas, em 1933. Somente em 1950, com a efetiva retomada das atividades do instituto, é que ele passou a chamar-se Escola de Frankfurt.
 Entre os anos 70 e 80, os Frankfurtianos foram muito criticados por uma visão reducionista dos receptores, graças a pesquisas que demonstraram que as pessoas são tão manipuláveis quanto Adorno achava na época. Além disso, nem toda produção cultural se resume à indústria. 
 O que une a produção intelectual da Escola de Frankfurt é a teoria crítica. Todos se dedicaram a construir teorias críticas contra o capitalismo e a atualizar as leituras sobre o marxismo, criando nossas alternativas ao socialismo marxista que se encaixassem no século XX. O aspecto cultural foi um dos mais debatidos pelos pensadores da instituição. Seria necessário olhar para a cultura a fim de perceber que as bases da sociedade capitalista somente eram tão sólidas por conta da disseminação de uma cultura que favorecia o capitalismo. 
 Como a Escola de Frankfurt perdura desde a década de 1930, vários pensadores formaram-se lá e produziram suas teorias com bases parecidas às deles. No entanto, a diferença entre gerações é um traço extremamente marcante das teorias produzidas por eles.
 A primeira geração era composta pelos filósofos e sociólogos Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Erich Fromm, Otto Kirchheimer, Friedrich Pollock e Leo Löwenthal. Esses pensadores compuseram as primeiras bases do pensamento frankfurtiano e da teoria crítica, além de receberem importantes contribuições de teóricos associados ao Instituto de Pesquisa Social, como Walter Benjamin e Ernst Bloch.
 Já a segunda geração era formada pelos filósofos e sociólogos Axel Honneth, Albrecht Wellmer, Jürgen Habermas, Oskar Negt, Franz Neuman e Alfred Schmidt.
 O conceito de indústria cultural surgiu no livro Dialética do esclarecimento e foram escritos pelos filósofos e sociólogos da primeira geração, Theodor Adorno e Max Horkheimer. Para eles, uma das maneiras de dominação capitalista se daria pela cultura. Adorno e Horkheimer entenderam que havia dois tipos de cultura autêntica: a cultura erudita e a cultura popular.
 A cultura erudita é aquela produzida por uma elite intelectual, mais refinada e menos intuitiva. Essa cultura teria um valor estético maior, visto que é mais elaborada. A cultura erudita seria o escape para que a intelectualidade se desenvolvesse plenamente, e, na visão dos autores, ela deveria ser ampliada.
 Já a cultura popular, era uma forma autentica de fazer-se arte e cultura vinculadas às outras culturas tradicionais dos povos. 
 Por último, falamos da cultura de massa. Pois diferente dos outros dois tipos, ela é inautêntica. Sendo fruto de uma fusão de elementos da cultura erudita e da popular e da possibilidade de alta reprodutibilidade técnica, a cultura de massa seria um recurso capitalista para vender uma forma inferior de arte que, ao mesmo tempo, manteria a população sob controle. A indústria cultural se limitaria a levar o entretenimento como se fosse arte ao consumidor, que se sentiria satisfeito ao deparar-se com elementos aparentemente agradáveis e de fácil consumo.
A maior parte dos escritos da Escola de Frankfurt foi publicado na revista científica do grupo “Zeitschrift für Sozialforschung”. Após isso, ela foi denominada por “Studies in Philosophy and Social Science” (Estudos de Filosofia e Ciência Social).

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