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UNP - UNIVERSIDADE POTIGUAR ESCOLA DA SAÚDE CURSO DE PSICOLOGIA 6NA INTERRVENÇÕES ANALITICO-COMPORTAMENTAL DISCENTE: LUAN MARTINS UNIDADE – II Eliana Tomais da Silva Francisca Gyslane Isabela Larissa Silvio Jordão de Araújo Mossoró-2019 ESTUDO DE CASO INTRODUÇÃO: Em algumas literaturas como a de Gentil (1997) a ansiedade vem sendo definida como um estado emocional desagradável, que vem acompanhado de um desconforto somático, que guarda relação com o medo. Geralmente esse estado emocional é relacionado a um evento futuro. Para Skinner (1953) O construto ansiedade, necessariamente envolve o anúncio de que algum evento aversivo vai ocorrer. Em outras palavras, sua definição implica um futuro carregado de adversidade. No entanto, para uma análise científica, a explicação do comportamento por eventos futuros é bastante imprecisa. O Senso comum traz alguns desconfortos presentes na ansiedade como por exemplo: frio na barriga, coração apertado, nó na garganta, mãos suadas e um sentido como paralisante. Os componentes respondentes da emoção na ansiedade são um conjunto de respostas eliciadas por um estímulo aversivo com uma função incondicional ou condicional. Inicialmente, essas respostas se fazem presentes pela eliciação incondicional como uma função do estímulo incondicional. O ambiental é um fator importantíssimo uma emoção eliciada pode não ser a mesma eliciada por outra, por mais que compartilhe os componentes respondentes. Quando uma pessoa relatar que se senti “ansiosa” ao saber que irá fazer uma prova importante ou ao encontrar alguém querido ou até mesmo descobrir que está grávida. Agrupar as emoções nessas condições todas e descrevê-las como “ansiedade” é uma simplificação enganadora. Tais distinções são importantes, para que estejamos interessados na compreensão e na alteração dessas condições (Skinner, 2000). Na avaliação funcional da ansiedade é preciso descrever a interferência que ocorre no repertório geral e, também, como ela se manifesta em termos de frequência e intensidade a partir de entrevista clínica ou inventários formais e informais. Essa análise deve produzir dados sobre a condição eliciadora (específica ou generalizada), a condição reforçadora (reforço positivo e negativo), sobre o tipo (antecipatória ou circunstancial), a duração (passageira ou duradoura), a intensidade, a imprevisibilidade e seus impactos na qualidade de vida da pessoa (Andrade et. al. 1997; Castillo, Recondo, Asbahr, & Manfro, 2000). A ansiedade deve ser considerada um problema a partir do momento que ela passa a prejudicar as interações sociais e o desempenho da pessoa em suas atividades cotidianas. QUEIXA PRINCIPAL A queixa principal é a dificuldade em conseguir ter uma vida social saudável, o paciente não estabelecer contato visual com grupos de pessoas com suspeitas de que as mesmas estão o observando. Observou-se também uma angustia profunda pelo fato de se sentir incapaz de se relacionar com as pessoas de maneira que isso não provoque uma tempestade de sensações que levam a sintomas psicossomáticos. O medo de apresentar algum sintoma ou mesmo de desmaiar na frente das pessoas provoca ainda mais um agravamento na sua ansiedade. Sua fala de que desde sua infância não consegue apresentar-se em público é uma queixa também de sua vida adulta o que levou a desenvolver um transtorno que debilita sua autonomia. CONTINGÊNCIAS (ANTECEDENTES + CONSEQUENTES) A história de vida do sujeito e um resgate a suas condições antecedentes, a hipótese diagnóstica tratar de um ambiente familiar disfuncional na infância onde o mesmo presenciou ou viveu vários tipos de violência física e psicológica. Causando no mesmo medo insegurança, retraimento social e isolamento. Não tendo apoio familiar ,escolar e psicológico, para tratar dos seus transtornos não mentais, alguns desses fatores contribuíram para que o sujeito na fase adulta tenha dificuldade em relacionamentos pessoais e profissional, dificultando dessa forma de atingir objetivos e metas estabelecidos em sua vida. O cliente apresentou sensibilidade afetiva, emocional, insegurança e auto aprovação. Houve a necessidade de investigar a história de vida do sujeito, afim de identificar o que causou o transtorno de ansiedade social, pois precisamos tratar o sujeito como um todo. PLANEJAMENTO INTERVENTIVO Através do relato do mesmo e das observações e análise clínica nas terapias foram definidas duas metas de terapia pra ajudar o indivíduo na sua reinserção social, o tratamento cognitivo da TAC fica inicialmente na modificação de pensamentos mal adaptados que tem sido efetivo para o comportamento de evitação social. Também usaremos o tratamento comportamental pois o mesmo baseia-se na exposição gradual a situação temida, faremos essa exposição respeitando o tempo do paciente. Durante as sessões de terapia será proposto para o sujeito que o mesmo realize algumas atividades diárias que o ajudarão de maneira significativa como: reduzir o uso do óculos escuros, pedir para que faça uma apresentação para os componentes da sua família, como a sua mãe, a esposa e os filhos (se o mesmo for pai), mas que antes dele fazer isso, que o mesmo treine essa auto apresentação com apoio de um espelho, para que gradativamente ele possa perder essa fobia de contato com as pessoas e possibilitar a esse indivíduo uma melhora na interação social, mas sempre respeitando os seus limites e de maneira simplificada para que o seu nível de ansiedade não atrapalhe a sua evolução expondo o mesmo aos seus medos para que esse enfrentamento o ensine meios de controlar suas emoções negativas e que ele lide com essas situações REFERENCIAS: Andrade, L. H. S. G., Lotufo-Neto, F.; Gentil, V.; Maciel, L. M. A.; Shavitt, R.G. (1997). Pânico, Fobia e Obsessões: A experiência do projeto AMBAN. São Paulo: EDUSP. Castillo, A. R. G. L., Recondo, R., Asbahr, F. R., Manfro, G. G., (2000). Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria, 22 (2), 20-23. Gentil, V. (1997). Ansiedade e Transtornos Ansiosos. In: Valentim Gentil, Francisco Lotufo-Neto e Márcio Antonini Bernik (org.): Pânico, Fobias e Obsessões. São Paulo: Edusp Skinner, B. F. (1953). Science and human behavior. New York: Macmillan. Skinner. B. F (2000). Ciência e Comportamento Humano. Tradução João Carlos Todorov, Rodolfi Azzi. 10ª ed. São Paulo: Martins Fontes. (Publicação original de 1953).
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