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KULTIVI www.kultivi.com TÍTULOS DE CRÉDITO DIREITO EMPRESARIAL baixe e salve em seu aparelho digital WWW.KULTIVI.COM Os ebooks interativos da Kultivi são uma boa ferramenta para aprofundar seus estudos com comodidade e garantia de conteúdo gratuito de qualidade. Nos preocupamos em separar os melhores materiais para complementar o assunto tratado no ebook e, por isso, você terá indicação de artigos, vídeos, cursos e livros. Bastará clicar na área indicada para ter acesso. Aproveite para estudar gratuitamente com os cursos online da Kultivi. Basta acessar www.kultivi.com e se cadastrar. Compartilhe o ebook com seus amigos e #boraestudar :) a kultivi direitos de uso tempo de leitura facilitando 8 min indicações de livros A Kultivi é um projeto que produz conteúdo educacional gratuito com rigoroso controle de qualidade nas mais variadas áreas. Todas as aulas, dicas, reportagens, entrevistas, materiais de apoio, etc, postados na Kultivi são 100% gratuitos e não há qualquer surpresa para o usuário durante o período de uso. Material para distribuição gratuita. É expressamente proibida sua comercialização. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida integral ou parcialmente por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Kultivi. A violação dos direitos autorais é crime, de acordo com o previsto no Código Penal e na Lei 9.610/98. Títulos de Crédito | Direito Empresarial WWW.KULTIVI.COM O art. 887 do Código Civil diz que “o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei”. Fábio Ulhoa Coelho os conceitua os títulos de crédito asseverando que “são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com a própria obrigação, mas se distinguem dela na exata medida em que as representam” (Coelho). Em outras palavras, título de crédito é um documento necessário para o exercício de direito literal e autônomo nele mencionado. para aproveitar melhor o conteúdo desse ebook, se inscreva no curso 100% gratuito para Concursos da Kultivi :) O que são títulos de crédito ? WWW.KULTIVI.COM princípios aplicáveis Princípio da cartularidade O credor de um título de crédito deve estar na posse do documento (cártula) para exigir o seu direito. “Sem o preenchimento dessa condição, mesmo que a pessoa seja efetivamente a cre- dora, não poderá exercer o seu direito de crédito valendo-se dos benefícios do regime jurídico-cambial” (Coelho). Hoje este princípio admite exceções devido às constantes inovações tecnológicas. O próprio Código Civil, no art. 889, parágrafo terceiro, prevê que “o título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração iminente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo”. Princípio da literalidade Somente é considerado o que está expresso no título. Não há que se levar em conta o que está gravado em outros documentos, mesmo que ao título se refira. Quem adquire o título está adquirindo o que está literalmente descrito na cártula. Marcelo Bertoldi exemplifica o princípio dizendo que “se um aval for dado em documen- to em apartado do título, este será considerado inexistente como aval, visto que, para ser considerado, deverá constar no próprio título a assinatura do avalista”. WWW.KULTIVI.COM princípios aplicáveis Princípio da autonomia Entende-se que as obrigações representadas por um mesmo título de crédito são inde- pendentes entre si. Se uma delas foi nula ou anulável, o seu vício não comprometerá as demais obrigações constantes do mesmo título. O princípio da autonomia se desdobra em outros dois princípios: (1) o da abstração, que dá relevância à ligação entre o título de crédito e a relação, ato ou fato jurídico que deram origem à obrigação por ele representada. Assim, o título pode se desvincular da obrigação que o originou; e (2) o da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé, que se trata do aspecto processual do princípio da autonomia, circunscrevendo as matérias que poderão ser arguidas como defesa pelo devedor de um título de crédito executado. Por isso, o devedor do título não poderá se opor ao terceiro de boa-fé para pagamento do título, somente ao credor originário, em cuja obrigação se deu a origem do título. WWW.KULTIVI.COM classificação São inúmeras as classificações apresentadas na doutrina. Aqui, ficaremos com as classifi- cações didaticamente sistematizadas na obra de Marcelo Bertoldi. Ao portador: não consta no documento o nome do beneficiário. Aquele que porta o doc- umento fará jus ao benefício. São transferíveis por mera tradição. Nominativos: o nome do beneficiário consta no título. Para que ele possa circular é necessário o endosso do credor para o seu sucessor. Abstratos (não causais): os títulos não possuem vinculação com a causa que lhes deu origem. O cheque é um exemplo de título de crédito não causal. Causais: estão vinculados às causas que lhes deram origem. Exemplo é a duplicata, que é emitida somente na compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços. Próprios: representam uma legítima operação de crédito. Pagamento diferido em relação ao tempo. Exemplo: nota promissória. Impróprios: não é operação de crédito. O pagamento não se difere no tempo. É ordem de pagamento à vista. Exemplo: cheque. Vinculados: os seus formatos obedecem a padrões fixados previamente. As partes não poderão mudar sua formatação sob pena de invalidação. O cheque é o exemplo clássico. Livres: os formatos não são completamente rígidos, podem ser alterados para atender às necessidades dos interessados. Exemplo: nota promissória. WWW.KULTIVI.COM endosso O credor de um título de crédito nominativo à ordem pode transmitir os seus direitos de crédito a outra pessoa. Isto ocorre através do endosso. O antigo credor é o endossante e o novo credor é o endossatário. Neste caso, o endossante ficará vinculado ao pagamento do título. Endosso em branco: o endossatário não é identificado na transferência. O título se tor- na um título ao portador. Endosso em preto: há identificação expressa do endossatário. Endosso impróprio: a posse do título é transferida sem que o direito ao crédito também o seja. Ocorre no “endosso-mandato” e no “endosso-caução”. aval O aval serve para um terceiro garantir total ou parcialmente um título de crédito em favor de um terceiro devedor. Materializa-se pela assinatura do avalista na face ou no verso do título, com ou sem a expressão “por aval”. Pode também trazer a expressão “por aval de”, é o caso do chamado “aval preto”, pois identifica o avalizado. protesto Fábio Ulhoa Coelho leciona que o protesto é “o ato praticado pelo credor, perante o com- petente cartório, para fins de incorporar, ao título do crédito, a prova de fato relevante para as relações cambiais, por exemplo, a falta de aceite ou pagamento”. ação cambiária É o instrumento através do qual se cobra judicialmente um título de crédito. É uma ação de execução, vez que os títulos de crédito são títulos executivos extrajudiciais. No entan- to, prescrita a ação cambiária o credor poderá ajuizar ação monitória ou de conhecimen- to. WWW.KULTIVI.COM espécies de títulos de crédito São inúmeros os títulos de crédito existentes. Aqui trataremos apenas dos mais conheci- dos e, consequentemente, de maior possibilidade de cobrança em Concursos. Letra de câmbio É uma ordem de pagamento emitida de uma pessoa a outra, perante a qual possui um crédito, para que esta pague a um terceiro a quantia indicada. Foi criada para facilitar o comércio entre os povos. O diploma legal que regula o instituto é a Lei Uniformede Genebra, promulgada pelo Decreto 57.663/67. Sacador: é a pessoa que emite a ordem de pagamento. Sacado: é a pessoa para quem a ordem de pagamento é dirigida. Tomador: é o favorecido pela ordem de pagamento. Requisitos essenciais: para que a letra de câmbio seja válida e eficaz deverá atender aos seguintes requisitos: a) Denominação “letra de câmbio” expressa no título, no mesmo idioma do documento; b) Ordem incondicional de pagamento com valor determinado; c) Nome e identificação (endereço, CPF, etc.) de quem deve pagar; d) Nome e identificação do favorecido (tomador); e) Data do saque. Se não houver, o pagamento deverá ser realizado à vista; f) Assinatura do sacador. Aceite: é a concordância do sacado. A partir do aceite o sacado se torna devedor princi- pal, ficando obrigado a pagar o beneficiário. WWW.KULTIVI.COM Dica - Letra de Câmbio O portador da letra de câmbio poderá preenchê-la (quando estiver em branco) ou com- pletá-la (quando faltarem informações). É o que preconiza a Lei Uniforme de Genebra e o Código Civil Brasileiro. Neste ponto, ensina Bertoldi: “o portador que recebe letra faltando qualquer de seus requisitos poderá preenchê-lo, presumindo-se estar praticando tal ato como procurador do sacador, desde que o faça de boa-fé. Desta forma, aquele título que a princípio não continha todos os seus requisitos, e, se fosse apresentado para protesto ou cobrança, não teria os predicados inerentes aos títu- los de crédito, passa a conter todos os requisitos essenciais para tanto”. Nota promissória A nota promissória é uma promessa de pagamento realizada por uma pessoa em favor de outrem. Requisitos a) Expressão “nota promissória” no título; b) Promessa incondicional de pagar a quantia determinada; c) Nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; d) Data e local do saque; e) Assinatura e identificação do subscritor. Ao contrário do que ocorre na letra de câmbio, na nota promissória não há a necessi- dade do aceite. WWW.KULTIVI.COM Cheque Fábio Ulhoa Coelho leciona que “o cheque é uma ordem de pagamento à vista, sacada contra um banco e com base em suficiente previsão de fundos depositados pelo sacador em mãos do sacado ou decorrente de contrato de abertura de crédito entre ambos”. Nota-se no conceito que o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Mesmo que out- ra seja a data colocada quando do seu preenchimento não restará alterada essa carac- terística. Coelho destaca que “um cheque pós-datado é pagável em sua apresentação, à vista, mesmo que esta se dê em data anterior àquela indicada como a de sua emissão”. Requisitos a) Denominação “cheque” no documento; b) Ordem incondicional de pagar a quantia determinada; c) Nome e identificação do sacado (banco); d) Data da emissão; e) Assinatura do emitente. Cheque sem fundos Gera sanções administrativas, como inscrição no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos e impossibilidade de receber novo talonário; pode gerar reprimenda penal, pelo crime de fraude no pagamento por meio de cheque. calena.araujo020@gmail.com WWW.KULTIVI.COM Duplicata É um título de crédito à ordem e formal, originado necessariamente de um contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. “É um documento formal na me- dida em que, para a sua validade, deverá conter alguns requisitos formais” (Bertoldi). Requisitos a) Expressão “duplicata”; b) Data da emissão; c) Número de ordem; d) Número da fatura; e) Vencimento; f) Nome e identificação do vendedor e do comprador; g) Valor em algarismos e por extenso; h) Praça do pagamento; i) Cláusula “à ordem”: a duplicada quando endossada poderá circular. Não é possível duplicata “não a ordem”, que não admite endosso; j) A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite; k) Assinatura do emitente. Fatura: é o documento que traz a descrição da compra e venda ou prestação de serviço que fizeram surgir a duplicata. WWW.KULTIVI.COM acompanhe a kultivi ajude a manter a kultivi no ar objetivos restrições pagar profissionais manter estrutura física manutenção do servidor serviços básicos melhorias de sistema e tecnologia nenhum valor será revertido em lucro Você pode nos ajudar a manter o projeto no ar e contribuir para a transformação na vida das pessoas através do ensino. Todos os valores arrecadados serão destinados a manutenção e melhoria do projeto. Nada será revertido como lucro. Para mais informações, clique no botão abaixo. Não deixe de nos seguir nas redes sociais. Postamos diversos conteúdos exclusivos, além de avisar sobre novos cursos e ferramentas de estudos. 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