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Esquizofrenia, Transtornos de Humor e Ansiedade

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Transtornos da Esquizofrenia
Prof. Luana Metta
Esquizofrenia
A principal, mas não única, forma de síndrome psicótica, por sua frequência e sua importância clínica;
Classicamente são diagnosticado pela presença de sintomas intitulados de primeira ordem, proposição do psicopatólogo Kurt Schneider;
Esquizofrenia
Sintomas de primeira ordem:
a. Percepção delirante  alteração da sensopercepção e do pensamento, em que se atribui o significado anormal a uma percepção absolutamente normal;
b. Alucinações auditivas  vozes que comentam ou comandam as ações do paciente;
c. Eco do pensamento ou sonorização do pensamento  o paciente ouvir seus pensamentos ao pensa-los;
Esquizofrenia
Sintomas de primeira ordem:
d. Difusão do pensamento  crença de que outros ouvem seus pensamentos;
e. Roubo do pensamento  experiência em que o indivíduo tem a sensação de que seu pensamento foi extraído de sua cabeça, como se fosse roubado;
f. Vivencias de influência corporal ou ideativa  ter a crença de que algo externo age sobre seu corpo e/ou sobre os pensamentos;
Esquizofrenia
Existem os sintomas de segunda ordem, que teriam importância secundária ou periférica, mas que também podem ser considerados na avaliação do paciente;
Sendo eles: perplexidade, outras alterações da sensopercepção, vivências de influência no campo do sentimento, impulsos e vontades incontroláveis, vivência de empobrecimento afetivo, intuição delirante e alterações do ânimo;
Tipos de esquizofrenia
Classicamente, psicopatólogos distinguiram quatro tipos de esquizofrenia:
a. Paranóide  caracterizada por alucinações e ideias delirantes, principalmente caracterizadas por conteúdos persecutórios;
b. Catatônica  marcada por alterações motoras, hipertonia, flexibilidade cerácea, negativismo, mutismo impulsividade;
Tipos de esquizofrenia
c. Hebefrênica  caracterizada por pensamento desorganizado, comportamento bizarro e afeto pueril;
d. Simples  sem sintomas específicos, mas que ocorrem lento e progressivo empobrecimento psíquico e comportamental, com negligencia quantos aos cuidados de si, embotamento afetivo e distanciamento social
Outras diferenciações da Esquizofrenia
Outra distinção que se faz é acerca dos sintomas principais, que podem ser de três tipos:
Sintomas negativos ou síndrome negativa ou deficitária;
Sintomas positivos ou síndrome positiva ou produtiva;
Sintomas ou síndrome desorganizados;
Sintomas negativos ou síndrome negativa ou deficitária
Caracterizam-se pelas perdas de funções psíquicas e pelo empobrecimento global na vida afetiva, cognitiva e social do paciente;
Os principais sintomas serão apresentados a seguir;
Sintomas negativos ou síndrome negativa ou deficitária
1. Distanciamento afetivo  inabilidade de sintonizar afetivamente com pares;
2. Retração social  o paciente isola-se de convívio social;
3. Empobrecimento da linguagem e do pensamento;
4. Diminuição da fluência verbal;
Sintomas negativos ou síndrome negativa ou deficitária
5. Diminuição da vontade  dificuldade ou incapacidade de realizar ações, tarefas, por não conseguir iniciar, organizar, monitorar ou persistir;
6. Negligência quanto a si;
7. Lentificação e empobrecimento psicomotor  restrição do repertório gestual e motor.
Sintomas positivos ou síndrome positiva ou produtiva
Tratam-se de manifestações novas, floridas e produtivas do processo esquizofrênico;
Seus principais sintomas são:
1. Alucinações;
Sintomas positivos ou síndrome positiva ou produtiva
2. Idéias delirantes  delírios de conteúdo perseguição, de referência, de influência ou controle, de grandeza, religioso, de ruína, de culpa, de negação dos órgãos, etc;
(Deve-se considerar a falsidade do conteúdo, mas sobretudo a justificativa para a crença, o tipo de evidência que lhe assegura que as coisas são assim – principio da certeza)
Sintomas positivos ou síndrome positiva ou produtiva
3. Comportamento bizarro  atos impulsivos e incontroláveis;
4. Agitação psicomotora;
5. Ideias bizarras;
6. Neologismos ou Jargonofasias  novas produções linguísticas.
Sintomas ou síndrome desorganizada
Predominantemente com desorganização mental e comportamental;
Os sintomas principais são:
1. Pensamento progressivamente desorganizado  leve até total desagregação, que gera um pensamento totalmente incompreensível;
Sintomas ou síndrome desorganizada
2. Comportamentos desorganizados  comumente comportamentos sociais e sexuais inadequados, agitação psicomotora, vestimenta e aparências visivelmente incomuns;
3. Afeto inadequado  rotineiramente ambivalente ou descompassado com o contexto;
4. Afeto pueril  de aspecto visivelmente infantilizado.
Transtornos de humor
Professora: Luana Metta
Introdução
Euforia ou alegria patológica + elação (expansão do Eu) são fatores patogenéticos da síndromes maníacas;
Esta quase sempre presente o Taquipsiquismo;
Introdução
Comportamental: são pacientes alegres, brincalhões ou irritados e arrogantes;
Além de alteração do humor (distimia hipertímica) e do ritmo psíquico, vê-se também alterações do pensamento, em geral superficial e impreciso;
Principais sintomas
Aumento da auto-estima (sentimentos de superioridade e onipotência);
Elação (expansão e engrandecimento do eu);
Insônia (diminuição da necessidade de sono);
Loquacidade ou Logorréia (aumento da produção verbal, em alguns casos com perda da compreensão)
Principais sintomas
Pressão para falar (tendência irresistível de falar);
Distraibilidade (atenção voluntaria diminuída e espontânea aumentada);
Agitação psicomotora
Irritabilidade
Principais sintomas
Arrogância;
Heteroagressividade;
Desinibição social e sexual (comportamentos inadequados em seu meio social, os quais não realizaria em período assintomático interfásico)
Principais sintomas
Tendência exagerada a comprar objetos ou doar pertences;
Ideias de grandeza, poder e importância social, que podem chegar a delírios de grandeza ou de poder e alucinações (especialmente auditivas, com conteúdos de grandeza);
Subtipos de síndromes maníacas
Os principais subtipos são:
Mania franca ou grave;
Mania irritada ou disfórica;
Mania mista;
Hipo (episódio hipomaníaco);
Ciclotimia;
Mania com sintomas psicóticos;
Transtornos bipolares.
Mania franca ou grave
Forma mais intensa;
Sintomas: taquipsiquismo, agitação psicomotora, heteroagressividade, fuga de ideias e delírio de grandeza;
Mania irritada ou disfórica
Há predominância de irritabilidade, mau humor e hostilidade alodirigida;
Pode ocorrer heteroagressividade e destruição de objetos;
Mania mista
Misto de sintomas maníacos (agitação, irritabilidade, logorréia, elação) + depressivos (ideias de culpa, desanimo, tristeza, ideias de suicidio);
Podem ocorrer concomitantemente ou alternando-se rapidamente;
Mania mista
Sintomas frequentes:
Pensamento ou comportamento confuso;
Agitação psicomotora;
Distúrbios do apetite;
Ideação suicida;
Sintomas psicóticos (incomum).
Hipomania
Forma atenuada do episódio maníaco;
Verifica-se que há mais disposição do que o normal, fala muito, conta piadas, faz muitos planos e não se ressente com dificuldades e limites da vida;
Hipomania
Diminuição do sono associado a sensação de não sentir-se cansado em atividades e desejar fazer mais ainda podem estar presentes;
Hipomania não produz disfunção social importante, mas deve-se estar atento;
Ciclotimia
Sintomas leves de depressão seguidos, em periodicidade variável, de certa elação e discreta elevação humoral (hipomania);
Não há episódio completo de depressão ou mania;
Ciclotimia
Os períodos de fase depressivos assemelham-se à distimia;
Nas fases hipomaníacas o paciente apresenta autoconfiança, aumento da sociabilidade, da atividade laboral e da criatividade;
Mania com sintomas psicóticos**
Episódio maníaco grave com sintomas psicóticos;
Especialmente delírios de grandeza ou poder e/ou delírios místicos, com alucinação auditiva e visual;
Mania com sintomaspsicóticos**
Nesses quadros é comum o comportamento alterado, com agitação psicomotora e desinibição social e/ou sexual importante 
**(DSM V – Transtorno Esquizoafetivo)
Transtornos bipolares
Os transtornos bipolares caracterizam-se por seus caráter fásicos, com períodos interfásicos assintomáticos;
Os subtipos do transtorno bipolar são:
Tipo I;
Tipo II;
Afetivo bipolar, tipo “ciclador” rápido.
TB tipo I
Tipo clássico de Transtorno bipolar;
Verifica-se fases depressivas leves a graves, intercalados com fases de normalidade e fases maníacas (graves) bem características;
TB tipo II
Neste caso, verifica-se fases depressivas leves a graves, intercalados com fases de normalidade e fases hipomaníacas;
Diagnóstico diferencial com episódio depressivo ou transtorno depressivo recorrente;
Transtorno afetivo bipolar, Ciclador rápido
Neste quadro ocorrem muitas fases depressivas, maníacas, hipomaníacas ou mistas;
Em curto período de tempo, com breve remissão;
Transtorno afetivo bipolar, Ciclador rápido
Deve verificar se o paciente apresentou pelo menos quatro episódios bem caracterizados e distintos de mania, ou hipomania, e/ou depressão;
Nos últimos doze meses;
Introdução
Do ponto de vista psicopatológico, as síndromes depressivas têm como elementos mais salientes o humor triste e o desânimo, que refletem uma distimia hipotímica;
Introdução
 Entretanto, elas caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas que vão além do afetivos, tais como cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade;
Introdução
Em casos graves podem-se visualizar sintomas psicóticos (delírios e/ou alucinações), marcante alteração psicomotora (geralmente lentificação ou estupor) e fenômenos biológicos (neuronais ou neuro-endócrinos) associados;
Introdução
 Nós estudaremos, por questões didáticas, os agrupamentos de sinais e sintomas segundo a área psicopatológica envolvida, os principais elementos das síndromes depressivas.
Sintomas afetivos
- Tristeza, sentimento de melancolia;
- Choro fácil e/ou frequente;
- Apatia (indiferença afetiva; “Tanto faz como tanto fez.”);
Sintomas afetivos
- Sentimento de falta de sentimento (“E terrível: não consigo sentir mais nada!”);
- Sentimento de tédio, de aborrecimento crônico;
- Irritabilidade aumentada (a ruídos, pessoas, vozes, etc.);
- Angústia ou ansiedade, Desespero e Desesperança;
Alterações da esfera Instintiva e Neurovegetativa
- Anedonia (incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida);
- Fadiga, cansaço fácil e constante (sente o corpo pesado);
- Desânimo, diminuição da vontade (hipobulia; “Não tenho pique para mais nada.”);
- Insônia ou hipersomnia
- Perda ou aumento do apetite
Alterações da esfera Instintiva e Neurovegetativa
- Constipação, palidez, pele fria com diminuição do turgor
- Diminuição da libido (do desejo sexual)
- Diminuição da resposta sexual (disfunção erétil, orgasmo retardado ou anorgasmia);
Alterações ideativas
- Ideação negativa, pessimismo em relação a tudo
- Ideias de arrependimento e de culpa
- Ruminações com mágoas antigas
- Visão de mundo marcada pelo tédio (“A vida é vazia, sem sentido; nada vale a pena.”)
- Ideias de morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre
- Ideação, planos ou atos suicidas
Alterações cognitivas e de Autovaloração
- Déficit de atenção e concentração
- Déficit secundário de memória
- Dificuldade de tomar decisões
- Pseudodemência depressivas*
*(síndromes depressivas com sintomas predominantemente cognitivos que sugiram um quadro demencial, mas que são reversíveis após o tratamento da depressão)
Alterações cognitivas e de Autovaloração
- Sentimento de auto-estima diminuída
- Sentimento de insuficiência, de incapacidade
- Sentimento de vergonha e autodepreciação
Alterações da volição e da psicomotricidade
- Tendência a permanecer na cama por todo o dia (com o quarto escuro, recusando visitas, etc.);
- Aumento na latência entre as perguntas e as respostas;
- Lentificação psicomotora até o estupor;
Alterações da volição e da psicomotricidade
- Estupor hipertônico ou hipotônico;
- Diminuição da fala, redução da voz, fala muito lenta;
- Mutismo (negativismo verbal);
- Negativismo (recusa à alimentação, à interação pessoal, etc.);
Sintomas Psicóticos*
- Ideias delirantes de conteúdo negativo:
• Delírio de ruína ou miséria
• Delírio de culpa
• Delírio hipocondríaco e/ou de negação dos órgãos
• Delírio de inexistência (de si e/ou do mundo)
Sintomas Psicóticos*
- Alucinações, geralmente auditivas, com conteúdos depressivos
- Ilusões auditivas ou visuais
- Ideação paranóide e outros sintomas psicóticos humor-incongruentes
* (Comum nos quadros mais severos de depressão, apenas)
Marcadores biológicos
- Inversão cronobiológica (p. ex., da arquitetura do sono, com diminuição da latência para o primeiro ciclo de sono REM);
- Ausência de resposta ao teste de supressão do cortisol pela dexametasona;
- Em depressões graves: SPECT, PET – hipofrontalidade;
- Em depressões graves: ventrículos e sulcos alargados, redução do volume do hipocampo;
- Em adultos maduros ou idosos: sinais de alterações vasculares;
Subtipos de síndromes e transtornos depressivos
 A ordenação da depressão em vários subtipos é um desafio psicopatológico permanente;
 Os subtipos de síndromes e transtornos depressivos mais utilizados na prática clínica são:
1. Episódio ou fase depressiva e transtorno depressivo recorrente
2. Distimia
3. Depressão atípica
4. Depressão tipo melancólica ou endógena
5. Depressão psicótica
Subtipos de síndromes e transtornos depressivos
 A ordenação da depressão em vários subtipos é um desafio psicopatológico permanente;
 Os subtipos de síndromes e transtornos depressivos mais utilizados na prática clínica são:
6. Estupor depressivo
7. Depressão agitada ou ansiosa
8. Depressão secundária ou orgânica
Episódio depressivo e transtorno depressivo recorrente
No episódio depressivo, evidentes sintomas como: humor deprimido, anedonia, fatigabilidade, diminuição da concentração e da auto-estima, ideias de culpa e de inutilidade, distúrbios do sono e do apetite, devem estar presentes por pelo menos duas semanas;
Mas não mais que por dois anos de forma ininterrupta. Os episódios duram geralmente entre 3 e 12 meses (com mediana de seis meses);
Episódio depressivo e transtorno depressivo recorrente
Quanto aos episódios depressivos, é conveniente ressaltar que:
1) O episódio depressivo é classificado pela CID-10 em leve, moderado ou grave, de acordo com o número, a intensidade e a importância clínica dos sintomas;
2) Quando o paciente apresenta, ao longo de sua vida, mais de um episódio depressivo, que nunca foram intercalados por episódios maníacos ou hipomaníacos, faz-se estão o diagnóstico de transtorno depressivo recorrente;
Distimia
Trata-se de uma depressão crônica, geralmente de intensidade leve, muito duradoura;
Os sintomas depressivos mais comuns são diminuição da auto-estima, fatigabilidade aumentada, dificuldade em tomar decisões ou se concentrar, mau humor crônico, irritabilidade e sentimento de desesperança;
 Os sintomas devem estar presentes de forma ininterrupta por, pelo menos, dois anos.
Depressão atípica
É um subtipo de depressão que pode ocorrer em episódios depressivos de intensidade leve a grave, em transtorno unipolar ou bipolar;
 Além dos sintomas depressivos gerais, ocorrem:
- Aumento do apetite (principalmente para doces, chocolate) e/ou ganho de peso;
Depressão atípica
 Além dos sintomas depressivos gerais, ocorrem:
- Hipersomnia (>10h/dia ou duas horas a mais que quando não-deprimido);
- Sensação do corpo muito pesado (paralisia plúmbea ou inerte);
- Sensibilidade exacerbada a “indicativos” de rejeição;
- Reatividade do humor aumentada (melhora rapidamente com eventos positivos e também piora rapidamente com eventos negativos);
- Fobias e aspecto histriónico (afetação, teatralidade, sugestionabilidade) associados;Depressão psicótica
É uma depressão grave, em que ocorrem associados aos sintomas depressivos, um ou mais sintomas psicóticos;
 Tais como delírio de ruína ou culpa, delírio hipocondríaco ou de negação de órgãos ou alucinações com conteúdos depressivos;
Depressão psicótica
Sintomas psicóticos e conteúdo negativo, depressivo, são classificados como sintomas psicóticos humor-congruentes (de culpa, doença, morte, punição, etc.);
 Sintomas psicóticos não sejam de conteúdo negativo, são denominados sintomas psicóticos humor-incongruentes (delírio de perseguição, de inserção de pensamentos, auto-referentes, etc.);
Estupor depressivo
Estado depressivo grave, o paciente permanece dias na cama, em estado de catalepsia (imóvel; em geral rígido);
Com negativismo que se exprime pela ausência de respostas às solicitações, geralmente em mutismo, recusando alimentação, muitas vezes urinando e defecando no leito;
O paciente pode desidratar e vir a falecer por complicações clínicas (pneumonia, insuficiência pré-renal, desequilíbrios hidroeletrolíticos e inanição).
Transtornos de ansiedade
Professora: Luana Metta
O que é ansiedade, em psicopatologia?
Ansiedade é um estado de humor desconfortável;
 Verifica-se apreensão negativa em relação ao futuro e inquietação interna desagradável;
O que é ansiedade, em psicopatologia?
Inclui manifestações somáticas e fisiológicas (somatofisiológicas), acompanhado também de sintomas psíquicos;
Sintomas mentais
Sintomas somáticos
Inquietação interna
Taquicardia, palpitações,opressão torácica
Medo difuso e impreciso
Desconforto respiratório
Apreensão desagradável
Sudorese (fria)
Preocupações exageradas
Parestesias
Insegurança
Tensão muscular (dificuldade para relaxar)
Irritabilidade
Dores musculares, cefaleia eprecordialgia(dorno coração)
Dificuldade para se concentrar
Tontura, tremedeira, secura na boca, palidez, acessos de calor
Insônia
Epigastralgias(dor no abdômen), náuseas ediarréias
Termos populares: Nervosismo ou agonia, coisa ruim na cabeça
Termospopulares: gastura,repuxamentonos nervos
O que é ansiedade, em psicopatologia?
  Verifica-se que este humor é esperado em situações da vida, como em situações de análise e julgamento, bem como diante de novas experiências;
O que é ansiedade, em psicopatologia?
 Contudo, em níveis de intensidade elevada e alta duração da vivência da ansiedade, a mesma traz prejuízos ao indivíduo o que pode acarretar o desenvolvimento de um transtorno de humor, relacionado a ansiedade;
Síndromes ansiosas
 As síndromes ansiosas são ordenadas por dois grandes grupos:
a) quadros em que a ansiedade é constante e permanente, que reflete, por exemplo, o Transtorno de Ansiedade Generalizada;
Síndromes ansiosas
 As síndromes ansiosas são ordenadas por dois grandes grupos:
b) quadros em que há crises de ansiedade abruptas e intensas, chamadas crises de ansiedade ou de pânico, que de modo repetitivo podem acarretar o Transtorno de pânico;
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Ansiedade Generalizada
Caracteriza-se pela presenta de sintomas ansiosos excessivos;
Na maior parte dos dias, por no mínimo seis meses;
 A pessoa comporta-se de maneira tensa, preocupada, nervosa ou irritada;
Ansiedade Generalizada
 É frequente sintomas como insônia, dificuldades em relaxar, angústia constante, irritabilidade aumentada e dificuldades em se concentrar;
 Sintomas somáticos também são esperados: cefaleia, dores musculares, queimação no estomago, taquicardia, tontura, formigamentos (parestesias) e sudorese fria;
Ansiedade Generalizada
Para o diagnóstico é necessário avaliar se traz prejuízo e sofrimento clinicamente significativo;
 E se há prejuízo na vida social e ocupacional do indivíduo;
Transtorno de Pânico
Crises de ansiedade, pânico e Transtorno de Pânico
 Verifica-se em alguns casos crises intermitentes, essas crises são chamadas de crise de ansiedade ou de pânico;
 As crises de pânico são crises intensas de ansiedade, nas quais verifica-se atividade do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático);
Crises de ansiedade, pânico e Transtorno de Pânico
 Ocorrem os sintomas somáticos comuns. Além destes os pacientes podem experimentar a despersonalização, nos casos mais graves;
 Caracteriza-se como uma sensação de cabeça “ficar leve”, o corpo “ficar estranho”, sensação de perda de controle de si, estranhar-se a si mesmo;
Crises de ansiedade, pânico e Transtorno de Pânico
 Também pode ocorrer desrealização, que reflete-se numa sensação de que um ambiente familiar não o é mais, descaracterização do e com o ambiente;
 Há um medo aumentado de um infarto, de morrer e/ou enlouquecer;
Crises de ansiedade, pânico e Transtorno de Pânico
 Estas ocorrem, comumente, em situações com aglomerados sociais, que gerem sensações de sentir-se “preso”;
 Em congestionamentos de transito, supermercados, shoppings e em situações de ameaça;
Crises de ansiedade, pânico e Transtorno de Pânico
O Transtorno do Pânico caracteriza-se quando as crises estão recorrentes;
Com o desenvolvimento de medo de ter novas crises, associada a preocupações sobre as possíveis implicações da crise e sofrimento subjetivo significativo;
Crises de ansiedade, pânico e Transtorno de Pânico
A Síndrome ou Transtorno do Pânico pode ou não ser acompanhada de Agorafobia, fobia de lugares amplos e aglomerações;
 No DSM-V a Agorafobia, que antes era associada ao Pânico, agora é desvinculada a ele enquanto um diagnóstico em separado;
Intervenções
Intervenções 
As intervenções em transtornos de ansiedade, pânico e fobias são:
Farmacológicas;
Psicoterapêuticas;
Terapias alternativas.
Farmacoterapia
Beta-bloqueadores: medicamentos que atuam sobre os sintomas somáticos (propanalol, atenolol) ;
 Risco: depressão a longo prazo;
Farmacoterapia
Benzodiazepínicos: sedativos e ansiolíticos (clonazepam);
Inibidores seletivos da receptação de serotonina: antidepressivo (paroxetina, fluoxetina, citalopram, mirtazapina, sertralina e fluvoxamina)
Psicoterapia
Sabemos da existência de diversas abordagens psicoterapêuticas voltadas ao tratamento do transtorno de ansiedade, pânico e fóbicos;
Ressalta-se a Terapia Cognitivo Comportamental por sua comprovada eficácia;
TCC no tratamento
Utiliza especialmente os seguintes recursos:
Psicoeducação (psicoprofilaxia e biblioterapia);
Técnicas de relaxamento muscular e controle respiratório;
Exposição interoceptivas e gradual in vivo, raramente inundação;
Reestruturação cognitiva;
Treino de Assertividade e HS e Modelação;
Cartões de enfrentamento e outros.
Terapias alternativas
Meditação
Massoterapia
Acupuntura
Equoterapia
Terapia assistida com animais
Atividades físicas
Etc.
Síndromes de uso e abuso de substâncias
Introdução
Os quadros de intoxicação, abuso e dependência de substâncias psicoativas caracterizam-se por uma forma particular de relação entre os seres humanos e as substâncias químicas que apresentam ação sobre o sistema nervoso central (SNC);
Uma substância psicoativa e qualquer substância química que, quando ingerida, modifica o funcionamento do SNC;
Introdução
São substancias psicoativas, por exemplo: álcool, maconha, cocaína, café, chá, diazepam, nicotina, heroína, etc;
As substancias psicoativas produzem, de modo geral, uma sensação de prazer ou excitação, cuja correspondência cerebral esta vinculada as chamadas áreas de recompensa do cérebro, como o nucleus accumbens, a área tegumentar e o lócus cerúleos;
Introdução
As teorias sobre adicção ou dependência de substâncias psicoativas versam a respeito desde possíveis mecanismos:
Neurobiológicos;
Teorias de comportamento aprendido e mecanismos de memória;
Teorias psicodinâmicas, psicossociais, sociológicas e antropológicas;
Conceitos importantes
A intoxicação, quadro comum em situação de abuso de substância;
É definida como uma síndrome reversível específica (prejuízo do nível de consciênciae outras alterações cognitivas, beligerância, agressividade e/ou humor instável) causada por substancia psicoativa recentemente ingerida;
Conceitos importantes
O abuso de substâncias psicoativas ocorre quando há uso recorrente ou continuo de uma substancia psicoativa, uso este que e lesivo ou mal-adaptativo;
Tal uso produz prejuízos ao sujeito em sua vida familiar, no trabalho ou na escola;
Também ocorre de forma recorrente em situações nas quais há perigo para a integridade física do sujeito e pode implicar problemas legais;
Conceitos importantes
O conceito de uso nocivo de uma substancia psicoativa é mais restrito que o de abuso;
 Refere-se a um padrão de uso que causa dano a saúde física ou mental;
Conceitos importantes
Outro conceito importante é o de Fissura (correspondente ao craving, em inglês) e o termo que se dá ao desejo intenso de usar uma substancia;
Essa palavra (fissura) era utilizada apenas pelos usuários de substâncias, mas atualmente foi incorporada pela terminologia técnica.
Conceitos importantes
Com o termo binge, descrevem-se os episódios de uso intenso e compulsivo de uma substancia;
Conceitos importantes
A tolerância refere-se à diminuição do efeito de uma substancia apos repetidas administrações;
O organismo passa a necessitar de quantidades cada vez maiores da substancia para que se obtenha o mesmo nível inicial de seu efeito;
As substâncias que produzem tolerância tendem a gerar mais dependência física;
Conceitos importantes
A síndrome de abstinência trata-se do conjunto de sinais e sintomas que ocorrem horas ou dias apos o individuo cessar ou reduzir a ingestão da substancia que vinha sendo consumida geralmente de forma pesada e continua;
Conceitos importantes
Observam-se com certa frequência os seguintes sintomas gerais de abstinência: ansiedade, inquietação, náuseas, tremor, sudorese, podendo, nos casos muito graves, ocorrer convulsões, coma e morte;
Conceitos importantes
A dependência a substâncias psicoativas define-se como um padrão mal-adaptativo de uso de substâncias em que há repercussões psicológicas, físicas e sociais que resultam da interação entre o ser humano e uma substancia psicoativa;
Conceitos importantes
Há, na dependência, um grande envolvimento do sujeito com a substância;
Há um gasto de tempo em excesso (e interesse afetivo) em atividades que implicam a obtenção ou o consumo da substancia;
Embora o indivíduo possa ter consciência (mesmo que apenas parcial) dos problemas físicos, psicológicos e sociais que a substancia produz em sua vida, o uso permanece continuo.
Conceitos importantes
Dependência física  estado de adaptação do corpo manifestado por distúrbios físicos quando o uso da substancia é interrompido;
Dependência comportamental ou psíquica  chamada de habituação, trata-se da compulsão pela substância, buscando o individuo a obtenção de prazer ou a diminuição de desconforto;
Outros sinais comuns é a obsessão pela substância e a diminuição da auto-estima;
Síndromes de abuso de substância
Alcoolismo ou Síndrome de Dependência de Álcool
O álcool é uma substancia que produz, ao longo dos anos, significativa tolerância e dependência física;
O abuso caracteriza-se por um padrão de ingestão repetitiva da bebida (avaliação qualitativa);
Alcoolismo ou Síndrome de Dependência de Álcool
Já a síndrome de dependência de álcool (SDA) é definida como um estado psíquico e físico resultante da ingestão repetitiva de álcool;
Inclui-se aqui a compulsão para ingerir bebidas alcoólicas de modo continuo ou periódico, havendo a perda do controle;
Alcoolismo ou Síndrome de Dependência de Álcool
Características:
1) Empobrecimento do repertório  redução dos interesses do individuo por questões não relacionadas a substância;
2) Relevância da bebida;
3) Aumento da tolerância ao álcool;
Alcoolismo ou Síndrome de Dependência de Álcool
4) Sintomas repetitivos de abstinência;
5) Esquiva ou busca de alívio para os sintomas de abstinência;
6) Compulsão para beber;
7) Reinstalação mais rápida da tolerância após a abstinência;
8) Negação;
Dignos de nota são o delirium tremens e a alucinose alcoólica;
Delirium tremens
Forma grave de síndrome de abstinência ao álcool;
Ocorrem os sintomas clássicos do delirium (rebaixamento do nível de consciência, confusão mental, desorientação temporoespacial, etc.);
Associado a intensas manifestações autonômicas (como tremores, febre, sudorese profusa, etc.), ilusões e alucinações visuais e táteis marcantes;
Alucinose Alcoólica
Caracteriza-se por alucinações auditivas de vozes que falam do paciente em terceira pessoa, de modo pejorativo;
Outras síndromes de substância
Devidos ao uso de:
Opiáceos;
Os opióides podem ser naturais (morfina, codeína), semissintéticos (heroína) ou sintéticos (meperidina, metadona, fentanil etc.) derivados do ópio; 
Sintomas incluem sedação e apatia, disforia ou irritabilidade, agitação ou retardo psicomotor, fala arrastada, comprometimento de memória e atenção, bradicardia, arritmias cardíacas e convulsões.;
Outras síndromes de substância
Devidos ao uso de:
Canabinóides;
Efeito euforizante, relaxamento, diminuição da ansiedade, alterações da percepção temporal e espacial, aumento da percepção das cores, sons, textura e paladar, além de aumento do apetite;
Outras síndromes de substância
Também ocorre hiperemia conjuntival e midríase, leve taquicardia, boca seca, tremores de mãos, alteração da coordenação motora, da atenção e da memória e diminuição da força muscular. Pode haver ansiedade, reações agudas tipo pânico, experiências de despersonalização e desrealização, além de ideias autorreferentes e alucinações.
Outras síndromes de substância
Devidos ao uso de:
Sedativos e hipnóticos (benzodiazepínicos)
 Provocam sedação, sonolência e relaxamento muscular, além de comprometimento cognitivo e do desempenho psicomotor. Podem ocorrer excessiva sedação, ataxia, confusão e estupor e, em alguns casos, alterações comportamentais e agressividade
Outras síndromes de substância
Devidos ao uso de:
Cocaína e outros estimulantes, inclusive a cafeína
Os estimulantes do SNC incluem cocaína, anfetamina e substâncias anfetaminoides (usadas como anorexígenos);
Outras síndromes de substância
Devidos ao uso de:
Os efeitos psíquicos mais comuns são humor eufórico ou irritado, hipervigilância, ansiedade, medo, tensão, comprometimento da capacidade de julgamento, comportamentos estereotipados e agitação psicomotora (retardo psicomotor é bem menos frequente). Pode haver também ideias autorreferentes e de conteúdo persecutório, alucinações, crises de pânico e heteroagressividade.
Outras síndromes de substância
Devidos ao uso de:
Alucinógenos
 Os efeitos dependem da sensibilidade individual à droga, do estado psíquico e das condições ambientais nas quais se deram o uso, resultando em experiências agradáveis ou desagradáveis;
Outras síndromes de substância
Intensificação da percepção de cores, sons, odores e paladares, alteração da percepção têmporo-espacial e da imagem corpórea, alucinações (visuais são as mais frequentes), alterações qualitativas e quantitativas das emoções, estados de exaltação e misticismo até ansiedade, angústia, medo e pânico. Também pode haver ideias delirantes agudas, habitualmente com conteúdo grandioso ou persecutório. Sintomas psicóticos, de ansiedade e depressão graves podem estar presentes;
Transtorno de oposição desafiante
Definição
Distúrbio infantil e síndrome comportamental caracterizado pelo comportamento desafiador e desobediente em relação às figuras de autoridade;
A causa do transtorno desafiador de oposição é desconhecida, porém provavelmente envolve uma combinação de fatores genéticos e ambientais;
Definição
Os sintomas geralmente começam antes dos oito anos de idade na criança;
Incluem humor irritável, comportamento desafiador e argumentativo, agressão e desejo de vingança que duram maisde seis meses e causam problemas significativos em casa ou na escola;
Manifestações
No comportamento:
agressão,
automutilação,
comportamento antissocial,
gritos,
Impulsividade,
irritabilidade
Manifestações
No humor:
Ansiedade,
Raiva,
Depressão,
Desatenção.
Critérios diagnósticos
A. Um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis meses, como evidenciado por pelo menos quatro sintomas de qualquer das categorias seguintes e exibido na interação com pelo menos um indivíduo que não seja um irmão.
Humor Raivoso/Irritável 
1. Com frequência perde a calma. 
2. Com frequência é sensível ou facilmente incomodado. 
3. Com frequência é raivoso e ressentido. 
Critérios diagnósticos
Comportamento Questionador/Desafiante 
4. Frequentemente questiona figuras de autoridade ou, no caso de crianças e adolescentes, adultos. 
5. Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade. 
6. Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas. 
7. Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento. 
Índole Vingativa 
8. Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses. 
Critérios diagnósticos
B. A perturbação no comportamento está associada a sofrimento para o indivíduo ou para os outros em seu contexto social imediato (p. ex., família, grupo de pares, colegas de trabalho) ou causa impactos negativos no funcionamento social, educacional, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
C. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno psicótico, por uso de substância, depressivo ou bipolar. Além disso, os critérios para transtorno disruptivo da desregulação do humor não são preenchidos. 
Prevalência
A prevalência varia de 1 a 11%, com uma prevalência média estimada de 3,3%.
Aparentemente, é mais prevalente em indivíduos do sexo masculino do que em indivíduos do sexo feminino (1,4:1) antes da adolescência;
Essa predominância do sexo masculino não é encontrada de forma consistente em amostras de adolescentes ou de adultos. 
Fatores de risco e Prognóstico
Temperamentais: Fatores temperamentais relacionados a problemas de regulação emocional (p. ex., níveis elevados de reatividade emocional, baixa tolerância a frustrações) são preditivos do transtorno;
Fatores de risco e Prognóstico
Ambientais: 
Práticas agressivas, inconsistentes ou negligentes de criação dos filhos são comuns em famílias de crianças e adolescentes com transtorno de oposição desafiante, sendo que essas práticas parentais desempenham papel importante em muitas teorias causais do transtorno;
Fatores de risco e Prognóstico
Genéticos e fisiológicos:
Uma série de marcadores neurobiológicos (p. ex., menor reatividade da frequência cardíaca e da condutância da pele; reatividade do cortisol basal reduzida; anormalidades no córtex pré-frontal e na amígdala) foi associada ao transtorno de oposição desafiante; 
Mas não está claro se existem marcadores específicos para o transtorno de oposição desafiante;
Diagnóstico diferencial
TOD x Transtorno de conduta:
Ambos se colocam em conflitos com adultos e figuras de autoridade;
TOD não inclui agressão a pessoas ou animais, destruição de propriedade ou um padrão de roubo ou de falsidade; 
Além disso, o transtorno de oposição desafiante inclui problemas de desregulação emocional (i.e., humor raivoso e irritável) que não estão inclusos na definição de transtorno da conduta.
Diagnóstico diferencial
Transtorno explosivo intermitente x TOD:
- O transtorno explosivo intermitente (Síndrome do “pavio curto”) também envolve altas taxas de raiva;
 
- No entanto, indivíduos com esse transtorno apresentam agressão grave dirigida a outros, o que não faz parte da definição de transtorno de oposição desafiante;
Diagnóstico diferencial
Transtorno disruptivo da desregulação do humor x TOD:
Compartilham os sintomas de humor negativo crônico e explosões de raiva.
 
- Explosões de raiva são mais graves em indivíduos com transtorno disruptivo da desregulação do humor do que naqueles com transtorno de oposição desafiante;
Comorbidade
TDAH e TOD tem comorbidade muito alta, sendo que isso pode ser o resultado de fatores de risco temperamentais compartilhados;
Além disso, o transtorno de oposição desafiante com frequência precede o transtorno da conduta;
Risco aumentado de transtornos de ansiedade e transtorno depressivo maior;
Adolescentes e adultos com o transtorno de oposição desafiante também apresentam taxas mais altas de transtornos por uso de substâncias;
Intervenção
Treinamento de Manejo Parental, uma modalidade de terapia cognitivo-comportamental (TCC) que objetiva modificar o comportamento da criança por meio da alteração na forma dos pais lidarem com a criança, provou-se eficaz para TODO;
Os estudos definem a quantidade de responsivos em torno de 40-50%, mesmo em populações tão diferentes do ponto de vista cultural;
 
As terapias cognitivas entraram recentemente mais em evidência, alcançando índices de resposta de até 74%;
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
Prof. Luana Metta

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