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CELEIDE ARRUDA DOS SANTOS ERIKI MILLER LIMA LUIZ PAIVA ROGÉRIO DOS SANTOS LEGUIZAMON SÉRGIO SANTIAGO RIBEIRO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO EM AVES Apostila de Estudos Aquidauana - MS 2019 Embriologia Edihanne Gamarra Arguelho 1 Orientações para o estudo da Embriologia em Aves Na maioria das espécies, as aves masculinas apresentam dois testículos localizados no interior da cavidade abdominal; um par de pequenos epidídimos e um par de ductos deferentes, fixados à parede dorsal do corpo, desembocando num pequeno pênis na região dorsolateral da cloaca. Já o sistema reprodutor feminino é formado somente por um ovário esquerdo e por um oviduto associado, terminando numa cloaca. (InfoEscola) Sistema Reprodutor Masculino (Google Imagens) Sistema Reprodutor Feminino (Google Imagens) Fertilização: As aves são ovíparas, com fecundação interna e desenvolvimento direto. Em sua maioria, possuem dimorfismo sexual, com macho e fêmea muito diferentes. Na época da reprodução, o macho corteja a fêmea e logo depois ocorre a cópula. Durante a cópula, ocorre a transferência de espermatozoides do macho para a fêmea através da justaposição da abertura das cloacas de ambos. A cloaca é um poro comum dos sistemas digestório, excretor e reprodutor. É no infundíbulo que se encontram os espermatozoides, ocorrendo a fecundação. Embriologia Edihanne Gamarra Arguelho 2 Google Imagens O óvulo sendo fecundado forma-se o zigoto. Este passará por sucessivas etapas de divisões mitóticas e diferenciação celular, para então formar um indivíduo propriamente dito. Esses eventos fazem parte da embriogênese, ou desenvolvimento embrionário, com etapas como a segmentação e gastrulação. Segmentação: Na segmentação é onde ocorrem as clivagens. A localização de ocorrência desse evento, se em todo o zigoto ou não, e também a velocidade em que ocorrem é por influência da quantidade de vitelo. Embriologia Edihanne Gamarra Arguelho 3 As aves têm o óvulo do tipo telolécito, ou megalécito, onde há uma enorme quantidade de vitelo no polo vegetativo. Assim, o polo animal fica restrito a uma pequena parte do óvulo, como uma gota discoidal na parte superior. A clivagem nesse tipo de óvulo ocorrerá apenas no polo animal, formando um pequeno disco de células chamado de cicatrícula. A cicatrícula fica “encravada” na gema. Este tipo de clivagem é chamado de meroblástica parcial ou discoidal. Google Imagens Google Imagens Embriologia Edihanne Gamarra Arguelho 4 Fases adiantadas do desenvolvimento: A divisão do ovo origina a blástula constituída por um disco de blastômeros separado do deutolécito por uma pequena cavidade – a blástula toma a designação de discoblástula ou blastodisco. As células da blastoderme organizam-se depois em duas camadas, uma mais superficial – a ectoderme, e uma mais interna – a endoderme. A camada mais superficial constitui uma depressão – linha primitiva – ao longo do futuro eixo antero-posterior do embrião que é equivalente ao blastoporo. A formação da linha primitiva dá início à gastrulação, que continua com movimentos de células superficiais que migram através da linha primitiva para o espaço entre as duas camadas originando uma terceira camada, a mesoderme. A organogénese tem início com a formação do tubo neural e do notocórdio. Paralelamente os três folhetos embrionários – ectoderme, endoderme e mesoderme – proliferam expandindo-se para fora do embrião e dão origem a estruturas fundamentais para o desenvolvimento embrionário em meio terrestre – os anexos embrionários – que têm carácter transitório sendo eliminadas no nascimento. Gastrulação nas aves: Os movimentos morfogenéticos que caracterizam a gastrulação nas aves são diferentes daqueles que se verificam nos ovos oligolecitos e telolecitos incompletos. Devido a forma discoidal da blástula, a gastrulação inicia-se através de uma migração que se verifica no epiblasto, as células desta camada deslocam-se para a linha média da região caudal do blastodisco, essa região apresenta- se mais espessada que o restante do epiblasto, tomando o aspecto de uma linha inicialmente curta e longa, a linha primitiva. Através da linha primitiva as células do epiblasto se deslocam e sofrem invaginação, com deslocação entre o epiblasto e o hipoblasto, formando o mesoderma. A linha primitiva torna-se alongada e estreita, apresentando em sua extremidade cranial um espessamento modular, conhecido como nó de Hensem, que funciona como um local de invaginação das células do epiblasto. Entretanto, as células que se invaginam pelo nó de Hensem darão origem ao notocordio, que desde o início se forma separadamente do mesoderma. Diferentemente do que se verifica no anfioxo e nos anfibios, nas aves não ocorre material cordomesoblastico. Funcionando como ponto de invaginação Embriologia Edihanne Gamarra Arguelho 5 do mesoderma, a linha primitiva é homóloga ao blastóporo, pela mesma razão, o nó de Hensem apresenta o lábio dorsal do blastoporo. A gastrulação nas aves processa-se de maneira muito semelhante à dos mamiferos, a formação e o desenvolvimento da linha primitiva, bem como o desenvolvimento inicial do mesoderma e do notocordio. Embriologia Edihanne Gamarra Arguelho 6 Anexos embrionários: Saco vitelínico: é uma estrutura formada a partir do mesoderma e endoderma, que envolve o vitelo, participando, assim, do processo de nutrição do animal em desenvolvimento. Essa membrana é a primeira a ser formada e está ligada diretamente ao intestino do embrião. Embriologia Edihanne Gamarra Arguelho 7 Âmnio: é uma membrana formada a partir do ectoderma e mesoderma que envolve o embrião. Ele delimita a chamada cavidade amniótica, a qual apresenta em seu interior o líquido amniótico que protege o embrião. Cório: é uma membrana formada a partir do mesoderma e ectoderma que recobre todo o embrião e os outros anexos embrionários. Está localizado logo abaixo da casca do ovo e atua, junto ao alantoide, nas trocas gasosas, além de proteger o embrião. Alantoide: é formado a partir do mesoderma e endoderma. É uma membrana que está relacionada com as trocas gasosas. Armazena o produto da excreção do embrião, retira parte do cálcio da casca e transfere-o para o esqueleto do animal em formação. (Mundo Educação) Acréscimos: O magno também pode ser chamado de glândula albuminífera e é nessa estrutura que ocorre a produção do albúmen do ovo; É no istmo que ocorre a formação das membranas da casca do ovo; O útero, também chamado de glândula da casca, é o local onde acontece a deposição de proteínas, cutícula, pigmentos e carbonato de cálcio para a formação da casca do ovo; A vagina serve de passagem do ovo até a cloaca, e é lá que ocorre a deposição de uma camada protetora de muco sobre a casca; Na cloaca, o ovo é eliminado do corpo da fêmea. Após a postura do ovo, ocorre o período de incubação, no qual os ovos serão chocados pelas fêmeas. A maior parte das aves choca os ovos, pois dessa forma eles se mantêm aquecidos, permitindo o desenvolvimento do embrião; As glândulas, da parte posterior do ovo, secretam as membranas da casca quandoesse está pronto para a postura. Dentro dos ovos, o embrião se desenvolve até torna-se uma pequena ave; No infundíbulo há a formação da gema. Referências - Fundamentos de embriologia humana. Junqueira e Zago, 2ª Edição. Acesso em <https://www.slideshare.net/cantandobio/embriologia-2590922>. Embriologia Edihanne Gamarra Arguelho 8 - InfoEscola, navegando e aprendendo. Acessado em 15 de setembro de 2019. <https://www.infoescola.com/animais/reproducao-das-aves/>. - Mundo Educação. Acesso em 8 de setembro de 2019. <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/fases-desenvolvimento-embrionario.htm>
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