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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES – Matrícula nº 201202199216 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - CCJ0038 
 
 
SEMANA 15 
 
CASO CONCRETO: 
 Consumidor promove demanda em face da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telegráfos) e da 
empresa Rodsoft Informática, perante um Juizado Especial Federal. Argumenta, em sua petição inicial, 
que comprou um determinado produto no site da segunda, para que o mesmo fosse entregue pela 
primeira em seu endereço residencial, o que não ocorreu em razão de extravio. Também aduz que não 
foi ressarcido, o que justificaria a instauração do presente processo em face de ambas, objetivando o 
recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que a empresa Rodsoft já encerrou suas atividades, 
embora tenha ficado evidente nos autos que a mesma vinha sendo utilizada por seus sócios para a 
prática de diversos ilícitos civis. Diante desta situação, o autor pleiteia que, no Juizado Especial Federal, 
seja autorizada a desconsideração da personalidade jurídica. Ocorre que este requerimento foi 
indeferido pelo magistrado, ao argumento de que o CPC trata deste incidente como uma modalidade de 
intervenção de terceiros (art. 132 ? art. 137), o que é vedado no sistema dos Juizados Especiais (art. 10, 
Lei nº 9.099/95). Esta decisão foi objeto de posterior mandado de segurança impetrado perante a 
Turma Recursal Federal, com o intuito de reformá-la. Indaga-se: os magistrados lotados no órgão 
revisor, analisando as normas constantes no CPC, deverão conceder ou negar a segurança? Por quais 
fundamentos? 
- O orgão revisor deverá conceder, uma vez que o CPC aplica o incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica em qualquer tipo de processo inclusive nos 
de competência dos juizados especiais (art. 1.062 do CPC). Estando o processo na 
instancia recursal, atribuição originaria é do relator, embora de sua decisão caiba 
recurso de agravo interno para o colegiado (art. 136, parágrafo único do CPC).
 
 
Questão objetiva: 
Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos por determinado 
Município, para impugnar sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial fazendário 
estadual. 
a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso 
inominado; 
b) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de dez dias, em razão de a Fazenda Pública ter a 
prerrogativa de praticar atos com o prazo em dobro (art. 183, CPC); 
c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de juizados especiais fazendários estaduais, por 
ausência de previsão legal; 
d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo mesmo magistrado prolator da decisão 
embargada, em obediência ao princípio da identidade física do juiz; 
e) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de cinco dias, pois não há prerrogativa de prazo 
em dobro para a Fazenda Pública no sistema dos juizados especiais. 
 
Gabarito: Letra "E" 
Há previsão no art. 7º, Lei nº 12.153/09, versando que nos Juizados Especiais 
Fazendários Estaduais não haverá prazo em dobro em nenhuma hipótese.

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