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Influência de febre amarela no desmatamento da amazonia legal

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
FERNANDA SILVA DE FREITAS 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DE FATORES SOCIOAMBIENTAIS NA INCIDÊNCIA DA 
FEBRE AMARELA NA AMAZÔNIA LEGAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VOLTA REDONDA 
2014 
 
 
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
INFLUÊNCIA DE FATORES SOCIOAMBIENTAIS NA INCIDÊNCIA DA 
FEBRE AMARELA NA AMAZÔNIA LEGAL 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Ciências Biológicas, com Ênfase em 
Biotecnologia do UniFOA como parte dos 
requisitos para obtenção do título de 
Bacharel. 
 
Aluna: 
Fernanda Silva de Freitas 
 
Orientador: 
Prof. Dr. Ronaldo Figueiró Portella Pereira 
 
 
 
 
Volta Redonda 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus principio e fim de tudo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Que os vossos esforços desafiem as 
impossibilidades, lembrai-vos de que 
grandes coisas do homem foram 
conquistadas do que parecia impossível”. 
 
Charles Chaplin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tenho primeiramente que agradecer a 
Deus por ter me concedido forças para 
superar todas as dificuldades e concluir 
mais uma etapa em minha vida. Aos 
meus pais por estarem ao meu lado 
durante todo tempo me incentivando, 
apoiando e suportando todas as minhas 
lamentações, não me deixando desistir 
Aos meus amigos que indireta ou 
diretamente contribuíram ao longe de todo 
o percurso. Ao meu orientador Prof. 
Ronaldo por todo suporte mesmo que em 
curto espaço de tempo foi essencial, para 
a realização deste trabalho. 
 
 
 
RESUMO 
 
O objetivo deste trabalho foi estudar a ocorrência de febre amarela em toda a região 
da Amazônia Legal brasileira, buscando possíveis relações com os focos de 
desmatamento. Foi realizado um estudo com dados secundários no período de 1998 
a 2007, através de casos registrados de febre amarela e de focos registrados de 
desmatamento, fornecidos Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde 
(DATASUS) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados 
por Estado foram tratados com o coeficiente de correlação Spearman e os dados 
médios da Amazônia Legal foram submetidos a uma transformação logarítmica. A 
regressão linear realizada com os valores médios não apresentou significância 
estatística entre os casos de febre amarela e os focos de desmatamento. Os 
resultados destas análises são contrários aos resultados de outros estudos que 
confirmaram a ocorrência de surtos de Febre Amarela em regiões que sofreram com 
desmatamentos. Estatisticamente estudos desta mesma natureza relacionam a 
ocorrência de outras doenças vetoriadas, como a Malária e a Dengue em áreas 
desmatadas. A ausência de uma relação significativa no presente estudo pode ser 
consequência escala regional escolhida, de forma que a relação entre os fatores e a 
ocorrência da doença seja em menor escala mais evidente. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: febre amarela; Amazônia legal; desmatamento. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present study aimed to investigate the occurrence of yellow fever in all Legal 
Amazon region, searching possibel relations with deforestation foci. An investigation 
with secondary data from 1998 to 2007 was conducted using reported cases and 
deforestation information from the DATASUS and IBGE. Data from each state were 
treated with Spearman rank order correlation, while overall Legal Amazonia data 
were log transformed and submitted to a linear regression with was not statistically 
significant between yellow fever cases and deforestation foci. The results of these 
analyses are contrary to the results of other studies in the literature which confirmed 
the occurrence of Yellow fever cases with recently deforested áreas. Some studies 
also relate statistically deforestation with the occurrence of Malaria and Dengue. The 
absence of a significant pattern in the present study may be consequence of the 
chosen scale, possibly in a smaller scale patterns would be more evident. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Key-words: yellow fever; Legal Amazonia; deforestation. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 12 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 13 
2.1 Febre Amarela ............................................................................................ 14 
2.1.1 Histórico .................................................................................................. 14 
2.1.2 Agente Etiológico..................................................................................... 15 
2.1.3 Vetores .................................................................................................... 16 
2.1.4 Transmissão ............................................................................................ 18 
2.1.4.1 Ciclo Silvestre ....................................................................................... 18 
2.1.4.1 Ciclo Urbano ......................................................................................... 19 
2.1.5 Epidemiologia .......................................................................................... 19 
2.1.6 Profilaxia .................................................................................................. 22 
2.1.6.1 Vacina .................................................................................................. 21 
2.1.6.2 Combate aos Vetores ........................................................................... 21 
2.2 Amazônia Legal ......................................................................................... 21 
2.2.1 Conceito .................................................................................................. 21 
2.2.2 Área da Amazônia Legal ........................................................................ 22 
2.2.3 Exploração .............................................................................................. 22 
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 25 
3.1 Métodos ...................................................................................................... 25 
3.1.1 Área Geográfica Abrangida ..................................................................... 25 
3.1.2 Delineamento Epidemiológico ................................................................. 25 
3.2 Materiais ..................................................................................................... 25 
3.2.1 Base de informações ............................................................................... 25 
3.2.2 Delineamento Estatístico .........................................................................25 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 27 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 30 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 31 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 – Aedes aegypti.................................................................................. 17 
Figura 2 – Aedes albopictus ............................................................................. 17 
Figura 3 – Haemagogus janthinomys ............................................................... 18 
Figura 4 – Áreas de circulação do vírus da febre amarela no Brasil ................ 20 
Figura 5 – Área da Amazônia Legal ................................................................. 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Número de casos de febre amarela por estado da Amazônia Legal de 
1998 a 2007 .................................................................................. 27 
Tabela 2 – Número de focos de desmatamento por estados da Amazônia Legal de 
1998 a 2007 ................................................................................. 27 
Tabela 3 – Dados médios de desmatamento e número de casos de febre amarela na 
Amazônia Legal ............................................................................ 28 
Tabela 4 – p- valores do coeficiente de correlação de Spearman para esgotamento e 
número de casos de febre amarela .............................................. 28 
Tabela 5 – p- valores do coeficiente de correlação de Spearman para esgotamento e 
número de focos de desmatamento .............................................. 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
 
DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde 
IMPE – Instituto de Pesquisas Espaciais 
PPCDAm – Plano de Ação Para Prevenção e Controle do Desmatamento na 
Amazônia Legal 
PRODES – Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A febre amarela e uma doença não contaminante, transmitida ao homem 
através da picada de mosquitos do gênero Aedes e Haemogogus. O vírus da febre 
amarela pertence ao gênero flavivirus da família flaviviridae. A doença pode ser 
classificada epidemiologicamente em duas modalidades: ciclo de transmissão 
urbana simples, do tipo homem-mosquito e o tipo de transmissão silvestre complexo, 
onde várias espécies do mosquito Aedes podem ser responsáveis pela transmissão 
(VASCONCELOS, 2002). 
 
 Diversas espécies de mosquitos transmitem esta doença, com destaque para 
o Aedes aegypti, principal transmissor da febre amarela urbana e do dengue no 
mundo; o Aedes albopictus que além da febre amarela urbana e silvestre, e do 
dengue transmite também a encefalite de São Luiz nos países asiáticos e finalmente 
o Haemogogus capricornii, uma espécie muito importante na transmissão de febre 
amarela silvestre que vive nas copas das árvores (NEVES, 2005). 
 
Atualmente o melhor método de prevenção da doença é a vacina, que se trata 
de um vírus atenuado da Cepa 17 DD. Apesar de já terem sido descritos casos de 
óbito após a vacinação (de 5 a 10 dias), estas mortes estariam associadas a 
pessoas imunodeprimidas estas mortes estariam associadas a pessoas com 
deficiências imunológicas. Sabe-se que há estudos para aprimoramento da vacina 
contra a febre amarílica e que avanços já foram alcançados (BENCHIMOL, 2001). 
 
O vetor urbano foi erradicado do Brasil duas vezes, nos anos de 1958 e em 
1973. Contudo, a partir de 1976, foram registradas diversas ocorrências de 
reinfestações, em países vizinhos da América Latina, até mesmo da América do 
Norte, o que, associado à falta de recursos para combatê-los, permitiu a expansão 
do vetor a grandes áreas do território nacional (LIMA, 2008). 
 
Na região da Amazônia Legal estão presentes cerca de 40% das florestas 
tropicais remanescentes no mundo, desempenhando papel fundamental na 
13 
 
biodiversidade, ciclo hidrológico, climas regionais e estocagem de carbono 
(FEARNSIDE, 1999). 
 
O desmatamento é um dos fatores primordiais, nas transformações 
ambientais responsáveis pelos riscos à saúde humana (CONFALONIERI, 2005). 
 
Efeitos agressivos do desequilíbrio ambiental podem desencadear processos 
muitas vezes imperceptíveis, porém complexos e letais. O desmatamento é um 
exemplo claro deste fenômeno. Alterações no ambiente promovem a migração de 
populações de espécies vetores, hospedeiras e reservatórias de agentes 
patogênicos do vírus da febre amarela, expondo o homem a maiores ocorrências de 
patogenias. O desmatamento causa o desequilíbrio entre o patógeno e seu 
ambiente, causa a proliferação de vetores e parasitas dando oportunidade para a 
incidência de epidemias (MARTINS, 2008). 
 
A destruição de biomas naturais pode causar o reaparecimento de doenças 
recentes e antigas. Pode-se destacar a ocorrência de febre amarela ao 
desmatamento e seus efeitos. A reurbanização pode destruir frequentemente 
sistemas florestais, transformando os habitats dos mosquitos vetores da doença 
(MARTINS, 2008). 
 
O estudo teve o objetivo de relacionar a incidência de febre amarela em 
áreas desmatadas da região da Amazônia Legal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 Febre Amarela 
 
2.1.1 Histórico 
 
O primeiro a se referir à febre amarela de forma precisa foi o jesuíta Raymond 
Breton em 1635, ao relatar uma epidemia entre os imigrantes franceses na ilha de 
Guadalupe, indicando todos os sintomas da doença. Foi ele quem também 
mencionou a ligação entre a doença e o desmatamento (FRANCO, 1969). 
 
Em 1682, historiadores admitiram que a procedência da doença fosse 
Africana, porém deixaram claro que determinar o primeiro caso, não era garantia de 
ser este o local de origem (BENCHIMOL, 2001; FRANCO, 1969). 
 
No Brasil ocorreu em 1685 a primeira epidemia de febre amarela no estado 
do Recife, e em 1686 na Bahia. É provável que o vírus tenha sido inserido no país 
através de tripulantes de navios de origem desconhecida que atracavam na costa 
brasileira. Após essas epidemias, houve combate aos vetores, e durante longo 
período não foram registrados casos da doença. Entre os anos de 1928 e 1929, 
houve uma grande epidemia no Rio de Janeiro, após 20 anos sobre relatos de casos 
de febre amarela (FRANCO, 1969). No inicio da década de 1930 o governo 
brasileiro assinou um convênio com a fundação Rockfeller, que trouxe para o 
instituto Oswaldo Cruz o Serviço de Pesquisa sobre a doença. Este laboratório era 
um desdobramento de cooperação que a agência norte-americana celebrara nos 
anos de 1920 com o departamento nacional de saúde pública, com o acordo prévio 
de erradicação da febre amarela e controle da malária (URQUIDI, et al. 2004). 
 
O serviço de febre amarela passou a discriminar três cenários 
epidemiológicos distintos: a doença urbana, a doença rural endêmica encontrada 
principalmente no interior da região nordeste, as duas transmitidas pelo Aedes 
15 
 
aegypti; e a doença silvestre, observada a partir de 1932, onde o vírus se alastrava 
por enormes áreas de mata, tendo como hospedeiro macacos (BENCHIMOL, 2001).Epidemias de febre amarela nos últimos cinquenta anos merecem destaque. 
Durante a década de 90 ocorreu uma grande epidemia de febre amarela silvestre 
nos estados do Maranhão, Amazonas, Pará, Tocantins e Goiás, e entre 2001 e 
2003, foram registrados dois surtos no estado de Minas Gerais. (URQUIDI, et al. 
2004). 
 
 
2.1.2 Agente Etiológico 
 
O vírus amarílico é pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae, 
oriunda do latim flavus=amarelo, essa mesma família é responsável por diversos 
vírus causadores de doenças no homem, como a dengue. 
 
O vírus da febre amarela possui genoma de RNA de fita simples, com sentido 
positivo. Com cerca de 11 kilobases de comprimento, possui 10.800 nucleotídeos, 
que codificam 3.411 aminoácidos. O vírion mede cerca de 25-40nm de diâmetro 
sendo envolvido por um envelope originário da célula hospedeira, a partícula integra, 
vírion + envelope, mede cerca de 40-50nm. O RNA viral expressa sete proteínas não 
estruturais que são: ns1, ns2A, ns2B, ns3, ns4A, ns4B, ns5 e três proteínas 
estruturais, que são: prM, E e EC. As proteínas não estruturais são responsáveis 
pelas atividades de expressão e reguladoras do vírus, como a virulência, 
patogenicidade e replicação, enquanto as proteínas estruturais codificam a formação 
da estrutura básica da partícula viral (VASCONCELOS, 2002). 
 
Até pouco tempo, a origem do vírus era desconhecida, não havia 
conhecimento se ele já era existente na América antes da vinda dos escravos 
comercializados da África. 
 
16 
 
Utilizando técnicas de biologia molecular, foram realizadas pesquisas, que 
puderam comprovar que o vírus tem origem africana (VASCONCELOS, 2003). 
 
2.1.3 Vetores 
 
Em áreas silvestres, os mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes são os 
que possuem maior importância na América Latina. No Brasil, a espécie H. 
janthinomys é a com maior destaque na manutenção do vírus. Esses mosquitos têm 
hábitos diurnos e vivem no alto das árvores, descendo ao solo algumas vezes na 
presença do homem ou quando a quantidade de macacos é pequena. Esta atividade 
é estimulada pelo aumento de atividades de desmatamento (URQUIDI, et al.1999). 
 
Na África, os vetores são mosquitos do gênero Aedes, particularmente o 
Aedes africanus e Aedes simpsoni. O primeiro é responsável pela transmissão na 
copa das árvores, principalmente entre macacos, enquanto o Aedes simpsoni é 
responsável pela transmissão da doença dos macacos para o homem, na África 
Oriental. Outras espécies de Aedes são importantes vetores nas áreas de savana na 
África Ocidental. (VASCONCELOS, 2003) 
 
Nas áreas urbanas, o mosquito Aedes aegypti (Figura 1) é o principal vetor 
em ambos os continentes (URQUIDI, et al. 2004). 
 
Em relação ao Aedes albopictus (Figura 2), ainda não se sabe qual o papel 
que ele pode desempenhar na transmissão da febre amarela. Por sua ampla 
capacidade ecológica, adapta-se facilmente aos ambientes rural, urbano e peri-
urbano, podendo servir como ponte entre os ciclos silvestre e urbano da doença 
(MONATH, 1987). Estudos realizados em laboratório já demonstraram sua 
capacidade de transmitir o vírus amarílico (MILLER, et al.1989). 
 
O mosquito Haemagogus janthinomys (Figura 3) é o principal transmissor do 
vírus amarílico. Este mosquito apresenta a maior distribuição geográfica conhecida 
de espécies desse gênero. Esta espécie é a que apresenta as melhores condições 
17 
 
para transmitir o vírus por ser intensamente propenso ao mesmo (VASCONCELOS, 
2003). 
 
 
Figura 1: Aedes aegypti (VIEIRA G. J. Fiocruz.) 
 
Figura 2: Aedes albopictus (STICH A., Liverpool School of Tropical Medicine) 
 
18 
 
 
Figura 3: Haemagogus janthinomys (DÉGALLIER 2001) 
 
2.1.4 Transmissão 
 
O vírus da febre amarela é mantido em dois ciclos epidemiológicos diferentes, 
um silvestre e o outro urbano. Esses ciclos possuem variação de acordo com os 
aspectos de localização geográfica, hospedeiro relacionado e mosquitos 
transmissores. Etiologicamente, clinicamente, imunologicamente e patologicamente, 
é a mesma doença, porém em áreas urbanas na América, o vírus amarílico é 
transmitido pela fêmea infectada de Aedes aegypti, e em ambientes silvestres, além 
de mosquitos do gênero Aedes, outras espécies podem transmitir o vírus, 
principalmente os gêneros Haemagogus e Sabethes. 
 
 
2.1.4.1 Ciclo Silvestre 
 
O ciclo silvestre da febre amarela foi reconhecido na década de 1930. É muito 
abstruso e imperfeitamente compreendido, variando de acordo com a região de 
ocorrência. Os mosquitos além de serem transmissores são os reservatórios do 
19 
 
vírus, pois uma vez infectados permanecerão assim durante o restante da vida, ao 
contrário dos macacos que, como os homens, ao se infectarem morrem ou curam-
se, tornando-se imunes para sempre. (VASCONCELOS, 2003). Neste ciclo o 
homem é considerado um hospedeiro acidental, sendo os primatas os principais 
hospedeiros. O homem é infectado ao ser picado acidentalmente por fêmeas de 
mosquitos Haemagogus ou Aedes, de acordo com a região, infectadas com o vírus 
amarílico. 
 
 
2.1.4.2 Ciclo Urbano 
 
No ciclo urbano da febre amarela o homem é infectado diretamente pelo 
principal vetor que é o Aedes aegipti, mesmo mosquito transmissor do vírus da 
dengue sem necessitar da presença do hospedeiro amplificador, ou seja, o homem 
atua como o introdutor do vírus em uma área urbana, já que quando inserido o vírus 
em um ambiente urbano, o individuo infectado irá desenvolver viremia, funcionando 
como fonte de infecção para novos mosquitos. Desta forma, o ciclo se mantém, até 
que haja uma ação para impedir a transmissão. 
 
 
2.1.5 Epidemiologia 
 
O continente africano é o responsável por mais de 90% dos casos de febre 
amarela notificados anualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) 
(VASCONCELOS, 2003). 
 
No início do século XX, o território brasileiro era considerado quase que 
totalmente área de risco. Mesmo com o desaparecimento do modo de transmissão 
urbano e a prevalência da transmissão silvestre mantém a necessidade da 
continuidade de estudos para que as áreas de risco no país sejam identificadas 
(URQUIDI, et al. 2004). Segundo Vasconcelos (2003), áreas endêmicas no Brasil 
são: Maranhão, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio 
Grande do Sul, como podem ser visualizados na figura 4. 
20 
 
Figura 4: Áreas de circulação do vírus da febre amarela no Brasil. (Ministério da Saúde 2008) 
 
O risco para se adquirir a doença são variados, sendo mais suscetíveis 
aqueles que se expõem em áreas de maior ocorrência do vírus, como em matas. No 
Brasil a doença tem sido registrada principalmente entre lenhadores, vaqueiros, 
garimpeiros, indígenas, seringueiros e ribeirinhos, e na África em turistas. 
(VASCONCELOS, 2003). 
 
 
2.5 Profilaxia 
 
A febre amarela está inclusa na lista de doenças de notificação compulsória, 
ou seja, suspeitas e casos de febre amarela devem ser imediatamente notificados às 
autoridades sanitárias responsáveis para que medidas preventivas sejam tomadas o 
mais brevemente possível. Algumas medidas são necessárias para a prevenção da 
reincidência de febre amarela (TAUIL, 2006). Dois métodos para evitar a 
contaminação com o vírus amarílico são o uso da vacina e o combate aos vetores. 
(VASCONCELOS, 2002). 
 
21 
 
2.5.1 Vacina 
 
A produção da vacina 17D contra a febre amarela iniciou-se pelo Instituto 
Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro em março de 1937, e começou a ser usada no 
mesmo ano (URQUIDI, et al. 2004). A partir daí, mais de 500 milhões de pessoas já 
foram imunizadas, sendoesta considerada a vacina com maior eficácia no mundo 
(TAUIL, et al. 2011). 
 
O uso da vacina é o método mais eficaz na prevenção de febre amarela. É 
recomentado que pessoas sadias com mais de seis meses de idade que estejam ou 
que venham a se expor à infecção sejam vacinadas. Uma única dose protege o 
indivíduo por cerca de 10 anos e até mesmo por toda a vida (VASCONCELOS, 
2002). 
 
 
2.5.2 Combate aos Vetores 
 
O combate aos vetores da forma silvestre é inviável, já que o vírus circula 
entre as matas, ao contrário do combate ao vetor urbano, Aedes aegypti. Excluindo 
a vacina, o combate ao vetor urbano é o único meio de impedir a volta do vírus ao 
meio urbano (VASCONCELOS, 2002). 
 
 
2.2 Amazônia Legal 
 
2.2.1 Conceito 
 
O conceito de Amazônia legal foi instituído pelo governo brasileiro em seis de 
Janeiro de 1953, através da Lei Nº 1.806, com o intuito do governo promover e 
planejar o desenvolvimento econômico da região. 
 
 
22 
 
2.2.2 Área da Amazônia Legal 
 
A Amazônia Legal abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, 
Maranhão, a oeste do meridiano de 44º, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e 
Tocantins, totalizando uma área de superfície aproximada de 5.114.798,30 de km² 
(Figura 5). Corresponde à cerca de 61% do território brasileiro, abrigando uma longa 
faixa de vegetação de transição, como os campos ao norte e os cerrados ao sul. 
Nesta região estão concentradas cerca de metade das espécies de plantas tropicais 
conhecidas, possui clima equatorial, quente e úmido, com variações na temperatura, 
em 26°C. 
 
 
Figura 5: Área da Amazônia Legal Brasileira (IBGE 2007) 
 
2.2.3 Exploração 
 
Segundo AMBIENTE BRASIL (2010) desmatamento é a operação que 
objetiva a supressão total da vegetação nativa de determinada área para o uso 
alternativo do solo, ou seja, qualquer descaracterização que venha a suprimir toda 
vegetação nativa de uma determinada área deve ser interpretada como 
23 
 
desmatamento. Considera-se nativa toda vegetação original, remanescente ou 
regenerada. 
 
O aumento em alta escala na exploração de recursos da Amazônia Legal 
brasileira tem aumentado radicalmente a taxa de desmatamento nos anos de 2002 e 
2003 (INPE, 2004). 
 
Dados publicados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), oriundos do 
Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (PRODES) afirmam que 
foram removidas cerca de 18% das florestas na Amazônia legal. Esse percentual 
está concentrado especialmente em uma área denominada Arco do 
Desflorestamento, região que abrange desde o oeste do Estado do Maranhão, 
passa por Tocantins, parte do Pará e Mato Grosso, todo Estado de Rondônia, sul do 
Amazonas e chega ao Acre (Brasil, 2009). O desmatamento na Amazônia Legal vem 
sendo medido desde 1988. 
 
De acordo com o Plano de Ação Para Prevenção e Controle do 
Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), o processo de desmatamento 
nestas áreas não é análogo, possui variação de acordo com as diferentes regiões e 
ao longo do tempo. Estima-se que as áreas desmatadas em 1980 eram de cerca de 
300 mil km². Nas décadas de 1980 e 1990, cerca de 280 mil km² foram 
acrescentados a esta área. Em 2004, o índice de desmatamento era de 
aproximadamente 16% da área total de floresta da Amazônia Legal. O ritmo de 
desmatamento se intensificou, corrompendo o processo de desenvolvimento na 
região. 
 
O processo de desmatamento na região da Amazônia Legal, geralmente é 
iniciado com construção de estradas ou rodovias. Essas alterações desreguladas 
geram desintegração das florestas, ocasionando perdas na biodiversidade e 
irregularidades nos ciclos ecológicos. 
 
24 
 
O aumento do desmatamento na Amazônia Legal foi iniciado na década de 
1970 durante os Planos nacionais de desenvolvimento (I, II, III), que tinham o 
objetivo de incorporar a Amazônia com as outras regiões do país, estimulando sua 
economia. Com isso, vieram os aumentos no índice de desmatamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
3.1 Métodos 
 
3.1.1 Área geográfica abrangida 
 
O universo da pesquisa é composto pela Amazônia Legal Brasileira que 
abrange os Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, 
Rondônia, Roraima e Tocantins , em uma escala de nove anos (1998 a 2007). 
 
 
3.1.2 Delineamento epidemiológico 
 
O método epidemiológico empregado é um estudo longitudinal, de série 
temporal, que pode ser compreendido como o estudo epidemiológico que utiliza 
agregados populacionais como unidade de análise. 
 
 
3.2 Materiais 
 
3.2.1 Base de informações 
 
A base de informações é composta por dados secundários provenientes da 
publicação do Sistema Nacional de Informações em Saúde (SNIS) de 1998 a 2007 e 
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Sinopse dos Setores. 
 
 
3.2.2 Delineamento estatístico 
 
Os dados secundários coletados através do SNIS foram inseridos em planilha 
no software Bioestat 5.3 © e analisados quanto à aderência a distribuição normal 
através do teste de Lilliefors. Foram utilizados dados individualizados por estado 
componente da Amazônia Legal e os valores médios da Amazônia Legal como um 
todo. Os dados dos Estados foram tratados com o coeficiente de correlação de 
Spearman, enquanto que os dados médios da Amazônia Legal foram submetidos a 
26 
 
uma transformação Logarítmica. Os dados transformados foram então submetidos a 
uma análise de resíduos, com o intuito de identificar e excluir possíveis outliers, e 
então passaram por um procedimento de ajustamento de curvas a fim de se 
determinar o melhor modelo de regressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Foram levantados dados referentes aos casos de febre amarela e de focos de 
desmatamento no período de 1998 á 2007 em todos os estados da Amazônia Legal 
como pode ser verificado nas tabelas 1 e 2. 
Tabela 1: Número de casos de Febre Amarela por Estado da Amazônia Legal de 1998 a 2007 
Estado / ANO 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 
Rondônia 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 
Acre 3 1 0 1 1 0 0 0 0 0 
Amazonas 7 2 1 0 1 1 0 0 0 0 
Roraima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
Pará 1 8 3 0 1 1 2 1 1 1 
Amapá 2 2 0 0 0 1 0 1 0 0 
Tocantins 0 0 2 1 1 2 0 0 1 0 
Maranhão 1 0 1 3 0 1 0 1 0 4 
Mato Grosso 0 0 5 0 1 1 2 0 0 0 
T 
Tabela 2: Número de focos de desmatamento por Estado da Amazônia Legal de 1998 a 2007. 
Estado / ANO 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 
Rondônia 2041 2358 2465 2673 3099 3597 3858 3244 2049 1611 
Acre 536 441 547 419 883 1078 728 592 398 184 
Amazonas 670 720 612 634 885 1558 1232 775 788 610 
Roraima 223 220 253 345 84 439 311 133 231 309 
Pará 5829 5111 6671 5237 7510 7145 8870 5899 5659 5526 
Amapá 30 0 0 7 0 25 46 33 30 39 
Tocantins 576 216 244 189 212 156 158 271 124 63 
Maranhão 1012 1230 1065 958 1085 993 755 922 674 631 
Mato Grosso 6466 6963 6369 7703 7892 10405 11814 7145 4333 2678 
28 
 
Durante este período foram notificados 63 casos em todos os Estados da 
região da Amazônia Legal. A regressão linear realizada com os valores médios 
(Tabela 3), não apresentou significância estatística entre os casos de febre amarela 
e os focos de desmatamento, da mesma forma que os coeficientes de correlação de 
Spearman que foram determinados para o desmatamento da florestaAmazônica por 
estado da Amazônia legal também não apresentaram significância estatística 
(Tabela 4), sendo o mesmo padrão observado para a relação entre número de 
domicílios com esgotamento e casos de Febre Amarela (Tabela 5). 
Tabela 3: Dados médios de desmatamento e número de casos de Febre Amarela na Amazônia Legal. 
ANO Desmatamento médio Número médio de casos 
1998 2145 1,75 
1999 2129,875 1,75 
2000 2246,625 1,5 
2001 2227,5 0,625 
2002 2695,75 0,625 
2003 3119,625 0,875 
2004 3432,625 0,5 
2005 2360,125 0,5 
2006 1756,875 0,25 
2007 1417,75 0,625 
 
Tabela 4: p-valores do coeficiente de correlação de Spearman para esgotamento e número de casos 
de febre amarela. 
Estados p-valor 
Rondônia 0,14 
Acre 0,73 
Amazonas 0,49 
Pará 0,44 
Amapá 0,1 
Tocantins 0,73 
Maranhão 0,71 
Mato Grosso 0,79 
 
Tabela 5: p-valores do coeficiente de correlação Spearman para esgotamento e número de focos de 
desmatamento. 
Estados p-valor 
Rondônia 0.81 
Acre 0.83 
Amazonas 0.98 
Pará 0.7 
Amapá 0.78 
Tocantins 0.61 
Maranhão 0.36 
Mato Grosso 0.19 
29 
 
Pesquisas realizadas afirmam que modificações promovidas pelo homem em 
ecossistemas naturais são grandes facilitadores para a formação de habitats 
favoráveis à proliferação de mosquitos transmissores de infecções humanas. O 
aumento da urbanização desordenada em áreas urbanas altera o ciclo natural dos 
mosquitos que passam a utilizar o homem como hospedeiro (MORAES, 2007). 
Esses fatores podem acarretar não apenas o aumento de febre amarela, como de 
outras doenças transmitidas por vetores, como a leishmaniose e a malária. 
 
Os resultados destas análises divergem dos resultados de estudos como o de 
Ribeiro & Antunes (2009), que observou que um surto de Febre Amarela havia se 
dado em uma região que sofria com desmatamentos recentes. Outros autores 
apontam que aumento da temperatura também pode influenciar no surgimento de 
doenças e seus vetores em locais onde não existiam, e o aumento da poluição e a 
destruição dos biomas naturais podem ser outros fatores relacionados à 
reemergência de doenças como a Febre Amarela (MARTINS, 2008). 
 
Embora muitos estudos relacionem estatisticamente a incidência de Malária, 
Dengue e outras doenças vetoradas ao desmatamento, estudos desta mesma 
natureza para a Febre Amarela são mais escassos. A ausência de uma relação 
significativa no presente estudo pode ser consequência dos recortes espaciais 
escolhidos, de forma que em uma escala menor é possível que a relação entre 
esses fatores e a incidência da doença sejam mais evidentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Em vista das referências apresentadas, diversos fatores interferem na 
ocorrência de febre amarela. Desequilíbrios ambientais desencadeiam diversos 
processos que podem promover a proliferação dos mosquitos vetores do vírus 
amarílico ocasionando alterações em seu ciclo natural expondo o homem à infecção. 
 
Com base nos resultados das análises feitas, não ficou evidente que a 
incidência de febre amarela na Região da Amazônia Legal está relacionada às taxas 
de desmatamento. 
 
O desmatamento pode ser considerado ou não como um dos fatores que 
contribuem para a prevalência nos casos de febre amarela. Generalizar um perfil de 
febre amarela para a região da Amazônia Legal ao todo é um risco, já que cada 
região possui características próprias que podem contribuir para a incidência da 
doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
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