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ATIVIDADE SEMIPRESENCIAL IV – IRA
Jhones Igor Koehler
IRA, RAIVA – Dicionário Internacional de Teologia
	Thymos é uma palavra cognata Lat. Fumus, “vapor”, “fumaça”. De Homero em diante passou a ser usada para “hálito”, “vida”, “espírito”, “força”, “alma”, “raiva”, “ira”, “coração” como sede as emoções e “mente” como sede do pensamento.
	No AT não há nenhuma diferença na LXX entre os termos thymos e orge. Ambos representam o mesmo equivalente hebraico hema, ‘ap, e se empregam como sinônimos.
	No NT thymos ocorre 18 vezes e possui sentido de raiva, ira, fúria. Em Lucas e Paulo (exceto Rm 2.8) thymos se refere a raiva humana. Como na LXX, no NT também não é estabelecido nenhuma diferença clara entre orge e thymos (Cl 3.8; Ef 4.31). As pessoas se enchiam de ira contra o ensino de Jesus e de Paulo (Lc 4.28; At 19.28).
	Tudo isso possui origem na carne, na velha natureza (Gl 5.19-20; Ef 4.31; Cl 3.8-9). Pode ser vencido pelo poder do Espírito Santo que cria uma nova natureza (Ef 4.23,24; Gl 5.16ss).
	Em Rm 2.8 thymos se emprega juntamente com orge, sem diferenciação, para expressar a ira divina. A ira divina será revelada no juízo final (v.5) para aqueles que possuem coração endurecido e impenitente (v.8) e que por causa disso praticam o que é mal (v.9).
	Em Apocalipse thymos é usado exclusivamente para a ira divina (15.1,7; 16.1). O homem terá de bebem o cálice da ira de Deus (14.10; 16.19; 19.15 – Jr 25.15-28) [Al 14.19; 15.7; 16.1].
	Derivado de thymos, a palavra thymoomai é empregada em Mt 2.16, com significado de ficar zangado. O substantivo enthymeses significa no NT “consideração”, “reflexão”, “pensamento” – mas sempre relacionado a maus pensamentos (Mt 9.4; 12.25; At 17.29; Hb 4.12). At 17.29 – mesmo sendo pensamentos não descritos como negativos, Deus os conhece e os traz à luz.
H. Schönweiss
Orge – Raiva, indignação, ira
	Esta palavra pós-homérica significa “impulso natural”, “temperamento”, “natureza”, “coração”. Orge surge como a atitude que é especialmente apropriada para um juiz. É avaliada do modo positivo, como existindo a serviço da retidão. De resto, a ira é vista como sendo algo ruim no homem que deve ser deixada de lado. Orge também é uma característica dos deuses gregos.
	O AT fala muito a respeito da ira de Deus e do ser humano. ‘ap que designava o nariz (Is 2.22), depois, seu tremer e bufar, e daí, a razão para isto, a ira (Jó 4.9); hema – “calor”, “veneno”, “peçonha”, “raiva” (Ez 3.4) e “fúria” (Gn 27.44; Pv 21.4); haron, “queimador” em combinação com ‘ap somente para a ira de Deus; ‘ebrah – “excesso”, “arrogância”, “ira”; qesep; za’am e rogez (Hb 3.2).
	Em certas partes do AT, as palavras orge e thymos é empregada com sentido neutro ou até positivo. A ira de Zebul (Jz 9.30) é totalmente justificada. A ira de Davi também é legítima contra a parábola do rico proferida por Natã (2Sm 12.5). De Neemias contra as injustiças em Jerusalém (Ne 5.6). A ira de Moisés contra o povo que adorava o bezerro de ouro, vista até como sendo uma ira santa (Êx 32.19; 1Sm 11.6; Jr 6.11; Jó 32.2-3). Outros locais do AT tratam a explosão da ira como sendo um tipo de vício que deve ser rejeitado (Sl 37.8-9); Jó 36.13; Gn 49.7). A ira causa situações ruins e é vista como tolice (Pv 27.4; Pv 30.33; 1Sm 20.30; Gn 49.6; Pv 29.8; Pv 12.16; 27.3; Jó 36.18).
	No AT a ira de Deus pode ser apresentada de forma drástica (Is 30.27-28; 13.13; Jr 30.23-24; Sl 2.5). O encontro do homem com Deus que é santo poderia ser perigoso (Gn 32.25; Êx 4.24; 19.9; Is 6.5); isto porque a ira de Deus deve ser vista como uma expressão de sua santidade e retidão. A ira de Deus é provocada pelo comportamento de indivíduos (Êx 4.14; Nm 12.9; Dt 29.18; 2Sm 6.7, etc) e também pela apostasia e infidelidade do povo com a aliança (Nm 25.3; 32.10; Dt 29.25; Jz 2.14,20; Sl 78.21). A ira de Deus é sempre legítima.
	Segundo o autor, dentro do arcabouço da teologia da aliança, a ira de Deus é despertada pela rejeição de seu amor que foi negado, desprezado. A ira de Deus se volta contra os que o rejeitam e contra os ímpios. Porém, esta ira não vai adiante sem uma advertência prévia. Deus é paciente e ainda dá ao povo oportunidade para arrependimento. A ira de Deus não dura para sempre (Sl 30.6; Is 26.20) e por trás da ira já se pode encontrar motivos de esperança (2Sm 24.16; Is 40.2; 51.22; 54.8-10; Os 14.4).
	No NT orge é usado tanto para ira humana como também para a ira divina. Thymos é uma usado para momentos repentinos de ira (Lc 4.28; At 19.28), enquanto que orge é utilizado para um elemento ocasional de pensamento deliberado, no entanto, ambos são considerados vícios condenados (Ef 4.31; Cl 3.8).
	A ira do rei na parábola da festa do casamento é vista como justificada (Mt 22.7; Lc.14.21), no entanto, a ira do irmão mais velho da parábola do filho pródigo é condenável (Lc 15.28) e isto se fundamenta em Mt 5.22. Ef 6.4 ensina que os pais não devem provocar os filhos à ira. Tg 1.19-20 fala que todos devemos estar prontos para ouvir, tardios em falar e tardios em irar-se, porque a ira do homem não produza justiça de Deus. O sol não deve se por sobre a ira de ninguém, seja uma ira justa ou não (Ef 4.26), pois a oração é incompatível com a ira (1Tm 2.8).
	A ira por muitas vezes é listada como sendo pecado (Ef 4.32; Cl 3.8; Tt 1.7). Ef 5.6 e Cl 3.6 indicam que a ira de Deus vem sobre os homens também por causa da ira do ser humano, que é corrompida. Em Cl 3.14 vemos que o cristão não deve ser irado, ser irado também é algo que desqualifica um bispo (Tt 1.7).
	Em outros lugares do NT a ira não é vista como sendo algo negativo. Ef 4.26, citando Sl 4.5 diz que o cristão pode se irar, mas não pecar com isto. Portanto, a ira do rei (Mt 22.7) e do rei contra o servo que não queria perdoar (Mt 18.34) são vistas como totalmente justificáveis. Jesus se irou (Mc 3.5). No entanto, deve-se estar atento e tentar perceber se a ira que possuo é lícita ou não. O que chama a atenção é que estes três casos tratam da ira de Deus, não do homem. Ainda somos aconselhados a não nos vingarmos, pois a Deus pertence a vingança (Rm 12.19; Lc 19.18; Dt 32.35; Hb 10;30).
	Deus vai julgar o mundo com ira (Mt 3.7; Mc 1.3-8; Lc 3.2-7; Jo 1.6,19-28) – (Lc 21.23; Mt 22.7; Jo 3.36) – arrependei-vos, esta é a mensagem de João Batista. Apocalipse retrata bem esta ideia da ira de Deus, no cálice da ira de Deus que os adoradores da besta terão de beber (Ap 14.10) e também do lagar (Ap 19.15; 14.19; Sl 2.9; Jl 3.13; Is 63.1-2).
	A ira de Deus não está apenas guardada para o dia do juízo, ela acontece também ao longo da história (Ef 2.3; Rm 1.18-20; Jo 3.36) no entanto, ela também é vista como um evento futuro (Rm 2.5; Ef 5.6; Cl 36).
	A ira de Deus é contra a injustiça, a transgressão da lei, a irreverência, e desdém ao Criador (Rm 1.18, 21ss). A autossuficiência, a auto justificação também trazem a ira de Deus, porque ninguém pode cumprir a lei com perfeição (Rm 4.15). Porque Deus manifesta sua justiça ao mundo, toda a injustiça do homem é descoberta e não permanece diante de Deus.
	Ou o ser humano está na ira de Deus, contra Deus (Rm 9.22; Dt 32.21; 1Ts 2.16) ou ele se volta para Cristo e deixa que Ele te livre da ira de Deus para te colocar em um ambiente de amor e perdão (Rm 5.8-9; 1Ts 1.10). Inácio escreve: ou devemos temer a sua ira futura ou amar sua graça presente. Pela fé em Cristo estamos livres da ira e da condenação, no entanto, vale lembrar que Deus continua sendo Senhor e juiz que julgará e condenará os ímpios no último dia. O confortador é saber que em Cristo a ira de Deus contra o crente foi aplacada, suprida, pois ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores.
		H. C. Hahn
Conclusão:
	A ira é algo que desperta curiosidade. Por vezes achamos que é algo totalmente condenável e que nuca pode-se ficar irado, pois é pecado contra Deus. No entanto, é possível perceber que podemos ficar irados sem pecar. Por mais que a ira seja uma consequência de nossa pecaminosidade, por meio de Cristo podemos nos irar de forma justa, contra crimes,corrupção, pecados, etc. No entanto, por mais que possamos desprezar tais atos que são contra a vontade de Deus, somos convidados a permanecer quietos, e deixar Deus ser Deus, pois a ele pertence a vingança, além disso, nossa ira nunca serial totalmente legítima e justa. No entanto, no reino secular, as autoridades receberam direitos e autoridade de Deus para punir determinados crimes, para que assim, pudesse haver ordem numa sociedade corrompida pelo mal.
	A ira de Deus é justa, Jesus se irou, e com isso não pecou, pois a ira de Deus é legítima, nós é que não sabemos jugar com perfeição, porém Deus conhece o coração, e seu julgamento é justo, nele não há pecado.

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