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Professor: Dr. Rodrigo Roncato Pereira
Setembro, 2019
Disciplina: Histologia e Embriologia
Curso: Enfermagem
Histologia
Histologia
O que é Histologia?
• É o ramo da ciência que estuda os tecidos do corpo e como eles se 
organizam para constituir órgãos.
• Histo = tecido; e Logos = estudo.
• Organização do corpo:
• Átomos →Moléculas → Células → Tecidos → Órgãos → Sistemas →
Organismo
• O conhecimento dos tecidos básicos é fundamental para estudo da 
estrutura e funcionamento dos órgãos e sistemas.
Níveis de organização corporal
Moléculas: DNA, RNA, aminoácidos, 
glicídios, lipídios, H2O....
átomos
Tecidos = conjunto de céls. semelhantes, 
diferenciadas e complementares que se 
associam para realizar funções específicas.
Órgãos = estruturas funcionais formadas por 
2 ou + tecidos diferentes associados.
Há 4 tecidos fundamentais:
• Epitelial
• Conjuntivo
• Muscular 
• Nervoso
Constituição dos tecidos
• Células
• Matriz extracelular (MEC) – espaço extracelular. 
Composta por moléculas altamente organizadas 
formando estruturas complexas, como: 
proteoglicanas, glicoproteínas multiadesivas, 
glicosaminoglicanos, proteínas, polissacarídeos, 
fibras, membranas basais e líquido intersticial.
• Cada um dos 4 tecidos fundamentais é formado 
por diferentes tipos de células e arranjos 
característicos de MEC.
pavimentosas, cúbicas, 
colunares
Sustentação
DefesaTransporte
• A pequena dimensão das
células e dos componentes
da matriz extracelular
(MEC) contida entre as
células faz com que a
histologia dependa do uso
de microscópios.
As Células
ESTRUTURA CELULAR
Todos os seres vivos são constituídos por unidades 
básicas chamadas células.
Membrana
Citoplasma
Núcleo
Célula: base para organização da vida 
• A célula se divide em 
dois compartimentos 
básicos: citoplasma e 
núcleo.
Delimitados por 
Membrana celular e 
Membrana nuclear.
CITOLOGIA
•A área da Biologia que estuda a célula→
estrutura e funcionamento.
Kytos (célula) + Logos (estudo)
As células são as unidades funcionais e estruturais
básicas dos seres vivos!
É a unidade morfo-fisiológica dos seres vivo.
• É a menor unidade viva que é responsável por oferecer
mecanismos fundamentais a um organismo, e que, além
disso, provocam as reações do metabolismo.
Célula
A descoberta 
da célula
História da Citologia
- A invenção do microscópio (1590 – Janssen – Holandês) 
condição necessária à descoberta do mundo das céls vivas.
- Antonie van Leeuwenhoek (1654 - Holandês) – usou 
microscopia para visualizar material biológico (protozoários, 
espermatozoides e céls sanguíneas). 1º a observar 
microrganismos e células (glóbulos).
Pequeno aparelho de uma lente
• Em 1665, influenciado por Leeuwenhoek, o físico inglês Robert
Hooke, criou um microscópio de duas lentes, mais eficiente
(maior capacidade de ampliação - 300x). Foi o primeiro a sugerir
a existência e criar o nome: célula.
• Examinou num microscópio rudimentar: lâmina de cortiça
(tecido vegetal morto) → constituída por pequenas cavidades
poliédricas justapostas, às quais chamou de células (do latim cella
= pequena cavidade). Na realidade Hooke observou blocos que
eram as paredes de células vegetais mortas.
O Núcleo
• 1833 – Botânico escocês R. Brown observou que tanto as células 
animais como as vegetais apresentam em seu interior um corpo 
esférico ou ovoide, que ele denominou núcleo. Não se sabia seu 
conteúdo e nem função. 
- O restante do 
fluído celular passou 
a ser chamado de 
citoplasma.
A célula observada ao Microscópio Óptico
Aumento no microscópio óptico de 100 a 1500 vezes.
Visualização 
somente de 
citoplasma, núcleo
(Cromossomos) e 
parede celular.
Usa Feixes de Luz para atravessar e ampliar amostras e gerar imagens (1.500X) 
A célula observada ao Microscópio Eletrônico
A partir de 1950, a pesquisa biológica começa o 
estudo mais detalhado da célula, pela criação do 
microscópio eletrônico.
Aumenta 5 mil a 300 mil vezes.
Existem dois tipos:
• MET: Microscópio eletrônico de transmissão.
• MEV: Microscópio eletrônico de varredura.
Origem da Citologia Ultra estrutural
Usa Feixes de Elétrons (menores comprimentos de ondas) para atravessar e 
ampliar uma amostra e gerar imagem que é transmitida para um computador
Visualizações no MET
ovócito e espermatozoide
Vírus
Membrana plasmática
Bactéria ciliada
RER
Eletromicrografia do RER na sua conformação mais frequente, a de cisternas amplas e paralelas onde se observa a presença
dos ribossomos associados à superfície citoplasmática das cisternas do RER e da carioteca externa. (MET, planária terrestre)
Visualizações no MEV
Visualização da 
imagem em 3D.
Produz imagens de alta resolução da superfície de uma amostra. 
Devido a maneira com que as imagens são criadas, imagens de MEV 
tem uma aparência tridimensional dos objetos e são úteis para 
avaliar a estrutura superficial de uma dada amostra.
Grãos de Pólen - profundidade
Bactéria Escherichia coli vista ao microscópio óptico (a) e eletrônico (b).
a b
Imagens Microscópio Eletrônico
Imagem da bactéria E. coli – colônia. 
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Ácaro de poeira
Imagens Microscópio Eletrônico
Olhos de um mosquito
TIPOS CELULARES
• Existem dois tipos básicos de células: PROCARIÓTICAS e EUCARIÓTICAS
Célula Procariótica: sem carioteca Célula Eucariótica: presença de carioteca 27
Componentes básicos da célula
Membrana plasmática - É uma 
“capa” dupla (bicamada lipoproteica) 
que envolve e protege todo o interior 
da célula.
• Proteção e delimitação da célula;
• Elasticidade;
• Retenção e transporte de moléculas 
de forma seletiva. 
• Permeabilidade Seletiva: 
capacidade de selecionar as 
substâncias que entram e saem 
da célula.
Parede Celular
É uma estrutura típica das células vegetais, bacterianas e dos fungos e 
tem como principal função dar proteção extra à membrana plasmática. 
Difere por sua constituição química: nas
bactérias, a parede celular é composta por
carboidratos (açúcares) e proteínas
(peptideoglicanos); nos vegetais, é
composta por celulose, um carboidrato
estrutural resistente; nos fungos, por
quitina e carboidratos nitrogenados.
Reduz a perda de água e promove a rigidez das células.
Principais características dos componentes 
básicos da célula
Citoplasma
• Auxilia a morfologia da célula;
• Fica entre a membrana e o núcleo;
• É preenchido pelo hialoplasma;
• Armazenamento de substâncias 
essências à vida;
• Local onde se situam as organelas
citoplasmáticas.
Organelas Citoplasmáticas
Organelas Citoplasmáticas
Mitocôndria: são organelas formadas por dupla 
membrana lipoproteica.
Encontradas em grande No, têm como função a 
produção e liberação de energia para o metabolismo 
celular = respiração celular.
Células que gastam bastante energia têm + 
mitocôndrias, por exemplo, as células cardíacas, 
sptz, musculares.
Apresentam a capacidade de se autoduplicar e de controlar seu 
metabolismo, pois possuem material genético próprio.
Os cientistas atribuem esta capacidade à sua origem, de bactérias 
primitivas que passaram a viver nas células eucarióticas – Teoria 
da Endossimbiose.
Organela não membranosaAnimais e protozoários
Organelas membranosas
Organela mais abundante, parte da composição da carioteca.
ribossomos
Retículo Endoplasmático: é formado por uma rede 
de canais interligados e distribuídos por toda a célula.
É responsável pela síntese, transporte, distribuição e
armazenamento de proteínas e enzimas (RE Rugoso) 
ou síntese e transporte de lipídeos (produção de 
memb. e horm.) (RE liso) pelo citoplasma.
RER
Eletromicrografia do RER na sua conformação mais frequente, a de cisternas amplas e paralelas onde se observa a presença
dos ribossomos associados à superfície citoplasmática das cisternas do RER e da carioteca externa. (MET, planária terrestre)
REL
Ponto de transição no RE (marcador de limite) entre sua porção rugosa (R) e sua porção lisa (L) pode ser facilmente observada
pela ausência dos ribossomos associados na superfície citoplasmática de suas cisternas, na parte lisa. Há concentração de 
substância no interior de uma vesícula do REL (seta) e nas vesículas de secreção já formadas (V). (MET, planária terrestre)
Complexo de Golgi: É constituído por dupla
membrana lipoproteica, formando bolsas
achatadas, empilhadas e estão localizados
próximo ao núcleo, após o RE.
Tem como principal função o armazenamento e 
transformação de substâncias produzidas 
dentro da célula e a secreção celular. 
Assim, recebe (armazena), transforma,
empacota e libera substâncias no interior de
vesículas que atuarão no próprio citoplasma ou
no meio extracelular.
Complexo de Golgi
Lisossomos: são organelas (bolsas) produzidas pelo Complexo de Golgi.
Em seu interior, encontram-se enzimas digestivas, o que 
lhe confere a função de digestão intracelular. 
Vesículas contendo enzimas que se desprendem do complexo de Golgi
Incorporação de produtos sólidos
Incorporação de produtos líquidos
Processo utilizado pela célula para englobar 
partículas sólidas ou liquidas, que lhe irão 
servir de alimento ou para defesa.
Remoção de resíduos 
ENDOCITOSE
EXOCITOSE
Organela membranosa que contém enzimas que usa O2 para oxidar (quebrar) substâncias orgânicas
e rim
Composto formado 
como produto final 
em muitas reações 
do metabolismo, de 
efeito altamente
lesivo às células.
Produção de anticorpos, hormônios, ....
• Ribossomos: Podem ser encontrados livres
no citoplasma ou associadas ao RER. Tem
como função a síntese de proteínas.
• Citoesqueleto: É formado por
microfilamentos e microtúbulos de
proteínas responsáveis pela organização
interna (sustentação) e pelo formato da
célula; também participa dos movimentos
celulares (cílios e flagelos). Ainda auxilia
na adesão celular.
Núcleo
 Fig. 24: Núcleo Celular 
O Núcleo atua na 
reprodução celular. 
Também é portador das 
características 
hereditárias e coordena 
todas as atividades 
químicas da célula através 
de instruções fornecidas 
pelos genes.
Organela membranosa
• Carioteca: membrana dupla e porosa que 
delimita o Núcleo, permitindo a 
comunicação com o Citoplasma;
• Nucleoplasma: massa fluída limitada pela 
Carioteca que ocupa o interior do núcleo –
água + proteínas;
• Cromatina: material constituído por DNA
(material genético) + proteínas. 
Responsável pelas CARACTERÍSTICAS 
HEREDITÁRIAS.
• Nucléolo: armazena rRNA e têm 
sequências de DNA que controlam a 
reprodução celular.
RESUMO
UNIDADES DE MEDIDA DAS CÉLULAS
Micrômetro (µm)- milésima parte do milímetro
• 1 m = 1mm/1000 ou 1mm = 1000 m 
Nanômetro (nm) = milionésima parte do milímetro
• 1 nm = 1mm/1.000.000 ou 1mm = 1.000.000 nm 
Ângstron (A) = décima de milionésima parte do milímetro
• 1 A = 1mm/10.000.000 ou 1mm = 107 A
• Geralmente o tamanho das 
células é inferior ao poder de 
resolução do olho humano: 
•Céls animais apresentam de ±
10 a 20 µm; 
•Céls vegetais, de 20 a 50 µm; 
•O tamanho médio das bactérias 
varia de 2 a 5 µm.
HISTOLOGIA E SEUS MÉTODOS DE ESTUDOS E 
MICROSCOPIA
TEÓRICO-PRÁTICA
• Preparações histológicas – maior parte não pode ser visualizada a 
olho nu
Amostras do tecido precisam ser
preparadas e analisadas em MICROSCÓPIO
Biologia Celular e Histologia
Preparação de tecidos para exames 
microscópicos
• Procedimento mais usado no estudo de tecidos – preparação de lâminas a partir de CORTES HISTOLÓGICOS. 
• Microscópio de luz (ou óptico ou fotônico) – a imagem se forma após um feixe de luz atravessar uma estrutura.
• Apenas céls vivas, camadas muito delgadas de tecidos, membranas transparentes de animais vivos (ex. cauda de 
girino), podem ser observadas diretamente ao microscópio – sem nenhum preparo. 
• Na maioria dos casos, tecidos e órgãos são espessos e não
possibilitam a passagem adequada da luz para a formação de uma
imagem.
• Os cortes dos tecidos são obtidos por meio de instrumentos de 
grande precisão – micrótomos.
• Mas antes o tecido precisa passar por uma série de tratamentos. 
preservação
MO
Coleta
1- COLETA 
Fragmentos de tecidos podem ser obtidos:
• Biópsia;
• Excisão cirúrgica;
• Necropsia.
Logo após a remoção, os fragmentos de
tecidos devem ser imersos imediatamente
em fixador.
2- Fixação
• Logo após sua remoção do corpo, céls ou fragmentos de tecidos devem ser 
submetidos a um processo chamado fixação;
• Finalidades:
• Evitar a digestão e degradação dos tecidos por enzimas presentes nas próprias 
células que o constitui (autólise) ou por ação de bactérias (proliferação);
• Enrijecer os fragmentos de tecido tornando-os mais resistentes a danos com o 
tempo;
• Preservar a estrutura e a composição molecular dos tecidos.
• Fixadores: subst. químicas que mantem a integridade do tecido, sem alterar 
as estruturas celulares.
Fixação pode ser: Química ou Física
• Química: tecidos são imersos em soluções fixadoras de agentes estabilizadores 
de moléculas (formam pontes com moléculas vizinhas). + comum: formaldeído
a 4-10 % (reage com grupos amina das proteínas). Glutaraldeído. Álcool + ác. 
Acético. Tetróxido de ósmio (preserva e dá contraste aos lipídeos e proteínas). 
Demorada – até 48h para conclusão.
• Física: Congelamento (fixação menos comum);
• Não inativa a maioria das proteínas e enzimas (diferente da fixação química) e 
as mantem em suas conformações naturais. 
• É + usada quando se quer estudar lipídios presente nos tecidos ou céls, pois a 
imersão de tecidos em solventes (ex. xilol) dissolve essas substâncias. 
• É um método rápido (até 12h para conclusão). Muito usado em biopsias. É feito 
pouco após a remoção do tecido.
3- Inclusão
• Para conseguir secções delgadas com o micrótomo, os fragmentos de 
tecido fixados devem ser infiltrados com substâncias que lhes 
proporcionem um consistência ainda + rígida. 
• Substâncias + usadas: Parafina e resinas de plástico.
• Inclusão ou embebição em parafina é precedido por 2 etapas: 
desidratação e diafanização ou clareamento. 
• Etanol = desidratação do tecido (perda de água) – facilita a impregnação do 
tecido com parafina.
• Diafanização ou Clareamento = Xilol – transparência. (infiltração de um 
solvente da parafina e desalcolizante). Clorofórmio, Benzol, Toluol ....
• Parafina derretida – confere rigidez ao tecido.
4- Microtomia
• Os blocos de parafina com tecidos são levados a um micrótomo onde são 
seccionados por uma lâmina de aço ou de vidro de modo a fornecer cortes 
de 1 a 10 micrômetros de espessura.
• Imprescindível para que haja boa transparência do material e 
consequentemente para uma boa visualização ao microscópio.
UNIDADES DE MEDIDAS CITOLÓGICAS
Micrômetro (µm)- milésima parte do milímetro
• 1 m = 1mm/1000
Nanômetro (nm) = milionésima parte do milímetro
• 1 nm = 1mm/1.000.000
Ângstron (A) = décima de milionésimaparte do milímetro
• 1 A = 1mm/10.000.000
4 m
• Após seccionados, as fatias delgadas são colocadas para flutuar sobre 
uma superfície de água aquecida (“esticar” o tecido) e então sobre 
lâminas de vidro, onde se aderem e serão corados.
Banho-Maria
4 – Coloração
• Finalidade: dar contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis e 
destacados uns dos outros. Naturalmente, tecidos são transparentes.
• A maioria dos corantes se comportam como substâncias de caráter ácido ou 
básico e formam ligações eletrostáticas (salinas) com componentes ionizados 
dos tecidos.
• Componentes dos tecidos que se coram bem com corantes básicos são 
chamados de basófilos e que tem afinidade por corantes ácidos – acidófilos.
• Ex.: Corantes básicos (ligam-se a radicais ácidos): Azul-de-toluidina, Azul-de-
metileno, Hematoxilina.
• Corantes ácidos (ligam-se a radicais básicos): Eosina, Orange G, Fucsina ácida. 
PREPARAÇÕES HISTOLÓGICAS
Coloração histoquímica
Principal técnica de coloração: Hematoxilina - eosina (+ usado)
Corante básico
cora estruturas ácidas (basófilas)
coloração azulada ou violeta
Núcleo, RER, porções do citop. ricas em RNA,
Matriz da cartilagem hialina.
Corante ácido
cora citoplasma, fibras colágenas
e outras substâncias básicas (acidófilas)
coloração cor-de-rosa
Hematoxilina
Eosina 
E
H
PREPARAÇÕES HISTOLÓGICAS
Hematoxilina:
Cor azul
CORA SUBSTÂNCIAS 
BASÓFILAS
Eosina
Cor rosada
Cora substâncias
ACIDÓFILAS
“cola” – sela o material na lâmina para durar por muito tempo.
Outras formas de obtenção de tecidos
• Esfregaço – é uma pequena camada de líquido biológico sobre uma 
lâmina de vidro, para fins de observação microscópica.
Esmagamento
Microscopia de Luz
• O microscópio é composto por partes mecânicas e ópticas (lentes 
oculares, objetivas e condensador).
• 3 conjuntos principais de lentes: - condensadoras: concentram os 
raios luminosos que atravessarão o objeto a ser observado.
• - objetivas: formação da imagem aumentada.
• - oculares: produzem a imagem.
• Resolução (parte óptica): o fator + crítico para conseguir uma 
imagem aumentada e com muitos detalhes é o parâmetro poder de 
resolução.
1 = ocular 
2 = objetivas e revólver 
3 = platina - mesa
4 = charriot – movim. a lâmina
5 = parafuso macrométrico 
6 = parafuso micrométrico 
7 = diafragma do condensador 
8 = condensador 
9 = botão do condensador 
10 = dois parafusos 
centralizadores do condensador 
11 = Botão liga/desliga
12 = controle de iluminação 
Base
Braço
Lâmpada 
(Fonte de Luz)
Canhão
Presilhas
Ou pinças
Mecanismo 
de 
focalização
Proporcionam 
aumento
MICROSCÓPIO ÓPTICO - feixe de luz 
atravessa um objeto muito fino e é 
recolhido por um sistema de lentes 
que ampliam a imagem (até 1000x).
Observações IMPORTANTES
• 1. O microscópio não deverá ser retirado do local, nem mesmo 
arrastado sobre a bancada, pois poderá haver o risco de queimar a 
lâmpada e danificar os sistemas de lentes.
• 2. Se há mais de um aluno usando o microscópio, coloquem-se numa 
posição ideal para evitar a movimentação do microscópio.
• 3. Por fim, lembremos o cuidado em, após o uso, abaixar a platina, 
retirar e guardar a lâmina (se usar óleo de imersão, limpar a lâmina), 
posicionar a objetiva de menor aumento (4x) e cobrir com a capa o 
microscópio.
Para um bom diagnóstico histológico, é necessário que 
você siga corretamente os passos a seguir:
• 1. Observe se o microscópio está em perfeito funcionamento: lentes oculares e 
objetivas bem atarraxadas e limpas; Charriot com as pinças sobre a platina 
movimentando-se normalmente.
• 2. Observe a lâmina contra a luz e examine o corte a olho nu. 
• 3. Coloque a lâmina na platina, prendendo-a com as pinças e, movimentando o 
Charriot, centralize a preparação na “janela” da platina.
• 4. Encaixe a objetiva de pequeno aumento (4x), girando o revólver; acenda a lâmpada 
e tente focalizar para o seu olho (movimentando o parafuso macro e micrométrico), 
não conseguindo, peça ajuda.
• 5. Passeie por toda a estrutura corada, movimentando o Charriot, para ter uma visão 
panorâmica do corte. 
Detenha-se em algum campo específico e encaixe a objetiva de 10x. De quanto foi o aumento 
anterior com a objetiva de pequeno aumento e agora com a de médio aumento? Faça os 
cálculos.
• 6. Tente interpretar a lâmina. Lembre-se de que você está diante de um único plano de corte e 
que as estruturas como vasos e ductos têm distribuição tridimensional nos tecidos e órgãos. Os 
cortes transversais apresentam-se com uma luz central.
• 7. Utilize outra objetiva e vá aprofundando seu estudo. Observe as dimensões das estruturas 
com cada objetiva empregada.
• 8. Não desanime da primeira vez. Repita as operações até que possa dominar o microscópio. 
Antes de devolver a lâmina ao suporte, certifique-se de que reconheceu as estruturas pela 
coloração e pela morfologia que apresentam. Faça os seus questionamentos, discuta com o 
colega vizinho e, só após, chame o professor para esclarecimentos.

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