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algumas teorias sobre Comte e Durkheim

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RESUMO
O presente trabalho trata-se, em sua primeira parte, da explicação de uma das teorias de Auguste Comte, a Lei dos Três Estados Teóricos. A segunda parte trata-se de comparações com a contemporaneidade de fatos ocorridos após as Revoluções Francesa e Industrial que são a divisão de trabalho e a mecanização das indústrias e o êxodo rural, além do suicídio baseado na teoria de Émile Durkheim.
Palavras-chave: Lei dos três estados, divisão de trabalho, mecanização, êxodo rural e suicídio. 
SUMÁRIO
Explicação
1.1 Lei dos Três Estados de Auguste Comte
Comparação com a contemporaneidade
2.1 A divisão de trabalho e mecanização 
2.2 Êxodo rural
2.3 Suicídio de Émile Durkheim
Lei dos Três Estados de Auguste Comte
A Lei dos Três Estados fundamenta-se no entendimento do processo de evolução o qual as sociedades passaram, sendo considerada inevitável na mesma e independente do tempo e lugar. Todas essas sociedades passariam por três estados. O primeiro era o Estado Teológico, em que os fenômenos sociais eram explicados através da divindade pois eram influenciados pelos valores espirituais e dogmas. Nele, tudo se baseava na vontade de Deus. O segundo, o Estado Metafísico foi um período de transição em que os valores espirituais e dogmas começaram a ser abalados, havendo uma explicação abstrata e um questionamento sem a comprovação na prática. O terceiro e último é o Estado Positivo, o qual era baseado no empirismo, ou seja, na observação das ações humanas em sociedade. Eram elaboradas hipóteses e leis baseadas nessas observações. Para Comte, esse era o último estado que as sociedades poderiam alcançar, considerado como estado moderno.
Divisão de trabalho e mecanização
Antes da Revolução Industrial era comum a produção e comércio através das oficinas, que era o trabalho feito pelo artesão não dividido em etapas. Para concluir seu trabalho o artesão precisava de matéria-prima e ferramentas a fim de realizar diversas tarefas sozinho em um processo lento. Por isso, a produção é menor e o tempo de trabalho é maior uma vez que um único indivíduo era designado a fazer todas as etapas para resultar em um determinado produto.
Após a Revolução Industrial (a partir do século XVIII) houve a substituição de pessoas por máquinas nas indústrias, fazendo com que houvesse uma nítida divisão de trabalho em que cada trabalhador era responsável por sua função exclusivamente. Com isso, a produção se tornou maior em um curto período de tempo, já que as funções eram divididas, acelerando o processo de produção e consequentemente produzindo mais.
É possível comparar que essa substituição de pessoas por máquinas ocorre até o tempo contemporâneo e é cada vez mais notada na sociedade. Portanto, há um elevado índice de desemprego e por consequência o aumento da população às margens da sociedade; as indústrias gastam menos despesas salariais e impostos; há sempre o trabalho qualificado uma vez que as máquinas são programadas a cumprirem suas funções e utilizam tecnologia de ponta para a realização de um trabalho eficiente e produtivo.
Êxodo rural
O êxodo rural aconteceu após a Revolução Industrial pois os trabalhadores tinham uma ilusão de que as cidades tinham melhores condições de vida e emprego, além de que houve uma mecanização no espaço rural. Esse êxodo ocasionou uma superlotação das cidades, por maior procura de trabalho, um maior número de desempregados à procura de moradia, além de problemas relacionados com saneamento básico, lixo acumulado e fome.
Nos dias atuais ainda há essa ilusão, mesmo que menor, de que a vida no meio urbano oferece melhores condições de vida do que no meio rural. O trabalho nas fazendas, por mais que seja essencial para a sobrevivência do ser humano na maioria das vezes é desvalorizado e visto como inferior. 
Porém, nesse mesmo ambiente rural a poluição é menor comparado com as cidades pois não há uma quantidade excessiva de fábricas poluentes; há o uso da agricultura e pecuária que podem ser destinados tanto para o comércio interior, exterior e quanto para a própria subsistência. Possuem uma vida tranquila, sem trânsito, com boas condições de vida devido ao processo de industrialização e mecanização gerado ao longo dos anos após as Revoluções. 
Suicídio de Émile Durkheim
O suicídio para Émile Durkheim era explicado como fato social uma vez que não estava relacionado a um fenômeno individual e psicológico, mas sim ligado com fatos em que era retratada a vida social.
Para ele havia três tipos de suicídios: o suicídio egoísta em que o indivíduo não se adaptou à sociedade e teve uma carência da vida social; o suicídio altruísta, quando o indivíduo age pelo bem comum da sociedade e acha que é um dever de honra; e o suicídio anômico, quando as normas da sociedade não se adequam a ela em determinada época presente, principalmente em momentos de transformações e crises sociais.
Na atualidade ainda há um alto índice de suicídio em todas as faixas etárias. A maioria dos casos adequa-se ao suicídio egoísta de Durkheim já que é resultado da falta de adaptação social ou uma exclusão da mesma, principalmente na sociedade brasileira.
Há alguns casos de suicídios anômicos pois estamos em um continuo processos de mudanças; já o suicídio altruísta não é muito comum, visto que a maioria dos brasileiros não se consideram nacionalistas a ponto de agir para com o bem comum como em outras sociedades.
Há também a explicação de suicídios decorrentes à depressão, explicados por fenômenos individuais e psicológicos, os quais não se adequam às concepções de Durkheim e a teoria dos três tipos de suicídios, mas que são bastante evidenciados no meio comum em que se vive.
REFERÊNCIAS
A Lei dos Três Estados. Passei direto. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/3583319/a-lei-dos-3-estados---comte>. Acesso em: 7 set. 2018
Êxodo Rural. Toda Matéria. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/exodo-rural/>. Acesso em: 5 set. 2018.
Morar na cidade ou no campo? Vantagens e desvantagens de cada um! Saúde Melhor. Disponível em: <https://www.saudemelhor.com/morar-cidade-campo-vantagens-desvantagens-cada/>. Acesso em: 5 set. 2018.
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M.L.O.; DE OLIVEIRA, M.G.M. Um toque de Clássicos Marx, Durkheim e Webber. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. 
Revolução Industrial. Equipe Brasil Escola. Disponível em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/historia/revolucao-industrial.htm>. Acesso em: 5 set. 2018.
Suicídio: é preciso falar sobre esse problema. G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/suicidio-e-preciso-falar-sobre-esse-problema.ghtml>. Acesso em: 5 set. 2018.
Suicídio: Tipos de suicídio: egoísta, altruísta e anômico. UOL Educação. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/suicidio-3-tipos-de-suicidio-egoista-altruista-e-anomico.htm>. Acesso em: 5 set. 2018.

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