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2º ano DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS MAPA DE ATIVIDADES SUMÁRIO 16 1º CICLO 39 2º CICLO 57 3º CICLO 76 4º CICLO DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 3 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS INTRODUÇÃO Caro(a) professor(a), Os documentos normativos da legislação brasileira e os currículos locais têm trazido para o centro do debate educacional o conceito de educação integral. Como fundamento pedagógico, a educação integral contempla uma visão de integração: do currículo escolar (frente a ainda tão presente fragmentação), do desenvolvimento humano (compreendendo o desenvolvimento pleno dos estudantes em diversos âmbitos) e da escola na contemporaneidade. Nesse cenário se localiza o Diálogos Socioemocionais, uma proposta que tem como objetivo o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais de cada estudante, competências estas que são fundamentais para que eles possam viver, estudar, conviver e trabalhar em um mundo cada vez mais complexo, incerto e em constantes e rápidas mudanças, que são as marcas mais significativas e desafiadoras do século 21. Este caderno então apresenta uma proposta de itinerário formativo para realizar o Diálogos Socioemocionais com os(as) estudantes do 2º ano do Ensino Médio. Nele, você encontrará estratégias e orientações que apoiarão o seu planejamento para o trabalho com componentes curriculares voltados à reflexão e elaboração de projetos de vida pelos(as) estudantes. As DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 4 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS atividades propostas compreendem carga horária de aproximadamente 40 horas e podem ser adaptadas pelo(a) professor(a), conforme seu conhecimento das turmas, sua disponibilidade de tempo e/ou de recursos. Portanto, é importante considerar a importância do planejamento no trabalho docente. A ação de planejar é central, pois é a partir dela que se definem objetivos, expectativas de aprendizagem e de desenvolvimento, escolhas metodológicas, modos de organização da turma, processos avaliativos etc. Sem um bom planejamento, perde-se a intencionalidade e a progressão do processo, bem como as oportunidades de promover a integração com as demais práticas e propostas que acontecem na escola. A seguir, apresentaremos os princípios e conceitos que são essenciais para o entendimento da proposta e a realização de um bom trabalho. Boa leitura! PARA COMEÇO DE CONVERSA: O PROJETO DE VIDA NA ESCOLA Quando o currículo escolar abre espaço para que o Projeto de Vida dos(as) estudantes seja um conteúdo a ser desenvolvido intencionalmente, a escola dá um passo em direção aos anseios e desejos dos(as) jovens brasileiros(as) por uma educação que contemple seus interesses e os(as) apoie na aprendizagem de ferramentas para a construção de seus projetos de futuro. Vale ressaltar que, Projeto de Vida não é sinônimo de projeto profissional. Realizar uma escolha profissional é apenas uma dimensão de um Projeto de Vida. É preciso considerar a formação de cada estudante em quatro dimensões indissociáveis: a pessoal, a cidadã e a profissional, incluída nelas a dimensão do(a) jovem como estudante. Na dimensão pessoal, os(as) jovens investigam sobre si mesmos(as), seus sonhos, seus interesses e suas motivações no âmbito individual e na interação com os demais. Autoconhecer-se é uma busca contínua pela compreensão de si mesmo(a). Envolve aprender a se aceitar, a se valorizar, a desenvolver a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas próprias forças e de crescer em situações adversas sendo resiliente, estabelecendo objetivos de vida. Em resumo, a dimensão pessoal envolve: • Conhecer-se, compreenden do suas emoções e como lidar com elas; • Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas; DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 5 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS • Ver valor em si mesmo(a); • Olhar para o futuro sem medo; • Identificar seus interesses e suas necessidades; • Estabelecer objetivos e metas e persistir em alcançá-los; • Ser aberto(a) às novas culturas, pessoas e ideias; • Identificar caminhos e estratégias para superar as dificuldades e alicerçar a busca da realização de seus sonhos; • Vivenciar, refletir e dialogar sobre as maneiras como se relaciona com o outro e com o bem comum; • Estabelecer significado às experiências na escola e fora dela; • Conhecer-se como estudante, identificando por que, com quem e como estudar e aprender. Na dimensão cidadã, a busca é por uma compreensão do bem comum, das questões envolvidas na convivência e na atuação coletiva. Compreender-se como parte de um coletivo e como parte interdependente de redes locais e virtuais traz à reflexão o status planetário no qual estamos todos(as) inseridos(as). Perceber-se um(a) cidadão(ã), que integra a construção da vida familiar, escolar, comunitária e social, é um objetivo essencial nessa dimensão. Em resumo, a dimensão cidadã envolve: • Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas; • Agir com empatia, sendo capaz de assumir a perspectiva dos outros, compreendendo as necessidades e o os sentimentos alheios, construindo relacionamentos baseados no compartilhamento e na abertura para o convívio; • Refletir e dialogar sobre as maneiras como vivenciam o compromisso com o outro e com o bem comum; • Vivenciar e atribuir significados às experiências cotidianas na escola, em especial àquelas que dizem respeito ao convívio e à atuação em grupos de trabalho escolares, nos projetos e nas aulas. A dimensão profissional, por fim, traz uma provocação para que os/as jovens dirijam o olhar à sua inserção produtiva. O trabalho, elemento que promove a intersecção entre a vida pessoal e a vida em sociedade, é objeto de profunda reflexão e compreensão, com vistas a um posicionamento do estudante. O que está em foco é perceber interesses nesse campo, identificar habilidades e conhecimentos que correspondem às aspirações profissionais, abrindo caminho ao planejamento de metas e estratégias. Em resumo, a dimensão profissional envolve: • A reflexão e o diálogo sobre seus interesses em relação à inserção no mundo do trabalho, bem como a ampliação dos conhecimentos sobre os contextos, as características, as possibilidades e os desafios do trabalho no século 21; DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 6 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS • A identificação, a valorização e o fortalecimento dos sonhos, as aspirações, os conhecimentos, as habilidades e as competências de cada jovem, desenvolvidos ao longo da sua trajetória escolar, familiar e comunitária; • Conhecer-se como estudante, identificando os caminhos de desenvolvimento e continuidade dos estudos. Em resumo, durante a proposta de trabalho com itinerário do Diálogos Socioemocionais no 1º ano do Ensino Médio, abrem-se oportunidades para que cada jovem – considerando as singularidades e a diversidade das culturas juvenis – assuma o protagonismo ao refletir sobre si mesmo(a) para aprofundar seu autoconhecimento, ao estabelecer seus objetivos de desenvolvimento pessoal com o apoio do(a) professor(a), participando das atividades com vistas ao desenvolvimento intencional do conjunto de competências socioemocionais que cada um(a) escolheu como prioritárias para si mesmo(a). Ao final de cada ciclo de atividades do itinerário proposto, professores e estudantes vivenciam a pausa para reflexão,que ocorre com o apoio do instrumento fundamentado em conceitos de avaliação formativa e baseado em rubricas. A partir do diálogo com o(a) professor(a) sobre como cada estudante observou o próprio processo de desenvolvimento (autoavaliação) e do estabelecimento de metas e combinados para o próximo período, é que o processo de desenvolvimento das competências socioemocionais torna-se intencional, explícito e consciente. Nas próximas páginas, apresentamos o que é avaliação formativa e como esse tipo de concepção avaliativa acontece na proposta do Diálogos Socioemocionais. Como nas demais práticas pedagógicas, o registro tem grande importância. Para isso, a Agenda do Estudante tem como função ser tanto a “memória” do percurso percorrido quanto o material para valioso instrumento de registro das reflexões e dos combinados. A AGENDA DO ESTUDANTE A Agenda do Estudante pode ser um caderno customizado pelos(as) próprios(as) estudantes, uma espécie de agenda, na qual eles(as) podem fazer novas anotações sobre seu desenvolvimento e seus objetivos. Sugere-se que, nessa agenda, os(as) estudantes registrem, primeiramente, seus objetivos de desenvolvimento em suas próprias palavras. Por exemplo, um(a) estudante pode estar interessado(a) em aprender a falar em público, ou a conversar com desconhecidos, ou a mediar conflitos etc. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 7 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Em um segundo momento, recomenda-se que professor(a) e estudante, por meio do diálogo, possam estabelecer quais competências socioemocionais, dentre aquelas priorizadas na política da Secretaria de Educação, podem melhor apoiar o(a) estudante no alcance de seus objetivos. Para tanto, é necessário que o percurso de desenvolvimento dos(as) estudantes tenha intencionalidade e oportunidades reais para o desenvolvimento socioemocional e que o uso do instrumento com as rubricas para a avaliação formativa seja utilizado ao longo do processo. AFINAL, O QUE SÃO COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS? Na perspectiva do Instituto Ayrton Senna, a implementação da educação integral nas escolas deve garantir o desenvolvimento de competências que combinem aspectos cognitivos e socioemocionais. Isso significa possibilitar aos(às) estudantes a aprendizagem de qualidade em habilidades que vão desde o letramento até o desenvolvimento de competências socioemocionais, isto é: proporcionar uma base sólida para que os(as) estudantes mobilizem, articulem e coloquem em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades importantes para a relação com os outros e consigo mesmo(a), para o estabelecimento de objetivos de vida e para o enfrentamento de desafios, de maneira criativa e construtiva. As competências socioemocionais se manifestam em pensamentos, sentimentos e comportamentos e, uma vez consolidadas, tendem a afetar diferentes âmbitos da vida do(a) estudante. O desenvolvimento dessas competências se dá ao longo da vida, com base em experiências formais, como a escola, e informais, como ocorrências específicas da vida da pessoa. A escola é um contexto formal de aprendizagem com particular importância para o desenvolvimento de competências socioemocionais, uma vez que oferece inúmeras oportunidades de identificar, desenvolver e colocá-las em prática. Na escola, crianças, adolescentes e jovens passam parte significativa do seu tempo, em contato com os saberes curriculares, com os(as) colegas e com os(as) professores(as), enfrentando desafios, seja em relação ao aprendizado, seja em relação ao convívio social. MACROCOMPETÊNCIAS Existem diferentes modelos que identificam e organizam as competências socioemocionais. No caso do Diálogos Socioemocionais, a matriz de fundamentação é baseada em um modelo científico que delimita cinco macrocompetências, conforme descrição a seguir. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 8 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS • Abertura ao novo – descreve o grau com que uma pessoa se mostra criativa, sensível a diferentes estéticas, imaginativa e curiosa por ideias e outros modos de vida; • Autogestão – descreve o grau com que uma pessoa é centrada, organizada, diligente, focada, pontual e persistente; • Engajamento com os outros – descreve o grau com que uma pessoa tem interesse por se socializar, fazer amigos(as), ser gregária e experimentar o cotidiano com disposição e energia; • Amabilidade – descreve o grau com que uma pessoa é capaz de se colocar no lugar do outro, sentir compaixão, acreditar nas boas intensões de outra pessoa e respeitá-la; • Resiliência emocional – descreve o grau com que uma pessoa é atravessada por sentimentos de ansiedade, raiva e insegurança quando submetida a pressões interpessoais, estresse e frustrações. As referidas macrocompetências são compostas por competências mais específicas, as quais estão apresentadas na imagem a seguir: O DESENVOLVIMENTO INTENCIONAL DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS EM AULA Qualquer atividade complexa ou desafiadora envolve, necessariamente, uma ou mais competências socioemocionais para que sua execução seja efetivada com sucesso. Todavia, nem sempre que obtemos sucesso em alguma atividade sabemos quais foram os comportamentos e as habilidades que possibilitaram o êxito. Quando refletimos sobre o processo, nos apropriamos mais do aprendizado proporcionado pela situação e ampliamos nosso repertório. Dessa forma, ao nos depararmos novamente com um desafio no futuro, a probabilidade de sabermos lidar com aquela situação é maior, generalizando o aprendizado da competência. Determinação Organização Foco Persistência Responsabilidade Iniciativa Social Assertividade Entusiasmo Empatia Respeito Confiança Tolerância ao estresse Autoconfiança Tolerância à frustração Curiosidade para aprender Imaginação criativa Interesse artístico AUTOGESTÃO ENGAJAMENTO COM OS OUTROS AMABILIDADE RESILIÊNCIA EMOCIONAL ABERTURA AO NOVO DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 9 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Por exemplo, refletir sobre o peso que comportamentos de estudo (ex.: planejamento do que seria estudado por dia, organização do material, anotar e tirar as dúvidas, dentre outros) realmente tiveram no aprendizado e nas notas faz com que aumente a probabilidade de esses comportamentos serem adotados novamente quando surgir uma nova disciplina. Ou seja, quando desenvolvemos intencionalmente uma competência, conseguimos entender o quanto ela é importante e necessária para um determinado desfecho positivo e nos atentamos mais para nosso comportamento futuro. O(A) professor(a) mediador(a) é essencial para conduzir os(as) estudantes nesse processo de reflexão e autoconsciência sobre quais competências estão sendo desenvolvidas e mediante quais experiências. As metodologias da educação integral são aliadas do(a) professor(a) nesse processo. Essas são um conjunto de práticas de ensino que apoiam na promoção do desenvolvimento pleno dos(as) estudantes. Elas orientam as práticas pedagógicas dos(as) professores(as) para uma abordagem coesa, estruturada, intencional, compromissada, colaborativa e problematizadora. Alicerçam a promoção do protagonismo dos(as) estudantes e do desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais. Para a condução do Projeto de Vida dos(as) estudantes, priorizamos algumas delas: A Presença Pedagógicaé o exercício de interação, abertura, confiança e compromisso com o(a) estudante, fortalecendo o vínculo interpessoal e a mediação de conflitos e da aprendizagem. Ela trata da qualidade das interações e da mediação do(a) professor(a) e envolve: • O exercício do acolhimento e da abertura para construir uma relação de confiança com os(as) estudantes; • A mediação do(a) professor(a) nas situações de conflitos relacionais, buscando envolver os(as) jovens na reflexão sobre os diferentes aspectos e na resolução do problema, em vez de agir como o único resolvedor; • O compromisso do(a) professor(a) com relação à aprendizagem dos(as) alunos, traduzido na confiança no potencial de cada um(a), nas expectativas elevadas sobre suas capacidades de aprender e na persistência e no investimento em ensinar. A Problematização convida o(a) estudante a “aprender a aprender”. O(A) professor(a) lança desafios e questões para reflexão, faz boas perguntas e demanda que os(as) jovens elaborem, de forma própria, o conhecimento. É um meio de provocar a participação, a criticidade, a curiosidade e a superação do conhecimento simplesmente transferido. Nessa perspectiva: • O(A) estudante é o(a) construtor(a) do seu próprio conhecimento, possuindo papel ativo no processo; • Todo conhecimento é construído a partir do que já se conhece, e deve ser ensinado a partir do conhecimento que o(a) jovem já traz para a aula; DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 10 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS • O conhecimento se origina da busca por respostas para problemas bem formulados. O(A) professor(a) apresenta problematizações consistentes, possibilitando a mobilização de diversos recursos cognitivos e de uma postura investigativa do(a) aluno(a) diante do objeto de conhecimento; • O(A) professor(a) incentiva os(as) estudantes a pesquisarem e os(as) acompanha e orienta no percurso de investigação e de construção de argumentos provisórios, que vão sendo discutidos e apurados, até que se chegue a uma resposta satisfatória e consistente para cada questão lançada; • Em síntese, cabe ao(à) professor(a) instaurar na sala de aula um ambiente investigativo, mobilizado pelos questionamentos dos(as) alunos(as) – de modo que cada jovem possa exercer uma postura de inquietação e curiosidade frente ao conhecimento. A Aprendizagem Colaborativa trata essencialmente da promoção do trabalho colaborativo entre os(as) estudantes nas situações de aprendizagem e convívio. Pode ser realizado em duplas, pequenos times, e em outras situações de ação coletiva. Esse modo de aprender promove a ampliação da autonomia dos(as) estudantes em relação ao conhecimento e abre caminho a novos modos de interação com o(a) professor(a) e com os pares, exigindo forte envolvimento e compromisso de todos(as). Para um trabalho colaborativo em times: • Cada membro(a) se preocupa com a própria aprendizagem, com a do(a) colega e com o desempenho do time; • A responsabilidade da liderança é compartilhada por todos(as), em rodízio, e todos(as) os(as) estudantes realizam as tarefas; • As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança, convívio – são alvo do trabalho do time, pois geram aprendizados importantes; • Cada estudante é avaliado(a) pelo próprio desempenho e pelo progresso dos(as) demais. A partir dessa avaliação, os(as) membros(as) do time devem ser estimulados(as) a motivar e a apoiar aqueles(as) que demonstrem algum tipo de dificuldade; • O(A) professor(a) acompanha o trabalho dos(as) estudantes, circulando pelos times, orientando-os(as) quando se desviam da tarefa, estimulando para que persistam nos momentos de frustração, provocando-os(as) a pensar soluções antes de ouvirem sua opinião, potencializando a aprendizagem. O mapa de atividades do Projeto de Vida possibilita o desenvolvimento de diversas competências socioemocionais. Cada atividade possui um quadro inicial com indicação de quais competências serão promovidas. Independentemente da indicação, há metodologias que favorecem o desenvolvimento intencional das competências que podem ser utilizadas por você, professor(a), tanto para fortalecer alguma das competências listadas na introdução quanto para inserir o trabalho com outras que julgue estratégicas para trabalhar com sua turma em DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 11 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS um dado momento. A ressalva é de não focar no desenvolvimento de várias competências concomitantemente, pois a ciência mostra que não é possível desenvolver com qualidade mais de duas competências ao mesmo tempo. Para que você esteja mais consciente sobre como está promovendo o desenvolvimento das competências socioemocionais e tenha mais autonomia para a adaptação das atividades para suas aulas, é importante conhecer sobre como diferentes abordagens promovem o desenvolvimento de competências. Programas mais efetivos no desenvolvimento de competências socioemocionais são aqueles bem estruturados, que apresentam as seguintes características[1]: Nas atividades propostas para o itinerário do Projeto de Vida, esses elementos estão presentes e se manifestam de forma balanceada entre as atividades. Por exemplo: a metodologia proposta para algumas atividades valoriza o aspecto de explicitação das competências sendo trabalhadas. Esse é o caso da atividade “O que é ser um(a) estudante protagonista”. Nesse caso, é proposta uma roda de conversa sobre a conexão entre protagonismo e assertividade com base em um texto. Os(as) estudantes são convidados(as) a refletir sobre essa conexão e elaborar argumentos. Essa abordagem ajuda na explicitação das competências sendo promovidas. A mesma atividade traz, em um segundo momento, uma abordagem mais focada na experiência, apoiando-se nos aspectos ativos da aprendizagem. Por exemplo, quando ela convida os(as) estudantes a produzir suas agendas, personalizando um caderno de acordo com sua preferência, 1. Essa é a conclusão de estudos realizados pelo pesquisador Durlak e sua equipe, que publicou estudos em 2011 e em 2017. Possuem sequência didática que apoia na aprendizagem. O conhecimento é mobilizado nas atividades seguintes. Propõem experiências práticas variadas para promover a aprendizagem e se baseiam nas metodologias ativas. Possuem pelo menos um componente específico para o desenvolvimento de competências socioemocionais. Deixam claro para o(a) professor(a) e os(as) estudantes o que está sendo trabalhado e os objetivos de aprendizagem. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 12 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS as competências da autogestão e a imaginação criativa. A intencionalidade no desenvolvimento das competências não está explícita de antemão, mas as competências precisam ser mobilizadas pelos(as) estudantes para que eles(as) completem a atividade. De modo geral, as atividades buscam combinar essas duas abordagens para potencializar o desenvolvimento das competências socioemocionais, de modo que os(as) estudantes experienciem a mobilização das competências e estejam cientes sobre quais eles(as) estão trabalhando mais intensamente em cada atividade. Professor(a), você pode lançar mão dessas abordagens para propor o desenvolvimento intencional das competências já selecionadas para cada atividade, mas também pode personalizar alguma atividade e propor novas, com base na necessidade da sua turma, escola ou rede. Não se esqueça de outro elemento das atividades efetivas: ofoco. Escolha uma ou duas competências para explicitar em cada atividade, pois a ciência mostra que mais do que isso não é adequadamente aprendido pelos(as) estudantes, com a possibilidade de gerar confusão. Aproveite a sequência didática para trabalhar todas as competências que vocês priorizaram ao longo do tempo, mas evite trabalhar várias ao mesmo tempo. As metodologias da educação integral são aliadas nesse processo e, ao serem combinadas com as abordagens do desenvolvimento intencional das competências socioemocionais, potencializam o alcance dos objetivos a cada atividade e a autonomia do(a) professor(a) e dos(as) estudantes na construção coletiva do conhecimento. A AVALIAÇÃO FORMATIVA A avaliação da aprendizagem é tema recorrente nos debates educacionais. Já é um consenso que a avaliação não pode ser concebida como medida, régua, e sim como orientadora, bússola. Para tanto, se faz importante que os instrumentos de avaliação sejam diversificados, indo para além das provas e notas. No entanto, na perspectiva da educação integral e sua visão de desenvolvimento pleno dos(as) estudantes, os debates voltam-se para como promover a avaliação das competências socioemocionais. O desenvolvimento de competências socioemocionais não pode ser avaliado com vistas a um ideal de desenvolvimento, pois não existe um padrão ideal, um ponto de chegada. Cada ser humano é único e irrepetível, e, na dinâmica dos acontecimentos da vida, mobilizamos nossas competências socioemocionais de modo mais ou menos uniforme. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 13 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Por isso, a proposta que o Diálogos Socioemocionais traz para apoiar o desenvolvimento de competências socioemocionais é fundamentado em conceitos da avaliação formativa e no uso de instrumento baseado em rubricas. A avaliação formativa é uma concepção e prática avaliativa que visa acompanhar o percurso de aprendizagem e de desenvolvimento de cada estudante que considera que cada um(a) possui ritmos e modos de aprender distintos. Ela é realizada ao longo do processo educativo, contando sempre com a devolutiva do(a) professor(a). Muitos são os instrumentos que permitem a prática da avaliação formativa. Todos partem do princípio de planejar atividades abertas, colaborativas, que permitam a autoavaliação, tais como produções textuais, dinâmicas em grupo, uso de rubricas, dentre outras. Esse instrumento foi construído a partir de evidências extraídas de estudos e pesquisas nacionais e internacionais das 17 competências socioemocionais que compõem o modelo organizativo apresentado no capítulo anterior, cuja relevância para diversos aspectos da vida foi levantada. O uso do instrumento do Diálogos Socioemocionais é realizado ao longo de todo o processo educativo. Em cada momento avaliativo, professores(as) e estudantes dialogam a partir da autoavaliação do(a) estudante, induzida pelo instrumento, e constroem um plano de desenvolvimento a partir das conclusões a que chegaram. Esse ciclo de autoavaliação/ devolutiva/plano de desenvolvimento possibilita aos(às) estudantes repactuar expectativas e a tomar consciência acerca do próprio desenvolvimento para se autorregularem. Para que isso aconteça na prática, orienta-se que, como mediador(a) da aprendizagem, o(a) professor(a) deixe claro o percurso sugerido; proponha atividades desafiantes, por meio das quais os(as) estudantes tenham a oportunidade de se desenvolverem; dialogue a partir das autoavaliações, realizando devolutivas estruturadas ao longo do caminho; e corrija a rota quantas vezes forem necessárias para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Nesse percurso, os(as) estudantes são convidados(as) a apresentar evidências que justifiquem seus posicionamentos no diálogo com os(as) professores(as). Essas percepções são analisadas por ambos(as) e dão base para os combinados de próximos passos. As principais características da avaliação formativa são: • Ser em si mesma um processo educativo que acompanha tanto a aprendizagem e o desenvolvimento dos(as) estudantes quanto o próprio processo didático; • Ser dinâmica, porque fornece devolutivas que tornam possível identificar as evidências do que se está aprendendo e/ou desenvolvendo ao longo do processo, assim, tanto o(a) professor(a) quanto o(a) estudante pode reorientar seus caminhos de ensino e de aprendizagem. É DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 14 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS importante, portanto, que o tempo das devolutivas ocorra enquanto ainda dá tempo de agir sobre as conclusões e a elaboração do plano de desenvolvimento, e não ao final do processo; • Ser transparente, porque a todo o momento os(as) estudantes sabem o que se espera deles(as) (objetivo, desenvolvimento, critérios claros e combinados). Essa condição é fundamental para que o(a) estudante seja corresponsável pelo próprio desenvolvimento e por sua aprendizagem. Em suma, a avaliação formativa ocorre quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da avaliação permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem ao longo do período em que ela ocorre e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer devolutivas aos(às) estudantes de modo a contribuir com seu processo de aprendizagem e de desenvolvimento ao longo desse mesmo período. Para saber mais informações sobre avaliação formativa, consulte o Guia do Diálogos e o material disponível no curso a distância. SOBRE A RELAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM ESTE MATERIAL O intuito aqui não é dar uma receita pronta do que o(a) professor(a) deve fazer na sala de aula, muito pelo contrário! Essas atividades são estruturadas para apoiar o(a) professor(a) com estratégias didáticas que conectam o Projeto de Vida, o desenvolvimento de competências socioemocionais e a avaliação por rubricas. A temporização das atividades propostas deve ser reconsiderada pelo(a) professor(a), a depender do ritmo de suas turmas. Há uma indicação das atividades consideradas estruturantes para assegurar uma gama de aprendizados antes do preenchimento das rubricas. O(A) professor(a) pode e deve eleger outras atividades que executará com seus(suas) alunos(as). COMPOSIÇÃO DO ROTEIRO DE ATIVIDADES As atividades estão organizadas por etapa do Ensino Médio e por ciclos. A cada ciclo, o conjunto de atividades contém: • Resumo breve da atividade; • Objetivo a ser alcançado; • Competências intencionalmente desenvolvidas em cada atividade; • Organização da turma: proposta de organização dos(as) estudantes, em grupos, roda de conversa, por exemplo; DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 15 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS • Duração prevista: número de aulas para desenvolver a atividade, em um cenário ideal; • Para fortalecer sua mediação e presença pedagógica: dicas de metodologias integradoras para o(a) professor(a); ou • Desenvolvimento: estratégias e desenvolvimento da atividade (em etapas, conforme o caso), com sugestões de condução, dicas e orientações para o(a) professor(a). O PROJETO DE VIDA NO 2° ANO DO ENSINO MÉDIO Uma vez lançadas as bases do processo – o conhecimento de si mesmo, o caminho do desenvolvimento pessoal passa a abarcar a investigação do contexto, num processo de ampliação de referências e conhecimentos, para que o(a) jovem possa compreender as perspectivas presentes e projetar o futuro, fortalecendo a consolidação de seu Projetode Vida. A seguir, apresentaremos a organização do itinerário proposto para o componente Projeto de Vida em cada ciclo. As atividades propostas têm como objetivo promover o fortalecimento das questões que abarcam a investigação do contexto, em um processo de ampliação de referências e conhecimentos, para que o(a) jovem possa compreender as perspectivas presentes e os projetos para o futuro, ampliando e consolidando a perspectiva de criação de seu Projeto de Vida. As atividades têm uma duração prevista que pode superar o tempo que você tem disponível para sua realização. A orientação, nesses casos, é que você as adeque e reorganize conforme sua disponibilidade. De forma geral, recomenda-se a realização das Atividades 1 e 2 antes do preenchimento do instrumental do Diálogos Socioemocionais, e essas atividades podem ser realizadas em um tempo menor (menor número de aulas) que o que está sugerido no mapa a seguir. Após o preenchimento, você pode retomar o preenchimento da Agenda, proposto a seguir, e a Atividade 3 – Tirando projetos do papel, pois ela é estruturante para a definição dos objetivos do Projeto de Vida. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 16 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS 1º CICLO MAPA DE ATIVIDADES ATIVIDADE 1 PRA INÍCIO DE CONVERSA! Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados. • 01 AULA ATIVIDADE 2 NÃO POSSO MAIS VIVER SEM MIM Reflexão e trabalho sobre a autoestima, que resulta na produção de refrãos musicais compostos pelos(as) alunos(as). • 03 AULAS DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 17 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ATIVIDADE 3 TIRANDO PROJETOS DO PAPEL Inspiração para os(as) jovens pensarem em modos criativos de realizar alguns dos planos e projetos que ambicionam tirar do papel. • 2 AULAS ATIVIDADE 4 APRENDENDO E ESTUDANDO JUNTOS(AS) Vivência de estudo conjunto entre os(as) estudantes, incentivando-os(as) a analisar as possibilidades e os desafios de se aprender com os(as) colegas. • 2 AULAS ATIVIDADE 5 PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO Acompanhamento – 1ª Rodada. *Atividade de referência para todas as aplicações de rubrica • 2 AULAS DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 18 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS ATIVIDADE 1 PRA INÍCIO DE CONVERSA RESUMO Integração entre os(as) alunos e estabelecimento de combinados. OBJETIVO Ouvir as impressões e expectativas dos(as) estudantes sobre o componente Projeto de Vida no 2º ano do Ensino Médio. Compreender o que é o desenvolvimento de competências e como isso influencia na vida, dentro e fora do contexto escolar. Estabelecer combinados para as aulas de Projeto de Vida. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Responsabilidade, organização, iniciativa social, assertividade, entusiasmo e respeito. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual. DURAÇÃO PREVISTA 1 aula DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA Receba os(as) estudantes, dando-lhes boas-vindas com entusiasmo e com a sala organizada em roda de conversa. A roda de conversa é um momento estruturante para reestabelecer um movimento de diálogo e participação em que todos(as) podem se ver e ouvir. O exercício da fala e da escuta ativa na roda é algo a ser construído, pois envolve o estabelecimento da relação de confiança no grupo. • Aproveite o momento para identificar as expectativas que os(as) estudantes trazem sobre o componente Projeto de Vida e o desenvolvimento de competências para o século 21; DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 19 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS • Procure organizar esse espaço de fala, dando oportunidades para que vários(as) jovens possam se manifestar. É desejável que você tome nota das expectativas, compondo no quadro um mapeamento. Acolha e valorize os diversos pontos de vista surgidos, tanto as falas que trazem aspectos positivos quanto as que trazem os negativos; • Dialogue com eles(as) sobre a importância de, progressivamente, assumirem as rédeas da própria aprendizagem, sendo os encontros de Projeto de Vida momentos singulares para refletir sobre a vivência que estão tendo na escola; • Lembre-se de que uma relação mais horizontalizada entre professor(a) e alunos(as) é altamente desejável nesse momento, visto que facilita a participação espontânea e livre de todos(as), além de fomentar um vínculo no grupo atravessado por sentimentos de confiança. Lembre-se de abordar alguns pontos fundamentais: • Dia da semana e os horários das aulas (destaque a importância de não ocorrerem atrasos para os encontros e a existência da lista de presença); • A organização das aulas (momentos/atividades individuais, em duplas e em grupo); • Os meios de registro e compartilhamento que serão adotados (a Agenda, que será um importante suporte para registro, mas você e a turma poderão adotar outros que julgarem necessários e pertinentes); • A proposta, a estrutura e o objetivo do componente durante os três anos do Ensino Médio; • A importância da participação e corresponsabilidade de todos(as) durante as aulas. 2ª ETAPA Apresente a proposta do Diálogos Socioemocionais. A sua rede está propondo uma Proposta Educacional chamada Diálogos Socioemocionais, que contribui com a implementação da política de educação integral. Ela envolve uma metodologia de desenvolvimento e uma de acompanhamento das competências socioemocionais em ambiente escolar. O objetivo é que por meio do diálogo frequente entre professor(a) e estudante se estabeleça um plano de trabalho para o desenvolvimento integral do(a) estudante, no qual ambos(as) estão comprometidos(as) e – com eles(as) – toda a escola, com o apoio do(a) diretor(a), do(a) coordenador(a) dedagógico(a) (ou escolar) e de representantes regionais e centrais das secretarias. O Diálogos é essencialmente um processo formativo. Isso significa que oferecem insumos para que tanto professor(a) quanto estudante possam acompanhar o processo de desenvolvimento de competências socioemocionais dos(as) estudantes e DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 20 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS definir próximos passos que os(as) ajudem a alcançar os objetivos estabelecidos inicialmente por eles(as) mesmos(as). A proposta inclui uma proposta estruturante para o desenvolvimento das competências socioemocionais, mas é possível combiná-la com outras que sua rede já desenvolva. Portanto, não se preocupe, pois não é necessário abandonar uma prática que já está funcionando na sua escola. Nesses casos, a principal contribuição da proposta educacional Diálogos Socioemocionais será o acompanhamento sistemático e estruturado do desenvolvimento dessas competências (a ferramenta para isso será apresentada mais adiante). Você pode encontrar formas criativas de contar o que é a proposta com as suas palavras e falar sobre as competências socioemocionais. Só não se esqueça de reforçar o que é mais valioso para os(as) estudantes: essa proposta permite que eles(as) reflitam sobre eles(as) mesmos(as), trabalhando seu autoconhecimento, e possam estabelecer os seus objetivos de desenvolvimento. Esse processo é todo apoiado e acompanhado pelo(a) professor(a). Eles(as)verão que o autodesenvolvimento anda junto com o processo deles(as) de planejar o futuro e preparar-se para trilhar o caminho, de acordo com suas expectativas. Após a apresentação da proposta, cheque se os(as) estudantes possuem alguma dúvida. Sinalize que, em um próximo momento (que pode ser a atividade seguinte, na mesma aula, ou na aula seguinte, dependendo do tempo disponível para a realização da atividade), conhecerão um pouco mais sobre as competências socioemocionais e como elas serão trabalhadas ao longo do ano. 3ª ETAPA Para finalizar, reforce a importância de estarem presentes na próxima aula, pois a presença e a colaboração de todos(as) serão fundamentais para que as aulas sejam proveitosas. Informe o assunto da próxima aula e combine com os(as) estudantes para trazerem o material necessário para a confecção da Agenda: • Um caderno (acabamento em espiral ou brochura, com folhas brancas ou pautadas, de capa à escolha de cada um(a) e que contenha cerca de 100 páginas); • Uma fotografia impressa de um momento significativo na vida (pode ser foto antiga ou recente). DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 21 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ATIVIDADE 2 NÃO POSSO MAIS VIVER SEM MIM RESUMO Reflexão e trabalho sobre a autoestima, que resulta na produção de refrões musicais compostos pelos(as) alunos(as). OBJETIVO A partir de um quiz e da criação de um refrão de música, a atividade visa refletir sobre a autoestima como elemento fundamental à construção de projetos de vida. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Curiosidade para aprender, imaginação criativa, interesse artístico, foco, responsabilidade, autoconfiança, iniciativa social e respeito. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em roda de conversas, envolvendo a turma toda, e trabalho em duplas. DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA É importante estar atento(a) aos materiais e equipamentos que os encontros demandam e que estão dispostos no quadro de apresentação de cada atividade. Em alguns casos, será necessário xerocar ou fazer cópias de anexos, cartelas, filipetas ou variados formatos impressos. Em outros, materiais como pincéis atômicos, canetas e papel Kraft serão fundamentais na concretização das atividades propostas. E, para que elas possam fluir sem que seja necessário, ao longo do tempo, buscar materiais faltosos, não se esqueça de conferir, no início do encontro, se eles já estão separados e prontos para uso. Nessa atividade, por exemplo, a canção “Eu me amo”, da banda Ultraje a Rigor, será apresentada. Como equipamentos eletrônicos às vezes falham, não deixe DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 22 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS de conferir, antes do início do encontro, se o equipamento utilizado para tocar a música (caixa de som, computador, TV etc.) está funcionando normalmente. Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto “Eu me amo” (Anexo 1.1., ao final deste material). DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA Recepcione os(as) estudantes e peça que eles(as) se organizem em trios. Apresente a proposta das atividades. Verifique se os(as) estudantes trouxeram o material para a elaboração das Agendas. Converse com os(as) alunos(as) sobre a importância do registro para o acompanhamento de seu desenvolvimento e oriente-os(as) sobre a personalização desse recurso de aprendizagem. Para o acompanhamento das aprendizagens geradas, é importante que os(as) estudantes tenham uma forma de registrar suas reflexões sobre si mesmos(as), sobre sua relação com o mundo e sobre suas expectativas para o futuro. Essa reflexão é um momento crucial do trabalho com o Projeto de Vida. A Agenda será um instrumento de registro do processo de autoconhecimento e desenvolvimento, por isso a importância de sua customização pelos(as) próprios(as) jovens. Esse registro é essencial para que possam acompanhar os desafios enfrentados, os avanços alcançados e manter a memória do que viveram. Não se esqueça de motivar os(as) estudantes a utilizá-lo e converse com base nos registros que os(as) estudantes fazem nele nos momentos das devolutivas. 2ª ETAPA Após a elaboração das Agendas, apresente à turma as competências socioemocionais que serão trabalhadas no 2º ano. Descreva como o trabalho será realizado e apresente o instrumental com as rubricas e como será a avaliação. Para essa ação, siga as orientações do Manual do Aplicador, que é um material específico de orientação para o trabalho com as rubricas. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 23 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA As rubricas são elaboradas a partir de critérios previamente estabelecidos e ordenados em progressão, facilitando a elaboração ou o acompanhamento de critérios avaliativos de maneira transparente e clara, rumo aos objetivos de aprendizagem estabelecidos entre estudante e educador(a) em conjunto. Duas características principais que caracterizam as rubricas são o uso de critérios claros a serem avaliados (ou seja, que conteúdo ou competência) e os níveis explícitos de localização dentro do percurso. Pense nos degraus de uma escada: quanto mais alto o degrau, mais alto você considera seu nível de habilidade em uma determinada competência. Desse modo, ao explicitar concretamente o degrau que melhor representa o quanto o(a) estudante considera que desenvolveu determinada competência e abrir espaço para o diálogo entre professor(a) e estudante a respeito disso, chegando a um consenso a respeito de qual é esse degrau, ambos(as) conseguem planejar de modo também mais concreto de que forma potencializar o desenvolvimento dessa competência e que benefícios essa aprendizagem pode trazer para a vida do(a) estudante em diversos âmbitos. Verifique se a turma possui alguma dúvida sobre a autoavaliação. Acolha as dúvidas e convide os(as) estudantes para a próxima atividade. 3ª ETAPA Distribua cópias do Anexo 1.1. aos(às) estudantes e promova uma leitura coletiva. Após a leitura, providencie para que a turma ouça a música “Eu me amo”, da banda Ultraje a Rigor. Promova um diálogo sobre a música e sobre como os(as) alunos(as) se veem. Em seguida, peça para que os(as) alunos(as) façam o quiz da Autoconfiança, respondendo a perguntas relacionadas ao respeito e à confiança que têm em relação à própria maneira de ser e pensar, às atitudes e aos conhecimentos. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 24 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS 4ª ETAPA Após a atividade do quiz e o diálogo sobre as respostas dadas, as duplas transformarão essas respostas em uma história, mesclando realidade e ficção, para que possam, em seguida, criar um refrão para uma possível música (conforme orientado no Anexo 1.1.). Estimule os(as) estudantes a partir das percepções e dos conceitos que têm de si mesmos(as) para caracterizar os personagens da história da música. É preciso lembrar que essa etapa da atividade propõe um processo livre de criação do refrão de uma possível música. Não se trata de um trabalho estruturado de fazer artístico, que considera os aspectos formais da criação de uma obra musical. É um exercício de improvisação, em que os(as) alunos(as) dão forma musical ao repertório que têm sobre o tema trabalhado.Quando oportuno, reflita com eles(as) sobre o grau de conforto ao mobilizar as competências de interesse artístico e imaginação criativa, as mais demandadas nessa atividade. Se preferir, pode dar mais peso para as competências da autogestão, buscando relacionar como foi preciso utilizá-las para completar as tarefas propostas em cada etapa da atividade. 5ª ETAPA Após a turma compartilhar seus refrões, encerre a aula, estimulando que escrevam livremente na Agenda sobre suas experiências. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 25 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ATIVIDADE 3 TIRANDO PROJETOS DO PAPEL RESUMO Inspiração para os(as) jovens pensarem em modos criativos de realizar alguns dos planos e projetos que ambicionam tirar do papel. OBJETIVO Promover a reflexão e o diálogo acerca dos desafios que a turma esteja enfrentando em relação às metas definidas no projeto de vida construído. Reelaborar as metas dos projetos. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Imaginação criativa, foco, organização, determinação, persistência, autoconfiança, tolerância ao estresse, iniciativa social e assertividade. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em roda de conversa, envolvendo a turma toda, trabalho em trios e individualmente. DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA Vídeos, reportagens, textos literários, jogos – todos esses são elementos que podem enriquecer as discussões e atividades na sala de aula. Mas é fundamental notar que, em cada contexto, eles exercerão funções diferentes. Algumas vezes, serão a própria base da discussão (como nesta atividade); outras, poderão servir de exemplo, ilustrando a temática abordada na atividade; outras vezes, ainda, podem ter um uso metafórico, trazendo uma dimensão lúdica para a atividade, sem, no entanto, responder de maneira direta e exata às demandas da atividade. Por isso, sempre que vídeos, textos, músicas ou quaisquer outros produtos culturais forem apresentados em sala de aula, é importante fazer um breve debate com os(as) alunos(as), destacando qual é a relação do que foi apresentado com a atividade do dia. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 26 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA Receba a turma em roda de conversa e apresente o objetivo da atividade. Para inspirar na elaboração dos projetos de vídeo, apresente e discuta o vídeo: 5 Dicas sobre Projeto de Vida. disponível em: <bit.ly/5_dicas_de_projeto_de_vida> Acesso em: 21 mar. 2019. 2ª ETAPA Oriente para que a turma se prepare, pois, após um momento de reflexão individual, os(as) alunos(as) farão uma atividade compartilhada. Assim, peça para que a turma se organize em trio para construír a primeira versão escrita de seu Projeto de Vida. Estimule que se concentrem, trabalhando silenciosamente, pois a tarefa deverá ser realizada individualmente antes de trocarem os planejamentos entre si. Combine um período de tempo confortável, para que se dediquem a essa tarefa. Enquanto os(as) estudantes escrevem seus Projetos de Vida, percorra a sala e atentamente observe-os(as) trabalhando. Ao finalizar, os trios devem compartilhar suas anotações entre si. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA A seguir, descreveremos alguns itens estruturantes para a composição do planejamento do Projeto de Vida dos(as) jovens. Selecione as questões que considere pertinentes e adicione aspectos que considere relevantes para o trabalho com sua turma: • Suas principais qualidades que vão ajudar a realizar seu projeto de vida são... • Seus principais desafios que precisa superar para realizar meu projeto de vida são... • Seus objetivos como estudante são... O que precisa fazer para alcançá-los? • Seus objetivos profissionais são... O que precisa fazer para alcançá-los? • Seus objetivos como pessoa são... O que precisa fazer para conquistá-los? • Quais são as pessoas que podem auxiliar você a conquistar seu projeto de vida? DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 27 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS 3ª ETAPA Prossiga a atividade exibindo o vídeo A arte de pedir, da cantora Amanda Palmer. Disponível em: bit.ly/arte-de-pedir. Acesso em: fev. 2018. Promova a discussão sobre o vídeo. Peça que os(as) alunos(as) comentem o vídeo a partir das seguintes perguntas: • Como a colaboração pode ajudar quando se deseja atuar fora do mercado tradicional do trabalho? • Qual a relação entre as novas formas de trabalho e a colaboração discutidas anteriormente (coworking, crowdfunding, cocriação) e os pequenos encontros e as trocas que contribuem para o sucesso de Amanda Palmer? 4ª ETAPA Para finalizar a atividade, peça para que a turma retome aos Projetos de Vida descritos e reflita se, ao assistir e debater sobre o vídeo, algum(a) deles(as) vislumbre uma nova possibilidade de tirar seus projetos do papel. Reforce o quanto é importante ter abertura e buscar sempre novos conhecimentos para o aprimoramento do Projeto de Vida. Encerre solicitando que façam anotações das novas ideias em suas agendas e coloquem destaque nelas, para que possam avaliar se elas mudam durante o percurso. Adiante também que, na próxima atividade, os(as) alunos(as) exercitarão a cocriação – um trabalho em equipe, com várias cabeças respondendo a uma mesma provocação e buscando encontrar a melhor saída para um desafio comum. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 28 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS ATIVIDADE 4 APRENDENDO E ESTUDANDO JUNTOS RESUMO Os(As) jovens se dividem de diferentes formas (duplas, trios e quartetos) e experimentam formas diversas de estudo colaborativo. OBJETIVO Promover a vivência de estudo conjunto entre os(as) estudantes, instigando-os(as) a analisar as possibilidades e os desafios de aprender com os(as) colegas. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Competências da autogestão (foco, organização, responsabilidade, persistência e determinação), empatia, iniciativa social, respeito, resiliência, tolerância ao estresse, empatia. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com duplas, trios e quartetos, e momentos em roda de conversas, envolvendo a turma. DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas. DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA Receba os(as) estudantes na roda de conversa. Dialogue com a turma sobre os objetivos da aula, ou seja, um debate sobre as vantagens e os desafios de estudarem juntos. Uma sugestão para começar a conversa com os(as) estudantes é perguntando como cada um(a) gosta de estudar e de que jeito eles(as) mais aprendem. Questione se possuem o hábito de estudar sozinhos(as) ou se também costumam estudar com os(as) colegas. 2ª ETAPA Distribua cópias do Anexo 1.2. “Aprendendo e estudando juntos” disponível ao final da atividade. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 29 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA A proposta do encontro é dar aos(às) estudantes a oportunidade de se envolverem em um exercício fundamental: aprender com o(a) outro(a), compartilhando conhecimentos, dúvidas, perspectivas etc. O que se pretende, como pano de fundo, não é criar ummomento de estudo, mas possibilitar que os(as) jovens descubram que estudar com os(as) colegas pode ser uma estratégia importante em seus processos de aprendizagem. Identificar as vantagens e os desafios de aprender com o(a) outro(a) é um passo importante para que eles(as) transformem essa estratégia em hábito. A ideia é orientá-los(las) nesse sentido, trazendo a discussão à tona. Esse também é um momento importante para que a turma possa refletir, individual ou coletivamente, sobre as competências socioemocionais que precisam acessar quando estudam com outras pessoas. É também espaço para que a turma possa nomear essas competências, relacionando-as com exemplos práticos. As competências da autogestão, por exemplo, são acionadas quando “precisamos nos organizar para cumprir tarefas. É a tendência a ser organizado(a), esforçado(a) e responsável, ter objetivos e saber alcançá-los com ética” (definição na rubrica de autogestão). Proceda com a divisão dos(as) jovens em duplas ou trios para que possam estudar. A divisão será por disciplina. Para isso, liste todas elas em uma folha de papel ou no quadro e pergunte quem gostaria de estudar o quê. Eles(as) podem escolher uma disciplina em que estão muito bem (e, portanto, gostariam de ajudar os(as) colegas que estão demonstrando dificuldades) ou as que precisam ter os estudos intensificados (recebendo o apoio dos(as) colegas para isso). É essencial que haja ao menos uma dupla, um trio e um quarteto, para que seja possível verificar a existência de diferenças, vantagens e desvantagens entre esses três agrupamentos. Por esse arranjo, pode acontecer de algum(a) estudante ficar sozinho(a) – nesse caso, seu relato será importante para contrastar com o dos(as) jovens que experimentaram o estudo colaborativo. Não é necessário haver jovens estudando todas as disciplinas. Se todos(as) os(as) seus(suas) orientandos(as) decidirem estudar matemática, tudo bem, desde que estejam organizados(as) em duplas, trios e quartetos. Durante o tempo em que eles(as) estiverem estudando, circule para acompanhar se estão conseguindo se organizar adequadamente (definindo os temas de estudo, trocando conhecimentos, acessando fontes de estudo, solucionando problemas que surgirem). Apoie-os(as), também, na gestão do tempo dedicado ao estudo, que é de 50 minutos. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 30 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS 3ª ETAPA Depois desse exercício de estudo conjunto, proceda com a significação da experiência, para que os(as) alunos(as) consigam perceber as possibilidades dessa estratégia de estudo e a adotem em outros momentos no cotidiano escolar. Sinta-se à vontade para acrescentar outras perguntas à lista de questões proposta no texto-roteiro da atividade. Aproveite o momento para dialogar com a turma sobre quais competências foram acionadas durante a atividade. Convide os(as) estudantes para registrar essas informações em suas Agendas. Sugira que busquem outras oportunidades de estudarem juntos(as) com outras pessoas, como uma estratégia para o desenvolvimento intencional das competências que consideram mais desafiadoras. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 31 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ATIVIDADE 5 PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO RESUMO Atividade de aplicação do instrumental do Diálogos Socioemocionais, devolutiva e definição de objetivos de desenvolvimento. OBJETIVO Autoavaliação do desenvolvimento das competências socioemocionais selecionas pelos(as) jovens, diálogo entre professor(a) e turma e definição dos objetivos de desenvolvimento de competências socioemocionais. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Curiosidade para aprender, responsabilidade, iniciativa social, assertividade e respeito. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Roda de conversa e trabalho individual. DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA Ao aplicar as rubricas do Diálogos Socioemocionais referentes às competências socioemocionais que serão trabalhadas em sua rede de ensino, será possível observar em que degrau os(as) estudantes enxergam seu desenvolvimento, bem como acompanhar o progresso do desenvolvimento dessas competências. O momento de autoavaliação e devolutiva entre professor(a) e estudante, ou seja, o diálogo, é fundamental para pensar a proposta de desenvolvimento de competências socioemocionais com a turma e apoiam na identificação de metas e objetivos para o Projeto de Vida. É muito importante que a devolutiva fornecida pelo(a) professor(a) aos(às) estudantes após o uso das rubricas os(as) estimule a continuar progredindo no desenvolvimento da competência, e, quanto mais pertinente, clara e assertiva for a devolutiva, melhor pode ser a qualidade do processo de aprendizagem. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 32 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS DESENVOLVIMENTO APLICAÇÃO DO INSTRUMENTAL 1ª etapa Receba a turma em roda de conversa e verifique se possuem alguma dúvida sobre a proposta de trabalho do componente Projeto de Vida e da autoavaliação do Diálogos Socioemocionais. Acolha e responda as dúvidas e possíveis inseguranças, reforçando que a autoavaliação tem como propósito o autoconhecimento para a potencialização das aprendizagens na escola e na vida. Lembre-se de que a autoavaliação deve estar a serviço do desenvolvimento dos(as) estudantes, e nunca ser utilizada como dispositivo de punição, moralização ou criação de estereótipos na turma. No momento da devolutiva, reforce aos(às) estudantes os caminhos possíveis para que desenvolvam as competências que, nesse momento, se apresentam como mais frágeis. Sinalize para a turma a importância da colaboração e da responsabilidade de todos(as) com a aprendizagem. 2ª etapa Distribua o instrumental das rubricas (ou acesse o link para a avaliação), e peça para que os(as) estudantes reflitam um pouco sobre si mesmos(as), antes de responder a cada pergunta. Essa autoavaliação é formativa, na medida em que promove o pensamento do(a) estudante para o próprio desempenho. Para isso, não basta apenas o(a) estudante declarar que seu desempenho em determinada competência, por exemplo, foi nível 3. É preciso que ele(a) traga, também, pelo menos uma evidência que diga por que ele(a) está nesse nível e não em outro. Em geral, as evidências podem ser explicitadas pelos(as) estudantes quando o(a) professor(a) os(as) estimula por meio de perguntas que os(as) fazem pensar na relação entre suas metas e seu desempenho, nas situações concretas que vivenciou ao participar do componente Projeto de Vida ou em outras situações dentro e fora da escola em que exercitou a competência em questão. Uma primeira rodada de perguntas desse tipo é suficiente para que os(as) estudantes comecem a “pensar com evidências” quando se autoavaliam usando o instrumento. O maior efeito dessa autoavaliação não é o “efeito retrovisor”, de avaliar o que passou, DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 33 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS mas o “efeito bússola”, de olhar para a frente, guiando caminhos para continuar se desenvolvendo. Por isso, a possibilidade de obter informações rápidas e de oferecer devolutivas contínuas sobre as aprendizagens faz dessa autoavaliação de competências uma potente ferramenta pedagógica. Aliás, aprender a dar bons feedbacks é uma estratégiaa ser exercitada no dia a dia pelos(as) professores(as). Feedbacks podem ser mais ou menos eficazes, dependendo do uso que se faz das devolutivas. A DEVOLUTIVA COLETIVA 1ª etapa Analise a resposta dos(as) estudantes – inclusive observando se algum precisa de um acompanhamento mais próximo, como uma conversa individual. Atente-se às características que os(as) jovens tenham demonstrado durante suas aulas, aos momentos em que você os(as) observou nos trabalhos em time ou no intervalo entre as aulas. Prepare a etapa de devolutiva com a turma de modo a não expor as questões individuais, mas guiando a conversa pelos registros que permitem fazer combinados no coletivo (ainda que sejam combinados para grupos). Na primeira devolutiva do ano, será a oportunidade para pactuar quais serão os focos de desenvolvimento daquele ano. Nas demais, será a oportunidade para acompanhar como os(as) estudantes estão se vendo no trabalho de desenvolvimento das competências priorizadas. Pode ser necessário repactuar caminhos para favorecer o desenvolvimento das competências priorizadas pela turma. Compartilhe a responsabilidade pelos combinados com a turma, pois isso apoia o desenvolvimento do protagonismo dos(as) estudantes! 2ª ETAPA Oriente a turma para que se organize em roda de conversa e explique a atividade. Fique atento(a) para perceber se há incômodo por parte de algum(a) jovem e reforce o propósito da devolutiva coletiva, que nada mais é do que uma conversa, é um diálogo entre vocês. Na primeira conversa, diga à turma que o objetivo é, após a conversa que terão, que os(as) jovens definiam quais competências serão foco de seu aprendizado ao longo do ano. É importante que os(as) estudantes tenham clareza de que desenvolverão outras competências, além das escolhidas, mas que essas serão a centralidade das metas de aprendizagem e de seus projetos de vida do ano. A Agenda do(da) estudante é uma forte aliada nessa conversa. Peça que cada um(a) conecte a conversa com o que registrou sobre o seu desenvolvimento ao longo do período e registre os combinados realizados na conversa desta aula. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 34 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS Para as conversas seguintes, lembre-se de que a devolutiva coletiva ajuda a retomar os principais pontos do projeto, considerando a aprendizagem entre pares e a identidade coletiva. Ele é excelente para uma retomada de consciência, de realinhamento do processo e para ordenar os entendimentos. A Agenda segue sendo uma aliada nesta etapa. Peça que os(as) estudantes mobilizem seus argumentos com base no que escreveram no campo da justificativa do instrumental e também no que registraram nas Agendas. Desta forma a conversa fica objetiva e pode render bons frutos para o desenvolvimento dos(as) estudantes. Por fim, peça que os combinados e outras reflexões também sejam registrados na Agenda de modo que possa ser retomado para conversas futuras, possa ser completado durante as atividades da disciplina e ser consultado sempre que o(a) estudante quiser refletir sobre o seu próprio processo de desenvolvimento de competências socioemocionais e seus objetivos de Projeto de Vida. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA Devolutivas construtivas são aquelas em que o(a) professor(a), tendo esclarecido previamente com a turma os objetivos da avaliação formativa e seu instrumento, tenta se colocar no ponto de vista do(a) estudante e entender por que ele(a) falou ou se autoavaliou de determinada maneira, valoriza os pontos de avanço e problematiza os pontos frágeis como oportunidades de desenvolvimento. SOBRE DEVOLUTIVAS: Devolutiva não é conselho, exaltação ou avaliação por nota. Devolutiva é informação sobre como estamos direcionando nossos esforços em direção ao alcance dos objetivos. Se os(as) estudantes consideram a sala de aula um lugar seguro para errar, eles(as) estão mais propensos(as) a utilizar a devolutiva para a aprendizagem. Devolutivas efetivas ocorrem durante a aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela. É importante incentivar que os(as) estudantes deem devolutivas uns(umas) aos(às) outros(as), desde que observados o vocabulário e o instrumento em que estão sendo avaliados(as). Estudantes precisam ter clareza sobre seus alvos de aprendizagem – o que é esperado que eles(as) alcancem – senão a devolutiva se torna somente alguém falando para eles(as) o que fazer, o que não é efetivo para desenvolver a autorregulação da aprendizagem. O(A) professor(a) dá a devolutiva a partir do nível em que o(a) estudante se avaliou e da avaliação que você próprio(a) realizou sobre a turma, levando em consideração o contexto da atividade, e não baseado(a) em cenários abstratos e genéricos. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 35 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ANEXO – 1º CICLO ANEXO 1.1. EU ME AMO! Na década de 1980, quando você ainda nem era nascido(a), as bandas de rock nacional viraram uma febre no país. Grupos como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Titãs, Capital Inicial e muitas outras fizeram centenas de shows, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, e gravaram LPs que batiam recorde de vendas (para quem não sabe, naquela época não existia CD nem MP3! A mídia utilizada era o LP, abreviação para long play, também conhecidos como “bolachão”, por causa do formato redondo grande). É provável que você conheça algum ou alguns dos sucessos dessas bandas, pois muitas delas existem até hoje. Uma das bandas que estouraram naquele tempo chama-se Ultraje a Rigor (acesse <http://www. ultraje.com/> se quiser conhecer mais sobre a banda). Antes da fama, seus componentes tocavam cover de rock dos anos 1960, Beatles, punk e new wave. Algum tempo depois, a Ultraje gravou uma música que virou sucesso: “Eu me amo”, composição do vocalista e guitarrista Roger. Você já ouviu ou conhece a letra dessa canção? Se tiver um computador ou smartphone conectado à internet, ouça a música (disponível em: bit.ly/eumeamo. Acesso em: fev. 2017) e confira a letra: Eu Me Amo Ultraje a Rigor Há quanto tempo eu vinha me procurando Quanto tempo faz, já nem lembro mais Sempre correndo atrás de mim feito um louco Tentando sair desse meu sufoco Eu era tudo que eu podia querer Era tão simples e eu custei pra aprender Daqui pra frente nova vida eu terei Sempre a meu lado bem feliz eu serei Refrão Eu me amo, eu me amo Não posso mais viver sem mim Como foi bom eu ter aparecido Nessa minha vida já um tanto sofrida Já não sabia mais o que fazer Pra eu gostar de mim, me aceitar assim DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 36 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS Eu que queria tanto ter alguém Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém Longe de mim nada mais faz sentido Pra toda vida eu quero estar comigo Refrão Foi tão difícil pra eu me encontrar É muito fácil um grande amor acabar, mas Eu vou lutar por esse amor até o fim Não vou mais deixar eu fugir de mim Agora eu tenho uma razão pra viver Agora eu posso até gostar de você Completamente eu vou poder me entregar É bem melhor você sabendo se amar QUIZ DA AUTOCONFIANÇA! Agora que você ouviu a música ou leu a letra, forme dupla com um(a) colega para que enfrentem o quiz da Autoconfiança! Vai funcionar assim: 1 Escolha quem da dupla ficará responsável por ler as perguntas. 2 O(A) outro(a) deve controlar o tempo, que é estipulado em 30 segundos, para perguntas de múltipla escolha,e 1 minuto para perguntas abertas. 3 Ambos(as) responderão a todas as questões. 4 As respostas devem ser registradas nos Álbuns de Cartografia Pessoal. Entendido? Pronto(a) para começar? Pensando no trecho da música “Eu me amo”, “Já não sabia mais o que fazer / pra eu gostar de mim, me aceitar assim”, responda: 1 O que você mais gosta em você? A. Meu cabelo; a cor dos meus olhos; meu tamanho etc. B. Os acessórios que uso (óculos, brincos, anéis, piercings etc.). DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 37 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS C. Meu jeito de ser, como, por exemplo, a forma como interajo e me comunico com os outros. D. Nenhuma das opções acima. Gosto mesmo é de... 2 O que você tem mais dificuldade em aceitar em você? 3 Você se respeita? Dê exemplo de uma situação real em que respeitou o próprio jeito de ser ou foi coerente com sua forma de pensar. Agora, pense no trecho da música: “Daqui pra frente nova vida eu terei / sempre a meu lado bem feliz eu serei” e responda: 4 O que você acha que se acontecesse na sua vida daria a você mais confiança para caminhar e buscar realizar sonhos? A. Passar de ano e aprender muito sobre os conhecimentos da escola. B. Fazer novas amizades, e, quem sabe, começar um namoro. C. Estar próximo(a) da família, usufruindo dessa importante relação. D. Todas as opções acima e mais uma coisa: ANEXO 1.2. APRENDENDO E ESTUDANDO JUNTOS A gente estuda para aprender, aprofundar um conhecimento, fixar informações na memória, descobrir coisas novas. Estudar junto com outras pessoas pode ser uma experiência marcante. Primeiro, porque fica mais motivante. É sempre bom saber que não estamos sozinhos(as), que temos com quem contar! Segundo, porque o que um(a) já sabe é o que o(a) outro(a) está querendo saber. Essa troca é essencial para quem está aprendendo e para quem já aprendeu – vocês sabiam que uma das melhores maneiras de fixar conhecimento é ensinar alguém? Então, o desafio dessa atividade está lançado: estudar junto e entender o que se aprende com isso. Como vai ser? Vocês vão se dividir em quartetos, trios ou duplas. Atenção: é importante que haja pelo menos um quarteto, um trio e uma dupla, pois, ao final da atividade, vocês vão comparar essas maneiras de agrupamento para estudar. As duplas, os trios e os quartetos vão ser organizados por componente curricular. O(A) professor(a) vai colocar no quadro ou em uma folha de papel os nomes de todos(as) os(as) DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 38 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS componentes curriculares e cada estudante vai se propor a estudar os conhecimentos que estão sendo trabalhados em um deles. Ao final, os(sa) componentes que tiverem mais adesões trabalharão com quartetos, enquanto os(as) que tiverem sido escolhidos(as) por menos jovens terão duplas ou trios. Lembrem-se: na hora de escolher, cada um(a) decide se prefere estudar algo que está com dificuldade (e, por isso, precisa da ajuda dos(as) colegas para aprender mais) ou um conhecimento que já está entendendo bastante (e, então, está disposto(a) a dar uma força para os(as) demais). Ah, uma informação importante: vocês terão 50 minutos para experimentar essa maneira de estudar! Então, não percam tempo! Algumas dicas... • Escolham um tema que todos(as) queiram estudar; • Antes de começar, escolham um(a) líder que tenha mais intimidade com o tema; • Apoiem-se mutuamente e não desistam quando surgir um problema; • Consultem livros e internet; partilhem anotações feitas nos cadernos. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 39 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS2º CICLO MAPA DE ATIVIDADES ATIVIDADE 6 JULGAMENTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS Organizados(as) em times de defesa e acusação, os(as) estudantes debatem e julgam as novas tecnologias, suas potências e limitações, e como elas conformam nossa sociabilidade. • 06 AULAS ATIVIDADE 7 IDENTIDADE NA REDE! Debate regrado sobre os impactos das redes sociais nas identidades e seus usos na escola. • 02 AULAS DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 40 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS ATIVIDADE 8 MEUS DESAFIOS EM QUADRINHOS A partir de questões, os(as) alunos(as) devem identificar e justificar um desafio superado ao longo de seu percurso escolar, transformando suas respostas em histórias em quadrinhos. • 02 AULAS ATIVIDADE 9 MAIS RESPEITO! Debate envolvendo imagens e a produção de uma minipublicação sobre o respeito aos direitos humanos no dia a dia. • 02 AULAS A seguir, apresentaremos mais um conjunto de atividades que contribuirá para a organização do itinerário proposto para o Projeto de Vida com o objetivo promover o fortalecimento das questões que abarcam a investigação do contexto, em um processo de ampliação de referências e conhecimentos, para que o(a) jovem possa compreender as perspectivas presentes e os projetos para o futuro, ampliando e consolidando a perspectiva de criação de seu Projeto de Vida. Mais uma vez, indicamos que é importante adequar às atividades propostas ao tempo disponibilizado para estas, posto que, a depender do ritmo e da participação da turma, algumas podem levar mais ou menos tempo que o previsto. De forma geral, recomenda-se a realização da Atividade 8 – Meus desafios em quadrinhos antes de uma segunda etapa de preenchimento do instrumental do Diálogos Socioemocionais. As outras atividades devem ser desenvolvidas de acordo com disponibilidade e adequação ao contexto e às particularidades de cada turma. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 41 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ATIVIDADE 6 JULGAMENTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS RESUMO Organizados(as) em grupos de defesa e acusação, os(as) estudantes debatem e julgam as novas tecnologias, suas potências e limitações, e como elas conformam nossa sociabilidade. OBJETIVO Estimular nos(as) alunos(as) um olhar crítico e questionador sobre as tecnologias contemporâneas e seus usos. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Iniciativa social, assertividade, respeito, pensamento crítico, tolerância ao estresse, persistência, confiança. ORGANIZAÇÃO DA TURMA O trabalho é feito com a turma organizada em times. DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA Nesta atividade, os(as) estudantes são convocados(as) para tomar um partido (de defesa ou acusação das tecnologias) que não necessariamente é o deles(as). Além disso, em debates como este, é comum que se tenha um posicionamento em que confluem pontos positivos e negativos. Além da habilidade de argumentação, com esse tipo de experiência, pretende-se que os(as) jovens percebam competências importantes, tais como foco, resiliência, tolerância ao estresse, persistência, empatia, confiança etc. A proposta é que os(as) estudantes sejam estimulados(as) a construir formulações bem fundamentadas, ainda que alinhadas a uma posição da qual, eventualmente, eles(as) discordem. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 42 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA (PRIMEIRO ENCONTRO) Receba a turma e apresente a proposta da aula, ou seja, os(as) estudantes estão convidados(as)
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