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Caderno Projeto de Vida 3ºano

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3º ano
DIÁLOGOS 
SOCIOEMOCIONAIS 
MAPA DE 
ATIVIDADES
SUMÁRIO
16
1º CICLO
42
2º CICLO
62
3º CICLO
91
4º CICLO
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INTRODUÇÃO
Caro(a) professor(a),
Os documentos normativos da legislação brasileira e os currículos locais têm trazido para o 
centro do debate educacional o conceito de educação integral. Como fundamento pedagógico, 
a educação integral contempla uma visão de integração: do currículo escolar (frente a ainda 
tão presente fragmentação), do desenvolvimento humano (compreendendo o desenvolvimento 
pleno dos(as) estudantes em diversos âmbitos) e da escola na contemporaneidade.
Nesse cenário, localiza-se os Diálogos Socioemocionais, uma proposta que tem como objetivo 
o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais de cada estudante, 
competências estas que são fundamentais para que eles possam viver, estudar, conviver e 
trabalhar em um mundo cada vez mais complexo, incerto e em constantes e rápidas mudanças, 
que são as marcas mais significativas e desafiadoras do século 21.
Este caderno então apresenta uma proposta de itinerário formativo para realizar o Diálogos 
Socioemocionais com os(as) estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Nele, você encontrará 
estratégias e orientações que apoiarão o seu planejamento para o trabalho com componentes 
curriculares voltados à reflexão e à elaboração de Projetos de Vida pelos(as) estudantes. As 
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atividades propostas compreendem carga horária de aproximadamente 40 horas e podem ser 
adaptadas pelo(a) professor(a), conforme seu conhecimento das turmas, sua disponibilidade de 
tempo e/ou de recursos. 
Portanto, é importante considerar a importância do planejamento no trabalho docente. 
A ação de planejar é central, pois é a partir dela que se definem objetivos, expectativas de 
aprendizagem e de desenvolvimento, escolhas metodológicas, modos de organização da 
turma, processos avaliativos etc. Sem um bom planejamento, perde-se a intencionalidade e a 
progressão do processo, bem como as oportunidades de promover a integração com as demais 
práticas e propostas que acontecem na escola.
A seguir, apresentaremos os princípios e conceitos que são essenciais para o entendimento da 
proposta e a realização de um bom trabalho. 
Boa leitura!
PARA COMEÇO DE CONVERSA: 
O PROJETO DE VIDA NA ESCOLA
Quando o currículo escolar abre espaço para que o Projeto de Vida dos(as) estudantes 
seja um conteúdo a ser desenvolvido intencionalmente, a escola dá um passo em direção 
aos anseios e desejos dos(as) jovens brasileiros(as) por uma educação que contemple 
seus interesses e os(as) apoie na aprendizagem de ferramentas para a construção de seus 
projetos de futuro. 
Vale ressaltar que, Projeto de Vida não é sinônimo de projeto profissional. Realizar uma escolha 
profissional é apenas uma dimensão de um Projeto de Vida. É preciso considerar a formação de 
cada estudante em quatro dimensões indissociáveis: a pessoal, a cidadã e a profissional, incluída 
nelas a dimensão do(a) jovem como estudante. 
Na dimensão pessoal, os(as) jovens investigam sobre si mesmos(as), seus sonhos, seus 
interesses e suas motivações no âmbito individual e na interação com os demais. Autoconhecer-
se é uma busca contínua pela compreensão de si mesmo(a). Envolve aprender a se aceitar, a 
se valorizar, a desenvolver a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas próprias forças e de 
crescer em situações adversas sendo resiliente, estabelecendo objetivos de vida.
Em resumo, a dimensão pessoal envolve:
 • Conhecer-se, compreendendo suas emoções e como lidar com elas;
 • Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas;
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 • Ver valor em si mesmo(a);
 • Olhar para o futuro sem medo;
 • Identificar seus interesses e suas necessidades;
 • Estabelecer objetivos e metas e persistir em alcançá-los; 
 • Ser aberto(a) às novas culturas, pessoas e ideias;
 • Identificar caminhos e estratégias para superar as dificuldades e alicerçar a busca da 
realização de seus sonhos;
 • Vivenciar, refletir e dialogar sobre as maneiras como se relaciona com o outro e com o 
bem comum;
 • Estabelecer significado às experiências na escola e fora dela;
 • Conhecer-se como estudante, identificando por que, com quem e como estudar e aprender.
Na dimensão cidadã, a busca é por uma compreensão do bem comum, das questões envolvidas 
na convivência e na atuação coletiva. Compreender-se como parte de um coletivo e como parte 
interdependente de redes locais e virtuais traz à reflexão o status planetário no qual estamos 
todos(as) inseridos(as). Perceber-se um(a) cidadão(ã), que integra a construção da vida familiar, 
escolar, comunitária e social, é um objetivo essencial nessa dimensão.
Em resumo, a dimensão cidadã envolve:
 • Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas;
 • Agir com empatia, sendo capaz de assumir a perspectiva dos outros, compreendendo 
as necessidades e os sentimentos alheios, construindo relacionamentos baseados no 
compartilhamento e na abertura para o convívio;
 • Refletir e dialogar sobre as maneiras como vivenciam o compromisso com o outro e com o 
bem comum; 
 • Vivenciar e atribuir significados às experiências cotidianas na escola, em especial àquelas que 
dizem respeito ao convívio e à atuação em grupos de trabalho escolares, nos projetos e nas aulas.
A dimensão profissional, por fim, traz uma provocação para que os/as jovens dirijam o 
olhar à sua inserção produtiva. O trabalho, elemento que promove a intersecção entre a vida 
pessoal e a vida em sociedade, é objeto de profunda reflexão e compreensão, com vistas a 
um posicionamento do(a) estudante. O que está em foco é perceber interesses nesse campo, 
identificar habilidades e conhecimentos que correspondem às aspirações profissionais, abrindo 
caminho para o planejamento de metas e estratégias.
Em resumo, a dimensão profissional envolve:
 • A reflexão e o diálogo sobre seus interesses em relação à inserção no mundo do trabalho, 
bem como a ampliação dos conhecimentos sobre os contextos, as características, as 
possibilidades e os desafios do trabalho no século 21;
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 • A identificação, a valorização e o fortalecimento dos sonhos, as aspirações, os 
conhecimentos, as habilidades e as competências de cada jovem, desenvolvidos ao longo da 
sua trajetória escolar, familiar e comunitária;
 • Conhecer-se como estudante, identificando os caminhos de desenvolvimento e 
continuidade dos estudos.
Em resumo, durante a proposta de trabalho com itinerário do Diálogos Socioemocionais 
no 1º ano do Ensino Médio, abrem-se oportunidades para que cada jovem – considerando 
as singularidades e a diversidade das culturas juvenis – assuma o protagonismo ao refletir 
sobre si mesmo(a) para aprofundar seu autoconhecimento, ao estabelecer seus objetivos de 
desenvolvimento pessoal com o apoio do(a) professor(a), participando das atividades com vistas 
ao desenvolvimento intencional do conjunto de competências socioemocionais que cada um(a) 
escolheu como prioritárias para si mesmo(a). 
Ao final de cada ciclo de atividades do itinerário proposto, professores(as) e estudantes 
vivenciam apausa para reflexão, que ocorre com o apoio do instrumento fundamentado 
em conceitos de avaliação formativa e baseado em rubricas. A partir do diálogo com o(a) 
professor(a) sobre como cada estudante observou o próprio processo de desenvolvimento 
(autoavaliação) e do estabelecimento de metas e combinados para o próximo período, é que 
o processo de desenvolvimento das competências socioemocionais torna-se intencional, 
explícito e consciente. 
Nas próximas páginas, apresentamos o que é avaliação formativa e como esse tipo de 
concepção avaliativa acontece na proposta do Diálogos Socioemocionais.
Como nas demais práticas pedagógicas, o registro tem grande importância. Para isso, a Agenda 
do(a) Estudante tem como função ser tanto a “memória” do percurso percorrido quanto o 
material para valioso instrumento de registro das reflexões e dos combinados. 
A AGENDA DO(A) ESTUDANTE
A Agenda do(a) Estudante pode ser um caderno customizado pelos(as) próprios(as) 
estudantes, uma espécie de agenda, na qual eles(as) podem fazer novas anotações 
sobre seu desenvolvimento e seus objetivos. 
Sugere-se que, nessa agenda, os(as) estudantes registrem, primeiramente, seus 
objetivos de desenvolvimento em suas próprias palavras. Por exemplo, um(a) 
estudante pode estar interessado(a) em aprender a falar em público, ou a conversar 
com desconhecidos, ou a mediar conflitos etc. 
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Em um segundo momento, recomenda-se que professor(a) e estudante, por meio do 
diálogo, possam estabelecer quais competências socioemocionais, dentre aquelas 
priorizadas na política da Secretaria de Educação, podem melhor apoiar o(a) estudante 
no alcance de seus objetivos. 
Para tanto, é necessário que o percurso de desenvolvimento dos(as) estudantes tenha 
intencionalidade e oportunidades reais para o desenvolvimento socioemocional e que 
o uso do instrumento com as rubricas para a avaliação formativa seja utilizado ao 
longo do processo.
AFINAL, O QUE SÃO COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS? 
Na perspectiva do Instituto Ayrton Senna, a implementação da educação integral nas escolas 
deve garantir o desenvolvimento de competências que combinem aspectos cognitivos e 
socioemocionais. Isso significa possibilitar aos(às) estudantes a aprendizagem de qualidade 
em habilidades que vão desde o letramento até o desenvolvimento de competências 
socioemocionais, isto é: proporcionar uma base sólida para que os(as) estudantes mobilizem, 
articulem e coloquem em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades importantes 
para a relação com os outros e consigo mesmo(a), para o estabelecimento de objetivos de vida e 
para o enfrentamento de desafios, de maneira criativa e construtiva. 
As competências socioemocionais se manifestam em pensamentos, sentimentos e 
comportamentos e, uma vez consolidadas, tendem a afetar diferentes âmbitos da vida do(a) 
estudante. O desenvolvimento dessas competências se dá ao longo da vida, com base em 
experiências formais, como a escola, e informais, como ocorrências específicas da vida da pessoa. 
A escola é um contexto formal de aprendizagem com particular importância para o 
desenvolvimento de competências socioemocionais, uma vez que oferece inúmeras 
oportunidades de identificar, desenvolver e colocá-las em prática. Na escola, crianças, 
adolescentes e jovens passam parte significativa de seu tempo em contato com os saberes 
curriculares, com os(as) colegas e com os(as) professores(as), enfrentando desafios, seja em 
relação ao aprendizado, seja em relação ao convívio social. 
MACROCOMPETÊNCIAS
Existem diferentes modelos que identificam e organizam as competências socioemocionais. 
No caso do Diálogos Socioemocionais, a matriz de fundamentação é baseada em um modelo 
científico que delimita cinco macrocompetências, conforme descrição a seguir. 
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 • Abertura ao novo – descreve o grau com que uma pessoa se mostra criativa, sensível a 
diferentes estéticas, imaginativa e curiosa por ideias e outros modos de vida; 
 • Autogestão – descreve o grau com que uma pessoa é centrada, organizada, diligente, 
focada, pontual e persistente; 
 • Engajamento com os outros – descreve o grau com que uma pessoa tem interesse por se 
socializar, fazer amigos(as), ser gregária e experimentar o cotidiano com disposição e energia; 
 • Amabilidade – descreve o grau com que uma pessoa é capaz de se colocar no lugar do outro, 
sentir compaixão, acreditar nas boas intensões de outra pessoa e respeitá-la; 
 • Resiliência emocional – descreve o grau com que uma pessoa é atravessada por 
sentimentos de ansiedade, raiva e insegurança quando submetida a pressões 
interpessoais, estresse e frustrações. 
As referidas macrocompetências são compostas por competências mais específicas, as quais 
estão apresentadas na imagem a seguir:
O DESENVOLVIMENTO INTENCIONAL 
DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS EM AULA
Qualquer atividade complexa ou desafiadora envolve, necessariamente, uma ou mais 
competências socioemocionais para que sua execução seja efetivada com sucesso. Todavia, nem 
sempre que obtemos sucesso em alguma atividade sabemos quais foram os comportamentos e 
as habilidades que possibilitaram o êxito. Quando refletimos sobre o processo, nos apropriamos 
mais do aprendizado proporcionado pela situação e ampliamos nosso repertório. Dessa forma, 
ao nos depararmos novamente com um desafio no futuro, a probabilidade de sabermos lidar com 
aquela situação é maior, generalizando o aprendizado da competência. 
Determinação
Organização
Foco
Persistência
Responsabilidade
Iniciativa Social
Assertividade
Entusiasmo
Empatia
Respeito
Confiança
Tolerância 
ao estresse
Autoconfiança
Tolerância 
à frustração
Curiosidade 
para aprender
Imaginação 
criativa
Interesse 
artístico
AUTOGESTÃO
ENGAJAMENTO 
COM OS OUTROS AMABILIDADE
RESILIÊNCIA 
EMOCIONAL
ABERTURA 
AO NOVO
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Por exemplo, refletir sobre o peso que comportamentos de estudo (ex.: planejamento do que 
seria estudado por dia, organização do material, anotar e tirar as dúvidas, dentre outros) 
realmente tiveram no aprendizado e nas notas faz com que aumente a probabilidade de esses 
comportamentos serem adotados novamente quando surgir uma nova disciplina. Ou seja, 
quando desenvolvemos intencionalmente uma competência, conseguimos entender o quanto ela 
é importante e necessária para um determinado desfecho positivo e nos atentamos mais para 
nosso comportamento futuro. 
O(A) professor(a) mediador(a) é essencial para conduzir os(as) estudantes nesse processo de 
reflexão e autoconsciência sobre quais competências estão sendo desenvolvidas e mediante 
quais experiências. As metodologias da educação integral são aliadas do(a) professor(a) 
nesse processo. Essas são um conjunto de práticas de ensino que apoiam na promoção do 
desenvolvimento pleno dos(as) estudantes. Elas orientam as práticas pedagógicas dos(as) 
professores(as) para uma abordagem coesa, estruturada, intencional, compromissada, 
colaborativa e problematizadora. Alicerçam a promoção do protagonismo dos(as) estudantes e 
do desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais. 
Para a condução do Projeto de Vida dos(as) estudantes, priorizamos algumas delas:A Presença Pedagógica é o exercício de interação, abertura, confiança e compromisso com o(a) 
estudante, fortalecendo o vínculo interpessoal e a mediação de conflitos e da aprendizagem. Ela 
trata da qualidade das interações e da mediação do(a) professor(a) e envolve:
 • O exercício do acolhimento e da abertura para construir uma relação de confiança com 
os(as) estudantes;
 • A mediação do(a) professor(a) nas situações de conflitos relacionais, buscando envolver 
os(as) jovens na reflexão sobre os diferentes aspectos e na resolução do problema, em vez de 
agir como o único resolvedor;
 • O compromisso do(a) professor(a) com relação à aprendizagem dos(as) alunos(as), traduzido 
na confiança no potencial de cada um(a), nas expectativas elevadas sobre suas capacidades 
de aprender e na persistência e no investimento em ensinar.
A Problematização convida o(a) estudante a “aprender a aprender”. O(A) professor(a) lança 
desafios e questões para reflexão, faz boas perguntas e demanda que os(as) jovens elaborem, 
de forma própria, o conhecimento. É um meio de provocar a participação, a criticidade, a 
curiosidade e a superação do conhecimento simplesmente transferido. Nessa perspectiva:
 • O(A) estudante é o(a) construtor(a) do seu próprio conhecimento, possuindo papel ativo 
no processo;
 • Todo conhecimento é construído a partir do que já se conhece e deve ser ensinado a partir 
do conhecimento que o(a) jovem já traz para a aula; 
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 • O conhecimento se origina da busca por respostas para problemas bem formulados. O(A) 
professor(a) apresenta problematizações consistentes, possibilitando a mobilização de 
diversos recursos cognitivos e de uma postura investigativa do(a) aluno(a) diante do objeto 
de conhecimento;
 • O(A) professor(a) incentiva os(as) estudantes a pesquisar e os(as) acompanha e orienta 
no percurso de investigação e de construção de argumentos provisórios, que vão sendo 
discutidos e apurados, até que se chegue a uma resposta satisfatória e consistente para cada 
questão lançada;
 • Em síntese, cabe ao(à) professor(a) instaurar na sala de aula um ambiente investigativo, 
mobilizado pelos questionamentos dos(as) alunos(as) – de modo que cada jovem possa 
exercer uma postura de inquietação e curiosidade frente ao conhecimento.
A Aprendizagem Colaborativa trata essencialmente da promoção do trabalho colaborativo 
entre os(as) estudantes nas situações de aprendizagem e convívio. Pode ser realizado em 
duplas, pequenos times e em outras situações de ação coletiva. Esse modo de aprender promove 
a ampliação da autonomia dos(as) estudantes em relação ao conhecimento e abre caminho a 
novos modos de interação com o(a) professor(a) e com os pares, exigindo forte envolvimento e 
compromisso de todos(as). 
Para um trabalho colaborativo em times:
 • Cada membro(a) se preocupa com a própria aprendizagem, com a do(a) colega e com o 
desempenho do time;
 • A responsabilidade da liderança é compartilhada por todos(as), em rodízio, e todos(as) os(as) 
estudantes realizam as tarefas;
 • As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança, convívio – são alvo do 
trabalho do time, pois geram aprendizados importantes; 
 • Cada estudante é avaliado(a) pelo próprio desempenho e pelo progresso dos(as) demais. A 
partir dessa avaliação os(as) membros(as) do time devem ser estimulados(as) a motivar e a 
apoiar aqueles(as) que demonstrem algum tipo de dificuldade;
 • O(A) professor(a) acompanha o trabalho dos(as) estudantes circulando pelos times, 
orientando-os(as) quando se desviam da tarefa, estimulando para que persistam nos 
momentos de frustração, provocando-os(as) a pensar soluções antes de ouvirem sua 
opinião, potencializando a aprendizagem.
O mapa de atividades do Projeto de Vida possibilita o desenvolvimento de diversas 
competências socioemocionais. Cada atividade possui um quadro inicial com indicação de 
quais competências serão promovidas. Independentemente da indicação, há metodologias que 
favorecem o desenvolvimento intencional das competências que podem ser utilizadas por você, 
professor(a), tanto para fortalecer alguma das competências listadas na introdução quanto 
para inserir o trabalho com outras que julgue estratégicas para trabalhar com sua turma em 
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um dado momento. A ressalva é de não focar no desenvolvimento de várias competências 
concomitantemente, pois a ciência mostra que não é possível desenvolver com qualidade mais 
de duas competências ao mesmo tempo. 
Para que você esteja mais consciente sobre como está promovendo o desenvolvimento das 
competências socioemocionais e tenha mais autonomia para a adaptação das atividades 
para suas aulas, é importante conhecer sobre como diferentes abordagens promovem o 
desenvolvimento de competências.
Programas mais efetivos no desenvolvimento de competências socioemocionais são aqueles bem 
estruturados, que apresentam as seguintes características[1]:
Nas atividades propostas para o itinerário do Projeto de Vida, esses elementos estão presentes 
e se manifestam de forma balanceada entre as atividades. Por exemplo: a metodologia proposta 
para algumas atividades valoriza o aspecto de explicitação das competências sendo trabalhadas. 
Esse é o caso da atividade “O que é ser um(a) estudante protagonista”. Nesse caso, é proposta 
uma roda de conversa sobre a conexão entre protagonismo e assertividade com base em um 
texto. Os(As) estudantes são convidados(as) a refletir sobre essa conexão e elaborar argumentos. 
Essa abordagem ajuda na explicitação das competências sendo promovidas.
A mesma atividade traz, em um segundo momento, uma abordagem mais focada na experiência, 
apoiando-se nos aspectos ativos da aprendizagem. Por exemplo, quando ela convida os(as) 
estudantes a produzir suas agendas, personalizando um caderno de acordo com sua preferência, 
1. Essa é a conclusão de estudos realizados pelo pesquisador Durlak e sua equipe, que publicou estudos em 2011 e em 2017.
Possuem sequência 
didática que apoia na 
aprendizagem. O 
conhecimento é 
mobilizado nas 
atividades seguintes.
Propõem experiências 
práticas variadas para 
promover a 
aprendizagem e se 
baseiam nas 
metodologias ativas.
Possuem pelo menos 
um componente 
específico para o 
desenvolvimento de 
competências 
socioemocionais.
Deixam claro para o(a) 
professor(a) e os(as) 
estudantes o que está 
sendo trabalhado e os 
objetivos de 
aprendizagem.
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as competências da autogestão e a imaginação criativa. A intencionalidade no desenvolvimento 
das competências não está explícita de antemão, mas as competências precisam ser mobilizadas 
pelos(as) estudantes para que eles(as) completem a atividade.
De modo geral, as atividades buscam combinar essas duas abordagens para potencializar 
o desenvolvimento das competências socioemocionais, de modo que os(as) estudantes 
experienciem a mobilização das competências e estejam cientes sobre quais eles(as) estão 
trabalhando mais intensamente em cada atividade.
Professor(a), você pode lançar mão dessas abordagens para propor o desenvolvimento 
intencional das competências já selecionadas para cada atividade, mas também pode 
personalizar alguma atividade e propor novas, com base na necessidade da sua turma, escola 
ou rede. Não se esqueça de outro elemento das atividadesefetivas: o foco. Escolha uma ou duas 
competências para explicitar em cada atividade, pois a ciência mostra que mais do que isso 
não é adequadamente aprendido pelos(as) estudantes, com a possibilidade de gerar confusão. 
Aproveite a sequência didática para trabalhar todas as competências que vocês priorizaram ao 
longo do tempo, mas evite trabalhar várias ao mesmo tempo. 
As metodologias da educação integral são aliadas nesse processo, e, ao serem combinadas 
com as abordagens do desenvolvimento intencional das competências socioemocionais, 
potencializam o alcance dos objetivos a cada atividade e a autonomia do(a) professor(a) e dos(as) 
estudantes na construção coletiva do conhecimento.
A AVALIAÇÃO FORMATIVA
A avaliação da aprendizagem é tema recorrente nos debates educacionais. Já é um consenso que 
a avaliação não pode ser concebida como medida, régua, e sim como orientadora, bússola. Para 
tanto, se faz importante que os instrumentos de avaliação sejam diversificados, indo para além 
das provas e notas.
No entanto, na perspectiva da educação integral e sua visão de desenvolvimento pleno 
dos(as) estudantes, os debates voltam-se para como promover a avaliação das competências 
socioemocionais.
O desenvolvimento de competências socioemocionais não pode ser avaliado com vistas a um 
ideal de desenvolvimento, pois não existe um padrão ideal, um ponto de chegada. Cada ser 
humano é único e irrepetível, e, na dinâmica dos acontecimentos da vida, mobilizamos nossas 
competências socioemocionais de modo mais ou menos uniforme. 
Por isso, a proposta que o Diálogos Socioemocionais traz para apoiar o desenvolvimento de 
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competências socioemocionais é fundamentado em conceitos da avaliação formativa e no uso de 
instrumento baseado em rubricas.
A avaliação formativa é uma concepção e prática avaliativa que visa acompanhar o 
percurso de aprendizagem e de desenvolvimento de cada estudante que considera que 
cada um(a) possui ritmos e modos de aprender distintos. Ela é realizada ao longo do 
processo educativo, contando sempre com a devolutiva do(a) professor(a). 
Muitos são os instrumentos que permitem a prática da avaliação formativa. Todos 
partem do princípio de planejar atividades abertas, colaborativas, que permitam a 
autoavaliação, tais como produções textuais, dinâmicas em grupo, uso de rubricas, 
dentre outras.
Esse instrumento foi construído a partir de evidências extraídas de estudos e pesquisas nacionais 
e internacionais das 17 competências socioemocionais que compõem o modelo organizativo 
apresentado no capítulo anterior, cuja relevância para diversos aspectos da vida foi levantada. 
O uso do instrumento do Diálogos Socioemocionais é realizado ao longo de todo o processo 
educativo. Em cada momento avaliativo, professores(as) e estudantes dialogam a partir 
da autoavaliação do(a) estudante, induzida pelo instrumento, e constroem um plano de 
desenvolvimento a partir das conclusões a que chegaram. Esse ciclo de autoavaliação/
devolutiva/plano de desenvolvimento possibilita aos(às) estudantes repactuar expectativas e 
tomar consciência acerca do próprio desenvolvimento para se autorregularem.
Para que isso aconteça na prática, orienta-se que, como mediador(a) da aprendizagem, o(a) 
professor(a) deixe claro o percurso sugerido; proponha atividades desafiantes, por meio das 
quais os(a) estudantes tenham a oportunidade de se desenvolverem; dialogue a partir das 
autoavaliações, realizando devolutivas estruturadas ao longo do caminho; e corrija a rota 
quantas vezes forem necessárias para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Nesse 
percurso, os(as) estudantes são convidados(as) a apresentar evidências que justifiquem seus 
posicionamentos no diálogo com os(as) professores(as). Essas percepções são analisadas por 
ambos(as) e dão base para os combinados de próximos passos. 
As principais características da avaliação formativa são:
 • Ser em si mesma um processo educativo que acompanha tanto a aprendizagem e o 
desenvolvimento dos(as) estudantes quanto o próprio processo didático; 
 • Ser dinâmica, porque fornece devolutivas que tornam possível identificar as evidências 
do que se está aprendendo e/ou desenvolvendo ao longo do processo, assim, tanto 
o(a) professor(a) quanto o(a) estudante pode reorientar seus caminhos de ensino e de 
aprendizagem. É importante, portanto, que o tempo das devolutivas ocorra enquanto ainda 
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dá tempo de agir sobre as conclusões e a elaboração do plano de desenvolvimento, e não ao 
final do processo;
 • Ser transparente, porque a todo o momento os(as) estudantes sabem o que se espera deles(as) 
(objetivo, desenvolvimento, critérios claros e combinados). Essa condição é fundamental para 
que o(a) estudante seja corresponsável pelo próprio desenvolvimento e por sua aprendizagem. 
Em suma, a avaliação formativa ocorre quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da 
avaliação permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem ao longo do período 
em que ela ocorre e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer devolutivas aos(às) 
estudantes, de modo a contribuir com seu processo de aprendizagem e de desenvolvimento ao 
longo desse mesmo período.
Para saber mais informações sobre avaliação formativa, consulte o Guia do Diálogos e o material 
disponível no curso a distância.
SOBRE A RELAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM ESTE MATERIAL
O intuito aqui não é dar uma receita pronta do que o(a) professor(a) deve fazer na sala de aula, 
muito pelo contrário! Essas atividades são estruturadas para apoiar o(a) professor(a) com 
estratégias didáticas que conectam o Projeto de Vida, o desenvolvimento de competências 
socioemocionais e a avaliação por rubricas.
A temporização das atividades propostas deve ser reconsiderada pelo(a) professor(a), a depender 
do ritmo de suas turmas.
Há uma indicação das atividades consideradas estruturantes para assegurar uma gama de 
aprendizados antes do preenchimento das rubricas. O(A) professor(a) pode e deve eleger outras 
atividades que executará com seus(suas) alunos(as).
COMPOSIÇÃO DO ROTEIRO DE ATIVIDADES
As atividades estão organizadas por etapa do Ensino Médio e por ciclos. A cada ciclo, o 
conjunto de atividades contém:
 • Resumo breve da atividade;
 • Objetivo a ser alcançado;
 • Competências intencionalmente desenvolvidas em cada atividade;
 • Organização da turma: proposta de organização dos(as) estudantes, em grupos, roda de 
conversa, por exemplo;
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 • Duração prevista: número de aulas para desenvolver a atividade, em um cenário ideal;
 • Para fortalecer sua mediação e presença pedagógica: dicas de metodologias 
integradoras para o(a) professor(a); ou
 • Desenvolvimento: estratégias e desenvolvimento da atividade (em etapas, conforme o 
caso), com sugestões de condução, dicas e orientações para o(a) professor(a).
O PROJETO DE VIDA NO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO
O foco se alarga, abarcando a identificação, a valorização e o fortalecimento dos sonhos pelo(a) 
jovem, com ênfase especial no mundo do trabalho e nas perspectivas de autorrealização, que 
exigem competências fortalecidas, autodeterminação e resiliência. O momento é de consolidar 
projetos para o futuro e dar início àsua realização.
A seguir, apresentaremos a organização do itinerário proposto para o componente Projeto de 
Vida em cada bimestre. As atividades propostas têm como objetivo promover o fortalecimento 
das questões que abarcam a valorização e o fortalecimento dos sonhos, com ênfase especial no 
mundo do trabalho e nas perspectivas da autorrealização. O momento é de consolidar projetos 
para o futuro e dar início à sua realização. 
As atividades têm uma duração prevista que pode superar o tempo que você tem disponível 
para sua realização. A orientação, nesses casos, é que você as adeque e reorganize conforme sua 
disponibilidade. 
De forma geral, recomenda-se a realização das Atividades 1 e 2 antes do preenchimento 
do instrumental do Diálogos Socioemocionais, e essas atividades podem ser realizadas 
em um tempo menor (menor número de aulas) que o que está sugerido no mapa a seguir. 
Após o preenchimento, você pode retomar o preenchimento da Agenda, proposto a seguir, 
e a Atividade 3 – Bate-papo com profissionais, pois ela é estruturante para a definição dos 
objetivos do Projeto de Vida. 
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1º CICLO
MAPA DE ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA!
Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados.
 • 01 AULA
ATIVIDADE 2
O MUNDO OU O MERCADO LÁ FORA?
Inspiração para os(as) jovens pensarem em modos criativos de realizar alguns dos 
planos e projetos que ambicionam tirar do papel.
 • 03 AULAS
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ATIVIDADE 3
BATE-PAPO COM PROFISSIONAIS
Organização de uma conversa com profissionais de diferentes áreas, sobre suas 
atuações, suas trajetórias e o mundo do trabalho. 
 • 02 AULAS
ATIVIDADE 4
JUVENTUDE E CONSUMO EM DEBATE
Abordagem de fenômenos culturais do universo dos(as) jovens brasileiros(as), 
propiciando um debate sobre a relação da juventude com o consumo. 
 • 02 AULAS
ATIVIDADE 5
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO
Acompanhamento – 1ª Rodada. 
*Atividade de referência para todas as aplicações de rubrica
 • 04 AULAS
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ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA
RESUMO Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados.
OBJETIVOS
Ouvir as impressões e expectativas dos(as) estudantes sobre o componente 
Projeto de Vida na 3ª série do Ensino Médio. Compreender o que é o 
desenvolvimento de competências e como isso influencia na vida, dentro e fora 
do contexto escolar. Estabelecer combinados para as aulas de Projeto de Vida.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Responsabilidade, organização, iniciativa social, assertividade, entusiasmo e 
respeito.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual.
DURAÇÃO PREVISTA 1 aula
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Receba os(as) estudantes, dando-lhes boas-vindas com entusiasmo e com a sala organizada em 
roda de conversa.
Peça para que cada estudante diga, com uma palavra, suas expectativas quanto às aulas de Projeto 
de Vida na 3ª série. Acolha as contribuições e apresente a proposta do componente e suas atividades.
A roda de conversa é um momento estruturante para reestabelecer um movimento de 
diálogo e participação em que todos(as) podem se ver e ouvir. O exercício da fala e da 
escuta ativa na roda é algo a ser construído, pois envolve o estabelecimento da relação 
de confiança no grupo. 
• Aproveite o momento para identificar as expectativas que os(as) estudantes trazem 
sobre o componente Projeto de Vida e o desenvolvimento de competências para o 
século 21; 
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• Procure organizar esse espaço de fala, dando oportunidades para que vários(as) jovens 
possam se manifestar sobre suas dúvidas e expectativas. É desejável que você tome nota 
das expectativas, compondo no quadro um mapeamento. Acolha e valorize os diversos 
pontos de vista surgidos, tanto as falas que trazem os aspectos positivos quanto as que 
trazem os negativos;
• Dialogue com eles(as) sobre a importância de, progressivamente, assumirem as rédeas 
da própria aprendizagem, sendo os encontros de Projeto de Vida momentos singulares 
para refletir sobre a vivência que estão tendo na escola.
Lembre-se de abordar alguns pontos fundamentais:
 • Dia da semana e os horários das aulas (destaque a importância de não ocorrerem atrasos 
para os encontros e a existência da lista de presença);
 • A organização das aulas (momentos/atividades individuais, em duplas e em grupo);
 • Os meios de registro e compartilhamento que serão adotados (a Agenda será um importante 
suporte para registro, mas você e a turma poderão adotar outros que julgarem necessários e 
pertinentes); 
 • A proposta, estrutura e o objetivo do componente;
 • A importância da participação e corresponsabilidade de todos(as) durante as aulas.
2ª ETAPA 
Apresente a proposta do Diálogos Socioemocionais e um pouco das competências 
socioemocionais que serão trabalhadas. 
A sua rede está propondo uma Proposta Educacional chamada Diálogos 
Socioemocionais, que contribui com a implementação da política de educação integral. 
Ela envolve uma metodologia de desenvolvimento das competências socioemocionais 
em ambiente escolar e de acompanhamento desse trabalho por estudantes e 
professores(as).
O objetivo é que por meio do diálogo frequente com o(a) professor(a) se estabeleça um 
plano de trabalho para o desenvolvimento integral do(a) estudante, no qual ambos(as) 
estão comprometidos(as) e – com eles(as) – toda a escola, com o apoio do(a) diretor(a), 
do(a) coordenador(a) pedagógico(a) e de representantes regionais e centrais das 
secretarias. 
O Diálogos são essencialmente um processo formativo. Isso significa que ele oferece 
insumos para que tanto professor(a) quanto estudante possam acompanhar o seu 
desenvolvimento e definir próximos passos que os(as) ajudem a alcançar os objetivos 
estabelecidos inicialmente pelos(as) próprios(as) estudantes.
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A proposta inclui uma proposta estruturada para o desenvolvimento das competências 
socioemocionais, mas é possível combiná-la com outras que sua rede já desenvolva. 
Portanto, não se preocupe, pois não é necessário abandonar uma prática que já está 
funcionando na sua escola. Nesses casos, a principal contribuição da proposta educacional 
Diálogos Socioemocionais será para acompanhar de maneira sistemática e estruturada 
o desenvolvimento dessas competências (a ferramenta para isso será apresentada mais 
adiante). Você pode procurar mais informações sobre essa proposta no site do Instituto 
Ayrton Senna (www.institutoayrtonsenna.org.br) ou no curso a distância. 
Você pode encontrar formas criativas de contar o que é a proposta com suas palavras e falar 
sobre as competências socioemocionais. Só não se esqueça de reforçar o que é mais valioso 
para os(as) estudantes: essa proposta permite que eles(as) reflitam sobre eles(as) mesmos(as), 
trabalhando seu autoconhecimento, e possam estabeleceros seus objetivos de desenvolvimento. 
Esse processo é todo apoiado e acompanhado pelo(a) professor(a). Eles(as) verão que o 
autodesenvolvimento anda junto com o processo deles(as) de planejar o futuro e preparar-se 
para trilhar o caminho, de acordo com as suas expectativas.
Após a apresentação da proposta, cheque se os(as) estudantes possuem alguma dúvida. Sinalize 
que, em um próximo momento (que pode ser a atividade seguinte, na mesma aula, ou na aula 
seguinte, dependendo do tempo disponível para a realização da atividade), conhecerão um pouco 
mais sobre as competências socioemocionais e como elas serão trabalhadas ao longo do ano.
3ª ETAPA
Para finalizar, reforce a importância de estarem presentes na próxima aula, pois a presença e a 
colaboração de todos será fundamental para que as aulas sejam proveitosas. Informe o assunto da 
próxima aula e combine com os(as) estudantes para trazerem o material necessário para a confecção 
da Agenda:
 • Um caderno (acabamento em espiral ou brochura, com folhas brancas ou pautadas, de capa 
à escolha de cada um(a) e que contenha cerca de 100 páginas);
 • Uma fotografia impressa de um momento significativo na vida (pode ser foto antiga ou 
recente).
Combine com a turma para que tenha a iniciativa de já se organizar em roda de conversa antes 
de sua chegada, no próximo encontro.
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ATIVIDADE 2
O MUNDO OU O MERCADO LÁ FORA?
RESUMO
Reflexão sobre as diferenças entre o mercado de trabalho e o mundo do 
trabalho. Construção coletiva de um mapa sobre o mundo do trabalho. 
Apresentação do instrumental de rubricas e confecção das Agendas.
OBJETIVOS
Refletir sobre as diferenças entre as noções de mercado do trabalho 
e o mundo do trabalho, propondo que os(as) estudantes façam uma 
representação imagética deste último. Apresentação do instrumental de 
rubricas e confecção das Agendas.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, foco, responsabilidade, 
organização, iniciativa social e assertividade.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em 
roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em trios ou quartetos.
DURAÇÃO PREVISTA 3 aulas.
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
Para muitos(as) estudantes, o 3º ano do Ensino Médio é a etapa que continua a separá-
los(las) do mundo do trabalho. Pelo menos para aqueles(as) que nunca exerceram uma 
profissão ou atividade remunerada, essa parece uma última barreira antes que tenham 
que encarar os desafios e as dificuldades do mundo do trabalho. Ao mesmo tempo em que 
a temática pode ser instigante para eles(as), pode também suscitar angústias, desejos e 
sonhos – afinal de contas, é ao Projeto de Vida dos(as) jovens que estas aulas se voltam. 
Busque sempre tratar as questões do mundo do trabalho com abertura para ouvir o que 
eles(as) têm a dizer sobre o assunto, direcionando as dúvidas e colocações para alguns 
dos âmbitos que esse componente curricular tem a oferecer: reflexões sólidas sobre 
perspectivas de futuro e sobre o contexto do mundo do trabalho, desenvolvimento de 
competências importantes e valorizadas fora da escola, e experiências de autonomia
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e colaboração. Uma referência interessante para esse assunto é a resenha escrita por 
Roselane Gomes Bezerra sobre o livro Ganchos, tachos e biscates: Jovens, trabalho e futuro, 
do sociólogo português José Machado Pais. O texto aborda as estratégias das quais jovens 
de Portugal se apropriam para sobreviver em um contexto de desemprego e precarização do 
trabalho. O foco da resenha é nos modos como eles(as) reinventam as formas de inserção 
profissional, processo no qual são levados(as) a reinventar também suas próprias trajetórias. 
A resenha pode ser acessada no link: <bit.ly/ganchostachos> Acesso em: 22 mar. 2019.
Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto “O mundo ou o mercado lá fora?” 
(Anexo 1.1., ao final deste ciclo).
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Recepcione os(as) estudantes e peça para que se organizem em trios. Apresente a proposta 
das atividades.
Verifique se os(as) estudantes trouxeram o material para a elaboração das Agendas. Converse 
com os(as) alunos(as) sobre a importância do registro para o acompanhamento de seu 
desenvolvimento e oriente-os(as) sobre a personalização desse recurso de aprendizagem.
Para o acompanhamento das aprendizagens geradas, é importante que os(as) estudantes 
tenham uma forma de registrar suas reflexões sobre si mesmos(as), sobre sua relação com 
o mundo e sobre suas expectativas para o futuro. Essa reflexão é um momento crucial do 
trabalho com Projeto de Vida. A Agenda será um instrumento de registro do processo de 
autoconhecimento e desenvolvimento, por isso a importância de sua customização pelos(as) 
próprios(as) jovens. Esse registro é essencial para que possam acompanhar os desafios 
enfrentados, os avanços alcançados e manter a memória do que viveram.
2ª ETAPA
Após a elaboração das Agendas, apresente para a turma as competências socioemocionais 
que serão trabalhadas neste ano. Descreva como o trabalho será realizado e apresente o 
instrumental de rubricas e como será a avaliação. Para esta ação, siga as orientações do Manual 
do Aplicador, que é um material específico de orientação para o trabalho com as rubricas.
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PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA 
As rubricas são elaboradas a partir de critérios previamente estabelecidos e ordenados 
em progressão, facilitando a elaboração ou o acompanhamento de critérios avaliativos 
de maneira transparente e clara, rumo aos objetivos de aprendizagem estabelecidos 
entre estudante e educador(a) em conjunto.
Duas características principais que caracterizam as rubricas são o uso de critérios claros a 
serem avaliados (ou seja, que conteúdo ou competência) e os níveis explícitos de localização 
dentro do percurso. Pense nos degraus de uma escada: quanto mais alto o degrau, 
mais alto você considera seu nível de habilidade em uma determinada competência. 
Desse modo, ao explicitar concretamente o degrau que melhor representa o quanto o(a) 
estudante considera que desenvolveu determinada competência e abrir espaço para o 
diálogo entre professor(a) e estudante a respeito disso, chegando a um consenso a respeito 
de qual é esse degrau, ambos(as) conseguem planejar de modo também mais concreto 
de que forma potencializar o desenvolvimento dessa competência e que benefícios essa 
aprendizagem pode trazer para a vida do(a) estudante em diversos âmbitos.
Verifique se a turma possui alguma dúvida sobre a autoavaliação. Acolha as dúvidas e convide 
os(as) estudantes para a próxima atividade.
3ª ETAPA 
Distribua cópias do Anexo 1.1. e peça para que os(as) estudantes se revezem na leitura do 
material para realizar a atividade. Durante a realização do mapa coletivo, contribua para manter 
a ordem durante os momentos em que os(as) estudantes estiverem no quadro criando seus 
desenhos. Cuide também para que haja tempo suficiente para cerca de 20 minutos de discussão 
coletiva. Durante o debate, estimule os(as) jovens com questões como:
 • A partir do processo de construção do mapa, o que vocês diriam que é o mundodo trabalho 
para vocês?
 • Como o mundo do trabalho e os Projetos de Vida se relacionam?
 • O que você acha que faltou ou sobrou no mapa representado pela turma?
Reforce sobre a importância de cada um(a) fazer o registro nas Agendas, acerca de suas 
principais impressões sobre o mundo do trabalho.
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ATIVIDADE 3
BATE-PAPO COM PROFISSIONAIS 
RESUMO
Organização de uma conversa com profissionais de diferentes áreas, 
sobre suas atuações, suas trajetórias e o mundo do trabalho.
OBJETIVOS
Conceber, planejar e realizar a visita de profissionais para uma roda de 
conversa e debate com toda a turma.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Curiosidade para aprender, responsabilidade, organização, persistência, 
autoconfiança, tolerância à frustração, iniciativa social, respeito.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com 
momentos em roda de conversas, envolvendo a turma toda, e trabalho 
em time.
DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas. 
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
Nessa atividade, os(as) jovens são convocados(as) a gerir um processo de forma autônoma 
e responsável, atitudes fundamentais para um resultado satisfatório. É importante que 
você acompanhe o passo a passo dos times nesse processo, orientando-os(as) e ajudando-
os(as) na resolução de problemas e dúvidas. Durante esse auxílio, incentive-os(as) a achar 
soluções para os problemas que surgirem – mas sem oferecer respostas e soluções prontas! 
Em casos extremos, como um convidado cancelando sua participação em cima da hora 
ou imprevistos semelhantes, busque tranquilizar os(as) estudantes e mobilizar a atenção 
deles(as) para o bate-papo que acontecerá em algum outro momento, pois, em atividades 
como estas, alguns combinados podem fugir ao controle, mesmo com todos os cuidados.
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DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA 
Receba os(as) estudantes na roda de conversa e apresente um panorama do que acontecerá, a 
princípio, ao longo das próximas quatro aulas (embora você possa organizar conforme o tempo 
disponível). Explique quais são os dois grandes momentos dessa atividade. Deixe claro que eles(as) 
trabalharão em quintetos e que serão responsáveis por todas as etapas dos encontros: a escolha 
dos(as) profissionais, o contato com eles(as), o planejamento das visitas, a dinâmica das conversas 
e a avaliação final de todo o processo.
Cada quinteto deverá eleger um(a) líder, que será responsável por reportar a você o 
andamento da atividade e dialogar com os(as) líderes dos outros times. Cada time será 
responsável por convidar à escola um(a) profissional. A primeira orientação é que, uma 
vez agrupados(as), eles(as) iniciem uma discussão sobre qual profissional chamar. Para 
guiar essa escolha, instigue-os(as) a escolher convidados(as) de profissões sobre as 
quais eles(as) têm curiosidade. Nesse momento, é útil que eles(as) tenham em mãos 
computadores, smartphones ou telefones celulares, para que possam pesquisar as 
profissões e os(as) profissionais de interesse.
2ª ETAPA
Uma vez que estiverem agrupados(as), oriente que cada time siga o roteiro de discussão e 
planejamento detalhado a seguir, lembrando que só podem passar para o próximo passo quando 
o anterior estiver definido.
PASSO 1: PROFISSIONAIS DE 
QUAIS ÁREAS GOSTARÍAMOS DE TRAZER?
Da área empresarial, dos negócios da bolsa, da construção civil, da educação, das novas 
tecnologias. Todas são válidas e bem-vindas. 
Que tal propor que, durante a discussão sobre qual profissional chamar, eles(as) 
apresentem as profissões que desejam seguir? Assim, eles(as) poderão pesquisar por 
pessoas que trabalham em áreas e atividades afins àquelas que definiram para si.
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PASSO 2: QUAL PROFISSIONAL 
SERÁ CONVIDADO(A)?
Vale elencar uma série de possíveis convidados(as), sendo que o(a) primeiro (a) deve 
ser o(a) mais cotado(a) pelo time, o(a) segundo, um “plano B” (caso o(a) anterior não 
possa estar presente), e assim por diante. Podem ser conhecidos(as) e familiares dos(as) 
estudantes, mas também pessoas que não têm nenhum vínculo pessoal com eles(as). 
Para isso, o uso da internet pode ser bastante útil na pesquisa do nome e do contato 
dos(as) possíveis convidados(as).
3ª ETAPA
Em seguida, peça que os(as) líderes compartilhem com o restante da turma suas escolhas, 
para que todos(as) possam ter uma ideia prévia de como decorrerão as visitas. Após o 
compartilhamento, oriente que cada integrante se organize seguindo algumas funções. 
Estas são as nossas sugestões:
CONTATO:
Definição do(a) jovem que fará contato com o(a) profissional escolhido(a), convidando-
o(a) para a visita à escola, sanando suas dúvidas e confirmando sua presença no dia do 
evento. Esse(a) jovem será responsável por receber e acompanhar o(a) visitante no dia 
em que ele(a) for à escola, além de fazer a apresentação do(a) convidado(a) no dia do 
bate-papo. Oriente que cada jovem responsável pelo contato com os(as) convidados(as) 
tente uma primeira abordagem por telefone ainda durante a aula, de modo que possam 
ter uma resposta prévia sobre o convite.
Importante: Tudo isso precisa ser acordado com a direção e e acoordenação da escola.
PLANEJAMENTO:
Em diálogo com os(a)s representantes dos outros times, serão os(as) jovens 
responsáveis por planejar em conjunto a visita dos(as) convidados(as). Será na sala 
de aula ou no auditório? Serão apresentações separadas ou uma roda de conversa? 
Acontecerão no mesmo dia? Definiremos um tempo para cada convidado(a) falar 
ou deixaremos a conversa fluir? Qual será o tempo de apresentação dos(as) 
convidados(as) e qual será o tempo de debate? Essas são decisões dos(as) jovens 
responsáveis pelo planejamento.
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Importante: É imprescindível que você, professor(a), acompanhe de perto esse 
planejamento e seja responsável pelo aval final, juntamente com a equipe de gestão. 
Não deixe de lembrar aos times que, para as aulas com visita dos(as) convidados(as), 
devem estar reservados de 15 a 20 minutos para avaliação do encontro, ao final.
DEBATE:
Os times deverão elaborar perguntas para o(a) convidado(a), pesquisar sobre sua profissão 
e fomentar o debate no dia da visita (lembrando, claro, que o debate é aberto a todos(as)).
Importante: Incentive a participação de todos os(as) jovens nesse momento, pois é um 
trabalho colaborativo!
FIQUE ATENTO(A) EM SUA MEDIAÇÃO!
Esse planejamento vai demandar agilidade e organização dos times. Ao final dos dois tempos, 
todos esses passos já devem estar encaminhados e o convite inicial aos(às) profissionais feito. 
É provável que os(as) convidados(as) demorem algum tempo para dar a resposta 
definitiva, se poderão ou não comparecer ao evento. E lembre aos(às) jovens de terem 
um “plano B”, caso o(a) convidado(a) inicial não possa comparecer. Esses arranjos 
deverão ser feitos pelos(as) líderes de cada time responsáveis pelo contato ao longo 
da semana. Uma mudança de convidado(a) pode acarretar mudanças também para o 
planejamento e para o debate. 
Durante o tempo que separa os encontros de planejamento (1º momento) e execução(2º momento) da atividade, peça que os times estejam atentos aos combinados, pois 
podem ser necessários pequenos trabalhos fora do horário dos encontros de Projeto de 
Vida (para trocar e-mails e conversar ao telefone com os convidados, por exemplo).
4ª ETAPA
Os dois últimos tempos serão dedicados à recepção e conversa com os(as) profissionais 
convidados(as). É fundamental que cada quinteto assuma o protagonismo no acolhimento de 
seus(suas) convidados(as)! Incentive os(as) estudantes a registrar o bate-papo com fotos, vídeos 
e anotações na Agenda! 
Ao final do encontro, agradeça a presença dos(as) profissionais convidados(as), ressaltando a 
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importância dessa experiência para os(as) estudantes e qual a relação dessa conversa com as 
temáticas trabalhadas no componente Projeto de Vida. 
5ª ETAPA 
Faça a avaliação de todo o processo com a turma, solicitando que registrem suas percepções 
dessa experiência nas Agendas. 
Algumas sugestões de perguntas para fomentar o debate:
 • O que vocês mais gostaram durante essa atividade?
 • O resultado final saiu conforme o esperado? Alguma expectativa foi frustrada?
 • Quais as maiores dificuldades com as quais vocês se depararam nesse processo?
 • Há algo que vocês imaginaram que seria difícil e trabalhoso, mas que se mostrou bastante 
simples?
 • Houve imprevistos durante o processo que colocaram tudo a perder? Vocês conseguiram 
contornar a situação? Como? O que vocês aprenderam com essa atividade? O que pretendem 
fazer totalmente diferente na próxima experiência?
 • O que vocês pretendem fazer exatamente igual na próxima experiência? 
 • Do que vocês já conheceram das competências socioemocionais, quais vocês entendem que 
foram mais importantes para a realização dessa atividade?
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ATIVIDADE 4
JUVENTUDE E CONSUMO EM DEBATE
RESUMO
Abordagem de fenômenos culturais do universo dos(as) jovens 
brasileiros(as), propiciando um debate sobre a relação da juventude com o 
consumo.
OBJETIVOS
Debater sobre as práticas e os hábitos de consumo dos(as) jovens hoje e 
se elas influenciam na formulação de seus Projetos de Vida.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Foco, iniciativa social, assertividade e respeito.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Ao longo da atividade os(as) jovens trabalharão em uma roda de conversas.
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas. 
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
A leitura de textos longos em sala de aula pode ser um desafio. Vídeos e 
imagens costumam ser mais atraentes, de modo que os(as) estudantes ficam 
mais atentos(as) e focados(as). Entretanto, a linguagem escrita ainda é das mais 
importantes e presentes em nossa sociedade, e é essencial que os(as) estudantes 
tenham domínio da língua e fluidez para a escrita e leitura. Além disso, muitos 
materiais que contemplam temáticas e discussões importantes são reportagens e 
artigos. Por isso, estimular a leitura em sala de aula é necessário. Uma forma de 
engajar todos(as) os(as) alunos(as) na atividade é propor um revezamento na leitura 
dos textos, que pode ser feita por parágrafos ou tópicos.
Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto “O rolezinho da 
juventude, nas ruas do consumo e do protesto” (Anexo 1.2., ao final deste ciclo).
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TAÇÃO PARA PLAN
O DE AULAS
DESENVOLVIMENTO
1ª ETAPA
Apresente o objetivo e a programação da atividade aos(às) estudantes. Para iniciar a conversa e 
gerar as primeiras questões com a turma em uma roda de conversa, exiba o vídeo We all want to 
be young (Todos queremos ser jovens).
O vídeo, produzido pela BOX1824, empresa de pesquisa especializada em 
tendências de comportamento e consumo de jovens, pode ser acessado em http://
bit.ly/queremosserjovens. Nele, é apresentada a geração Millennials, jovens que 
estariam não apenas imersos(as) em uma sociedade de mercado, mas também 
influenciando a produção e os hábitos de consumo. Antes da exibição do vídeo, 
apresente aos(às) jovens as seguintes questões, para que eles(as) possam refletir 
sobre estas enquanto assistem:
• Vocês se reconhecem como jovens da geração Millennials apresentada pelo vídeo?
• Com quais aspectos se identificam e com quais outros não encontram paralelo em seu 
dia a dia?
• Qual relação vocês estabelecem entre identidade (quem você é, seus interesses, gostos 
e desejos) e o consumo? 
Após a exibição do vídeo, com a turma em círculo, inicie o debate, instigando os(as) 
alunos(as) a responder às questões colocadas acima.
2ª ETAPA
Oriente a turma para a leitura do Anexo 1.2., artigo “O rolezinho da juventude nas ruas do consumo 
e do protesto”, de Renato Souza de Almeida, publicado no Le Monde Diplomatique Brasil. 
Após a leitura, peça aos(às) estudantes que compartilhem sua interpretação do texto e mobilize a 
discussão sobre a relação entre consumo e Projetos de Vida. O objetivo é esclarecer qual a relação 
que eles(as) estabelecem entre seus sonhos, desejos e planos e o consumo.
Nessa etapa, oriente os(as) estudantes com as seguintes questões:
 • Ao pensar seus Projetos de Vida, ou seja, aquilo que vocês projetam para o futuro, o 
consumo aparece como fator importante? Se sim, como?
 • Qual relação vocês estabelecem entre o mundo do trabalho e o consumo?
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Para finalizar a atividade, promova uma síntese dos principais pontos discutidos por vocês e 
estimule os(as) jovens a registrar em suas Agendas os pontos da discussão que considerarem mais 
importantes e interessantes.
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TAÇÃO PARA PLAN
O DE AULAS
ATIVIDADE 5
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO
RESUMO
Atividade de aplicação do instrumental do Diálogos Socioemocionais, 
devolutiva e definição de objetivos de desenvolvimento.
OBJETIVOS
Autoavaliação do desenvolvimento das competências socioemocionais 
selecionadas pelos(as) jovens, diálogo entre professor(a) e turma e definição 
dos objetivos de desenvolvimento de competências socioemocionais.
COMPETÊNCIAS 
INTENCIONALMENTE 
DESENVOLVIDAS
Curiosidade para aprender, responsabilidade, iniciativa social, assertividade 
e respeito.
ORGANIZAÇÃO DA 
TURMA
Roda de conversa e trabalho individual.
DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas. 
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
Ao aplicar as rubricas do Diálogos Socioemocionais referentes às competências 
socioemocionais que serão trabalhadas em sua rede de ensino, será possível observar em 
que degrau os(as) estudantes enxergam seu desenvolvimento, bem como acompanhar o 
progresso do desenvolvimento dessas competências.
O momento de autoavaliação e devolutiva entre professor(a) e estudante, ou seja, o diálogo, 
é fundamental para pensar a proposta de desenvolvimento de competências socioemocionais 
com a turma e apoiam na identificação de metas e objetivos para o Projeto de Vida. 
É muito importante que a devolutiva fornecida pelo(a) professor(a) aos(às) estudantes 
após o uso das rubricas os(as) estimule a continuar progredindo no desenvolvimento da 
competência, e, quanto mais pertinente, clara e assertiva for a devolutiva, melhor pode ser 
a qualidadedo processo de aprendizagem.
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DESENVOLVIMENTO
APLICAÇÃO DO INSTRUMENTAL
1ª etapa
Receba a turma em roda de conversa e verifique se possuem alguma dúvida sobre a proposta de 
trabalho do componente Projeto de Vida e da autoavaliação do Diálogos Socioemocionais. Acolha 
e responda às dúvidas e possíveis inseguranças, reforçando que a autoavaliação tem, como 
propósito, o autoconhecimento para a potencialização das aprendizagens na escola e na vida. 
Lembre-se que a autoavaliação deve estar a serviço do desenvolvimento dos(as) 
estudantes, e nunca ser utilizada como dispositivo de punição, moralização ou criação 
de estereótipos na turma.
No momento da devolutiva, reforce aos(às) estudantes os caminhos possíveis para que 
desenvolvam as competências que, nesse momento, se apresentam como mais frágeis. 
Sinalize para a turma a importância da colaboração e responsabilidade de todos(as) com 
a aprendizagem. 
2ª etapa
Distribua o instrumental das rubricas (ou acesse a plataforma para a avaliação) e peça para que 
os(as) estudantes reflitam um pouco sobre si mesmos(as) antes de responder a cada pergunta. 
Essa autoavaliação é formativa, na medida em que promove o pensamento do(a) 
estudante para o próprio desempenho. Para isso, não basta apenas o(a) estudante 
declarar que seu desempenho em determinada competência, por exemplo, foi nível 3. 
É preciso que ele(a) traga, também, pelo menos uma evidência que diga por que ele(a) 
está nesse nível e não em outro. 
Em geral, as evidências podem ser explicitadas pelos(as) estudantes quando o(a) 
professor(a) os(as) estimula por meio de perguntas que os(as) fazem pensar na 
relação entre suas metas e seu desempenho, nas situações concretas que vivenciou 
ao participar do componente Projeto de Vida ou em outras situações dentro e fora da 
escola em que exercitou a competência em questão. 
Uma primeira rodada de perguntas desse tipo é suficiente para que os(as) estudantes 
comecem a “pensar com evidências” quando se autoavaliam usando o instrumento.
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O DE AULAS
O maior efeito dessa autoavaliação não é o “efeito retrovisor”, de avaliar o que passou, 
mas o “efeito bússola”, de olhar para a frente, guiando caminhos para continuar se 
desenvolvendo. Por isso, a possibilidade de obter informações rápidas e de oferecer 
devolutivas contínuas sobre as aprendizagens faz dessa autoavaliação de competências 
uma potente ferramenta pedagógica. Aliás, aprender a dar bons feedbacks é uma 
estratégia a ser exercitada no dia a dia pelos(as) professores(as). Feedbacks podem ser 
mais ou menos eficazes, dependendo do uso que se faz das devolutivas. 
A DEVOLUTIVA COLETIVA
1ª etapa
Analise a resposta dos(as) estudantes – inclusive observando se algum precisa de um 
acompanhamento mais próximo, como uma conversa individual. Atente-se às características 
que os(as) jovens tenham demonstrado durante suas aulas, aos momentos em que você os(as) 
observou nos trabalhos em time ou no intervalo entre as aulas. Prepare a etapa de devolutiva 
com a turma de modo a não expor as questões individuais, mas guiando a conversa pelos 
registros que permitem fazer combinados no coletivo (ainda que sejam combinados para grupos).
Na primeira devolutiva do ano, será a oportunidade para pactuar quais serão os focos de 
desenvolvimento daquele ano. Nas demais, será a oportunidade para acompanhar como os(as) 
estudantes estão se vendo no trabalho de desenvolvimento das competências priorizadas. 
Pode ser necessário repactuar caminhos para favorecer o desenvolvimento das competências 
priorizadas pela turma. Compartilhe a responsabilidade pelos combinados com a turma, pois 
isso apoia o desenvolvimento do protagonismo dos(as) estudantes!
2ª etapa
Oriente a turma para que se organize em roda de conversa e explique a atividade. Fique atento(a) 
para perceber se há incômodo por parte de algum(a) jovem e reforce o propósito da devolutiva 
coletiva, que nada mais é do que uma conversa, é um diálogo entre vocês.
Na primeira conversa, diga à turma que o objetivo é, após a conversa que terão, que os(as) jovens 
definiam quais competências serão foco de seu aprendizado ao longo do ano. É importante 
que os(as) estudantes tenham clareza de que desenvolverão outras competências, além das 
escolhidas, mas que essas serão a centralidade das metas de aprendizagem e de seus projetos 
de vida do ano. A Agenda do(da) estudante é uma forte aliada nessa conversa. Peça que cada 
um(a) conecte a conversa com o que registrou sobre o seu desenvolvimento ao longo do período 
e registre os combinados realizados na conversa desta aula.
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Para as conversas seguintes, lembre-se de que a devolutiva coletiva ajuda a retomar os 
principais pontos do projeto, considerando a aprendizagem entre pares e a identidade coletiva. 
Ele é excelente para uma retomada de consciência, de realinhamento do processo e para ordenar 
os entendimentos. A Agenda segue sendo uma aliada nesta etapa. Peça que os(as) estudantes 
mobilizem seus argumentos com base no que escreveram no campo da justificativa do 
instrumental e também no que registraram nas Agendas. Desta forma a conversa fica objetiva e 
pode render bons frutos para o desenvolvimento dos(as) estudantes.
Por fim, peça que os combinados e outras reflexões também sejam registrados na Agenda de modo 
que possa ser retomado para conversas futuras, possa ser completado durante as atividades da 
disciplina e ser consultado sempre que o(a) estudante quiser refletir sobre o seu próprio processo de 
desenvolvimento de competências socioemocionais e seus objetivos de Projeto de Vida.
PARA SUA 
PRESENÇA 
PEDAGÓGICA
Devolutivas construtivas são aquelas em que o(a) professor(a), tendo esclarecido 
previamente com a turma os objetivos da avaliação formativa e seu instrumento, tenta 
se colocar no ponto de vista do(a) estudante e entender por que ele(a) falou ou se 
autoavaliou de determinada maneira, valoriza os pontos de avanço e problematiza os 
pontos frágeis como oportunidades de desenvolvimento.
SOBRE DEVOLUTIVAS:
Devolutiva não é conselho, exaltação ou avaliação por nota. Devolutiva é informação sobre 
como estamos direcionando nossos esforços em direção ao alcance dos objetivos. Se os(as) 
estudantes consideram a sala de aula um lugar seguro para errar, eles(as) estão mais 
propensos(as) a utilizar a devolutiva para a aprendizagem. Devolutivas efetivas ocorrem 
durante a aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela.
É importante incentivar que os(as) estudantes deem devolutivas uns(umas) aos(às) outros, 
desde que observados o vocabulário e o instrumento em que estão sendo avaliados(as). 
Estudantes precisam ter clareza sobre seus alvos de aprendizagem – o que é esperado que 
eles(as) alcancem – senão a devolutiva se torna somente alguém falando para eles(as) o que 
fazer, o que não é efetivo para desenvolver a autorregulação da aprendizagem.
O(A) professor(a) dá a devolutiva a partir do nível em que o(a) estudante se avaliou e 
da avaliação que você próprio(a) realizou sobre a turma, levando em consideração o 
contexto da atividade, e não baseado(a) em cenários abstratos e genéricos.
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TAÇÃO PARA PLAN
O DE AULAS
ANEXOS – 1° CICLO
ANEXO 1.1.
O MUNDO OU O MERCADO LÁ FORA
Quem já ouviu dizer...
Quem é que nunca ouviu frases como essas da boca do pai e da mãe, de parentes, amigos(as) 
e professores(as)? E o que dizer das chamadas dos telejornais e das capas de revistas, que 
prometem apresentar os segredos e desafios para ingressar e se manter no mercado de trabalho?
É sobre tudo isso e mais um pouco que o trio discutirá agora! Antes de seguir em frente, escolham 
um(a) líder para organizar as ações que serão feitas e estimular a participação de todos(as)!
Esse tal de “mercado de trabalho”...
O tão temido, desejado e difamado mercado de trabalho parece ser daquelas coisas sobre as 
quais todo mundo fala, mas ninguém sabe dizer exatamente o que é. Então, vamos pesquisar e 
conversar sobre isso?
1	 Acessem um site de buscas e digitem “mercado de trabalho” para ver o que aparece. Com os 
computadores ou smartphones em mãos, busquem no Google algumas imagens, alguns vídeos e 
textos sobre a expressão “mercado de trabalho”. Não é necessária uma leitura aprofundada dos 
resultados, mas tentem encontrar semelhanças e diferenças entre os vários resultados obtidos. 
Na universidade é fácil, 
mas, depois que você se 
forma e vai parar no 
mercado de trabalho, 
as coisas complicam! 
O mercado hoje está 
supercompetitivo, 
principalmente para 
os(as) jovens!
O mercado exige 
experiência e 
conhecimento!
O mercado de 
trabalho exige 
profissionais 
dinâmicos(as)!
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2	Em seguida, discutam sobre os resultados que encontraram: Segundo esses exemplos, o 
que seria o mercado de trabalho? Como ele é representado nas imagens e nos vídeos? Com 
quais outros temas ele se relaciona?
Mercado de trabalho ou mundo do trabalho?
Atualmente, não se fala só em mercado, mas também em mundo do trabalho. Mas o
que é isso? Leiam o trecho a seguir atentamente. Ele foi extraído do livro Encontros e travessias – 
O adolescente diante de si mesmo e do mundo (2001), de Antônio Carlos Gomes da Costa:
“O mundo do trabalho, que está nascendo com a globalização e o início da era pós-
industrial requer um trabalhador polivalente e flexível, detentor de habilidades 
básicas, específicas e de gestão, mais preocupado com a sua empregabilidade que 
com seu emprego. Boa parte das profissões em que os jovens estarão trabalhando 
daqui a dez anos simplesmente ainda não existe. Muitas das profissões que 
conhecemos hoje estão com os dias contados. Já se foi o tempo em que o 
trabalhador aprendia a exercer um determinado ofício e dele sobrevivia até o fim 
de sua vida profissional”.
É interessante observar que a previsão feita há mais de dez anos sobre as mudanças das 
profissões é uma realidade hoje. Quem imaginaria, há décadas atrás, que profissões e 
habilidades tão apreciadas socialmente simplesmente desapareceriam? E quantas outras estão 
sendo “inventadas” enquanto vocês leem este texto? É por isso que, para o mundo do trabalho 
de hoje, não basta apenas dominar as técnicas de determinadas profissões. É preciso ser um(a) 
profissional investigador(a) de conhecimento, uma pessoa que aprimora suas habilidades e 
competências, ou seja, sua empregabilidade.
Ao longo de toda a 3ª série, reforçaremos essas questões, já problematizadas em outros 
semestres de Projeto de Vida, na tentativa de desvendar os sentidos do mundo do trabalho e 
suas implicações para quem quer ingressar, permanecer e progredir nele. Vocês descobrirão 
como os seus Projetos de Vida, que estão sendo construídos desde o 1º ano do Ensino Médio, são 
um instrumento para aliar desejos e necessidades, planejamento e urgências.
Lá fora: O mundo do trabalho 
Agora, com a turma toda reunida em roda, criem, juntos(as), uma representação imagética, 
um grande painel, do que vocês acreditam ser o mundo do trabalho. Nem de longe se trata de 
uma tentativa de elaborar um significado correto ou definitivo para o mundo do trabalho... 
Muito pelo contrário! Esse é um exercício lúdico, para todo mundo pensar junto e construir um 
entendimento mais ou menos comum.
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TAÇÃO PARA PLAN
O DE AULAS
A dinâmica funciona assim:
O MUNDO LÁ FORA
O objetivo da turma é criar, no quadro, uma representação imagética do que seria o 
mundo do trabalho. Uma espécie de mapa em grande escala. Para isso, cada um(a) de 
vocês deve pensar em um elemento para compor esse mapa.
Elementos comuns, do cotidiano, que vocês veem em um dia comum. A diferença é que 
todos eles devem ter alguma relação com a temática do mundo do trabalho. Mas não 
basta eleger um elemento: vocês devem justificar as escolhas feitas! Por exemplo:
• Elemento: Escola
• Justificativa: A escola faz parte da trajetória da maioria das pessoas que habita o mundo 
do trabalho. É onde elas aprendem competências e estabelecem redes de relações que 
vão além da família e dos(as) conhecidos(as) do bairro. As experiências que cada pessoa 
vive na escola e as competências que desenvolve fazem toda a diferença no mundo do 
trabalho e na aprendizagem dos conteúdos de diferentes áreas do conhecimento.
Assim, nesse mapa pode existir de tudo: casas, pessoas, ruas, empresas, escritórios, 
árvores, animais e assim por diante. Os sentidos que esses elementos adquirem no 
mundo do trabalho são vocês que definem!
Para começar a construção do mapa, um(a) jovem se voluntaria para desenhar seu 
elemento no quadro. Após desenhar, a pessoa deve explicar o porquê de sua escolha. Logo 
em seguida, outro(a) estudante faz o mesmo, e a dinâmica segue assim, até que todos(as) 
tenham feito seu desenho. Se acharem que o tempo do encontro não é suficiente para que 
um(a) estudante desenhe de cada vez, até três pessoas podem estar no quadro ao mesmo 
tempo. E, lembrem-se, não tem essa de “eu não sei desenhar!”. Façam o melhor que 
puderem, o importante é o sentido que o desenho de vocês ganha no conjunto da obra!
Agora que vocês já terminaram de construir o mapa “O mundo lá fora”, que tal conversar um 
pouco sobre ele? Com a turma em roda, conversem tendo em vista as questões abaixo. O(A) 
professor(a) será o(a) mediador(a) dessa discussão!
 • A partir do processo de construção do mapa, o que vocês diriam que é o mundo do 
trabalho para vocês?
 • Como o mundo do trabalho e os Projetos de Vida se relacionam?
 • O que você acha que faltou ou sobrou no mapa representado pela turma?
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Após essa conversa, finalizamos nossa atividade. Que tal cada um(a) anotar suas impressões 
sobre o mapa “Mundo lá fora” e a discussão posterior em sua Agenda? À medida que as 
discussões sobre o mundo do trabalho se aprofundarem, vocês poderão acompanhar seus 
desdobramentos e fazer comparações a partir do que escreveram.
ANEXO 1.2.
O ROLEZINHO DA JUVENTUDE NAS 
RUAS DO CONSUMO E DO PROTESTO[1]*
Os “rolezinhos” levaram para dentro do paraíso do consumo a afirmação daquilo que 
esse mesmo espaço lhes nega: sua identidade periférica. Se quando o(a) jovem vai ao 
shopping namorar ou consumir com alguns(algumas) amigos(as), ele(a) deve fingir 
algo que não é, com os rolezinhos ele(a) afirma aquilo que é!
por Renato Souza de Almeida[2]**
Os(As) jovens têm criado formas cada vez mais interessantes de manifestação. 
Desde as

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