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3º ano DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS MAPA DE ATIVIDADES SUMÁRIO 16 1º CICLO 42 2º CICLO 62 3º CICLO 91 4º CICLO DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 3 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS INTRODUÇÃO Caro(a) professor(a), Os documentos normativos da legislação brasileira e os currículos locais têm trazido para o centro do debate educacional o conceito de educação integral. Como fundamento pedagógico, a educação integral contempla uma visão de integração: do currículo escolar (frente a ainda tão presente fragmentação), do desenvolvimento humano (compreendendo o desenvolvimento pleno dos(as) estudantes em diversos âmbitos) e da escola na contemporaneidade. Nesse cenário, localiza-se os Diálogos Socioemocionais, uma proposta que tem como objetivo o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais de cada estudante, competências estas que são fundamentais para que eles possam viver, estudar, conviver e trabalhar em um mundo cada vez mais complexo, incerto e em constantes e rápidas mudanças, que são as marcas mais significativas e desafiadoras do século 21. Este caderno então apresenta uma proposta de itinerário formativo para realizar o Diálogos Socioemocionais com os(as) estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Nele, você encontrará estratégias e orientações que apoiarão o seu planejamento para o trabalho com componentes curriculares voltados à reflexão e à elaboração de Projetos de Vida pelos(as) estudantes. As DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 4 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS atividades propostas compreendem carga horária de aproximadamente 40 horas e podem ser adaptadas pelo(a) professor(a), conforme seu conhecimento das turmas, sua disponibilidade de tempo e/ou de recursos. Portanto, é importante considerar a importância do planejamento no trabalho docente. A ação de planejar é central, pois é a partir dela que se definem objetivos, expectativas de aprendizagem e de desenvolvimento, escolhas metodológicas, modos de organização da turma, processos avaliativos etc. Sem um bom planejamento, perde-se a intencionalidade e a progressão do processo, bem como as oportunidades de promover a integração com as demais práticas e propostas que acontecem na escola. A seguir, apresentaremos os princípios e conceitos que são essenciais para o entendimento da proposta e a realização de um bom trabalho. Boa leitura! PARA COMEÇO DE CONVERSA: O PROJETO DE VIDA NA ESCOLA Quando o currículo escolar abre espaço para que o Projeto de Vida dos(as) estudantes seja um conteúdo a ser desenvolvido intencionalmente, a escola dá um passo em direção aos anseios e desejos dos(as) jovens brasileiros(as) por uma educação que contemple seus interesses e os(as) apoie na aprendizagem de ferramentas para a construção de seus projetos de futuro. Vale ressaltar que, Projeto de Vida não é sinônimo de projeto profissional. Realizar uma escolha profissional é apenas uma dimensão de um Projeto de Vida. É preciso considerar a formação de cada estudante em quatro dimensões indissociáveis: a pessoal, a cidadã e a profissional, incluída nelas a dimensão do(a) jovem como estudante. Na dimensão pessoal, os(as) jovens investigam sobre si mesmos(as), seus sonhos, seus interesses e suas motivações no âmbito individual e na interação com os demais. Autoconhecer- se é uma busca contínua pela compreensão de si mesmo(a). Envolve aprender a se aceitar, a se valorizar, a desenvolver a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas próprias forças e de crescer em situações adversas sendo resiliente, estabelecendo objetivos de vida. Em resumo, a dimensão pessoal envolve: • Conhecer-se, compreendendo suas emoções e como lidar com elas; • Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas; DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 5 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS • Ver valor em si mesmo(a); • Olhar para o futuro sem medo; • Identificar seus interesses e suas necessidades; • Estabelecer objetivos e metas e persistir em alcançá-los; • Ser aberto(a) às novas culturas, pessoas e ideias; • Identificar caminhos e estratégias para superar as dificuldades e alicerçar a busca da realização de seus sonhos; • Vivenciar, refletir e dialogar sobre as maneiras como se relaciona com o outro e com o bem comum; • Estabelecer significado às experiências na escola e fora dela; • Conhecer-se como estudante, identificando por que, com quem e como estudar e aprender. Na dimensão cidadã, a busca é por uma compreensão do bem comum, das questões envolvidas na convivência e na atuação coletiva. Compreender-se como parte de um coletivo e como parte interdependente de redes locais e virtuais traz à reflexão o status planetário no qual estamos todos(as) inseridos(as). Perceber-se um(a) cidadão(ã), que integra a construção da vida familiar, escolar, comunitária e social, é um objetivo essencial nessa dimensão. Em resumo, a dimensão cidadã envolve: • Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas; • Agir com empatia, sendo capaz de assumir a perspectiva dos outros, compreendendo as necessidades e os sentimentos alheios, construindo relacionamentos baseados no compartilhamento e na abertura para o convívio; • Refletir e dialogar sobre as maneiras como vivenciam o compromisso com o outro e com o bem comum; • Vivenciar e atribuir significados às experiências cotidianas na escola, em especial àquelas que dizem respeito ao convívio e à atuação em grupos de trabalho escolares, nos projetos e nas aulas. A dimensão profissional, por fim, traz uma provocação para que os/as jovens dirijam o olhar à sua inserção produtiva. O trabalho, elemento que promove a intersecção entre a vida pessoal e a vida em sociedade, é objeto de profunda reflexão e compreensão, com vistas a um posicionamento do(a) estudante. O que está em foco é perceber interesses nesse campo, identificar habilidades e conhecimentos que correspondem às aspirações profissionais, abrindo caminho para o planejamento de metas e estratégias. Em resumo, a dimensão profissional envolve: • A reflexão e o diálogo sobre seus interesses em relação à inserção no mundo do trabalho, bem como a ampliação dos conhecimentos sobre os contextos, as características, as possibilidades e os desafios do trabalho no século 21; DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 6 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS • A identificação, a valorização e o fortalecimento dos sonhos, as aspirações, os conhecimentos, as habilidades e as competências de cada jovem, desenvolvidos ao longo da sua trajetória escolar, familiar e comunitária; • Conhecer-se como estudante, identificando os caminhos de desenvolvimento e continuidade dos estudos. Em resumo, durante a proposta de trabalho com itinerário do Diálogos Socioemocionais no 1º ano do Ensino Médio, abrem-se oportunidades para que cada jovem – considerando as singularidades e a diversidade das culturas juvenis – assuma o protagonismo ao refletir sobre si mesmo(a) para aprofundar seu autoconhecimento, ao estabelecer seus objetivos de desenvolvimento pessoal com o apoio do(a) professor(a), participando das atividades com vistas ao desenvolvimento intencional do conjunto de competências socioemocionais que cada um(a) escolheu como prioritárias para si mesmo(a). Ao final de cada ciclo de atividades do itinerário proposto, professores(as) e estudantes vivenciam apausa para reflexão, que ocorre com o apoio do instrumento fundamentado em conceitos de avaliação formativa e baseado em rubricas. A partir do diálogo com o(a) professor(a) sobre como cada estudante observou o próprio processo de desenvolvimento (autoavaliação) e do estabelecimento de metas e combinados para o próximo período, é que o processo de desenvolvimento das competências socioemocionais torna-se intencional, explícito e consciente. Nas próximas páginas, apresentamos o que é avaliação formativa e como esse tipo de concepção avaliativa acontece na proposta do Diálogos Socioemocionais. Como nas demais práticas pedagógicas, o registro tem grande importância. Para isso, a Agenda do(a) Estudante tem como função ser tanto a “memória” do percurso percorrido quanto o material para valioso instrumento de registro das reflexões e dos combinados. A AGENDA DO(A) ESTUDANTE A Agenda do(a) Estudante pode ser um caderno customizado pelos(as) próprios(as) estudantes, uma espécie de agenda, na qual eles(as) podem fazer novas anotações sobre seu desenvolvimento e seus objetivos. Sugere-se que, nessa agenda, os(as) estudantes registrem, primeiramente, seus objetivos de desenvolvimento em suas próprias palavras. Por exemplo, um(a) estudante pode estar interessado(a) em aprender a falar em público, ou a conversar com desconhecidos, ou a mediar conflitos etc. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 7 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Em um segundo momento, recomenda-se que professor(a) e estudante, por meio do diálogo, possam estabelecer quais competências socioemocionais, dentre aquelas priorizadas na política da Secretaria de Educação, podem melhor apoiar o(a) estudante no alcance de seus objetivos. Para tanto, é necessário que o percurso de desenvolvimento dos(as) estudantes tenha intencionalidade e oportunidades reais para o desenvolvimento socioemocional e que o uso do instrumento com as rubricas para a avaliação formativa seja utilizado ao longo do processo. AFINAL, O QUE SÃO COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS? Na perspectiva do Instituto Ayrton Senna, a implementação da educação integral nas escolas deve garantir o desenvolvimento de competências que combinem aspectos cognitivos e socioemocionais. Isso significa possibilitar aos(às) estudantes a aprendizagem de qualidade em habilidades que vão desde o letramento até o desenvolvimento de competências socioemocionais, isto é: proporcionar uma base sólida para que os(as) estudantes mobilizem, articulem e coloquem em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades importantes para a relação com os outros e consigo mesmo(a), para o estabelecimento de objetivos de vida e para o enfrentamento de desafios, de maneira criativa e construtiva. As competências socioemocionais se manifestam em pensamentos, sentimentos e comportamentos e, uma vez consolidadas, tendem a afetar diferentes âmbitos da vida do(a) estudante. O desenvolvimento dessas competências se dá ao longo da vida, com base em experiências formais, como a escola, e informais, como ocorrências específicas da vida da pessoa. A escola é um contexto formal de aprendizagem com particular importância para o desenvolvimento de competências socioemocionais, uma vez que oferece inúmeras oportunidades de identificar, desenvolver e colocá-las em prática. Na escola, crianças, adolescentes e jovens passam parte significativa de seu tempo em contato com os saberes curriculares, com os(as) colegas e com os(as) professores(as), enfrentando desafios, seja em relação ao aprendizado, seja em relação ao convívio social. MACROCOMPETÊNCIAS Existem diferentes modelos que identificam e organizam as competências socioemocionais. No caso do Diálogos Socioemocionais, a matriz de fundamentação é baseada em um modelo científico que delimita cinco macrocompetências, conforme descrição a seguir. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 8 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS • Abertura ao novo – descreve o grau com que uma pessoa se mostra criativa, sensível a diferentes estéticas, imaginativa e curiosa por ideias e outros modos de vida; • Autogestão – descreve o grau com que uma pessoa é centrada, organizada, diligente, focada, pontual e persistente; • Engajamento com os outros – descreve o grau com que uma pessoa tem interesse por se socializar, fazer amigos(as), ser gregária e experimentar o cotidiano com disposição e energia; • Amabilidade – descreve o grau com que uma pessoa é capaz de se colocar no lugar do outro, sentir compaixão, acreditar nas boas intensões de outra pessoa e respeitá-la; • Resiliência emocional – descreve o grau com que uma pessoa é atravessada por sentimentos de ansiedade, raiva e insegurança quando submetida a pressões interpessoais, estresse e frustrações. As referidas macrocompetências são compostas por competências mais específicas, as quais estão apresentadas na imagem a seguir: O DESENVOLVIMENTO INTENCIONAL DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS EM AULA Qualquer atividade complexa ou desafiadora envolve, necessariamente, uma ou mais competências socioemocionais para que sua execução seja efetivada com sucesso. Todavia, nem sempre que obtemos sucesso em alguma atividade sabemos quais foram os comportamentos e as habilidades que possibilitaram o êxito. Quando refletimos sobre o processo, nos apropriamos mais do aprendizado proporcionado pela situação e ampliamos nosso repertório. Dessa forma, ao nos depararmos novamente com um desafio no futuro, a probabilidade de sabermos lidar com aquela situação é maior, generalizando o aprendizado da competência. Determinação Organização Foco Persistência Responsabilidade Iniciativa Social Assertividade Entusiasmo Empatia Respeito Confiança Tolerância ao estresse Autoconfiança Tolerância à frustração Curiosidade para aprender Imaginação criativa Interesse artístico AUTOGESTÃO ENGAJAMENTO COM OS OUTROS AMABILIDADE RESILIÊNCIA EMOCIONAL ABERTURA AO NOVO DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 9 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Por exemplo, refletir sobre o peso que comportamentos de estudo (ex.: planejamento do que seria estudado por dia, organização do material, anotar e tirar as dúvidas, dentre outros) realmente tiveram no aprendizado e nas notas faz com que aumente a probabilidade de esses comportamentos serem adotados novamente quando surgir uma nova disciplina. Ou seja, quando desenvolvemos intencionalmente uma competência, conseguimos entender o quanto ela é importante e necessária para um determinado desfecho positivo e nos atentamos mais para nosso comportamento futuro. O(A) professor(a) mediador(a) é essencial para conduzir os(as) estudantes nesse processo de reflexão e autoconsciência sobre quais competências estão sendo desenvolvidas e mediante quais experiências. As metodologias da educação integral são aliadas do(a) professor(a) nesse processo. Essas são um conjunto de práticas de ensino que apoiam na promoção do desenvolvimento pleno dos(as) estudantes. Elas orientam as práticas pedagógicas dos(as) professores(as) para uma abordagem coesa, estruturada, intencional, compromissada, colaborativa e problematizadora. Alicerçam a promoção do protagonismo dos(as) estudantes e do desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais. Para a condução do Projeto de Vida dos(as) estudantes, priorizamos algumas delas:A Presença Pedagógica é o exercício de interação, abertura, confiança e compromisso com o(a) estudante, fortalecendo o vínculo interpessoal e a mediação de conflitos e da aprendizagem. Ela trata da qualidade das interações e da mediação do(a) professor(a) e envolve: • O exercício do acolhimento e da abertura para construir uma relação de confiança com os(as) estudantes; • A mediação do(a) professor(a) nas situações de conflitos relacionais, buscando envolver os(as) jovens na reflexão sobre os diferentes aspectos e na resolução do problema, em vez de agir como o único resolvedor; • O compromisso do(a) professor(a) com relação à aprendizagem dos(as) alunos(as), traduzido na confiança no potencial de cada um(a), nas expectativas elevadas sobre suas capacidades de aprender e na persistência e no investimento em ensinar. A Problematização convida o(a) estudante a “aprender a aprender”. O(A) professor(a) lança desafios e questões para reflexão, faz boas perguntas e demanda que os(as) jovens elaborem, de forma própria, o conhecimento. É um meio de provocar a participação, a criticidade, a curiosidade e a superação do conhecimento simplesmente transferido. Nessa perspectiva: • O(A) estudante é o(a) construtor(a) do seu próprio conhecimento, possuindo papel ativo no processo; • Todo conhecimento é construído a partir do que já se conhece e deve ser ensinado a partir do conhecimento que o(a) jovem já traz para a aula; DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 10 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS • O conhecimento se origina da busca por respostas para problemas bem formulados. O(A) professor(a) apresenta problematizações consistentes, possibilitando a mobilização de diversos recursos cognitivos e de uma postura investigativa do(a) aluno(a) diante do objeto de conhecimento; • O(A) professor(a) incentiva os(as) estudantes a pesquisar e os(as) acompanha e orienta no percurso de investigação e de construção de argumentos provisórios, que vão sendo discutidos e apurados, até que se chegue a uma resposta satisfatória e consistente para cada questão lançada; • Em síntese, cabe ao(à) professor(a) instaurar na sala de aula um ambiente investigativo, mobilizado pelos questionamentos dos(as) alunos(as) – de modo que cada jovem possa exercer uma postura de inquietação e curiosidade frente ao conhecimento. A Aprendizagem Colaborativa trata essencialmente da promoção do trabalho colaborativo entre os(as) estudantes nas situações de aprendizagem e convívio. Pode ser realizado em duplas, pequenos times e em outras situações de ação coletiva. Esse modo de aprender promove a ampliação da autonomia dos(as) estudantes em relação ao conhecimento e abre caminho a novos modos de interação com o(a) professor(a) e com os pares, exigindo forte envolvimento e compromisso de todos(as). Para um trabalho colaborativo em times: • Cada membro(a) se preocupa com a própria aprendizagem, com a do(a) colega e com o desempenho do time; • A responsabilidade da liderança é compartilhada por todos(as), em rodízio, e todos(as) os(as) estudantes realizam as tarefas; • As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança, convívio – são alvo do trabalho do time, pois geram aprendizados importantes; • Cada estudante é avaliado(a) pelo próprio desempenho e pelo progresso dos(as) demais. A partir dessa avaliação os(as) membros(as) do time devem ser estimulados(as) a motivar e a apoiar aqueles(as) que demonstrem algum tipo de dificuldade; • O(A) professor(a) acompanha o trabalho dos(as) estudantes circulando pelos times, orientando-os(as) quando se desviam da tarefa, estimulando para que persistam nos momentos de frustração, provocando-os(as) a pensar soluções antes de ouvirem sua opinião, potencializando a aprendizagem. O mapa de atividades do Projeto de Vida possibilita o desenvolvimento de diversas competências socioemocionais. Cada atividade possui um quadro inicial com indicação de quais competências serão promovidas. Independentemente da indicação, há metodologias que favorecem o desenvolvimento intencional das competências que podem ser utilizadas por você, professor(a), tanto para fortalecer alguma das competências listadas na introdução quanto para inserir o trabalho com outras que julgue estratégicas para trabalhar com sua turma em DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 11 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS um dado momento. A ressalva é de não focar no desenvolvimento de várias competências concomitantemente, pois a ciência mostra que não é possível desenvolver com qualidade mais de duas competências ao mesmo tempo. Para que você esteja mais consciente sobre como está promovendo o desenvolvimento das competências socioemocionais e tenha mais autonomia para a adaptação das atividades para suas aulas, é importante conhecer sobre como diferentes abordagens promovem o desenvolvimento de competências. Programas mais efetivos no desenvolvimento de competências socioemocionais são aqueles bem estruturados, que apresentam as seguintes características[1]: Nas atividades propostas para o itinerário do Projeto de Vida, esses elementos estão presentes e se manifestam de forma balanceada entre as atividades. Por exemplo: a metodologia proposta para algumas atividades valoriza o aspecto de explicitação das competências sendo trabalhadas. Esse é o caso da atividade “O que é ser um(a) estudante protagonista”. Nesse caso, é proposta uma roda de conversa sobre a conexão entre protagonismo e assertividade com base em um texto. Os(As) estudantes são convidados(as) a refletir sobre essa conexão e elaborar argumentos. Essa abordagem ajuda na explicitação das competências sendo promovidas. A mesma atividade traz, em um segundo momento, uma abordagem mais focada na experiência, apoiando-se nos aspectos ativos da aprendizagem. Por exemplo, quando ela convida os(as) estudantes a produzir suas agendas, personalizando um caderno de acordo com sua preferência, 1. Essa é a conclusão de estudos realizados pelo pesquisador Durlak e sua equipe, que publicou estudos em 2011 e em 2017. Possuem sequência didática que apoia na aprendizagem. O conhecimento é mobilizado nas atividades seguintes. Propõem experiências práticas variadas para promover a aprendizagem e se baseiam nas metodologias ativas. Possuem pelo menos um componente específico para o desenvolvimento de competências socioemocionais. Deixam claro para o(a) professor(a) e os(as) estudantes o que está sendo trabalhado e os objetivos de aprendizagem. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 12 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS as competências da autogestão e a imaginação criativa. A intencionalidade no desenvolvimento das competências não está explícita de antemão, mas as competências precisam ser mobilizadas pelos(as) estudantes para que eles(as) completem a atividade. De modo geral, as atividades buscam combinar essas duas abordagens para potencializar o desenvolvimento das competências socioemocionais, de modo que os(as) estudantes experienciem a mobilização das competências e estejam cientes sobre quais eles(as) estão trabalhando mais intensamente em cada atividade. Professor(a), você pode lançar mão dessas abordagens para propor o desenvolvimento intencional das competências já selecionadas para cada atividade, mas também pode personalizar alguma atividade e propor novas, com base na necessidade da sua turma, escola ou rede. Não se esqueça de outro elemento das atividadesefetivas: o foco. Escolha uma ou duas competências para explicitar em cada atividade, pois a ciência mostra que mais do que isso não é adequadamente aprendido pelos(as) estudantes, com a possibilidade de gerar confusão. Aproveite a sequência didática para trabalhar todas as competências que vocês priorizaram ao longo do tempo, mas evite trabalhar várias ao mesmo tempo. As metodologias da educação integral são aliadas nesse processo, e, ao serem combinadas com as abordagens do desenvolvimento intencional das competências socioemocionais, potencializam o alcance dos objetivos a cada atividade e a autonomia do(a) professor(a) e dos(as) estudantes na construção coletiva do conhecimento. A AVALIAÇÃO FORMATIVA A avaliação da aprendizagem é tema recorrente nos debates educacionais. Já é um consenso que a avaliação não pode ser concebida como medida, régua, e sim como orientadora, bússola. Para tanto, se faz importante que os instrumentos de avaliação sejam diversificados, indo para além das provas e notas. No entanto, na perspectiva da educação integral e sua visão de desenvolvimento pleno dos(as) estudantes, os debates voltam-se para como promover a avaliação das competências socioemocionais. O desenvolvimento de competências socioemocionais não pode ser avaliado com vistas a um ideal de desenvolvimento, pois não existe um padrão ideal, um ponto de chegada. Cada ser humano é único e irrepetível, e, na dinâmica dos acontecimentos da vida, mobilizamos nossas competências socioemocionais de modo mais ou menos uniforme. Por isso, a proposta que o Diálogos Socioemocionais traz para apoiar o desenvolvimento de DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 13 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS competências socioemocionais é fundamentado em conceitos da avaliação formativa e no uso de instrumento baseado em rubricas. A avaliação formativa é uma concepção e prática avaliativa que visa acompanhar o percurso de aprendizagem e de desenvolvimento de cada estudante que considera que cada um(a) possui ritmos e modos de aprender distintos. Ela é realizada ao longo do processo educativo, contando sempre com a devolutiva do(a) professor(a). Muitos são os instrumentos que permitem a prática da avaliação formativa. Todos partem do princípio de planejar atividades abertas, colaborativas, que permitam a autoavaliação, tais como produções textuais, dinâmicas em grupo, uso de rubricas, dentre outras. Esse instrumento foi construído a partir de evidências extraídas de estudos e pesquisas nacionais e internacionais das 17 competências socioemocionais que compõem o modelo organizativo apresentado no capítulo anterior, cuja relevância para diversos aspectos da vida foi levantada. O uso do instrumento do Diálogos Socioemocionais é realizado ao longo de todo o processo educativo. Em cada momento avaliativo, professores(as) e estudantes dialogam a partir da autoavaliação do(a) estudante, induzida pelo instrumento, e constroem um plano de desenvolvimento a partir das conclusões a que chegaram. Esse ciclo de autoavaliação/ devolutiva/plano de desenvolvimento possibilita aos(às) estudantes repactuar expectativas e tomar consciência acerca do próprio desenvolvimento para se autorregularem. Para que isso aconteça na prática, orienta-se que, como mediador(a) da aprendizagem, o(a) professor(a) deixe claro o percurso sugerido; proponha atividades desafiantes, por meio das quais os(a) estudantes tenham a oportunidade de se desenvolverem; dialogue a partir das autoavaliações, realizando devolutivas estruturadas ao longo do caminho; e corrija a rota quantas vezes forem necessárias para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Nesse percurso, os(as) estudantes são convidados(as) a apresentar evidências que justifiquem seus posicionamentos no diálogo com os(as) professores(as). Essas percepções são analisadas por ambos(as) e dão base para os combinados de próximos passos. As principais características da avaliação formativa são: • Ser em si mesma um processo educativo que acompanha tanto a aprendizagem e o desenvolvimento dos(as) estudantes quanto o próprio processo didático; • Ser dinâmica, porque fornece devolutivas que tornam possível identificar as evidências do que se está aprendendo e/ou desenvolvendo ao longo do processo, assim, tanto o(a) professor(a) quanto o(a) estudante pode reorientar seus caminhos de ensino e de aprendizagem. É importante, portanto, que o tempo das devolutivas ocorra enquanto ainda DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 14 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS dá tempo de agir sobre as conclusões e a elaboração do plano de desenvolvimento, e não ao final do processo; • Ser transparente, porque a todo o momento os(as) estudantes sabem o que se espera deles(as) (objetivo, desenvolvimento, critérios claros e combinados). Essa condição é fundamental para que o(a) estudante seja corresponsável pelo próprio desenvolvimento e por sua aprendizagem. Em suma, a avaliação formativa ocorre quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da avaliação permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem ao longo do período em que ela ocorre e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer devolutivas aos(às) estudantes, de modo a contribuir com seu processo de aprendizagem e de desenvolvimento ao longo desse mesmo período. Para saber mais informações sobre avaliação formativa, consulte o Guia do Diálogos e o material disponível no curso a distância. SOBRE A RELAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM ESTE MATERIAL O intuito aqui não é dar uma receita pronta do que o(a) professor(a) deve fazer na sala de aula, muito pelo contrário! Essas atividades são estruturadas para apoiar o(a) professor(a) com estratégias didáticas que conectam o Projeto de Vida, o desenvolvimento de competências socioemocionais e a avaliação por rubricas. A temporização das atividades propostas deve ser reconsiderada pelo(a) professor(a), a depender do ritmo de suas turmas. Há uma indicação das atividades consideradas estruturantes para assegurar uma gama de aprendizados antes do preenchimento das rubricas. O(A) professor(a) pode e deve eleger outras atividades que executará com seus(suas) alunos(as). COMPOSIÇÃO DO ROTEIRO DE ATIVIDADES As atividades estão organizadas por etapa do Ensino Médio e por ciclos. A cada ciclo, o conjunto de atividades contém: • Resumo breve da atividade; • Objetivo a ser alcançado; • Competências intencionalmente desenvolvidas em cada atividade; • Organização da turma: proposta de organização dos(as) estudantes, em grupos, roda de conversa, por exemplo; DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 15 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS • Duração prevista: número de aulas para desenvolver a atividade, em um cenário ideal; • Para fortalecer sua mediação e presença pedagógica: dicas de metodologias integradoras para o(a) professor(a); ou • Desenvolvimento: estratégias e desenvolvimento da atividade (em etapas, conforme o caso), com sugestões de condução, dicas e orientações para o(a) professor(a). O PROJETO DE VIDA NO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO O foco se alarga, abarcando a identificação, a valorização e o fortalecimento dos sonhos pelo(a) jovem, com ênfase especial no mundo do trabalho e nas perspectivas de autorrealização, que exigem competências fortalecidas, autodeterminação e resiliência. O momento é de consolidar projetos para o futuro e dar início àsua realização. A seguir, apresentaremos a organização do itinerário proposto para o componente Projeto de Vida em cada bimestre. As atividades propostas têm como objetivo promover o fortalecimento das questões que abarcam a valorização e o fortalecimento dos sonhos, com ênfase especial no mundo do trabalho e nas perspectivas da autorrealização. O momento é de consolidar projetos para o futuro e dar início à sua realização. As atividades têm uma duração prevista que pode superar o tempo que você tem disponível para sua realização. A orientação, nesses casos, é que você as adeque e reorganize conforme sua disponibilidade. De forma geral, recomenda-se a realização das Atividades 1 e 2 antes do preenchimento do instrumental do Diálogos Socioemocionais, e essas atividades podem ser realizadas em um tempo menor (menor número de aulas) que o que está sugerido no mapa a seguir. Após o preenchimento, você pode retomar o preenchimento da Agenda, proposto a seguir, e a Atividade 3 – Bate-papo com profissionais, pois ela é estruturante para a definição dos objetivos do Projeto de Vida. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 16 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS 1º CICLO MAPA DE ATIVIDADES ATIVIDADE 1 PRA INÍCIO DE CONVERSA! Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados. • 01 AULA ATIVIDADE 2 O MUNDO OU O MERCADO LÁ FORA? Inspiração para os(as) jovens pensarem em modos criativos de realizar alguns dos planos e projetos que ambicionam tirar do papel. • 03 AULAS DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 17 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ATIVIDADE 3 BATE-PAPO COM PROFISSIONAIS Organização de uma conversa com profissionais de diferentes áreas, sobre suas atuações, suas trajetórias e o mundo do trabalho. • 02 AULAS ATIVIDADE 4 JUVENTUDE E CONSUMO EM DEBATE Abordagem de fenômenos culturais do universo dos(as) jovens brasileiros(as), propiciando um debate sobre a relação da juventude com o consumo. • 02 AULAS ATIVIDADE 5 PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO Acompanhamento – 1ª Rodada. *Atividade de referência para todas as aplicações de rubrica • 04 AULAS DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 18 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS ATIVIDADE 1 PRA INÍCIO DE CONVERSA RESUMO Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados. OBJETIVOS Ouvir as impressões e expectativas dos(as) estudantes sobre o componente Projeto de Vida na 3ª série do Ensino Médio. Compreender o que é o desenvolvimento de competências e como isso influencia na vida, dentro e fora do contexto escolar. Estabelecer combinados para as aulas de Projeto de Vida. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Responsabilidade, organização, iniciativa social, assertividade, entusiasmo e respeito. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual. DURAÇÃO PREVISTA 1 aula DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA Receba os(as) estudantes, dando-lhes boas-vindas com entusiasmo e com a sala organizada em roda de conversa. Peça para que cada estudante diga, com uma palavra, suas expectativas quanto às aulas de Projeto de Vida na 3ª série. Acolha as contribuições e apresente a proposta do componente e suas atividades. A roda de conversa é um momento estruturante para reestabelecer um movimento de diálogo e participação em que todos(as) podem se ver e ouvir. O exercício da fala e da escuta ativa na roda é algo a ser construído, pois envolve o estabelecimento da relação de confiança no grupo. • Aproveite o momento para identificar as expectativas que os(as) estudantes trazem sobre o componente Projeto de Vida e o desenvolvimento de competências para o século 21; DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 19 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS • Procure organizar esse espaço de fala, dando oportunidades para que vários(as) jovens possam se manifestar sobre suas dúvidas e expectativas. É desejável que você tome nota das expectativas, compondo no quadro um mapeamento. Acolha e valorize os diversos pontos de vista surgidos, tanto as falas que trazem os aspectos positivos quanto as que trazem os negativos; • Dialogue com eles(as) sobre a importância de, progressivamente, assumirem as rédeas da própria aprendizagem, sendo os encontros de Projeto de Vida momentos singulares para refletir sobre a vivência que estão tendo na escola. Lembre-se de abordar alguns pontos fundamentais: • Dia da semana e os horários das aulas (destaque a importância de não ocorrerem atrasos para os encontros e a existência da lista de presença); • A organização das aulas (momentos/atividades individuais, em duplas e em grupo); • Os meios de registro e compartilhamento que serão adotados (a Agenda será um importante suporte para registro, mas você e a turma poderão adotar outros que julgarem necessários e pertinentes); • A proposta, estrutura e o objetivo do componente; • A importância da participação e corresponsabilidade de todos(as) durante as aulas. 2ª ETAPA Apresente a proposta do Diálogos Socioemocionais e um pouco das competências socioemocionais que serão trabalhadas. A sua rede está propondo uma Proposta Educacional chamada Diálogos Socioemocionais, que contribui com a implementação da política de educação integral. Ela envolve uma metodologia de desenvolvimento das competências socioemocionais em ambiente escolar e de acompanhamento desse trabalho por estudantes e professores(as). O objetivo é que por meio do diálogo frequente com o(a) professor(a) se estabeleça um plano de trabalho para o desenvolvimento integral do(a) estudante, no qual ambos(as) estão comprometidos(as) e – com eles(as) – toda a escola, com o apoio do(a) diretor(a), do(a) coordenador(a) pedagógico(a) e de representantes regionais e centrais das secretarias. O Diálogos são essencialmente um processo formativo. Isso significa que ele oferece insumos para que tanto professor(a) quanto estudante possam acompanhar o seu desenvolvimento e definir próximos passos que os(as) ajudem a alcançar os objetivos estabelecidos inicialmente pelos(as) próprios(as) estudantes. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 20 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS A proposta inclui uma proposta estruturada para o desenvolvimento das competências socioemocionais, mas é possível combiná-la com outras que sua rede já desenvolva. Portanto, não se preocupe, pois não é necessário abandonar uma prática que já está funcionando na sua escola. Nesses casos, a principal contribuição da proposta educacional Diálogos Socioemocionais será para acompanhar de maneira sistemática e estruturada o desenvolvimento dessas competências (a ferramenta para isso será apresentada mais adiante). Você pode procurar mais informações sobre essa proposta no site do Instituto Ayrton Senna (www.institutoayrtonsenna.org.br) ou no curso a distância. Você pode encontrar formas criativas de contar o que é a proposta com suas palavras e falar sobre as competências socioemocionais. Só não se esqueça de reforçar o que é mais valioso para os(as) estudantes: essa proposta permite que eles(as) reflitam sobre eles(as) mesmos(as), trabalhando seu autoconhecimento, e possam estabeleceros seus objetivos de desenvolvimento. Esse processo é todo apoiado e acompanhado pelo(a) professor(a). Eles(as) verão que o autodesenvolvimento anda junto com o processo deles(as) de planejar o futuro e preparar-se para trilhar o caminho, de acordo com as suas expectativas. Após a apresentação da proposta, cheque se os(as) estudantes possuem alguma dúvida. Sinalize que, em um próximo momento (que pode ser a atividade seguinte, na mesma aula, ou na aula seguinte, dependendo do tempo disponível para a realização da atividade), conhecerão um pouco mais sobre as competências socioemocionais e como elas serão trabalhadas ao longo do ano. 3ª ETAPA Para finalizar, reforce a importância de estarem presentes na próxima aula, pois a presença e a colaboração de todos será fundamental para que as aulas sejam proveitosas. Informe o assunto da próxima aula e combine com os(as) estudantes para trazerem o material necessário para a confecção da Agenda: • Um caderno (acabamento em espiral ou brochura, com folhas brancas ou pautadas, de capa à escolha de cada um(a) e que contenha cerca de 100 páginas); • Uma fotografia impressa de um momento significativo na vida (pode ser foto antiga ou recente). Combine com a turma para que tenha a iniciativa de já se organizar em roda de conversa antes de sua chegada, no próximo encontro. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 21 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ATIVIDADE 2 O MUNDO OU O MERCADO LÁ FORA? RESUMO Reflexão sobre as diferenças entre o mercado de trabalho e o mundo do trabalho. Construção coletiva de um mapa sobre o mundo do trabalho. Apresentação do instrumental de rubricas e confecção das Agendas. OBJETIVOS Refletir sobre as diferenças entre as noções de mercado do trabalho e o mundo do trabalho, propondo que os(as) estudantes façam uma representação imagética deste último. Apresentação do instrumental de rubricas e confecção das Agendas. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Curiosidade para aprender, imaginação criativa, foco, responsabilidade, organização, iniciativa social e assertividade. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em trios ou quartetos. DURAÇÃO PREVISTA 3 aulas. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA Para muitos(as) estudantes, o 3º ano do Ensino Médio é a etapa que continua a separá- los(las) do mundo do trabalho. Pelo menos para aqueles(as) que nunca exerceram uma profissão ou atividade remunerada, essa parece uma última barreira antes que tenham que encarar os desafios e as dificuldades do mundo do trabalho. Ao mesmo tempo em que a temática pode ser instigante para eles(as), pode também suscitar angústias, desejos e sonhos – afinal de contas, é ao Projeto de Vida dos(as) jovens que estas aulas se voltam. Busque sempre tratar as questões do mundo do trabalho com abertura para ouvir o que eles(as) têm a dizer sobre o assunto, direcionando as dúvidas e colocações para alguns dos âmbitos que esse componente curricular tem a oferecer: reflexões sólidas sobre perspectivas de futuro e sobre o contexto do mundo do trabalho, desenvolvimento de competências importantes e valorizadas fora da escola, e experiências de autonomia DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 22 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS e colaboração. Uma referência interessante para esse assunto é a resenha escrita por Roselane Gomes Bezerra sobre o livro Ganchos, tachos e biscates: Jovens, trabalho e futuro, do sociólogo português José Machado Pais. O texto aborda as estratégias das quais jovens de Portugal se apropriam para sobreviver em um contexto de desemprego e precarização do trabalho. O foco da resenha é nos modos como eles(as) reinventam as formas de inserção profissional, processo no qual são levados(as) a reinventar também suas próprias trajetórias. A resenha pode ser acessada no link: <bit.ly/ganchostachos> Acesso em: 22 mar. 2019. Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto “O mundo ou o mercado lá fora?” (Anexo 1.1., ao final deste ciclo). DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA Recepcione os(as) estudantes e peça para que se organizem em trios. Apresente a proposta das atividades. Verifique se os(as) estudantes trouxeram o material para a elaboração das Agendas. Converse com os(as) alunos(as) sobre a importância do registro para o acompanhamento de seu desenvolvimento e oriente-os(as) sobre a personalização desse recurso de aprendizagem. Para o acompanhamento das aprendizagens geradas, é importante que os(as) estudantes tenham uma forma de registrar suas reflexões sobre si mesmos(as), sobre sua relação com o mundo e sobre suas expectativas para o futuro. Essa reflexão é um momento crucial do trabalho com Projeto de Vida. A Agenda será um instrumento de registro do processo de autoconhecimento e desenvolvimento, por isso a importância de sua customização pelos(as) próprios(as) jovens. Esse registro é essencial para que possam acompanhar os desafios enfrentados, os avanços alcançados e manter a memória do que viveram. 2ª ETAPA Após a elaboração das Agendas, apresente para a turma as competências socioemocionais que serão trabalhadas neste ano. Descreva como o trabalho será realizado e apresente o instrumental de rubricas e como será a avaliação. Para esta ação, siga as orientações do Manual do Aplicador, que é um material específico de orientação para o trabalho com as rubricas. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 23 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA As rubricas são elaboradas a partir de critérios previamente estabelecidos e ordenados em progressão, facilitando a elaboração ou o acompanhamento de critérios avaliativos de maneira transparente e clara, rumo aos objetivos de aprendizagem estabelecidos entre estudante e educador(a) em conjunto. Duas características principais que caracterizam as rubricas são o uso de critérios claros a serem avaliados (ou seja, que conteúdo ou competência) e os níveis explícitos de localização dentro do percurso. Pense nos degraus de uma escada: quanto mais alto o degrau, mais alto você considera seu nível de habilidade em uma determinada competência. Desse modo, ao explicitar concretamente o degrau que melhor representa o quanto o(a) estudante considera que desenvolveu determinada competência e abrir espaço para o diálogo entre professor(a) e estudante a respeito disso, chegando a um consenso a respeito de qual é esse degrau, ambos(as) conseguem planejar de modo também mais concreto de que forma potencializar o desenvolvimento dessa competência e que benefícios essa aprendizagem pode trazer para a vida do(a) estudante em diversos âmbitos. Verifique se a turma possui alguma dúvida sobre a autoavaliação. Acolha as dúvidas e convide os(as) estudantes para a próxima atividade. 3ª ETAPA Distribua cópias do Anexo 1.1. e peça para que os(as) estudantes se revezem na leitura do material para realizar a atividade. Durante a realização do mapa coletivo, contribua para manter a ordem durante os momentos em que os(as) estudantes estiverem no quadro criando seus desenhos. Cuide também para que haja tempo suficiente para cerca de 20 minutos de discussão coletiva. Durante o debate, estimule os(as) jovens com questões como: • A partir do processo de construção do mapa, o que vocês diriam que é o mundodo trabalho para vocês? • Como o mundo do trabalho e os Projetos de Vida se relacionam? • O que você acha que faltou ou sobrou no mapa representado pela turma? Reforce sobre a importância de cada um(a) fazer o registro nas Agendas, acerca de suas principais impressões sobre o mundo do trabalho. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 24 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS ATIVIDADE 3 BATE-PAPO COM PROFISSIONAIS RESUMO Organização de uma conversa com profissionais de diferentes áreas, sobre suas atuações, suas trajetórias e o mundo do trabalho. OBJETIVOS Conceber, planejar e realizar a visita de profissionais para uma roda de conversa e debate com toda a turma. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Curiosidade para aprender, responsabilidade, organização, persistência, autoconfiança, tolerância à frustração, iniciativa social, respeito. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em roda de conversas, envolvendo a turma toda, e trabalho em time. DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA Nessa atividade, os(as) jovens são convocados(as) a gerir um processo de forma autônoma e responsável, atitudes fundamentais para um resultado satisfatório. É importante que você acompanhe o passo a passo dos times nesse processo, orientando-os(as) e ajudando- os(as) na resolução de problemas e dúvidas. Durante esse auxílio, incentive-os(as) a achar soluções para os problemas que surgirem – mas sem oferecer respostas e soluções prontas! Em casos extremos, como um convidado cancelando sua participação em cima da hora ou imprevistos semelhantes, busque tranquilizar os(as) estudantes e mobilizar a atenção deles(as) para o bate-papo que acontecerá em algum outro momento, pois, em atividades como estas, alguns combinados podem fugir ao controle, mesmo com todos os cuidados. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 25 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA Receba os(as) estudantes na roda de conversa e apresente um panorama do que acontecerá, a princípio, ao longo das próximas quatro aulas (embora você possa organizar conforme o tempo disponível). Explique quais são os dois grandes momentos dessa atividade. Deixe claro que eles(as) trabalharão em quintetos e que serão responsáveis por todas as etapas dos encontros: a escolha dos(as) profissionais, o contato com eles(as), o planejamento das visitas, a dinâmica das conversas e a avaliação final de todo o processo. Cada quinteto deverá eleger um(a) líder, que será responsável por reportar a você o andamento da atividade e dialogar com os(as) líderes dos outros times. Cada time será responsável por convidar à escola um(a) profissional. A primeira orientação é que, uma vez agrupados(as), eles(as) iniciem uma discussão sobre qual profissional chamar. Para guiar essa escolha, instigue-os(as) a escolher convidados(as) de profissões sobre as quais eles(as) têm curiosidade. Nesse momento, é útil que eles(as) tenham em mãos computadores, smartphones ou telefones celulares, para que possam pesquisar as profissões e os(as) profissionais de interesse. 2ª ETAPA Uma vez que estiverem agrupados(as), oriente que cada time siga o roteiro de discussão e planejamento detalhado a seguir, lembrando que só podem passar para o próximo passo quando o anterior estiver definido. PASSO 1: PROFISSIONAIS DE QUAIS ÁREAS GOSTARÍAMOS DE TRAZER? Da área empresarial, dos negócios da bolsa, da construção civil, da educação, das novas tecnologias. Todas são válidas e bem-vindas. Que tal propor que, durante a discussão sobre qual profissional chamar, eles(as) apresentem as profissões que desejam seguir? Assim, eles(as) poderão pesquisar por pessoas que trabalham em áreas e atividades afins àquelas que definiram para si. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 26 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS PASSO 2: QUAL PROFISSIONAL SERÁ CONVIDADO(A)? Vale elencar uma série de possíveis convidados(as), sendo que o(a) primeiro (a) deve ser o(a) mais cotado(a) pelo time, o(a) segundo, um “plano B” (caso o(a) anterior não possa estar presente), e assim por diante. Podem ser conhecidos(as) e familiares dos(as) estudantes, mas também pessoas que não têm nenhum vínculo pessoal com eles(as). Para isso, o uso da internet pode ser bastante útil na pesquisa do nome e do contato dos(as) possíveis convidados(as). 3ª ETAPA Em seguida, peça que os(as) líderes compartilhem com o restante da turma suas escolhas, para que todos(as) possam ter uma ideia prévia de como decorrerão as visitas. Após o compartilhamento, oriente que cada integrante se organize seguindo algumas funções. Estas são as nossas sugestões: CONTATO: Definição do(a) jovem que fará contato com o(a) profissional escolhido(a), convidando- o(a) para a visita à escola, sanando suas dúvidas e confirmando sua presença no dia do evento. Esse(a) jovem será responsável por receber e acompanhar o(a) visitante no dia em que ele(a) for à escola, além de fazer a apresentação do(a) convidado(a) no dia do bate-papo. Oriente que cada jovem responsável pelo contato com os(as) convidados(as) tente uma primeira abordagem por telefone ainda durante a aula, de modo que possam ter uma resposta prévia sobre o convite. Importante: Tudo isso precisa ser acordado com a direção e e acoordenação da escola. PLANEJAMENTO: Em diálogo com os(a)s representantes dos outros times, serão os(as) jovens responsáveis por planejar em conjunto a visita dos(as) convidados(as). Será na sala de aula ou no auditório? Serão apresentações separadas ou uma roda de conversa? Acontecerão no mesmo dia? Definiremos um tempo para cada convidado(a) falar ou deixaremos a conversa fluir? Qual será o tempo de apresentação dos(as) convidados(as) e qual será o tempo de debate? Essas são decisões dos(as) jovens responsáveis pelo planejamento. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 27 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Importante: É imprescindível que você, professor(a), acompanhe de perto esse planejamento e seja responsável pelo aval final, juntamente com a equipe de gestão. Não deixe de lembrar aos times que, para as aulas com visita dos(as) convidados(as), devem estar reservados de 15 a 20 minutos para avaliação do encontro, ao final. DEBATE: Os times deverão elaborar perguntas para o(a) convidado(a), pesquisar sobre sua profissão e fomentar o debate no dia da visita (lembrando, claro, que o debate é aberto a todos(as)). Importante: Incentive a participação de todos os(as) jovens nesse momento, pois é um trabalho colaborativo! FIQUE ATENTO(A) EM SUA MEDIAÇÃO! Esse planejamento vai demandar agilidade e organização dos times. Ao final dos dois tempos, todos esses passos já devem estar encaminhados e o convite inicial aos(às) profissionais feito. É provável que os(as) convidados(as) demorem algum tempo para dar a resposta definitiva, se poderão ou não comparecer ao evento. E lembre aos(às) jovens de terem um “plano B”, caso o(a) convidado(a) inicial não possa comparecer. Esses arranjos deverão ser feitos pelos(as) líderes de cada time responsáveis pelo contato ao longo da semana. Uma mudança de convidado(a) pode acarretar mudanças também para o planejamento e para o debate. Durante o tempo que separa os encontros de planejamento (1º momento) e execução(2º momento) da atividade, peça que os times estejam atentos aos combinados, pois podem ser necessários pequenos trabalhos fora do horário dos encontros de Projeto de Vida (para trocar e-mails e conversar ao telefone com os convidados, por exemplo). 4ª ETAPA Os dois últimos tempos serão dedicados à recepção e conversa com os(as) profissionais convidados(as). É fundamental que cada quinteto assuma o protagonismo no acolhimento de seus(suas) convidados(as)! Incentive os(as) estudantes a registrar o bate-papo com fotos, vídeos e anotações na Agenda! Ao final do encontro, agradeça a presença dos(as) profissionais convidados(as), ressaltando a DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 28 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS importância dessa experiência para os(as) estudantes e qual a relação dessa conversa com as temáticas trabalhadas no componente Projeto de Vida. 5ª ETAPA Faça a avaliação de todo o processo com a turma, solicitando que registrem suas percepções dessa experiência nas Agendas. Algumas sugestões de perguntas para fomentar o debate: • O que vocês mais gostaram durante essa atividade? • O resultado final saiu conforme o esperado? Alguma expectativa foi frustrada? • Quais as maiores dificuldades com as quais vocês se depararam nesse processo? • Há algo que vocês imaginaram que seria difícil e trabalhoso, mas que se mostrou bastante simples? • Houve imprevistos durante o processo que colocaram tudo a perder? Vocês conseguiram contornar a situação? Como? O que vocês aprenderam com essa atividade? O que pretendem fazer totalmente diferente na próxima experiência? • O que vocês pretendem fazer exatamente igual na próxima experiência? • Do que vocês já conheceram das competências socioemocionais, quais vocês entendem que foram mais importantes para a realização dessa atividade? DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 29 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS ATIVIDADE 4 JUVENTUDE E CONSUMO EM DEBATE RESUMO Abordagem de fenômenos culturais do universo dos(as) jovens brasileiros(as), propiciando um debate sobre a relação da juventude com o consumo. OBJETIVOS Debater sobre as práticas e os hábitos de consumo dos(as) jovens hoje e se elas influenciam na formulação de seus Projetos de Vida. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Foco, iniciativa social, assertividade e respeito. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Ao longo da atividade os(as) jovens trabalharão em uma roda de conversas. DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA A leitura de textos longos em sala de aula pode ser um desafio. Vídeos e imagens costumam ser mais atraentes, de modo que os(as) estudantes ficam mais atentos(as) e focados(as). Entretanto, a linguagem escrita ainda é das mais importantes e presentes em nossa sociedade, e é essencial que os(as) estudantes tenham domínio da língua e fluidez para a escrita e leitura. Além disso, muitos materiais que contemplam temáticas e discussões importantes são reportagens e artigos. Por isso, estimular a leitura em sala de aula é necessário. Uma forma de engajar todos(as) os(as) alunos(as) na atividade é propor um revezamento na leitura dos textos, que pode ser feita por parágrafos ou tópicos. Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto “O rolezinho da juventude, nas ruas do consumo e do protesto” (Anexo 1.2., ao final deste ciclo). DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 30 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS DESENVOLVIMENTO 1ª ETAPA Apresente o objetivo e a programação da atividade aos(às) estudantes. Para iniciar a conversa e gerar as primeiras questões com a turma em uma roda de conversa, exiba o vídeo We all want to be young (Todos queremos ser jovens). O vídeo, produzido pela BOX1824, empresa de pesquisa especializada em tendências de comportamento e consumo de jovens, pode ser acessado em http:// bit.ly/queremosserjovens. Nele, é apresentada a geração Millennials, jovens que estariam não apenas imersos(as) em uma sociedade de mercado, mas também influenciando a produção e os hábitos de consumo. Antes da exibição do vídeo, apresente aos(às) jovens as seguintes questões, para que eles(as) possam refletir sobre estas enquanto assistem: • Vocês se reconhecem como jovens da geração Millennials apresentada pelo vídeo? • Com quais aspectos se identificam e com quais outros não encontram paralelo em seu dia a dia? • Qual relação vocês estabelecem entre identidade (quem você é, seus interesses, gostos e desejos) e o consumo? Após a exibição do vídeo, com a turma em círculo, inicie o debate, instigando os(as) alunos(as) a responder às questões colocadas acima. 2ª ETAPA Oriente a turma para a leitura do Anexo 1.2., artigo “O rolezinho da juventude nas ruas do consumo e do protesto”, de Renato Souza de Almeida, publicado no Le Monde Diplomatique Brasil. Após a leitura, peça aos(às) estudantes que compartilhem sua interpretação do texto e mobilize a discussão sobre a relação entre consumo e Projetos de Vida. O objetivo é esclarecer qual a relação que eles(as) estabelecem entre seus sonhos, desejos e planos e o consumo. Nessa etapa, oriente os(as) estudantes com as seguintes questões: • Ao pensar seus Projetos de Vida, ou seja, aquilo que vocês projetam para o futuro, o consumo aparece como fator importante? Se sim, como? • Qual relação vocês estabelecem entre o mundo do trabalho e o consumo? DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 31 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Para finalizar a atividade, promova uma síntese dos principais pontos discutidos por vocês e estimule os(as) jovens a registrar em suas Agendas os pontos da discussão que considerarem mais importantes e interessantes. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 32 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS ATIVIDADE 5 PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO RESUMO Atividade de aplicação do instrumental do Diálogos Socioemocionais, devolutiva e definição de objetivos de desenvolvimento. OBJETIVOS Autoavaliação do desenvolvimento das competências socioemocionais selecionadas pelos(as) jovens, diálogo entre professor(a) e turma e definição dos objetivos de desenvolvimento de competências socioemocionais. COMPETÊNCIAS INTENCIONALMENTE DESENVOLVIDAS Curiosidade para aprender, responsabilidade, iniciativa social, assertividade e respeito. ORGANIZAÇÃO DA TURMA Roda de conversa e trabalho individual. DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA Ao aplicar as rubricas do Diálogos Socioemocionais referentes às competências socioemocionais que serão trabalhadas em sua rede de ensino, será possível observar em que degrau os(as) estudantes enxergam seu desenvolvimento, bem como acompanhar o progresso do desenvolvimento dessas competências. O momento de autoavaliação e devolutiva entre professor(a) e estudante, ou seja, o diálogo, é fundamental para pensar a proposta de desenvolvimento de competências socioemocionais com a turma e apoiam na identificação de metas e objetivos para o Projeto de Vida. É muito importante que a devolutiva fornecida pelo(a) professor(a) aos(às) estudantes após o uso das rubricas os(as) estimule a continuar progredindo no desenvolvimento da competência, e, quanto mais pertinente, clara e assertiva for a devolutiva, melhor pode ser a qualidadedo processo de aprendizagem. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 33 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS DESENVOLVIMENTO APLICAÇÃO DO INSTRUMENTAL 1ª etapa Receba a turma em roda de conversa e verifique se possuem alguma dúvida sobre a proposta de trabalho do componente Projeto de Vida e da autoavaliação do Diálogos Socioemocionais. Acolha e responda às dúvidas e possíveis inseguranças, reforçando que a autoavaliação tem, como propósito, o autoconhecimento para a potencialização das aprendizagens na escola e na vida. Lembre-se que a autoavaliação deve estar a serviço do desenvolvimento dos(as) estudantes, e nunca ser utilizada como dispositivo de punição, moralização ou criação de estereótipos na turma. No momento da devolutiva, reforce aos(às) estudantes os caminhos possíveis para que desenvolvam as competências que, nesse momento, se apresentam como mais frágeis. Sinalize para a turma a importância da colaboração e responsabilidade de todos(as) com a aprendizagem. 2ª etapa Distribua o instrumental das rubricas (ou acesse a plataforma para a avaliação) e peça para que os(as) estudantes reflitam um pouco sobre si mesmos(as) antes de responder a cada pergunta. Essa autoavaliação é formativa, na medida em que promove o pensamento do(a) estudante para o próprio desempenho. Para isso, não basta apenas o(a) estudante declarar que seu desempenho em determinada competência, por exemplo, foi nível 3. É preciso que ele(a) traga, também, pelo menos uma evidência que diga por que ele(a) está nesse nível e não em outro. Em geral, as evidências podem ser explicitadas pelos(as) estudantes quando o(a) professor(a) os(as) estimula por meio de perguntas que os(as) fazem pensar na relação entre suas metas e seu desempenho, nas situações concretas que vivenciou ao participar do componente Projeto de Vida ou em outras situações dentro e fora da escola em que exercitou a competência em questão. Uma primeira rodada de perguntas desse tipo é suficiente para que os(as) estudantes comecem a “pensar com evidências” quando se autoavaliam usando o instrumento. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 34 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS O maior efeito dessa autoavaliação não é o “efeito retrovisor”, de avaliar o que passou, mas o “efeito bússola”, de olhar para a frente, guiando caminhos para continuar se desenvolvendo. Por isso, a possibilidade de obter informações rápidas e de oferecer devolutivas contínuas sobre as aprendizagens faz dessa autoavaliação de competências uma potente ferramenta pedagógica. Aliás, aprender a dar bons feedbacks é uma estratégia a ser exercitada no dia a dia pelos(as) professores(as). Feedbacks podem ser mais ou menos eficazes, dependendo do uso que se faz das devolutivas. A DEVOLUTIVA COLETIVA 1ª etapa Analise a resposta dos(as) estudantes – inclusive observando se algum precisa de um acompanhamento mais próximo, como uma conversa individual. Atente-se às características que os(as) jovens tenham demonstrado durante suas aulas, aos momentos em que você os(as) observou nos trabalhos em time ou no intervalo entre as aulas. Prepare a etapa de devolutiva com a turma de modo a não expor as questões individuais, mas guiando a conversa pelos registros que permitem fazer combinados no coletivo (ainda que sejam combinados para grupos). Na primeira devolutiva do ano, será a oportunidade para pactuar quais serão os focos de desenvolvimento daquele ano. Nas demais, será a oportunidade para acompanhar como os(as) estudantes estão se vendo no trabalho de desenvolvimento das competências priorizadas. Pode ser necessário repactuar caminhos para favorecer o desenvolvimento das competências priorizadas pela turma. Compartilhe a responsabilidade pelos combinados com a turma, pois isso apoia o desenvolvimento do protagonismo dos(as) estudantes! 2ª etapa Oriente a turma para que se organize em roda de conversa e explique a atividade. Fique atento(a) para perceber se há incômodo por parte de algum(a) jovem e reforce o propósito da devolutiva coletiva, que nada mais é do que uma conversa, é um diálogo entre vocês. Na primeira conversa, diga à turma que o objetivo é, após a conversa que terão, que os(as) jovens definiam quais competências serão foco de seu aprendizado ao longo do ano. É importante que os(as) estudantes tenham clareza de que desenvolverão outras competências, além das escolhidas, mas que essas serão a centralidade das metas de aprendizagem e de seus projetos de vida do ano. A Agenda do(da) estudante é uma forte aliada nessa conversa. Peça que cada um(a) conecte a conversa com o que registrou sobre o seu desenvolvimento ao longo do período e registre os combinados realizados na conversa desta aula. DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 35 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Para as conversas seguintes, lembre-se de que a devolutiva coletiva ajuda a retomar os principais pontos do projeto, considerando a aprendizagem entre pares e a identidade coletiva. Ele é excelente para uma retomada de consciência, de realinhamento do processo e para ordenar os entendimentos. A Agenda segue sendo uma aliada nesta etapa. Peça que os(as) estudantes mobilizem seus argumentos com base no que escreveram no campo da justificativa do instrumental e também no que registraram nas Agendas. Desta forma a conversa fica objetiva e pode render bons frutos para o desenvolvimento dos(as) estudantes. Por fim, peça que os combinados e outras reflexões também sejam registrados na Agenda de modo que possa ser retomado para conversas futuras, possa ser completado durante as atividades da disciplina e ser consultado sempre que o(a) estudante quiser refletir sobre o seu próprio processo de desenvolvimento de competências socioemocionais e seus objetivos de Projeto de Vida. PARA SUA PRESENÇA PEDAGÓGICA Devolutivas construtivas são aquelas em que o(a) professor(a), tendo esclarecido previamente com a turma os objetivos da avaliação formativa e seu instrumento, tenta se colocar no ponto de vista do(a) estudante e entender por que ele(a) falou ou se autoavaliou de determinada maneira, valoriza os pontos de avanço e problematiza os pontos frágeis como oportunidades de desenvolvimento. SOBRE DEVOLUTIVAS: Devolutiva não é conselho, exaltação ou avaliação por nota. Devolutiva é informação sobre como estamos direcionando nossos esforços em direção ao alcance dos objetivos. Se os(as) estudantes consideram a sala de aula um lugar seguro para errar, eles(as) estão mais propensos(as) a utilizar a devolutiva para a aprendizagem. Devolutivas efetivas ocorrem durante a aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela. É importante incentivar que os(as) estudantes deem devolutivas uns(umas) aos(às) outros, desde que observados o vocabulário e o instrumento em que estão sendo avaliados(as). Estudantes precisam ter clareza sobre seus alvos de aprendizagem – o que é esperado que eles(as) alcancem – senão a devolutiva se torna somente alguém falando para eles(as) o que fazer, o que não é efetivo para desenvolver a autorregulação da aprendizagem. O(A) professor(a) dá a devolutiva a partir do nível em que o(a) estudante se avaliou e da avaliação que você próprio(a) realizou sobre a turma, levando em consideração o contexto da atividade, e não baseado(a) em cenários abstratos e genéricos. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 36 Este material está em processo deco-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS ANEXOS – 1° CICLO ANEXO 1.1. O MUNDO OU O MERCADO LÁ FORA Quem já ouviu dizer... Quem é que nunca ouviu frases como essas da boca do pai e da mãe, de parentes, amigos(as) e professores(as)? E o que dizer das chamadas dos telejornais e das capas de revistas, que prometem apresentar os segredos e desafios para ingressar e se manter no mercado de trabalho? É sobre tudo isso e mais um pouco que o trio discutirá agora! Antes de seguir em frente, escolham um(a) líder para organizar as ações que serão feitas e estimular a participação de todos(as)! Esse tal de “mercado de trabalho”... O tão temido, desejado e difamado mercado de trabalho parece ser daquelas coisas sobre as quais todo mundo fala, mas ninguém sabe dizer exatamente o que é. Então, vamos pesquisar e conversar sobre isso? 1 Acessem um site de buscas e digitem “mercado de trabalho” para ver o que aparece. Com os computadores ou smartphones em mãos, busquem no Google algumas imagens, alguns vídeos e textos sobre a expressão “mercado de trabalho”. Não é necessária uma leitura aprofundada dos resultados, mas tentem encontrar semelhanças e diferenças entre os vários resultados obtidos. Na universidade é fácil, mas, depois que você se forma e vai parar no mercado de trabalho, as coisas complicam! O mercado hoje está supercompetitivo, principalmente para os(as) jovens! O mercado exige experiência e conhecimento! O mercado de trabalho exige profissionais dinâmicos(as)! DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 37 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS 2 Em seguida, discutam sobre os resultados que encontraram: Segundo esses exemplos, o que seria o mercado de trabalho? Como ele é representado nas imagens e nos vídeos? Com quais outros temas ele se relaciona? Mercado de trabalho ou mundo do trabalho? Atualmente, não se fala só em mercado, mas também em mundo do trabalho. Mas o que é isso? Leiam o trecho a seguir atentamente. Ele foi extraído do livro Encontros e travessias – O adolescente diante de si mesmo e do mundo (2001), de Antônio Carlos Gomes da Costa: “O mundo do trabalho, que está nascendo com a globalização e o início da era pós- industrial requer um trabalhador polivalente e flexível, detentor de habilidades básicas, específicas e de gestão, mais preocupado com a sua empregabilidade que com seu emprego. Boa parte das profissões em que os jovens estarão trabalhando daqui a dez anos simplesmente ainda não existe. Muitas das profissões que conhecemos hoje estão com os dias contados. Já se foi o tempo em que o trabalhador aprendia a exercer um determinado ofício e dele sobrevivia até o fim de sua vida profissional”. É interessante observar que a previsão feita há mais de dez anos sobre as mudanças das profissões é uma realidade hoje. Quem imaginaria, há décadas atrás, que profissões e habilidades tão apreciadas socialmente simplesmente desapareceriam? E quantas outras estão sendo “inventadas” enquanto vocês leem este texto? É por isso que, para o mundo do trabalho de hoje, não basta apenas dominar as técnicas de determinadas profissões. É preciso ser um(a) profissional investigador(a) de conhecimento, uma pessoa que aprimora suas habilidades e competências, ou seja, sua empregabilidade. Ao longo de toda a 3ª série, reforçaremos essas questões, já problematizadas em outros semestres de Projeto de Vida, na tentativa de desvendar os sentidos do mundo do trabalho e suas implicações para quem quer ingressar, permanecer e progredir nele. Vocês descobrirão como os seus Projetos de Vida, que estão sendo construídos desde o 1º ano do Ensino Médio, são um instrumento para aliar desejos e necessidades, planejamento e urgências. Lá fora: O mundo do trabalho Agora, com a turma toda reunida em roda, criem, juntos(as), uma representação imagética, um grande painel, do que vocês acreditam ser o mundo do trabalho. Nem de longe se trata de uma tentativa de elaborar um significado correto ou definitivo para o mundo do trabalho... Muito pelo contrário! Esse é um exercício lúdico, para todo mundo pensar junto e construir um entendimento mais ou menos comum. DIÁLOGOS SOCIOEM OCION AIS 38 Este material está em processo de co-construção e validação ORIEN TAÇÃO PARA PLAN O DE AULAS A dinâmica funciona assim: O MUNDO LÁ FORA O objetivo da turma é criar, no quadro, uma representação imagética do que seria o mundo do trabalho. Uma espécie de mapa em grande escala. Para isso, cada um(a) de vocês deve pensar em um elemento para compor esse mapa. Elementos comuns, do cotidiano, que vocês veem em um dia comum. A diferença é que todos eles devem ter alguma relação com a temática do mundo do trabalho. Mas não basta eleger um elemento: vocês devem justificar as escolhas feitas! Por exemplo: • Elemento: Escola • Justificativa: A escola faz parte da trajetória da maioria das pessoas que habita o mundo do trabalho. É onde elas aprendem competências e estabelecem redes de relações que vão além da família e dos(as) conhecidos(as) do bairro. As experiências que cada pessoa vive na escola e as competências que desenvolve fazem toda a diferença no mundo do trabalho e na aprendizagem dos conteúdos de diferentes áreas do conhecimento. Assim, nesse mapa pode existir de tudo: casas, pessoas, ruas, empresas, escritórios, árvores, animais e assim por diante. Os sentidos que esses elementos adquirem no mundo do trabalho são vocês que definem! Para começar a construção do mapa, um(a) jovem se voluntaria para desenhar seu elemento no quadro. Após desenhar, a pessoa deve explicar o porquê de sua escolha. Logo em seguida, outro(a) estudante faz o mesmo, e a dinâmica segue assim, até que todos(as) tenham feito seu desenho. Se acharem que o tempo do encontro não é suficiente para que um(a) estudante desenhe de cada vez, até três pessoas podem estar no quadro ao mesmo tempo. E, lembrem-se, não tem essa de “eu não sei desenhar!”. Façam o melhor que puderem, o importante é o sentido que o desenho de vocês ganha no conjunto da obra! Agora que vocês já terminaram de construir o mapa “O mundo lá fora”, que tal conversar um pouco sobre ele? Com a turma em roda, conversem tendo em vista as questões abaixo. O(A) professor(a) será o(a) mediador(a) dessa discussão! • A partir do processo de construção do mapa, o que vocês diriam que é o mundo do trabalho para vocês? • Como o mundo do trabalho e os Projetos de Vida se relacionam? • O que você acha que faltou ou sobrou no mapa representado pela turma? DI ÁL OG OS S OC IO EM OC IO N AI S 39 Este material está em processo de co-construção e validação OR IE N TA ÇÃ O PA RA P LA N O DE A UL AS Após essa conversa, finalizamos nossa atividade. Que tal cada um(a) anotar suas impressões sobre o mapa “Mundo lá fora” e a discussão posterior em sua Agenda? À medida que as discussões sobre o mundo do trabalho se aprofundarem, vocês poderão acompanhar seus desdobramentos e fazer comparações a partir do que escreveram. ANEXO 1.2. O ROLEZINHO DA JUVENTUDE NAS RUAS DO CONSUMO E DO PROTESTO[1]* Os “rolezinhos” levaram para dentro do paraíso do consumo a afirmação daquilo que esse mesmo espaço lhes nega: sua identidade periférica. Se quando o(a) jovem vai ao shopping namorar ou consumir com alguns(algumas) amigos(as), ele(a) deve fingir algo que não é, com os rolezinhos ele(a) afirma aquilo que é! por Renato Souza de Almeida[2]** Os(As) jovens têm criado formas cada vez mais interessantes de manifestação. Desde as
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